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ENG-ETS-ON-T008.

02/00

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - SERVIÇO DATA: 10/05/2019

INSPEÇÃO EM TRILHOS POR ULTRASSOM - OPERAÇÃO NORTE

1. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Estabelecer as condições da via para a circulação de trens e as


manutenções de via a serem realizadas pelas equipes de campo, em função
das inspeções por ultrassom nos trilhos e soldas da RUMO.

1.1. DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

1.1.1 Objetivo

Fixar as condições técnicas exigíveis para execução da atividade de


inspeção por ultrassom nos trilhos da malha ferroviária e Estaleiro de Soldas
da Operação Norte da RUMO, bem como os prazos de tratamento dos
defeitos detectados.

1.1.2 Definições e siglas

Para efeito de compreensão e aplicação deste padrão, será adotada a


seguinte terminologia:

• US: Ultrassom
• CCO: Centro de Controle Operacional
• PCM: Planejamento e Controle da Manutenção
• VMA: Velocidade máxima autorizada
• MTBT: Milhões de Toneladas Brutas Transportadas
• Inspeção continua: Inspeção realizada ao longo da via utilizando
equipamento mecanizado (como por exemplo, trolley de inspeção,
veículos rodoferroviários e ferroviários);
• Inspeção manual: Inspeção realizada com aparelho portátil utilizando
varredura manual;
• Descontinuidade: Interrupção das estruturas típicas de um material,
de forma intencional ou não, no que se refere à homogeneidade de
características físicas, mecânicas ou metalúrgicas;
• Defeito: Descontinuidade que compromete as funções do trilho ou
solda, prejudicando ou impedindo a sua utilização;
• Fratura: Condição em que há rompimento da estrutura do trilho, com

1 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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separação de partes;
• Trinca: Descontinuidade na estrutura do trilho, que não chega a
separar partes do mesmo;
• Boleto: Região superior da seção do trilho. Para cálculos de desgaste
de área, limita-se o boleto pelo prolongamento das duas retas que
definem a borda inferior de suas laterais (figura 1);
• Alma: Região intermediária da seção do trilho, com orientação vertical
(figura 1);
• Patim: Região inferior da seção do trilho, com configuração
horizontal. A área do patim deve ser calculada até o prolongamento
das duas retas que definem a borda superior de suas laterais (figura
1).

Figura 1 - Regiões do Perfil do Trilho

• Planos de Orientação: definem-se três planos geométricos para


orientação dos defeitos (horizontal, transversal e vertical). Os planos
horizontal e vertical estendem-se na direção longitudinal do trilho, e
o plano transversal é perpendicular aos outros dois, cortando o trilho
de maneira a mostrar seu perfil (figura 2):

Figura 2 - Planos de Orientação


2 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.
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2. EXIGÊNCIAS TÉCNICAS

2.1. Frequência de utilização

Conforme MTBT de cada trecho. ENG-DSV-VP-ETS-E003 - Limites


Geométricos de Segurança da Superestrutura. No caso do Estaleiro de
Soldas, conforme ENG-ETS-ON-T010 01 00 - Soldagem Flash-butt de
Trilhos - Critérios e Parâmetros das soldas.

2.2. Responsabilidades

2.2.1. A equipe de PCM deverá controlar os prazos máximos para a


execução dos serviços, gerenciando junto ao CCO os intervalos para
realização das correções apontadas e as restrições de velocidade que
se tomarem necessárias.

2.2.2. A equipe de manutenção da via permanente deverá executar as


correções exigidas no relatório de inspeção por ultrassom atendendo
aos prazos das ações.

2.2.3. A equipe de inspeção ultrassônica deverá assegurar que o


procedimento de inspeção seja cumprido de maneira correta e
segura, garantindo a confiabilidade da inspeção e do equipamento.

2.2.4. O Centro de Controle Operacional (CCO) deverá respeitar as restrições


de velocidade do trecho de acordo com as condições da via relatadas
pela inspeção por ultrassom.

