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1ª edição
Belém-PA
2011
© 2011 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
____________ exemplares
2
SUMÁRIO
4
10.5 Definição da deriva e seus componentes..........................................................107
10.6 Tipos de busca e suas diferenças.......................................................................109
10.7 Determinação dos procedimentos de busca com má visibilidade...................115
10.8 Determinação das causas de falha na busca......................................................116
10.9 Procedimentos de coordenação navio-aeronave..............................................117
10.10 Descrição dos procedimentos que devem ser tomados no caso de encontro de
vestígios........................................................................................................................117
10.12 Procedimentos a serem tomados em caso de salvamento.............................122
10.13 Finalidades do “BRIEFING” E “DEBRIEFING”..................................................123
REFERÊNCIAS............................................................................................................125
5
APRESENTAÇÃO
O autor
6
1 LEGISLAÇÃO MARÍTIMA APLICADA ÀS OPERAÇÕES SAR
a) ART. 3° - qualquer pessoa é obrigada, desde que o possa fazer sem perigo para si ou para
outrem, a prestar auxílio a quem estiver em perigo de vida, no mar, nos portos ou nas vias
navegáveis interiores.
01) Parágrafo 1° - o auxílio poderá consistir em simples comunicação do fato à autoridade
naval, ou em providências que possibilitem o recebimento da informação, em tempo hábil, por
essa autoridade.
02) Parágrafo 2° - a obrigação de prestar auxílio cessa desde que o obrigado tenha
conhecimento de que este serviço não é mais necessário, ou quando dispensado pelo
comandante da embarcação assistida ou pela autoridade naval.
c) ART. 5° - todo comandante é obrigado, desde que possa fazer sem perigo para sua
embarcação, tripulação, passageiros ou para outra pessoa, a utilizar sua embarcação e meios
sob sua responsabilidade para prestar auxilio a quem estiver em perigo de vida, no mar, nos
portos ou nas vias navegáveis interiores.
01) Parágrafo 1° - para efeito desta lei a palavra “comandante” é empregada, genericamente,
para designar a pessoa que comanda e é responsável pela embarcação, seus equipamentos,
seus passageiros e sua bagagem, acompanhada ou não, pelos tripulantes e seus pertences,
pela carga e pela disciplina a bordo.
02) Parágrafo 2° - para efeito desta lei, a palavra “embarcação” é empregada genericamente
para designar toda construção suscetível de se locomover na água, quaisquer que sejam suas
características.
d) ART. 6° - o comandante de uma embarcação deverá adotar o seguinte
procedimento, ao tomar conhecimento de vida humana em perigo no mar, nos
portos ou nas vias navegáveis interiores:
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01) dirigir sua embarcação na maior velocidade possível, para o local onde se encontrarem as
pessoas em perigo;
02) informar às pessoas em perigo e às embarcações próximas, a hora prevista de chegada na
área e os meios que dispõe para prestação dos serviços de busca e salvamento; e
03) após um abalroamento, permanecer no local do acidente até que esteja convencido de que
não há necessidade de prestar auxílio, ou até que seja liberado de tal obrigação pelo
comandante da outra embarcação.
Artigo 334° - qualquer pessoa que tomar conhecimento da existência de vida humana em
perigo de vida no mar, nos portos ou nas vias navegáveis interiores, deverá comunicar o fato à
autoridade naval, com maior rapidez possível.
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Nota: o Brasil com a legislação estudada anteriormente, ratifica esse
sentimento.
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2 SISTEMA SAR
É através dos coordenadores de missão que toda operação SAR é realizada sob
a orientação de um SMC. Esta função só existe enquanto acontece um incidente SAR
específico e é normalmente desempenhado pelo chefe do RCC ou alguém por ele
designado. Uma equipe pode auxiliar o SMC.
Os SMC dirigem uma operação SAR até que o salvamento tenha sido realizado,
ou até que se torne evidente que qualquer ação seguinte não mais será necessária e
por isso devem estar bem adestrados em todos os processos e familiarizados com os
planos SAR adequados, e também:
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a) Coordenador de Busca e Salvamento – Encarregado responsável pela coordenação
e, quando apropriado, pela direção das operações SAR;
b) Coordenador de Missão SAR – Encarregado designado pelo coordenador de busca
e salvamento para coordenar uma missão SAR específica; e
c) Comandante na Cena – Oficial que controla todas as operações e comunicações
SAR na cena de um incidente.
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3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE NAVIOS
a) Estados Unidos
Sistema de informações de navios cuja sigla é AMVER. Não há restrição de área
para participação, que é aberta ao mundo todo, gratuita, voluntária a todas as
bandeiras. Limitada a navios com mais de 1.000 toneladas de porte bruto, em uma
viagem de 24 horas ou mais. Recentemente, a inserção foi ampliada para acomodar
navios fora dos critérios como navios de cruzeiro, navios de investigação e
processadores de pescado.
b) Brasil
Sistema de informações cuja sigla é SISTRAM. O SISTRAM faz o
acompanhamento dos navios mercantes na área SAR do Brasil, como apresentado na
figura com as respectivas coordenadas geográficas:
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Figura 02 - Limites da área SAR do Brasil.
c) Japão
Sistema de informações cuja sigla é JASREP (Japanese Ship Reporting
System). Com cobertura aproximada pelo paralelo de latitude 17°N e o meridiano de
longitude 165°E da costa japonesa.
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d) Austrália
Sistema de informações cuja sigla é AUSREP. As áreas de cobertura para
AUSREP, para a pesquisa australiana e região de busca são idênticas, cuja área é
limitada pelas coordenadas para leste, a partir da longitude de 75°E, e seguem:
1) Longitude (): 075°00’.0 E; Latitude (φ): 60°00’.0 S’
2) Longitude (): 078°00’.0 E; Latitude (φ): 20°00’.0 S’
3) Longitude (): 092°00’.0 E; Latitude (φ): 20°00’.0 S’
4) Longitude (): 107°00’.0 E; Latitude (φ): 12°00’.0 S’
5) Longitude (): 123°20’.0 E; Latitude (φ): 12°00’.0 S’
6) Longitude (): 126°50’.0 E; Latitude (φ): 09°20’.0 S’
7) Longitude (): 135°00’.0 E; Latitude (φ): 07°00’.0 S’
8) Longitude (): 139°40’.0 E; Latitude (φ): 09°50’.0 S’
9) Longitude (): 141°00’.0 E; Latitude (φ): 09°50’.0 S’
10) Longitude (): 141°02’.0 E; Latitude (φ): 09°37’.0 S’
11) Longitude (): 143°53’.0 E; Latitude (φ): 09°08’.0 S’
12) Longitude (): 144°13’.0 E; Latitude (φ): 09°24’.0 S’
13) Longitude (): 144°00’.0 E; Latitude (φ): 12°00’.0 S’
14) Longitude (): 155°00’.0 E; Latitude (φ): 12°00’.0 S’
15) Longitude (): 155°00’.0 E; Latitude (φ): 14°00’.0 S’
16) Longitude (): 161°15’.0 E; Latitude (φ): 14°00’.0 S’
17) Longitude (): 163°00’.0 E; Latitude (φ): 17°04’.0 S’
18) Do limite de longitude: 163°00’.0 E, para a costa australiana.
e) Argentina
Sistema de informações cuja sigla é SECOSENA (Servicio de comunicaciones
para la seguridade de la navegación de la Republica Argentina). A área de cobertura
compreende as águas nacionais do mar, dos rios e lagos argentinos.
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O AMVER é um programa internacional operado pelos “USA”, através da “USA
COAST-GUARD”, cujo objetivo é assistir na segurança de navios mercantes em alto-
mar.
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fim de evitar, a qualquer custo, a falta de informações e a deficiência num caso de
busca e salvamento. O informe deve ser enviado por emissoras adrede designadas.
Observações:
1 – Todas as horas devem ser expressas em 6 dígitos. Os dois primeiros
indicam o dia, os quatro últimos a hora e minuto, seguida da letra Z(zulu);
2 – A latitude e longitude do porto se referem às coordenadas geográficas da
posição do prático, isto é, o local fixo na carta náutica onde o prático embarca;
3 – A latitude e longitude são expressas em graus e minutos em um grupo de 4
dígitos seguidos da letra N, S ou E, W;
4 – As linhas com a letra L constituem a maioria das informações do projeto de
viagem. Podem-se usar quantas linhas achar necessário. O L é constituído de rumo
entre cada WAY POINT da derrota. O método de navegação GC representa a
Ortodromia e RL a Loxodromia;
5 – O rumo atual é um grupo de 3 dígitos;
6 – A velocidade é um grupo de 3 dígitos. Exemplo: 13.5 é expresso como 135;
7 – A letra V precede o seguinte:
/MD/ significa médico;
/PA/ significa ajudante de médico;
/NURSE/ significa enfermeiro(a);
/NONE/ não há recursos médicos a bordo. Exemplo: V/ MD/ NURSE//; e
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8 – As informações contidas nos comentários adicionais são guardadas no
sistema automático de processamento de dados do AMVER com o propósito de
repassá-las no futuro. Não se pode usar a linha de comentários adicionais para enviar
mensagens a outra organização e autoridades de busca e salvamento.
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O Brasil, por ser signatário das Convenções Internacionais para a salvaguarda
da vida humana no mar e de busca e salvamento marítimo, assumiu o compromisso de
mobilizar os meios disponíveis para auxiliar os navios mercantes, de qualquer
nacionalidade, em situação de emergência dentro da área marítima de sua
responsabilidade, conhecida como “área SAR brasileira”. Para esse fim, utiliza o
processamento eletrônico de dados para acompanhamento dos navios mercantes na
área SAR brasileira, quer em rotas a longo curso, quer em cabotagem ou em águas
interiores.
Quanto maior o número de navios participantes do sistema mais confiável e
efetivo ele se torna, aumentando a segurança dos próprios navios mercantes. Dentro
desse raciocínio, todos os navios mercantes estão convidados a participar do
SISTRAM. Exclusivamente para os navios mercantes de bandeira brasileira e os
afretados por armadores brasileiros tal participação é obrigatória. Os navios mercantes
de bandeira estrangeira estão convidados a se integrar voluntariamente ao SISTRAM,
enviando, também suas posições e dados de navegação para o CONCONTRAM;
porém, quando estiverem navegando no mar territorial ou em águas interiores,
são obrigados a se integrarem ao SISTRAM.
Participar do SISTRAM significa transmitir mensagens padronizadas sobre a
viagem programada. A taxação não é cobrada sobre as transmissões radioelétricas, se
efetuadas através da RENEC (Rede Nacional de Estações Costeiras).
O propósito do SISTRAM é manter o acompanhamento da movimentação de
navios na área marítima de responsabilidade do Brasil. O acompanhamento será
realizado através de informações de navegação padronizados fornecidos pelos
próprios navios participantes, quando na área SAR, possibilitando a utilização do
grande potencial de recursos para o salvamento no mar, representado pelos navios,
que poderão acorrer rapidamente ao local de um incidente SAR antes mesmo que
qualquer outro meio o faça.
