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Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – Campus Cascavel –PR


Área de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – RHESA .

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE


CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CCET
ÁREA DE RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO AMBIENTAL – RHESA

NOTAS DE AULA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS E HIDRÁULICA

Profº. Dr. Silvio César Sampaio

CASCAVEL – PR

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Mecânica dos Fluidos e Hidráulica Prof. Dr. Silvio César Sampaio
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1. Noções Introdutórias

1.1. Conceito de Hidráulica

Etmologia = grego
Hidro = água
Aulos = condução, condutos

Latinos:
Conceito: é o estudo do comportamento da água e fluídos em repouso ou em movimento.

1.2. Divisão da Hidráulica

• Hidráulica teórica:
Hidrostática;
Hidrodinâmica.

• Hidráulica Aplicada:
Hidráulica Urbana: esgoto, abastecimento de água e tratamento;
Hidráulica Rural: irrigação, drenagem;
Hidráulica Fluvial: rios, canais;
Hidráulica Marítima: portos, obras marítimas.
• Instalações Hidráulicas.

• Hidrelétricas.

1.3. Evolução da Hidráulica

o Mesopotâmia: canais entre os rios Tigre e Eufrates;


o Babilônia: 3750 a.C., Sistema de esgotos;
o Egito: 2500 a.C., Sistema de irrigação, drenagem, barragens no rio Nilo;
o Assírios: 691 a.C., Sistema de abastecimento de água.
o Itália: No século XVI, chafarizes;
o No século XIX fºfº (ferro fundido).

1.4. Propriedades Físicas dos Fluidos

Fluidos são corpos constituídos de moléculas as quais podem se mover independentemente


uma das outras, com aplicação de uma força com pequena intensidade.

Divisão dos Fluidos


Líquidos Gases
Moléculas próximas Moléculas distantes
Toma forma do recipiente Não toma forma
Não muda de volume Muda de volume
Grande densidade Pequena densidade
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Pequena compressibilidade Grande compressibilidade

o Compressibilidade: é a propriedade que tem os corpos de reduzir seu volume sob


pressão externa;
o Elasticidade: é a capacidade dos corpos de aumentar seu volume quando reduz a
pressão;
o Viscosidade: é a propriedade que o fluido tem que é responsável pela resistência a
deformação.

2. Hidrostática

Estuda as propriedades dos líquidos em repouso.

Principais características:
- não possuem forma própria;
- são incompressíveis.

Peso específico de alguns líquidos ( γ = kgf / m³ )

Álcool etílico 790 kgf/m³ a 15ºC


Água destilada 1000 kgf/m³ a 4ºC
Água do mar 1027 kgf/m³ a 25ºC
Cerveja 1020 – 1040 kgf/m³
Gasolina 680 – 760 kgf/m³
Leite 1030 kgf/m³

Coesão: duas moléculas;


Adesão: líquido-sólido.

o Coesão: manifesta-se na forma de uma gota líquida (líquido-líquido);


o Adesão: manifesta-se no contato entre o líquido e as paredes (líquido-sólido);
o Tensão Superficial: ocorre do contato entre o líquido e o ar;
o Viscosidade: é a resistência que o líquido apresenta a deformação;
o Pressão: pressão de um líquido sobre uma superfície é a força que este líquido exerce
sobre a unidade de área desta superfície ( P = F A );
o Lei de Pascal: a pressão exercida num ponto de um líquido se transmite em igual
intensidade em todas as direções;
o Vasos Comunicantes: se o líquido é homogêneo uma série de vasos comunicantes
apresentará o mesmo nível de superfície dos líquidos. (se os líquidos forem imiscíveis
não alcançarão o mesmo nível)

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h1
h2

γ 1 ⋅ h1 = γ 2 ⋅ h2 Eq. (1)

em que:
γ 1 – peso específico do líquido 1;
h1 – altura do líquido 1;
γ 2 – peso específico do líquido 2;
h2 – altura do líquido 2.

P = γ ⋅h Eq. (2)

em que:
P – pressão;
h – altura;
γ – peso específico.

F
P= Eq. (3)
A
F = P⋅ A Eq. (4)
F = γ ⋅h⋅ A Eq. (5)
em que:
F – força;
h – altura;
γ – peso específico;
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A – área.

F1 F2

D1 D2

D22
F2 = F1 ⋅ Eq. (6)
D12

2.1. Lei de Stevin

A diferença de pressão entre dois pontos da mesma massa de um líquido é igual a diferença de
profundidade desse ponto multiplicado pelo peso específico do líquido.

P1
h
γ P2

P2 − P1 = γ ⋅ h Eq. (7)
P2 = Patm + γ ⋅ h Eq. (8)
em que:
Patm – pressão atmosférica.

Aparelho para medir pressão piezômetro, manômetro.

2.2. Equilíbrio dos Fluidos sob ação da gravidade

A pressão exercida na superfície de um líquido é exercida pelos gases acima dele.

Geralmente se supõe o campo da gravidade com intensidade constante, e com a mesma


direção em todos os pontos, segundo a vertical do local.

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A pressão atmosférica varia com a altitude.

2.3. Princípio de Arquimedes

Um corpo imerso num líquido está sujeito a um impulso vertical (γV) de intensidade igual ao
peso do líquido deslocado.

γ
F = γ ⋅V − G Eq. (9)

em que:
F – resultante do sistema de forças;
γ – peso específico do líquido;
V – volume do líquido;
G – peso do corpo.

