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Ricardo Morais – Fotografia com smartphone
Sumário
O autor: ......................................................................................................................................................... 5
Esta apostila: ................................................................................................................................................. 5
O depois: ....................................................................................................................................................... 5
Direitos e deveres ......................................................................................................................................... 6
Abstração e modelagem: ............................................................................................................................ 10
Abstração: ............................................................................................................................................... 10
Amostragem: ........................................................................................................................................... 10
Quantização: ........................................................................................................................................... 11
Modelagem: ............................................................................................................................................ 11
Elementos circundantes e básicos da fotografia ......................................................................................... 12
Criatividade ............................................................................................................................................. 13
OBJETIVOS: .............................................................................................................................................. 13
PERCEPÇÃO: ............................................................................................................................................ 17
EMOÇÃO: ................................................................................................................................................ 19
TÉCNICA: ................................................................................................................................................. 21
Manuseio do smartphone: .......................................................................................................... 21
Enquadramento ........................................................................................................................... 23
Composição ................................................................................................................................. 24
Ângulo e distância ....................................................................................................................... 25
Foco ............................................................................................................................................. 27
Profundidade de campo .............................................................................................................. 28
Medição da luz ............................................................................................................................ 29
High Dynamic Range (HDR, ou, em português, Ampla Faixa Dinâmica) ...................................... 30
Panorâmica .................................................................................................................................. 30
Filtros........................................................................................................................................... 31
Acessórios ................................................................................................................................................... 33
Aplicativos de edição................................................................................................................................... 34
Dicas finais .................................................................................................................................................. 36
Estética: ................................................................................................................................................... 36
Regras técnicas: ........................................................................................................................... 36
Regras culturais ........................................................................................................................... 38
Dicas: ........................................................................................................................................................... 38
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Ricardo Morais – Fotografia com smartphone
O autor:
Antes de ser Profissional Mestre, Especialista e Graduado, sou um fotopoeta relapso, virginiano
chato com datas, detalhes e horários, mas por vezes fujo de métricas e regras em prol da imagem
mista ao verso diário, me atento ao cotidiano imaginário... Sou um poeta relapso que mergulha
no lapso de tempo congelado em papel ou tela, imagens belas vindo ou virando inspiração,
emoção das fantasias sinceras, das letras que bebem nas cores e formas de tantos cenários... Sou
um fotopoeta relapso captando causos vividos em luz e sensibilidades por quem os aduz à lentes,
equipamentos, mentes e olhares... Sou um fotopoeta relapso, salvo pela distração dos leigos
sobre as leis das imagens e versos regrados e perfeitos...
Toda imagem é mistura de sentimentos, uma história em prosa, uma poesia de momento...
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Esta apostila:
O objetivo deste material é oferecer noções iniciais, teóricas e práticas, às pessoas que desejam
aprimorar o seu “fazer fotográfico”, abrindo caminho para uma trilha sinuosa e cheia de
surpresas, onde a criatividade e a arte se mesclam com a técnica, permitindo um percurso
tranquilo até os objetivos pretendidos.
Todos os textos, diagramas e fotografias desta apostila, a exceção da descrição do aplicativo, na página 26, são de autoria de Ricardo S. T. de
Morais e devem ser referenciados como: Morais, Ricardo S. T., Fotografia com smartphone. 2017
O depois:
Após você passar por estas noções iniciais, o ideal é não parar, continuar a pesquisar e praticar
sempre, aprimorando cada vez mais o seu “fazer fotográfico”, mantendo sempre a harmonia
entre a percepção, a emoção e a técnica, em prol dos seus objetivos.
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Ricardo Morais – Fotografia com smartphone
Direitos e deveres
Antes de pensarmos em produzir e compartilhar uma imagem, devemos nos ater aos direitos e
deveres envolvidos, onde direitos de imagem, direitos autorais e respectivos valores financeiros
devem anteceder qualquer iniciativa de registro fotográfico.
Não estou querendo dizer que toda e qualquer imagem está relacionada com direitos e valores
financeiros, mas pretendo mostrar os principais cuidados para que você valorize a produção
artística ou profissional, sua ou de outra pessoa e não venha a ter problemas legais com isso.
Vejamos, inicialmente o que o Código Civil fala sobre Direito de imagem.
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Institui o Código Civil.
...
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
...
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
IMAGEM de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o
cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Vejamos esse interessante artigo escrito por Bruno Ananias em 24 de Abril de 2017, publicado
em http://blog.netzee.com.br/aprendendo-sobre-direito-de-imagem/ e acessado em
02/12/2017.
O direito de imagem refere-se à pessoa, o seu aspecto corpóreo, a figura humana e sua
dimensão física e psíquica. A imagem é o “direito ao próprio corpo”. Neste contexto se insere a
voz e as características personalíssimas, tais como a honra, a intimidade e a privacidade.
Vamos começar falando sobre fotografia, o profissional que registra tem direito pelo trabalho
realizado e o resultado do mesmo, neste caso, a foto revelada ou em arquivo digital, que é de
sua propriedade, podendo intervir diretamente caso desejem publicar ou alterar de alguma
forma que não tenha sido previamente autorizada.
Em contra partida temos o direito de imagem da pessoa fotografada, há muito casos, desde
quem contrata algum tipo de serviço de foto ou pessoas, coisas ou lugares que são clicados, em
cada caso, uma sentença, mas sempre a pessoa fotografada terá o direito sobre sua imagem.
Complexo? Talvez um pouco… o que podemos entender e aprender com isso, é que a
documentação — seja em papel, registro de áudio ou vídeo — será sempre uma maneira de
evitar problemas futuros que possam lesar qualquer uma das partes envolvidas com seus
direitos. Até porque o desenrolar de uma situação mal resolvida é muito mais complicado e
desgastante.