2.3. Referências

- Infovia nº 006/2008 – Defeitos em trilhos;


- Federal Railroad Administration – Track Safety Standards Compliance
Manual;
- Rail Defect Manual,Rev.5/16 – Sperry;
- AREMA – Chapter 4;

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3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Veículos;
Equipamentos de inspeção por ultrassom semiautomáticos;
Marcador industrial ou similar.
Equipamento de ultrassom similares ou de capacidade de detecção
superior aos indicados na tabela a seguir:

Fabricante Modelo
GE / Krautkramer USM 35; USM 36; USM Go;

- Cabeçotes recomendados:

Fabricante Modelo Tipo


Angulo Dimensão Frequéncia
(Graus) Cristal (mm) (MHz)
Krautkramer/GE MB4SN Normal 0 610 2 ou 4
Krautkramer/GE MSEB4H Duplo Cristal 0 610 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB45 N4 Angular 45 8X 9 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB 60 N4 Angular 60 8X 9 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB 70 N4 Angular 70 8X9 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB45 N2 Angular 45 8X9 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB 60 N2 Angular 60 8X9 2 ou 4
Krautkramer/GE MWB 70 N2 Angular 70 8X 9 2 ou 4

Lixas, escovas e materiais de limpeza para eliminação de óxidos na


região inspecionada;
Acoplante de metil celulose dissolvido em água;
Rádios de comunicação;
Jogo de bandeiras de sinalização;

4. DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTO

4.1. CONDIÇÕES GERAIS

a) Realizar análise de riscos inerente à atividade. Alertar para risco de


atropelamento para atividades realizadas em conjunto com a
operação ferroviária.
b) Utilizar EPIs necessários a atividade: botina, capacete, perneira,
óculos de proteção, protetor auricular e demais equipamentos de
proteção individual e/ou coletivo definidos pela área de segurança
ocupacional da RUMO.

4 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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4.2. Classificação dos defeitos

Os defeitos nos trilhos terão sua classificação conforme seu nome original
em inglês; para facilitar a consulta em “papers” e literatura internacional,
bem como evitar divergências e erros de interpretação na identificação e
estudo dos mesmos.

EBF - ENGINE BURN FRACTURE (“Defeito” por queima de patinação): É


uma fratura no plano transversal, provocada pela patinação de roda, que se
desenvolve logo abaixo da marca de patinação, se encaminha em direção
a alma do trilho de modo rápido e no sentido da parte externa do boleto.

Figura 3 – Trinca de patinação de roda ou EBF.

Figura 4 - Patinagem que originou um defeito

5 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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TD - TRANSVERSE DEFECT (Defeito Transversal): É uma fratura no plano


transversal, de modo progressivo, se desenvolve somente na seção
transversal do trilho. Inicia-se a partir de um ponto, núcleo ou imperfeição
do boleto. Se desenvolve de forma circular, exibindo anéis de crescimento
(conforme os 6 da figura 6), até atingir substancial porção do boleto. Seu
crescimento inicial é relativamente lento até atingir 20% a 25% do boleto, e
muito rápido a partir deste estágio.

Figura 5 - Fratura TD ou fratura transversal.

Figura 6 – Fratura TD ou fratura transversal.

6 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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DWP - DEFECTIVE WELD PLANT (Defeito transversal em solda de estaleiro):


É uma trinca que se desenvolve no plano transversal, a partir de algum
defeito interno da solda de estaleiro (Inclusão, incrustação e ou colapso de
material).

Figura 7 – Fratura DWP ou fratura em solda elétrica.

Figura 8 – Trinca DWP ou trinca em solda elétrica.

7 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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DWF - DEFECTIVE WELD FIELD (Defeito transversal em solda


aluminotérmica): É uma trinca que se desenvolve no plano transversal, a
partir de algum defeito interno da solda de campo (Inclusão, incrustação e
ou colapso de material).

Figura 9 – Trinca DWF ou trinca em solda aluminotérmica.

