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APOSTILA
MARINHA DO BRASIL
2019
OSTENSIVO EMN-010
MARINHA DO BRASIL
2019
FINALIDADE: DIDÁTICA
4ª REVISÃO
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
ATO DE APROVAÇÃO
FORTALEZA, CE.
Em 31 de outubro de 2019.
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto........................................................................................................................... II
Ato de Aprovação .....................................................................................................................III
Folha de Registro de Modificações (FRM) .............................................................................IV
Índice .........................................................................................................................................V
Introdução .............................................................................................................................VIII
CAPÍTULO 1 - PRINCIPAIS DIMENSÕES DE UM NAVIO E OS PROCEDIMENTOS
DE SEGURANÇA NAS FAINAS MARINHEIRAS
1.1 - Principais dimensões de um navio (comprimento - calado, boca e pontal) ..................1-2
1.2 - Deslocamento e velocidade............................................................................................1-5
1.3 - Principais partes de um navio........................................................................................1-6
1.4 - Qualidades técnicas de um navio...................................................................................1-8
1.5 - Classes e tipos de navios de Guerra de que dispõe a MB..............................................1-9
1.6 - Espias e fusíveis das espias..........................................................................................1-10
1.7 - Amarração....................................................................................................................1-11
1.8 - Fraseologia básica para manobras de espias.................................................................1-13
1.9 - Procedimentos de segurança nas fainas marinheiras...................................................1-14
CAPÍTULO 2 - EMBARCAÇÕES MIÚDAS
2.1 - Definições de Embarcações Miúdas ou Embarcações...................................................2-1
2.2 - Classificação das Embarcações Miúdas.........................................................................2-1
2.3 -Lanchas...........................................................................................................................2-1
2.4 - Embarcações de casco semirrígido................................................................................2-2
2.5 - Escaleres........................................................................................................................2-3
2.6 - Baleeiras e baleeiras salva-vidas....................................................................................2-3
2.7 - Botes..............................................................................................................................2-5
2.8 - Chalanas.........................................................................................................................2-5
2.9 - Aparelhos flutuantes rígidos..........................................................................................2-5
2.10 - Balsa salva-vidas inflável..............................................................................................2-6
2.11 - Guarnição de Embarcações Miúdas (a remo, a vela e a motor).....................................2-9
2.12 - Deveres de cada componente da guarnição.................................................................2-11
2.13 - Palamenta de uma Embarcação Miúda........................................................................2-11
2.14 - Principais precauções tomadas nas manobras com Embarcações Miúdas..................2-15
2.15 - Vozes de manobra nas embarcações a remo, inclusive no procedimento do Cerimonial
da MB....................................................................................................................................2-15
2.16 - Cerimonial nas Embarcações Miúdas..........................................................................2-17
2.17 - Uso das bandeiras-insígnias nas embarcações miúdas................................................2-17
CAPÍTULO 3 - APARELHO DE FUNDEAR E SUSPENDER
3.1 - Componentes do aparelho de fundear e suspender......................................................3-1
3.2 - Nomenclaturas das Âncoras. .......................................................................................3-1
3.3 - Tipos de Âncoras..........................................................................................................3-2
3.4 - Requisitos das Âncoras ...............................................................................................3-4
3.5 -Amarra..........................................................................................................................3-4
3.6 -Manilhas........................................................................................................................3-4
3.7 - Elos Patentes................................................................................................................3-5
3.8 - Paiol da amarra e arrumação da amarra.....................................................................3-10
3.9 - Máquina de suspender................................................................................................3-12
3.10 - Cabrestantes e Molinetes...........................................................................................3-12
OSTENSIVO -V- ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Apresentar aos alunos do Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa (C-FMN) os
conteúdos da disciplina de Arte Naval e Marinharia, cujos assuntos foram extraídos de
publicações de fácil compreensão, atendendo às exigências curriculares.
2 - APRESENTAÇÃO
Aos Aprendizes-Marinheiros (AM) é ministrado o conhecimento de Marinharia e Arte
Naval, que é o estudo dos aparelhos do navio, da sua manobra, dos utensílios marinheiros e
da Arte Naval. Esses conhecimentos irão capacitá-los a serem timoneiros de embarcações, a
conservarem e a executarem as fainas que lhes sejam designadas.
O Marinheiro tem que trabalhar em sintonia com toda a tripulação, mas, em especial,
com o Mestre, a quem é confiado o aspecto marinheiro do navio e o desempenho de todas as
fainas marinheiras, sejam em terra ou no mar. O sucesso das fainas é uma responsabilidade
de todos que as executam.
3 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em quinze capítulos, apresentados a seguir:
Capítulo 1 - Principais dimensões de um navio e os procedimentos de segurança nas
Fainas Marinheiras;
Capítulo 2 - Embarcações Miúdas;
Capítulo 3 - Aparelho de Fundear e Suspender;
Capítulo 4 - Aparelho de governo
Capítulo 5 - Mastreação;
Capítulo 6 - Massame e Poleame;
Capítulo 7 - Nós e voltas;
Capítulo 8 - Toques de apito;
Capítulo 9 - Execução dos serviços de limpeza e conservação;
Capítulo 10 - Execução de serviços de pinturas;
Capítulo 11 - Procedimentos de segurança na execução de fainas de convés;
Capítulo 12 - Procedimentos na montagem de toldos;
Capítulo 13 - Procedimentos com as espias;
Capítulo 14 - Defensas; e
Capítulo 15 - Pranchas de pintura.
5 - CLASSIFICAÇÃO
Esta apostila é classificada de acordo com o EMA-411 (Manual de Publicações da
Marinha) em: Publicação da Marinha do Brasil; não controlada; ostensiva; didática; e
manual.
CAPÍTULO 1
PRINCIPAIS DIMENSÕES DE UM NAVIO E OS PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA NAS FAINAS MARINHEIRAS
GENERALIDADES
Os homens do mar, há muitos séculos, vêm criando nomes para identificar as diversas
partes dos navios e de suas ações, que, pela repetição, tornaram-se costumes.
Naturalmente, muitas particularidades e expressões da tradição naval lembram, às
vezes, aspectos da vida doméstica ou de atividades em terra firme. Pertencemos, todos nós
que abraçamos a carreira do mar, a uma fraterna classe de costumes e tradições comuns.
Nesta disciplina, serão abordadas as principais dimensões e partes dos navios, o linguajar
marinheiro e as fainas de bordo.
A preocupação com a segurança envolve um amplo aspecto, desde o projeto do
ambiente de trabalho, o navio e da utilização de material de consumo aprovado até as técnicas
de manutenção de modo a possibilitar a adoção de normas e procedimentos capazes de criar e
manter condições de trabalho saudáveis e seguras a bordo.
A segurança do pessoal e do material merece atenção especial, seja durante a
realização de uma faina, adestramento, seja simplesmente, nos eventos de rotina em um navio
atracado ou navegando. Qualquer um que constatar que a segurança está ou pode vir a ser
ameaçada, deve comunicar o fato imediatamente ao mais antigo presente, para que tome as
providências cabíveis, que podem significar, até mesmo, a interrupção da faina ou exercício,
até que a situação de perigo seja afastada.
Os mesmos procedimentos de segurança devem ser empregados nas Organizações
Militares (OM) de terra, conforme as suas particularidades.
NOMENCLATURA DO NAVIO
1.1.1 - Comprimento
É a distância tomada do plano longitudinal, da proa à popa.
POPA PROA
Fig. 1.1 - Comprimento
1.1.2 - Calado
É a distância vertical compreendida entre a linha de base (fundo da embarcação) e a
superfície da água. O calado é marcado no costado, a vante (av) e a ré (ar), em ambos os
bordos da embarcação. Nos navios é marcada uma escala de calado a meio navio, na metade
do comprimento. O calado médio é a medida aritmética dos calados a vante e a ré em um
determinado instante. Toda embarcação possui os seguintes calados:
a) Máximo - é o de plena carga; e
b) Mínimo - é o da embarcação descarregada.
1.1.4 - Quilha
Peça disposta em todo o comprimento do casco, no plano diametral e na parte mais
baixa do navio. Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio, qualquer
que seja o seu tipo.
1.1.5 - Pontal
É a distância vertical medida do convés até um plano horizontal que passa pela quilha
da embarcação.
1.1.10 - Proa
É a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre
tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar.
Fig.1.8 - Proa
1.1.11 - Bico de proa
É a parte externa da proa de um navio.
1.1.12 - Popa
É a extremidade posterior do navio. Quase sempre, tem a forma exterior adequada
para facilitar a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido pelo navio em
seu movimento, a fim de tornar mais eficiente à ação do leme e do hélice.
Fig.1.9 - Popa
1.1.13 - Meia-Nau (MN)
Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. As palavras proa, popa e meia-
nau não definem uma parte determinada do casco, e sim uma região cujo tamanho é indefini-
do. Em seu significado original, o termo meia-nau referia-se à parte do casco próxima do pla-
no diametral, isto é, equidistante dos lados do navio.
