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Contents

Introdução
Geoprocessamento
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - SIG
Sistema de Posicionamento por Satélite
Sensoriamento Remoto
Bibliografia
GLOSSÁRIO
A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas,
como se sente que são.
(Fernando
Pessoa )

Introdução
O geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e
computacionais para tratar a informação geográfica. Trata-se de
uma tecnologia muito útil em diversas áreas do conhecimento,
ultrapassando os limites da cartografia e da geodésia. A
necessidade da aplicação do holismo, encontra no
geoprocessamento sua vertente tecnológica, onde diferentes temas
são apresentados e analisados conjuntamente.

Este breve livro apresenta uma visão geral dos principais


conceitos de Geoprocessamento e em sua organização e dos
principais componentes de um sistema de informação geográfica
(SIG), do sistema global de posicionamento (GPS) e de
sensoriamento remoto, além de fornecer exemplos concretos de seu
uso.

O objetivo final é de fornecer a estes estudantes e iniciantes


interessados, noções básicas desta tecnologia, auxiliando-os no
desenvolvimento de seus projetos de pesquisa e, posteriormente,
em suas respectivas atuações profissionais.

∆∆∆
Geoprocessamento

É um conjunto de técnicas e metodologias de armazenamento,


processamento, automação e utilização de imagens para tomada de
decisões. Um dado georreferenciado é aquele que possui
coordenadas geográficas, ou seja latitude e longitude. O
armazenamento, análise e apresentação de um grande volume de
dados sobre o determinado espaço geográfico, fizeram com que se
desenvolvessem ambientes que aliassem mapas digitais às
informações sobre os elementos do mapa. Esta operação só foi
possível devido ao grande avanço na área de tecnologia de
informática, o que permitiu o surgimento de sistemas de
gerenciamento automatizado de banco de dados e a cartografia
digital. As aplicações e usos dos Sistemas de Informações
Geográficas (SIG) dependem da existência de um sistema eficiente
e lógico que possa transformar e associar elementos cartográficos
ao banco de dados (MARBLE, 1984).

O Geoprocessamento é uma ferramenta interdisciplinar, que


permite a convergência de diferentes disciplinas científicas para o
estudo de fenômenos ambientais. Apesar de aplicáveis, esta noção
esconde um problema conceitual: a interdisciplinaridade dos SIG’s é
obtida pela redução dos conceitos de cada disciplina a algoritmos e
estruturas de dados utilizados para armazenamento e tratamento
dos dados geográficos. Considere-se, a título de ilustração, alguns
problemas típicos: Um sociólogo deseja utilizar um SIG para
entender e quantificar o fenômeno da exclusão social numa grande
cidade brasileira. Um ecólogo usa o SIG com o objetivo de
compreender os remanescentes
florestais da Mata Atlântica, através do conceito de fragmento típico
de Ecologia da Paisagem. Um geólogo pretende usar um SIG para
determinar a distribuição de um mineral numa área de prospecção,
a partir de um conjunto de amostras de campo. O que há de comum
em todos os casos acima? Para começar, cada especialista lida com
conceitos de sua disciplina (exclusão social, fragmentos, distribuição
mineral).

Para utilizar um SIG, é preciso que cada especialista transforme


conceitos de sua disciplina em representações computacionais.
Após esta tradução, torna-se viável compartilhar os dados de estudo
com outros especialistas (eventualmente de disciplinas diferentes).
Em outras palavras, quando falamos que o espaço é uma linguagem
comum no uso de SIG, estamos nos referindo ao espaço
computacionalmente representado e não aos conceitos abstratos de
espaço geográfico.

Do ponto de vista da aplicação, utilizar um SIG implica em


escolher as representações computacionais mais adequadas para
capturar a semântica de seu domínio de aplicação. Do ponto de
vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer o
conjunto mais amplo possível de estruturas de dados e algoritmos
capazes de representar a grande diversidade de concepções do
espaço.

Traduzindo a Informação Geográfica para o Computador

Para abordar o problema fundamental da Ciência da


Geoinformação (o entendimento das representações
computacionais do espaço), estaremos utilizando, nesta apostila,
um arcabouço conceitual para entender o processo de traduzir o
mundo real para o ambiente computacional: o “paradigma dos
quatro universos” (EASTMAN et al., 1993), que distingue: o universo
do mundo real,
que inclui as entidades da realidade a serem modeladas no sistema;
o universo matemático (conceitual), que inclui uma definição
matemática (formal) das entidades a serem representadas; o
universo de representação, onde as diversas entidades formais são
mapeadas para representações geométricas e alfanuméricas no
computador e, finalmente, o universo de implementação, onde as
estruturas de dados e algoritmos são escolhidos, baseados em
considerações como desempenho, capacidade do equipamento e
tamanho da massa de dados. É neste nível que acontece a
codificação.

Tipos de dados em Geoprocessamento

Dados Temáticos

Dados temáticos descrevem a distribuição espacial de uma


grandeza geográfica, expressa de forma qualitativa, como os mapas
de solos e a aptidão agrícola de uma região. Estes dados, obtidos a
partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por
digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de
classificação de imagens.

O Universo Conceitual

Em Geoprocessamento, o espaço geográfico é modelado


segundo duas visões complementares: os modelos de campos e
objetos (BORROUGH, 1998). O modelo de campos enxerga o
espaço geográfico como uma superfície contínua, sobre a qual
variam os fenômenos a serem observados segundo diferentes
distribuições. Por exemplo, um mapa de vegetação descreve
uma distribuição que associa a cada ponto do mapa um tipo
específico de cobertura vegetal, enquanto um mapa geoquímico
associa o teor de um mineral a cada ponto. O modelo de objetos
representa o espaço geográfico como uma coleção de entidades
distintas e identificáveis. Por exemplo, um cadastro espacial dos
lotes de um município identifica cada lote como um dado individual,
com atributos que o distinguem dos demais. Igualmente, poder-se-ia
pensar como geoobjetos os rios de uma bacia hidrográfica ou os
aeroportos de um estado.
Região Geográfica

Define-se uma região geográfica como uma superfície qualquer


pertencente ao espaço geográfico, que pode ser representada num
plano ou reticulado, dependente de uma projeção cartográfica. A
região geográfica serve de suporte geométrico para localização de
entidades geográficas, pois toda entidade geográfica será
representada por um ponto ou um conjunto de pontos.

A definição de região geográfica proposta não restringe a


escolha da representação geométrica (matricial ou vetorial)
associada aos objetos geográficos.

O Geoprocessamento e os SIG´s

O geoprocessamento, na verdade, é uma das vertentes


evolutivas do sensoriamento remoto, que veio suprir, pode-se assim
dizer, a carência de organização e sobreposição de dados
referentes a uma região especificamente estudada. Esta técnica é,
hoje, de ampla utilização, pois permite associar vários itens a uma
mesma projeção, mostrando verdadeiras inter-relações entre
atividades de análise em um mesmo espaço físico (compreenda-se
tal tipo de análise como vegetação, ocupação humana, organização
urbana, rural, hidrografia, etc.).

As imagens (informações) são obtidas pelo satélite e


armazenadas em computadores, não necessariamente mainfraimes
(computadores de grande porte), com uma boa capacidade de
processamento, amplo espaço disponível em disco rígido, onde são
guardadas as informações a serem processadas ou mesmo já
processadas, bons softwares (programas), como O SPRING, O Arc
VIEW e o Arc INFO. Estes, por sua vez, são os conhecidos SIG´s,
os sistemas de informações geográficas, que são softwares
específicos que possibilitam uma "aplicação ou conjunto de
aplicações destinadas à criação e exibição de mapas.
Em geral, os sistemas de informações geográficas contêm um
sistema de exibição (que, às vezes, permite aos usuários exibir
mapas com um navegador de Web), um ambiente para criação de
mapas e um servidor (computador que gerencia determinados
conjuntos de tarefas processadas) destinado ao gerenciamento de
mapas e dados para exibição on-line em tempo real" (NADAL,
1999).

Há, ainda, a utilização do GPS, do inglês global positioning


system, que possibilita a demarcação de pontos pelo
estabelecimento de coordenadas exatas do local, com precisão
nunca antes obtida, através de uma rede de satélites orbitais. Os
pontos coletados em campo são transferidos para os SIG´s e
processados da mesma forma que acima citamos.

Estas formas de estrada de dados em um SIG serão mais bem


discutidas posteriormente.

Por que Geoprocessamento?

A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de


recursos minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma
parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até
recentemente, no entanto, isto era feito apenas de forma analógica,
o que impedia uma análise que combinasse diversos mapas e
dados. Com o desenvolvimento, na segunda metade deste século,
da tecnologia de Informática, tornou-se possível armazenar e
representar tais informações em ambiente
computacional, abrindo espaço para o surgimento do
Geoprocessamento.

Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota a disciplina


do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais
para o tratamento da informação geográfica e que vem
influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise
de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e
Planejamento Urbano e Regional.
As ferramentas computacionais do geoprocessamento, permitem
realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes
em um mesmo banco de dados e automatizam a produção de
documentos cartográficos.

Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma


grande carência de informações adequadas para a tomada de
decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o
Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente
se baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o
conhecimento seja adquirido localmente.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS - SIG
A diferença conceitual entre SIG e Geoprocessamento, é que o
termo geoprocessamento refere-se ao processamento de dados
referenciados geograficamente, desde sua aquisição até a geração
e saída na forma de mapas convencionais, relatórios, arquivos, etc.,
devendo prover recursos para sua estocagem, gerenciamento,
manipulação e análise. Em adição, o SIG pode ser
definido como um sistema computacional que permite a associação
de dados gráficos (mapas) e banco de dados que serve de base à
gestão espacial e conseqüentemente a soluções a problemas de
determinada área da superfície terrestre, ou ainda, como o ambiente
que permite a integração e a interação de dados referenciados
espacialmente com vistas a produzir análises espaciais como
suporte à decisão técnica ou política.

Os sistemas de informação geográfica originaram-se


basicamente para atender planejadores, unindo técnicas de CAD
(computer aided design) e banco de dados. Porém a partir do final
da década de 80 ampliaram-se os aplicativos com o aparecimento
de softwares específicos para as seguintes áreas:

• Meio Ambiente
• Segurança Publica
• Transportes
• Telecomunicações
• Agricultura
• Obras de Engenharia
• Turismo
• Serviços de Emergência

Após 30 anos de desenvolvimento tecnológico, o SIG se tornou


um fenômeno mundial. Os usuários hoje discutem formas de
otimização desta tecnologia para aprimorar seus aplicativos e gerar
novas funções. Hoje o SIG envolve usuários de todas as profissões
desde arquitetos até bombeiros. Os aplicativos variam de cadastro
técnico municipal a atendimento de emergência a ataques
terroristas. Os usuários buscam do sistema respostas rápidas para
ações rápidas tais como: Onde ocorreu o fenômeno Geográfico?
Como ocorreu ? Por que ? Como Agir ? O que aconteceria se...?