O sistema enumera abaixo os benefícios da adesão:
a) presteza no início das operações SAR;
b) designação de navios mercantes que estejam próximos da posição do
sinistrado para o auxílio; e
c) assistência médica emergencial ou orientação médica para os navios
mercantes que não possuem médico.
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A área de operação do SISTRAM é a indicada através da figura inicial e
mostrada pelas coordenadas geográficas.
A adesão ao SISTRAM e aos demais sistemas de informações de navios é
atitude recomendada pelas convenções internacionais.
O envio do Plano de Viagem para cada singradura dentro da área de
abrangência é o requisito para aderir ao SISTRAM, mesmo quando em navegação de
passagem.
A participação é isenta de qualquer ônus, desde que seja utilizada uma estação
da Rede Nacional de Estações da Embratel – RENEC.
a) tipos de mensagens
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Tipo 4: Mensagem final
É a informação que encerra a participação no SISTRAM. Deverá ser enviada até
uma hora antes do instante previsto para entrada no porto de destino ou quando sair da
área SAR brasileira.
A participação no sistema se inicia quando o navio envia o seu Plano de
Viagem (mensagem tipo 1) e termina quando enviar a sua Mensagem Final (tipo 4).
Qualquer navio que se encontre na área de acompanhamento, sem ainda ter
aderido ao SISTRAM, poderá fazê-lo a qualquer momento, bastando para isto enviar o
seu Plano de Viagem (mensagem tipo 1) a partir da posição em que a decisão for
tomada. Em caso contrário, se já estiver participando do Sistema e desejar encerrar a
sua participação, bastará enviar a Mensagem Final (Tipo 4), preenchendo a linha X –
Comentários com a informação de que está encerrando sua participação.
As mensagens para o SISTRAM deverão ser endereçadas ao Comando do
Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, órgão da Marinha do Brasil
sediado no Rio de Janeiro. O melhor e mais eficiente meio para o envio das
mensagens do SISTRAM é o e-mail, caixa postal controle@cotram.mar.mil.br, Poderão
ser transmitidas também por fac-símile, telefone ou através das Estações da RENEC, a
qualquer hora.
Informações adicionais podem ser fornecidas pelo sistema no endereço:
Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo, Edifício Almirante Tamandaré – 6°
andar. Praça Barão de Ladário, s/n, Centro. Rio de Janeiro – RJ – Brasil. CEP: 20091-
000.
Para auxiliar os navegantes na confecção e envio dos tipos de mensagens, o
sistema apresenta os modelos dos formatos de transmissão, conforme podem ser
observados a seguir:
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Tabela 1 - Modelo de mensagem de plano de viagem.
Dados Obrigatórios
Data-Hora de
Nome do Sistema Tipo de Mensagem (1)
Transmissão
SISTRAM 1 Z//
/ /
25
//
Comentários (7)
Y /
//
Dados Obrigatórios
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Velocidade Média Estimada
F /
//
Comentários (7)
Y /
//
Dados Obrigatórios
27
L/ / Z //
/
L/ / Z //
/
Comentários (7)
Y /
//
Dados Obrigatórios
Porto de Chegada ou Porto de Saída Latitude () Longitude () ETA (3)
K / / / Z//
/
Dados Opcionais
28
Comentários (7)
Y /
//
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(7) Linhas X e Y (comentários). Preenchimento opcional. Normalmente são
incluídos na linha X, dados de referência úteis para o SISTRAM, como a data-hora
estimada da próxima transmissão, o tipo de carga, o número de INMARSAT e da
EPIRB, e demais. A linha Y pode ser usada para qualquer comunicação a critério do
navio mercante.
(8) Itens de alteração de rota – a linha I especifica mudança no porto de
destino, na mensagem tipo 3. Exemplo: I/ SALVADOR/ 1258S/ 03831W/ 051800Z//
para o caso do porto de destino ser mudado para Salvador.
Legislação brasileira relativa do SISTRAM
As presentes instruções estão pautadas nas leis e decretos apresentados a
seguir:
a) Decreto Legislativo n°11, de 16 de abril de 1980. Publicado no Diário Oficial de 18
de abril de 1980, seção I, p. 6730, aprova o texto da Convenção Internacional para a
Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS – 74), concluída em Londres, em 1° de
novembro de 1974;
b) Decreto Legislativo n°34, de 21 de maio de 1982. Publicado no Diário Oficial de 26
de maio de 1982, Seção I, p. 9529, aprova o texto da Convenção Internacional sobre
Busca e Salvamento Marítimo (SAR – 79 da IMO), concluída em Hamburgo, a 17 de
abril de 1979;
c) Lei n° 8617, de 04 de janeiro de 1993. Publicada no Diário Oficial de 5 de janeiro de
1993, seção I, p. 057 e 058, dispõe sobre o mar territorial, a Zona Econômica Exclusiva
e a Plataforma Continental Brasileira e outras providências;
d) Lei n° 9.537, de 11 de dezembro de 1997, dispõe sobre a segurança do tráfego
aquaviário, em águas sob jurisdição nacional (LESTA);
e) Decreto n° 2.596, de 18 de maio de 1998, aprova a regulamentação da Lei de
segurança do Tráfego Aquaviário em águas de jurisdição nacional (RLESTA);
f) Portaria Ministerial nº67, de 18 de março de1998. A Autoridade Marítima delega
competência, para o cumprimento de Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, aos
Comandantes de Distritos Navais, Comandantes Navais, Diretor de Portos e Costas e
Diretoria de Hidrografia e Navegação; e
g) Portaria Ministerial n°0024 da Diretoria de Portos e Costas, de 12 de maio de 1998,
aprova as normas da Autoridade Marítima para tráfego e Permanência de
Embarcações em águas sob jurisdição nacional – NORMAM – 08.
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É importante ressaltar, conforme instruções do SISTRAM e documento citado na
alínea “g)” anterior: todos os navios mercantes brasileiros e afretados por armadores
brasileiros, de longo curso e cabotagem (navegando em qualquer área do mundo) e os
navios mercantes de bandeira estrangeira navegando no mar territorial brasileiro ( 12
milhas ), deverão informar posição, rumo, velocidade, procedência, destino e ETA. Os
navios mercantes estrangeiros que aderiram ao SISTRAM e tenham informado os
pontos da derrota dentro das 12 milhas na mensagem tipo 1, não precisam fazê-lo
novamente ao entrar no mar territorial brasileiro.
PLANO DE VIAGEM
SISTRAM/ 1/ 010915ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
B/ 010900Z//
G/ SANTOS/ 2356’S/ 04619W//
I/ NOVA YORK/ 4042N/ 07401W/ 141410Z//
L¹/ 2346S/ 03945W/ 020900Z//
L²/ 0524S/ 031°55W/ 051630Z//
L³/ 1000N/ 04402W/ 081340Z//
V/ NONE//
MENSAGEM DE POSIÇÃO
SISTRAM/ 2/ 020915ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
B/ 020900Z//
C/ 2346S/ 03945W//
E/ 022//
F/ 150//
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MENSAGEM FINAL
SISTRAM/ 4/ 081300ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
K/ 1000N/ 04402W/ 081340Z//
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PLANO DE VIAGEM
SISTRAM/ 1/ 051710ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
B/ 010900Z//
G/ CAPETOWN 3358S/ 01836 E//
I/ SALVADOR/ 1258S/ 03831W/ 101630Z//
L¹/ 2600S/ 01000W/ 051700Z//
L²/ 2230S/ 01750W/ 070100Z//
L³/ 1937S/ 02444W/ 080510Z//
V/ MD//
X/ INMARSAT 42112451//
ALTERAÇÃO DE ROTA
SISTRAM/ 3/ 071010ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
I/ VITORIA/ 2020S/ 04019W/ 101400Z//
L¹/ 2140S/ 01947W/ 070900Z//
L²/ 2112S/ 02702W/ 081200Z//
L³ 2047S/ 03327W/ 091200Z//
M/PPR//
MENSAGEM FINAL
SISTRAM/ 4/ 101400ZJUN05//
A/ KNFG/ SEA WOLF/ US/ CTR//
K/ VITORIA/ 2020S/ 04019W/ 101400Z//
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Tabela 5 - Rede Nacional de Estações Costeiras da Embratel – RENEC.
Faixas de
Nome da Estações
Indicativo Frequências Observações Indicativo
Estação telecomandadas
de Operações
MANAUS RÁDIO PPM
ITACOATIARA PTM
RÁDIO
PARINTINS RÁDIO PRM
BELÉM RÁDIO PPL
MACAPA RÁDIO PTL
BREVES RÁDIO PRL
S. LUIS RÁDIO PPB
SANTARÉM RÁDIO PPT
ALMERIM RÁDIO PTT
OLINDA RÁDIO PPO
F. DE NORONHA PTO
RÁDIO
ARACAJU RÁDIO PTA
TELEX: 21930 - TEL: 07821141
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Nome da Indicativo Faixas de Observações Estações Indicativo
Estação Frequências telecomandadas
de Operações
CAMPOS RÁDIO PTV
A.REIS RÁDIO PTR
C.DE ABREU RÁDIO PRR
TELEX: 21930 - TEL: 07821141
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b) os navios não registrados na Austrália, mas envolvidos no comércio de cabotagem
entre a Austrália e um território externo, ou entre um território, enquanto na área
AUSREP;
c) os navios não registrados na Austrália, mas sob fretamento para afretadores, cujas
residências ou locais de atividade principal está na Austrália, enquanto na área
AUSREP;
d) os navios estrangeiros, que não sejam os anteriores referidos, desde sua chegada
ao porto australiano até sua partida do último porto australiano, enquanto na área
AUSREP; e
e) os navios pesqueiros australianos procedentes de alto-mar, enquanto na área
AUSREP, não incluindo os navios que operem a partir dos portos de Queenslands.
A recente obrigação com a LRIT adotado pela IMO, que introduz nova posição
obrigatória de comunicação para os navios SOLAS. O sistema exige que os navios,
automaticamente, transmitam a sua identidade, posição e data/hora em intervalo de 6
horas e não os desobriga com o AUSREP, que os requisitam a continuar informando.
A área de cobertura AUSREP é esboçada no mapa a seguir.
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O Plano de Viagem (SP) pode ser enviado até 24 horas antes da adesão ao
sistema. Nos portos dentro da área REEFREP (sistema de informação do tráfego de
navios na costa australiana), a SP deve ser enviada antes da partida. De outros portos
australianos, a SP deve ser enviada até 2 horas após a partida.
Ao ingressar na fronteira oceânica AUSREP, o plano de viagem pode ser
enviado 24 horas antes de entrar ou até 2 horas depois de cruzar a fronteira.
O SP contém informações necessárias para iniciar um enredo e apresenta um
esboço da passagem pretendida. Se não for possível navegar nas 2 horas do tempo
estabelecido na SP, então se deve fazer o cancelamento da mesma e enviar uma nova
SP dentro de 2 horas do tempo de navegação revisto.
Dentro deste modelo, existem os campos obrigatórios e opcionais com itens
padronizados.