1.1.15 - Través
Cada um dos lados de uma embarcação. É a direção normal ao plano longitudinal do
navio.
1.2.2 - Velocidade
É a distância percorrida pelo navio na unidade de tempo. É expressa em nós, que é o
número de milhas navegadas em uma hora. Uma milha marítima equivale a 1852 metros.
A velocidade depende da potência da máquina propulsora, do deslocamento do navio e
da forma exterior do casco. Permite ao navio de guerra evitar ou procurar o combate
conforme a sua conveniência e, assim, escolher a posição mais favorável para o emprego do
armamento.
1.3.1 - Superestrutura
Construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um a outro bordo e
cuja cobertura é, em geral, ainda um convés.
1.3.3 - Chapeamento
É o conjunto de chapas que compõem um revestimento ou uma subdivisão qualquer
do casco dos navios metálicos.
1.3.4 - Cavernas
Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que servem para
dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior.
1.3.5 - Costado
É o forro exterior da embarcação.
1.3.6 - Bochechas
São as partes curvas do costado de um bordo e de outro, próximas à proa. Conhecida
também como amura.
1.3.7 - Alheta
São as partes curvas do costado de um bordo e de outro na popa.
1.3.8 - Compartimentos
São assim denominadas as subdivisões internas de um navio.
1.3.9 - Anteparas
São as separações verticais que subdividem em compartimentos o espaço interno do
casco, em cada pavimento. As anteparas concorrem também para manter a forma e aumentar a
resistência do casco.
1.3.10 - Conveses
São os pavimentos de uma embarcação. Os conveses são numerados de acordo com
os pavimentos. Convés 01, 02, 03 e assim por diante.
1.3.13 - Tombadilho
Superestrutura na parte extrema da popa, acompanhada de elevação da borda.
1.3.14 - Borda-falsa
Parapeito do navio no convés, de chapas mais leves que as outras chapas do costado.
Tem por fim proteger o pessoal e o material que estiverem no convés, evitando que caiam ao
mar.
1.3.15 - Balaústre
Colunas de madeira, ferro ou outro metal, fixas ou desmontáveis, que sustentam o
corrimão da borda, ou os cabos de aço, ou as correntes que guarnecem a borda de um navio,
as braçolas das escotilhas, escadas, plataformas etc.
1.3.16 - Balaustrada
Conjunto de balaústres e correntes, cabos de aço ou vergalhões que os guarnecem.
1.3.17 - Portaló
Abertura feita na borda, ou passagem nas balaustradas, ou, ainda, aberturas nos cos-
tados dos navios mercantes de grande porte, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por
onde passa a carga leve. Há um portaló de bombordo (BB) e um portaló de boreste (BE), este
último considerado o portaló de honra nos navios de guerra.
1.6.5 - Buzinas
Peça de ferro ou outro metal, fixada na borda. São usadas para guiar as espias que
saem de bordo, não permitindo que corram sobre a borda e desgastem-se, com risco de aci-
dentar algum tripulante.
OSTENSIVO - 1 - 10 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
1.7 - AMARRAÇÃO
a) A manobra de passar as espias é a amarração do navio;
b) Diz-se que um navio está atracado quando está encostado a um cais ou a outro
navio. Quando um navio atraca a outro, diz-se que está a contrabordo deste;
c) As espias são de muita eficiência no auxílio às manobras de atracar e desatracar,
mas devem ser usadas com habilidade. Elas não devem sofrer lupadas, nem ter cocas; na popa
deve-se ter mais cuidado em colher o brando, para que as espias não sejam apanhadas pela
corrente de sucção dos hélices, se estes se movimentarem;
d) Uma amarração padrão é composta por 7 (sete) espias;
e) Além dos seus nomes, as espias devem ser designadas por números, o que é muito
importante, pois evita confusões, principalmente nas manobras de atracar e desatracar. Note-
se que não são os cabeços de bordo que têm números, mas as espias é que são numeradas
conforme sua posição relativa. Em cada amarração, o mesmo navio pode usar um número
maior ou menor de espias e, neste caso, os algarismos variam;
f) As espias são numeradas partindo da proa para a popa, de acordo com a sua saída
do navio em direção ao cais;
g) As espias são amarradas sempre pela alça ao cabeço do cais ou de outro navio.
Quando há necessidade de passar duas ou três espias ao mesmo cabeço, elas devem ser
amarradas de modo a permitir que qualquer uma delas seja retirada em primeiro lugar sem
interferir na outra, como mostra a figura abaixo;
OSTENSIVO - 1 - 11 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - 1 - 12 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
b) Alar de leva-arriba
Alar caminhando sem parar.
c) Alar de lupada
Alar aos puxões, com os intervalos necessários para que o pessoal mude a posição
das mãos ao longo do cabo.
e) Brandear
Significa folgar ou dar mais seio ao cabo que esteja tesado.
f) Colher o brando
Colher o excesso de espia, deixando-a sem brando.
g) Dar um salto
Folgar de forma rápida uma espia que se encontra aguentada ou sob tensão.
h) Dobrar a amarração
Duplicar o número de pernadas das espias que amarram um navio ao cais ou a outro
navio. Uma espia pode ser dobrada pelo seio ou se passando outra alça para o cabeço.
i) Encapelar
Passar a alça da espia pelo cabeço determinado.
j) Gurnir
Meter um cabo num gorne, olhal ou passá-lo num cabrestante ou num retorno.
OSTENSIVO - 1 - 13 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
k) Solecar a espia
Dar um brando à espia, aliviando o esforço.
OSTENSIVO - 1 - 15 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - 1 - 16 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
CAPÍTULO 2
EMBARCAÇÕES MIÚDAS
2.2.1 - Propulsão
Conforme a propulsão empregada, as embarcações miúdas podem ser: a motor, a vela,
ou a remos.
As embarcações de propulsão a motor, utilizadas nos navios podem ser do tipo motor
fixo (localizado no interior da embarcação) ou removível (localizado fora da embarcação,
como o motor de popa dos botes). Os motores fixos podem ser centrais, caso em que se
acoplam ao hélice através de um eixo longo; ou “de rabeta”, instalados no interior do casco,
na popa. Neste último caso, a embarcação não possui leme, e as mudanças de rumo são
obtidas mediante o giro do conjunto do hélice em torno de um eixo vertical (à semelhança dos
motores de popa).
2.3 - LANCHAS
São embarcações a motor, que exigem maior porte, construção mais resistente e casco
reforçado para suportar o peso e o esforço de propulsão dos motores. As lanchas recebem
nome especial conforme o tipo de serviço a que se destinam:
2.3.1 - Vedetas
Lanchas com cabine a ré, para uso dos Oficiais. São dotadas de grande velocidade.
2.5 - Escaleres
São embarcações, a remo ou a vela, de proa fina e popa quadrada. São particularmente
úteis para os serviços leves no porto, ou adestramento de pessoal. Possuem de 3 a 6 bancadas,
podendo ser:
De voga: dois remadores por bancada De palamenta: um remador por bancada.
2.7 - Botes
São escaleres pequenos, mas de formas cheias, isto é, têm uma grande boca em relação
ao seu comprimento. São embarcações de voga e comumente guarnecidas por dois remadores.
Destinam-se aos trabalhos leves no porto.
OSTENSIVO -2-4- ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
2.8 - Chalanas
São embarcações de proa e popa quadradas, borda baixa e fundo chato. Servem para os
serviços de pintura e limpeza da linha-d’água e do costado do navio. Possuem forquetas, mas
usualmente são impelidas por um remo livre.
2.10.1 - Modelos
Existem diversos modelos de balsas salva-vidas, que variam conforme o fabricante. A
maioria é para 15 pessoas, mas existem algumas maiores (para 20 ou 25 pessoas).
Normalmente, é acondicionada em casulos de fibra de vidro, de forma a ocupar reduzido
espaço a bordo, o que facilita seu emprego e instalação mesmo em navios de pequeno porte.
Os casulos são instalados em cabides próprios, nos conveses abertos. As balsas salva-vidas
são fabricadas de acordo com as normas da Organização Marítima Internacional (IMO) e
testadas para suportarem as condições de mar aberto por tempo indefinido, proporcionando
condições de sobrevivência para o número de pessoas de sua lotação.
2.10.2 - Dotação
As balsas salva-vidas contém:
Um par de remos Lanterna sinalizadora com pilhas
Bujões de vários diâmetros Bomba manual (para recompletar o ar)
Coletores de água Manta térmica
Âncora flutuante Aro flutuante
Material de primeiros socorros Refletor radar
Pirotécnicos (foguetes estrela vermelha
Esponjas (para remoção de água do
com paraquedas, fachos manuais
interior da balsa)
vermelhos e fumígenos laranja)
Instruções para sobrevivência e utilização
Ração líquida e sólida, para três dias
do kit da balsa
Espelho sinalizador diurno Kit para pesca
Facas (com ponta arredondada, para evitar Tabela de sinais de salvamento (para
danos à balsa) orientar a utilização dos pirotécnicos)
b) O motorista
É o responsável pela parte mecânica da embarcação.
c) Proeiro e popeiro
Auxilia o patrão nas manobras com a embarcação, bem como no aspecto
marinheiro.