ELEMENTOS DE UM SIG

Para um melhor entendimento do sistema pode-se dividir o SIG


nos seguintes elementos:

• Dados-Informação
• Hardware/Software
• Recursos Humanos

• Procedimentos e Metodologia de Aplicativos

Dado Geográfico e Informação

O mapa

Dentre as componentes de um SIG, os dados aparecem como


uma restrição a sua implementação. Em geral, a carência de dados
faz com que sua aquisição seja dispendiosa em relação a outros
componentes. Com a evolução da informática o usuário tem acesso
mais facilitado a hardware e software em qualquer parte do mundo,
porém o dado é de acesso mais difícil devendo ser coletado e
avaliado para tornar-se informação consistente.

Os dados georreferenciados são, em geral, oriundos das


geotecnologias hoje disponíveis ao usuário. No final da década de
90 houve uma grande evolução tecnológica principalmente no que
se refere a imagens (Sensoriamento Remoto) e as técnicas
cartográficas.
Os Dados Geográficos possuem coordenados (latitude e
longitude) e atributos, como por exemplo, um poste que está numa
determinada posição (x,y) e possuir determinado atributo, luz de
mercúrio ou incandescente. O dado para um SIG sempre deve ser
acompanhado de suas coordenadas pois é esta razão a base
gráfica de um SIG, ou seja, o MAPA.

O Mapa pode ser entendido como uma representação ou


abstração da realidade geográfica, um meio para apresentar a
informação geográfica nas formas visual, digital ou tátil.

Aquisição dos Dados Geográficos

O dado georreferenciado é coletado de acordo com a


necessidade do usuário, ou seja, da característica do aplicativo. A
base cartográfica para o SIG pode ser oriunda de diferentes fontes,
gerada com trabalho específico ou através da digitalização dados
preexistentes (“escanear”). As duas principais fontes de entradas de
dados para SIG são o GPS (Global Position System) e o
sensoriamento remoto.
Sistema de Posicionamento por
Satélite
O Sistema GPS, foi concebido pelo Departamento de Defesa dos
EUA no início da década de l960, sob o nome de projeto NAVSTAR.
O sistema foi declarado totalmente operacional apenas em l995.
Seu desenvolvimento custou 10 bilhões de dólares. Consiste de 24
satélites que orbitam a terra a 20.200 km duas vezes por dia e
emitem simultaneamente sinais de rádio codificados. O sistema
fornece a posição tridimensional, dados para navegação e
informações sobre o tempo, atendendo toda a porção do globo
terrestre em qualquer condição meteorológica, a qualquer horário, o
ano inteiro.

Preocupados com o uso inadequado , os militares americanos


implantaram duas opções de precisão: para usuários autorizados
(eles mesmos) e usuários não-autorizados (civis). Os receptores
GPS de uso militar têm precisão de 1 metro e os de uso civil, de 15
a 100 metros.

Cada satélite emite um sinal que contém: código de precisão (P);


código geral (CA) e informação de status. Como
outros sistemas de rádio-navegação, todos os satélites enviam seus
sinais de rádio exatamente ao mesmo tempo, permitindo ao receptor
avaliar o lapso entre emissão/recepção. A potência de transmissão
é de apenas 50 Watts. A hora-padrão GPS é passada para o
receptor do usuário.

Receptores GPS em qualquer parte do mundo mostrarão a


mesma hora, minuto, segundo,... até mili-segundo. A hora-padrão é
altamente precisa, porque cada satélite tem um relógio atômico,
com precisão de nano-segundo – mais preciso que a própria rotação
da Terra. É a referência de tempo mais estável e exata jamais
desenvolvida. Chama-se atômico por usar as oscilações de um
átomo como "metrônomo".

O receptor tem que reconhecer as localizações dos satélites.


Uma lista de posições, conhecida como almanaque, é transmitida de
cada satélite para os receptores. Controles em terra rastreiam os
satélites e mantém seus almanaques acurados. Cada satélite tem
códigos P e CA únicos, e o receptor pode distinguí-los. O código P é
mais complexo que o CA, quase impossível de
ser alterado e somente militares têm acesso garantido a ele.
Receptores civis medem os lapsos de tempo entre a recepção dos
sinais codificados em CA.

O controle de terra pode interferir, fazendo com que alguns


satélites enviem seus sinais CA ligeiramente antes ou depois dos
outros. A interferência deliberada introduzida pelo Departamento de
Defesa dos EUA é a fonte da Disponibilidade Seletiva – Selective
Availability (AS).

Os receptores de uso civil desconhecem o valor do erro, que é


alterado aleatoriamente e estão entre 15 e 100 metros. Os
receptores militares não são afetados.

Existe outra fonte de erro que afeta os receptores civis: a


interferência ionosférica. Quando um sinal de rádio percorre os
elétrons livres na ionosfera, sofre um certo atraso. Sinais de
freqüências diferentes sofrem atrasos diferentes. Para detectar esse
atraso, os satélites do sistema enviam o código P em duas ondas de
rádio de diferentes freqüências, chamadas L1 e L2.

Receptores caros rastreiam ambas as freqüências e medem a


diferença entre a recepção dos sinais L1 e L2, calculam o atraso
devido aos elétrons livres e fazem correções para o efeito da
ionosfera.

Receptores civis não podem corrigir a interferência ionosférica


porque os códigos CA são gerados apenas na freqüência L1
(l.575,42 MHz ). Existem receptores específicos, conhecidos como
não-codificados, que são super acurados. Como desconhecem os
valores do código P, obtém sua precisão usando técnicas especiais
de processamento. Eles recebem e processam o código P por um
número de dias e podem obter uma posição fixa com precisão de 10
mm. É ótimo para levantamento topográfico.

Os dados efêmeros (de status) são constantemente transmitidos


e contém informações de status do satélite (operacional ou não),
hora, dia, mês e ano. Os dados de almanaque dizem ao receptor
onde procurar cada satélite a qualquer momento do dia. Com um
mínimo de três satélites, o receptor pode determinar uma posição
Lat/Long – que é chamada posição fixa 2D – bi-dimensional. (Deve-
se entrar com o valor aproximado da altitude para melhorar a
precisão). Com a recepção de quatro ou mais satélites, um receptor
pode determinar uma posição 3D, isto é, Lat/Long/Altitude.Pelo
processamento contínuo de sua posição, um receptor pode também
determinar velocidade e direção
do deslocamento.

Além da Disponibilidade Seletiva, outros fatores afetam a


precisão do GPS, como a ‘Geometria dos Satélites’ - localização dos
satélites em relação uns aos outros sob a perspectiva do receptor
GPS. Se um receptor GPS estiver localizado sob 4 satélites e todos
estiverem na mesma região do céu, sua geometria é pobre e seu
sinal perde precisão. Outra fonte de erro é a interferência resultante
da reflexão do sinal em algum objeto. Como o sinal leva mais tempo
para alcançar o receptor, este 'entende’ que o satélite está mais
longe que na realidade. Outras fontes de erro: atraso na propagação
dos sinais devido aos efeitos atmosféricos e alterações do relógio
interno.

Em ambos os casos, o receptor GPS é projetado para


compensar os efeitos. Para conhecer melhor o sistema GPS, é
necessário o conhecimento prévio de conceitos básicos de sistemas
de coordenadas (geográfica e UTM) e datum.
Sistemas de coordenadas

São padrões de quadrados e retângulos superpostos aos mapas


que permitem identificação de todo e qualquer ponto. O sistema
mais usado que cobre o mundo todo é o LATITUDE/LONGITUDE.
Usase como referência a Linha do Equador – que divide a Terra em
Hemisfério Norte (N) e Hemisfério Sul (S) – e a linha que passa
pelos pólos e pela cidade inglesa de Greenwich (Meridiano de
Greenwich) – que divide a Terra em Hemisfério Oeste (W, de West)
e Hemisfério Leste (E, de East).

As linhas imaginárias paralelas à do Equador são chamadas de


Paralelos de Latitude e suas perpendiculares, de Meridianos de
Longitude. Convencionou-se que a linha do Equador é a linha 0º de
Latitude e o meridiano de Greenwich, a linha 0º de Longitude. O
meri -diano oposto, a 180º, é chamado de "International Date Line"
(Linha Internacional de Mudança de Data). O Pólo Norte está na
Latitude 90º Norte e o Sul, na 90º Sul. P último pedido de socorro do
Titanic partiu das coordenadas localizadas no paralelo de latitude
41º e 45’ acima do Equador (Hemisfério Norte) e no meridiano de
longitude a 050º e 14’ a oeste de Greenwich (Hemisfério Oeste).
Assim, no sistema LAT/LONG, suas coordenadas eram: N 41º 45’ W
050º14’.

Coordenadas UTM – Universal Transversa de Mercator

A genialidade da grade UTM está na facilidade e precisão que


ela permite na leitura de mapas muito detalhados. Gerardus
Mercator, cartógrafo belga do século XVI, não imaginava o alcance
da projeção elaborada por ele.
A grade UTM divide o mundo em 60 zonas de 6º de largura. A zona
número 1 começa na longitude oeste 180º (W 180º=E180º).
Continuam em intervalos de 6º até a zona de número 60.
Cada zona é projetada num plano e perde sua característica
esférica. Assim suas coordenadas são chamadas "falsas". A
distorção produzida pela projeção limita o mapa à área
compreendida entre as latitudes N 84º e S 80º. A grade UTM não
inclui necessariamente letras na sua designação. A letra ‘U’, usada
como referência pelo Sistema Militar Americano (U. S. Military Grid
System), designa a região compreendida entre as latitudes N 48º e
N 56º. Letras em ordem alfabética – de sul para norte – são usadas
para designar seções de 8º, de forma a coincidir a seção ‘U ’entre
as referidas latitudes. Alguns receptores usam essa notação, outros
apenas indicam se as coordenadas estão acima ou abaixo do
Equador.