Vá com calma ao sair ‘googleando’ imagens, vídeos e conteúdos na internet, só porque estão lá
disponíveis, não significa que não pertencem a ninguém. Um uso indevido de imagem pode gerar
muito mais transtornos do que benefícios.
Opte sempre por bancos gratuitos ou pagos com licença de uso e modificação aberta. Esteja
atento aos tipos de licença de imagem para não se prejudicar, conheça um pouco mais sobre o
Creative Commons, a instituição norte-americana que ajuda na classificação do uso das imagens
disponíveis na web.
1. Fotos de Produtos: Você pode pegar fotos de produtos como monitores, carros e qualquer
outra coisa que seja um produto. Isso está previsto no capítulo IV, artigo 46 da Lei 9610 onde
encontramos o que “não constitui ofensa aos direitos autorais”.
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Um dos tópicos diz que o uso de imagens de produtos pode ser usado como demonstração ao
público com fins de comercialização e propaganda. Portanto, claro, lógico e evidente que a LG,
VW, Samsung e outras empresas ficarão muito gratas se você utilizar a foto do produto para
divulgar tal produto.
CUIDADO: Se o seu uso da foto sirva para vender um outro produto que não seja da marca, como
chacota ou para denegrir a empresa, aí cabe processo.
2. Fotos de paisagens e fotos artísticas: nesse caso é fundamental que você entre em contato
com o fotógrafo e peça a sua autorização. O crédito da foto é garantido por lei, por isso sempre é
necessário colocar o crédito do fotógrafo, ao menos que o fotógrafo autorize não colocar.
Normalmente em peças publicitárias não se coloca o crédito por ter tido acordo com o fotógrafo.
3. Fotos de celebridades: além do direito autoral, existe o direito de imagem. Em caso de jornais,
revistas ou blog noticiosos, é permitido usar imagens de pessoas públicas, contanto que não seja
em peças publicitárias ou para promover um produto.
Quando se trata de um famoso, político ou pessoa notória a imagem pode ser usada de modo
que não ofenda e não use de modo errado (zoação, em site de prostituição e etc).
É permitido o uso da imagem de pessoas públicas para fins informativos (incluídos os fins
educacionais) na maioria dos países como desdobramento do direito coletivo à liberdade de
informação que, desta maneira, limita o direito à imagem. Tal interpretação baseia-se no direito
de informar e de ser informado.
O jurista Antônio Chaves assim resume o uso da imagem: “não se pode impedir que outrem
conheça a nossa imagem, e sim que a use contra a nossa vontade, nos casos expressamente
previstos em lei”.
4. Fotos de fatos noticiosos: é possível utilizar fotos de algum fato noticioso como o atentado ao
World Trade Center ou um tsunami japonês mas sempre é necessário colocar o crédito da foto,
seja do fotógrafo ou da agência de notícias, e que não seja em propagandas ou para promover
um produto, serviço ou empresa.
5. Fotos de banco de imagens: fotos de banco de imagens gratuitas podem ser usados
livremente. Fotos royalties free podem ser usadas quantas vezes quiser, contanto que você
tenha comprado essa imagem. O nome “royalties free” apenas está dizendo que uma vez
comprado a foto, você está livre de outras taxas, podendo usar como quiser. Já fotos com
direitos controlados cada uso tem um custo. Por exemplo, se você usar num outdoor tem um
valor, na televisão outro, se usar por 1 mês é tanto, por 3 meses é outro tanto e por aí vai.
Lembrete: O fato de você ter comprado uma foto de banco de imagem tendo uma pessoa como
objeto principal (modelo ou ator) não livra você de danos morais causados pelo mal uso dessa
foto. Por exemplo, associar o modelo da foto ao uso de drogas. Mesmo que você tenha
comprado a foto, você está associando aquele ser humano a algo vexatório, o que cabe processo
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A proteção a imagem das pessoas está prevista no artigo 5º, inciso X da Constituição Federal:
Art. 5º…
(…)
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Em decorrência da violação da imagem, é previsto o direito a indenização, conforme no artigo acima citado e
corroborado pelo art. 5º, inciso V do mesmo diploma legal:
Art. 5º…
(…)
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem;
Assim, a utilização de imagens de pessoas sem que haja sua autorização para tanto, é passível de indenização
por danos materiais e morais, conforme preceitua a Carta Magna.
Nesta mesma esteira, é o Código Civil de 2002, que em seus artigos 11 e 12 cuida dos direitos da personalidade:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Portanto, a conduta de utilizar-se de imagem de qualquer pessoa sem sua autorização, ainda que
por ação ou omissão, traduz-se em ato ilícito, previsto no artigo 186 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
E ao cometer o ato ilícito, está obrigado a reparar nos termos do artigo 927 do mesmo diploma
legal:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
O Superior Tribunal de Justiça sobre a prova no caso de publicação de imagem sem autorização
editou a Súmula 403:
Súmula 403. Independe de prova ou prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais .
Desta forma, o uso de imagem para fins comerciais sem a devida autorização, gera o dever de
indenizar, não sendo exigida a prova do dano causado, tudo corroborado pela legislação e pelas
interpretações dos tribunais.
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Abstração e modelagem:
Para iniciarmos, o diagrama acima servirá para compreender o processo de produção fotográfica
no contexto que iremos trabalhar.
Abstração:
É valer-se de informações sobre algo real para montar um modelo mental ou computacional
representativo das características principais deste algo real.
Amostragem:
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Quantização:
Modelagem:
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Criatividade
Antes de falarmos sobre criatividade, vamos compreender o que é “Personalíssimo”. Dizemos que algo é
Personalíssimo quando carrega características próprias que o ligam a alguém, ou seja, só aquela
determinada pessoa produz esse algo desse jeito.