OSTENSIVO - 2 - 10 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - 2 - 11 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
e) Extintor portátil
Deve ser do tipo indicado para incêndios classe B.
f) Pau de flâmula, pavilhões e da bandeira
Mastros destinados, respectivamente, à flâmula ou ao pavilhão e à bandeira
nacional. O pau da flâmula fica a vante e o da bandeira nacional, a ré.
g) Leme
Peça de madeira, utilizada no governo da embarcação, constituído de uma só tábua.
OSTENSIVO - 2 - 12 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
h) Boia salva-vidas
Deve haver uma, com retinida de recolhimento.
OSTENSIVO - 2 - 13 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
i) Farol
Destinado a iluminar a área próxima à lancha para facilitar a identificação ou
localização de um objeto. Também pode ser usado para sinalização.
j) Lanterna de luz branca
Uma lanterna com capacidade para 12 horas de iluminação, usada para auxiliar nos
serviços a bordo, também usada para sinalização.
k) Defensas
São trabalhos marinheiros feitos com cortiça granulada, pedaços de pano, pneus
velhos, feixes de lenha, sisal, couro, plástico ou borracha. São usadas temporariamente para
proteger o costado das embarcações por ocasião das manobras de atracação e desatracação.
Podem ser fixas e volantes:
Fixas: confeccionadas especialmente para fixação aos verdugos das lanchas.
Volantes: leves e de fácil manuseio, podem ser usadas por um homem com
facilidade.
l) Pirotécnicos
Conjunto de pirotécnicos (conforme estabelecido pela MB para a embarcação).
m)Equipamentos de salvatagem
Basicamente o mesmo existente nas balsas salva-vidas. As rações sólidas e líquidas
são dimensionadas em função da capacidade da lancha, a fim de permitir a sobrevivência de
seus ocupantes em caso de abandono. Deve ser conferida, com especial atenção, a validade de
tais itens.
n) Ancorote
Pequena âncora de tamanho apropriado com cabo de no mínimo 30 metros,
destinada a fundear a embarcação.
o) Kit de primeiros socorros
Constitui-se de uma caixa de primeiros socorros prevista para lanchas.
p) Equipamento elétrico estanque preparado para sinalização Morse
q) Bandeiras, pavilhões e flâmulas
São mastros destinados, respectivamente, para a flâmula ou o pavilhão e para a
Bandeira Nacional. As lanchas devem possuir Bandeira Nacional, flâmulas e pavilhões a
serem usados de acordo com o preconizado no Cerimonial da Marinha.
r) Luzes de navegação
OSTENSIVO - 2 - 14 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - 2 - 15 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
b) Remos a vante
O remador inclina o corpo para ré, segurando com as mãos no punho do remo, de
maneira que o remo fique obliquamente com o costado e a pá forme um ângulo de 30º de
vante para ré com a superfície da água.
c) Remar
Estando com os remos a vante, mergulham-se as pás dos remos na água, puxando
com as mãos no punho do remo ao mesmo tempo em que cai com o corpo para vante.
d) Arvorar remos
Parar de remar.
e) Punhos sobre a borda
Operação de puxar os remos para dentro da embarcação para que os remadores
descansem. Para desfazer a manobra, o patrão dirá “disparar remos”.
f) Cunhar remos
É utilizado para desencalhar uma embarcação. As pás ficam apoiadas no fundo
d’água com as hastes do remo inclinadas para vante ou para ré, as quais são impulsionadas
para baixo.
g) Ciar
Remar para trás.
h) Safar remos
Operação de prolongar os remos das forquetas com o costado, segurando-se pelo
punho para se safar de algum obstáculo. Quando os remadores estiverem na posição de
arvorar, a voz de manobra utilizada será “prolongar remos”.
i) Remos na água
Mergulhar as pás dos remos na água na posição vertical para quebrar o seguimento
da embarcação.
j) Remos ao alto
Colocar os remos na vertical com as pás para cima. Esta manobra é usada em normas
de continência: À Bandeira Nacional; Ao Presidente da República e Aos Oficiais Generais.
OSTENSIVO - 2 - 16 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
k) Punhos às cavernas
É puxar os punhos dos remos junto à sobrequilha, deixando-o com uma inclinação,
de maneira que os remos continuem dentro da forqueta. Esta manobra é utilizada para honras,
estando a embarcação coberta ou com remos presos por fiéis.
l) Levar remos (desfazer as manobras)
É a operação de recolher os remos à embarcação, retirando-os da água.
2.16 - CERIMONIAL À BANDEIRA NACIONAL NAS EMBARCAÇÕES MIÚDAS
As embarcações miúdas devem manter a Bandeira Nacional hasteada entre o pôr do
sol e 8h enquanto:
a) os navios mantiverem o embandeiramento içado, nos dias de gala;
b) conduzir o Presidente da República; Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
membros do Congresso Nacional; do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribu-
nal Militar; Ministro de Estado; Comandante da Marinha; Comandante do Exército;
Comandante da Aeronáutica; Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas;
Governador da Unidade da Federação onde estiver a embarcação; e o Almirantado.
c) em águas estrangeiras ou limítrofes internacionais, de dia ou de noite;
d) dirigir-se a navio estrangeiro ou nele permanecer atracada;
e) para os casos previstos para hasteamento à meia adriça, seguirá os procedimentos
adotados pelo navio-mãe; e
f) for assim determinado pela autoridade competente.
OSTENSIVO - 2 - 17 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
CAPÍTULO 3
APARELHO DE FUNDEAR E SUSPENDER
3.2.2 - Noz
Parte ligeiramente engrossada da haste, onde é enfiado o cepo.
3.2.3 - Cepo
Barra de ferro que é enfiada na parte superior da haste, perpendicularmente aos braços.
3.2.4 - Braços
São dois ramos que partem da extremidade inferior da haste. São curvos nas âncoras
tipo Almirantado.
3.2.5 - Cruz
Lugar de união da haste com os braços.
3.2.6 - Patas
Superfícies em forma triangular, ou aproximadamente triangular, localizada nas
extremidades dos braços.
3.2.7 - Unhas
Vértices exteriores da pata.
3.2.8 - Haste
Barra robusta de ferro, cuja extremidade mais grossa se une aos braços, tendo na outra
extremidade um furo para receber o cavirão, pino que prende o Anete.
3.2.9 - Orelhas
Os dois outros vértices da pata, sem ser a unha.
3.5 - AMARRA
Corrente especial constituída por elos com malhete (estai) utilizada para talingar a
âncora com que se aguenta o navio num fundeadouro. É constituída por elos com malhete e
liga a âncora ao navio, servindo, portanto, para arriá-la, fundeá-la e içá-la. As amarras de
pequena bitola, que se empregam nos ancorotes, chamam-se amarretas. As embarcações
pequenas podem empregar correntes (cadeia de elos sem malhete) ou cabo de aço ou ainda a
combinação dos dois.
3.7.3 - Tornel
Peça formada por um olhal, um parafuso com olhal, porca cilíndrica e contrapino. O
parafuso constitui um eixo em torno do qual gira o olhal. Permite a amarra girar em relação à
âncora. Usa-se um tornel em cada amarra, em posição tal que ele fique sempre fora do
cabrestante. Na amarra o olhal maior deve ficar para ré e o outro olhal para vante, isto é, para
o lado do ferro.
(37 metros)
Marca do 2º quartel - Um elo patente pintado de branco, entre quatro elos comuns
pintados de branco.
(74 metros)
Marca do 3º quartel -Um elo patente pintado de azul, entre seis elos comuns pintados de
branco.
(111 metros)
Nas amarras de tipo antigo, uma das extremidades de cada quartel termina com elo
sem malhete, para que nele possa gurnir o “U” da manilha de ligação dos quartéis. Nas
amarras modernas, cuja ligação é feita por elos tipo patente, todos os elos de cada quartel são
elos comuns, com malhete. Os elos sem malhete são reforçados, isto é, têm maior bitola que
os elos comuns da mesma amarra.
devem fundear em formatura, tendo em vista que pelo freio do cabrestante não se pode largar
o ferro em movimento instantâneo.
3.7.9 - Escovém
O escovém serve de passagem para a amarra e de alojamento para a âncora, se esta for
de tipo patente. Um escovém consta de:
a) Gola
Parte saliente do costado, feita de aço fundido.
b) Tubo
Feito de chapa de aço.
c) Beiço
Parte que sai do convés; feito de chapa de aço ou então fundido.