Cada zona tem sua referência vertical e horizontal. A linha de


longitude que divide uma zona de 6º em duas metades é chamada
de ‘zona meridiana’. Por exemplo, a zona 1 é limitada pelas linhas
de longitude W 180º e W 174º, então sua zona meridiana é a linha
de longitude W 177º. A zona meridiana é sempre definida como
500.000 m. As coordenadas horizontais maiores ou menores que
500.000 m se localizam a leste ou oeste da zona meridiana,
respectivamente. O valor de uma coordenada horizontal avalia sua
distância – em metros – da zona meridiana. A coordenada 501.560
está a 1.560 m a leste da zona meridiana; a 485.500 está a
(500.000 – 485.500) = 14.500 m a oeste da zona meridiana. As
coordenadas horizontais crescem para leste e decrescem para
oeste.

As coordenadas verticais são medidas em relação ao Equador,


que é cotado como a coordenada 10.000.000 m de referência para o
Hemisfério Norte ou como a coordenada 10.000.000 m de referência
para o Hemisfério Sul. A coordenada vertical de uma localidade
acima da Linha do Equador é sua distância – em metros – ao
Equador. A coordenada vertical 5.897.000 significa que o ponto está
a 5.897,0 m acima do Equador. Se o ponto estiver abaixo do
Equador, a distância é calculada subtraindo-se o valor da
coordenada do valor de referência para o Hemisfério Sul
(10.000.000 – 5.897.000 = 4.103,0 m).

Como a mesma coordenada vertical pode ser associada a duas


localidades distintas, uma acima e outra abaixo do Equador, é
necessário indicar em qual hemisfério se localiza para identificá-la.

Datum de uma carta geográfica

As cartas geográficas são confeccionadas de forma que todos os


pontos estão à determinada distância de um ponto de referência
padrão chamado DATUM. Antigamente cada país escolhia
independentemente seu próprio DATUM. Resultava que as mesmas
localidades tinham diferentes coordenadas em cartas de diferentes
países.
O GPS tem seu próprio DATUM chamado WGS 84 – World
Geodetic System 1984. Todos os receptores podem usá-lo como
referência. Obtém-se maior precisão quando o receptor é
configurado com o mesmo datum da Carta Geográfica disponível. A
opção Córrego Alegre, utilizada como referência nas cartas do
IBGE, consta da lista dos DATA opcionais para configuração do
GPS.
Sensoriamento Remoto

O Sensoriamento Remoto pode ser definido, segundo BARRETT &


CURTIS (1992), como a ciência de observação à distância. Isto
contrasta com o sensoriamento in situ, onde os objetos são medidos
e observados no local onde ocorrem. Em outras palavras, o
sensoriamento remoto está relacionado à ausência de contato físico
entre o sensor (câmara fotográfica, satélite) e o alvo (objeto). Desta
forma, o Sensoriamento Remoto também pode incluir o estudo das
técnicas de aerofogrametria e fotointerpretação, uma vez que
fotografias aéreas são remotamente captadas.

As imagens provenientes do sensoriamento remoto podem ser


processadas digitalmente por modernos softwares em potentes
hardwares, a fim de se obter da imagem, o maior número de
informações possíveis. ARANOFF (1992) denomina processamento
digital de imagens o conjunto de procedimentos relativos à
manipulação e análise de imagens por meio do computador. O
tratamento digital de imagens difere muitas vezes dos
procedimentos de restituição de fotografias aéreas afetas ao campo
aerofotogrametria.

Atualmente, o processamento digital de imagens de


sensoriamento remoto está ligado ao reconhecimento de feições e
padrões registrados na imagem, através de programas
computacionais, geralmente baseados em análise estatística
(ROBINSON, 1995). RODRIGUES & QUINTANILHA (1991) e
CAMARA (2001) salientam que as imagens de sensoriamento
remoto disponíveis atualmente são a forma rápida de se obter
informações espaciais em formato digital. Isto permite que estas
fontes sejam combinadas a outras informações, de forma a
constituir um banco de dados geográfico sobre o espaço em
questão. O processamento dessas informações, espacialmente
referenciadas em meio digital é a base dos sistemas de informação
geográfica (BURROUGH, 1998; CAMARA, 1996).

As aplicações do Sensoriamento Remoto nas décadas de 70 e


80, estavam ligadas ao mapeamento ambiental em escalas médias
e pequenas (1:50.000 a 1.000.000). A partir de 1997 esta realidade
começa a mudar, com entrada em órbita de novos satélites de maior
resolução ampliando assim os campos de aplicações. Pode-se,
desta forma, obter mapas digitais em escalas maiores (1:10.000 a
1:25.000) e realizar análises mais detalhadas, como por exemplo,
com o satélite IKONOS lançado em 1999.

Estrutura de dados
A estrutura dos dados corresponde à base cartográfica. Os dados
gráficos podem ser Vetorial ou Raster (Figura 8). São dados
georreferenciados relacionados a cada posição geográfica, nos
quais identificamos a posição por meio de uma referência espacial
relacionada a um sistema de coordenadas.

Dados Vetoriais

Um mapa digital é constituído por representações gráficas: todas


as feições são descritas por pontos, linhas e polígonos,
representados em um sistema de coordenadas. Os pontos são
definidos por uma única coordenada (ex: postes, poços). As linhas
são constituídas por vários
pontos (vértices) que se interligam, constituindo vetores (ex:
estrada, rio, curvas de nível). Polígonos são áreas fechadas
composta por varias linhas que começam e terminam num mesmo
ponto ( ex: lote, lago).

Para que o SIG reconheça as feições representadas por pontos,


linhas e polígonos, são necessárias relações topológicas. Topologia
é um procedimento matemático para definir relações espaciais, tais
como conectividade, adjacência e contigüidade. As vantagens das
relações topológicas são:
• armazenar dados vetoriais mais eficientemente;
• processar um maior número de dados;
• permitir a conexão de linhas em rede, combinar polígonos
adjacentes e sobrepor feições geográficas.

A topologia de dados digitais só é efetuada após a edição dos


dados de um mapa. As feições de um mapa deverão ser separadas
em camadas de informação de tal forma que cada camada contenha
pontos, linhas ou polígonos. Por exemplo, um mapa de loteamento
está numa camada de informação ou "layer", que tem topologia de
polígono; outra camada contendo ruas possui topologia de linhas.

Graças à topologia o sistema reconhece nas feições, extensões,


áreas, direção, vizinhança, o que permite estabelecer relações entre
as diferentes camadas de informação. A Figura 9 mostra os
diferentes níveis de informação do espaço geográfico subdividido
em camadas de informação ponto, linha, polígono.

Dados Raster

Os dados são representados por uma matriz (m x n), linha e


coluna, composta por células ou pixels de dimensões variáveis.

A resolução do dado raster está associada ao tamanho da


célula: quanto menor a célula melhor a resolução ou qualidade da
imagem. Um dado em forma raster pode ser convertido para um
dado vetorial (FRANCELINO, et al., 2003). Esta conversão
raster/vetor depende da qualidade do dado raster o do programa
utilizado nesta transformação.

A maioria dos dados raster é composta por imagens de satélites


ou fotografias digitalizadas. Cada formato apresenta suas vantagens
e desvantagens, que estão sumariadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Comparação de formatos raster e vetorial aplicado a


SIG
Método Vantagens Desvantagens

- Requer mais espaço


- estrutura de dados
- Dependendo do
simples
tamanho do pixel, pode
- Compatível com dados de
comprometer a saída
Raster sensoriamento
- Mais difícil para
remoto ou “escaneados”
representar
- procedimentos de análise
relacionamentos
simplificados
topológicos

- Estrutura mais
complexa
-Requer menos espaço
- Não muito compatível
- Relacionamentos
com dados de
topológicos são mantidos
Vetor sensoriamento remoto
- Saída gráfica melhor se
- Mais caros
aproximando de
- Algumas análises
mapas manuais
espaciais difíceis de
p

Banco de dados geográfico

Os atributos são estruturados em tabelas que compõem os


bancos de dados alfanuméricos. O banco de dados é a principal
característica de um SIG, é o que o diferencia de um sistema CAD.

A base de dados no SIG é composta por dois tipos de dados -


geométrico ou espacial e não geométrico ou descritivo,
armazenados numa série de arquivos. O SIG tem a capacidade de
ligar esses dois tipos de dados e estabelecendo uma relação entre
eles, através das ferra-mentas de geoprocessamento.
Os dados espaciais, que geralmente descrevem as feições da
superfície terrestre, são representados por pontos, linhas e
polígonos. Um sistema (X,Y) de coordenadas (cartesianas) é usado
para referenciar as feições. No entanto, existe a necessidade de
uma informação adicional sobre os mapas na relação espacial entre
as feições que é a topologia. A Topologia, como já citado, é um
procedimento matemático para definir explicitamente as relações
espaciais entre elementos. Nos mapas digitais, por exemplo, a
topologia, define conexões entre as feições, identifica polígonos
adjacentes e pode definir uma feição ou um conjunto de feições.

O banco de dados descritivos armazena os atributos das feições.


Estes atributos podem ser nominais (tipo de solo, floresta, etc.) ou
escalares (altitudes, profundidades, índices, etc.). O projeto da base
de dados geográficos de um SIG, passa, em geral, por três fases
principais:

• Identificação de feições geográficas e atributos;


• Organização das camadas (layers) de informação geográfica;
• Definição do armazenamento.

O banco de dados deve refletir os objetivos do usuário na


utilização do sistema. É importante dedicar algum tempo nas fases
iniciais do projeto do banco de dados, antes de automatizá-lo pois,
desta forma, assegura-se a real necessidade de certa gama de
dados para a geração de análises espaciais compatíveis com o
objetivo do sistema.

Um banco de dados bem projetado, proporcionará o contínuo


reaproveitamento das informações para outras análises que se
fizerem necessárias. À medida que o volume e os tipos de dados
armazenados aumentam, é necessário utilizar softwares específicos
para gerenciamento de dados. Os Sistemas de Gerenciamento de
Banco de Dados, SGBDs, objetivam disponibilizar a diferentes
usuários acesso ao banco de dados além de manter a integridade
dos mesmos.

∆∆∆
Bibliografia
ARONOFF, S. Geographical information System: a management
perspective. Ottawa: WDL Publications.1992.

BORROUGH, P. Principles of geography information systems for


land resources assessment. Oxford: Clarendon Press.1998.

EASTMAN, R.; KYEM, P.A.K.; TOLEDANO, J.; JIN, W.