Os Relatórios de Posição (PR) são normalmente processados
automaticamente pelo RCC Austrália. O processo automático é eficiente, mas as
mensagens não são sempre vistas por um operador. Se há uma importante informação
de segurança adicional que requer atenção imediata do operador, a palavra “ALERT”
no campo X’ do PR vai enviar a mensagem a um operador para a ação necessária.
É importante usar apenas a palavra “ALERT” para identificar informações de
segurança importantes para a ação imediata.
O sistema também alerta que facsimile e e-mail não são adequados para os
relatórios de posição AUSREP.
Existe a opção do envio da mensagem pelo Inmarsat e Polling que utiliza o
recurso do Inmarsat – C.
Dentro deste modelo (PR), existem os campos obrigatórios e os campos
opcionais. A tabela 6 mostra um exemplo do modelo PR AUSREP.
39
Tabela 6 - Exemplo de mensagem PR AUSREP.
E Course E/129//
F Speed F/8.5//
Y Y/PASS TO AMVER
F Speed F/6//
40
3.4.3 Exercício sobre o sistema de informações AUSREP
1) Cite e comente os itens possíveis de mudança.
41
3.4.4 Sistema de informações SECOSENA
SECOSENA é o serviço de comunicações para a segurança de navegação da
Argentina.
É um serviço público gratuito; destina-se a todas as comunicações relativas à
segurança da navegação e da vida no mar, rios e lagos da jurisdição nacional e,
eventualmente, busca e salvamento de navios e aviões. É dirigido e atendido pela
Guarda Costeira da Argentina, através das suas estações costeiras.
Dentro desse Sistema, a comunicação é obrigatória, não só a navios nacionais e
estrangeiros, com um comprimento superior a 35 metros, nos lagos e navegações do
rio, e 24 metros no mar.
No tráfego do SECOSENA, o idioma utilizado é o espanhol. Se não for possível
o entendimento na língua espanhola, será recorrido ao Código Q, e em particular, será
considerado o STANDARD MARINE NAVIGATION vocabulário.
As estações do navio devem estar licenciadas pela autoridade competente em
comunicações e possuir Certificado de Segurança Radioelétrica (nacional ou
internacional, conforme apropriado).
O SECOSENA compreende:
a) estações costeiras para a segurança e estações costeiras equipadas para
correspondências públicas e privadas com fins esportivos; e
b) estações móveis das embarcações registradas na lista de navios nacionais e
estrangeiros, quando operando em águas nacionais. Eventualmente, as estações
móveis de aeronaves envolvidas em operações de busca e salvamento.
Para fazer frente às comunicações previstas, este serviço utiliza:
a) média frequência (MF) e alta frequência (HF): A1A, J3E, H3E, conforme o caso; e
b) frequência muito alta (VHF): F3E.
As estações costeiras de segurança compreendem uma rede de distribuição no
espaço marítimo, rio, lago e porto da jurisdição nacional, de apoio à navegação e à
segurança da vida humana.
O CONTRASE, abreviatura do sistema de controle de tráfego e segurança, é um
sistema complementar do SECOSENA, também estabelecido e executado pela
prefeitura, que fornece controle de tráfego e de intercâmbio de informações associadas
a ele a partir da estação de navios e portos. Regula o movimento do tráfego para
garantir a segurança da navegação e promover o fluxo eficiente do tráfego,
especialmente em áreas de alta densidade, em zonas que apresentam dificuldade à
navegação, ou onde há cargas perigosas dentro do tráfego.
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As funções do sistema de controle de tráfego e segurança são as seguintes:
a) evitar colisões, encalhes e colisões com obstáculos e obras existentes em vias
navegáveis;
b) manter um fluxo seguro, viável e ordenado tráfego de navios nas áreas de aplicação
do sistema de operações portuárias;
c) divulgar informações atualizadas de avisos aos navegantes, situação
hidrometeorológica, estado das balizas, boias e outros que contribuem para a
segurança da navegação; e
d) o alerta aos sistemas de assistência e/ou de salvamento em caso de navios que
necessitem de auxílio.
Efetua um serviço permanente de 24 horas. Usa a linha espanhola e, se houver
conflito de entendimento de idioma, recorre ao STANDARD MARINE VOCABULARY,
ou Código Internacional de Sinais, ou o Código Q.
As estações costeiras tomam as seguintes informações de segurança:
a) rotina: em horários pré-definidos e/ou a qualquer momento:
avisos NAVAREA e boletins;
rádio-avisos para o tráfego costeiro: transmissão programada, vital ou importante;
avisos locais;
advertência meteorológica;
comunicações relativas à circulação de navios e operações portuárias; e
comunicações para a regulação do tráfego (CONTRASE).
b) a pedido das estações móveis, informações de tráfego sobre o mar, rio ou lago e
auxílio ao navegante dos rádio-avisos náuticos relacionados aos pontos anteriores.
As estações móveis fornecem as seguintes informações para as estações
costeiras:
a) rotina: na navegação marítima, dentro e fora das águas nacionais e ao navegar por
águas nacionais; na navegação fluvial e lacustre, ao entrar e sair da área de
responsabilidade das costeiras e ao entrar e sair dos portos; e
b) de urgência: com antecipação a toda outra informação, comunicações de socorro,
urgência e segurança, aviso de navio acidentado, ou com dificuldades, redução de
visibilidade e anormalidade em bóias, balizas e qualquer obstáculo, que constitua
perigo para a navegação, qualquer descarga de hidrocarbonetos que não se ajustem
ao regulamento a respeito e criem risco de contaminação; pedidos de consultas rádio-
médicas; também informações ao CONTRASE.
43
Normas operativas e de procedimento do SECOSENA
As regulamentações e respeito indicam:
a) para o alarme de tráfego, urgência, socorro e segurança serão estabelecidas, para
as comunicações em geral, pelos regulamentos pertinentes;
b) deve ser dada prioridade ao uso do sistema VHF sobre qualquer outro meio;
c) a escuta em VHF deve acontecer na ponte de comando ou em outro lugar de onde
se governa a embarcação;
d) dentro do alcance VHF de uma estação costeira, deve-se manter escuta permanente
no canal/16 (156,8 MHZ) a menos que, por razões operativas, a costeira FS disponha
que se efetue no canal de trabalho, caso em que se manterá escuta simultânea no
canal 16;
e) se razões técnicas impedirem, será jogado em outro canal um pré-aviso para a costa
mais próxima;
f) fora do alcance VHF de uma estação costeira, manter-se a escuta permanente em
canal 16 sempre que seja possível, especialmente em zonas de tráfego frequente de
navios e em caso de diminuição da visibilidade e outras razões que se aconselhem, a
juízo do capitão do navio;
g) quando se necessite estabelecer comunicações se efetuará chamada no canal 16,
passando-se imediatamente ao canal de trabalho. Se a costeira efetua escuta
permanente no canal de trabalho, efetuar-se-á a chamada pelos respectivos canais.
3.5 Informações que devem constar nas mensagens enviadas para um sistema de
informações de navios
a) Identificação das embarcações que se encontrem nas proximidades de uma
situação de perigo, juntamente com suas posições, rumos e velocidades;
b) o conhecimento de outras informações sobre as embarcações que possam ser de
utilidade, por exemplo, se existir recurso médico a bordo e outras;
c) a forma como entrar em contato com as embarcações; e
d) a probabilidade de uma ajuda rápida durante emergências.
Os comandantes de embarcações são convidados ou obrigados a enviar
informações regulares à autoridade que estiver operando um sistema de informações
de navio em um centro SAR, e para outros serviços relacionados com a segurança.
Informações adicionais sobre operadoras dos sistemas de informações de
navios podem ser obtidas dos RCCs.
44
3.6 Exercício ou proposta de debate desta unidade
1) Quais as principais vantagens e desvantagens do Sistema de informações de navios
nos itens de segurança da navegação, meio ambiente, operações nos portos ou
terminais e salvamento?
45
4 COORDENAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE BUSCA E SALVAMENTO
46
24 horas por dia com pessoal treinado. O idioma de trabalho desses centros deve ser o
inglês.
Cada RCC tem um SRR associado a ele. O SRR pode ser dividido em sub regiões com
RSCs associados.
Os meios de comunicações baseados em terra compreendem:
a) estações terrestres em terra ( LES’s );
b) centro de controle de missão COSPAS-SARSAT, com terminais locais de usuários (
LUT’s );
c) CRSs independentes ou associadas aos RCCs;
d) unidades ATS;
e) redes de telefones móveis;
f) internet; e
g) sistema de alerta através de telefones públicos.
47
5 AÇÃO PARA UM NAVIO EM PERIGO
Observações importantes:
a) Se houver qualquer dúvida quanto ao recebimento da mensagem de socorro, ela
deve ser transmitida também em qualquer frequência disponível que possa atrair a
49
atenção, assim como numa frequência para utilização entre navios, que possa ser
utilizada em áreas locais.
b) Antes de mudar a frequência, entretanto, deve ser dado um tempo adequado para
que seja recebida a resposta.
c) Em caso de defeito na estação de rádio do navio, pode ser possível transmitir uma
mensagem de socorro utilizando o equipamento portátil fornecido para utilização na
embarcação de sobrevivência.
d) Os EPIRB e ELT são outro meio de enviar sinais de alerta. Eles se destinam a
enviar sinais de alerta quando outros meios de alerta forem inadequados.
e) Um EPIRB transmite um sinal de alerta as autoridades SAR e possibilita que os
meios de salvamento localizem a embarcação em perigo, seguindo na marcação do
sinal recebido. São ativadas automaticamente mediante exposição ao mar, ou
manualmente. A EPIRB via satélite em 406 MHZ, cujos sinais são retransmitidos via-
satelites do sistema Cospas – Sarsat. EPIRB utilizando o sistema Inmarsat – E, cujos
sinais são retransmitidos via satélites do sistema Inmarsat. EPIRB que não utilizam
satélites, no canal 70, utilizados próximo à costa, em lugar das EPIRBs via-satélite,
quando existem estações recebedoras.
f) A maioria das aeronaves civis possuía a bordo um dos dois tipos de ELT para alertar
as autoridades SAR sobre uma situação de perigo: ELT via satélite, em 406 MHZ,
destinado a ser utilizado com os satélites do sistema Costas-Sarsat; e ELT em 121,5
MHZ, destinado a ser recebido por aeronaves que voam em grandes altitudes.
g) O sistema Cospas-Sarsat calcula as informações de posição transmitidas pelas
EPIRBs e pelos ELTs.
h) A maioria dos ELTs e das EPIRBs fornecem sinais de indicação de direção em
121,5 MHZ. Também são utilizados 243 MHZ e algumas EPIRBs podem também
incorporar um SART no seu projeto.
i) A maioria das EPIRBs e todos os ELTs são projetados para serem ativados
automaticamente quando uma embarcação afunda, ou quando uma aeronave cai. O
sinal de alerta transmitida pela EPIRB indica se o sinal de indicação de direção foi
ativado automaticamente ou manualmente.
j) Alguns ELT e EPIRB podem ter também uma capacidade integral de utilizar o
sistema GPS.
k) Os EPIRBs via Inmarsat-E transmitem mensagens via-satélites geoestacionários do
sistema Inmarsat e via CES, para os RCC. Esses sinais de indicação de direção
possuem sinais identificadores registrados.
