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AULA 03 → Fluxo de Trabalho – Como Funciona Uma “Empresa” com

Impressão 3D

Fluxo de Trabalho

1. Solicitação do Cliente / Desenvolvimento de um produto


2. Pesquisa - Análise e estudo sobre o produto
3. Modelagem 3D
4. Fatiamento
5. Impressão
6. Acabamento
7. Entrega
8. Pós-Venda
9. Gerenciamento da Empresa
10. Marketing
11. Prospecção
12. Venda

→ Tipos de Fluxo de Trabalho

1 - Hobbista
2 - Renda Extra
3 - Empresário (não empreendedor)
1 – Hobbista

*Pesquisa -Estudo sobre o produto


*Modelagem 3D
*Fatiamento
*Impressão
*Acabamento

2 - Renda Extra

*Solicitação do Cliente / Desenvolvimento de um produto


*Pesquisa - Análise e estudo sobre o produto
*Modelagem 3D
*Fatiamento
*Impressão
*Acabamento
*Entrega
*Pós-Venda
*Gerenciamento da Empresa
*Marketing
*Prospecção
*Venda

3 – Empresário

*Solicitação do Cliente / Desenvolvimento de um produto


*Pesquisa - Análise e estudo sobre o produto
*Modelagem 3D
*Fatiamento
*Impressão
*Acabamento
*Entrega
*Pós-Venda
*Gerenciamento da Empresa
*Marketing
*Prospecção
*Venda

1- Solicitação do Cliente / Desenvolvimento de um produto

Aqui é onde tudo se inicia. Ter uma boa conversa sobre a necessidade do cliente, estar
atento a tudo que ele solicita, que ele pede e principalmente a “dor” dele.

Ser um ouvinte e saber fazer as perguntas corretas irá facilitar nossa negociação, assim
como facilitará a execução do projeto.

Anotar tudo, ter ciência da solução que o produto/peça irá trazer. Se possível já oferecer
uma solução na mesma conversa.
2- Pesquisa - Estudo sobre o produto

Analisar o que será feito de maneira técnica, para definir o material a ser utilizado, assim
como as técnicas de modelagem para respeitar e explorar ao máximo a liberdade e as
limitações que a impressão 3D te proporciona.

No caso de um produto que já exista e que é feito de outra forma, estudar/pesquisar as


outras formas, pra saber principalmente como atender melhor e como precificar. Ser correto
com o cliente e falar sobre outras soluções mais baratas, irá garantir novos projetos.

3- Modelagem 3D

Esta é a etapa do processo onde iremos adquirir o modelo tridimensional de alguma forma.
Temos 4 formas de conseguir o modelo.

1 - Modelando
2 - Mandando modelar
3 - Comprando pronto/baixando
4 - Digitalizando

1 – Modelando
“Aqui se separa os piás dos home”

A modelagem/modelamento 3D é um dos principais divisores de águas entre o hobbista e o


profissional. Enquanto um baixa peças da internet ou paga para fazer os seus modelos o
outro através do seu conhecimento em modelagem, consegue oferecer praticamente todas
as soluções possíveis na impressão 3D.
Nesta etapa é hora de colocar no computador a solução que iremos oferecer para o cliente.

2 - Mandando modelar

Esta é uma das possibilidades, porém eu não indico a não ser em último caso ou quando se
tem extrema confiança no modelador e na qualidade do serviço prestado pelo mesmo.

Ao longo de vários anos tive um escritório de projetos e todas as vezes, sem exceções que
terceirizei o trabalho de modelagem 3D, tive mais trabalho e problemas do que se tivéssemos
feito em casa.
3 - Comprando pronto/baixando

Existem sites com modelos excelentes, com malhas perfeitas, feitas por artistas e que tem
valores cobrados de acordo com o que é oferecido.

Normalmente do exterior e normalmente para a área de action figures ou estatuetas.

Para peças mecânicas de engenharia, desenvolvimento de produtos, necessidades


específicas de clientes não se encaixa este tipo de serviço.

A outra forma é baixar em sites gratuitos onde existem milhões de modelos, porém sem
nenhuma garantia de qualidade na malha e muito menos de atender uma necessidade
específica de clientes.

Baixar modelos faz parte dos primeiros passos na caminhada da impressão 3D. Porém este
é um caminho curto para quem decide viver de impressão 3D.

Se você deseja agregar valor as soluções que irá oferecer, não é aqui onde você irá
encontrar, até porque todos que começam, se não tem conhecimento em modelagem 3D,
recorrem aos sites com modelos gratuitos e acabam poluindo o mercado com ofertas das
mesmas peças.

Porém não vire as costas para estes sites, porque eles podem ser ótimas fontes de pesquisa
e de modelos base para que você projete novos modelos.

4 – Digitalizando

Esse é o processo pelo qual já tendo um modelo físico, conseguimos transformá-lo em um


objeto virtual através do uso de um equipamento, chamado scanner 3D.

Por exemplo uma peça de reposição, um rosto, uma estátua

Esta é uma ótima alternativa quando se tem um dim dim sobrando para investir em um bom
scanner.

Sim, bons scanners que irão te dar uma malha de qualidade e que serão fiéis ao modelo
digitalizado são caros e o uso dele não te isenta de ter conhecimento em softwares de
modelagem.

Na maioria das vezes os modelos não saem 100% prontos de um processo de digitalização.