3.7.10 - Os locais da gola e do beiço mais sujeitos a desgaste são revestidos de solda dura. O
tipo usual nos navios de guerra é o chamado escovém curto, no qual o comprimento do tubo é
pouco maior que o comprimento da haste da âncora. A âncora, quando alojada, não deve ter o
anete acima do convés, nem deve ter as patas projetando-se mais alto que o convés, na proa. A
vantagem do escovém curto é alojar a âncora bem acima da linha-d’água, diminuindo a
possibilidade do mar de bater nas partes que se projetam para fora do costado, o que, além de
outros inconvenientes, faz lançar borrifos d’água sobre o castelo, nas altas velocidades. O
diâmetro mínimo do tubo do escovém deve ser “8d”, sendo “d” a bitola da amarra. Alguns
navios têm um recesso no costado, junto à gola do escovém, para alojar a cruz e as patas, de
modo que não haja partes projetadas fora do costado. Este recesso chama-se raposa.
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então presa com manilha. O gato de escape ou a manilha com que se fixa a amarra ao paiol
chama-se “malha” ou “braga” e deve ser mais forte que a manilha de ligação dos quartéis. Um
paiol alto e estreito é preferível a um baixo e largo, porque a amarra ao descer forma aduchas
irregulares e curtas.
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uma ou duas cobertas abaixo; esta disposição permite ainda maior proteção à máquina. Há
uma coroa de Barbotin para cada amarra.
3.10.2 - Molinete
Máquina destinada a manobras de içar e arriar o ferro, capaz de içar e arriar ambas as
amarras simultaneamente, ou cada uma separadamente. É o mais empregado nos navios
mercantes, porque nestes não é questão primordial reduzir as obstruções à artilharia, e sim,
aproveitar ao máximo o volume interior do navio para instalação de máquinas mais potentes e
maior volume nos paióis. Geralmente é duplo, ou seja, tem duas coroas e dois tambores de
manobra, montados no mesmo eixo horizontal. São construídos em um só bloco, isto é, todo
o equipamento é colocado sobre o mesmo jazente do convés (Jazentes – Chapas fortes,
cantoneiras, ou peças de fundição, onde assenta qualquer máquina, peça ou aparelho auxiliar
do navio).
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Fundos de pedra
Devem ser evitados pelos seguintes motivos:
- O ferro ou amarra pode se prender numa pedra;
- É difícil o unhamento do ferro; e
- O ferro pode se partir ao cair sobre as pedras, se for largado com grande velocidade.
3.12.1 – Generalidades
A manobra de fundear um navio é uma faina que requer estreita coordenação entre a
Estação de Manobra, a Estação da Proa e as Equipes de Navegação do Passadiço e do Centro
de Operações de Combate (COC).
Deve ser organizada de maneira que seus integrantes constituam uma equipe homo-
gênea, adestrada e capaz de realizar não só seu trabalho específico, mas também possuir o co-
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nhecimento necessário sobre as atividades conduzidas pelas demais estações, a fim de bem
compreender a manobra em seu conjunto.
A amarra, normalmente ligada ao ferro por uma manilha, é constituída por diversos
elos e dividida em quartéis.
3.12.2 – Definições
Chama-se fundear ou ancorar a manobra de lançar um ferro (âncora) ao fundo, para
com ele manter o navio seguro por meio de sua amarra.
Ancoragem é a ação de ancorar. Ancoradouro, ou fundeadouro, é o lugar onde os na-
vios podem fundear com segurança. O navio seguro com uma âncora ou ferro diz-se fundea-
do, ou ancorado; também se diz que está a um ferro ou sobre um ferro.
Suspender é içar o ferro, recolhendo a amarra, para o navio se mover ou navegar.
Garrar ou ir à garra é o que se diz quando o navio é levado pelo vento, maré ou cor-
rente, arrastando pelo fundo seu ferro ou a amarra, por não ter o ferro unhado, ou por ter sido
arrancado do fundo, ou por se ter partido a amarra.
Amarrar o navio no fundeadouro é tê-lo seguro com duas ou mais âncoras, diz-se,
então, que o navio está amarrado, ou em amarração. Também se diz que o navio está amarra-
do a um cais, a uma boia etc. quando está seguro por meio de amarra, viradores ou espias fi-
xas em terra em qualquer objeto próprio, ou a uma boia.
3.12.3 – Filame
É o comprimento da amarra fora do escovém, com o navio fundeado. O filame a ser
largado para um fundeio é em função da profundidade, das características da amarra e do
ferro, e das condições meteorológicas reinantes, como vento, corrente e estado do mar.
3.12.4 – Catenária
É a forma curva que a amarra toma com o navio fundeado ou amarrado, esta curva dá
a amarração alguma elasticidade, amortecendo qualquer choque brusco do navio sobre a
amarra e o ferro, principalmente em caso de mau tempo.
Relembra-se que o navio é mantido no ponto de fundeio pelo peso da amarra e não
apenas pelo ferro unhado no fundo.
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3.12.5 -Comunicações
As comunicações entre o passadiço e a proa devem funcionar perfeitamente, pois são
muito importantes para a coordenação da manobra com o ferro. Não há nada que prejudique
mais uma manobra do que mensagens enviadas de forma truncada ou errada. As mensagens
devem ser transmitidas de forma clara e utilizando a fraseologia padrão. O telefone da proa
tem que ser guarnecido por um telefonista bem adestrado.
Podem ser utilizados outros meios de comunicações em paralelo ao circuito telefônico
interno, entre o passadiço e a proa, tais como: megafones, sinais preestabelecidos e transcep-
tores portáteis (apenas para emergência ou falha no circuito principal).
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– Amarra dizendo para vante, para ré e para través – Quando estiver paralela
ou aproximadamente paralela a uma das direções abaixo:
– O ferro unhou.
– Navio portando (ou não portando) pela amarra – É quando o navio está exer-
cendo esforço (ou não está exercendo) sobre a amarra.
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CAPÍTULO 4
APARELHO DE GOVERNO
4.3 - LEMES
Aparelhos destinados ao governo de uma embarcação. Os lemes podem ser
compensados ou não compensados; e, quanto ao suporte, podem ser apoiados ou suspensos.
Os lemes não compensados são de construção mais simples e ficam em equilíbrio estável na
posição a meio. Têm a propriedade de mudar a posição rapidamente uma vez acionados. São
os mais usados atualmente.
c) Transmissão elétrica
Neste tipo são usados motores “self syncronous”, isto é, autossincronizados. O
sistema consta de dois motores elétricos de corrente alternada, sendo um transmissor,
comandado pela roda do leme, e um receptor, ligado ao mecanismo de controle do
servomotor. O transmissor, também chamado motor-piloto, recebe o movimento da roda do
leme por meio de contatos adequados e os transmite, por condutores elétricos, ao receptor; o
rotor do receptor segue exatamente, em velocidade e em quantidade de deslocamento angular,
o movimento do rotor do transmissor. A transmissão por meio de condutores elétricos permite
ainda maior flexibilidade da instalação do que a transmissão hidráulica. A transmissão elétrica
é muito empregada para servomotores hidrelétricos, com o motor receptor atuando
diretamente no mecanismo de controle da bomba hidráulica.
Esferas de BARLOW) e internamente, os ímãs permanentes. Tais ímãs não devem ter suas
posições alteradas; e
b) Capuchana
É uma peça de metal não magnético de formato aproximadamente esférico,
adaptada à parte superior da cuba. Tem, por finalidade, proteger a cuba da incidência direta
dos raios solares.
Portanto, o círculo (que tem 360º) ficou dividido em quatro partes iguais de 90º cada,
denominadas Quadrantes.
b) Quadrantes
I) NE (Nordeste) – 045º
II) SE (Sudeste) – 135º
III) SW (Sudoeste) – 225º
IV) NW (Noroeste) – 315º
Na figura acima, seguindo o sentido dos ponteiros do relógio, temos o objeto pela
bochecha de BE na MV de 135º.
O exemplo acima demonstra um farol marcado pela agulha giroscópica (sem
desvio), obtendo-se uma marcação verdadeira igual a 135º. Isso quer dizer que o ângulo
contado a partir da direção do norte verdadeiro até a linha imaginária (que parte do olho do
observador, passa pelo centro da rosa e atinge o farol), é igual a uno três cinco graus.
b) Marcação Relativa (MR)
É o ângulo horizontal contado de 000° a 360° no sentido horário, a partir da direção
da proa do navio até a direção do objeto marcado.
Na figura acima, seguindo o sentido dos ponteiros do relógio, temos o objeto pela
bochecha de BE na MR de 045º.
b) “A CAMINHO ___”
Comunicação feita pelo timoneiro, logo que conseguir se firmar no rumo ordenado,
com o leme praticamente a meio (ângulo do leme menor que 5°), seguido do rumo
estabilizado.
e) “QUEBRA A GUINADA!”