Figura 10 - Trinca DWF ou trinca em solda aluminotérmica.

8 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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TDF – TRANSVERSE DEFECT ON FOOT (Trinca transversal no patim): É uma


trinca no patim do trilho que se desenvolve no plano transversal, apresenta
uma pequena mancha escura no local da origem da descontinuidade,
geralmente após atingirem dimensões próximas de 10 mm a propagação
da trinca ocorre de forma praticamente instantânea. É uma trinca com
grande dificuldade de identificação por inspeção contínua de ultrassom, já
que o mesmo pode identificar apenas na região da projeção da alma.

Figura 11 – Fratura TDF ou fratura por trinca transversal no patim.

Figura 12 – Fratura TDF ou fratura por trinca transversal no patim.

9 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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TDX – TRANSVERSE DEFECT MULTIPLE (Trincas Transversais Múltiplas):


São trincas no plano transversal, de modo progressivo, se desenvolvem
somente na seção transversal do trilho. Sendo consideradas múltiplas
quando estiverem dentro de uma mesma barra de 12 ou 24m.

Figura 13 – Trincas TDX ou trincas transversais múltiplas.

BHC – BOLT HOLE CRACK (Trinca nos furos): São trincas que ocorrem no
plano longitudinal ou transversal que se iniciam nos furos e sua propagação
tende a ocorrer diagonalmente para o boleto, patim ou em direção ao outro
furo.

Figura 14 – Trinca BHC ou trinca nos furos.

10 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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Figura 15 - Trinca BHC ou trinca nos furos.

VSH - VERTICAL SPLIT HEAD (Trinca vertical no boleto): É uma fratura no


plano vertical, se desenvolve de modo progressivo e longitudinalmente ao
centro do boleto. Podendo atingir acima de 2m ao longo do comprimento
do trilho. O seu crescimento é rápido até que a trinca aflore em algum ponto
da extensão do trilho já trincado.

Figura 16 – Trinca vertical no boleto ou VSH.

11 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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Figura 17 - Trinca vertical no boleto ou VSH

HWS - HEAD and WEB SEPARATION (Separação boleto e alma): É uma


fratura no filamento boleto / alma que se desenvolve inicialmente no plano
horizontal de modo progressivo, podendo atingir até 25 cm de extensão e
então se encaminha rapidamente para baixo em direção ao patim.

Figura 18 - Trinca HWS.

Figura 19 – Trinca HWS.

12 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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WFS – WEB and FOOT SEPARATION (Separação alma e patim): É uma fratura
no filamento alma / patim que se desenvolve no plano horizontal de modo
progressivo, podendo atingir até 25 cm de extensão e então se encaminha
rapidamente para cima em direção a alma. Predominantemente existe
quebra do patim.

Figura 20 – Fratura WFS ou fratura de separação alma e patim.

Figura 21 – Fratura WFS ou fratura de separação alma e patim.

13 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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HSW – HORIZONTAL SPLIT WEB (Trinca Horizontal na Alma): É uma fratura


no plano horizontal que se desenvolve de modo progressivo, rápido e
longitudinalmente, no meio da alma podendo irradiar para todas as direções
do trilho.

Figura 22 – Trinca HSW ou horizontal split web.

HSH - HORIZONTAL SPLIT HEAD (Trinca horizontal no boleto): É uma fratura


no plano horizontal que se desenvolve de modo progressivo,
longitudinalmente e paralela ao topo do boleto, distanciando da superfície
de rolamento no mínimo 1/3 da altura do boleto. Pode atingir acima de 20
cm ao longo do trilho. O seu crescimento é rápido ao longo do seu
comprimento, podendo mudar sua orientação para o plano transversal.

Figura 23 – Trinca horizontal no boleto ou HSH.

14 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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DWPCO - DEFECTIVE WELD PLANT (Defeito horizontal em solda de


estaleiro): É uma trinca que se desenvolve no plano horizontal, a partir de
algum defeito interno da solda de estaleiro (Inclusão, incrustação e ou
colapso de material), podendo irradiar para qualquer direção.