2.4. Centro de Pressão

O centro de pressão está sempre abaixo do centro de gravidade, da superfície plana sobre a
qual ocorre o empuxo, e a distância ρ 2 h medida no plano de área.

yp
h
ρ²/h

CG
CP

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yP = h + ρ 2 h Eq. (10)

em que:
y P – profundidade do centro de pressão;
h – profundidade do centro de gravidade;
ρ 2 h – distância do CP ao CG.

O empuxo é aplicado no centro de pressão, este sempre localizado um pouco abaixo do centro
de gravidade.

2.5. Empuxo

O empuxo é exercido sobre uma superfície plana imersa, é perpendicular a essa superfície e
igual ao produto da área dessa superfície pela pressão relativa ao seu centro de gravidade.

h F
CG
S

F = γ ⋅h⋅S Eq. (11)

em que:
γ – peso específico;
h – altura;
S – superfície.

3. Hidrodinâmica

Estudo das propriedades do fluido quando em movimento.

Leis são baseadas para um fluido ideal, ou seja, não existe tensão de cisalhamento (µ=0 e ν=0,
em que: µ – viscosidade dinâmica e ν – viscosidade cinemática).

3.1. Princípio de Euler

Considera um fluido em movimento com propriedades semelhantes ao fluido estático.

3.2. Equações do movimento

Caracterização do movimento é feita com as seguintes variáveis:

a) velocidade;

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b) variáveis físicas do fluido (Pressão – P e Massa específica – ρ).

Em função das quatro variáveis: x, y, z e t.

3.2.1. Métodos de estudo

a) Lagrange
b) Euler.

3.2.1.1.Método de Euler

P P + dρ

Forças atuantes:
Externas: Peso
Pressão em cada face

Aplicando a 2ª Lei de Newton, encontram-se as equações básicas do movimento.

∂V V∂V V∂V V∂V 1 ∂P


+ + + = Px − ⋅ Eq. (12)
∂t ∂x ∂y ∂z P ∂x
∂V V∂V V∂V V∂V 1 ∂P
+ + + = Px − ⋅ Eq. (13)
∂t ∂x ∂y ∂z P ∂y
∂V V∂V V∂V V∂V 1 ∂P
+ + + = Px − ⋅ Eq. (14)
∂t ∂x ∂y ∂z P ∂z
Equações de Euler

Equação da continuidade:

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∂ρ ∂ (ρVx ) ∂ (ρVy ) ∂ (ρVz )


+ + + =0 Eq. (15)
∂t ∂x ∂y ∂z

Equação do estado da massa:

P ⋅ M ⋅ 0,1094
ρ= Eq. (16)
R ⋅ (t + 273)
P
γ = Eq. (17)
R ⋅ (t + 273)

3.3. Classificação dos escoamentos

 dv   dv 
Regime Permanente  = 0  - Uniforme  = 0
 dt   dx 
 dv 
- Variado  ≠ 0
 dx 

 dv 
Não Permanente  ≠ 0
 dt 

3.4. Vazão

Volume que atravessa uma seção na unidade de tempo.

volume
Q=
tempo

3.5. Linhas de corrente ou fluxo

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v1
v1

v1

3.6. Tubo de corrente

Formado por linhas de fluxo externas que em geral possuem os formatos dos condutos.

3.7. Aplicação da equação da continuidade

Q =V ⋅ A Eq. (18)

em que:
Q – vazão;
V – velocidade;
A – área de escoamento.

3.8. Resumo do tipo de escoamento

Classificação:
Quanto à variação no tempo – Permanente e não permanente
Quanto à variação no espaço – Uniforme e variado
Quanto à trajetória da partícula – Laminar e Turbulento
Quanto ao movimento de rotação da partícula – Rotacional e irrotacional
Quanto à compressibilidade – Compressível e imcompressível
Quanto à dimensão – uni, bi ou tridimensional

3.9. Equação da Continuidade

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dx2
dx1
v1 v2
1
2
Considerando escoamento unidimensional em regime permanente variado e fluido
incompressível, temos:

m1 = m2 Eq. (19)
como m = ρ ⋅ Vol , temos:

ρ1 ⋅ Vol1 = ρ 2 ⋅ Vol 2 Eq. (20)


mas, Vol = A ⋅ dx :
ρ1 ⋅ A1 ⋅ dx1 = ρ 2 ⋅ A2 ⋅ dx 2 Eq. (21)
dividindo por dt , temos:
dx1 dx
ρ1 ⋅ A1 ⋅ = ρ 2 ⋅ A2 ⋅ 2 Eq. (22)
dt dt
dx
=V :
dt
ρ1 ⋅ A1 ⋅ V1 = ρ 2 ⋅ A2 ⋅ V2 Eq. (23)
como a massa específica do líquido não se altera podemos cortar o termo ρ :
A1 ⋅ V1 = A2 ⋅ V2 = cte Eq. (24)

3.10. Viscosidade

3.10.1. Viscosidade Dinâmica

É dada como a resistência interna do fluido ao escoamento.

dv
F = µ ⋅ A⋅ Eq. (25)
dy

em que:
F – força (?);
 dina ⋅ s 
µ – viscosidade dinâmica [poise] =  2 
;
 cm 
A – área.
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3.10.2. Viscosidade Cinemática

É a relação entre a viscosidade dinâmica e a massa específica do fluido.