Carregar rapidamente o leme para o bordo oposto àquele que se achava carregado
até que a proa pare de guinar, trazendo-o, em seguida, a meio.
Exemplo: Oficial de Quarto - “TIMONEIRO, QUEBRA A GUINADA”.
Timoneiro - “QUEBRA A GUINADA”.
Oficial de Quarto - “CIENTE TIMONEIRO”.
f) “BOM GOVERNO!”
Quando se deseja chamar a atenção do timoneiro, pois o navio está fora do rumo.
Governar com cuidado, manter-se firme no rumo ordenado.
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CAPÍTULO 5
MASTREAÇÃO
g) Chapa de encapeladura
Aro de metal que abraça o mastro com olhais para os cabos.
h) Ninho de pega
Plataforma de cantos arredondados, que serve de piso para o vigia ou algum
homem que tenha necessidade de executar qualquer trabalho no mastro.
i) Pavés
Balaustrada que circunda o ninho de pega para resguardar as pessoas que ali se
encontram.
b) Mastro trípode
Tubo vertical de grande diâmetro, escorado por dois outros de menor diâmetro, um
de cada bordo, formando um tripé. Esse arranjo em tripé facilita a instalação das diversas
plataformas sobre uma base rígida, pois o mastro trípode dispensa o estaiamento. O acesso às
plataformas é feito por uma escada de degraus de ferro no interior do tubo maior.
As vergas de sinais têm extensão suficiente para que possam ser colocados os moitões
destinados às adriças de sinais, que são mais numerosas nos navios de guerra que nos
mercantes.
Quando a verga é grande, entre o terço e cada um dos laises há:
a) Amantilho
Cabo que serve para manter verticalmente a verga e a carangueja na posição.
b) Estribo
Cabo metálico que corre por baixo da verga, destinado ao apoio dos pés de quem
estiver trabalhando nela.
c) Andorinhos
Cabos verticais espaçados igualmente, que são fixados por baixo da verga, que
servem para aguentar o seio do estribo.
CAPÍTULO 6
MASSAME E POLEAME
6.1 - DEFINIÇÃO
6.1.1 - Massame
É o conjunto de todos os cabos empregados no aparelho do navio e compõe-se de
cabos fixos e cabos de laborar.
Quando for dada a medida de um cabo de fibra vegetal, sem especificar como ela foi
feita, entenda-se em polegadas de bitola.
II) Sisal
É encontrada nas folhas de uma planta sem caule, muito semelhante à do abacaxi.
O sisal é muito empregado como substituto da manilha na confecção dos cabos a bordo, pois
sua resistência à tração é 20% menos que a da manilha
6.4.2 - Polipropileno
A utilização do polipropileno no mercado de fios e cabos em geral deve-se às suas
excelentes propriedades mecânicas e ao seu baixo peso específico. Não se deve dizer que esta
fibra sintética seja exatamente um produto forte, mas apresenta grandes vantagens quando
empregada como cabo de reboque (shock line), pois flutua, facilitando a passagem do
dispositivo. Os cabos de polipropileno quase não absorvem umidade e, mesmo quando
molhados, são de fácil manuseio nas atracações, para emendas quando necessário ou mesmo
na confecção das mãos.
6.4.3 - Polietileno
A grande aceitação do polietileno no mercado consumidor deve-se a uma combinação
de propriedades químicas e físicas excelentes, quando esta fibra se apresenta em alta
densidade. Quanto mais alta a densidade de um polietileno e maior o seu peso molecular,
melhor será a resistência aos agentes químicos.
6.6.2 - Retinidas
São cabos de fibra sintética (linha de barca), empregados para passar as espias ou
outros objetos, de um navio para o outro ou para o cais. Em um dos chicotes, há uma pinha
cruzada ou de cesta. Dentro da pinha, existe um saco de areia ou uma bola de chumbo, que
recebe o nome de pandulho.
I) Retinida de manobra
Possui 35 m de comprimento e 6 mm de bitola, com pinha cruzada em uma das
extremidades e um pandulho no seu interior pesando de 300 g a 400 g. É empregada para
passar as espias do navio ao cais por ocasião da atracação.
Possui um pandulho com peso. Para lançar uma retinida, colhe-se 1/3 na mão de
arremesso e 2/3 na outra mão. Leva-se a mão de arremesso para ré e impulsiona para frente
com um movimento brusco, a fim de que a mesma atinja seu destino.
.
6.7 - ESTROPOS
Estropo é um pedaço de cabo cujos chicotes foram ligados por nó ou costura, formando
assim um anel de cabo que se utiliza para diversos fins. É usado principalmente para
estabelecer a conexão entre um aparelho de içar e o peso a ser içado; por isto, chama-se
estropo, de modo geral, a qualquer pedaço de cabo, corrente ou lona com que se envolve um
peso que se tem de içar.
6.11.2 - Em pandeiro
O cabo é colhido no convés, a começar pelo seio, em voltas circulares para a direita,
umas sobre as outras, constituindo um pandeiro. Este pandeiro é, depois, sobrado, isto é,
virado a fim de que o seio do cabo fique do lado de cima, e o chicote embaixo. A aducha
assim feita chama-se aducha em pandeiro.
6.11.3 - À inglesa
Para colher um cabo à inglesa, dão-se voltas concêntricas sobre o convés, a começar
do seio que deu voltas no cunho ou na malagueta. As voltas são dadas no sentido do
movimento dos ponteiros de um relógio (para os cabos cochados para a direita), a partir da
maior, não ficando bem unidas, de modo que a aducha apresente um tamanho bem maior do
que realmente vai ter. Quando se chegar ao chicote, que fica no centro da aducha, unem-se as
voltas menores e gira-se o conjunto, de modo a ir unindo todas as voltas anteriormente dadas.
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Faça rodízio frequente das espias, pelos diversos pontos de amarração da embarcação;
Procure usar os cabos mais novos, nos pontos mais exigidos;
Evite arrastar os cabos sobre superfícies ásperas ou pontiagudas;
Após o uso, quando possível, lave os cabos com água doce, com uma mangueira de
pouca pressão. Se necessário, utilize detergentes neutros ou suaves nos cabos sintéticos;
Não utilize, conjugadamente, no mesmo ponto de amarração, cabos de matérias-
primas diferentes, pois cada um tem características específicas de elasticidade, alongamento e
ruptura; e
Manter socairo mínimo de 2 metros.
6.14.2 - Bigota
É uma peça de madeira dura, tendo um goivado em seu contorno e três furos de face
a face, chamados olhos, pelos quais gurnem os cabos. As bigotas trabalham sempre aos pares.
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- Roldanas são rodas com um goivado em sua periferia, para sobre elas trabalharem
os cabos. Podem ser de metal ou confeccionadas de madeira especial muito dura. A roldana
de madeira tem um disco metálico central geralmente de bronze chamado bucha, que melhor
resiste aos efeitos do atrito sobre o perno, que é sempre de metal.
b) Cadernal
Consta de uma caixa semelhante à de um moitão, dentro da qual trabalham duas ou
mais roldanas em um mesmo eixo. Os cadernais são designados como cadernais de dois
gornes ou cadernais de três gornes, de acordo com o número de roldanas que contêm. São
empregados em talhas e estralheiras.
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c) Patesca
Consta de uma caixa semelhante à de um moitão, porém mais comprida e aberta de
um lado, a fim de se poder gurnir ou desgurnir um cabo pelo seio. A ferragem é adaptada com
charneira, de modo que se pode fechar a patesca depois de se colocar o cabo que se vai alar.
Serve para retorno de um cabo qualquer.
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6.16.1 - Teque
Formado por um par de moitões, um fixo e outro móvel.
Tirador e arreigada fixam em um mesmo moitão. Multiplicação de potência teórica
(desprezando o atrito) duas ou três vezes, conforme o tirador gurna no moitão fixo ou no moi-
tão móvel.
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6.17.3 - Manilhas
São constituídas por um vergalhão de material recurvado em forma de U, tendo
orelhas nas extremidades a fim de receber um pino que se chama cavirão. O cavirão pode ter
rosca, chaveta, contrapino ou tufo na sua extremidade, a fim de fixá-lo. O uso da manilha
deve ser preferido ao gato sempre que o esforço for permanente, ou onde se exerça um grande
esforço temporário.
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CAPÍTULO 7
NÓS E VOLTAS
A segurança de uma embarcação e de sua tripulação depende dos nós, das voltas e das
costuras utilizadas na união de cabos e linhas. Por essa razão, nenhum homem pode
considerar-se bom marinheiro até que tenha se tornado profundo conhecedor dos métodos de
rápida e adequada confecção de nós, voltas e costuras normalmente usados na Marinha.