Figura 24 - Trinca DWPCO - Defeito horizontal em solda de estaleiro

DWFCO - DEFECTIVE WELD FIELD (Defeito horizontal em solda


aluminotérmica): É uma trinca que se desenvolve no plano horizontal, a partir
de algum defeito interno da solda aluminotérmica (Inclusão, incrustação e
ou colapso de material), podendo irradiar para qualquer direção.

Figura 25 - DWFCO - Defeito horizontal em solda aluminotérmica

DEFEITOS SUPERFICIAIS: São considerados como defeitos superficiais o


“Head-Check”, “Flaking”, “Shelling”, “Spalling”, “Corrugação”, “Center

15 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.


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Crack”, “Squat” e “Patinado” geralmente provenientes do colapso do


material, fadiga ou anomalia externa.

Figura 26 – Trilho com defeitos superficiais.

BR – BROKEN RAIL (Trilho Quebrado): Quando durante uma inspeção de US


é encontrado um trilho quebrado.

Figura 27 - Trilho Quebrado.

IDU (LOC) – LOSS OF COUPLING (Inspeção Deficiente): Ocorre quando a


inspeção por ultrassom é prejudicada ou mesmo impedida devido à má
condição da superfície de rolamento do trilho, ora impedindo o acoplamento
16 Elaboração: Decio Vincenzi, Matheus Cazonatto.
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dos sensores, ora dispersando o sinal (pulso-eco). Esta situação ocorre em


trilhos com graxa, severo desgaste lateral/vertical, defeitos superficiais ou
ferrugem.

Figura 28 - Trilho impróprio para inspeção.

Figura 29 – Trilho impróprio para inspeção.

No caso de IDU (LOC), o seguinte tratamento deve ser dado:

Prazo para
Condição Local Ação imediata
Eliminação do IDU
PN, Ponte, PU, Viaduto e Túnel Corredor Restrição para 15 km/h 7 dias
PN, Ponte, PU, Viaduto e Túnel Ramal Restrição para 15 km/h 15 dias
Desgaste acima do limite Corredor Restrição para 15 km/h 30 dias
Desgaste acima do limite Ramal Restrição para 15 km/h 90 dias
Corrugado, Invertido, Escamado Corredor/ Ramal Restrição para 40 km/h 180 dias
Demais Corredor/ Ramal Acompanhar com ronda quinzenal -

Dependendo da causa do IDU, existe uma forma de eliminação, como


forma de orientar as possíveis formas de eliminação, segue:

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Causas Eliminação
Excesso de Graxa Limpeza/Adequação do Lubrificador
Desgaste Severo Substituição
Defeitos Superficiais Esmerilhamento (quando na rota) ou Substituição
Ferrugem Esmerilhamento (quando na rota) ou Substituição

Em casos de IDU com causas de graxa sobre o trilho, oxidação, pós esmerilhamento e lastro
alto em que o equipamento de ultrassom não consiga realizar a inspeção haverá um prazo
de 6 dias antes da entrada de restrição de 15 km/h. Ele permanecerá até ser resolvida a
causa.

A marcação do IDU (LOC) deve ser feita com uma seta no início do defeito e ao lado a
nomenclatura “IDU” apontando para o sentido em que ele ocorre e no final do defeito com
uma seta apontando para dentro do defeito e ao lado a marcação descrita nesse
procedimento, delimitando assim toda a extensão do defeito.

