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OSTENSIVO EMN-005

CAPÍTULO 8
PLANO DE CARREIRA DE PRAÇAS DA MARINHA
Propósito do Plano de Carreira de Praças da Marinha (PCPM)
O PCPM tem o propósito de apresentar a organização hierárquica, a constituição dos
Corpos e Quadros e as escalas de antiguidade das praças de carreira da Marinha.
É um documento normativo e de planejamento aprovado pelo Comandante da Marinha
(CM), conforme estabelecido pelo parágrafo único do art. 59 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro
de 1980 – Estatuto dos Militares (EM) – e pelo art. 5º do Decreto nº 4.034, de 26 de novembro
de 2001, que dispõe sobre as promoções de praças da Marinha (PCPM).
8.1 – ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA
A organização hierárquica das praças se faz por círculos, dentro de um mesmo círculo, por
graduação e, dentro de uma mesma graduação, pela antiguidade na graduação.

8.1.1 – Círculos Hierárquicos


Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre praças da mesma categoria e tem
a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem
prejuízo do respeito mútuo.

8.1.2 – Graduação
Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido por autoridade competente. O acesso
às graduações iniciais de carreira é feito mediante nomeação e, às graduações subsequentes, é
feita mediante promoção.

8.1.3 – Escalas Hierárquicas


Escalas hierárquicas são sequências de graus hierárquicos fixados no EM e na legislação
específica sobre os Corpos e Quadros de oficiais e de Praças da Marinha.

Círculos e Escalas Hierárquicas


Os círculos e as escalas hierárquicas das praças de carreira e das praças especiais que es-
tão em formação são em formação são apresentados na tabela abaixo:
CÍRCULOS ESCALAS
PRAÇAS GRADUADAS
Suboficial (SO)
Círculos de Suboficiais e Primeiro-Sargento (1ºSG)
Sargentos Segundo-Sargento (2ºSG)
Terceiro-Sargento (3ºSG)
Círculos de Cabos, Cabo (CB)
Marinheiros e Soldados Marinheiro (MN) e Soldado (SD)

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8.1.4 - Constituição dos Corpos e Quadros de Carreira
Organização das Praças - As praças de carreira são distribuídas por Corpos; dentro de
um mesmo Corpo, por Quadros e, dentro de um mesmo Quadro, pelas respectivas escalas hierárqui-
cas.
Corpos - Corpos são conjuntos de praças do SAM que exercem atividades afins.
Quadros - Quadros são subconjuntos dos Corpos, constituídos de praças de carreira, orde-
nadas hierarquicamente em uma mesma sequência de graduações. A sequência de graduações de
cada Quadro define o perfil de carreira das praças que o compõem.
Corpos e Quadros de Carreira - Os Corpos e Quadros de praças e as respectivas escalas
hierárquicas são compostos de acordo com a seguinte tabela:
TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DAS PRAÇAS
CORPOS QUADROS ESCALAS
Quadro de Praças da Armada (QPA) de MN até SO
Corpo de Praças Quadro de Praças da Armada Submarinista (QPAS) de CB a SO
da Armada (CPA) Quadro Técnico de Praças da Armada (QTPA) de 3ºSG a SO
Quadro Especial de Praças da Armada (QEPA) * de CB até 2°SG
Quadro Auxiliar de Praças (QAP) de MN até SO
Corpo Auxiliar Quadro Auxiliar Técnico de Praças (QATP) de CB até SO
de Praças (CAP) Quadro Técnico de Praças (QTP) de 3ºSG a SO
Quadro Especial Auxiliar de Praças (QEAP) de CB até 2°SG

Composição dos Corpos e Quadros de Carreira


CORPOS QUADROS ESCALAS
Quadro de Praças da Armada (QPA) de MN até SO
Corpo de Praças Quadro de Praças da Armada Submarinista (QPAS) de CB a SO
da Armada (CPA) Quadro Técnico de Praças da Armada (QTPA) de 3ºSG a SO
Quadro Especial de Praças da Armada (QEPA) * de CB até 2°SG
Quadro Auxiliar de Praças (QAP) de MN até SO
Corpo Auxiliar Quadro Auxiliar Técnico de Praças (QATP) de CB até SO
de Praças (CAP) Quadro Técnico de Praças (QTP) de 3ºSG a SO
Quadro Especial Auxiliar de Praças (QEAP) de CB até 2°SG

8.1.5 - Especialidades Das Praças Do CPA


As praças do CPA ocupam cargos relativos ao preparo e à aplicação do Poder Naval, tendo
como principais atribuições o guarnecimento dos navios e/ou aeronaves componentes do Poder Na-
val, para a execução de tarefas necessárias à manutenção e operação de equipamentos e sistemas, à
conservação de compartimentos e para o atendimento de serviços gerais e específicos de bordo.
Além disso, as praças do CPA podem ser designadas para o exercício de funções técnicas ou admi-
nistrativas, de acordo com as necessidades da MB.

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As praças do CPA são distribuídas pelas seguintes Especialidades:
DISTRIBUIÇÃO DAS PRAÇAS DO CPA POR ESPECIALIDADES
QPA/QEPA
Armamento (AM) Comunicações Interiores (CI) Máquinas (MA)
Arrumador (AR) Comunicações Navais (CN) Manobras e Reparos (MR)
Artífice de Mecânica (MC) Cozinheiro (CO) Mergulho (MG)
Artífice de Metalurgia (MT) Direção de Tiro (DT) Motores (MO)
Aviação (AV) Eletricidade (EL) Operador de Radar (OR)
Caldeiras (CA) Eletrônica (ET) Operador de Sonar (OS)
Carpintaria (CP) Hidrografia e Navegação (HN) Sinais (SI)
QPAS
Armamento (AM) Enfermagem (EF)
Arrumador (AR) Escrita (ES)
Caldeiras (CA) Máquinas (MA)
Comunicações Interiores (CI) Manobras e Reparos (MR)
Comunicações Navais (CN) Motores (MO)
Cozinheiro (CO) Operador de Radar (OR)
Direção de Tiro (DT) Operador de Sonar (OS)
Eletricidade (EL) Paiol (PL)
Eletrônica (ET)
QTPA
Comunicações Interiores (CI) Máquinas (MA)
Eletricidade (EL) Motores (MO)

Os CB-BA após o C-Ap de AD permanecem BA.


Praças do QAP podem ter especialidades do QATP quando transferidas para o QAP após terem
C-EPT oficialmente reconhecido pela MB ou passarem por processo de requalificação.

8.1.6 - Especialidades das Praças do CAP


As praças do CAP ocupam cargos relativos às áreas de administração, de hidrografia, de segu-
rança do tráfego aquaviário, de informática, de saúde e de manutenção e reparo dos meios existentes,
exercendo, nas OM operativas ou nas OM prestadoras de serviços, os cargos previstos nas Tabelas de
Lotação (TL) para as suas especialidades.