µ
υ= Eq. (26)
ρ

em que:
υ – viscosidade cinemática [Stokes] = [cm²/s];
µ – viscosidade dinâmica;
ρ – massa específica.

3.11. Teorema de Bernoulli

a) Aplicado aos fluidos reais

“Ao longo de qualquer linha de corrente é constante a soma das energias cinéticas,
piezométrica e posição”.

PC = LE
V1²/2g
LP V2²/2g
P1/γ

P2/γ
Z1
Z2

1 2

PC: Plano de Carga


LE: Linha de Energia
LP: Linha piezométrica

Energia cinética:
V2
Eq. (27)
2g

em que:
V – velocidade do líquido;
g – aceleração da gravidade.
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Energia de pressão (piezométrica):


P
Eq. (28)
γ

em que:
P – pressão do líquido;
γ – peso específico do líquido.

Energia de posição (potencial):


Z Eq. (29)

em que:
Z – altura em relação ao plano de referência.

2 2
V1 P V P
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2 = cte Eq. (30)
2g γ 2g γ
ou
E1 = E 2 Eq. (31)

3.11.1. Conclusões práticas

a) Quando a energia cinética aumenta (secção diminui), a energia piezométrica diminui.

PC
V1²/2g V2²/2g
P1/γ
P2/γ
PR

1 2

b) Ao diminuir a energia de posição (Z) aumenta a energia piezométrica (P/γ)

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PC
V1²/2g V2²/2g
P1/γ LP
P2/γ

Z1
Z2

1 PR 2

b) tubulação não sofre alterações na seção nem quanto a sua posição.

PC
V1²/2g V2²/2g
P1/γ LP P2/γ

Z1 Z2

1 PR 2

Aplicada ao fluidos reais (µ≠0) (há perdas de energia)

PCI
V1²/2g hf
LE
P1/γ V2²/2g
LP
P2/γ
Z1
Z2

1 2

2 2
V1 P V P
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2 + hf Eq. (32)
2g γ 2g γ
ou
E1 = E 2 + hf Eq. (33)

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1 2
Ec = mv ⇒ kg ⋅ m 2 s 2 = N ⋅ m = Joule
2

Ep = mgh ⇒ kg ⋅ m s 2 ⋅ m = N ⋅ m = Joule

3.12. Representação da energia mecânica dos fluídos

a) Energia por unidade de massa (E/kg)

kg ⋅ m 2 s 2
E= = m2 s2
kg

b) Energia por unidade de volume (E/V)

kg ⋅ m 2 s 2 kg s 2
E= =
m3 m

c) Energia por unidade de peso (E/P)

kg ⋅ m 2 s 2
E= =m
kg ⋅ m s 2

Obs: Energia por unidade peso é carga.

1 2 mv 2 1 2 kg ⋅ m 2 s 2
Ec = ⇒ =m
mg kg ⋅ m s 2

mgh
Ep = =h=m
mg

3.13. Unidades de Pressão

1 atm = 10,33 m.c.a. = 1,033 kgf/cm² = 760 mmHg = 101325 Pa = 1,01325 bar = 14,7 PSI

3.14. Aplicação da equação de Bernoulli

a) Teorema de Torricelli (fluido ideal hf = 0)

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Estimar a vazão de um orifício por meio da pressão atuante.

1
nível constante
h
PR
2

v1 = 0 P1 = atm Z1 = h
v2 = ? P2 = atm Z2 = 0

2 2
V1 P V P
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2
2g γ 2g γ

2
Patm V2 P
0+ +h= + atm + 0
γ 2g γ

2
V2 = 2 gh

V2 = 2 gh Eq. (34)

Q = A ⋅ 2 gh Eq. (35)

em que:
Q – Vazão ideal teórica.

A vazão real é dada por:

Q = Cd ⋅ A ⋅ 2 gh Eq. (36)

onde:
Cd – coeficiente de descarga.

b) Tubo de Pitot (fluido ideal hf = 0)

Aparelho usado para medir a velocidade em qualquer ponto de uma corrente líquida (canais e
rios).

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V1²/2g h
H
P1/γ
PR
1 2

2 2
V1 P V P
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2
2g γ 2g γ

2
V1
+ (H − h ) + 0 = + H + 0
2g

2
V1 = 2 gh

V1 = 2 gh Eq. (37)

Q = A ⋅ 2 gh Eq. (38)

em que:
Q – Vazão do canal.

c) Tubo de Venturi (fluido ideal hf = 0)

Aparelho utilizado para medir indiretamente a vazão de uma tubulação. Atualmente, é


também usado como injetor.

Constituído por:

o Uma seção convergente


o Uma seção intermediária (garganta)
o Uma seção divergente

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V1²/2g
V2²/2g
P1/γ
P2/γ

Z1 Z2
PR
1 2

E1 = E 2 Z1 = Z 2 Q1 = Q2

2 2
V1 P V P
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2
2g γ 2g γ

P1 − P2 V22 − V12
=
γ 2g

P1 − P2 (Q
= 2
A2 ) − (Q1 A1 )
2 2

γ 2g

P1 − P2 Q 2  1 1 
= ⋅ 2 − 2 
γ 2g  A2 A1 

P1 − P2  2g 
Q2 = ⋅ 
γ  1
A22
− 1 A12 

P1 − P2  2g 
Q= ⋅ 
γ  1
A22
− 1 A12 
2g
fazendo k = temos:
1
A22
− 1 A12
P1 − P2
Q= k⋅ Eq. (39)
γ

em que:
Q – vazão;
k – coeficiente do tubo de venturi
P1 – pressão no ponto 1;
P2 – pressão no ponto 2;
γ - peso específico do líquido.