4.3. Tabela de atualização de tipos de defeitos

Devido a mudanças de normatizações (nacionais e internacionais) a


classificação dos defeitos foi atualizada conforme tabela a seguir:

Sigla Nomenclatura dos defeitos Denominação internacional


EBF "Defeito" por queima de patinação Burned Rail, Engine Burn
TD Defeito transversal Transverse Defect
DWP Defeito transversal em solda de estaleiro Defective Weld Plant
Defeito transversal em solda
DWF aluminotérmica
Defective Weld Field
TDF Defeito transversal no patim Transverse Defect on Foot
TDX (Dentro de
Defeitos transversais múltiplos Transverse Defect Multiple
uma mesma barra)
BHC Trinca originada em furo Bolt Hole Crack
VSH Trinca vertical no boleto Vertical Split Head
HWS Trinca separando boleto e alma Head and Web Separation
WFS Separação patim e alma Web and Foot Separation
HSW Trinca horizontal na alma Horizontal Split Web
HSH Trinca horizontal no boleto Horizontal Split Head
DWPCO Defeito horizontal em solda de estaleiro Defective Weld Plant
DWFCO Defeito horizontal em solda aluminotérmica Defective Weld Field
BR Trilho fraturado Accidental Crack, Broken Rail
IDU (LOC) Inspeção deficiente Loss of Coupling
4.4. Priorização de defeitos

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Após a inspeção por ultrassom em um determinado trecho, a priorização


ocorrerá em 04 (quatro) condições de acordo com a magnitude do defeito
definido pela equipe de ultrassom:

• CONDIÇÃO “0” – Tráfego Interditado.


• CONDIÇÃO “1” – Tráfego com restrição de velocidade de 15,0 km/h.
• CONDIÇÃO “2” – Tráfego sem restrição com defeitos que precisam
ser eliminados, mas possuem prazo de atendimento. Após o prazo
de atendimento vencido deverá ser imposta restrição de velocidade
na CONDIÇÃO “1”.
• CONDIÇÃO “3” – Tráfego com velocidade normal, sem restrições por
defeitos em trilhos.

Obs.: Em caso de detecção de defeitos nas condições 0 ou 1 é de


responsabilidade das equipes de ultrassom a interdição ou restrição de
velocidades da via, a qual será reportada imediatamente ao CCO e equipe
de manutenção de via permanente local. Cabe a equipe de manutenção de
via permanente a sinalização do trecho, caso se aplique, conforme
determinado no RO e o atendimento à anomalia.

4.5. Prazos de atendimento

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Os prazos são definidos em MTBT e convertidos em dias de acordo com a


projeção anual do MTBT do trecho inspecionado.
Para a CONDIÇÃO “0”, o atendimento deverá ser imediato, conforme a
tabela a seguir:

Tipo de Prazo de
Tipo de defeito Características
manutenção atendimento
Proteger
EBF Trilho partido
e/ou retirar
Proteger
TD Trilho partido
e/ou retirar
Proteger
DWP Trilho partido
e/ou retirar
Proteger
DWF Trilho partido
e/ou retirar
TDF (inclusive em Proteger
Trilho partido
soldas) e/ou retirar
TDX Trilho partido Retirar Imediatamente
BHC Trilho partido Retirar
VSH Visível maior que 300 mm Retirar
HWS Maior que 150 mm Retirar
WFS Maior que 150 mm Retirar
HSW Maior que 150 mm Retirar
DWPCO Maior que 80 mm Retirar
DWFCO Maior que 80 mm Retirar
Defeitos não atendidos dentro do prazo na condição Proteger
"1" e/ou retirar
Somente HSH não impõe condição "0" - -
Trilhos somente com defeitos superficiais não
impõem condição "0", mas sua substituição deve ser
- -
programada. E seu monitoramento por ronda deve
ser priorizado.
A classificação de trilho partido e a forma de
proteger e retirar os defeitos devem seguir a ETS-013
- -
- ATENDIMENTO EMERGENCIAL DE FRATURAS EM
TRILHOS

Para a CONDIÇÃO “1”, o atendimento deverá ser no mesmo dia, conforme


tabela a seguir:

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Tipo de Tipo de Prazo de


Características
defeito manutenção atendimento
Proteger
EBF Maior que 1200 mm²
e/ou retirar
Proteger
TD Maior que 1200 mm²
e/ou retirar
Proteger
DWP Maior que 1200 mm²
e/ou retirar
Proteger
DWF Maior que 1200 mm²
e/ou retirar
TDF (inclusive Trinca visual no patim ou maior que 10mm Proteger
em soldas) com US manual e/ou retirar
TDX Somas das áreas maior que 1800 mm² Retirar
BHC Maior que 80 mm Retirar 1 dia
Visível maior que 100 mm e menor ou igual a
VSH Retirar
300 mm
HWS Maior que 75 mm e menor ou igual a 150 mm Retirar
WFS Maior que 75 mm e menor ou igual a 150 mm Retirar
HSW Maior que 75 mm e menor ou igual a 150 mm Retirar
HSH Maior que 250 mm Retirar
DWPCO Maior que 25 mm e menor ou igual a 80 mm Retirar
DWFCO Maior que 25 mm e menor ou igual a 80 mm Retirar
Proteger
Defeitos não atendidos dentro do prazo da condição "2"
e/ou retirar
Trilhos somente com defeitos superficiais não impõem
condição "1"", mas sua substituição deve ser programada. E - -
seu monitoramento por ronda deve ser priorizado.
A classificação de trilho partido e a forma de proteger e
retirar os defeitos devem seguir a ETS-013 - ATENDIMENTO - -
EMERGENCIAL DE FRATURAS EM TRILHOS

Para a CONDIÇÃO “2”, ver tabela a seguir:

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Tipo de Tipo de Prazo de


Características
defeito manutenção atendimento
Maior que 400 mm² e menor ou igual a 1200 Proteger
EBF 1 MTBT
mm² e/ou retirar
Maior que 400 mm² e menor ou igual a 1200 Proteger
TD 1 MTBT
mm² e/ou retirar
Maior que 400 mm² e menor ou igual a 1200
mm²
Queimas de eletrodo em que a reflexão Proteger
DWP 1 MTBT
toque a curva de referência principal a mais e/ou retirar
de 10 mm de profundidade independente da
área
Maior que 400 mm² e menor ou igual a 1200
mm²
CLS, inclusões de escória ou gás em que as Proteger
DWF 1 MTBT
reflexões toquem a curva de referência de - e/ou retirar
6dB e tenham uma extensão maior que 20
mm
TDF (inclusive Proteger
Maior que 5mm com US manual 1 MTBT
em soldas) e/ou retirar
Soma das áreas maior que 600 mm² e menor
TDX Retirar 1 MTBT
ou igual a 1800 mm²
Maior que 30 mm e menor ou igual a 80 mm
Retirar 10 MTBT
em trilhos 115RE (TR-57 ou superiores)
BHC
Detectável e menor que 30 mm em trilhos
Retirar 5 MTBT
inferior ao TR 57 – 115RE.
Invisível maior que 100 mm
VSH Retirar 5 MTBT
Visível menor ou igual a 100 mm
HWS Maior que 20 mm e menor ou igual a 75 mm Retirar 5 MTBT
WFS Maior que 20 mm e menor ou igual a 75 mm Retirar 5 MTBT
HSW Maior que 20 mm e menor ou igual a 75 mm Retirar 5 MTBT
Maior que 25 mm e menor ou igual a 250
HSH Retirar 10 MTBT
mm
Barra apresentando defeitos superficiais
DS severos, queima de eletrodo ou squat com Retirar 10 MTBT
mais 3 mm de profundidade
A classificação de trilho partido e a forma de proteger e
retirar os defeitos devem seguir a ETS-013 - ATENDIMENTO - -
EMERGENCIAL DE FRATURAS EM TRILHOS

Os defeitos corrigidos por meio de talas de junção têm um prazo posterior


de 20 MTBT para a retirada total (eliminação do defeito entalado), neste
caso, deve-se retirar o defeito com ordem de manutenção para que o
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defeito seja classificado pelo sistema com “defeito entalado”, iniciando


assim a contagem dos 20MTBT e controle pelo PCM.

Caso ocorra mudança de orientação da descontinuidade protegida por tala,


ou seja; mudança de sentido transversal para horizontal, a tala deverá ser
retirada dentro do prazo determinado pela nova condição.