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As praças do CAP são distribuídas pelas seguintes Especialidades:
DISTRIBUIÇÃO DE PRAÇAS DO CAP, POR ESPECIALIDADES.
QAP/QEAP
Barbeiro (BA) Faroleiro (FR)
Educação (EP) Paiol (PL)
Enfermagem (EF) Segurança do Tráfego Aquaviário (SQ)
Escrita (ES)
QATP/QTP
Administração (AD) Estruturas Navais (EN) Patologia Clínica (PC)
Administração Hospitalar (AH) Geodésia e Cartografia (GC) Processamento de Dados (PD)
Contabilidade (CL) Gráfica (GR) Prótese Dentária (PT)
Desenho de Arquitetura (DA) Higiene Dental (HD) Química (QI)
Desenho Mecânico (DM) Marcenaria (NA) Radiologia Médica (RM)
Edificações (ED) Mecânica (MI) Reabilitação (RB)*
Eletrônica (EO) Metalurgia (ML) Secretariado (SC)
Eletrotécnica (TE) Meteorologia (ME) Telecomunicações (TC)
Enfermagem (EF) Motores (MO)
Estatística (AE) Nutrição Dietética (ND)

8.1.7 - Subespecialidades das Praças


O quadro abaixo apresenta as subespecialidades possíveis para as seguintes especialidades:

DISTRIBUIÇÃO DE PRAÇAS ESPECIALISTAS POR SUBESPECIALIDADES


ESPECIALIDADES SUBESPECIALIDADES

AM, AR, CA, CI, CN, CO, DT, EF, EL, ES,
SUBMARINO (SB)
ET, MA, MO, MR, OR, OS e PL

Armamento de Aviação (VA)


Aviônica (VN)
Controle Aéreo (CV)
Estrutura e Metalurgia de Aviação (SV)
Hidráulica de Aviação (HV)
AV
Manobra e Equipagem de Aviação (RV)
Manobras e Equipamentos de Apoio de Aviação
(EV)
Motores de Aviação (MV)
Operação de Sensores de Aviação (VS)

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8.1.8 – Monografias das Especialidades da MB
A Monografia é o resultado de um longo e minucioso estudo das atividades e do ambiente
onde o especialista trabalha.
a) Corpo de Praças da Armada (CPA)
CARACTERÍSTICAS
ESPC ATRIBUIÇÕES CONDIÇÕES DE TRABALHO
DESEJÁVEIS

O trabalho alterna fainas


repetitivas e variadas. É Segurança, controle
desenvolvido em equipe, emocional, iniciativa,
Fiel de aeronave, responsável
seguindo rotinas e instruções meticulosidade, adaptação ao
AV direto pela manutenção de 1º
previstas em manuais. É trabalho em grupo,
escalão.
realizado em ambiente externo organização, decisão e
e, em locais protegidos, tais tenacidade/perseverança.
como oficinas.

Trabalha-se normalmente nos


Controla, opera e mantém o Segurança, iniciativa,
conveses dos navios, nas
AM armamento e lida com material meticulosidade e controle
torretas ou, em paióis de
explosivo. emocional.
munição e de armamento.
Seguem-se rotinas
estabelecidas, mas se pode
É responsável pelos serviços de exercer eventualmente a Higiene, discrição,
despenseiro, de “buffet”, pelo bar, criatividade na maneira
AR cordialidade, cortesia,
pelos camarotes, pela rouparia e pessoal de se executarem os presteza e organização.
copa. serviços. Trabalha-se em
ambiente fechado, individual
ou coletivamente.
Trabalho interno, realizado em
Conduz, mantém e repara tanto os
equipe ou individualmente.
sistemas de comunicações Iniciativa, segurança,
Seguem-se rotinas e instruções
CI interiores quanto a parte elétrica facilidade de raciocínio e
previstas, devendo seguir
dos sistemas de governo e de controle emocional.
precauções de segurança, para
controle da manobra dos navios.
evitar acidentes.

Trabalho de natureza
repetitiva. Embora se sigam
Higiene, senso de
instruções pré-
Cuida de toda parte referente à responsabilidade, presteza,
CO -determinadas, permite-se o
cozinha. resistência física e
uso da criatividade.
organização.
Normalmente se trabalha em
equipe, em ambientes internos.

Realizado em equipe,
Segurança, capacidade de
Opera, mantém e repara os seguindo instruções previstas.
decisão, raciocínio,
DT equipamentos de direção de tiro É composto tanto por
meticulosidade e capacidade
instalados nos navios. atividades de rotina como de
de trabalhar em equipe.
atividades variadas.

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CARACTERÍSTICAS
ESPC ATRIBUIÇÕES CONDIÇÕES DE TRABALHO
DESEJÁVEIS

É desenvolvido em equipe e, Facilidade para trabalhar em


Conduz, opera, mantém e repara
embora siga instruções, equipe, atenção, iniciativa,
EL máquinas e instalações elétricas
permite a ação criativa do persistência, raciocínio e
dos navios e embarcações da MB.
especialista. criatividade.
Meticulosidade, organização,
Trabalha-se em equipe,
Conduz, mantém e repara as segurança, controle
seguindo rotinas e instruções
máquinas a vapor propulsoras do emocional, capacidade para
MA previstas. É realizado em
navio e os equipamentos trabalhar em grupo,
ambiente fechado e
auxiliares. perseverança, iniciativa e
barulhento.
resistência física.
Alterna fainas repetitivas e
Capacidade de adaptação ao
Nos navios, presta informações variadas. É desenvolvido em
trabalho em equipe, atenção,
sobre alvos de superfície e aéreos equipe e segue rotinas e
meticulosidade, organização,
OR nas manobras táticas, auxiliando a instruções previstas. É
capacidade de decisão,
navegação através da utilização realizado em ambiente restrito,
controle emocional e poder
de radares. fechado, com iluminação
de concentração.
reduzida.
Trabalho repetitivo, podendo
ocorrer eventuais variações na Adaptação ao trabalho em
Informa, em navios e aeronaves,
rotina. É desenvolvido em grupo, controle emocional,
entre outros dados, a marcação e a
equipe, seguindo instruções meticulosidade, segurança,
OS distância de objetos submersos,
previstas. É realizado em capacidade de decisão,
através da utilização do
ambiente restrito, podendo atenção, acuidade auditiva e
equipamento Sonar.
apresentar intenso nível de iniciativa.
ruído e iluminação crítica.
Trabalha-se em equipe e
Executa, nos navios, as
normalmente se seguem Facilidade para trabalhar em
comunicações visuais e, nas OM
SI rotinas e instruções. equipe, iniciativa,
que não possuem estação-rádio,
Desenvolve suas atividades ao meticulosidade e segurança.
prepara e encaminha mensagens.
ar livre.
Trabalha-se em equipe, em
Meticulosidade, organização,
Opera e mantém os equipamentos ambiente fechado, ficando
CN iniciativa e capacidade de
de telecomunicações. sentado a maior parte do
decisão.
tempo.
O trabalho é realizado com
É responsável pela manutenção e frequência em equipe. É Controle emocional,
pelo reparo dos equipamentos variado e segue instruções e organização, iniciativa,
ET
eletrônicos dos navios e de OM rotinas previstas. Executa suas perseverança e capacidade de
de terra. tarefas em ambiente interno e, trabalhar em equipe.
ao ar livre.
O trabalho é variado,
É responsável tanto pela geralmente realizado em
manutenção e conservação dos equipe, sendo algumas vezes
Facilidade para trabalhar em
aspectos (características) estruturado, ou seja, seguindo
equipe, iniciativa, capacidade
MR marinheiros dos navios, das bases rotinas e, em outras, exigindo
de decisão, meticulosidade,
e dos estabelecimentos onde a ação criativa do especialista.
organização e segurança.
serve, bem como pelas manobras O ambiente é
em embarcações miúdas e navios. predominantemente ao ar
livre.

