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ENG-ETS-T006/09.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - SERVIÇO
DATA: 12/07/2018

SUBSTITUIÇÃO DE TRILHOS

1. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Esta especificação se destina a orientar e padronizar os serviços de


substituição de trilhos nas linhas da RUMO.

1.1. DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

1.1.1 Objetivo

Fixar as condições técnicas exigíveis para execução do serviço de


substituição de trilhos possibilitando maior estabilidade à via, menores
tensões longitudinais nos trilhos e maior segurança.

1.1.2 Definições e siglas

- ETS: Especificação Técnica de Serviços.


- Chicoteamento: ato ou efeito em que a barra de trilho tensionada se
comporta como chicote, alterando seu posicionamento de forma brusca
devido a presença de tensões térmicas.
- TLS: Trilho longo soldado.
- VERSE (“Vertical Rail Stiffness Equipment”): Equipamento de Medição da
Tensão Térmica Longitudinal do Trilho. Ferramenta responsável por
detectar, preventivamente, se o trilho se encontra tensionado (tracionado ou
comprimido).
- ZTA: Zona termicamente afetada.
- FTN: Faixa de temperatura neutra.
- PN: Passagem de Nível.
- AMV: Aparelho de Mudança de Via.
- EPI: Equipamento de Proteção Individual.

1 Elaboração: Adriano Magalhães Freitas, Leonardo Souza Soares, Jean Carlos dos
Santos, Marco Leão de Miranda, Anna de Almeida Pereira Neta, Adriano Mohr Bonatto
Área: Eng. de Via Permanente - RUMO
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2. EXIGÊNCIAS TÉCNICAS

2.1. Frequência de utilização

Este procedimento deverá ser utilizado em quaisquer substituições de trilhos


que venham a ocorrer na malha ferroviária da RUMO.

2.2. Responsabilidades

2.2.1 A responsabilidade do serviço de substituição de trilhos ao longo das


linhas é do Líder (Supervisor) do trecho onde for identificada a necessidade
de realização destes serviços.

2.2.2 O serviço será executado de acordo com os critérios estabelecidos


neste documento.

2.2.3 A equipe de manutenção que substituirá o trilho, deve registar na


ordem de serviço o código da barra e repassar ao PCM. Esse código
encontra-se a uma distância aproximada de 6 metros das pontas da barra
e a sua marcação é em baixo relevo. Exemplo: ZTP 290910 02 H

2.2.4 O Planejamento e Controle da Manutenção deverá registrar e manter


atualizado o histórico das substituições dos trilhos ao longo dos anos.

2.3. Referências teóricas

2.3.1 Cálculo de temperatura neutra de referência:

A temperatura Neutra de Referência e a faixa de temperatura neutra para


assentamento de trilho e alívio de tensão nas linhas serão calculadas de
acordo com as considerações abaixo e baseada nas expressões que se
seguem:

TNR = Temperatura Neutra de referência


Tmax = Temperatura máxima do trilho
Tmin = Temperatura mínima do trilho

A TNR (temperatura neutra de referência) será dada pela expressão:

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𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛
𝑇𝑁𝑅 = + 5 (°𝐶)
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A faixa de temperatura (Ftn) para assentamento dos trilhos e execução dos


serviços de alívio de tensão nos trilhos sem utilização de tensor térmico será
calculada pela expressão:

Ftn = TNR ± 5 (°C)

A temperatura máxima de assentamento e alívio de tensão será:

Ftn max = TNR + 5 (°C)

A temperatura mínima de assentamento e alívio de tensão será:

Ftn min = TNR - 5 (°C)

2.3.2 A substituição dos trilhos poderá ser executada na faixa de


temperatura neutra ou abaixo desta faixa somente com a utilização de
tensores hidráulicos.

2.3.3 Utilização do tensor hidráulico:

a) Quando da utilização do tensor hidráulico, a sua capacidade mínima de


tração deverá ser de 60 toneladas e equipado com mordentes adequados
para atuar na alma do trilho sem causar avarias no mesmo.