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classificação supervisionada na avaliação da ocupação do solo em
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NADAL, Carlos. Cartografia aplicada ao SIG. Apostila.
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NAMIKAWA, L. M. Um método de ajuste de superfície para


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(Dissertação de Mestrado em Computação Aplicada) - Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, SP, Brasil,
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RODRIGUES, M., QUINTANILHA, J. A. A seleção de software


SIG para gestão urbana. In: Congresso Brasileiro de Cartografia, 15,
S. Paulo; SBC, 1991, V.3, p. 513-9,1991.
GLOSSÁRIO
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Fórum
Nacional de Normalização, reconhecida como uma entidade de
Utilidade Pública pela Lei nº 4150, de novembro de 1962.
Acelerador de placa gráfica - Circuito de apoio ao
microprocessador e à placa do monitor de um computador,
otimizando para executar a apresentação de imagens na tela.
Aeromagnetômetro - Sensor destinado a medir a intensidade do
campo magnético terrestre.
Aerotriangulação - Ver fototriangulação
Afloramento - Qualquer exposição de camada, veio ou rocha na
superfície do terreno. Em cartas topográficas e de escala maior, tem
representação gráfica geralmente artística.
Afluente - Curso d’água, cujo volume ou descarga contribui para
aumentar outro, no qual desemboca.
Afundamento - Depressão produzida pela movimentação tectônica
das camadas, que pode dar origem a inclinais, grabens (fossas
tectônicas) ou depressões de ângulo de falha, onde geralmente se
instala os cursos d’água.
Agente de erosão - O que contribui para o desenvolvimento.
Agente do modelado - O que contribui para a modificação da
paisagem física.
Agrupamento de mapas - Conjunto de mapas geralmente sobre
um mesmo tema, impressos numa única folha.
Algoritmo - Em programação, conjunto de operações necessárias à
solução de um problema.
Altimetria - Processo de medição de elevação de pontos da
superfície. Diz-se do conjunto formado pelas curvas de uma carta ou
mapa.
Altímetro barométrico - Barolatímetro. Instrumento que indica
valores de altitude ou diferenças de altitude entre pontos, baseado
na pressão atmosférica.
Altitude - Distância vertical a partir de um datum, geralmente o nível
médio do mar, até um ponto ou objeto da superfície da Terra. Não
confundir com altura, ou elevação, que se referem a pontos ou
objetos acima da superfície terrestre.
Altura ortométrica - Altitude ou altura preliminar à qual foi aplicada
a correção ortométrica. Esta correção visa não paralelismo existente
entre diferenças de nível, tomadas em altitude ou alturas diferentes.
Altura geoidal - Ondulação do geóide. Distância do Geóide ou
elipsóide de referência.
Antena receptora - É o dispositivo que recebe sinais emitidos por
satélites artificiais do sistema GPS.
Aplicativo - Termo usado para um programa de computador
(software), criado para atender as necessidades específicas de um
determinado usuário.

Apoio básico - Implantação e medição em campo, de pontos de


controle horizontais e verticais, transportados da rede oficial. São
marcos permanentes, necessários à determinação do apoio
suplementar.
Apoio de campo - Controle de campo ou controle terrestre.
Apoio geodésico - Controle geodésico. Sistema de estações de
controle horizontais ou verticais, estabelecidos e compensados
através de métodos geodésicos. Usa um elipsóide de referência e
leva em consideração forma e tamanho da Terra.
Apoio planimétrico - Rede de pontos referida a um datum
horizontal comum. Controla posições de detalhes cartográficos num
plano cartesiano (X,Y). Inclui pontos do apoio básico e do apoio
suplementar.
Apoio suplementar - Pontos estabelecidos por levantamentos
geodésicos para controle de fotografias aéreas usadas num
mapeamento.
Arquivo ASCII - Arquivo cujas informações estão codificadas de
acordo com a tabela ASCII.
Arquivo magnético - Arquivo de informações gerado ou gravado
em dispositivos como disquetes, fitas magnéticas e discos rígidos.
Arquivo vetorial - Arquivo gráfico cujas informações estão
armazenadas sob a forma vetorial, ou seja, por coordenadas
formando pontos, linhas e polígonos.
Arquivo vetorial escalado - Arquivo gráfico cujas informações
tiveram suas dimensões alteradas (ampliadas ou reduzidas) por um
fator de escala.
ASCII - American Standart Code for Information Interchange. Tabela
de códigos de oito bits estabelecida pelo American National Standart
Institute (ANSI), para todos os caracteres do teclado do computador.
Define um padrão para equipamentos de computação.
Atributo - Tipo de dado não gráfico que descreve as entidades
representadas por elementos gráficos. Termo usado para referenciar
todos os tipos de dados não gráficos e, normalmente alfanumérico,
ligados a um mapa.
Azimute - Distância angular, medida sobre o horizonte, variando de
0º a 360º, a partir do norte por leste (Azimute topográfico) ou a partir
do sul por oeste (Azimute astronômico).
Banco de dados - Conjunto de dados organizados de maneira
lógica, ou seja, numa seqüência que permite acesso rápido e
simples.
Banco de dados hierárquico - Arquivo onde a informação é
armazenada de forma tabular, obedecendo à ordem e prioridade
determinadas.
Banco de dados relacional - Série de arquivos ou tabelas que
podem ser conectadas ou interrelacionadas através de um item ou
informação comum a dois ou mais desses arquivos.
Banda - Um dos níveis de uma imagem multiespectral,
representado por valores refletidos por valores refletidos de luz ou
calor de uma faixa específica do espectro eletromagnético.
Barômetro - Instrumento destinado à medição da pressão
atmosférica.
Batimetria - Ciência para determinação e representação gráfica do
relevo de fundo de áreas submersas (mares, lagos, rios).

Bússola - Instrumento que contém agulha magnética, móvel em


torno de um eixo que passa pelo seu centro de gravidade, montada
em caixa com limbo graduado e usado para orientação.
CAD - Desenho assistido ou auxiliado por computador. Abrange os
programas com funções capazes de criar e ou modificar desenhos
vetoriais.
Cadastro - Inventário ou levantamento de todos os bens e posses
de uma determinada área, com município, Estado, País e destinado
à determinação rigorosa do parcelamento da propriedade territorial e
do uso do solo. Pode também abranger informações
socioeconômicas.
Cadastro de logradouro - É o levantamento e codificação de todas
as vias públicas além da infraestrutura dos logradouros por face de
quadra.
Cadastro de redes - Levantamento das linhas de distribuição de
energia, água e esgoto e telefonia, com a localização de pontos
notáveis como caixas de distribuição, caixas de inspeção e postes.
Câmara digital - Câmara destinada à produção de fotografias para
fins cartográficas cujo registro da imagem é efetuado de maneira
binária em meio magnético, gerando imagens digitais (raster).
Captura de tela - Armazenamento de uma imagem de tela do
computador em disco, no formato de texto ou de arquivo gráfico
para uso dos processadores de texto, programas de editoração
eletrônica, etc.
Carta classe A - Carta com Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC)
planimétrico igual a 0,5 mm na escala da carta, sendo de 0,3 mm o
erro padrão correspondente e PEC altimétrico igual à metade da
eqüidistância entre as curvas de nível sendo um terço desta
eqüidistância o erro-padrão correspondente.
Carta de declividade - Carta que representa declividade
(gradientes) do terreno. A declividade é expressa geralmente em
porcentagem ou pelo valor da tangente do ângulo de inclinação.
Carta imagem - Carta ou mapa obtido através da correção
geométrica de uma imagem de satélite.
Carta índice - Cartas esquemáticas que mostram limites e
nomenclaturas de cartas elaboradas e impressas por uma
determinada instituição até certa data.
Cartografia - 1 - Ramo da ciência que trata da elaboração de
mapas, proporciona subsídios para a análise e interpretação de
mapas, tabelas e outros recursos gráficos. 2 - Conjunto de
operações científicas, artísticas e técnicas produzidas a partir de
resultados de observações diretas ou de exposições de
documentos.
Cartografia Analógica - Cartografia convencional. Conjunto de
estudos e técnicas para elaboração de cartas através do uso de
aparelhos tramadores analógicos cujos produtos são armazenados
em papel.
Cartografia náutica - Elaboração e preparação de cartas que
representam, entre outros aspectos, profundidades e natureza da
superfície marinha.
Cartografia numérica - Processo de confecção de mapas ou cartas
através de computadores e dispositivos computadorizados.
Chave de acesso - Campo usado para relacionar elementos da
base de dados gráfica às informações alfanuméricas contidas num
banco de dados.
Clock - Dispositivo que sincroniza o tempo do computador nas
atividades de processamento.

Cobertura aerofotogramétrica - Conjunto de fotografias aéreas


necessárias para a elaboração de estudos ou mapeamento de
determinada área.
Códigos topológicos - Códigos que definem a localização de um
elemento de dado no espaço com relação a outro, mas sem se
referir às distâncias reais. Códigos topológicos podem ser usados
para relacionamentos tais como pontos de conectividade, redes,
vizinhança de polígonos e adjacência de áreas. Para que um texto
esteja topológicamente relacionado a uma entidade gráfica, uma
conexão lógica explícita entre o texto e a entidade deve estar
contida no reSIGtro de dados.
Coeficiente de deformação - Fator de escala. Proporção entre
determinada grandeza medida em um mapa e sua homóloga na
superfície de referência.
COGO - Coordinate Geometry. Sistema utilizado para se entrar com
dados de distâncias e visado de pontos de referência para calcular a
localização de outros pontos.
Colimação - 1 - Observação de um ponto de mira por meio de
instrumento próprio. Ajuste das marcas de fé na câmara, a fim de
ser definido o ponto principal. 2 - Ajuste das marcas de fé na
câmara, a fim de ser definido o ponto principal.
Computador analógico - Um dispositivo para cálculos no qual as
magnitudes são determinadas pela medição em escalas e não pela
contagem digital. Ex.: régua de cálculo.
Computador digital - Máquina de calcular em que as operações
matemáticas são desempenhadas pela contagem individual de cada
dígito.
Configuração de computador - Conjunto de instruções lógicas que
indicam condições e formas usadas por um arquivo no
armazenamento de suas informações.
Configuração de equipamento - Conjunto de instruções (físicas ou
lógicas), necessárias ao perfeito funcionamento de um equipamento
quando comandado por um computador ou conectado a um sistema
de processamento de dados eletrônico. Ex. mapeamento assistido
ou auxiliado por computador.
Conjunto de vetores - Conjunto de linhas cujos pontos definidores
estão codificados e fazem parte de um arquivo magnético.
Convenções cartográficas - Legenda. Parte de uma carta ou mapa
que contém o significado de todos os símbolos, cores e traços
utilizados na representação do desenho cartográfico.
Conversão de dados - Parte de uma carta ou mapa que contém o
significado de todos os símbolos, cores e traços utilizados na
representação do desenho cartográfico.
Coordenadas - Valores lineares e/ou angulares que indicam a
posição ocupada por um ponto num sistema de referência qualquer.
Coordenadas cartesianas - Sistemas de coordenadas na qual a
localização de pontos no espaço é expressa em referência a três
planos, chamados planos de coordenadas (X,Y e Z),
perpendiculares entre si.
Copiões - Cópias preliminares de arquivos digitais, em papel sulfite,
feitas através de plotter, para conferir as informações trabalhadas.
Co-processador aritmético - Chip de apoio ao microprocessador
(CPU) de um computador. Realiza cálculos matemáticos (operações
de ponto flutuante) em velocidades até 100 vezes maiores que as
de um microprocessador isolado.