50
l) A informação de posição transmitida pelas EPIRBs via Inmarsat-E é obtida através
de um equipamento integral, como o GPS, ou através de interface com os
equipamentos de navegação de bordo (as posições obtidas através dos equipamentos
de bordo não podem ser atualizados após o EPIRB estar flutuando livremente).
m) As EPIRBs via Inmarsat-E só operam dentro da área de cobertura do sistema
Inmarsat, normalmente entre as latitudes 70° Norte e 70° Sul.
n) É recomendado que uma EPIRB que tenha sido ativada, mesmo inadvertidamente
(alarme falso), seja mantida ativada até que o RCC seja informado. Isto permite que o
RCC trabalhe com uma posição e uma identificação mais precisa, possibilitando uma
resolução do alerta sem ter que enviar desnecessariamente os meios SAR. É
importante também informar ao RCC, através de outros meios, que o alarme é falso.
o) São previstos equipamentos adicionais através de prescrições da SOLAS para os
navios. Um equipamento de rádio telefonia de duas direções, em VHF, e um
transponder - radar para embarcações de sobrevivência – localizado em cada bordo da
embarcação, numa posição em que possam ser rapidamente retirados para serem
levados para uma embarcação de sobrevivência. O SART, após ter sido ligado
manualmente, é ativado automaticamente ao receber pulsos de radar. Ele envia
automaticamente uma série de pulsos que são apresentados na tela do radar como
uma série de “pips” alongados, semelhantes ao “pip” do sinal de um responder radar.
Observações importantes:
51
a) Incluir o maior número possível de informações acima na mensagem inicial de
socorro;
b) O intervalo de tempo entre as transmissões seguintes dependerá da situação; e
c) De uma maneira geral, se houver tempo para isto, é preferível enviar uma série de
mensagens curtas a enviar uma ou duas longas.
52
6 AÇÕES PARA NAVIOS ASSISTENTES
53
c) manter uma escuta contínua nas seguintes frequências internacionais, se dispuser
dos equipamentos para isto:
500 KHZ (radiotelegrafia);
2182 KHZ (radiotelefonia);
156,8 MHZ (canal 16, radiotelefonia) para navios em perigo; e
121,5 MHZ (radiotelefonia) para aeronaves em perigo.
54
rádios VHF portáteis para comunicações entre o navio e as embarcações
lançadas;
aparelhos lança-retinidas;
cabos de segurança flutuantes;
cabos de reboque;
ganchos ou croques que não produzem centelhas para embarcações;
machados de CAV;
cestas de resgate;
macas;
escadas de prático;
redes para embarque e desembarque;
exemplares do Código Internacional de Sinais;
equipamento de rádio que funcione em MF/HF e/ou em VHF/UHF, capaz de
estabelecer comunicações com o SMC e com os meios de salvamento, e
dotados de radiogoniômetro;
suprimentos e meios de sobrevivência, como necessário;
equipamento de combate a incêndio;
ejetores portáteis;
binóculos;
câmeras;
baldes e remos.
b) equipamento de sinalização
1) lâmpadas de sinalização;
2) holofotes;
3) lanternas de mão;
4) pistola Lançadora de sinais luminosos, com sinais luminosos nas cores dos códigos
existentes;
5) transmissores rádio flutuantes em VHF/UHF;
6) lâmpadas flutuantes;
7) geradores de fumaça;
8) sinais flutuantes de fogo e fumaça;
9) marcadores corantes de água; e
10) megafones.
55
c) preparativos para assistência médica, compreendendo
macas;
cobertores;
suprimentos médicos e remédios;
roupas;
comida; e
abrigo.
d) equipamentos diversos
um guindaste de prático, se houver, para içar, em ambos os bordos do navio,
com uma rede de carga para recolhimento dos sobreviventes;
umas espias indo de proa à popa, na altura da água, em ambas as bordas, para
amarrar as embarcações e balsas a contrabordo;
escadas de prático e cabos de segurança, no convés aberto, mais baixo, para
auxiliar o embarque dos sobreviventes;
embarcações salva-vidas, das embarcações prontas para serem utilizadas como
postos de embarque;
equipamento lança-retinidas, pronto para ser lançado para o navio em perigo ou
para a embarcação de sobrevivência; e
refletores em locais apropriados, se o recolhimento for realizado à noite.
56
6.5 Identificação visual do OSC
Conforme o CIS deve-se exibir o sinal visual “FR” com o significado: “Estou (ou o
navio está) encarregado de coordenar a busca”.
57
Figura 09 – Fluxograma do IAMSAR para ações ao receber um alerta de perigo em VHF/MF DSC.
58
d) estabelecimento de um sistema de coordenação do tráfego entre os navios que
estiverem demandando o mesmo local do acidente;
e) plotagens radares ininterruptos das embarcações presentes nas proximidades;
f) o controle dos ETA ao local do acidente das outras embarcações que estão
prestando socorro;
g) a avaliação da situação de perigo e, em função desta, o preparo para a realização
das operações na cena de ação; e
h) o direcionamento à prestação do socorro dos equipamentos salva-vidas e de
salvamento, equipamentos de sinalização, assistência médica e outros diversos.
59
7 ASSISTÊNCIA POR AERONAVE SAR
h) as roupas ou quaisquer outros objetos que estejam nas proximidades devem ser
retirados ou presos, devido à forte corrente de ar produzida pelo helicóptero;
i) o helicóptero pode ser capaz de içar uma pessoa de uma embarcação ou de uma
balsa salva-vidas amarrada com uma boça comprida. As balsas salva-vidas, entretanto,
podem ser emborcadas pela corrente de ar produzida pelo helicóptero;
j) antes do início da operação, deve ser realizado um “briefing” para todo o pessoal
envolvido, para tratar dos aspectos relacionados com a segurança e dos detalhes
operacionais das operações do helicóptero com o navio;
k) sempre que possível, os seguintes equipamentos de combate à incêndio ou seus
equivalentes devem estar prontos durante operações com helicóptero:
pelo menos dois extintores de pó químico, com uma capacidade total não inferior
a 45 kg;
um sistema adequado de aplicação de espuma (fixo ou portátil), capaz de lançar
uma solução de espuma numa razão não inferior a 6 litros por minuto para cada
metro quadrado da zona desimpedida e uma quantidade suficiente, composto de
espuma para possibilitar que essa razão seja mantida durante, pelo menos, cinco
minutos;
61
extintores de dióxido de carbono (CO2), com uma capacidade total inferior a 18
kg;
um sistema de água no convés, capaz de descarregar pelo menos dois jatos de
água em qualquer parte da área de operação de helicópteros;
pelo menos dois esguichos de mangueira de incêndio devem ser do tipo de duplo
emprego;
cobertores e luvas resistentes ao fogo;
roupa de aproximação ao fogo em quantidade suficiente;
próximo ao local de desembarque deve haver equipamento portátil para extinção
de incêndios em óleo combustível; e
se possível deve ser dada partida nas bombas de incêndio e as mangueiras
devem estar conectadas e mantidas de prontidão.
l) para que do ar possa ser feita uma melhor identificação, bem como para indicar ao
piloto a direção do vento, devem ser içadas bandeiras e galhardetes;
m)todos os membros da tripulação envolvidos, inclusive as pessoas a serem
evacuadas, devem usar coletes salva-vidas. Esta precaução poderá ser modificada,
quando causar uma piora injustificada das condições do paciente a ser transferido;
n) deve-se ter cuidado para que o paciente não use roupas ou chapéus soltos;
o) em nenhuma circunstância, o dispositivo de içamento existente na extremidade do
cabo do guincho pode ser amarrado em qualquer parte do navio, ou ficar preso no
material de fixação;
p) o pessoal do navio não deve tentar segurar o dispositivo de içamento, a não ser
quando solicitado pela tripulação do helicóptero. Mesmo neste caso, deve-se deixar
que a parte metálica do dispositivo de içamento toque primeiro no convés (ou n’água),
para evitar a possibilidade de choque devido à eletricidade estática;
q) quando o içamento por helicóptero tiver que ser feito em navios que transportem
carga inflamável ou explosiva, ou nas proximidades de um derramamento de qualquer
mistura inflamável, o dispositivo de içamento deve ser arriado num local afastado do
derramamento ou da área de ventilação dos tanques do navio, de modo a impedir a
possibilidade de incêndio ou de uma explosão causada por uma descarga eletrostática;
r) o piloto do helicóptero desejará aproximar-se do navio de modo que o helicóptero
fique pairando aproado ao vento relativo e com o bordo em que se encontra o piloto
(boreste) mais próximo do navio durante a aproximação;
62
s) para que o helicóptero possa aproximar-se de maneira normal, pela popa, o navio
deve manter uma velocidade constante na água e manter o vento 30 graus pela
bochecha de bombordo, ou pelo través, em qualquer bordo, se a área estiver localizada
a meia- nau, ou a 30 graus pela alheta de boreste, se a área estiver localizada a vante;
t) é muito importante que sobre a área de “pick-up” haja um fluxo de ar, o mais livre
possível de turbulência, sem fumaça ou outras restrições à visibilidade;
u) estes preparativos podem ser alterados mediante instruções do piloto, se houver
comunicações; e
v) os pertences das pessoas transferidas não devem ser levados com elas. Qualquer
material solto pode ficar preso no cabo do guincho ou ser sugado pelos rotores do
helicóptero.
Os diagramas abaixo mostram as marcas diurnas adequadas que uma
embarcação deve exibir quando realizando operações com helicópteros e os sinais que
podem ser empregados para as comunicações durante o içamento:
63
Figura 13 - Ilustração de segurança genérica.
64
rádios portáteis adequados para as aeronaves SAR se comunicarem com os
meios SAR marítimos ou terrestres e com os OSC.
66
O assento de resgate se parece com um ferro de três pontos, com duas patas
chatas, ou assentos. A pessoa que vai ser içada só precisa se sentar com uma perna
de cada lado de um ou dos dois assentos e passar seus braços em volta da haste.
Este dispositivo pode ser utilizado para içar duas pessoas de uma só vez.
71
7.7 Exemplo de procedimentos para missão real de salvamento
O comandante do barco avisa à estação costeira que tem um tripulante ferido
na perna necessitando de cuidados médicos imediatos e pede a assistência de um
helicóptero com médico. O paciente deve ser içado em maca; o comandante informa
sua posição e as condições meteorológicas do local. O operador na base confirma a
recepção da mensagem e pede que o navio fique de sobreaviso para novos contatos.
Devidos aos preparativos indispensáveis, o tempo necessário para que o helicóptero
possa decolar é de quinze minutos a uma hora. Isto deve ser levado em conta, em
caso de emergência a bordo. Assim, o acidente deve ser comunicado com a maior
presteza, caso seja necessária a assistência do helicóptero. Antes de pedir esse auxílio
deve ser consultado um médico. O que pode ser feito por meio de uma estação
costeira. Desde logo, o paciente vai sendo preparado, inclusive com a colocação de um
colete salva-vida.