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d) Energia fornecida por uma bomba (fluido real hf ≠ 0)

O fluido para sair de 1 até 2 deverá vencer a diferença de nível mais a perda de carga ocorrida
no percurso devido aos atritos internos e externos.

2 2
V1 P V P
HB + + 1 + Z 1 = 2 + 2 + Z 2 + hf Eq. (40)
2g γ 2g γ

em que:
HB – energia fornecida ao fluido pela bomba;
hf – perda de carga.

3.15. Equação da Quantidade de Movimento

dx
2

Vol2
A'
A

Vol3
dx1

Vol1
v1
A1 B'
B

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B → t = t0

B' → t = t 0 + dt

t 0 → Vol = Vol1 + Vol3

t 0 + dt → Vol = Vol 2 + Vol3

As quantidades de movimento em t = t 0 são M 01 e M 03 e em t = t 0 + dt são M 2 e M 3 . A


variação da quantidade de movimento dM é dada por:

dM = (M 3 + M 2 ) − (M 01 + M 03 )

dM = (M 2 − M 01 ) + (M 3 − M 03 ) Eq. (41)

mas o termo (M 3 − M 03 ) da Equação (41) tende a zero, portanto temos:

dM = (M 2 − M 01 ) Eq. (42)

mas:

M 2 = m ⋅ V2

M 2 = ρ ⋅ dx 2 ⋅ A2 ⋅ V2

M 2 = ρ ⋅ dt ⋅ V 2 ⋅ A 2 ⋅ V 2 Eq. (43)

por analogia:

M 01 = ρ ⋅ dt ⋅ V01 ⋅ A01 ⋅ V01 Eq. (44)

Substituindo as Equações (43) e (44) na Equação (42) temos:

dM = (ρ ⋅ dt ⋅ V2 ⋅ A2 ⋅ V2 ) − (ρ ⋅ dt ⋅ V01 ⋅ A01 ⋅ V01 )

dM = ρ ⋅ [(V2 ⋅ A2 )V2 − (V01 ⋅ A01 )V01 ] ⋅ dt

como Q = V2 ⋅ A2 = V01 ⋅ A01 temos:

dM = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 − V01 ) ⋅ dt

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dM
e como ∑F = dt
temos:

Equação da Quantidade de Movimento

∑ F = ρ ⋅ Q ⋅ (V 2 − V01 ) Eq. (45)

3.15.1. Aplicações da equação da Quantidade de Movimento

3.15.1.1. Bocais

Bocais são peças colocadas na extremidade de mangueiras (pulverizador, mangueira de


incêndio e jardim).

1
2
P1 v2 Rx
v1 P2

w
x

Direção x

∑ F = ρ ⋅ Q ⋅ (V 2x − V1x )

F1x + F2 x + FRx = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 x − V1x )

P1 ⋅ A1 + (− P2 ⋅ A2 ) − Rx = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 x − V1x )

Rx = P1 ⋅ A1 − ρ ⋅ Q ⋅ (V2 x − V1x ) Eq. (46)

3.15.1.2. Força de Empuxo gerada em curvas de tubulações

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y v2
P2

R
Ry
P1 Rx
v1 w α x

F1x = F1 V1x = V1 F2 x = F2 ⋅ cos α V2 x = V2 ⋅ cos α


F1 y = 0 V1 y = 0 F2 y = F2 ⋅ senα V2 y = V2 ⋅ senα

Direção x

∑ F = ρ ⋅ Q ⋅ (V 2x − V1x )

F1x + F2 x + Rx = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 x − V1x )

P1 ⋅ A1 + (− P2 ⋅ A2 ⋅ cos α ) − Rx = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 ⋅ cos α − V1 )

Rx = P1 ⋅ A1 − P2 ⋅ A2 ⋅ cos α − ρ ⋅ Q ⋅ (V2 ⋅ cos α − V1 ) Eq. (47)

Direção y

∑ F = ρ ⋅ Q ⋅ (V 2y − V1 y )

F1 y + F2 y + W + Ry = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 y − V1 y )

0 − F2 ⋅ senα − W + Ry = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 ⋅ senα − 0 )

Ry = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 ⋅ senα ) + F2 ⋅ senα + W

Ry = ρ ⋅ Q ⋅ (V2 ⋅ senα ) + P2 ⋅ A2 ⋅ senα + W

Ry = senα ⋅ (ρ ⋅ Q ⋅ V2 + P2 ⋅ A2 ) + W Eq. (48)

R 2 = Rx 2 + Ry 2

R = Rx 2 + Ry 2 Eq. (49)

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3.15.1.3. Ressaltos Hidráulicos em canais

4. Condutos Livres (Canais)

4.1. Generalidades

Canais Tubos
o Energia Externa (gravidade) o Bomba
o P = Patm o P ≠ Patm
o Veia líquida é parcialmente livre o Veia líquida é confinada
o Rugosidade desuniforme o Rugosidade uniforme

PC PC
V1²/2g LE hf LE hf
V1²/2g
V2²/2g
LP P2/γ
P1/γ
Z1
Z2 Z2
Z1

1 PR 2
1 PR 2

4.1.1. Declividade do fundo do canal (I0)

∆Z
I0 =
L
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4.1.2. Declividade da linha d’água (IW)