Cor - Impressão produzida no órgão visual humano pelos raios


da luz decomposta, que contrapõe o branco, que é a síntese de
todas as cores, e o negro, que é a cor; matéria corante que se aplica
em tintas. O mesmo que pigmento.
Cor básica - A primeira cor impressa de um mapa policrômico, à
qual se sucedem as demais cores representadas.
Corda - Segmento de uma secante a uma curva, ou a uma
superfície, compreendido entre dois pontos de interseção.
Cor de impressão - Cor da tinta utilizada para transportar a imagem
impressora para uma superfície de impressão.
Cota - Número que exprime a altitude de um ponto em relação a
uma superfície de nível de referência.
Cota de curva - Valor numérico aposto numa curva de nível, a fim
de indicar a sua altitude relativa a um datum, geralmente o nível
médio do mar.
Cursor - Símbolo que se movimenta na tela do computador através
dos comandos de um teclado ou de um mouse, de forma a indicar e
selecionar comandos, opções, etc.
Curvas de nível - Linhas e curvas representadas numa carta ou
mapa, que unem pontos de mesma elevação e que se destinam a
retratar a forma do relevo.
Dado - 1 - Qualquer grandeza numérica ou geométrica, ou conjunto
de tais quantidades, que pode servir como referência ou base para
cálculo de outras grandezas. 2 - Representação de fatos, conceitos
e instruções apropriadas para o processamento por meios humanos
ou automáticos.
Dados analógicos - Dados armazenados em um meio não
magnético. Ex.: em papel
Dados binários - Dados codificados e armazenados através da
combinação (seqüencial) de dois dígitos (binário), o 0 e o 1.
Dados de camada - Dados com características similares contidos
num mesmo plano ou nível (rodovias, rios). Normalmente, as
informações contidas numa camada de dados estão relacionadas e
são desenhadas para serem usadas com outras camadas.
Dados vetoriais - Conjunto de vetores que permitem formar pontos,
linhas ou linhas fechadas (poligonais).
Datum - Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e
vertical (Z) de pontos.
Datum altimétrico - Destinado ao posicionamento altimétrico de
pontos sobre a superfície terrestre. É materializado por um ponto
fixo, cuja altitude sobre o nível do mar é conhecida. Usualmente
utiliza-se o nível médio dos mares como altitude zero.
Datum geodésico - Destinado ao posicionamento planimétrico de
pontos sobre a superfície terrestre. É definido:
- uma origem fisicamente materializada (marca de origem);
- as coordenadas geográficas do marco de origem;
- um modelo matemático de simulação da superfície terrestre
(elipsóide);
- a altura geoidal do ponto de partida;
- a orientação do modelo matemático (azimute de partida).
Diapositivos - Fotografias positivas copiadas em material
transparente.

Digitalização - Processo de captura de informações através do


uso de mesas digitalizadoras.
Display - Dispositivo de representação visual como monitor do
computador.
Distanciômetro - Equipamento eletrônico usado em levantamentos
topográficos ou geodésicos para determinação de distâncias.

DTM - Digital Terrain Model. Modelo Digital do Terreno.


Representação digital da superfície terrestre, através de uma malha
de elevação ou lista de coordenadas tridimensionais; Muito
freqüentemente usado como sinônimo de DEM (Digital Elevation
Model).
Elevação - Ponto elevado da altura dos astros acima do horizonte.
Efeito doppler - Mudança aparente na freqüência da energia
radiante quando a distância entre o emissor e o receptor está sendo
modificada.
EIA e RIMA - Siglas para designar Estudo de Impacto Ambiental e
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente.
Elipsóide - 1 - Figura matemática muito próxima do geóide na forma
e no tamanho, utilizada como superfície terrestre de referência nos
cálculos dos levantamentos geodésicos.
2 - Sólido geométrico obtido pela rotação de uma elipse sobre um
de seus eixos. No caso
cartográfico, utiliza-se como geratriz o eixo de rotação terrestre.
EMFA - Estado Maior das Forças Armadas.Órgão federal com o
poder de controlar, fiscalizar e autorizar a execução de todo e
qualquer serviço de aerolevantamento no Brasil.
Entidades gráficas - Elementos gráficos como linhas, círculos,
símbolos, etc.
Escala Gráfica - Graduada em partes iguais, que indica a relação
das dimensões ou distâncias marcadas sobre um plano com as
dimensões ou distâncias reais; escala de um mapa, escala de um
gráfico estatístico.
Estação de poligonação - Pontos materializados em geral por
marcos de concreto no terreno.
Fazem parte da poligonal de controle que foi ou será levantada.
Estereograma - Par de fotografias ou fotogramas que possibilita
visualização em três dimensões, através de princípios de
estereoscópia.
Expansividade Higroscópia - Alteração das dimensões de um
determinado material em função das variações da umidade
ambiente.
Feição - Um objeto ou aspecto da superfície da Terra.
Feições Artificiais - Características artificiais da superfície
terrestre, ou seja, tudo aquilo que foi criado e modificado pelo
homem como estradas, cidades, barragens, edificações, áreas
cultivadas,
etc.
Feições Naturais - São as características naturais da superfície
terrestre como rios, lagos, morros, montanhas, matas e florestas
nativas.

Formato padronizados - Dimensões padronizadas pela norma


NBR 10068 (NB 1087) da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), para folhas de papel:
A0 = 1188 x 840mm;
A1 = 840 x 594mm;
A2 = 594 x 420mm;
A3 = 420 x 297mm;
A4 = 297 X 210mm.
Formato de Arquivo - Forma como um arquivo se apresenta, ou
seja, modo como as informações
gráficas e de textos são organizadas e armazenadas no disco.
Fotografia Aérea Fotografia obtida por sensores a bordo de
aeronaves.
Fotograma - Qualquer fotografia obtida por uma câmara
fotogramétrica.
Fotogrametria - 1 - Ciência da elaboração de cartas, mediante
fotografias aéreas, utilizando-se aparelhos e métodos
estereoscópicos. O mesmo que Aerofogrametria.
2 - Técnica de determinação das curvas de nível, nos levantamentos
cartográficos, por meio de pares de fotografias.
Fotoíndice - Conjunto de fotografias aéreas, superpostas pelos
detalhes que lhes são comuns, reduzido fotograficamente. Permite
visualizar o conjunto fotografado e identificar fotografias e faixas de
vôo pelos seus códigos.
Fotoplotter - Dispositivo plotador de gráficos, no caso imagens
sobre papel sensível, ou filme.
Fototriangulação - Processo da extensão do controle horizontal ou
vertical, por meio do qual as medições de ângulo ou de distâncias
em fotografias estereoscópica têm relação com uma solução
espacial, usando-se os princípios da perspectiva das fotografias.
Este processo implica, em geral, no uso de fotografias aéreas,
recebendo a denominação de aerocaminhamento.
Função proximidade - Função de CADs que analisa coordenadas
de um ponto inserido em um desenho. Pode substituí-las pelas
coordenadas formadoras de outro objeto, desde que aquele ponto
se encontre dentro de um circuito limite com raio definido pelo
usuário.
Fuso UTM - Zona de projeção delimitada por dois meridianos cuja
longitude difere de 6 graus e por dois paralelos de latitude 80 graus,
Norte e Sul.
Geodésia - 1 - Ciência que procura definir e situar as características
naturais e físicas de grandes porções da superfície terrestre. 2 -
Ciência que busca a determinação da forma e das dimensões da
Terra.
Geodésia tridimensional - A que se caracteriza pela eliminação do
uso de superfícies de referência e intermediárias utilizadas nos
métodos geodésicos clássicos e modernos, e o emprego de um
sistema triortogonal de coordenadas com origem no centro de
massa da terra.
Geofísica - Ramo da física experimental que se preocupa em
determinar a estrutura, a composição e o desenvolvimento da Terra,
inclusive a atmosfera e a hidrosfera.
Geografia - Ciência que estuda a distribuição dos fenômenos
físicos, biológicos e humanos na superfície da Terra, as causas
dessa distribuição e as relações locais de tais fenômenos.
Geóide - Superfície equipotencial do campo gravimétrico da Terra,
coincidindo com o nível médio inalterado do mar, e que se estende
por todos os continentes, sem interrupção. A direção da força da
aceleração da gravidade é perpendicular ao geóide é a sua
superfície de referência para as observações astronômicas e para o
nivelamento geodésico.
Geomorfologia - Ciência que estuda as formas de relevo, tendo em
vista a origem, da estrutura , natureza das rochas, o clima da região
e as diferentes forças endógenas e exógenas que, de modo geral,
entram como fatores modificadores do relevo do relevo terrestre.
Geoprocessamento - Conjunto de tecnologias de coleta,
tratamento, desenvolvimento e uso de informações
georreferenciadas.
Glossário - Dicionário de termos técnicos, científicos, poéticos, etc.
SIG - Geographic Information System. Sistema de Informação
Geográfica. Sistema de computador composto de hardware,
software, dados e procedimentos, construído para permitir a
captura, gerenciamento, análise, manipulação, modelação e
exibição de dados referenciados geograficamente para solucionar,
planejar, gerenciar problemas.
GPS - Global Positioning System - Sistema de Posicionamento
Global. Sistema criado para navegação, utilizando sinais emitidos
por satélites artificiais. Suas aplicações incluem navegação e
posicionamento no mar, no ar e sobre a superfície terrestre.
Hidrografia - 1 - Ciência que se ocupa da medida e descrições das
características físicas dos oceanos, mares, lagos, e rios, bem como
das suas áreas costeiras contíguas, com a finalidade em geral, de
navegação.
2 - Representação cartográfica dos elementos hidrográficos
permanentes ou temporários.