7.1.2 - Nó direito
Serve para unir dois cabos de igual bitola. Tem qualidade de não recorrer, mas é muito
difícil de ser desfeito depois de apertado. É por isto mais usado na ligação, pelos chicotes, de
dois cabos finos que não demandem força. Desfaz por si mesmo, se os cabos forem de bitolas
diferentes. Nunca deve ser empregado para emendar espias ou para unir cabos que trabalham
em aparelhos de laborar.
7.1.3 - Nó de azelha
Dado com o seio dobrado, serve para marcar um cabo pelo seio ou isolar parte coçada.
7.1.6 - Nó de correr
Serve para emendar dois cabos, dando em cada chicote uma meia volta em torno do
outro, e para confecção do fiel do apito.
7.1.22 - Catau
É uma dobra que se dá no seio de um cabo, principalmente para esconder um ponto
fraco, mas também serve para encurtá-lo.
Tipos: de reboque, de corrente e de bandeira.
a) Catau de reboque
É empregado para encurtar um cabo ou isolar uma parte cocada.
A maneira prática para conseguir é simples: forma-se um "S" na parte desejada, e nas
partes extremas do "S", aplica-se cotes ou volta de fiel e, para travá-lo, usa-se um trambelho.
b) Catau de corrente
É uma série de voltas dadas com o fim de diminuir o comprimento de um cabo que
não sofre esforço, como, por exemplo, o chicote de um cabo que esteja pendurado.
c) Catau de bandeira
Usado pelos sinaleiros, para levar as bandeiras ou uma só ao tope, e uma vez no
tope do mastro, puxa-se uma das pernadas e será desfeito o catau, desfraldando-se a bandeira.
CAPÍTULO 8
TOQUES DE APITO
Breve Histórico
Os gregos e os romanos já usavam os toques de apito para marcar o ritmo dos remos
nas galés; seu emprego se estendia também às competições de regatas.
Com o passar dos anos, o apito se tornou uma espécie de símbolo de autoridade e
mesmo de honra. Na Inglaterra, o “Lord High Admiral” usava um apito de ouro ao pescoço,
preso por uma corrente. Um apito de prata era usado pelos Oficiais, em Comandos menos
graduados, como "Apito de Comando". Eram levados tais símbolos em tanta consideração
que, em combate, um Oficial que usava um deles preferia jogá-lo ao mar a deixá-lo cair em
mãos inimigas. O apito tem sido, através dos tempos, uma das mais características peças do
equipamento náutico do uso pessoal da gente de bordo.
O apito, hoje, continua preso ao pescoço por um cadarço de tecido e tem utilização
para os toques de rotina e comando de manobras. Serve, também, para chamar as pessoas que
exercem funções específicas ou para alguns eventos que envolvam pequena parte da
tripulação.
As fainas de bordo, ainda hoje, em especial as manobras que exigem coordenação e
ordens contínuas de um Mestre ou Contramestre, são conduzidas somente com toques de
apito.
Fazê-los aos gritos denota pouca qualidade marinheira do dirigente da faina e sua
equipe.
A prática do apito não é exclusiva do pessoal do quadro de “Manobras e Reparos” e
sim considerada como cultura geral de todo Marinheiro.
8.2.5 - Os apitos do marinheiro e de manobra são instrumentos que emitem sons, sem
correspondência definida com a escala musical, sendo de importância, para o primeiro,
registrar que emite um som grave e outro agudo. Não é ilimitada, contudo, a tolerância para a
variação do grave e do agudo, uma vez que o excesso deste último se torna extremamente
desagradável ao ouvido.
8.2.6 - Para efeitos práticos e fins de comparação, é suficiente usar os sons emitidos pelos
apitos já em uso. Assim, ao se obter um apito, a simples comparação, quando possível, do seu
som com os sons emitidos pelos demais em uso é suficiente para determinar o ajuste.
8.2.7 - Ritmo é a combinação dos valores das notas.
8.2.8 - Duração é a característica que permite distinguir os sons longos dos curtos.
8.2.9 - LA é a representação gráfica de um som curto feito com a mão aberta, podendo ser
batido ou arrastado.
8.2.10 - MI é a representação gráfica de um som curto feito com a mão fechada, podendo ser
batido ou arrastado.
8.2.11 - LAA é a representação gráfica de um som longo feito com a mão aberta, podendo ser
batido ou arrastado.
8.2.12 - MII é a representação gráfica de um som longo feito com a mão fechada, podendo
ser batido ou arrastado.
8.2.13 - RAA RII RAAA é a representação gráfica do toque de trinado, que é emitido com a
mão fechada ou aberta provocando um som ressonante.
8.5.3 - Inspeção
LA MII LA MIII LAAA # # # LAA LAA LAA MII MII MI LAAAAA LAA LAAAA
# # LAAA MII # # LA LAAA MII # # LAAA MII # # LA LAAA MII # # LA
MII LA MII LA MII LA MII LA MII LA MII LAAAA.
CAPÍTULO 9
Pisos e azulejos
- Borrifar detergente; e
- Deixar agir por 10 minutos e esfregar com escova. Usar escova nos cantos, enxaguar,
após, passar desinfetante e enxaguar com muita água.
Espelho e box
- Enquanto espera o detergente agir nos pisos, azulejos, vaso e pia, borrifar com água
limpa vidros e limpar com o rodo de mão.
Torneiras e demais metais
- Limpar com esponja macia, água e detergente, enxaguar.
d) Limpa-vidros
Função: retira a sujeira e a gordura de vidros e espelhos.
Como usar: prefira panos secos. Despeje o produto no vidro ou no espelho e faça
movimentos circulares com o pano. Dessa forma, a limpeza é mais eficaz e evita manchas.
e) Vinagre
Função: apesar de ser utilizado como tempero de saladas, também pode ser um gran-
de aliado na limpeza da casa. Como tem ação antibacteriana, serve como desinfetante e dimi-
nui odores fortes. Pode ser utilizado na limpeza de quase tudo: vidros, espelhos, paredes, ar-
mários, tapetes, entre muitos outros. E o melhor de tudo é que o preço é bem acessível!
f) Desengordurante
Função: elimina a gordura, principalmente de eletrodomésticos como: fogão, geladei-
ra e micro-ondas. Retira o aspecto seboso dos aparelhos. Também é eficaz na limpeza de azu-
lejos, boxes de banheiro e até mesmo no chão.
Como usar: aplique o produto em uma esponja do lado macio ou em um pano úmido.
Depois de utilizar, seque com um pano seco.
Encerar
É uma operação de limpeza que visa a aplicar uma camada de cera sobre uma área com
o objetivo de diminuir o desgaste e a penetração de sujeira, bem como melhorar a aparência.
Como proceder:
- O chão deve estar limpo e seco;
- Reunir os móveis para deixar a área livre;
- Colocar a cera necessária num balde;
- Molhar o pano e aplicar uma camada fina com movimentos longos e retos numa só
direção;
- Deixar secar durante meia hora; e
- Dar brilho com a enceradeira ou flanela.
9.9.3 - Retirada e poda de árvores de todos os portes: Será executado o serviço de acordo
com o que for preciso, conforme crescimento, poda de galhos direcionados para cima dos
telhados e aparecimento de ervas daninhas ou outras necessidades.
9.9.5 - Irrigação: Fazer irrigação diária nos locais cobertos e abertos, com utilização de
mangueiras ou caminhão adaptado com tanque (tipo pipa), nos canteiros que possuir em
acesso e nos demais locais diariamente nos períodos de pouca chuva.
EPI Utilização
EPI básico Para acessar área.
Luva em couro Proteção para as mãos.
Protetor Facial Proteção para a face.
Avental em couro raspa Proteção para o tronco.
Perneira com tala rígida Proteção das pernas (canela).
Bota em couro Uso em terrenos firmes e planos.
Chuteira de birro Uso em terrenos inclinados (taludes), terrenos escorregadios.
CAPÍTULO 10
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE PINTURA
OSTENSIVO - 10 - 1 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
OSTENSIVO - 10 - 2 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
10.3.1 - Erosão
10.3.2 - Oxidação
Podemos afirmar que os dois conceitos acima dão origem à corrosão, que é um
processo espontâneo de reação que se passa na superfície do metal com o oxigênio. Portanto,
se caracteriza como a deterioração de um metal por ação química ou eletroquímica do meio
ambiente.
Principais meios corrosivos
I) Atmosfera - Influencia a corrosão pela ação da poeira, gases e umidade;
II) Águas naturais - Os materiais metálicos em contato com a água tendem a sofrer
corrosão, que vai depender de várias substâncias que podem estar contaminando a água. Entre
os mais frequentes contaminadores podem ser listados:
Gases dissolvidos: oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono, amônia, dióxido de
enxofre e gás sulfídrico;
Sais dissolvidos: cloreto de sódio, bicarbonato de sódio, bicarbonato de cálcio,
bicarbonato de magnésio, cloreto de ferro e sais minerais; e
Matéria orgânica de origem animal ou vegetal: influencia a corrosão pela
ação de sua composição química.