O operador de rádio retransmite o recado para a estação de salvamento. O
coordenador de salvamento acusa o recebimento da mensagem e avisa que vai
acionar o esquadrão de salvamento. O helicóptero se desloca numa velocidade normal
de 100 milhas por hora, devendo levar uma hora para chegar na embarcação. A bordo
do barco de pesca são completados todos os preparativos para a transferência do
paciente para o helicóptero após terem sido prestados os primeiros socorros. Se o
paciente tiver tomado remédio contra a dor, isto deve ser anotado na ficha que
acompanha o paciente ao helicóptero, informando sobre o tratamento já ministrado.
A cédula de identidade, ou passaporte deverá acompanhá-lo, caso se encontre
em águas estrangeiras.
O comandante já confirmou sua posição, rumo e condições meteorológicas,
velocidade e hora exata. Informando que vai ficar sintonizado na freqüência de socorro,
canal 16, faixa VHF. A fim de encurtar o tempo de encontro, o comandante avisa que
mudou o rumo para ir em direção ao helicóptero. Às vezes, é difícil para a tripulação de
aeronave localizar um pequeno barco no mar. Se o barco puder transmitir sinais com
frequência apropriada, o helicóptero poderá segui-los e achar o barco com a maior
facilidade. No escuro, todas as luzes estarão ligadas, cuidando que os holofotes sejam
dirigidos para o convés e área de resgate para não atrapalhar a visão do piloto da
aeronave. O piloto dá as suas instruções, se identificando e avisando que está a dois
minutos da posição do acidentado. Instrui o barco para que navegue no rumo tal que o
vento relativo fique a 30° graus de proa por bombordo. E para recolher o paciente,
primeiro arriou o cabo guia, em seguida o mergulhador e a maca. O helicóptero se
72
aproxima normalmente do barco pela popa, ocupando posição a bombordo para
permitir ao piloto e ao operador do guincho uma melhor visão da área de resgate, bem
como para evitar certas obstruções, tais como mastros e antenas. Todos os aparelhos
e massames são desmontados para não dificultar a operação de resgate e todas as
peças e partes soltas deverão ser peadas, antes da chegada do helicóptero, devido ao
fluxo de ar que ele provoca.
A seguir são descritos alguns exemplos de procedimentos de segurança durante
as operações com helicópteros:
a) quando o mar estiver agitado, o piloto terá que manobrar o helicóptero com precisão
para poder arriar o cabo guia até o convés. E o barco deve manter o rumo com bom
governo e velocidade constante;
b) logo que os tripulantes tenham apanhado o cabo guia, o piloto afastará um pouco a
aeronave para diminuir o risco de se chocar com as antenas e mastros e deles se
manter afastado;
c) se o cabo guia for perdido e largado, a parte mais perigosa da operação terá que ser
repetida;
d) a tripulação do barco terá que lembrar que o barulho do vento e do rotor prejudicará
a comunicação oral, tornando a mesma impossível. Também será difícil manter-se em
pé e os objetos não peados deverão ser perdidos no mar agitado, sendo importante
instruir os tripulantes sobre a ação desenvolvida, completando-se todas as operações
necessárias antes da chegada do helicóptero;
e) o helicóptero arriará primeiro o cabo guia. Devido ao acúmulo de energia estática do
helicóptero é necessário que o cabo guia toque na água para descarregar a
eletricidade antes de ser levado para o lugar que o piloto considere conveniente para o
resgate. A bordo do barco se recolhe o cabo guia, puxando-o na medida em que for
sendo arriado;
f) um dos tripulantes da embarcação deve ser destacado para tomar conta do cabo
guia, incumbindo-se de mantê-lo teso, desembaraçado e livre, evitando que fique
emaranhado no massame do barco. Um mergulhador é arriado no barco, numa área
onde possa descê-lo com segurança. Para isso é usado o cabo do guincho,
denominado cabo de sustentação. Chegando ao convés, ele passa a dirigir a operação;
g) a maca de resgate também é arriada pelo cabo de sustentação. Ela deve ser solta
do cabo, caso tenha que ser levada para onde se encontra o paciente. O operador do
guincho deverá recolher o cabo de sustentação de forma a mantê-lo livre e
73
desembaraçado, até que o paciente seja colocado na maca na posição para o
içamento;
h) um homem deverá manter safo o cabo guia durante todo o tempo da operação,
enquanto o helicóptero espera o término dos preparativos para o içamento e afastado
um pouco do barco;
i) se o paciente estiver envolto em cobertores, estes deverão ser amarrados, para que
não voem com o vento provocado pelo rotor do helicóptero;
j) quando tudo estiver pronto, o mergulhador dará o sinal de içamento. Deve-se cuidar
para que a maca não fique presa em alguma parte da embarcação;
k) o cabo guia é usado para assegurar a estabilidade da maca durante o içamento;
l) quando o mergulhador deixar o convés, é importante que o cabo guia esteja livre
para ser largado sob mão até o chicote, ou lançado ao mar; e
m)nesta ocasião já passou uma hora e meia desde que foi feito o pedido de socorro.
Mas o helicóptero ainda voará uma hora até chegar ao hospital. Neste caso, com 100
milhas de distância entre a costa e o barco, serão ocorridas duas horas e meia entre a
emissão do pedido de socorro e a chegada do paciente ao hospital.
74
8 COMUNICAÇÕES
75
Figura 19 - Sinais de pouso para a orientação de pequenas embarcações
com tripulantes ou pessoas em perigo.
76
Figura 20 - Sinais a serem empregados juntamente com
a utilização de equipamentos de salvamento em terra.
78
Figura 24 - Procedimentos executados por uma aeronave.
79
Com exceção dos SRU, normalmente as embarcações não podem se comunicar
em 3023 e em 5680 KHZ, nem em 121,5 e 123,1 MHZ.
As seguintes frequências podem ser utilizadas para estabelecer comunicações
seguras entre embarcações e aeronaves, quando existir equipamentos compatíveis:
a) 2182 KHZ: as embarcações, principalmente as embarcações de pesca e quase
todos os navios, são equipados para utilizá-la; algumas aeronaves de transporte
podem transmitir em 2182 KHZ e as aeronaves destinadas às operações SAR
marítimas são obrigadas a dispor dessa freqüência a bordo; as aeronaves podem ter
dificuldade para chamar embarcações em 2182 KHZ, uma vez que normalmente as
embarcações guarnecem essa frequência através de meios automáticos, sendo
alertados quando é transmitido o sinal de alarme do radiotelefone;
b) 4125 KHZ: pode ser utilizada pelas aeronaves para se comunicar com navios, por
motivos de segurança e socorro; alguns navios podem não possuir esta freqüência; se
uma aeronave precisar do auxilio de um navio, as autoridades SAR podem informar a
situação aos navios que se encontrarem nas proximidades e solicitar a eles que, se
possível, mantenham uma escuta na frequência de 4125 KHZ;
c) 3023 e 5680 KHZ: são frequências para radiotelefonia em HF, para comunicações
SAR na cena de ação; as aeronaves designadas para o serviço SAR e a maioria das
aeronaves civis que possuem equipamentos de HF podem operar nestas freqüências;
elas também podem ser utilizadas por navios e CRS em operações coordenadas;
d) 121,5 MHZ AM: esta é a frequência aeronáutica internacional de socorro; todas as
aeronaves designadas SAR e aeronaves civis conduzindo equipamento operam em
121,5 MHZ; ele pode também ser usado por estações terrestres ou embarcações para
uso de segurança; todas as aeronaves devem guarnecer esta freqüência se as tarefas
da cabine de uso e as limitações dos equipamentos permitirem;
e) 123,1 MHZ AM: esta é a frequência aeronáutica para as comunicações na cena de
ação, que pode ser utilizada em conjunto pelas aeronaves e embarcações
empenhadas em operações SAR;
f) 156,8 MHZ FM: esta é a frequência marítima de socorro (canal 16), existente na
maioria dos navios e de outras embarcações. Normalmente as aeronaves civis não
possuem rádios que possam utilizar esta freqüência, mas algumas aeronaves que
voam regularmente sobre a água possuem normalmente em equipamentos portáteis;
as aeronaves designadas para serviços SAR devem ser capazes de utilizar esta
frequência para se comunicarem com embarcações em perigo e para auxiliar
embarcações.
80
8.3 Sinais de vetoramento de uma aeronave
Um navio pode auxiliar uma aeronave transmitindo um sinal rádio para indicação
de direção, ou fornecer um rumo a ser seguido por ela, com base em marcações radar
ou radiogoniométricas obtidas pelo navio. No período diurno, um navio pode produzir
fumaça negra, navegar em alta velocidade para formar esteira, ou utilizar outros meios
para atrair visualmente a atenção. À noite, podem ser utilizadas granadas iluminativas,
holofotes, sinais pirotécnicos luminosos, luzes do convés ou luzes que iluminem a
água.
81
a) transmissão de alertas de socorro navio-terra, pela utilização de pelo menos duas
vias independentes, cada qual utilizando um canal de rádio comunicação diferente;
b) recepção de alertas de socorro terra-navio;
c) transmissão e recepção de alertas de socorro navio-navio;
d) transmissão e recepção de comunicações necessárias à coordenação das
operações de busca e salvamento (navio-terra-navio);
e) transmissão e recepção de comunicações na cena de ação (navio-navio);
f) transmissão e recepção de sinais destinados à localização de navios em perigo em
caso de naufrágio, de suas embarcações de salvamento (navio-navio);
g) transmissão e recepção de informações de segurança marítima (MSI) (navio-terra-
navio);
h) transmissão e recepção de rádio comunicações de caráter geral (navio-terra-navio);
i) transmissão e recepção de radio comunicações passadiço-passadiço.
84
A EPIRB apresenta também a vantagem do tempo de vida de 48 horas, ao invés
de 40 minutos e precisão de cerca de 2 milhas náuticas; se acoplados ao equipamento
GPS, a precisão pode chegar a 100 metros.
Os Centros de Controle da Missão (MCC) são os responsáveis pela coleta,
armazenagem e seleção de dados recebidos dos LUT e envio das mensagens de
alerta para outros MCC, observando um formato padronizado. Esses centros também
analisam a ambiguidade da posição do alerta, verificam a responsabilidade pela área
SAR e integram outras informações, reduzindo as possibilidades de serem
desencadeadas operações SAR devidas a alarmes falsos.
Qualquer embarcação dotada de equipamentos compatíveis com o GMDSS
deve utilizá-los de maneira adequada e deve estar sempre preparada para receber
alertas de perigo através deles.
Os navios devem manter comunicação com a embarcação ou aeronave em
perigo enquanto tenta informar a situação ao sistema SAR.