HPGL - Hewlett Packard Graphics Language - Linguagem


idealizada pela Hewlett-Packard para o armazenamento de imagens
gráficas. Foi criada originalmente para ser usada com plotters.
Imagem - ReSIGtro permanente em material fotográfico de
acidentes naturais, artificiais, objetos e atividades, obtido por
sensores como o infravermelho pancromático e o radar de alta
resolução.
Imagem de radar - Combinação do processo fotográfico e de
técnicas de radar. Impulsos elétricos são emitidos em direções
predeterminadas, e os raios refletidos, ou devolvidas, são utilizados
para fornecer imagens em tubos de raios catódicos. As imagens
são, depois, obtidas da informação exposta nos tubos.
Imagem de satélite - Imagem captada por um sensor a bordo de
um satélite artificial, codificada e transmitida para uma estação
rastreadora na Terra (imagem raster).
Imagem multiespectral - Imagem de múltiplas bandas, isto é,
obtida por vários sensores que detectam a energia em bandas de
diferentes comprimentos de onda.

Informação - Conjunto de dados que possuem significado


próprio.
Informação georeferenciada - Dados alfanuméricos
geograficamente referenciados às informações gráficas de um
mapa.
Informática - Ciência do tratamento racional e automático de
informação considerando-se esta como base do conhecimento e
comunicação.
Inputs - NeoloSIGmo para dados de entrada ou, simplesmente,
entrada.
Instrução ou comando - Em programação é a sentença que
especifica uma operação e os valores ou posições de seus
operandos como a soma de dois números.
Inteligência artificial - Campo da informática que busca aperfeiçoar
computadores, dotando-se de características peculiares da
inteligência humana, como a capacidade de entender a linguagem
natural e simular o raciocínio em condições de incerteza.
Interface - NeoloSIGmo para interação ou ligação. Ex. interface
cliente-fornecedor e interface com programas e arquivos. Interface
é, em informática, um circuito eletrônico que controla a interligação
entre dois dispositivos de hardware e os ajuda a trocar dados de
maneira confiável.
Interface com o usuário - Características de um programa ou
computador que determinam a forma como interage com os
usuários.
Interfaceamento - União física ou lógica entre dois dispositivos ou
sistemas.
Interferometria - Conjunto de técnicas e processos de medidas da
interferência em ondas mecânicas, acústicas e eletromagnéticas. É
especialmente importante com as ondas eletromagnéticas visíveis.
Isolinha - 1 - Linhas ao longo das quais os valores são mantidos
constantes. Ex.:
Isóbatas - curvas de mesma profundidade;
Isoipsas - curvas de mesma altitude;
Isotérma - curvas de mesma temperatura;
Isoieta - curvas de mesma precipitação pluvial.
2 - Linha que representa a interseção do plano de uma fotografia
vertical com o plano de uma fotografia oblíqua superposta. Se a
fotografia vertical fosse livre de inclinação, a isolinha seria a paralela
isométrica da fotografia oblíqua.
Junção de elipsóide - Linha reforçada que, numa carta, separa
duas ou mais quadrículas principais, as quais são baseadas em
elipsóides diferentes.
Köppen, classificação de - Tipo de classificação climática
imaginada por Köppen, baseado nas
letras A, B, C, D, E, F, H, S, T, W e a, b, c, d, f, h, k, m, s, w.
Landsat - Um dos programas americanos de imageamento da
superfície terrestre por satélites, iniciado pela NASA em meados dos
anos 70. Também usado para designar um ou mais satélites
do programa (Landsat 4 e 5) e os dados de imagens por eles
enviados.
Latitude - Ângulo entre o plano do horizonte e o eixo de rotação da
Terra; isto é, de forma simplificada, a distância em graus de um
dado ponto da superfície terrestre à linha do Equador. A latitude vai
de 0º a 90º tanto para o Norte como para o Sul.
Legenda - Parte de um mapa, situada, geralmente, dentro da
moldura, com todos os símbolos e cores convencionais, e suas
respectivas explicações.

Levantamento gravimétrico - Determina valores da gravidade


em uma série de pontos de uma certa região.
Levantamento topográfico - Levantamento cujo objetivo principal é
a determinação do relevo da superfície terrestre e a localização dos
acidentes naturais e artificiais dessa superfície.
LIS - Land Information System. Sistema baseado no mesmo
princípio do SIG, diferindo deste pelo fato do LIS abordar o
mapeamento de fronteiras legais, propriedades, etc.
Longitude - Ângulo entre o plano de um meridiano qualquer e o
plano do Meridiano de Greenwich, isto é, de forma mais
simplificada, a distância em graus de um dado ponto da superfície
terrestre ao Meridiano de origem (Greenwich). A Longitude vai de 0º
a 180º para o Leste e para o Oeste
Macrocomando - Seqüência de comandos de um determinado
software que, combinados, realizam operações, monótonas e
repetitivas.
Mainframe - NeoloSIGmo utilizado para designar grandes
computadores, grandes CPUs, com alta velocidade de
processamento e capacidade de armazenamento.
Mapa base - Dado mapeado que serve de base para o
geoprocessamento. Em alguns casos essa base raramente muda
(ex. região censitária). Em outros casos a informação requer
freqüentemente manutenção (ex. cadastro de propriedades).
Mapa de bits (bitmap) - Representação de imagem armazenada na
memória do computador, onde cada elemento (pixel) da imagem é
representado por um padrão (conjunto) de bits.
Mapa ou Carta - Representação gráfica analógica ou digital,
geralmente em uma superfície plana e em determinada escala, das
características naturais e artificiais da superfície ou da subsuperfície
terrestre. Os acidentes são representados dentro da mais rigorosa
localização possíveis, relacionados em geral, há um sistema de
referência coordenado.
Mapa digital – Mapa produzido e armazenado em meio magnético.
Mapa temático - Mapa relacionado a um determinado tópico, tema
ou assunto em estudo. Mapas temáticos ou mapas-síntese
enfatizam tópicos, tal como vegetação, geologia ou cadastro de
propriedade.
Mapeamento sistemático nacional - Elaboração e preparação de
cartas ou mapas do território nacional, em escalas e fins diversos,
segundo normas e padrões pré-estabelecidos por entidades
cartográficas. Atualmente está composto pelas Cartas do Mundo ao
Milonésimo (escala 1:1.000.000), e cartas nas escalas 1:500.000,
1:250.000, 1:100.000 (parcial), 1:50.000 (parcial) e 1:25.000
(parcial).
Mapoteca analógica - Conjunto de cartas, mapas e documentos
cartográficos reSIGtrados em papel.
Mapoteca analógica - Conjunto de cartas, mapas e documentos
cartográficos reSIGtrados em papel.
Memória em disco - Espaço disponível em disco (magnético ou
ótico) para armazenamento de informações.
Memória RAM - Random Access Memory. Memória de acesso
aleatório ou direto. Memória interna do computador, onde são
armazenados, temporariamente, programas de dados. O acesso é
direto porque independe da localização dos dados na memória. É
medida em bytes.

Menus - Listas horizontais ou verticais dos comandos ou opções


de um programa de computador.
Mercator, Gerhard Kremer - Matemático e cartógrafo flamengo,
autor da projeção que tem o seu nome. É denominado o Pai da
Cartografia Moderna.
Meridiano central do fuso - Longitude de origem de cada fuso da
projeção UTM.
Meridianos - Círculos máximos que cortam a Terra em duas partes
idênticas, de pólo a pólo.
Todas as linhas de meridianos entrecruzam-se nos pólos.
Convencionalmente, no Congresso Internacional de Cartografia de
Londres em 1985, resolveu-se adotar, como meridiano origem, o
que passa sobre o Observatório de Greenwich. Todos os meridianos
possuem a mesma extensão - 40.036 km.
Mesa Digitalizadora - Mesa dotada de uma malha eletrônica e um
cursor para entrada de informações, que utiliza caracteres
numéricos para representar dados contínuos.
Mnemônico - Palavra ou comando expresso de maneira simbólica
ou abreviada.
Modelado - Aspecto do relevo, resultante do trabalho realizado
pelos agentes erosivos.
Modelos Numéricos ou modelos digitais - Modelos formalizados
por meio de expressões matemáticas e lógicas. Em Cartografia
servem para modelar a superfície do terreno.
Monitor - Dispositivo para saída (visualização) de informações, o
mesmo que terminal de vídeo.
Monumento topográfico - O mesmo que marco topográfico. Ponto
do terreno materializado ou monumentado por um objetivo de
concreto em cuja extremidade encontra-se um disco metálico,
gravado com informações sobre o ponto em questão.
Mosaico - Conjunto de fotografias aéreas, superpostas, recortadas
artisticamente e montadas pelos detalhes comuns. Permite uma
visão contínua da superfície fotografada.
MS-DOS - Sistema operacional monousuário mais usado em micro,
desenvolvido pela IBM e pela Microsoft e adotado como padrão.
Multimídia - Apresentação de informações no computador usando
recursos gráficos, sonoros, de animação e texto.
Nível de informação ou Layer - Separação ou distinção do
conjunto de entidades gráficas de um desenho que guardam uma
relação de atributo. Layer.
Nivelamento geométrico - Processo de determinação de altitudes
de pontos, que utiliza níveis e miras graduadas.
Nó de uma rede - Ponto de conexão em uma rede local de
computadores, capaz de criar, receber e repetir mensagens.
Sinônimo de estação de trabalho.
Norma cartográfica brasileira
Denominação genérica atribuída e todo e qualquer documento
normativo, integrando a Coletânea Brasileira de Normas
Cartográficas (Decreto nº 89.817 de 20 de junho de (1984).
Ó
Órbita terrestre - Trajetória descrita por um satélite artificial em seu
movimento de translação em torno da Terra.
Orientação - O ângulo horizontal de um determinado ponto medido
na direção dos ponteiros do relógio, a partir de um ponto de
referência, para um segundo ponto. O mesmo que ângulo de
direção. Um mapa se acha orientado quando os símbolos estão
paralelos aos acidentes correspondentes do terreno. Uma prancheta
está orientada quando as linhas relacionam as posições da folha da
prancheta são paralelas às linhas que correspondem aos objetos do
terreno.