OSTENSIVO - 10 - 3 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
III) Solo
Meio corrosivo que funciona como um eletrólito em relação às enormes
extensões de oleodutos, gasodutos, cabos telefônicos e tubulações de água que exigem um
controle rigoroso de manutenção para evitar corrosão.
Nesse meio corrosivo, a velocidade da corrosão é influenciada pela natureza
(tipo) do solo; e
IV) Água do mar
Dentre os agentes corrosivos naturais, este é o mais enérgico, pois contém
concentração relativamente elevada de sais, funcionando como um eletrólito forte que
permite, assim, um processo eletroquímico de corrosão rápida.
b) Limpeza manual
É definido como método de limpeza que compreende o emprego manual de
escovas, lixas, picaretas, martelos, raspas, talhadeiras, etc.
OSTENSIVO - 10 - 4 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
c) Limpeza mecânica
Este método de limpeza compreende a remoção parcial de escamas de laminação,
ferrugem e tinta descascada, por meio de escovas rotativas, agulheiros, esmeris e lixadeiras.
OSTENSIVO - 10 - 5 - ORIGINAL
OSTENSIVO EMN-010
A pintura a bordo deverá sempre ser executada sob a direção de pessoal experiente e
qualificado para supervisionar. O especialista em Manobras e Reparos (MR) é sempre o
indicado.
A repintura total ou parcial somente deverá ser feita quando a lavagem não satisfizer.
Para remoção de manchas de óleo e graxas, devemos usar solventes adequados.
Devido ao perigo de incêndio, as películas de tinta dos compartimentos internos não devem
ultrapassar 4 repinturas, totalizando a espessura média de 0,127mm. Quando essa espessura
for ultrapassada, toda a película de tinta deverá ser adequadamente removida e aplicada nova
tinta à superfície.
É pratica usual retocar (pintura parcial) a pintura quando essa apresenta até 30% de
sua área destruída ou com defeitos. Quando ultrapassa esse percentual, a repintura deve ser
total. A aplicação de tintas não deverá ser realizada quando:
- chover;
- a umidade relativa do ar for igual ou superior a 85%; e
- o grau de secagem da madeira a ser pintada for igual ou inferior a 39%.
A execução pode ser feita através do emprego de diversos utensílios, como: pincel,
rolo, pistola e imersão.
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a) Pincel
Devemos utilizar o tipo adequado para cada tipo de serviço, de modo que se
obtenha um resultado eficiente.
b) Rolo
Este método de pintura é bastante difundido e prático. Quando devidamente
executado, permite a obtenção de uma película de razoável qualidade.
Esta pintura, quando devidamente executada, na impossibilidade de aplicação por
pistola, permite a obtenção de películas de razoável qualidade. Recomenda-se utilizar um
reservatório adequado para a tinta, onde o rolo possa ser imerso a fim de absorvê-la.
Posteriormente, fazer o rolo rolar sobre o reservatório para retirar o excesso de tinta.
c) Pistola
A pistola de pulverização consiste de um corpo propriamente dito e uma cabeça ou
cabeçote removível. Quando bem utilizada, pode ser considerada um dos melhores métodos.
É o mais eficiente método de pintura, porque deixa a película de tinta com a mesma espessura
em toda a superfície pintada, demonstrando uniformidade e beleza.
d) Imersão
Pouco utilizado na Marinha Brasileira, é um método muito empregado em fábricas
que fazem peças em série, pois é mais econômico. Embora não seja muito comum a bordo, a
aplicação da pintura por imersão poderá ser necessária na pintura de pequenos objetos.
Pincel
Para que haja vantagem na pintura com pincel, recomenda-se, antes da aplicação, que
a tinta esteja na viscosidade adequada. Para isso, faz-se necessário que seja mexida
constantemente, a fim de que o pigmento seja disperso no veículo e a tinta venha a se
apresentar o melhor possível. Quando usado com tinta de secagem rápida, esta deverá ser
espalhada rapidamente. Quanto ao direcionamento da pintura, denominamos:
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a) Acamar
A aplicação da tinta é feita horizontalmente em uma só direção, iniciando e
terminando em linhas paralelas.
b) Desacamar
Da mesma maneira da acamar, só que na vertical, procura-se, através dessa demão
transversal, encobrir possíveis falhas da demão anterior.
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Após a pintura, os pincéis que serão usados no dia seguinte deverão ser escorridos,
separados e identificados, conforme as cores das tintas utilizadas (brancas, leves e escuras).
Em seguida, deverão ser suspensos pelos cabos com as cerdas mergulhadas (até a
armação metálica), em solvente ou óleo de linhaça e em recipientes fechados.
Nunca deixe que o peso do pincel descanse sobre as cerdas.
Os rolos, após serem limpos com o solvente compatível com a tinta aplicada, deverão
ser lavados com água, sabão e bem enxaguados e postos para secar. Após o trabalho, a pistola
deverá ser desmontada e limpa peça por peça.
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CAPÍTULO 11
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DE FAINAS DE CONVÉS
GENERALIDADES
O propósito deste capítulo é apresentar, em linhas gerais, o desenvolvimento das fainas
de transferência no mar mais comuns, o material e os procedimentos empregados nas mesmas
e as precauções de segurança nessas fainas.
11.1 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NAS FAINAS DE CONVÉS
a) As fainas marinheiras devem ser realizadas sem conversas paralelas;
b) Quem conduz a faina tem que manter o controle dela durante todo o tempo; e
c) Nas fainas marinheiras em conveses abertos, o uso do colete de flutuabilidade
permanente (tradicionalmente conhecido como colete de paina) ou autoinflável é obrigatório.
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n. Moitões e patesca
Compatível com os cabos usados.
o. Raquetes
Usadas pelo raqueteiro para comunicação com o outro navio nas estações. À
noite, são usadas lanternas apropriadas nas cores vermelhas, verdes e âmbar.
p. Trolley
É uma armação de ferro que corre no cabo de sustentação, com capacidade de
transferir carga de até 272 kg (600) lbs.
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r. Outros acessórios
Cabos solteiros para trapas, merlim, espichas, facas, alicates e bandeiras
sinalizadoras de estações ou caixa de marcação de estação noturna, estropo de segurança que
será passado no olhal da cadeira de transferência junto ao olhal do “Trolley”.
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NAVIO APROXIMADOR
NAVIO CONTROLADOR
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b) Navio recebedor
• A meio - interrompe o recebimento;
• Atopetada - estão sendo recebidos munição ou combustível; e
• Arriada - encerrado o recebimento.
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Durante a noite, é substituído por duas lâmpadas vermelhas e uma branca entre elas,
verticalmente, no mastro principal.
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OBS.: A distância entre navios durante a faina varia de 24 a 42 metros, ou 80 a 140 pés. Para
a passagem do dispositivo, é de 18 a 24 metros ou 60 a 80 pés. A velocidade ideal para a faina
pode variar de 12 a 16 nós. Velocidades menores que 8 nós não são recomendadas, pois
reduzem efeito dos lemes; velocidades acima de 16 nós podem ser utilizadas, caso o mar
permita, mantendo-se, nesse caso, uma separação lateral maior.
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O pessoal que faz o lançamento da retinida, seja manualmente ou por meio de fuzil,
usará capacetes encarnados e deverá estar adestrado para a faina;
Quando receber o sinal de pronto, o oficial de segurança do navio lançador dará a
ordem para passar a retinida. Nenhum tiro de fuzil ou tentativa de lançamento de rebolo será
feita sem a sua ordem.
I- O Mestre do navio fornecedor dá um apito curto para alertar o recebedor
quanto ao lançamento;
II - Após o pessoal da estação se abrigar, o Mestre do navio recebedor dá dois
apitos curtos, informando que está pronto para receber a retinida; e
III - O Mestre do navio fornecedor dá um apito curto e autoriza o lançamento da
retinida, que não deve ser girada sobre a cabeça do lançador no caso do lançamento manual.
Os procedimentos anteriormente descritos devem ser repetidos toda vez que se
fizer necessário lançar a retinida.
Somente o pessoal designado pelo mestre do navio aproximador ou recebedor da
retinida deverá deixar sua posição abrigada para recolhê-la. Os outros permanecerão
protegidos até que todas as retinidas estiverem a bordo.
A retinida não será partida pelo navio que a receber, a não ser em emergência, e será
retornada intacta tão logo que possível.
Cabe aos navios-aeródromos, independente de serem fornecedor ou recebedor, passar as
retinidas para preservar a segurança das aeronaves no seu convoo.
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Todo o pessoal que guarnece as estações deverá ser bem instruído quanto às
precauções de segurança, durante a faina e quanto à utilização dos EPI (como coletes,
capacetes, luvas e uniformes específicos). O pessoal envolvido na faina deverá utilizar o
colete de paina na cor laranja, o capacete e a camiseta nas cores regulamentadas,
respectivamente, com sua função.