Deve ser informado à aeronave ou embarcação em perigo a sua identificação,
nome, indicativo de chamada, posição, velocidade e ETA ao local do sinistro e ao
mesmo tempo procurar usar de todos os meios disponíveis para acompanhar a posição
da embarcação ou aeronave em perigo.
85
9 SINISTRO COM AERONAVE NO MAR
86
vôo, deve ser dado um adestramento nas seguintes atividades ao pessoal que
desempenha as funções de observador:
a) tempo de vôo suficiente para possibilitar familiarização com a aeronave, com o
terreno e áreas semelhantes, conhecimento dos procedimentos de busca visual diurnos
e noturnos; obtenção da capacidade de detectar, do ar, objetos em condições
uniformes durante longos períodos de tempo; e
b) conhecimento do aspecto, visto do ar, de destroços de aeronaves e marcas
relacionadas com eles, balsas salva-vidas, embarcações salva-vidas, rastros de
marcadores corantes, pessoa na água e conhecimento dos procedimentos de
lançamento de suprimentos.
A exibição de filmes fotográficos ou a distribuição de uma descrição dos
procedimentos gerais para os observadores podem prepará-los para as suas funções,
quando da dificuldade de adestramento em voo.
O “apêndice C” do IAMSAR, destacado na tabela a seguir, trata dos fatores
que afetam a eficácia do observador.
87
Em voo, a visão é afetada por:
vibrações
condições atmosféricas
luminosidade intensa
iluminação
distorção do para-brisa
linhas gerais da aeronave
temperatura da cabine
suprimento de oxigênio
forças de aceleração
O mais importante é que o olho é vulnerável aos caprichos da mente:
só podemos “ver” e identificar o que nossa mente permite que vejamos.
Um problema inerente ao olho é o tempo necessário para a acomodação ou para focalizar
novamente:
os olhos se acomodam automaticamente para focalizar objetos próximos ou distantes, mas
podem levar de um a dois segundos para alternar o foco de alguma coisa que esteja próxima
para alguma coisa que esteja longe.
Outro problema relativo à focalização ocorre normalmente quando não há nada específico em
que focalizar, o que acontece à noite, em elevadas altitudes, mas também em níveis mais baixos,
principalmente sobre águas calmas e sobre uma superfície de neve contínua e uniforme.
Para aceitar realmente o que vemos, precisamos receber as informações fornecidas por ambos
os olhos.
se um alvo for visível para apenas um olho e estiver oculto do outro por um obstáculo, a
imagem total fica embaçada e nem sempre é aceitável para a mente.
os observadores devem mover suas cabeças quando estiverem fazendo uma varredura em
torno de obstáculos.
Embora os olhos recebam raios de luz provenientes de um amplo arco de visão, eles estão
limitados a um estreito campo de visão, no qual podem focalizar e classificar um objeto.
os movimentos nas extremidades desse arco de visão podem ser percebidos, mas não
identificados, porque a mente tende a não acreditar no que a visão periférica detecta, o que
resulta numa visão tipo “túnel”.
é preciso que haja movimento ou contraste para atrair a atenção dos olhos.
O olho é também fortemente limitado pelo meio ambiente.
88
Apêndice C – Fatores que Afetam a Eficácia do Observador
as propriedades óticas da atmosfera alteram o aspecto dos objetos, principalmente em dias
em que haja neblina ou nevoeiro.
a luminosidade intensa, pior num dia ensolarado, faz com que seja difícil ver os objetos e torna
desconfortável a varredura visual.
um objetivo que faça um grande contraste com o fundo será mais fácil de ver, enquanto que
poderá ser impossível ver, à mesma distância, um que faça um pequenos contraste.
quando o sol está atrás do observador, um objeto pode aparecer nitidamente, mas olhando
contra o sol, o clarão algumas vezes impedirá que o objeto seja visto.
Como os observadores tendem a superestimar suas capacidades visuais, a melhor maneira de
realizar uma busca visual eficaz é aprender as técnicas de uma eficiente varredura visual.
Técnica de Varredura Visual
Pode ser estabelecido antecipadamente um sistema no qual cada observador faça a varredura num
setor, com uma superposição suficiente para assegurar que um objeto não passe desapercebido.
Uma varredura visual eficaz é feita através de uma série de movimentos curtos e regularmente
espaçados do olho, que colocam sucessivas áreas do terreno, ou da água, no centro do campo
visual.
Cada movimento não deve ser maior do que 10º.
Cada área deve ser observada durante pelo menos dois segundos (mais o tempo para focalizar
novamente a visão, se necessário).
Embora muitos observadores prefiram fazer movimentos horizontais para um lado e para o outro,
cada observador deve descobrir qual o padrão de varredura que acha mais confortável e, em
seguida, segui-lo.
Dois padrões eficazes de varredura visual consistem num sistema de “blocos”.
a área de visão (pára-brisa) é dividida em segmentos e o observador varre metodicamente,
procurando o objetivo da busca em cada bloco, numa ordem sequencial.
Método de varredura visual de lado a lado:
começar pela extremidade esquerda da área visual;
fazer uma verredura metódica para a direita;
fazer uma breve pausa em cada bloco de visão para focalizar os olhos; e
ao término da varredura, repetir o procedimento.
Método de varredura visual da frente para os lados:
começar pelo bloco central do setor de busca designado;
fazer um movimento para a esquerda;
focalizar brevemente os olhos em cada bloco;
voltar rapidamente para o centro, após chegar ao último bloco da esquerda;
repetir o procedimento para a direita; e
voltar rapidamente para o centro, etc.
Tabela 9 - Apêndice C do IAMSAR. (Continuação)
89
Apêndice C – Fatores que Afetam a Eficácia do Observador
Nota: O piloto de uma aeronave de busca deve, ao término de uma varredura visual olhando
para fora da aeronave, olhar para o painel de instrumentos e, em seguida, repetir a varredura
externa. (O piloto deve sentir a necessidade de focalizar novamente a vista após observar os
instrumentos.)
Os observadores laterais de uma aeronave devem fazer a varredura visual de baixo para cima e,
em seguida, de cima para baixo, para evitar períodos de focalização maiores e deixar que o
movimento da aeronave para vante desloque o seu campo de visão ao longo da trajetória.
90
d) condições atuais do tempo.
92
Tabela 10 - Escala Beaufort.
93
i) a melhor proa para o pouso forçado na água. A figura a seguir mostra um pouso
realizado paralelamente ao marulho. É a melhor proa para um pouso forçado na água.
É preferível pousar na parte mais elevada, ou na parte de trás do marulho.
Normalmente a melhor proa para um pouso forçado na água é paralela ao sistema de
marulhos primários e na direção do sistema de marulhos secundários. A próxima
melhor escolha é paralela ao sistema secundário de marulhos e na direção do sistema
primário de marulhos. A escolha entre as duas opções depende de verificar quem
apresentará a maior componente a favor do vento. A tentativa de pouso com o vento
incidindo sobre o lado oposto à porta dos passageiros, pois deixar esse lado abrigado
pode tornar mais fácil a abertura da porta e a subsequente saída dos passageiros;
j) o pouso contra a face do marulho, ou com ângulo inferior 35° primário, a menos que
a intensidade do vento na superfície tenha uma percentagem apreciável de velocidade
de estol (perda da sustentação) da aeronave, na configuração para pouso forçado na
água;
Na análise dos ventos de zero a 25 nós, deve-se ignorar a componente
transversal do vento e pouso paralelo ao marulho primário, utilizando a proa que
apresentar a maior componente contra o vento. Se houver um marulho secundário
acentuado, pode ser desejável pousar na direção do sistema secundário de marulhos e
aceitar algum componente do vento na cauda.
Nos ventos acima de 25 nós, pode-se escolher uma proa que não seja nem
paralelo ao marulho (uma vez que a componente transversal do vento pode fazer com
que o controle fique inaceitável com baixas velocidades no ar), nem contra o vento
(porque a redução da velocidade no solo devida ao vento de proa não compensará a
desvantagem de pousar contra o marulho). É indicado realizar um pouso com a proa
formando um ângulo contra a direção do vento e do marulho primário, aceitando uma
componente do vento transversal tão maior quanto maior for o marulho e uma
componente de vento de proa tão maior, quanto mais intenso for o vento, tendo em
vista a velocidade de estol do avião. Ao pousar paralelamente a um sistema de
marulho, é melhor pousar na crista do marulho. É aceitável pousar no seu lado
posterior, ou no intervalo entre os marulhos. Deve ser evitado pousar na face do
marulho. Se forçado a pousar no marulho, o toque deve ser feito imediatamente após a
passagem da crista.
94
Figura 28 - Pousando no lado posterior de um marulho.
k) a guinada da proa deve ser feita para onde for realizado o pouso forçado na água e
depois efetuada a descida. Os flaps devem estar aplicados ao máximo. O trem de
pouso deve ser mantido recolhido;
l) quando em baixa altitude, deve-se reduzir a velocidade para o toque- 5 a 10 nós
acima da velocidade de estol;
m) deve ser utilizada a força dos motores, ou turbinas, para manter uma razão de
descida mínima (não mais do que 300 pés por minuto) e a aproximação mantendo uma
atitude de nariz elevado a 10°. A energia cinética a ser dissipada e a consequente
desaceleração aumentam com o quadrado da velocidade no momento do toque.
Quando se está sobre águas calmas ou à noite, é muito fácil avaliar mal a altura sobre
a água. Esta técnica reduz ao máximo a probabilidade de fazer uma má avaliação da
altitude, estolar o avião e entrar numa atitude desastrosa, com nariz pra baixo. O uso
adequado da potência dos motores ou turbinas, durante a aproximação, é
extremamente importante;
Havendo potência disponível só para um dos lados, deve ser aplicada uma
ligeira potência para suavizar a aproximação. É necessário obter um compromisso
entre a necessidade de fazer com que o impacto na água seja o mais lento possível e a
perda de controle que pode ocorrer com a súbita aplicação de uma potência
desequilibrada, a uma velocidade próxima de estol;
n) a escolha de um ponto para o toque na água. O piloto deve observar a superfície da
água à sua frente. Sombras e carneiros muito próximos indicam que o mar está
quebrando e agitado. Deve ser evitado o toque nessas áreas. O toque deve ser feito
numa área (são necessárias cerca de 150 metros) em que não sejam tão numerosas
as sombras e os carneiros;
o) o corte no motor e a escora para o impacto. A manutenção da velocidade no ar de 5
a 10 nós acima da velocidade de estol, não pousando bruscamente. A manutenção da
potência nos motores, ou nas turbinas, até que a cauda toque a superfície da água, se
isto for necessário, para manter uma atitude adequada de nariz elevado. Mantendo as
asas elevadas;
95
p) a evacuação da aeronave deve ser a mais rápida possível, após haver cessado todo
o movimento. Os passageiros devem permanecer presos aos seus assentos, até que a
entrada de água no avião se houver alguma, tenha sido eliminada, para evitar que
sejam arrastados pela cabine adentro. Os helicópteros tendem a emborcar, exceto em
águas muito calmas, mesmo se forem dotados de dispositivos de flutuação. Para evitar
a desorientação, os ocupantes devem identificar uma referência e continuar seguindo-
a, até que estejam prontos para sair da aeronave;
Os coletes salva-vidas não devem ser inflados até que seus utilizadores estejam
fora da aeronave.
q) ninguém deve operar uma aeronave em longas operações sobre a água, sem que
possua os equipamentos específicos, quais sejam:
um colete salva-vidas dotado de uma luz para localização e um apito para cada
pessoa a bordo;
balsas salva-vidas em número suficiente para acomodar todos os ocupantes da
aeronave;
pelo menos um aparelho lançador de sinais pirotécnicos para cada balsa salva-
vidas;
um ELT do tipo de sobrevivência, com baterias adicionais;
um estojo de primeiros socorros presos a cada balsa salva-vidas necessária; e
uma roupa de imersão, se for justificada a sua necessidade e se a aeronave for
adequada para usá-la.