Esse algo pode ser material (artesanato, alimentos, obras de arte, entre outros) ou imaterial (empatia,
admiração, resiliência, cultura, ideias, timbre de voz, controle sobre sua capacidade física, entre outros).
Mas vamos voltar ao conceito de “CRIATIVIDADE”. Esse elemento cognitivo inerente aos seres vivos pode
ser compreendido como a capacidade de resposta que oferece soluções personalíssimas ao
enfrentamento de um problema. É dinâmica em relação as vivências e fortemente influenciável pelas
condições do ambiente, sejam físicas, químicas, fisiológicas ou emocionais. Ou seja, em termos humanos,
é algo que permite diferenciarmos nossas soluções das soluções de outras pessoas, sendo que “solução”
pode ser desde a criação de um produto artístico (poesia, fotografia, música, entre outros), até de gestão,
estratégia, engenharia, e de todas as áreas da atuação humana.
O google apresenta como primeiro resultado para uma pesquisa com a palavra “criatividade”:
CRIATIVIDADE
substantivo feminino
1. qualidade ou característica de quem ou do que é criativo.
2. inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo
artístico, quer no científico, esportivo etc.
OBJETIVOS:
Ao se realizar uma ação PLANEJADA, normalmente se pretende atingir algum objetivo, por
exemplo: Se uma pessoa tem sede e pretende saciá-la, uma de suas ações pode ser encher um
copo com água, portanto seu objetivo geral será saciar a sede e um dos objetivos específicos será
encher o copo com água.
Para atingir esse objetivo específico, a pessoa se valerá dos recursos a sua disposição, como
copo, fonte de água, água, capacidade motriz, além de outros recursos relacionados a
capacidade físico-percepcional própria ou de outrem. Além disso, seguirá uma metodologia:
quando a condição de sede for detectada, devo me deslocar o local onde há disponibilidade de
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Este exemplo ilustra, de modo simplificado e didático, que até mesmo as mais simples ações
cotidianas apresentam objetivos e comportam um planejamento, mesmo que em caráter
mecânico-instintivo, devido a sua rotineira repetição.
Objetivo geral: Registrar um passeio turístico, disponibilizando os resultados nas redes sociais.
Qual das duas imagens abaixo melhor representa o objetivo geral deste exemplo?
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Objetivos específicos:
Em relação a metodologia, nada que seja tão complexo, mas quem implique no atingimento dos
objetivos: Verificar a disponibilidade do equipamento fotográfico e suas limitações de qualidade
e de armazenamento de arquivos fotográficos digitais, ou seja, saber se você poderá dispor de
equipamento capaz de realizar registros fotográficos e de vídeo (smartphone ou equipamento
similar) e os detalhes sobre a capacidade qualitativa da câmera e a quantidade de memória
disponível para armazenar as fotos. Verificar se há carga na bateria e se o dispositivo tem algum
modo de funcionamento que permita racionalizar esta carga (modo avião ou de economia de
bateria). No contexto das limitações, verificar se o smartphone é a prova d´água, se tem flash, se
tem modos HDR, controles manuais e de medição de luz, dentre outros.
onde a pessoa responsável pelos registros fotográficos e de vídeo vai julgar se certa
atração vale ou não a pena ser registrada, considerando os fatores que mais lhe
convierem. É interessante que se tenha uma noção prévia sobre os atrativos que serão
visitados, para, em conjunto com a vivência, estabelecer uma linha de julgamento sobre a
relevância para o atingimento deste objetivo. Também podem ser estabelecidos, em
conformidade com a capacidade de armazenamento do smartphone utilizado, limites
para a quantidade de fotos e vídeos que serão feitos a cada atrativo ou momento
significativo.
PERCEPÇÃO:
A percepção é algo inerente às funções biológicas em resposta aos estímulos advindos dos
órgãos sensoriais, mas que também as extrapola quando se trabalha a capacidade de agregar o
que poderíamos chamar de campo socioambiental, inferindo interpretações e importância ao
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tempo, ao espaço e aos elementos cênicos, tanto ao que está tangível como ao que é intangível,
a exemplo das emoções, da cultura, das preferências e de todas as interações entre estes e
outros exemplos.
Como é algo que viabiliza a capacidade de interagir com os ambientes físico e imaterial,
influencia diretamente o grau de sucesso dos objetivos pretendidos, já que é a habilidade prévia
a maneira como interpretamos e assimilamos tudo aquilo que pretendemos registrar em foto e
vídeo, nessa lógica, se algo não é percebido, não será propositalmente registrado. Note que a
palavra “propositalmente” dá um sentido interessante ao registro, pois trata da ação intencional,
já que é possível deixar o equipamento captando imagens de forma automática ou simplesmente
ir clicando no comando de captura indistintamente, analisando o resultado depois, contudo essa
estratégia normalmente implica em duas coisas: uma quantidade imensa de informações a
serem posteriormente analisadas e uma quantidade insuficiente de resultados positivos aos
objetivos pretendidos. Portanto, a intencionalidade, ou ação proposital, é fundamental tanto a
quantidade adequada, como a qualidade dos registros.