Caso você não tenha bala na agulha para o investimento, existem empresas que fornecem
este trabalho e eu aconselho você a ter o contato de algum à mão pra quando surgir a
demanda.
4 – Fatiamento

Esta é a etapa do processo onde transformamos o modelo digital em um Código G, que é o


código lido pelas impressoras para efetuar a movimentação e aplicação do filamento
derretido em camadas até a formação (ou não! Rssss) da peça!

Formação ou não porque na impressão 3D existem perdas por vários motivos, como por
exemplo: descolamento da peça, falta de filamento durante a impressão, bico entupido, peça
empenando, quebra do filamento, queda de energia, problemas no fatiamento, entre outros.

5 – Impressão 3D

Enfim chegamos no processo principal dessa jornada. Aqui é onde será compilado em forma
de resultado todos os passos anteriores. Uma análise bem feita sobre a peça desenvolvida,
a escolha correta do material, o respeito as características e peculiaridades do mesmo,
assim como um trabalho de modelagem adequado culminando com um fatiamento bem feito,
irá proporcionar uma peça adequada as necessidades do cliente.
Em muitos casos conseguimos tirar as peças já prontas da máquina e entregá-las ao cliente,
mas em alguns casos como veremos a seguir a peça precisará de um toque especial!

6 – Acabamento

Nesta etapa, podemos simplesmente tirar suportes das peças que se fizeram necessários
no processo ou então partir para algo mais complexo solicitado pelo cliente.

Entre os processos que podemos aplicar nas peças impressas, eu posso citar usinagem,
aplicação de insertos, montagem de conjuntos, acabamento e pintura entre outros.

Uma menção especial para acabamento e pintura. Esse processo é algo fantástico onde
especialistas na área conseguem transformar simples peças impressas em verdadeiras
obras de arte, onde muitas das vezes não é possível nem identificar que elas foram feitas
por impressão 3D.

7 – Entrega

Aqui é o momento onde todo o esforço colocado no estudo, desenvolvimento e execução do


projeto chegarão na mão do cliente e muitos de nós pecamos nesse momento.

Embalagens feias, peças mal embaladas, endereços de entrega errados entre outros são
motivos que podem nos fazer colocar todo o trabalho anterior por água abaixo.

Mesmo nas entregas feitas na mão do cliente, procure se diferenciar da maioria. Se possível
utilize uma embalagem adequada, com a marca da sua empresa.
No caso de envio por Correios ou transportadoras, plástico bolha a vontade e embalagens
com identificação de frágil, nunca serão mal vindos!

Imagina suas peças que demoraram horas pra ficar prontas, quebradas em minutos e o pior
de tudo, chegando ao cliente desta forma.

8 – Pós-Venda

Chegou a hora de mostrar ao cliente que você não é só mais um fornecedor.

Ter um pós-venda ativo, atencioso e fazendo parte da sua rotina, vai te garantir mais projetos
e clientes fiéis, além de aumentar a percepção de valor por parte do seu cliente.

Quem que não gosta de comprar algo e ganhar um brinde “sem pagar por isso”?

Sempre entregue um pouco a mais do que o cliente contratou. Isso irá deixá-lo muito
satisfeito e tem um poder gigantesco no crescimento da sua empresa.

9 – Gerenciamento da Empresa

Sim, estamos falando de negócios e a não ser que você “pratique” a impressão 3D por hobby,
gerenciar o seu negócio, sabendo sobre emissão de notas, impostos, fluxo de caixa,
entradas, saídas, estoque, lucratividade e toda a burocracia é de fundamental importância.

Mesmo pra você que tem isso de maneira informal como uma renda extra.

Se você tiver uma visão empreendedora e mais do que isso, de empresário, mesmo sem
ainda ter as responsabilidades de um, o seu bom trabalho associado a sua boa
administração, irão elevar em pouco tempo o seu negócio de informal para formal e se você
já pratica tudo de forma correta, nem você, nem seus clientes irão sentir essa transição.

Muitos cometem o erro de levar seus negócios (renda extra) de forma errada devido a
informalidade e mal sabem eles que estão matando as suas possibilidades de se tornarem
empresários bem-sucedidos nesta área.

Não confunda prestação de serviços como “renda extra” com desleixo ou fazer de qualquer
jeito. Prime pela qualidade em cada ponto e cobre o justo por isso.

Tenha sempre a visão de algo maior, mesmo que você ainda não seja uma empresa formal,
se comporte como se fosse, inclusive na hora de cobrar!

10 – Marketing
Tem uma frase que resume tudo...

“Quem não é visto, não é lembrado”

Ainda mais em tempo de Internet, onde em menos de 15s você consegue levar o que a sua
empresa faz pro mundo.

11 – Prospecção

Ninguém vive somente de um cliente e isso além de não ser indicado ainda é um risco grande
para a sua empresa. Esteja sempre em busca de novos clientes.

A prospecção é algo fundamental para a manutenção e principalmente para o crescimento


da sua empresa.

12 – Venda

Este é o objetivo principal de qualquer negócio. Tenha isso em mente...

“Uma empresa que não vende, não sobrevive”

Obviamente que a empresa não é só isso, como algumas pessoas pensam.

Não coloque isso acima de tudo, tenha uma visão e ação agressiva, porém respeitando os
princípios.

Seja leal, correto, faça o melhor que você puder e os resultados virão!

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