96
10 PLANEJAMENTO E CONDUÇÃO DA BUSCA
h) recomendar ao SMC para liberar os meios que não sejam mais necessários;
i) informar ao SMC a quantidade de sobreviventes e os seus nomes.
j) fornecer ao SMC os nomes dos meios que estiverem com os sobreviventes a bordo
e as funções que lhes foram atribuídas;
k) informar quais os sobreviventes que se encontram em cada meio;
l) quando necessário, solicitar ao SMC um auxílio adicional (por exemplo: evacuação
médica de sobreviventes gravemente feridos);
97
m)eventualmente o OSC pode designar um ACO, se não por possível ser designado
por um SMC;
n) o ACO é normalmente subordinado ao SMC e coordena em íntima ligação com o
OSC; e
o) normalmente, o SMC ou o OSC, dependendo da situação, permanece como
encarregado geral.
98
Tabela 11 – Siglas empregadas na conduta e execução dos padrões de busca. (Continuação)
FM Modulação de freqüência
fw Fator de correção do tempo
GES Estação terrestre no solo
GHZ Gigahertz
GMDSS Sistema marítimo global de socorro e segurança
GPS Sistema de posicionamento global
GS Velocidade no solo
Gt Arqueação bruta
HF Alta freqüência
ICAO Organização Internacional de Aviação Civil
IFR Regras de vôo por instrumentos
IMC Condições meteorológicas de voo por instrumentos
IMO Organização Marítima Internacional
IMSO Organizador Internacional de Satélites Móveis
Inmarsat Provedor de serviço de comunicação via satélite para o GMDSS
INTERCO Código internacional de sinais
JRCC Centro combinado (aeronáutico e marítimo de coordenação de salvamento)
KHz Quilohertz
kt Nó (milha náutica por hora)
LCB Linha de marcação constante
LES Estação terrestre em terra
LKP Última posição conhecida
LUT Terminal local do usuário
LW Abatimento
m Metro
M/V Embarcação mercante
MCC Centro de controle da missão
MEDEVAC Evacuação médica
MÉDICO Assessoria médica, normalmente prestada pelo rádio
MF Frequência intermediária
MHz Megahertz
MRO Operação de salvamento de massa
MSI Informação de segurança marítima
NBDP Impressão direta de banda estreita
NM Milha náutica
OSC Coordenador na cena de ação
PIW Pessoa na água
PLB Rádio transmissor localizador pessoal
99
Tabela 11 – Siglas empregadas na conduta e execução dos padrões de busca. (Continuação)
POB Pessoas a bordo
PS Busca em varreduras paralelas
R Rádio de busca
R/T Radiotelefonia
RANP Plano de navegação aérea regional
RCC Centro de coordenação de salvamento
RSC Subcentro de salvamento
RTG Radiotelegrafia
RTT Radioteletipo
S Espaçamento entre trajetórias
S/V Embarcação a vela
AR Busca e salvamento
SART Transponder radar de busca e salvamento
SC Coordenador de busca e salvamento
SES Estação terrestre a bordo de navio
SITREP Relatório da situação
SMC Coordenador da missão de busca e salvamento
SOLAS Salvaguarda da Vida Humana no Mar
SRR Região de busca e salvamento
SRS Sub-região de busca e salvamento
SRU Unidade de busca e salvamento
SS Busca em quadrados crescentes
SSB Faixa lateral única
SU Unidade de busca
T Tempo de busca disponível
T Rumo verdadeiro
TAS Velocidade verdadeira no ar
TS Busca em linha de trajetória
TSN Busca em linha de trajetória, sem volta
UHF Ultra alta freqüência
UTC Tempo universal coordenado
V Velocidade no solo da instalação SAR
VFR Regras de voo visual
VHF Muito alta freqüência
VMC Condições meteorológicas visuais
VS Busca em setores
WT Radiotelégrafo
100
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
Movimento de um objetivo procurado na água,
Abatimento causado pelo vento soprando contra sua
superfícies expostas.
Um alerta de perigo, que não seja um teste
apropriado, transmitido por equipamentos de
Alarme falso comunicações destinados a enviar sinais de
alerta, quando não existe realmente uma
situação de perigo.
Informação, transmitida por qualquer meio, de
Alerta de perigo que existe uma situação de perigo e que o
auxílio é necessário.
Um alerta de perigo recebido de qualquer fonte,
inclusive de equipamentos de comunicações
destinados a enviar sinais de alerta, quando na
Alerta falso
realidade não existe qualquer situação de perigo
e quando, portanto, não deveria ter sido enviada
qualquer comunicação de perigo.
Um sistema mundial de informação de navio
Amver
para busca e salvamento.
Distância a que as ondas são levadas por um
Avanço vento soprando numa direção constante, sem
qualquer obstáculo.
Uma operação normalmente coordenada por um
centro de coordenação de salvamento, ou por
Busca um subcentro de salvamento, utilizando o
pessoal e os meios disponíveis, para localizar
pessoas em perigo.
Cena de ação A área de busca, ou o próprio local do acidente.
Unidade responsável por promover uma
organização eficiente dos serviços de busca e
Centro de coordenação de salvamento (RCC) salvamento e por coordenar a realização das
operações de busca e salvamento numa
determinada região de busca e salvamento.
Uma técnica, utilizando códigos digitais, que
possibilita que uma estação rádio estabeleça
Chamada seletiva digital (DSC) contato com outra estação, ou grupo de
estações, e transfira informações para essa
estação, ou grupo de estações.
101
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
Comandante de um navio, piloto no comando de
uma aeronave, comandante de um navio de
Comandante
guerra, ou operador de qualquer outra
embarcação.
Uma pessoa ou uma equipe que coordena o
emprego de várias aeronaves em operações
Coordenador de aeronaves (ACO)
SAR em apoio ao coordenador da missão SAR e
ao coordenador da cena de ação.
Pessoa designada para coordenar as operações
Coordenador na cena de ação (OSC)
de busca numa determinada área.
Pessoa temporariamente designada para
Coordenador da missão de busca e salvamento
coordenar a reação a uma situação de perigo
(SMC)
real ou aparente.
Corrente de água gerada pela ação do vento
Corrente de vento atuando sobre a superfície da água num
determinado período de tempo.
Um ponto geográfico, uma linha ou uma área
Datum utilizada como referência no planejamento de
uma busca.
Movimento de um objetivo da busca, causado
Deriva
por forças ambientais.
Direção de onde está se deslocando o marulho.
A direção contrária ao sentido de deslocamento
Direção do marulho
do marulho é denominada direção contrária do
marulho.
Direção de onde vem o movimento das vagas,
Direção das vagas, do marulho ou do mar
do marulho ou do mar.
Direção do vento Direção de onde está soprando o vento.
Qualquer veículo aéreo, marítimo de superfície
Embarcação ou aeronave
ou submersível, de qualquer tipo ou tamanho.
Distância entre trajetórias de busca paralelas e
Espaçamento entre trajetórias (S)
adjacentes.
Designação marítima de uma estação do
Inmarsat instalada em terra, fazendo a ligação
Estação terrestre costeira (CES)
entre estações terrestres a bordo de navios, com
a rede terrestre de comunicações.
102
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
Um período durante um incidente SAR, no qual
uma instalação de SAR volta para a sua
Estágio de conclusão
localização normal e se prepara para uma outra
missão.
A face do marulho voltada para o observador. A
face posterior é a face mais afastada do
Face do marulho observador. Estas definições são válidas,
independentemente da direção do movimento do
marulho.
Redução anormal da temperatura interna do
Hipotermia corpo (perda de calor), devido à exposição ao ar,
ao vento ou a água fria.
Telegrafia automatizada, como a utilizada pelo
Impressão direta de banda estreita (NBDP)
sistema NAVTEX e pelo telex por rádio.
Um sistema de satélites geoestacionários para
serviços móveis de comunicação em âmbito
Inmarsat mundial e para apoio ao Sistema Global de
Socorro e Segurança Marítima e a outros
sistemas de comunicação de emergência.
Condições da superfície do mar, em decorrência
Mar
das ondas e do marulho.
Condições da superfície do mar decorrentes de
um sistema de ventos distante. Cada marulho
Marulho parece ser regular e uniforme, com uma
distância considerável entre as cristas
arredondadas.
O sistema de marulho que possui a maior altura
Marulho Principal
de crista de onda.
Pedido internacional de socorro transmitido por
MAYDAY
voz, repetido três vezes.
MEDEVAC Evacuação de uma pessoa por razões médicas.
Assessoramento médico. Troca de informações
médicas e do tratamento recomendado para
MÉDICO pessoas doentes ou feridas, em locais em que
esse tratamento não pode ser ministrado
diretamente por pessoal médico.
103
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
O sistema para a radiodifusão e recepção
automática de informação de segurança
NAVTEX
marítima através da telegrafia de impressão
direta em banda larga.
Serviços de busca e salvamento caracterizados
pela necessidade de uma resposta imediata a
um grande número de pessoas em perigo,
Operação de Salvamento de Massa (MRO)
quando a capacidade normalmente disponível
das Autoridades de busca e salvamento é
inadequada.
Sinal internacional de urgência utilizado em
radiotelefonia. Quando repetido três vezes,
PAN-PAN-PAN
indica a urgência do alerta, seguido da natureza
da urgência.
Mensagem normalmente elaborado pelo SMC,
destinada a transmitir instruções aos meios e
Plano de ação de busca
agências SAR que estão participando de uma
missão SAR.
Um plano das operações de salvamento,
normalmente elaborado pelo SMC, para ser
Plano de ação de salvamento
implementado pelo OSC e pelos meios que se
encontrarem na cena de ação.
Um ponto normalmente determinado pelo SMC,
Ponto de início de busca ( CSP ) no qual uma instalação SAR deve iniciar a sua
trajetória de busca.
Pouso forçado na água O pouso forçado de uma aeronave na água.
Direção horizontal para a qual está voltada uma
Proa
embarcação ou aeronave.
Um serviço do sistema intensificado de chamada
em grupo (ECG) Inmarsat, projetado
especificamente para a divulgação de
Rede de Segurança (SafetyNET)
informação de segurança marítima (MSI) como
parte do Sistema Global de Socorro e Segurança
Marítima (GMDSS).