Para se perceber algo, faz-se necessário que se saiba qual “algo” se quer, ou seja, não adianta
tentar captar uma imagem, se você ainda não sabe quais são as imagens que atendem os
objetivos do seu planejamento. Neste caso, saber quais são as imagens não significa ter exatidão
quanto a cena, mas ter noção que para obter sucesso em determinado objetivo, deve haver uma
correlação entre ele e a representatividade da imagem, por exemplo: se há um objetivo
específico que remeta a noção de passeio a beira mar, as imagens devem mostrar, além dos
turistas, os elementos do deslocamento e da paisagem que contenham o trajeto a beira mar. Se
forem registrados apenas os rostos, no estilo selfie, dos participantes do passeio, sem captar a
paisagem de praia e mar, a pessoa que posteriormente visualizar a foto, não saberá onde o
passeio ocorre. Tenha em mente que as câmeras dos smartphones normalmente apresentam
ajustes automáticos, analisando os elementos de cena que apresentam maior presença na
composição, ou seja, no exemplo acima a câmera tenderá a equalizar a imagem para os rostos
das pessoas, deixando a paisagem muito clara ou muito escura, dificultando a contextualização
do registro, com a observação de que quanto melhor a câmera, mais este problema será
minimizado.
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EMOÇÃO:
Desta forma percebe-se que as emoções devem seguir três caminhos distintos, mas interligados:
a carga emocional da pessoa responsável pelo registro / a carga emocional das pessoas que
serão objeto dos registros / o potencial emocional dos registros.
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● A carga emocional das pessoas que serão objeto dos registros: Cabem aqui duas
estratégias paralelas, a primeira é seguir o planejamento, que já deve ter especificado
quais as principais emoções a serem registradas e a segunda é antecipar-se as reações
das pessoas que serão objeto do registro, pois assim será possível registrar o momento
exato quando as emoções aflorarem. Para a primeira estratégia não há muito que fazer
além de ter cuidado e destreza no planejamento, com clareza nos objetivos, para a
segunda a carga emocional e a idealização ou conhecimento prévios da situação, em
tempo, localização e potencial emocional, pela pessoa responsável pelos registros são
importantes para correlacionar sua capacidade de percepção com o que está sendo
vivenciado, mantendo-se os cuidados já descritos em relação as interferências
emocionais.
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TÉCNICA:
Em relação aos smartphones, existem limitações e vantagens, com as quais iremos trabalhar,
algumas de forma mais aprofundada, outras apenas superficialmente.
O primeiro passo é compreender que uma imagem fotográfica é o registro de uma combinação
de espaços, elementos dinâmicos e estáticos, emoções e tempo, de acordo com algum objetivo
previamente estabelecido, portanto, iremos trabalhar as questões técnicas para esta
combinação resultar em sucesso ao que foi planejado.
Manuseio do smartphone:
Alguns cuidados básicos devem preceder até mesmo o manuseio do equipamento, a exemplo da
simples limpeza da lente, já que se trata de parte do equipamento sujeita as influências do
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ambiente, tais como condensação, poeira, impressões digitais, arranhões e todo tipo de sujeira
que venha a obstruir ou distorcer a luz, prejudicando a captação da imagem, ou seja, antes de
usar, limpe a lente, mas com MUITO CUIDADO para não a arranhar, utilizando preferencialmente
pano de microfibra com, no máximo, o mesmo produto utilizado para limpar lentes de óculos.
Feito isso, vamos limpar também as mãos, minimizando o risco de sujar novamente as lentes.
Após verificar as questões de limpeza, uma das primeiras preocupações para obter uma boa
imagem é manusear adequadamente o equipamento, mas o design típico, o reduzido peso e o
tamanho dos smartphones contribuem para que este seja um dispositivo com alta
susceptibilidade a trepidações durante a ação de fotografar, principalmente cenas que
necessitem de maior tempo de captura de luz, a exemplo de cenas noturnas, onde o
equipamento permanece mais tempo captando luz para registrar a imagem, ampliando a
possibilidade de que a trepidação provocada pelo vento, por pequenos movimentos das mãos e
até mesmo pela pulsação e respiração provoquem problemas na fotografia.
● Segurando com uma só mão ou com as duas mãos: A depender das habilidades de cada
pessoa, segurar o smartphone com uma ou duas mãos pode interferir na estabilidade e,
consequentemente, na qualidade da imagem, mas não há regra universal sobre isso,
cabendo a cada pessoa testar e identificar qual a melhor maneira para si.
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● Controle remoto e uso do temporizador: Contribuindo com as estratégias que dão mais
estabilidade ao equipamento, temos os controles remotos, que podem ser com fio
(normalmente através do fone de ouvido que acompanha o smartphone) ou sem fio
(normalmente através de bluetooth), e servem para aplicar a ação de fotografar sem a
necessidade de tocar a tela ou botões físicos no seu dispositivo, eliminando a
possibilidade de trepidação decorrente disso. Há ainda a opção de programar o disparo
automático da foto após X segundos (normalmente 2, 5 ou 10 segundos). Ambas as
opções também são úteis para autorretratos ou fotografias de grupos onde a pessoa
responsável pelo registro também queira estar.
Enquadramento
Não importa se uma fotografia será previamente planejada (situação ideal) ou se será fruto dum
reflexo instintivo da percepção (requer bastante experiência), a escolha de quais elementos
serão registrados na imagem é o que denominamos de “enquadramento”, ou seja, quais
elementos de uma cena serão colocados no quadro da fotografia.
● Campo de visão: É o ângulo de visão permitido pela lente do smartphone, quanto maior,
mais elementos poderão ser inseridos no enquadramento, pois a imagem captada
registrará um espaço mais aberto. Basta pensar no campo de visão como a base de um
triângulo, onde o topo é a sua visão e quanto mais larga a base, maior será a área que ela
irá ocupar e mais elementos lá caberão. No caso de um ângulo mais fechado, a base do
triângulo será pequena, ocupando uma área menor e consequentemente comportando
menos elementos de cena, contudo apresentando potencial para aumentar a altura do
triângulo, o que significa que alcançará elementos que estejam mais longe de você
(teleobjetiva ou zoom).