∆h h1 − h2
IW = = = (Z 1 + h1 ) − (Z 2 + h2 )
L L

4.1.3. Declividade da linha de Energia (IE)

V1 2 P1  V2 2 P2 
 + + Z 1 −  + + Z2 
∆E E1 − E 2  2 g γ   2g γ 
IE = = =
L L L

4.2. Classificação do escoamento (velocidade e altura hidráulica – hm)

4.2.1. Em relação ao tempo

 dv dh 
o Permanente  e = 0
 dt dt 

 dv dh 
o Não Permanente  e ≠ 0
 dt dt 

4.2.2. Em relação ao espaço

 dv dh 
o Uniforme  e = 0
 dx dx 

 dv dh 
o Variado  e ≠ 0
 dx dx 

4.2.3. Em relação ao tempo e espaço

 dv dh 
 dt e dt = 0 
 
o RPU 
 dv e dh = 0 
 dx dx 

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 dv dh 
 dt e dt ≠ 0 
 
o RPV 
 dv e dh ≠ 0 
 dx dx 

4.2.4. Em relação às forças inerciais e de viscosidade

Finerciais
Rey = Eq. (50)
Fvis cos as

em que:
Rey – número de Reynolds;
Finerciais – forças inerciais;
Fviscosas – forças viscosas.

Para tubos:

V ⋅D
Rey = Eq. (51)
υ

Para canais:

V ⋅ Rh
Rey = Eq. (52)
υ

em que:
Rey – número de Reynolds;
V – velocidade de escoamento;
D – diâmetro;
Rh – raio hidráulico;
ν – viscosidade cinemática.

Regime Laminar: Rey ≤ 2000

Regime de Transição: 2000 < Rey < 4000

Regime Turbulento: Rey ≥ 4000

Obs.: mais usado para tubulações ou condutos forçados.

4.2.5. Em relação às forças inerciais e gravitacionais


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Finerciais
Fr = Eq. (53)
Fgravitacionais

em que:
Fr – número de Froude;
Finerciais – forças inerciais;
Fgravitacionais – forças gravitacionais.

V
Fr = Eq. (54)
g ⋅ hm

em que:
Fr – número de Froude;
V – velocidade de escoamento;
g – aceleração da gravidade;
hm – altura hidráulica.

Regime subcrítico, lento, fluvial: Fr < 1

Regime crítico: Fr = 1

Regime supercrítico, rápido, torrencial: Fr > 1

1 2 3

RPGV
RPU
Fg>Ft RPGV
Fg=Ft
Fg<Ft

4.3. Elementos geométricos de um canal

4.3.1. Altura de escoamento (h)

Diferença entre o fundo e a superfície da água.

4.3.2. Perímetro (P)


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Comprimento da linha molhada de um canal.

4.3.3. Área molhada (A)

Área transversal ao escoamento.

4.3.4. Raio Hidráulico (Rh)

Relação entre área e perímetro.

4.3.5. Profundidade média ou hidráulica (hm)

A
Relação entre largura da superfície de escoamento e a área. hm =
B

4.3.6. Declividade do fundo do canal (I0)

Tangente do ângulo de inclinação.

4.3.7. Declividade da linha de energia (IE)

Tangente do ângulo de inclinação.

4.3.8. Taludes

Inclinação das paredes do canal.

α
1
β
m

4.4. Fórmulas das seções

4.4.1. Trapezoidal

1 h

m b
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A = h(b + mh ) Eq. (55)


em que:
A – área molhada;
h – altura de escoamento;
b – largura do fundo do canal;
m – inclinação dos taludes.

P = b + 2h m 2 + 1 Eq. (56)
em que:
P – perímetro.

A
Rh = Eq. (57)
P
em que:
Rh – raio hidráulico.

B = b + mh Eq. (58)
em que:
B – largura da superfície do canal.

A
hm = Eq. (59)
B
em que:
hm – profundidade média ou hidráulica.

4.4.2. Triangular

1 h

A = h2 ⋅ m Eq. (60)

P = 2h m 2 + 1 Eq. (61)

h⋅m
Rh = Eq. (62)
2 m2 + 1

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B = m⋅h Eq. (63)

hm = h Eq. (64)

4.4.3. Retangular

A = h⋅b Eq. (65)

P = b + 2h Eq. (66)

h⋅b
Rh = Eq. (67)
b + 2h

B=b Eq. (68)

hm = h Eq. (69)

4.4.4. Semi-circular

π ⋅ D2
A= Eq. (70)
8

π ⋅D
P= Eq. (71)
2

D h
Rh = ou Rh = Eq. (72)
4 2

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B = D ou B = 2h Eq. (73)

π ⋅D π ⋅h
hm = ou hm = Eq. (74)
8 4

4.4.5. Circular

θ
h

D2
A= ⋅ (θ − sen θ ) Eq. (75)
8

θ ⋅D
P= Eq. (76)
2

D  sen θ 
Rh = ⋅ 1 −  Eq. (77)
4  θ 

 θ
B = D ⋅  sen  Eq. (78)
 2

 
D  θ − sen θ 

hm = ⋅ Eq. (79)
8  θ 
 sen 
 2 

 2h 
θ = 2 ⋅ arccos1 −  Eq. (79)
 D

Obs.: θ em radianos.