Um trânsito de topógrafo está orientado se o círculo horizontal


indicar 0º no momento em que a linha de colimão é paralela à
direção que apresentava numa posição anterior (inicial) do
instrumento, ou uma linha-padrão de referência. Se a linha de
referência for o meridiano, o círculo irá apresentar azimutes
referidos àquele meridiano. Uma fotografia está orientada quando
apresenta corretamente a visão perspectiva do terreno, ou quando
as imagens da fotografia aparecem na mesma direção do ponto de
observação, como acontece com os símbolos correspondentes do
mapa. A orientação fotogramétrica é a repetição dos acidentes
naturais do terreno, numa escala em miniatura, pela projeção ótica
das fotografias em superposição. O modelo é formado quando todos
os raios luminosos correspondentes dos dois projetores se cruzam
no espaço.
Orientação absoluta - Fixação de escala, posição e orientação do
modelo estereoscópico, repoduzido pela orientação relativa
referente às coordenadas do terreno.
Orientação analítica - As fases de cálculo necessárias à
determinação da inclinação, da direção da linha principal, da altura
do vôo, da preparação dos gabaritos de controle na escala de
retificação, dos elementos angulares e dos elementos lineares na
preparação das fotografias aéreas para a retificação. Dados
desenvolvidos são convertidos em valores, a fim de serem fixados
em círculos e escalas do retificador ou do copiador-transformador.
Orientação relativa - Reconstrução das mesmas condições
perspectivas entre o par estereoscópico existente no momento em
que as respectivas fotografias foram expostas.
Ortofoto digital - Imagem fotográfica obtida através de processos
computacionais a partir de uma fotografia em perspectiva, na qual
os deslocamentos de imagem devidos à inclinação e ao relevo
foram corrigidos matematicamente
Ortofotocarta ou Ortofotomapa - Fotocarta executada mediante a
montagem de ortografias.
Pode ser completa com um tratamento cartográfico especial, um
realce nas margens, separação de cores ou a combinação desses
aspectos.
Ortofotografia - Fotografia aérea cuja distorção devida a inclinação,
curvatura e relevo é corrigida.
Fotografia resultante da transformação de sua original, que é uma
perspectiva central (ver definição) do terreno, numa projeção
ortogonal sobre um plano (ver definição), complementada por
símbolos, linhas e quadrículas, com ou sem legenda, podendo
conter informações planialtimétricas ou somente planimétricas.
Ortoprojeção analítica - Processo de retificação, ou seja,
eliminação de erros ou defeitos da imagem fotográfica, através de
aparelho chamado ortoprojetor. Transforma a projeção central de
uma foto aérea em uma projeção ortogonal. É analítica porque é
processo comandado por computador.
Padrão de exatidão cartográfica - Indicador estatístico de
dispersão, relativo a 90% de probabilidade, que define a exatidão de
trabalhos cartográficos.
Paralelos - Círculos da superfície da Terra, paralelos ao plano do
Equador. Entre o Equador e cada pólo, têm-se noventa paralelos de
um grau cada (cada grau é subdividido em sessenta minutos e cada
minuto, em sessenta segundos). Os paralelos diminuem de
comprimento à medida que se afastam da origem, linha do Equador
(0º), até tornarem-se um ponto nos pólos (90º).
Peopleware - Pessoas especialistas em determinados processos
computacionais
Perfil - Representação gráfica de um corte da superfície do terreno.

Periféricos - Equipamentos ou componentes não integrantes do


computador central (CPU), controlados e conectados por cabos de
comunicação. Ex. mesa digitalizadora, plotter e impressora
Pixels - Abreviatura de "picture elements", elementos formadores
das estruturas raster, definidos por linhas verticais e horizontais
espaçadas regularmente.
Planialtimetria - Ver planimetria e altimetria.
Planimetria - Processo de medição horizontal, ou seja, medição de
todas as características do terreno, exceto o relevo.
Planta cadastral imobiliária digital - Representação planimétrica,
destinada a fornecer informações detalhadas dos imóveis de uma
cidade. O processo de obtenção dessa representação é todo
computacional.
Plataforma de hardware - Padrão de hardware no qual é possível
planejar, implementar e desenvolver aplicações.
Plotter eletrostático - Traçador de gráficos que opera pelos
princípios básicos da eletricidade estática, ou seja, o desenho fixa-
se no papel aproveitando a propriedade de atração entre cargas
opostas do papel e da tinta.
Poligonal - Seqüência de comprimentos e direções de linhas entre
pontos do terreno, conseguidos através de medições de campo, e
que tem por finalidade a determinação das posições dos pontos.
Uma poligonação pode determinar as posições relativas dos pontos
que os une, em série e, se amarrados às relações de controle num
datum escolhido, as posições podem ser referidas a esse datum.
Pontos de controle - Pontos topográficos ou geodésicos,
identificados numa fotografia e usados para verificar e correlacionar
todas as demais informações nela contidas.
Portabilidade - Facilidade de reprogramação de uma aplicação
para que esta possa ser executada em outro tipo de computador.
Posicionamento diferencial de grande precisão - Método de
determinação da posição de pontos, com uso de rastreamento de
satélites GPS, no qual as coordenadas de um ponto são obtidas
pela diferença de coordenadas existente entre o mesmo e outro cuja
posição é conhecida, desde que ambos sejam rastreados,
simultaneamente.
Precisão - Exatidão dos cálculos ou da gama de valores que
expressam uma quantidade.
Primeira ordem - Diz-se de operações geodésicas da mais alta
ordem de precisão.
Primitivas gráficas - Elementos gráficos básicos, tais como linhas,
círculos e arcos.
Processamento batch - Modo de operação do computador no qual
instruções e programas são executados sem referência do usuário.
Projeção - Maneira pela qual a superfície da Terra é representada
em superfícies bi-dimensionais, procurando-se minimizar a distorção
em área, distância e direção.
Projeção cartográfica - Conjunto de métodos usados na
representação da superfície terrestre, segundo o qual cada ponto da
Terra corresponde a um ponto da carta e vice-versa.

Projeção cilíndrica - Projeção que se realiza mediante a


projeção dos meridianos e paralelos geográficos num cilindro
tangente (ou secante) a uma esfera, e após o desenvolvimento
deste cilindro num plano.
Projeção conforme - Projeção em que a forma de qualquer área da
superfície cartográfica não sofre deformação, e em que todos os
ângulos em torno de qualquer ponto são corretamente
representados.
Projeção cônica - Projeção resultante da projeção dos meridianos
e paralelos geográficos num cone tangente (ou secante)à superfície
da esfera, que em decorrência, desenvolve o cone num plano. As
projeções cônicas podem ser incluídas no tipo cilíndrico, uma vez
que o ápice do cone se acha a uma distância infinita da esfera, e, ao
projetar-se num plano tangente, quando esta distância é zero. As
projeções cônicas podem ser ilustradas mediante a representação
de um cone único, tangente à esfera, ou cortando-a ao longo de
dois paralelos.
Projeção cônica conforme de Lambert - Projeção em que todos
os meridianos geográficos são representados por linhas retas que
se encontram num ponto comum, fora dos limites do mapa, e em
que os paralelos geográficos são representados por uma série de
arcos de círculos que têm ponto comum como centro. Os
meridianos e os paralelos se cruzam em ângulos retos, e os ângulos
na Terra são representados corretamente na projeção. Essa
projeção pode ter um paralelo-padrão ao longo do qual a escala
permanece exata. Em qualquer ponto do mapa a escala é a mesma
em qualquer direção. Modifica-se, entretanto, ao longo dos
meridianos, porém é imutável ao longo dos paralelos. Quando
houver dois paralelos-padrão, a escala entre eles é pequena; acima
deles é muito grande.
Projeção de Mercátor - Projeção conforme, do tipo cilíndrica. O
equador é representado por uma linha reta em escala verdadeira, e
os meridianos geográficos são retas paralelas, perpendiculares às
linha representada pelo equador. Os paralelos geográficos são
representados por um segundo sistema de retas, perpendiculares às
linhas que representam os meridianos, e, portanto, paralelas
ao equador. A conformidade é conseguida mediante análise
matemática, aumentando-se cada vez mais o espaçamento dos
paralelos, a partir do equador, a fim de conformar a escala, que se
expande ao longo dos paralelos, resultando em meridianos
formados por retas paralelas.
Projeção ortogonal - Processo de redução de uma figura espacial
para o plano. Dá-se através da projeção de cada ponto da figura
(terreno) perpendicularmente a um plano de referência (planta).
Quadriculado UTM - Sistema de quadriculado cartográfico,
baseado na projeção transversa de Mercator, destinado às cartas da
superfície terrestre até as latitudes de 84º N e 80º S.
Quarta - Cada uma das 32 divisões da rosa-dos-ventos que são
obtidas com a subdivisão ao meio das 16 meias-partidas. Como
cada meia-partida vale 22° 30', cada quarta vale 11° 15'. Medida de
superfície equivalente a 37,1 ares; medida de capacidade
equivalente a 90,7 I.
Radar - Técnica, ou equipamento, para localizar objetos móveis ou
estacionários, medir-lhes a velocidade, determinar-lhes a forma e a
natureza que utiliza a emissão de microondas moduladas e a
detecção e análise do pulso refletido pelos objetos.
Radar-altímetro - Instrumento que determina a altura de vôo de um
avião sobre o terreno (altímetro), através da medida de intervalos de
tempo entre a emissão e a devolução de impulsos eletromagnéticos
(radar).
Raster, Imagem Raster - Imagem raster. Informações não
simbolizadas por equações matemáticas e sim por células ou pixels.
Reambulação - Processo de verificação e identificação, em
campo, de detalhes fotográficos que não puderam ser interpretados
na restituição (nomes de ruas e prédios públicos, detalhes
encobertos por sombras).
Rede de computadores - Conjunto de computadores conectados
entre si. Integram funções de hardware e software. Toda
comunicação de dados é normalmente supervisionada por um
computador central. Pode ser local ou remota, homogênea ou
heterogênea.
Rede geodésica nacional - Rede de pontos levantados e
monumentados sobre a superfície terrestre. A localização destes
pontos é estabelecida segundo padrões nacionais de precisão. Os
pontos estão ligados entre si e referem-se a um mesmo datum
geodésico, formando uma malha de pontos que se estendem por
todo o país. O mesmo do que rede de triangulação ou rede de
poligonação.
Rede homogênea (ponta a ponta) - Rede local não equipada com
servidor de arquivos central, na qual todos os computadores têm
acesso aos arquivos públicos de todas as outras estações de
trabalho.
Rede local - Equipamento de informática interconectada numa
determinada região geográfica.
Rede remota - Rede de computadores que usa redes de
comunicação de longa distância e alta velocidade (geralmente
satélites) para interligar computadores geograficamente separados.
Regeneração - Função de CADs que restaura informações
armazenadas na tela.
ReSIGtros alfanuméricos - Conjunto de informações formado por
caracteres alfabéticos,
numéricos ou caracteres especiais.
Resolução de imagem - Tamanho mínimo de detalhe que pode ser
detectado na imagem.
Resolução de tela ou resolução - Medida normalmente expressa
em pontos por polegada (dpi - dots per inch). Define a nitidez
horizontal e vertical das imagens geradas por um dispositivo de
saída, com um monitor, um a impressora laser ou um plotter. Nos
monitores, a resolução corresponde ao número de pixels exibidos
na tela.
Resolução do sistema de lentes (de câmara fotográfica) -
Capacidade que esse sistema possui de discriminar entre dois
objetos bem definidos, ou seja, capacidade de mostrar detalhes,
muito próximos entre si.
Resolução espacial - Capacidade que o filme fotográfico, em
combinação com o sistema de lentes e os filtros utilizados por uma
câmara, tem de reSIGtrar diferentes pormenores do terreno.
Resolução radiométrica ou Espectral - Medida da largura das
faixas espectrais e da sensibilidade do sistema sensor (a bordo de
um satélite) que distingue entre dois níveis de intensidade do sinal
de retorno. Ex. resolução de 30m.
Restituição digital ou numérica - Elaboração de cartas ou mapas,
com reSIGtro em meio magnético, a partir de fotografias aéreas e de
dados de controle geodésico.
Restituidor analítico - Instrumento destinado à restituição de uma
carta ou à restituição de uma carta ou à obtenção de soluções
espaciais pela observação de modelos estereoscópicos, que se dá
por processos inteiramente computadorizados. As fases de
orientação do aparelho são comandadas totalmente pelo
computador.