● Lentes: São peças de vidro ou cristal que precedem os sensores das câmeras dos
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smartphones, sendo responsáveis, entre outras coisas, pela abertura do campo de visão.
Também são acessórios que podem ser colocados, normalmente mediante adaptadores,
em conjunto com as lentes fixas dos smartphones, para ampliar a capacidade delas de
registrar macro (registrar elementos muito pequenos, através da aproximação do
equipamento sem perder o foco), zoom (registrar elementos distantes, sem perda de
qualidade) ou grande angular (registrar um quadro maior, sem a necessidade de manter
maior distância deste).
Composição
Uma vez definido o que captar no “quadro” fotográfico, o passo seguinte é trabalhar como os
elementos serão distribuídos neste espaço delimitado, ou seja, é a arrumação dos elementos na
foto. A composição permite que se dê destaque aos elementos principais ou que elementos
sejam propositalmente colocados em tal posição no quadro, que passarão despercebidos pelas
pessoas que observarem posteriormente a cena fotografada. A composição, embora seja
discricionariedade da pessoa responsável pelo registro, pode seguir algumas regras de
distribuição e posicionamento de elementos em cena, a exemplo das descritas a seguir.
● Regra dos terços: Normalmente possível de ser mostrada na tela, é a mais comum nos
smartphones, apresentando uma grade com duas linhas horizontais e duas linhas
verticais, dividindo a tela em três porções horizontais e três porções verticais. A
intercessão destas linhas mostra os locais de maior destaque na tela, onde devem ser
posicionados os elementos que serão melhor observados pelo público.
● Proporção áurea: As vezes possível de ser mostrada na tela, também existe em alguns
smartphones mais sofisticados, apresentando uma linha em formato espiral com pontos
de valor, onde devem ser posicionados os elementos que serão destacados na foto.
corrimões, fachadas, linhas de costa, entre tantas outras possibilidades que conduzem a
atenção de quem apreciar a foto, normalmente levando de um elemento de menor
destaque para um elemento de maior destaque, ou vice versa.
● Proporcionalidade: Apresenta a mesmas estratégia das guias, baseada não em linhas, mas
na proporção entre os elementos da composição, do mais estreito para o mais largo, do
menor para o maior, do mais transparente para o mais opaco, ou vice versa, dentre
outras tantas possibilidades.
Ângulo e distância
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● Plano normal ou geral (Sem ajustes): Consiste em capturar a cena no modo normal do
smartphone, sem auxílio de lentes ou ampliações digitais, contextualizando elementos e
paisagem entre si.
● Primeiro plano: A pessoa que será objeto do registro será enquadrada da cintura para
cima. Tratando-se de demais elementos, estes serão considerados em ½, destacando-os
em relação ao cenário.
Foco
É a função do smartphone que controla a nitidez da imagem final, sendo influenciado por vários
fatores, a exemplo da trepidação pelo vento, movimentos das mãos ou outros fatores externos,
além do próprio algoritmo que automatiza tal tarefa na câmera do smartphone (foco
automático), normalmente ajustando o foco conforme pequenas alterações de movimento e luz
dos elementos enquadrados.
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o Esta opção normalmente se configura como uma marcação que pode ser
deslizada numa linha indicativa na tela, indo do ponto focal mais próximo ao mais
distante, dentro dos limites do equipamento.
● Toque na tela: Boa parte dos smartphones que tem foco automático permitem que o
usuário escolha, através de um toque na tela, os elementos da composição que serão
focados, mas essa função não é totalmente confiável, pois qualquer pequena trepidação,
mudança de luz ou movimento dos elementos que serão fotografados podem fazer com
que o foco vá para outro objeto na cena.
Profundidade de campo
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Medição da luz
Medição parcial ou média: Utiliza a área central, ou o ponto onde o usuário tocar a tela, para
medir a luminosidade do local indicado e área adjacente. Esta medição é interessante para cenas
de maior contraste entre os elementos da composição que estiverem na área medida em relação
aos demais, dispostos no restante do enquadramento.
Medição central ou pontual: É a mais indicada para fotos onde o(s) elemento(s) principal(is)
apresentem alto contraste em relação aos demais componentes do enquadramento (pôr do sol,
nascer do sol, lâmpadas, fogueiras, entre outros exemplos), pois a medição ocorrerá apenas em
um pequeno ponto da tela, que pode ser o centro ou onde o usuário tocar o display, ajustando a
luminosidade da imagem ao que estiver na área medida, por exemplo: Se o sol (que apresenta
alta luminosidade) estiver na área medida, toda a imagem se ajustará (escurecendo) para o
melhor registro deste elemento, o que significa que o restante da imagem ficará escurecido. Já o
registro do interior de uma casa durante o dia, através de uma janela, no sentido da rua para o
ambiente interno, onde este último será posicionado no ponto de medição, fazendo com que a
imagem tenha sua luminosidade ajustada para tal finalidade, deixando o restante da fotografia
muito clara.
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É a ampliação da faixa de cores e luminosidade, com melhor equilíbrio entre áreas iluminadas e
sombreadas, trazendo à imagem um aspecto similar ao observado pelo olhar humano. Para isso,
a câmera capta três ou mais imagens com parâmetros de luminosidade e saturação diferentes,
sobrepondo-as em uma única imagem que representa uma composição dos “melhores” ajustes
de cada uma das três anteriores.
É um recurso capaz de aumentar a qualidade dos registros, pois oferece uma melhor equalização
da luminosidade e cores da imagem, mas não é indicado para cenas que, por motivação técnica
ou artística, necessitem de contrastes intensos ou ajustes de luminosidade especificamente
sobre determinados elementos da cena, como silhuetas, poente (sunset), alvorecer (sunrise), lua,
entre outros, contudo, esses mesmos exemplos, quando contextualizados na cena como um
todo, podem se valer do HDR: poente destacando o sol em um céu com nuvens amarelo
avermelhadas, alvorecer destacando o sol entre o céu o mar ou a lua cheia em meio aos prédios
de uma cidade, entre outros exemplos.