11.4.4 - Cores dos capacetes e camisetas utilizados nas fainas de transferência no mar:
a) Oficial - capacete branco;
b) Oficial de Segurança - capacete branco com cruz verde;
c) Mestre - capacete amarelo;
d) Raqueteiro - capacete e camiseta verde;
e) Fiel de avarias - capacete marrom e operador de guincho;
f) Lançador de retinidas (AM) - camiseta e capacete encarnado;
g) Equipe de reparo (MO/CI/EL) - capacete roxo;
h) Enfermeiro - capacete branco com uma cruz encarnada e camiseta branca;
i) Telefonista de popa - capacete próprio;
j) Pessoal que labora cabos - capacete azul;
k) Pessoal de intendência - capacete laranja, entre outros;
l) Inspetores/verificadores/pessoal de apoio - capacete laranja; e
m) Outros - capacete cinza.
Um pé = 33 cm
Uma jarda = 0,915 m
Uma milha marítima = 1.852 m
Um nó = 1.852 m
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CAPÍTULO 12
PROCEDIMENTOS NA MONTAGEM DE TOLDOS.
Toldo – Cobertura que se estende sobre parcelas dos conveses expostos ao tempo, para prover
proteção contra a chuva ou o sol. É geralmente de lona ou fibra sintética, e se estende sobre as
partes do convés ou de uma superestrutura que não tenha cobertura fixa, a fim de proteger o
pessoal contra chuva ou sol. Nos navios de guerra, é necessário que os toldos possam ser reti-
rados ou colocados com facilidade e rapidez. Após o uso no porto, deverá ser guardado no
paiol. Em tempo de guerra, os navios devem conservar o mínimo de toldos a bordo, devido ao
perigo de incêndio e à consequente fumaça sufocante desprendida pela lona queimada.
Posição do toldo
- O toldo pode ser envergado em posição normal, quando então, diz-se que está nos
vergueiros;
- Em caso de mau tempo, ele é engoteirado ou abarracado.
Engoteirar e Abarracar
I. Abarracar é fixar os fiéis na balaustrada o mais baixo possível, ou em olhais pró-
prios fixos ao convés. Os toldos que têm fasquias não podem ser abarracados. Os amarrilhos
não devem ser tesados demais quando ele estiver engoteirado ou abarracado, pois se enco-
lhem quando molhados.
II. Amarrilhos – Dá-se, especialmente, esse nome aos cabos com que se amarram os
toldos nos vergueiros.
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b) Engoteirar
É passar os fiéis alternadamente no vergueiro e na balaustrada.
Os fiéis não devem ser tesados demais, quando eles estiverem engoteirados ou abar-
racados, pois se encolhem ao molhar e sofrerão esforço demais.
Depois de engoteirado, o toldo apresenta um caimento d’água maior do que possui,
evitando com isso que se formem bolsões d’água, que forcem as costuras do toldo descostu-
rando ou rasgando.
c) Abarracar
É fixar os fiéis na balaustrada o mais baixo possível, ou em olhais próprios fixos ao
convés. Os toldos que têm fasquias não podem ser abarracados. Os amarrilhos não devem ser
tesados demais, quando ele estiver engoteirado ou abarracado, pois se encolhem quando mo-
lhados.
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d) Fasquias
São vigas de madeira transversais.
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g) Paus do toldo
Vigas de madeira constituindo a armação onde é apoiado um toldo.
- A cumieira substitui o espinhaço; e
- As transversais são fasquias.
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CAPÍTULO 13
PROCEDIMENTOS COM AS ESPIAS
13.1.3 - Virador
Cabo que varia de 8 a 12 polegadas, usado para amarrar o navio à boia.
13.2 - AMARRAÇÃO
a) A manobra de passar as espias é a amarração do navio;
b) Diz-se que um navio está atracado quando está encostado a um cais ou a outro navio.
Quando um navio atraca a outro, diz-se que está a contrabordo deste;
c) As espias são de muita eficiência no auxílio às manobras de atracar e desatracar, mas
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devem ser usadas com habilidade. Elas não devem sofrer lupadas, nem ter cocas; na popa,
deve-se ter mais cuidado em colher o brando, para que as espias não sejam apanhadas pela
corrente de sucção dos hélices, se estes se movimentarem;
d) Uma amarração padrão é composta por 7 (sete) espias;
e) Além dos seus nomes, as espias devem ser designadas por números, que representam
a posição relativa em que são amarradas a bordo. Note-se que não são os cabeços de bordo
que têm números, mas as espias é que são numeradas conforme sua posição relativa; em cada
amarração, o mesmo navio pode usar um número maior ou menor de espias e, neste caso, os
algarismos variam;
f) As espias são numeradas partindo da proa para a popa, de acordo com a sua saída do
navio em direção ao cais;
g) As espias são amarradas sempre pela alça ao cabeço do cais ou de outro navio.
Quando há necessidade de passar duas ou três espias ao mesmo cabeço, elas devem ser
amarradas de modo a permitir que qualquer delas seja retirada em primeiro lugar sem
interferir na outra, como mostra a figura abaixo:
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j) Quando se passa uma adicional com alça onde já existir outra, ficando a amarração
com duas pernadas, diz-se que a espia está dobrada. Quando, além de alça, passa-se a espia
pelo seio ao mesmo cabeço, ficando com três pernadas, diz-se que é uma espia dobrada pelo
seio. Deve-se ter o cuidado de tesar as pernadas das espias por igual, para que elas fiquem
trabalhando sob a mesma tensão;
k) Todas as espias devem ter um brando suficiente para permitir a subida e a descida
do navio com a maré;
l) Trincafiar espias - Dar meias voltas seguidas na espia, com fiel da espessura de uma
retinida até que ela tenha aparência de ser um só cabo, apresentando um bom aspecto
marinheiro e demonstrando que a espia está portando por todas as pernadas. Para que isso
aconteça, é necessário que a alça da espia fique um pouco abaixo do seio, facilitando a
amarração da rateira; e
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m) As espias devem usar rateiras, que são discos de folha de metal, colocados
perpendicularmente a elas, entre o costado e o cabeço do cais, para evitar a entrada de ratos a
bordo.
b) ALAR DE LEVA-ARRIBA
Alar caminhando sem parar.
c) ALAR DE LUPADA
Alar aos puxões, com os intervalos necessários para que o pessoal mude a posição
das mãos ao longo do cabo.
e) BRANDEAR
Significa folgar ou dar mais seio ao cabo que esteja tesado.
f) COLHER O BRANDO
Colher o excesso de espia, deixando-a sem brando.
g) DAR UM SALTO
Folgar, de forma rápida, uma espia que se encontra aguentada ou sob tensão.
h) DOBRAR A AMARRAÇÃO
Duplicar o número de pernadas das espias que amarram um navio ao cais ou a ou-
tro navio. Uma espia pode ser dobrada pelo seio ou se passando outra alça para o cabeço.
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i) ENCAPELAR
Passar a alça da espia pelo cabeço determinado.
j) GURNIR
Meter um cabo num gorne, olhal ou passá-lo num cabrestante ou num retorno.
k) SOLECAR A ESPIA
Dar um brando à espia, aliviando o esforço.
13.4 - GATEIRA
Aberturas feitas no convés, por onde as amarras passam para o paiol.
13.5 - ESCOVÉM
Cada um dos tubos ou mangas de ferro por onde gurnem as amarras do navio, do con-
vés para o costado.
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13.6 - BUZINAS
Peça de ferro ou outro metal, fixada na borda. São usadas para guiar as espias que
saem de bordo, não permitindo que corram sobre a borda desgastando-se, com risco de aci-
dentar algum tripulante.
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CAPÍTULO 14
DEFENSAS
14.1 - DEFINIÇÃO
Trabalho marinheiro feito com cabos, pneus, feixes de varas, cortiça, etc. Sua
finalidade é proteger as embarcações ou navios dos impactos nas atracações, abordagem ou
enquanto estiverem atracados.
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CAPÍTULO 15
PRANCHAS DE PINTURA
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b) Prancha de mastreação
Mais conhecida como guindola não dispõe de travessão que é substituído por
quatro furos na tábua por onde passa o cabo para peação. A guindola é usada para serviços na
superestrutura, mastro ou qualquer lugar elevado.
Toma-se um cabo solteiro (fiel da prancha) de cerca de 4,3 metros de comprimen-
to, que será amarrado a esta alça, geralmente por um nó de escota singelo ou dobrado.
A prancha, em vez de ter fiel, pode ser engatada a um teque se tiver de ser levada
ao alto.
As dimensões da prancha de mastreação são:
Comprimento...........................................................................60 cm
Largura.....................................................................................20 cm
Espessura..................................................................................1,5 polegadas
Fiel...........................................................................................4,3 m
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REFERÊNCIAS
_____. Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha. Arte Naval I e II. 6a ed. Rio
de Janeiro, 2002.