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CARACTERÍSTICAS
ESPC ATRIBUIÇÕES CONDIÇÕES DE TRABALHO
DESEJÁVEIS
Trabalha-se em ambiente Facilidade para trabalhar em
Conduz, mantém e repara
interno individualmente ou, equipe, controle emocional,
máquinas hidráulicas e de
MO em equipe. Consultam-se capacidade de decisão,
combustão interna, compressores
manuais e se seguem rotinas e segurança, organização e
e sistemas de refrigeração.
instruções previstas. criatividade.
O trabalho é variado,
exigindo-se ação criativa.
Criatividade, meticulosidade,
Confecciona peças para o reparo Pode ser realizado
organização, coordenação
MC de mecanismos em geral, em individualmente ou, em grupo.
motora e percepção de
navios e OM de terra. É executado em ambiente
detalhes.
interno, às vezes com elevado
nível de ruído.
Trabalha-se em equipe ou
individualmente. Realizam-se
tarefas que permitem o uso da
Controle emocional,
criatividade. Executam-se
Confecciona ou repara peças segurança, meticulosidade,
atividades predominantemente
MT metálicas e partes estruturais, em coordenação motora,
em ambiente interno, com
navios e OM de terra. facilidade para trabalhar em
ruído e temperatura elevados,
grupo e criatividade.
devendo-se seguir precauções
de segurança, para evitar
acidentes.
Pode ser desenvolvido em
equipe ou individualmente.
Seguem-se instruções
Confecciona e repara estruturas Meticulosidade, atenção,
previstas, porém permitindo
de madeira e fibra de vidro. iniciativa, adaptação ao
CP ação criativa. Trabalha-se ao
Adestra e conduz equipes de CAv trabalho em equipe,
ar livre e, em oficinas com
e mantém o material. tenacidade e criatividade.
ambiente barulhento. Devem-
se seguir as normas de
segurança.
O trabalho é repetitivo,
realizado em equipe, e
Capacidade de tomar ações
seguem-se rotinas e instruções
enérgicas enfrentando
Opera, mantém e repara as previstas. O ambiente é
desafios e suportando
CA caldeiras dos navios, hospitais, restrito, com ruído e
situações adversas, iniciativa,
bases e centros de instrução. temperatura elevados. Devem-
adaptação ao trabalho em
se seguir precauções de
grupo, atenção e resistência.
segurança, para evitar
acidentes.
Geralmente se trabalha em
Controle emocional frente a
Mantém e opera equipamentos de dupla. As atividades exigem
situações de emergência,
MG mergulho e realiza diversas planejamento e podem ser
iniciativa e tomada de
missões subaquáticas. executadas em condições
decisão rápida.
adversas.
Realizam-se tarefas em
Executa tarefas na área da campo, em ambiente interno Interesse pelo ambiente
hidrografia, da oceanografia, da ou, a bordo de navios, em marinho, persistência e
HN
meteorologia, auxiliando a longas comissões. Seguem-se adaptação a longos
navegação marítima. instruções e rotinas afastamentos da família.
pré-estabelecidas.

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b) Corpo Auxiliar de Praças (CAP)
CONDIÇÕES DE CARACTERÍSTICAS
ESPC ATRIBUIÇÕES
TRABALHO DESEJÁVEIS
De um modo geral, o
trabalho é desenvolvido
individualmente,
É responsável pelos serviços
seguindo-se rotinas. É
burocráticos de Secretaria e Iniciativa, organização,
ES realizado em local restrito,
Contadoria nos navios e em meticulosidade e discrição.
como escritórios ou
OM de terra.
gabinetes. É responsável
pelo sigilo de informações
e documentos.
Alterna tarefas variadas e
repetitivas, sendo Meticulosidade,
Recebe, estoca, identifica,
realizado em equipe, organização, atenção,
fornece e controla
seguindo-se instruções iniciativa e discrição.
PL equipamentos, acessórios,
previstas. Geralmente as
sobressalentes, ferramentas em
atividades são
geral e material de consumo.
desenvolvidas em
ambiente interno.
Os faróis geralmente se
situam em pontos isolados Iniciativa, segurança,
É responsável tanto pela
do litoral. Desenvolve-se organização, adaptação ao
operação e manutenção de
o trabalho em equipe ou, trabalho em equipe e
FR faróis, bem como de outros
individualmente, capacidade para viver
sinais de auxílio à navegação
seguindo-se rotinas isolado ou, em pequenos
marítima.
previstas. Mas, se pode grupos.
improvisar.
Desenvolve-se o trabalho
Planeja e aplica os métodos de
ao ar livre ou, no interior
Educação Física. Organiza, Liderança, capacidade de
de ginásios poliesportivos.
controla, mantém e prepara o persuasão, autoconfiança e
EP Suas atividades exigem
material desportivo para facilidade de relacionamento
que se fique, quase
competições e atividades interpessoal.
sempre, em pé ou,
físicas.
circulando pelo ambiente.
O enfermeiro faz parte de
equipes de saúde e
Auxilia no atendimento Controle emocional,
executa seu trabalho
ambulatorial, cuida de capacidade para tomar
seguindo rotinas e
pacientes baixados, decisões, paciência, atenção,
instruções. Geralmente o
EF instrumenta atos cirúrgicos, agilidade, discrição, higiene,
trabalho é desenvolvido
opera equipamentos e facilidade de relacionamento
em ambiente interno,
desenvolve outras atividades interpessoal e
exigindo que se cumpram
relacionadas à saúde. meticulosidade.
procedimentos de
segurança.
Corta cabelos, identifica as
Trabalha-se sempre em pé Discrição, higiene e
BA afecções do couro cabeludo e
e, em ambiente interno. cordialidade.
da face.