Área de dimensões definidas, associada a um
centro de coordenação de salvamento, no
Região de busca e salvamento (SRR)
interior da qual são prestados serviços de busca
e salvamento.
104
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
A direção horizontal de viagem pretendida, de
Rumo
uma embarcação ou aeronave.
Operação para salvar pessoas em perigo e
atender às suas necessidades médicas iniciais,
Salvamento
ou a outras necessidades, e levá-las para um
local seguro.
Um sistema de satélites destinado a detectar
Sistema Cospas-Sarsat emissões de pedidos de socorro transmitidas
nas frequências de 121,5 MHz e 406 MHz.
Um serviço mundial de comunicações baseado
em sistemas automatizados, tanto de satélites
Sistema marítimo global de socorro e
como terrestres, destinado a fornecer alertas de
segurança (GMDSS)
perigo e a divulgar informações de segurança
marítima para marítimos.
Um sistema mundial de informações sobre
embarcações, para o serviço SAR, para
Sistema de Salvamento Automatizado de
manutenção da posição estimada e de outros
Embarcação por Assistência Mútua (AMVER)
dados relativos às embarcações mercantes que
participem voluntariamente.
Unidade subordinada a um centro de
coordenação de salvamento, estabelecida para
Subcentro de salvamento (RSC)
complementá-la de acordo com a determinações
das autoridades responsáveis.
Radiofarol aeronáutico de emergência, para
Transmissor localizador de emergência (ELT) enviar sinais de alerta e de orientação de
direção.
Um aparelho, normalmente levado a bordo de
embarcações, que transmite um sinal de alerta
Transmissor rádio indicador de posição de
às autoridades de busca e salvamento que
emergência (EPIRB)
possibilita que as unidades de salvamento
localizem a cena do acidente.
105
Tabela 12 - Termos e expressões empregados na conduta e execução dos padrões de busca.
Transponder para embarcações de
sobrevivência que, quando ativado através do
impulso de um radar próximo, envia
automaticamente um sinal. O sinal de
Transponder de busca e salvamento (SART)
interrogação aparece na tela do radar e fornece
a marcação e a distância do transponder ao
radar que o interrogou, para efeito de busca e
salvamento.
Unidade constituída de pessoal adestrado e
dotada de equipamentos adequados para uma
Unidade de busca e salvamento (SRU)
rápida realização de operações de busca e
salvamento.
Condições da superfície do mar causada pelo
vento no local e caracterizada pela
Vaga (ou encrespamento) irregularidade, pela curta distância entre as
cristas, pelas cristas brancas e pelo movimento
de quebra da vaga.
Velocidade de avanço do marulho, em relação a
Velocidade do marulho
um ponto fixo, medida em nós.
Velocidade na qual a aeronave está se
Velocidade verdadeira no ar (TAS) deslocando através da massa de ar. A TAS
corrigida do vento é a velocidade no solo.
107
A avaliação relativa deste componente, em relação ao navio assistente é uma
precaução que pode evitar sérios acidentes durante as operações de salvamento.
Os movimentos estimados da embarcação ou aeronave acidentada, ou da
embarcação de sobrevivência que definem o DATUM dependem da deriva. As duas
figuras apresentadas a seguir são utilizadas para calcular a deriva.
Cálculo da velocidade e direção de deriva, a partir das figuras a seguir.
108
f) a direção e a velocidade de deriva são a soma vetorial do abatimento e da corrente
de água total.
A distância de deriva é a velocidade de deriva multiplicada pelo intervalo de
tempo entre a hora do incidente ou a hora do último DATUM calculado e a hora do
início da busca. Ao final do transporte dessa distância é encontrado o datum.
110
Cálculos do setor de busca: tempo para terminar uma pernada (T) em minutos e
segundos.
Tabela 12 - Cálculos do setor de busca: tempo para determinar uma pernada (t)
em minutos e segundos.
111
Para as aeronaves de asa fixa, é difícil percorrer pernadas próximas ao DATUM,
se S for inferior a duas milhas náuticas.
112
Figura 34 - Busca em linha de trajetória com volta (TSR), e sem volta (TSN).
113
Figura 35 - Busca em varreduras paralelas (OS).
114
a velocidade do navio varia de acordo com a velocidade da aeronave e com o
tamanho do padrão. A relação entre a velocidade do meio de superfície, a
velocidade da aeronave, o espaçamento entre trajetórias e o comprimento das
pernadas de busca é determinada pela equação:
Vs = (S x Va) / (L+S) , onde:
Vs = é a velocidade do meio de superfície em nós;
S = é o espaçamento entre trajetórias em milhas náuticas;
Va = é a velocidade verdadeira, no ar da aeronave (TAS), em nós; e
L = comprimento da pernada de busca da aeronave, em milhas náuticas.
116
b) aumentar a área mais provável, após considerar a deriva adicional e realizar uma
busca nessa área aumentada;
c) aumentar mais a área numa direção do que na outra, dependendo da situação e das
informações disponíveis.
Pode-se também estabelecer uma nova área provável, com base em qualquer
informação adicional recebida. Numa informação que indique que o DATUM original
estava altamente impreciso é recomendado estabelecer uma nova área provável,
inteiramente nova. Um pequeno objetivo de busca que normalmente não é visto de dia,
pode-se tornar visível à noite, se exibir luzes ou pirotécnicos luminosos.
O OSC deve, portanto, considerar o emprego de embarcações de superfície à
noite, para realizar outra busca nas áreas cobertas durante o dia.
Ao procurar por sobreviventes numa pequena embarcação, numa embarcação
de sobreviventes, ou na água, é uma boa prática parar eventualmente as máquinas à
noite e, com visibilidade restrita, durante o dia, para procurar ouvir gritos de socorro.
10.10 Descrição dos procedimentos que devem ser tomados no caso de encontro
de vestígios
Em alguns casos, a busca pode fornecer indícios da embarcação ou aeronave
acidentada, sem que sejam encontrados sobreviventes. Esses indícios podem fornecer
informações para um novo cálculo do DATUM e para uma revisão da área de busca.
Um navio carregado ou uma aeronave semisubmersos, podem derivar mais
lentamente do que uma embarcação de sobrevivência flutuando, mesmo se esta
última estiver utilizando uma âncora flutuante.
Um derrelito pode derivar numa trajetória, formando um ângulo com a direção do
vento predominante. Quando forem localizados os destroços, eles normalmente
consistem em detritos, possivelmente com uma mancha de óleo. Se eles forem
provenientes da embarcação acidentada, normalmente a embarcação de sobrevivência
será encontrada a sotavento desses detritos.
Em alguns casos, entretanto, um navio pode ter sido abandonado algum tempo
antes de afundar. Neste caso, a embarcação de sobrevivência pode estar a barlavento.
117
Se for sabido, ou se houver suspeitos de que os sobreviventes estão na água, a área
para a qual eles podem ter sido levados pelo mar agitado também deve ser verificada.
118
Outras informações do Código Internacional de Sinais
Texto ou significado Grupos do Código
Estou (ou o navio está) encarregado de coordenar a busca. FR
Minha velocidade máxima é de ____ (número) nós. SJ
Não tenho radar. OI
Tenho um eco no meu radar, na marcação ____ e distância
ON
____ milhas.
Estou alterando rumo para ____. MI
Avistei a embarcação de sobrevivência na lat ____, long
____ (ou na marcação _____, distância ____ em relação a GH
____.
Localizei (ou encontrei) destroços de embarcação/aeronave
acidentada (Se necessário, a posição é indicada por lat
GL
____ e long ____, ou pela marcação ____ e distância ____
de um local especificado.
A direção e velocidade de deriva estimadas da embarcação
FP
de sobrevivência são ____ graus e ____ nós.
Desejo estabelecer comunicações por radiotelefonia em
YY
VHF no canal indicado.
A não ser que haja uma hora especificada no texto, cada navio deve se deslocar
como necessário para atender ao propósito da mensagem, no momento em que
recebê-la. Se a situação exigir que o OSC determine aos navios participantes de um
padrão de busca que realize uma grande alteração de rumo (algo além de 90°), antes
de demandar a nova área, é desejável que essa alteração seja feita em duas etapas.
O SITREP é um relatório periódico da situação enviado ao SMC. O formato
padrão de SITREP pode ser encontrado no Apêndice “D” do IAMSAR, volume III – Os
SITREP devem incluir as seguintes informações como mínimas:
a) condições do tempo e estado do mar;
b) resultados da busca até aquele momento;
c) quaisquer providências tomadas;
d) quaisquer planos futuros de recomendações.
O relatório inicial da apresentação é enviado pelas SRU’s aéreas ao ACO
quando estiverem entrando na área de uma missão de busca e salvamento, contendo:
a) indicativo de chamada;
119
b) nacionalidade;
c) tipo (especificar se é aeronave de asa fixa ou helicóptero, informando tipo);
d) posição;
e) altitude (na pressão ajustada que estiver sendo utilizada);
f) ETA (no ponto ou na área de busca pertinente);
g) tempo de permanência na cena; e
h) observações (especificar os equipamentos ou as limitações.
O SMC também utiliza o SITREP para manter informados os seus superiores, os
outros RCC e RSC, e outras agências informadas.
Os SITREP iniciais devem ser transmitidos logo que os detalhes de um incidente
se tornarem suficientemente claros para indicar a necessidade de um envolvimento
SAR. Características:
a) não devem ser retardados, aguardando a confirmação de detalhes;
b) devem ser elaborados outros SITREP, logo que forem obtidas outras informações
pertinentes;
c) as informações já transmitidas não devem ser repetidas;
d) durante operações prolongadas, devem ser enviados SITREP de “sem alterações” a
intervalos de cerca de três horas, para reafirmar aos endereçados que eles não
deixaram de receber nada; e
e) quando o incidente estiver terminado, deve ser enviado um SITREP de “final” como
confirmação disso.
Cada SITREP de um mesmo acidente deve ser numerado sequencialmente.
Os SITREP feitos na cena de ação normalmente fornecem as seguintes
informações:
a) identificação;
b) situação;
c) ações empreendidas;
d) planos futuros; e
e) situação de ocorrência.
122
c) quando todas as ações de salvamento tiverem sido realizadas, o OSC deve
informar, imediatamente, a todos os meios de busca que a busca foi encerrada; e
d) o OSC deve informar o término da busca ao SMC e lhe fornecer os seguintes
detalhes:
nomes e destinos dos navios que estão levando os sobreviventes e as identidades e
o número de sobreviventes de cada um deles;
condições físicas dos sobreviventes;
se é necessária assistência médica;
o estado da embarcação ou aeronave acidentada e se ela representa um perigo à
navegação.
123
Mensagem:
No mar, tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a própria vida,
Que não se arme e se indigne o Céu Sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
( Camões. Os Lusíadas, canto I, 106 )
124
REFERÊNCIAS
BRASIL, Marinha do Brasil, Diretoria de Portos e Costas. Manual IAMSAR, Vol: III. Rio
de Janeiro: DPC, Edição 2008
125