4.5. Equação da Resistência

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W sen θ
∆Z
W θ
Z1
Z2

PR

Considerando o RPU, as forças a favor e contra o escoamento são iguais (equilíbrios


dinâmicos).

• Forças a favor: W ⋅ sen θ

atrito → τ 0 ⋅ P ⋅ L
• Forças contrárias: 
µ = 0

Igualando as forças temos:

FF = FC

W ⋅ sen θ = τ 0 ⋅ P ⋅ L

γ ⋅ Vol ⋅ sen θ = τ 0 ⋅ P ⋅ L

γ ⋅ A ⋅ L ⋅ sen θ = τ 0 ⋅ P ⋅ L Eq. (80)

Fazendo:

∆Z
tgθ =
L

∆Z = L ⋅ tgθ

∆Z ≈ L ⋅ sen θ Eq. (81)

Substituindo a Eq. (81) em (80), temos:

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τ0 ⋅ P⋅ L
∆Z =
γ ⋅A

τ0 ⋅ L
∆Z =
γ ⋅ Rh

∆Z τ0
=
L γ ⋅ Rh

∆Z
Como representa a declividade do canal temos:
L

τ0 1
I0 = ⋅ Eq. (82)
γ Rh

τ0
Segundo Darcy: ∝V2
γ

τ0
= b ⋅V 2
γ

1
I 0 = b ⋅V 2 ⋅
Rh

1
V = ⋅ Rh ⋅ I 0 Eq. (83)
b

1
no Regime Permanente Uniforme I 0 = I E . O termo na Eq. (83) é tido como coeficiente
b
de Chézy, daí obtemos a equação de Chézy, que é básica para todas as fórmulas práticas da
equação da resistência.

V = C ⋅ Rh ⋅ I 0 Eq. (84)

4.5.1. Equação da Resistência de Bazin

87 Rh
C= Eq. (85)
β + Rh

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87 Rh 12
V = ⋅ Rh1 2 ⋅ I E Eq. (86)
β + Rh

em que:
β – constante tabelada em função da natureza das paredes do canal.

4.5.2. Equação da Resistência de Strikler

C = k ⋅ Rh1 6 Eq. (87)

12
V = k ⋅ Rh 2 3 ⋅ I E Eq. (88)

em que:
k – constante tabelada em função da natureza das paredes do canal.

4.5.3. Equação da Resistência de Manning

1
C= ⋅ Rh 1 6 Eq. (89)
n

1 12
V = ⋅ Rh 2 3 ⋅ I E Eq. (90)
n

em que:
k – constante tabelada em função da natureza das paredes do canal.

4.5.4. Equações de Projeto

4.5.4.1.Continuidade

Q =V ⋅ A Eq. (18)

4.5.4.2.Resistência

V = k ⋅ Rh 2 3 ⋅ I 1 2 Eq. (88)

1 12
V = ⋅ Rh 2 3 ⋅ I E Eq. (90)
n
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combinando as equações da continuidade e da resistência, obtemos:

Q = k ⋅ A ⋅ Rh 2 3 ⋅ I 1 2 Eq. (91)

1 12
Q= ⋅ A ⋅ Rh 2 3 ⋅ I E Eq. (92)
n

4.6. Distribuição de Velocidades

Perfil:

Vsuperficial

Vmáx 0,25 h

0,60 h
Vmédia

Vmédia = Vsuperficial * fator (depende das paredes do canal)

Canal Fator
concreto 0,90 – 0,95
terra lisa 0,85 – 0,90
terra irregular 0,80 – 0,85
terra vegetação 0,75 – 0,80

4.6.1. Limites de Velocidade

Limite Superior (Vmáx)


Depende da natureza das paredes do canal

Material Vmáx (m/s)


areia 0,30 – 0,61
argila 0,90
argila compacta 1,50
cascalho 1,80
rochas sedimentares 2,40
alvenaria 3,00
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rocha compacta 4,00


concreto 6,00

Limite inferior (Vmín)


Função da qualidade da água

Tipo de água Vmín (m/s)


suspensões finas 0,30
suspensões areias finas 0,45
suspensões residuárias 0,60

4.6.2. Controladores de Velocidade

o Dispositivos redutores de velocidade

o Dispositivos que aumentam a velocidade

máx

mín

4.7. Inclinação dos Taludes (m)

Canal m
Rocha ou concreto 0 – 0,25
Argila compacta 0,5 – 1,0
Argila 1,0 – 1,5
Areia 1,5 – 2,0
Areia solta 2,0 – 3,0

4.8. Folga nos canais

Acrescentar 20 a 30% na profundidade normal do canal.

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4.9. Dimensionamento

h, b, m
I , I
 0 E
o Variáveis em jogo: n ou k
Q

V

o Equações:
- Continuidade
- Resistência

Q = k ⋅ A ⋅ Rh 2 3 ⋅ I 1 2 Eq. (91)

o Situações

1. Conhece-se A, n, I0 → estima-se Q

2. Conhece-se Q, I0, n → A (h, b, n)

1º. Fixar b ou h (solução por tentativa).

2º. Trabalhar com seções econômicas onde h e b estão explícitas (seções de máxima vazão
transportada).

3º. Trabalhar com velocidades conhecidas (ex.: Vmín).

4.10. Seções de máximas eficiência

Quando o problema é dimensionar a seção de um canal é necessário fixar a altura ou base (h


ou b) do canal e utilizar um procedimento numérico para determinar b ou h, tornando-se um
processo demorado e trabalhoso.