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8.2 – PREPARO E EMPREGO DAS PRAÇAS
Propósito
Este capítulo tem o propósito de estabelecer normas gerais sobre o preparo e o emprego das
praças de carreira.
8.2.1 – Formação das Praças
Interesse Profissional
A todas as praças é exigível o interesse profissional, entendido como o contínuo aprimora-
mento dos conhecimentos sobre assuntos relacionados direta e indiretamente com as respectivas
qualificações, de forma a manterem-se atualizadas com a evolução tecnológica dos equipamentos,
sistemas e técnicas operacionais. O interesse profissional concretiza-se não apenas com as conquis-
tas de qualificações técnicas mais aprimoradas e conhecimentos atualizados, mas, também, disponi-
bilizando permanentemente suas capacitações profissionais em benefício do serviço naval.
8.2.2 – Perfil de Formação
O perfil de formação das praças é de natureza operacional e fundamenta-se na
especialização técnica. Nas graduações mais elevadas, há a exigência da capacidade de controle e
supervisão de atividades operacionais, onde ganha relevo a gestão de pessoal e a liderança.
O aprimoramento da qualificação técnica das praças é obtido por cursos de carreira e, com-
plementarmente, por uma série de cursos que compõem o conjunto das necessidades operacionais e
de serviços gerais e especializados da Marinha.
A formação marinheira faz parte do perfil profissional das praças e se caracteriza pelo de-
senvolvimento do pendor para as lides do mar e pela convicção de que sem a intimidade com o am-
biente marítimo, especialmente o naval, a praça não conseguirá guarnecer com eficiência e eficácia
os sistemas operativos disponíveis nos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais.
8.2.3 – Obtenção da Especialidade Militar
A Especialidade Militar é obtida e aferida por meio de cursos e estágios. Esta especialidade
obedece a um processo de ensino contínuo e progressivo, constantemente atualizado e aprimorado,
estendendo-se por meio de sucessivas fases de estudos e práticas.
8.2.4 – Classificação dos Cursos de Praças
CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS
Curso de Formação de Marinheiros (C-FMN)
Cursos de
Curso de Formação de Cabos (C-FCB)
Formação
Curso de Formação de Sargentos (C-FSG)
Cursos de Especialização (C-Espc)
Cursos de Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento (C-Esp-HabSG)
Carreira Cursos de Aperfeiçoamento (C-Ap)
Curso Especial de Habilitação para Promoção a Suboficial (C-Esp-HabSO)
Cursos Cursos de Subespecialização (C-Subespc)

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Cursos de Qualificação Técnica Especial (C-QTE)
Cursos Especiais (C-Esp), exceto os de Carreira.
Complementares
Cursos Expeditos (C-Exp)
Cursos Extraordinários (C-Ext)

8.2.5 – Cursos de Formação


Os Cursos de Formação de Praças são destinados à formação militar-naval básica e ao
preparo de militares para o exercício das funções peculiares às graduações iniciais da carreira dos
diversos Quadros.
a) Curso de Formação de Marinheiros (C-FMN) – é destinado ao preparo da praça
para o ingresso na carreira do Quadro de Praças da Armada (QPA).
b) Curso de Formação de Cabos (C-FCB) – é destinado ao preparo da praça para o
ingresso na carreira do Quadro Auxiliar Técnico de Praças (QATP), na graduação inicial de CB.
c) Curso de Formação de Sargentos (C-FSG) – é destinado ao preparo da praça para o
ingresso na carreira do Quadro Técnico de Praças da Armada (QTPA) e do Quadro de Músicos (QMU),
na graduação inicial de 3°SG.
8.2.6 – Cursos de Carreira
São estruturados e aplicados para propiciarem a obtenção progressiva da qualificação
requerida ao exercício dos cargos previstos nas TL. A aprovação nesses cursos é um dos requisitos
que permite o acesso às graduações superiores.
Cursos de Especialização
Os C-Espc são destinados a habilitar as praças para o cumprimento de tarefas profissionais
que exijam o domínio de conhecimentos e técnicas específicas.
Aquisição da Especialização
A especialização pode ser adquirida por meio de:
I) C-Espc, ministrados pela Marinha: ou
II) Cursos Profissionais Técnicos de Nível Médio (C-EPT), ministrado em instituições de
ensino extra-Marinha.
Seleção para os Cursos de Especialização
A seleção dos MN para os C-Espc é realizada durante o 2º ano da graduação e, para os
SD-FN, durante os anos em que completarem 3, 4, 5 ou 6 anos de efetivo serviço, dentre aqueles,
com parecer favorável das CPP, que preencham os requisitos para inscrição e matrícula nos cursos
estabelecidos neste plano.

O direcionamento dos MN e SD-FN para realização dos C-Espc tem como base:

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a) o interesse do serviço;
b) o desempenho na carreira;
c) as prioridades apresentadas pelos MN e SD-FN nos Questionários de Opções de Especia-
lidades (QOE) e nas Fichas de Opções para Curso de Especialização (FOCE), respectivamente;
d) o resultado da prova de conhecimentos profissionais para o QPFN; e
e) as vagas estabelecidas pela DPMM e pelo CPesFN, devidamente ratificadas quando da
promulgação do Plano Corrente.
Questionários de Opções de Especialidades e Fichas de Opções para Curso de Especia-
lização
Para subsidiar o processo de seleção para matrícula nos C-Espc, os MN deverão preencher
os QOE no início do 2º ano da graduação.
No caso dos MN, as opções para os C-Espc a serem realizados a partir de 2020 serão esco-
lhidas dentro da área para a qual o militar foi aprovado e classificado por ocasião do CPAEAM. De
acordo com a área cursada pela Praça durante a Especialização Inicial Continuada (EIC), na
2ª fase do C-FMN, ela será indicada para uma das especialidades de acordo com o quadro abaixo.
As subespecialidades da área de aviação também deverão ser escolhidas pelo militar com
base na área cursada na Especialização Inicial Continuada (EIC).
ÁREA ESPECIALIDADES
APOIO MR, SI, ES, PL, AR, CO, BA, EF, EP, SQ, AV (RV)
ELETROELETRÔNICA EL, CI, ET, DT, FR, OR, OS, CN, HN, AM, AV (VA, VN, CV, e VS)
MECÂNICA MC, MT, CA, CP, MO, MA, MG, AV (MV, SV, HV e EV)

Realização dos cursos de especialização


Os MN selecionados realizam os C-Espc durante o 3° ano da graduação.
Praças Especializadas
São consideradas especializadas as praças que:

a) tenham concluído, com aproveitamento, os respectivos C-Espc, a contar da data de con-


clusão desses cursos;
b) tenham seus C-EPT, de interesse da Administração Naval, oficialmente reconhecidos
pela MB; ou
c) tenham ingressado na carreira como CB, mediante o atendimento do requisito de conclu-
são de curso de educação profissional a que se refere a alínea b do inciso 2.10.2, a contar da data do
ato de nomeação.
Habilitação Técnica dos CB-EF