Há aplicativos que “ajustam” uma imagem normal para HDR, mas a qualidade será sempre
melhor quando a própria câmera do equipamento fizer isso durante a captura, mas, no caso de
aplicação posterior do HDR via aplicativo, deve se ter especial atenção a intensidade desta
aplicação, pois a distorção de cores e luminosidade pode ir de um simples ajuste para melhorar
um pouco a imagem, até uma descaracterização completa desses parâmetros em relação a cena
real, incorrendo em efeito ou defeito, a depender da sua intensão.
Panorâmica
Fotocomposição, automática ou não, de uma área linear horizontal ou vertical percorrida pela
movimentação do smartphone sobre determinado cenário. Quando o movimento do
equipamento é um giro em torno do próprio eixo, a imagem resultante apresenta uma distorção
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semelhante a uma lente grande angular onde quanto maior o giro, maior é a área de cobertura e
a distorção da imagem. Se o movimento é linear, sem girar o equipamento, deslocando-o de um
local para outro para captar uma área maior que um enquadramento em modo normal, a
imagem apresenta pouca ou nenhuma distorção, mantendo o aspecto de captura por lente
normal.
São três os cuidados principais para se obter uma boa fotografia panorâmica
Similar ao recurso de foto panorâmica, as fotos em 360 o Atraem cada vez mais adeptos, mas,
quando produzidas por smatphones convencionais, são obtidas a partir de aplicativos específicos
e não são objeto deste curso.
Filtros
Ajustes ou efeitos aplicados nas imagens, tanto durante o processo de captura como em edição
posterior, podendo ou não permitir o controle da sua intensidade por parte do usuário.
Alguns dos mais comuns são os que deixam a imagem em preto e branco ou em tons de sépia, os
que destacam uma única cor, dessaturando as demais, os que conferem uma aparência de
desenho à foto, aqueles que mudam as cores originais, entre tantos outros que variam de nome
e tipo conforme cada fabricante e modelo de smartphone.
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Não há uma regra rígida sobre a utilização de filtros, pois são, em sua grande maioria, de caráter
artístico, portanto livres conforme a percepção, preferências e objetivos do autor. A única
ressalva que faço é utiliza-los realmente conforme seus objetivos, nada de suavizar em demasia
cores e contrastes em uma imagem destinada a um público que prefere o contrário, por
exemplo.
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Acessórios
São equipamentos que complementam ou aprimoram certas funções dos smartphones. Em
relação a câmera, existem alguns acessórios que aprimoram a qualidade das imagens, a exemplo
de:
Lentes – São equipamentos óticos que alteram a capacidade de captura da câmera, a exemplo,
dentre outras possibilidades, a macro fotografia (ampliação por aproximação física),
aproximação por ampliação ótica (teleobjetiva ou zoom) e ampliação do ângulo de captura
(grande angular).
Filtros (de vidro ou outros materiais) – São equipamentos óticos que alteram as características da
imagem, a exemplo de escurecimento (filtro ND) e eliminação de reflexos e intensificação das
cores (polarizador).
Controles remotos – podem ser por cabo (botão do fone de ouvido que vem com o smartphone)
ou sem fio (bluetooth), servindo para disparar o comando para o equipamento registrar a
imagem em fotografia, sendo especialmente úteis para evitar trepidações das mãos sobre o
smartphone ou quando não é interessante ou possível que a pessoa responsável pelo registro
fotográfico esteja junto com a câmera, como fotos de animais ou em locais de difícil acesso.
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Cases a prova d´água – Utilizados quando se deseja fotografar em ambientes aquáticos, sob
chuva ou com alta humidade, poeira, lama e demais elementos externos que possam danificar o
equipamento.
Aplicativos de edição
Softwares que permitem editar as imagens já registradas, aplicando alterações nestas, como, por
exemplo: filtros, cortes, textos, elementos de cena e distorções de vários tipos, para compor
novas imagens a partir das já existentes.
O objetivo deste curso não é detalhar o funcionamento dos aplicativos, pois cada um merece um
curso específico, devido a quantidade de funções, e respectivas possibilidades técnicas e
artísticas, que normalmente oferecem aos usuários.
== PRINCIPAIS RECURSOS ==
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• Revelação RAW: abra e ajuste arquivos DNG RAW. Salve sem destruir ou exporte como
JPG
• Ajustar imagem: ajuste a exposição e a cor de forma automática ou manual com
controles finos e precisos
• Detalhes: revele estruturas de superfície nas imagens de modo incrível
• Cortar: corte nos tamanhos padrões ou livremente
• Girar: gire 90° ou endireite um horizonte inclinado
• Perspectiva: corrija linhas inclinadas e aperfeiçoe a geometria de horizontes ou prédios
• Balanço de branco: ajuste as cores para que a imagem pareça mais natural
• Pincel: retoque seletivamente a exposição, a saturação, o brilho ou o calor
• Seletivo: a renomada tecnologia Control Point. Posicione até oito pontos na imagem e
determine os ajustes. O algoritmo faz o resto em um passe de mágica
• Correção: tire o vizinho que não foi convidado de uma foto em grupo
• Vinheta: adicione uma escuridão suave ao redor dos cantos, como uma grande e bela
abertura faria.
• Texto: adicione texto simples ou estilizado
• Curvas: tenha controle preciso dos níveis de brilho nas suas fotos
• Expandir: aumente o tamanho da sua tela e preencha o novo espaço de formas
inteligentes com conteúdo da sua imagem
• Efeito foco: adicione um lindo efeito Bokeh às imagens (suavização do plano de fundo),
ideal para retratos fotográficos.