Quaisquer descontinuidades acrescidas de um ou mais intensificadores de


risco, serão assinaladas pelo acréscimo da letra “X” marcada após o prazo
para atendimento em MTBT e terão o tempo de manutenção reduzido à
metade.

Serão considerados como intensificadores de risco:


• Soldas novas com os trilhos soldados desnivelados e/ou canoadas.
• Os defeitos encontrados em túneis, AMV´s, viadutos, pontes e áreas
urbanas.
• VSH em trilho CSN cuja corrida seja “A” ou “J”.
• VSH com perda do eco de fundo do transdutor de zero grau quando
na medição da largura do boleto ou da altura do trilho.
• Rompimento do cordão de solda.

Para os defeitos registrados como condição “0” ou “1”, não há necessidade


da marcação do intensificador de risco “X”, pois se tratam de defeitos onde
a condição da via para a circulação já foi alterada por segurança.

4.6. Marcação dos defeitos nos trilhos

Os trilhos e soldas com defeitos detectadas pelo ultrassom, serão marcados


com tinta amarela na face interna da alma ou no patim do trilho conforme
segue:

1º - Identificação com as letras “US” determinando que se trata de


marcação proveniente da inspeção por ultrassom

2º - Identificação do defeito, determinando o tipo de defeito encontrado de


acordo com a nomenclatura de 3 letras adotada neste procedimento.

3º - Após a identificação do defeito, o primeiro algarismo subsequente


determina a priorização, conforme definido neste procedimento.
4º - Identifica a ação necessária para correção do defeito, sendo “R” para
retirar ou “P” para proteção por meio de talas de junção.

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5º - Marcação do prazo para o atendimento em MTBT:


· I – Imediato
· 01 – 01 MTBT
· 05 – 5 MTBT
· 10 – 10 MTBT

6º - Poderá haver ou não o intensificador de risco conforme descrito neste


procedimento.

7ª - Será marcada a data de execução da inspeção e o quilômetro que


localizou a descontinuidade, como referência local para o início do prazo de
correção do referido defeito.

Exemplo:

US – Registro referente à inspeção por ultrassom.


HWS – Tipo do defeito detectado.
2 – Priorização, desde que respeitados os prazos de correção indicados
neste procedimento (manutenção programada).
P – Proteção por meio de talas de junção; ação de correção a ser
realizada pela equipe de manutenção de via.
01 – 1 MTBT, prazo para ação de manutenção.
X – Intensificador de risco, o prazo de manutenção é reduzido pela
metade.
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Data e km – Data da realização de inspeção por ultrassom e quilômetro


exato da detecção.

As descontinuidades de plano transversal poderão ser protegidas por meio


do uso de talas de junção, porém, as mesmas deverão ser removidas em
até 20 MTBT por meio de emenda soldada.

Todas as descontinuidades com orientação longitudinal, não poderão ser


protegidas por meio do uso de talas de junção.

US – Registro referente à inspeção por ultrassom.


HSW - Tipo do defeito detectado.
0 – Priorização, tráfego interditado.
R – Retirar o segmento de trilho compreendido entre as setas; esta ação
deve ser realizada pela equipe de via permanente.
I – Retirada imediata.
Data e km – Data da realização de inspeção por ultrassom e quilômetro.
Por se tratar defeito de orientação longitudinal, não há possibilidade de
correção por meio de talas de junção.
4.7. Controle, medição e aceitação dos serviços
Não aplicável.

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5. CONSIDERAÇÕES DE MEIO AMBIENTE


Todas as atividades descritas nesta especificação deverão ser realizadas
em conformidade com as normas ambientais vigentes.

6. CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL


Na execução desse serviço pessoas envolvidas deverão estar portando os
equipamentos de proteção conforme estabelecem a Portaria 3214 de 1978,
em suas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e
a CLT em seus artigos de Saúde e Segurança do Trabalho.

7. ANEXOS

Não aplicável.

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