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As praças que cursarem o C-Espc-EF a partir de 2017 realizarão um Estágio Supervisiona-
do imediatamente posterior à conclusão do C-Espc, a fim de obterem a habilitação técnica em En-
fermagem. O Estágio Supervisionado será considerado parte do Estágio de Aplicação (EA) referen-
te ao C-Espc-EF.
Ao concluir o Estágio Supervisionado, o CB-EF receberá o conceito “SATISFATÓRIO” ou
“INSATISFATÓRIO”, de forma a não interferir na classificação obtida no final do C-Espc. Caso a
praça obtenha conceito “INSATISFATÓRIO”, será aplicado o que preceitua o inciso 3.20.5.
8.2.7 – Curso Especial de Habilitação Para Promoção a Sargento (C-Esp-HabSG)
Destinação do C-Esp-HabSG
É destinado ao revigoramento da formação militar-naval dos Cabos, de modo a prepará-los
para o exercício das futuras funções, com relevo à da liderança.
A conclusão deste curso é requisito para matrícula nos C-Ap.
Processo Seletivo para o C-Esp-HabSG

É realizado, anualmente, para todos os CB que estejam incluídos nas faixas fixadas no Plano
Corrente, que obtiverem parecer favorável da Comissão de Promoções de Praças (CPP).
8.2.8 – Cursos Complementares
São os destinados ao preparo das Praças para o exercício de determinadas atividades que
requerem conhecimentos técnico-profissionais não abordados ou adquiridos de forma superficial
nos Cursos de Carreira. São considerados como Cursos Complementares:
a) Cursos de Subespecialização (C-Subespc) – São destinados ao preparo das Praças,
especialmente selecionadas para o exercício de atividades especiais nas áreas de aviação naval e de
submarinos, que exigem aptidões ou habilitações complementares às que são conferidas pela
especialização.
b) Cursos de Qualificação Técnica Especial (C-QTE) – São destinados à qualificação dos
3°SG e 2°SG para o exercício de funções técnicas especiais, objetivando o seu emprego em
atividades de manutenção e reparo de alto escalão e, em atividades de ensino.
c) Cursos Especiais (C-Esp) – São de natureza permanente, regulados por instruções
específicas e destinados à preparação do pessoal para serviços que exijam qualificação especial não
conferida pelos C-Espc, C-Subespc e C-Ap.
d) Cursos Expeditos (C-exp) – Os C-Exp visam ao atendimento da necessidade eventual e
transitória de preparação de pessoal para áreas de interesse específico da MB, gerada pela constante
evolução e aprimoramento de técnicas e equipamentos. Os C-Exp suplementam a qualificação
técnico-profissional das praças, conforme a necessidade ocasional do serviço naval.

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e) Cursos Extraordinários (C-Ext) – São cursos de natureza transitória, realizados em
organizações extra-MB, destinados ao aprimoramento técnico do pessoal, visando a preencher, na
época considerada, lacunas deixadas pelos demais cursos previstos. Exemplos: Básico de Eletricista
de Manutenção (SENAI), Mecânica de Refrigeração (SENAI), Operações e Ajuste de Aviônicos.
8.2.9 – Estágios
As praças recém-cursadas cumprem Estágios com a finalidade de avaliação de desempenho
e adaptação à carreira naval.
Classificação dos Estágios
Os Estágios são classificados em:
- Estágio Inicial (EI);
- Estágio de Aplicação (EA); e
- Estágio de Habilitação a Sargento (Est-HabSG).
A contagem do período de realização do Estágio terá início na data de apresentação da praça
na OM.
Finalidades dos Estágio
As praças recém-cursadas cumprem Estágios com a finalidade de avaliação do desempenho
e adaptação à carreira naval, após a conclusão dos C-FMN, C-FCB, C-Espc, C-Subespc,
C-Esp-HabSG, C-Ap, C-QTE.
Destinação dos Estágios
a) Estágio Inicial (EI) – Destina-se à avaliação das Praças ao longo do primeiro ano de
Serviço, com o propósito de manter no SAM apenas aquelas perfeitamente adaptadas à Carreira
Naval. Sua conclusão, com avaliação satisfatória, é requisito para a concessão do Engajamento.
b) Estágio de Aplicação (EA) – Destina-se à avaliação do desempenho das Praças, após a
conclusão dos C-Espc, C-Subespc, C-Ap, C-Esp-HabSG (para as Praças dispensadas do C-Ap),
C-QTE, C-Ext, e C-Esp,
c) Estágio de Habilitação a Sargento (Est-HabSG) – Destina-se a preparar os CB dos
Quadros Especiais para a promoção a 3°SG. (15: Port nº 149/MB)
8.2.10 – Programa de qualificação em Serviço e programa de acompanhamento da especiali-
zação Continuada
Programa de Qualificação em Serviço (PQS)
O PQS será realizado a bordo de navios pelos MN, durante o 1º ano da graduação, com o
propósito de complementar o desenvolvimento de competências iniciado no C-FMN. Para tanto, o
MN deverá ser lotado em Departamento/Divisão do navio responsável por tarefas técnicas relacio-

OSTENSIVO 7-13 REV. 7


nadas às especialidades vinculadas à área de sua Especialização Inicial Continuada (EIC) na EAM:
Eletroeletrônica, Mecânica ou Apoio.
O PQS será aplicado a partir da T. 1/2017 da EAM e sua avaliação final satisfatória também
será requisito para a concessão do engajamento a partir da T. 1/2020 da EAM.
Programa de Acompanhamento da Especialização (PAEC)
O PAEC será realizado a bordo ou em OM de terra pelos MN, durante o 2º ano da gradua-
ção, com o propósito de aprofundar conhecimentos em disciplinas afetas à área de sua Especializa-
ção Inicial Continuada (EIC) na 2ª fase do C-FMN.
O PAEC será planejado e desenvolvido sob coordenação da DEnsM, sendo aplicado a partir
da T. 1/2017 da EAM e funcionando como requisito para matrícula no CEspc a partir da T. 1/2020
da EAM.
Quadro Sinótico dos Cursos Estágios
Os cursos de carreira, os estágios, os requisitos exigidos e os elementos de planejamento são deta-
lhados no quadro a seguir:
Obs: O quadro sinótico encontra-se no próprio PCPM. O instrutor deverá expor du-
rante a aula.
8.3 – CARREIRA DAS PRAÇAS
Propósito
Este capítulo tem o propósito de estabelecer normas gerais sobre o desenvolvimento da car-
reira, desde o ingresso até a exclusão da praça do SAM.
8.3.1 – Filosofia da Carreira de Praças
A filosofia da carreira das praças tem como base os Corpos e Quadros, as graduações, os
cargos e os cursos de carreira. Os Corpos e Quadros agrupam as carreiras das praças de acordo com
as suas naturezas e especificidades. Os graus hierárquicos definem os níveis hierárquicos das praças
caracterizados pelas diversas graduações e círculos. A promoção significa a ascensão à graduação
superior e depende do atendimento de requisitos próprios. Os cargos propiciam as funções exercidas
pelas praças e inserem-se nas TL. Os cursos de carreira preparam as praças para o exercício de car-
gos atinentes à graduação em que se encontram e às graduações subsequentes. Os cursos comple-
mentares desenvolvem e profundam os conhecimentos das praças em áreas específicas de interesse
do serviço.
A carreira de praças é privativa dos brasileiros que ingressaram nos Corpos e Quadros pre-
vistos no Art. 1.3 deste Plano.