• Brilho de glamour: adicione um brilho refinado às imagens, ideal para moda ou retratos
• Contraste de tons: realce os detalhes de forma seletiva em sombras, tons intermediários
e realces
• HDR Scape: para dar uma aparência incrível às suas imagens, crie o efeito de várias
exposições
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Dicas finais
Estética:
Pode-se dizer que é a representação do conceito de beleza, através de regras técnicas e culturais,
mas o que seriam essas regras?
Regras técnicas:
• Usar o flash em ambientes iluminados e também durante o dia, quando desejar diminuir
as sobras em rostos ou elementos de cena que estejam ao alcance do flash, com cuidado
para não provocar excesso de iluminação e distorcer as cores da imagem final.
• Harmonizar as texturas e cores das roupas ou outros elementos de cena, para não criar
distorções nas cores ou ilusões de ótica.
o Os sensores das câmeras dos smartphones são pequenos e, embora alguns sejam
de alta qualidade, captam apenas uma amostra da luz, e consequentemente das
cores, recebendo todos os tons existentes na cena, mas “compreendendo” e
registrando apenas parte deles.
• Simplificar o enquadramento e a composição.
o Enquadramentos com muitos elementos ou uma composição que não coloque os
elementos principais em destaque fazem o observador perder a atenção sobre
estes elementos, desvirtuando os objetivos do registro.
• Evite simetrias.
o Imagens assimétricas tendem a prender a atenção de quem as observa, através da
indicação subjetiva do que ver primeiro, movimentando a atenção por toda a
imagem, numa sequência similar a da leitura de textos (na cultura ocidental).
Imagens simétricas tendem a impor frações de segundo de dúvida sobre o que
observar primeiro, o que pode provocar desinteresse por parte de quem a
observa.
o Existem casos onde a simetria é desejável, a exemplo de rostos, certas linhas
arquitetônicas, reflexos ou algumas paisagens.
• Direcione, sempre que possível, a atenção de quem observa posteriormente a imagem.
o A utilização de linhas guias (cercas, linhas arquitetônicas, nuvens, relevos, entre
outras) direciona a atenção de quem observa a imagem, facilitando a condução da
atenção para atingir os objetivos pretendidos pela pessoa que produziu a imagem.
• Para elementos que precisam transmitir ideia de movimento, procure manter nítidos os
que são objeto da atenção do observador e desfocar os demais, como se estivessem se
movimentando em velocidade.
• Quebre todas as regras anteriores e quaisquer outras que venha a conhecer.
o A liberdade artística permite que a fotografia seja algo que independe de regras,
sendo estas apenas orientações sobre aspectos subjetivos sobre padrões de
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Regras culturais
São orientações sobre o que, onde e como fotografar e dependem da cultura de cada local.
• O conceito de beleza muda de cultura para cultura e até mesmo em uma mesma cultura
sofre mudanças em relação ao tempo e a regionalismos.
• Fotografar pessoas: Cuidado ao fotografar pessoas, pois além das questões legais,
existem as culturais, já que certos povos não se permitem fotografar ou quando o fazem
exigem imediato pagamento por isso.
• O sentido de leitura textual varia, principalmente entre as culturas ocidentais e orientais,
influenciando a leitura imagética, portanto, analise a composição das imagens veiculadas
na sociedade onde você deseja publicar sua imagem.
• As cores tem diferentes representatividades em diferentes culturas, ou seja, no Brasil o
branco pode representar paz, enquanto em outra cultura pode representar luto, portanto
pesquise a cultura que você irá registrar.
• Até mesmo dentro de uma mesma cultura pode haver diferenças em relação a
comportamentos, hábitos, vestimentas e outros fatores que podem influenciar uma
imagem, portanto pesquise, pesquise e pesquise SEMPRE.
• As regras culturais são mais complexas e subjetivas que as regras técnicas, portanto mais
difíceis de quebrar.
• EVITE IMPOR SUA PRÓPRIA CULTURA EM RELAÇÃO A CULTURA QUE VOCÊ ESTÁ
REGISTRANDO, pois isso poderá gerar distorções na composição da imagem.
Dicas:
Aqui iremos falar sobre alguns truques e procedimentos que ajudarão a obter uma melhor imagem com o
seu smartphone, tanto em qualidade, como em criatividade.
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tempo de exposição.
Entendendo melhor. O tempo de exposição é a quantidade de tempo necessária para que a luz que
forma as cores e volumes de uma imagem seja captada pela câmera do smartphone, então, quanto mais
escuro o ambiente, mais tempo será necessário para que a fotografia seja obtida, pois a luz deverá ser
captada durante mais tempo, para que o smartphone obtenha uma imagem com a mínima qualidade
necessária aos objetivos do usuário.
Mas isso vale principalmente para imagens estáticas. Quando falamos de elementos que estão em
constante movimento, como água corrente, animais, crianças, atletas e pessoas e veículos em trânsito,
entre outros tantos exemplos, temos a seguinte situação: Para captar um instante, congelando o
movimento, precisamos de bastante luz em um ínfimo intervalo de tempo, pois se esse intervalo de
tempo for superior a velocidade do movimento do elemento fotografado, este referido elemento terá se
movimentado enquanto ainda está sendo registrado. É como tentar desenhar um ponto em um papel em
movimento. Quando a ponta da caneta toca a superfície do papel mais rapidamente que o movimento
deste, conseguiremos desenhar o ponto, mas quando a ponta da caneta toca a superfície do papel mais
lentamente que o seu movimento, ao invés de desenharmos um ponto, obteremos um traço, pois,
embora a caneta esteja parada, o papel terá se movimentado enquanto a tinta toca a superfície,
produzindo não um ponto, mas um traço.