Seções de máxima eficiência representam um critério econômico, onde o canal é


dimensionado para situações de menor atrito nas paredes, ou seja, mínimo perímetro.

dp
Pmínimo ⇒ =0
dh

ou

Rh=máx

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4.11. Energia Específica

Esse conceito foi introduzido por Backmeteff em 1912, tornando-se imprescindível no estudo
de condutos livres.

Energia Específica é a distância vertical entre a linha de energia e o fundo do canal, sendo
este o plano de referência.

V²/2g
h

Figura 1

V2
E =h+
2g

Obs.:

o E1 cresce com h;
o E2 decresce com h
o E decresce com h até certo valor, a partir de um ponto E cresce com h.

h
V²/2g
h

Regime Subcrítico

h Regime Crítico
h V²/2g
Regime Supercrítico

Ec E
Figura 2

nº de Froude = 1 crítico
< 1 subcrítico
> 1 supercrítico

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Resumo

Regimes Fr h I0
subcrítico < 1 h > hC I0 < IC
crítico = 1 h = hC I0 = IC
supercrítico > 1 h < hC I0 > IC

4.12. Profundidade crítica

a) canais retangulares

1
 q2 3
hC =   Eq. (93)
 g 
em que:
hC – profundidade crítica;
Q
q – vazão unitária ( q = , onde b é a largura do canal).
b

3
EC = hC Eq. (94)
2

VC = hC ⋅ g Eq. (95)

Obs.:
o hC depende apenas de q;
3
o q = hC ⋅ g , no regime crítico para medir vazão em função da altura.

b) canal de seção qualquer

Q 2 A3
= Eq. (96)
g B
em que:
Q – vazão;
A – área da seção tranversal;
B – largura da superfície do canal.

Canal circular

Q 2 g (θ C − senθ C )
3

= Eq. (97)
D5 θ 
512 ⋅ sen C 
 2 
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Canal trapezoidal

3
 h 
2
g 1 + m ⋅ C  3
Q
= 
b  ⋅  hC 
5
  Eq. (98)
b  h   b 
1 + 2 m C 
 b 

Canal triangular

1
 2⋅Q2 5
hC =   Eq. (99)
 g⋅m
2

c) número de Froude

Tão importante quanto o número de Reynolds para tubulações.

V2
Fr = Eq. (100)
g ⋅ hm

4.13. Transições em canais

Estruturas hidráulicas permitem a passagem de uma seção para outra, sem perda de carga e
sem alterar as condições de montante de escoamento.

4.13.1. Aplicações

o Passagem sob estradas;


o Qualquer mudança na largura do canal.

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4.13.2. Critérios para definir o nível d’água na transição a partir do nível d’água
à montante

4.13.2.1. Ascensão ou depressão suave

1 2 x
Figura 3

⋅ (1 − Fr 2 ) +
dh dz
=0 Eq. (101)
dx dx

Equação diferencial para o estudo de ascensão ou depressão de canais

4.13.2.2. Contração e expansão na largura

1 2

b1 b2

1 2 x
Figura 4

⋅ (1 − Fr 2 ) − Fr 2 ⋅ +
dh h db
=0 Eq. (102)
dx b dx

Equação diferencial para o estudo de contração ou expansão de canais

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Casos:

a) Ascensão:

dz
>0
dx

⋅ (1 − Fr 2 ) < 0
dh
dx

Regime subcrítico Fr < 1 Regime supercrítico Fr > 1

dh dh
<0 >0
dx dx

(1 − Fr ) > 0
2
(1 − Fr ) < 0
2

b) Contração:

⋅ (1 − Fr 2 ) < 0
dh
dx

Regime subcrítico Fr < 1 Regime supercrítico Fr > 1

dh dh
<0 >0
dx dx

(1 − Fr ) > 0
2
(1 − Fr ) < 0
2

c) Expansão:

⋅ (1 − Fr 2 ) > 0
dh
dx

Regime subcrítico Fr < 1 Regime supercrítico Fr > 1

dh dh
>0 <0
dx dx

(1 − Fr ) > 0
2
(1 − Fr ) < 0
2

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d) depressão:

dz
<0
dx

⋅ (1 − Fr 2 ) > 0
dh
dx

Regime subcrítico Fr < 1 Regime supercrítico Fr > 1

dh dh
>0 <0
dx dx

(1 − Fr ) > 0
2
(1 − Fr ) < 0
2

4.13.3. Representação gráfica das transições

a) Depressão ou elevação (hf=0)

q2 E1 ≠ E 2
E =h+
2 gh 2

1 2
E1 E2
Figura 5

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h4

h3
Subcrítico

hc
h2
h1 Supercrítico

E1 E2 E
Figura 6

b) Expansão ou contração

q1 2

1 2
Figura 7

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h
q2

q1
h4
h3
Subcrítico

hc
h2
h1 Supercrítico

E1=E2 E
Figura 8

Obs: Há um limite de contraçao e ascensão onde E1 = E 2 = Ec e o maximo grau existente.

4.13.4. Maximo grau de contração e ascensão

Limitados pelo regime critico.

∆Z max = E1 − Ec

∆b max = q1 − q max

4.14. Medição de Vazão em canais

4.14.1. Revisão

Descarga ⇒ grandeza que atravessa uma área em um determinado tempo.