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A carreira das praças prevê transferências compulsórias de praças entre Corpos e Quadros e,
também, transferências a pedido, mediante requerimento, que serão atendidas caso concorram para
o interesse do serviço.
8.3.2 – Organização dos Planos de Carreira dos Quadros
Os planos de carreira estão organizados por Quadros e estão descritos nos Anexos A a G.
Cada plano é constituído de um cronograma e de informações referentes aos requisitos para o aces-
so às graduações. Também fazem parte dos planos o interstício de planejamento e as informações
referentes ao planejamento da carreira, tais como: os períodos de realização dos cursos de carreira e
a obrigatoriedade do embarque ou tropa.
Desenvolvimento da Carreira
A carreira é planejada de modo a se desenvolver na forma indicada a seguir, onde o sentido vertical
indica o acesso na hierarquia mediante incorporação, declaração, nomeação e promoção; e o sentido
horizontal indica as transferências entre Quadros programadas de acordo com este Plano.

8.3.3 – Ingresso na Carreira


A Carreira é privativa das Praças que ingressam nos Quadros do CPA, e CAP. Inicia-se com
a matrícula nos cursos de formação e obedece às diversas sequências de graduações, que constituem

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as escalas hierárquicas de cada Quadro.
O ingresso na carreira de praças é facultado a todos os brasileiros que satisfaçam as condições
estabelecidas no art. 6° do RPPM, mediante matrícula e incorporação nos cursos de formação e no-
meação.
8.3.4 – Habilitações exigidas para o ingresso
Para ingresso nos Quadros, exige-se que os candidatos tenham as seguintes habilitações
mínimas:
HABILITAÇÕES MÍNIMAS EXIGIDAS PARA O INGRESSO
EDUCAÇÃO FORMAÇÃO
BÁSICA DE NÍVEL PROFISSIONAL
QUADRO MILITAR-NAVAL
QPA e QAP Médio completo - C-FMN
QPAS Igual ao QPA/QAP ou QTPA, dependendo da origem.
QTPA Médio completo Diploma de C-EPT C-FSG
QATP Médio completo Diploma de C-EPT C-FCB
QMU Médio completo - C-FSG

8.3.5 – Incorporação
Os matriculados nos termos do inciso anterior são incorporados às Escolas ou aos Centros
de Instruções em que os cursos de formação são realizados, a contar da data da matrícula, como
Praça Especial ou, no caso de já possuírem graduação, como Praça Graduada, de acordo com a
tabela abaixo.
MATRÍCULA E INCORPORAÇÃO DOS CANDIDATOS
MATRICULADOS NO INCORPORADOS COMO PRAÇA ESPECIAL
C-FSG AFSG
C-FCB GR
C-FMN AM
C-FSD RC-FN

8.3.6 – Nomeação
As Praças que concluírem com aproveitamento os cursos de formação são nomeadas, por
portarias da DPMM, da seguinte forma:
a) 3°SG de Carreira, do QTPA ou, do QMU, nas especialidades pelas quais concorreram
quando do ingresso.
b) CB de Carreira, do QATP, nas especialidades pelas quais concorreram quando do
ingresso.
c) MN de Carreira, do QPA.

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8.3.7 – Colocação das Praças na Graduação Inicial
A ordem hierárquica de colocação das Praças nas graduações iniciais resulta da ordem de
classificação no respectivo curso de formação.
8.3.8 – Compromissos de Tempo de Serviço
São as obrigações que a Praça assume, voluntariamente, de permanecer no SAM, por um
período de tempo variável.
Os compromissos são classificados em:
a) Compromisso inicial – Formalizado antes da nomeação, é o primeiro que a Praça
assume, o de permanecer no SAM, por um período de dois anos, contados a partir da data de sua
nomeação.
b) Compromissos Decorrentes das Prorrogações do Tempo de Serviço – É a
prorrogação do Tempo de Serviço concedida, uma ou mais vezes, como engajamento ou
reengajamento, às Praças sem estabilidade, desde que o requeiram, segundo as conveniências do
serviço.
c) Compromisso de Cursos ou Estágios – É a obrigação que a Praça assume,
voluntariamente de permanecer no SAM, por um determinado período de tempo, para realizar
cursos ou estágios, por conta da União. O compromisso de curso ou estágio, de duração superior a
seis meses, realizado no estrangeiro, será obrigatoriamente de três anos.
8.3.9 – Engajamento e Reengajamento
- Engajamento é a primeira Prorrogação Voluntária do Tempo de Serviço, uma vez
terminado o tempo do Compromisso Inicial.
- Reengajamento é a Prorrogação Voluntária do Tempo de Serviço, uma vez terminado o
engajamento ou, o reengajamento anterior.
Concessão do Engajamento e dos Reengajamentos
O engajamento e os reengajamentos podem ser concedidos, pela autoridade competente, às
praças de qualquer graduação que o requeiram, dentro das exigências estabelecidas neste Plano e
das condições e prazos fixados pelos DGPM e CGCFN.
Os requisitos para engajar ou reengajar são os seguintes:
a) comportamento: igual ou superior a 70 (setenta) pontos.
b) AMC: igual ou superior a 7 (sete) pontos.
c) Para os MN, terem sido selecionados para o C-Espc, durante o 2 anos da graduação ou,
terem sido considerados especializados.
d) Para os SD-FN, terem sido selecionados para o C-Espc, do 3° até o 6° ano da
graduação.