Ou seja, para que uma elemento em movimento consiga ser registrado sem qualquer borrão (registro
indesejável do movimento)
Quando o ambiente apresenta baixa luminosidade (noite, ambientes internos, mata fechada,
entre outros) deve-se dar atenção especial à estabilidade do equipamento, pois a menor
trepidação provocará efeitos negativos nos resultados.
Isto se dá em função da maior necessidade de tempo, para que o equipamento registre a cena, já
que toda imagem é produzida por luz (considerando imagens sem aplicação de efeitos, lentes,
filtros e os equipamentos com os quais estamos tratando neste curso), normalmente seguindo a
seguinte regra: quanto mais luz, menos tempo, quanto menos luz, mais tempo, ou seja, a
quantidade de tempo necessária a uma boa qualidade de imagem é, via de regra, inversamente
proporcional a quantidade de luz disponível na cena que será registrada.
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Esta questão passa por um conjunto de respostas trabalhadas simultaneamente (uma e outra) ou
paralelamente (uma ou outra), a depender dos recursos e objetivos existentes.
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Considerações finais
A captura do tempo, num instante visível, perceptível, palpável entre outros instantes
imaginados, eis a magia da fotografia que não é apenas registro, mas meio, onde início e fim são
mutáveis a cada percepção, a cada novo olhar, pois o que foi registrado não muda, mas os
indivíduos que o percebem, sim, seja em estado emocional, social ou físico, ou seja, sempre há
dinamismo na observação, sempre há algo novo na interpretação...
Espero que este material tenha ajudado você a perceber, compreender e internalizar alguns
detalhes sobre a ação de fotografar, permitindo melhorar qualitativamente as imagens que você
registra com seu smartphone.
Agradeço a paciência por ter chegado até aqui e lhe parabenizo por ser mais uma pessoa que
simplesmente gosta de registrar momentos, transformando-os em pequenas peças no mosaico
da sua própria história.
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EMENTA
PROFESSOR:
Operacionalizando esta visão, a universalização dos dispositivos móveis (smartphones e tablets) com
boa capacidade fotográfica e a facilidade de compartilhamento das imagens através das redes sociais,
provocaram um considerável incremento quantitativo dos registros fotográficos, contudo, o mesmo não
ocorreu com a qualidade, tanto em relação a percepção do que deve ser registrado, como na técnica
para realizar esta tarefa de forma eficiente e com a criatividade, para que cada registro carregue sua
originalidade e impacto documental e/ou emocional desejado.
OBJETIVOS.
Específicos:
CONTEÚDOS.
Objetivos.
o Percepção.
Exercício sobre percepção.
o Emoção.
Exercício sobre percepção e emoção.
o Criatividade.
Exercício sobre percepção, emoção e criatividade.
o Técnica.
Exercício sobre percepção, emoção, criatividade e técnica.
o Avaliação
Exercício: Avaliar criticamente tudo que for produzido a partir de agora.
Aula 03 - Técnica: Noções de luz e a iluminação – Aula expositiva, aberta a intervenções / prática.
Luz externa.
Luz interna.
Reflexo.
Refração.
Exercícios de iluminação.
Aula 04 – Técnica: Ângulo, campo de visão e foco – Aula expositiva, aberta a intervenções / prática.
Ângulo de inclinação.
o Exercícios sobre ângulos de inclinação.
Campo de visão (ângulo da lente):
o Grande angular.
o Normal.
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o Teleobjetiva.
Foco.
Exercício geral.
Aula 06 – Atividade prática (1/5), contemplando todos os conhecimentos trabalhados até o momento.
Início da produção e edição das imagens para uma fotonovela (previsão para conclusão = 5
aulas).
o Tema: A ser definido com a turma.
o Roteiro: Definido pelo professor, de acordo com o tema escolhido.
o Formato: stories do instagram.
o Participantes (fotógrafos(as) e pessoas fotografadas): a turma.
o Tamanho: Uma tela para cada aluno(a).
Aula 07 – Recursos fotográficos dos smartphones – Aula expositiva, aberta a intervenções / prática.
Panorâmica.
o Exercício de foto panorâmica.
Zoom.
o Exercício de zoom.
GPS.
Modos de foto.
o Exercício de modos de fotografia.
Ajustes de imagem.
Filtros.
Outros (a depender dos modelos de smartphone presentes na turma).
Exercícios de acordo com os recursos comuns a maioria dos smartphones da turma.
Aula 14 – Crítica da atividade prática – Debate, objetivando a auto avaliação da aplicação dos
conhecimentos trabalhados.
Análise crítica das imagens produzidas para a fotonovela.
METODOLOGIA.
Os(as) alunos(as) utilizarão os próprios smartphones como instrumentos tecnológicos de captura de
imagem (fotografia).
As aulas expositivas serão projetadas preferencialmente através de projetor multimídia com entrada
HDMI, para permitir o espelhamento da tela do smartphone do professor.
Os momentos de prática fotográfica ou prática de manuseio do equipamento ocorrerão durante as aulas
expositivas e durante aulas especialmente dedicadas a pratica fotográfica.
O curso conta com aulas integralmente dedicadas a atividades práticas, ocorrendo nas instalações
prediais do Campus de Natal da UERN.
A avaliação será contínua, com feedback coletivo aos(as) alunos(as) e também através da pontuação
coletiva aos trabalhos projetados e/ou disponibilizados nas redes sociais.
DURAÇÃO
Carga horária: 24 horas (1440 minutos) presenciais, distribuídas em 16 aulas de 90 minutos, uma vez por
semana, durante 4 meses.
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