Restituidor semi-analítico - A sua finalidade é a mesma de um


restituidor analítico. O aparelho possui um jogo de réguas de
precisão para transmitir coordenadas para o computador. As fases
de orientação são comandadas pelo operador de restituição.
RIMA - Ver EIA
RISC - Reduced instruction set computer. Processador que reduz a
um mínimo o número de instruções que ele pode executar,
garantindo aumento significativo na velocidade de processamento.
O objetivo é priorizar as instruções usadas com mais freqüência e
otimizá-las, tornando-as tão rápidas quando possível. Indicado para
executar aplicações gráficas e de multimídia que envolvem grandes
velocidades de processamento e agilidade ao cálculo de operações
com o ponto flutuante.
Roteamento - Sistema de rotas ou trajetos ideais entre pontos de
uma carta. Ex.: os caminhos seguidos pelos caminhões de coleta de
lixo de uma cidade
Roteiro de vértices - Itinerário detalhado da posição de pontos
horizontes e verticais do terreno, determinados geodesicamente.
RN - Referência de nível - 1 - Ponto de controle vertical,
estabelecido num marco de caráter permanente, natural ou artificial,
cuja altitude foi determinada acima ou abaixo de um datum. É em
geral, construído com o nome, o número de RN, a altitude e o nome
do órgão responsável. 2 - Materialização no terreno da altitude de
pontos, por meio de placas de bronze, de forma circular,
chumbadas em blocos de concreto.
Satélites artificiais - Dispositivos lançados no espaço que orbitam
ao redor da Terra e transmitem informações diversas (ambientais,
meteorológicas, de posicionamento).
Scanner - Dispositivo ótico de varredura, que captura imagens e as
transfere para um computador no formato raster.
Semiografia - Representação por símbolos e sinais.
Semiologia - Ciência que estuda os sinais ou símbolos, ou sistema
de sinais, utilizados na comunicação por sinais.
Semiologia gráfica - Estudo dos símbolos gráficos, suas
propriedades e suas relações com os elementos da informação que
eles revelam.
Sensitometria - Ramo da ciência fotográfica que trata da
determinação e da definição de características de materiais
sensíveis, como velocidade de exposição, contraste, etc.
Sensor - 1 - Recurso técnico destinado a aumentar os sentidos
naturais do homem. Ex.: a bússola, a lente, o termômetro, o auto-
falante etc. 2 - Dispositivo ou aparelho sensorial que capta e
reSIGtra, sob a forma de imagem, a energia refletida ou emitida pela
configuração do terreno, objetos e acontecimentos, incluindo os
acidentes artificiais e os fenômenos físicos, incluindo os acidentes
artificiais e os fenômenos físicos, bem como as atividades do
homem. A energia pode ser nuclear, eletromagnética (com inclusão
das partes visíveis e invisíveis do espectro), químico, biológica,
térmica, mecânica, e, ainda, os ventos, os sonos e a vibração da
terra.
Sensoriamento remoto - Detecção e/ou identificação de um objeto
sem que se tenha um sensor em contato direto com um objeto.
Inclui análises por satélite e fotos aéreas. ReSIGtro da energia
refletida ou emitida por objetos ou elementos da superfície terrestre
ou de outros astros, por sensores localizados a grandes distâncias
(geralmente no espaço).

Série - Conjunto de folhas de um formato uniforme e na mesma


escala com título e índice de referência, cobrindo uma região, um
estado, um país, um continente ou um globo terrestre. Em geral usa-
se abreviadamente, série.
Servidor - Computador de folhas de um formato uniforme e na
mesma escala com título e índice de referência, cobrindo uma
região, um estado, um país um continente ou um globo terrestre. Em
geral usa-se abreviadamente, série.
Servidor de arquivos - Computador que disponibiliza área em
disco para todos os computadores conectados a uma rede local.
Sistema de triangulação - O plano fundamental ou a rede de
estações principais e de estações auxiliares. O plano fundamental é
a estrutura do sistema, e é amarrado a diversos pontos, para o
estabelecimento prévio de estações de triangulação de ordem igual
ou superior.
Sistema de projeção - Correspondência matemática contínua entre
os pontos de uma elipsóide de referência e os pontos de um plano
(mapa).
Sistema geodésico - Rede de triangulação ou poligonação referida
a um mesmo datum geodésico.
Sistema geodésico brasileiro - Conjunto de pontos geodésicos
implantados no país, determinados e calculados segundo
procedimentos operacionais fixos e modelos geodésicos
padrão, previstos em lei.
Sistema geodésico do mundo - Grupo lógico de parâmetros que
descrevem o tamanho e a forma da Terra, as posições de uma rede
de pontos em relação ao centro de massa da Terra, transformações
dos principais datums geodésicos e o principal da Terra (em geral
em termos de coeficientes harmônicos).
Sistema multitarefa - Sistema com capacidade de
multiprogramação ou de multiprocessamento.
Executa de forma concorrente uma tarefa principal e uma ou mais
subtarefas.
Sistema multiusuário - Sistema de computadores que permite a
mais de um usuário acessar simultaneamente os mesmos
programas de dados.
Sistema operacional - Conjunto de programas que gerenciam as
funções internas do computador e permitem que o usuário controle
sua operação.
Software - Conjunto de componentes lógicos que possibilitam o
funcionamento dos componentes físicos do computador. Pode ser:
Software básico: composto de programas de controle das funções
básicas do computador. Software de aplicação: programas de
solução dos problemas específicos dos usuários.
Spline - Função polinomial que suaviza os segmentos de reta de
uma linha.
Spot - Sistema de satélites francês, usado para gerar imagens
raster da terra.
Taqueômetro - Instrumento topográfico semelhante ao teodolito.
Mede rapidamente distâncias,
direções e diferenças de nível numa única observação.
Terminal - Dispositivo de entrada e saída, constituído de teclado e
monitor, através do qual o usuário se comunica com o computador
central de uma rede.
Topografia - 1 - Descrição minunciosa de uma localidade; topologia.
Arte de representar no papel a configuração duma porção do terreno
com todos os acidentes e objetos que se achem à sua superfície. 2 -
Configuração da superfície da Terra, incluindo o relevo, a posição
dos cursos d'água as estradas, as cidades, etc. O conjunto das
características naturais e físicas da Terra. Um acidente simples
simples, como uma montanha ou um vale é denominado um
acidente topográfico.
A topografia é subdivida em hipsografia (os aspectos do relevo), em
hidrografia (a água e os detalhes relativos à drenagem), em cultura
(a obra do homem) e em vegetação. 3 - A ciência da representação
dos aspectos naturais e artificiais de um lugar ou de uma região,
especialmente no modo de apresentar as suas posições e altitudes.
O termo inclui os campos científicos e técnicos do levantamento, da
geodésia, da geofísica, da geografia, das artes gráficas e das
atividades afins, até o ponto em que elas são essenciais à
realização da cartografia topográficas.
Toponímia - 1 - Estudo da origem e significação dos nomes
próprios de um lugar. 2 - Relação dos nomes de lugar de um país,
estado, região etc.
Topônimo - Nome próprio de um acidente topográfico natural ou
artificial.
Transporte de coordenadas - Operação matemática que permite
obter coordenadas de um ponto num dado sistema, conhecendo-se
as coordenadas de um outro ponto neste mesmo sistema, além do
azimute e distância entre eles.
Triangulação - Método de levantamento em que as estações são
pontos do terreno, os quais são localizados nos vértices de uma
cadeia ou rede de triângulos. Os ângulos são medidos por
instrumento, e os lados escolhidos, os quais se dominam bases,
cujos compromimentos são conseguidos por medição direta no
terreno.

UTM - Universal Transverse Mercator. Sistema de coordenadas


planas que circulam o globo baseado em 60 zonas de tendência, no
sentido norte-sul, cada uma com 16 graus de largura de longitude.
Vetor - Segmento de linha reta, com o tamanho normalmente
representado pelos pares de coordenadas dos pontos extremos.
Dados vetoriais referem-se a dados em forma tabular com uma
dimensão.
Vetorização - Processo de geração de arquivos gráficos com dados
vetoriais, utilizando softwares de CAD ou softwares de interpretação
de imagens digitais em formato raster (vetorização automática).
Vídeo gráfico - Dispositivo onde as informações gráficas são
visualmente representadas ou temporariamente armazenadas.
Workstation - Estação de trabalho. Conjunto de equipamentos
formado por computador, mesa digitalizadora, vídeo gráfico de alta
resolução e plotter. É utilizada para criação ou modificação de
desenhos.
X – Coordenadas - Distâncias leste-oeste, também chamadas
abscissas.
Y – Coordenadas - Distâncias norte-sul, também chamadas
ordenadas.
Zona de projeção - Região do elipsóide de referênica normalmente
representada por um sistema de projeção, de modo que as
alterações de projeção, de modo que as alterações de projeção
ficam fracas. A superfície pode ser estendida além dos limites
normais a fim de assegurar o reconhecimento parcial de outras
áreas contíguas.

Zona Fisiográfica - Uma das várias divisões de um País, região


ou Estado e que guarda certos caracteres próprios, distintos dos das
demais.
Zoom Transfer Scope - Moderno instrumento da Bausch & Lomb
para a transferência de informações fotográficas para uma carta,
cujas aplicações incluem o planejamento urbano, a geologia, e a
ecologia.

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