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e) Para os CB do CPA e do CAP, terem sido aprovados e classificados dentro do número
de vagas para o C-Esp-HbSG até 9 anos de efetivo serviço e, excepcionalmente, para os CB do
CPFN que cursaram o C-Esp no 7º ano de efetivo serviço, terem sido aprovados e classificados
dentro do número de vagas para o C-Esp-HabSG até 9 anos e seis meses de efetivo serviço, levando
em consideração, na contagem desse tempo, aquele prestado anteriormente às às Forças Armadas.
f) Ter alcançado os índices mínimos exigidos pelo TAF.
g) Não estar com o prazo de validade da última inspeção de saúde periódica vencida, até a
data inicial da prorrogação de tempo de Serviço Militar.
h) A Praça não ter sido considerada definitivamente incapaz para o SAM.
Aquisição de Estabilidade
Nos casos em que a Praça ainda não tenha adquirido a estabilidade, a concessão do reengaja-
mento que lhe permita completar dez anos de Efetivo Serviço fica condicionada ao cumprimento
dos requisitos constantes do inciso 3.5.7 e, ao interesse do Serviço.
8.3.10 - Obrigatoriedade de Compromisso de Tempo
Nenhuma Praça sem estabilidade servirá sem Compromisso de Tempo de Serviço, a não ser
durante o período necessário à efetivação de sua exclusão do SAM, ressalvados os casos previstos
em lei.
Promoções
Promoção é o ato de acesso à Hierarquia Militar, que tem como finalidade básica o
preenchimento, seletivo, gradual e sucessivo das vagas relativas à graduação superior.
Critérios de Promoção
a) antiguidade; e
b) merecimento.
As promoções ainda podem ser efetuadas por bravura e “post mortem”.
Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.
Promoção por Antiguidade
Promoção por antiguidade é aquela que se baseia na precedência hierárquica de uma praça
sobre as demais de igual graduação, dentro do mesmo Corpo ou Quadro.
Promoção por Merecimento
Promoção por merecimento é aquela que se baseia no conjunto de qualidades e atributos que
distinguem e realçam o valor da praça entre seus pares, avaliadas no decurso da carreira e no de-
sempenho de cargos e em comissões exercidas.
Promoção por Bravura

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Promoção por bravura é aquela que resulta de ato ou atos não comuns de coragem e audácia
que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, representem feitos indispensáveis
ou úteis às operações militares, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emana-
do.
Promoção Post Mortem
Promoção “post mortem” é aquela que visa a expressar o reconhecimento da Pátria à praça
falecida no cumprimento do dever ou em consequência disto, ou reconhecer o direito da praça a
quem cabia a promoção, não efetivada por motivo do óbito.
Promoção em Ressarcimento de Preterição
Promoção em ressarcimento de preterição é aquela feita após ser reconhecido à praça prete-
rida o direito à promoção a que fazia jus.
Condições básicas para promoção
Para ser promovida pelos critérios de antiguidade e merecimento, a praca precisa ser
incluída em Quadro de Acesso. Para o ingresso em Quadro de Acesso, e necessário que a praça
satisfaça os seguintes requisitos essenciais:
a) condições de acesso:
São condições de acesso
- interstício;
- aptidão física; e
- condições peculiares a cada graduação dos diferentes Corpos e Quadros.
b) conceito profissional e conceito moral; e
c) comportamento.
Datas das Promoções
As promoções das praças e as datas limites para abertura de vagas para as respectivas
promoções são fixadas no REGULAMENTO DE PROMOÇÕES DE PRAÇAS DA
MARINHA (RPPM), de acordo com a seguinte tabela:
DATAS DAS PROMOÇÕES VAGAS ABERTAS ATÉ
11 de junho 10 de maio
13 de dezembro 10 de novembro

Quadro de Acesso - Quadro de Acesso são relações de praças de cada Corpo ou Quadros,
organizadas por graduações, para as promoções por antiguidade e merecimento.
Interstícios - Interstício é a condição de acesso representada pelo tempo mínimo de perma-
nência em cada uma das graduações dos diversos Corpos e Quadros, em efetivo serviço.

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Interstícios de Planejamento - Os interstícios de planejamento são fixados de modo que as
praças, em condições normais, possam alcançar a última graduação da hierarquia de seu Quadro, ao
partir do 25° ano de tempo de carreira, contado a partir da data de sua nomeação.
Fixação dos Interstícios de Planejamento - São fixados, em anos, os seguintes interstícios
de planejamento para as graduações dos diversos Corpos e Quadros:
INTERTÍCIOS DE PLANEJAMENTO
CPA CPN CAP
GRAD
QPA QEPA QPAS QTPA QPFN QMU QEFN QCPFN QAP QATP QTP QEAP
1ºSG 5 - 7 8 5 8 - - 5 6 8 -
2ºSG 5 - 7 8 5 8 - - 5 6 8 -
3ºSG 5 5 3 8 6 9 5 5 5 6 9 5
CB 6 18 4 - 5,5 - 18 18 6 6 - 18
MN/SD 3 5 - - 4 - 4 4 3 - - 5
TOTAL 24 28 21 24 25,5 25 27 27 24 24 25 28

Aptidão Física
A Aptidão Física é avaliada por intermédio de inspeções de saúde periódicas e de testes de
aptidão física, realizados de acordo com normas específicas.
Condições Peculiares de Acesso
São condições peculiares de acesso a cada Corpo ou Quadro:
a) Cursos e estágios realizados de acordo com as disposições previstas no PCMP.
b) Tempo de Embarque, condição exigida para o acesso à Carreira das Praças do CPA.
c) Tempo de tropa, condição exigida para o acesso na carreira das praças do CPFN,
exceto para as praças das especialidades de CT, EF e MU; e
d) Tempo de exercício de função técnica, condição exigida para o acesso na carreira dos
SG que concluírem o C-TQE, das praças do CAP, do CPA da especialidade de EF e do CPFN das
especialidades de CT, EF e MU.

CURSOS E ESTÁGIOS EXIGIDOS PARA AS PROMOÇÕES


CURSO OU ESTÁGIO PROMOÇÃO A QUADROS
C-Espc CB QPA, e QAP
C-Esp-HabSG 3°SG QPA, QPAS, QAP e QATP
Est-HabSG 3°SG QEPA, e QEAP
Todos os Quadros, exceto os Especiais, e o
EA do C-Ap 2º
QATP.
QPAS, quando militar ingressou do
EA do C-Subespc-SB 2ºSG QPA/QAP já com 3ºSG, e QTPA, quando
militar realizou o C-Subespec-SB.

OSTENSIVO 7-20 REV. 7


CURSOS E ESTÁGIOS EXIGIDOS PARA AS PROMOÇÕES
CURSO OU ESTÁGIO PROMOÇÃO A QUADROS
EA do C-Esp-HabSG 2ºSG QATP
C-Esp-HabSO SO Todos os Quadros, exceto os Especiais

TEMPOS MÍNIMOS DE EMBARQUE FIXADOS PARA AS PROMOÇÕES


GRAD ESPECIALIDADES TEMPO DE EMBARQUE
MN - Um ano na carreira.
CB Todas Um ano na graduação.
AV, AR, CO, ES, MR, SI, Um ano como SG ou, possuir “Medalha Mérito Marinheiro”
1°SG CP, MT, MC, PL, CN e com uma âncora.
MG.
Dois anos, como SG ou possuir “Medalha Mérito
1ºSG AM, EL, CI, MO, ET, DT,
OR, OS, HN, CA e MA Marinheiro” com duas âncoras.