Vol massa peso


QV = Qm = QP =
t t t

Fluxo ⇒ grandeza que “atravessa” um ponto em um determinado tempo.

QV Qm QP
FV = Fm = FP =
A A A

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4.14.2. Métodos

• Direto volumétrico
• Direto gravimétrico (mede peso)
• Vertedores
• Flutuador
• Molinete
• Outros (pitot, soluções químicas, etc.)

4.14.3. Direto

Figura 9

4.14.4. Vertedores

4.14.4.1. Conceito

4.14.4.2. Partes

H
soleira (crista)
P corpo parede

B
Figura 10

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4.14.4.3. Classificação

4.14.4.3.1. Quanto à forma

• Retangular
• Trapezoidal
• Triangular
• Semi-circular
• Outras.

4.14.4.3.2. Quanto à espessura da parede

H e
H

Figura 11

2
• Delgada: quando espessura (e) e < H
3
2
• Espessa: e ≥ H
3

Onde H e a carga hidráulica, medida antes da espessura do vertedouro.

4.15. Movimento Gradual Variado (Regime Permanente)

4.15.1. Conceito

• MPGVR: Movimento Permanente Gradualmente Variado Retardado;


• MPGVA: Movimento Permanente Gradualmente Variado Acelerado;
• MPBVR: Movimento Permanente Bruscamente Variado Retardado;
• MPBVA: Movimento Permanente Bruscamente Variado Acelerado;

∂v
=0
∂x

∂v
=0
∂t

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4.15.2. Importância

• Delimitação de áreas inundadas;


• Calculo de volume de armazenamento;
• Localização de ressaltos.

4.15.3. Formas de curva de Remanso

Função → confronto hN x hC

a) classe M (mild) ou F (fraco) subcrítico a montante (I0 < IC)

b) classe S (steep) ou R (rápido) regime rápido (I0 > IC)

c) classe C (critico) (I0 = IC), geralmente são mais retas.

d) classe H (horizontal) (I0 = 0)

e) classe A (I0 < 0)

Regiões de ocorrência

a) classe M

NN 1
NC 2
3

I0 < IC
Figura 12
b) classe S

NC 1
NN 2
3

I0 > IC
Figura 13

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c) classe C

NN = NC 1
3

I0 = IC
Figura 14

d) classe H e A

NC 2
3

Figura 15

4.16. Cálculo de Remanso

4.16.1. Métodos

• Numéricos: Step-by-step – rios etc.


Standard – canais prismáticos
• Integração direta
• Gráficos
PCE
LE IE ∆H = hf

Iw

Io
∆Z

1 PR 2

Figura 16

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Hipóteses:
• ∆x → curto
• distribuição hidrostática
• escoamento permanente

RPV

V1 ≠ V2 I0 ≠ I E ∆H = tgφ ⋅ ∆x

h1 ≠ h2 ∆H = ? ∆H = I E ⋅ ∆x

φ ≠θ ∆H ∆Z = I 0 ⋅ ∆x
tgφ =
∆x

Bernoulli 1 e 2:

V12 V2
h1 + + Z1 = h2 + 2 + Z 2
2g 2g

V12 V2
h1 + + ∆Z = h2 + 2 + ∆H
2g 2g

E1 + ∆Z = E2 + ∆H

E1 + I 0 ⋅ ∆x = E2 + I E ⋅ ∆x

E1 − E2 = ∆x(I E − I 0 )

E1 − E2
∆x = Eq. (103)
I E − I0

1 12
Q= ⋅ A ⋅ Rh 2 3 ⋅ I E Eq. (92)
n

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4.17. Movimento Bruscamente Variado

MBVA
MBVR

Figura 17

4.17.1. Ressalto hidráulico

• Passagem do regime rápido para o lento;


• Linhas de corrente não paralelas (RPU);
• Pequenos trechos (atrito = 0)

4.17.2. Importância

• Dissipador de energia;
• Mistura rápida;
• Aeração (saneamento e piscicultura)

4.17.3. Classificação (Fr)

o Falso ressalto (1,2 a 1,7)

o Pré-ressalto (1,7 a 2,5)

o Oscilante (2,5 a 4,5)

o Verdadeiro (4,5 a 10)

o Forte (>10)

Equações

Q =V ⋅ A Eq. (18)

∑ Fx = ρ ⋅ Q ⋅ (V 2 − V1 ) Eq. (45)

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Hipóteses:

o Distribuição hidrostática
o Escoamento permanente
o Atrito e peso = zero

V2
E =h+ Eq. (104)
2g

I = M = γ ⋅ h ⋅ A + ρ ⋅ Q ⋅V Eq. (105)

em que:
I – impulso;
γ – peso específico;
h – altura do centro de gravidade;
A – área;
ρ – massa específica
Q – vazão;
V – velocidade.

4.17.4. Alturas conjugadas do Ressalto

h1 =
h2
2
( )
⋅ 1 + 8 Fr22 − 1 Eq. (106)

h2 =
h1
2
( )
⋅ 1 + 8 Fr12 − 1 Eq. (107)

4.17.5. Altura do Ressalto

hm = h2 − h1 Eq. (108)

4.17.6. Comprimento do Ressalto

LR = 6,9hC Eq. (109)

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4.17.7. Energia dissipada

(h2 − h1 )3
∆E = Eq. (110)
(4h1 ⋅ h2 )

4.17.8. Potência dissipada

ρ ⋅ Q ⋅ ∆E
N= Eq. (111)
75

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