Obs.: As demais informações sobre a Carreira Militar, encontra-se no Plano de Carreira de Praças
da Marinha (PCPM), disponível na Intranet na página da DGPM.
8.3.11 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE PRAÇAS (ModEAD)
A ModEAD será aplicada a todas as Praças da ativa, com exceção daqueles servindo em
comissão fora do âmbito da MB, no país ou no exterior.
Na ModEAD, a avaliação é composta por vinte e sete (27) itens, classificados em três tipos,
onde serão atribuídos, pelo avaliador, graus de zero (0) a dez (10). Os itens a avaliar serão
distribuídos da seguinte forma:

a) Marinheiro (MN):
DESEMPENHO NA
ATRIBUTOS MORAIS ATRIBUTOS PROFISSIONAIS
INCUMBÊNCIA
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
Lealdade Disciplina Iniciativa
Coerência de Atitudes Motivação Conhecimento Profissional
Equilíbrio Emocional Higidez Física Atitude Militar
Espírito de Cooperação Interesse pela Carreira Prontidão
Zelo
b) Cabo (CB)
ATRIBUTOS DESEMPENHO NA
ATRIBUTOS MORAIS
PROFISSIONAIS INCUMBÊNCIA
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
Lealdade Disciplina Iniciativa
Coerência de Atitudes Motivação Conhecimento Profissional
Equilíbrio Emocional Higidez Física Atitude Militar

OSTENSIVO 7-21 REV. 7


Espírito de Cooperação Interesse pela Carreira Prontidão
Comportamento Social Liderança Militar Zelo
Expressão Oral

c) Sargento (SG)
ATRIBUTOS DESEMPENHO NA
ATRIBUTOS MORAIS
PROFISSIONAIS INCUMBÊNCIA
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
Lealdade Disciplina Iniciativa
Coerência de Atitudes Motivação Conhecimento Profissional
Equilíbrio Emocional Higidez Física Atitude Militar
Espírito de Cooperação Interesse pela Carreira Expressão Oral
Comportamento Social Liderança Militar Expressão Escrita
Coragem Moral Capacidade Decisória Capacidade Administrativa

d) Suboficial (SO)
ATRIBUTOS DESEMPENHO NA
ATRIBUTOS MORAIS
PROFISSIONAIS INCUMBÊNCIA
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
Lealdade Disciplina Iniciativa
Coerência de Atitudes Motivação Conhecimento Profissional
Equilíbrio Emocional Higidez Física Conhecimento Militar
Espírito de Cooperação Interesse pela Carreira Expressão Oral
Comportamento Social Liderança Militar Expressão Escrita
Coragem Moral Capacidade Decisória Capacidade Administrativa
Senso de Justiça Cultura Geral Autonomia

Aptidão para a Carreira (AC)


A Aptidão para a Carreira espelha a dedicação ao Serviço Naval. Seu cálculo será obtido por
meio de média aritmética de todos os Atributos Morais/Atributos Profissionais/Desempenho na
Incumbência. Na ModEAD, a AC é será expressa com uma casa decimal. A equivalência das
avaliações qualitativas (Notas) da AC, é apresentada na tabela seguinte.

NOTA CONCEITO EQUIVALENTE


Maior ou igual a 9 Excelente Excelente
Maior ou igual a 8 e Menor que 9 Muito Bom Muito Bom
Maior ou igual a 7 e Menor que 8 Bom Bom
Maior ou igual a 5 e Menor que 7 Aceitável Aceitável

OSTENSIVO 7-22 REV. 7


Menor que 5 Deficiente Deficiente
Aptidão Média para a Carreira (AMC)
A Aptidão Média para a Carreira é obtida por intermédio do somatório de todas as AC,
dividido pelo somatório de todos os semestres, desde o ingresso no Corpo de Praças da Armada
(CPA), no Corpo Auxiliar de Praças (CAP) ou no Corpo de Praças de Fuzileiros Navais (CPFN). As
Praças nomeadas/promovidas à graduação de 3ºSG iniciam novo cômputo de AMC. Na ModEAD,
AMC é transformada para 0 a 10, por meio da duplicação dos valores da AC da antiga EAD,
somado aos novos valores de AC da ModEAD, que já apresentam o valor de 0 a 10, e depois
dividido pelo somatório de todos os semestres seguindo a regra acima. Ela será expressa com duas
casas decimais.

Pendor para Acesso à Graduação de 3ºSG (para CB) – (0 a 10)


O pendor para acesso à graduação de 3ºSG, para os Cabos, exprime o nível do
conhecimento técnico e a aptidão para o desempenho de funções de liderança. Serão atribuídos,
pelo avaliador, graus de zero (0) a dez (10). A equivalência das avaliações qualitativas (Notas), de
cada Recomendação, é apresentada na tabela seguinte.
Pendor para acesso à graduação de 3ºSG
NOTA CONCEITO EQUIVALENTE
8 a 10 Recomendo com Empenho
5a7 Recomendo
0a4 Não Recomendo

Folha de Informações de SG / Folha de Informações de SO - FIS (para SO e SG) – (0 a 10).


As recomendações para o Oficialato, Promoção por Merecimento e Função de Instrutoria
permanecerão na Avaliação de SG. No caso da avaliação dos 1ºSG, foi incluída a recomendação
para Suboficial-Mor. No caso da avaliação de SO, a Promoção por Merecimento será substituída
pela recomendação para Suboficial-Mor. Serão atribuídos, pelo avaliador, graus de zero (0) a dez
(10). A equivalência das avaliações qualitativas (Notas), de cada recomendação, é apresentada na
tabela seguinte.

OSTENSIVO 7-23 REV. 7


Recomendações (SO/SG)
NOTA CONCEITO EQUIVALENTE
8 a 10 Recomendo com Empenho
5a7 Recomendo
0a4 Não Recomendo

Justificativa – O Item onde o avaliador deverá justificar as avaliações das Praças que
obtiverem AC com conceitos equivalentes a “Aceitável” e “Deficiente”. Será obrigatório o
preenchimento de, no mínimo, duzentos (200) caracteres na justificativa.

Reunião de Aconselhamento – Item onde o avaliador deverá registrar a realização da


Reunião de Aconselhamento, com base na Aptidão para Carreira (AC) das Praças:
a) de caráter obrigatório - para Praças que obtiverem AC com conceitos equivalentes
a “Aceitável” e “Deficiente”; e
b) de caráter discricionário - para Praças que obtiverem AC com conceitos
equivalentes a “Bom” e “Muito Bom”.

OSTENSIVO 7-24 REV. 7

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