Neste caso, o alongamento, a ser dado na barra de trilho, será calculado


conforme fórmula abaixo:

∆L = 0,0115 x L x ∆θ

Onde:
∆L → Alongamento
L → Comprimento do TLS
∆θ → diferença entre a temperatura neutra do trecho e a temperatura do
trilho

b) O tensor hidráulico é montado na extremidade do TLS e marcas de


referência são feitas para controlar e conferir o alongamento que será
efetuado.

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c) O TLS é tracionado mediante uso de equipamento hidráulico, até que seja


alcançado o valor ∆L calculado.

d) Enquanto o alongamento do trilho estiver sendo executado com a


utilização do tensor, a barra de trilho deverá ser percutida com a utilização
de marreta de 5 kg (de cobre ou bronze), permitindo o livre caminhamento
da barra através da vibração provocada.

e) Os roletes devem ser retirados com o pegador de roletes e as fixações


devem ser recolocadas imediatamente, iniciando-se pela extremidade da
barra de trilho.

f) Será considerado trilho longo para fins de alívio de tensão toda barra de
trilho com comprimento maior ou igual a 60 m.

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3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

 Alavanca de unha;
 Alavancas de grampos;
 Alavancas;
 Chave de junta;
 Chave de tirefão;
 Cinta de poliéster (ou similar) para elevação de carga (mínimo 25
toneladas);
 Conjunto Oxi-corte (inclusive com gases necessários);
 Enxó;
 Extrator (sacador) de grampos;
 Furadeira de dormente;
 Gadanhos (garfos);
 Giz;
 Grampeador (pampuller ou maritaca);
 Macaco de linha;
 Máquina de corte a disco;
 Máquina de esmerilhar boleto;
 Máquina de furar trilho;
 Marreta comum;
 Marreta de cobre ou bronze de 5 kg;
 Material de pintura.
 Pegador de rolete;
 Picareta de soca;
 Policorte;
 Régua de bitola e superelevação;
 Roletes (inclusive de curva);
 Tarugos;
 Tenaz de trilho;
 Tensor hidráulico;
 Termômetro de contato ou digital;
 Tifo com capacidade mínima de 25 toneladas;
 Tirefonadora;
 Trena.
 Vassoura.

Todas as máquinas de pequeno porte, que se apoiarem nos dois trilhos,


deverão, necessariamente, possuir isolamento adequado, evitando a
ocupação de linha (sinalização).

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4. DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTO

4.1. Qualificação de equipe para execução do procedimento

No caso de execução por equipe contratada, a mesma deverá possuir


experiência comprovada e validada pela RUMO. A qualificação mínima
exigida de pessoal é:

a) Líder de via (Supervisor de via):


Experiência comprovada através de certificado de treinamento ministrado
por empresa especializada ou através de teste de campo na execução dos
serviços de substituição de trilhos e com o treinamento neste procedimento.

b) Supervisor Auxiliar de Via (Encarregado de via):


Mínimo de 1 ano de experiência em serviços correlatos na via permanente,
através de certificado de treinamento ministrado por empresa especializada
ou através de teste de campo na execução dos serviços de substituição de
trilhos e com o treinamento neste procedimento.

c) Operador de Máquina Leve:


Experiência mínima de 6 meses em manutenção de Via Permanente, através
de certificado de treinamento ministrado por empresa especializada ou
através de teste de campo na execução dos serviços de substituição de
trilhos e com o treinamento neste procedimento.

d) Trabalhador de Via Permanente:


Experiência mínima de 6 meses em manutenção de Via Permanente e com
o treinamento neste procedimento.

4.2. Execução do procedimento

Compreende as seguintes operações:

I. Verificar a existência de qualquer equipamento ou dispositivo de


medição instalado pela Engenharia. Caso exista, informar
antecipadamente à Engenharia para participar de sua desativação
antes da substituição dos trilhos, visando evitar danos aos mesmos.
Estes deverão ser desativados liberando os trilhos para o
assentamento. O prazo máximo para substituição nestas localidades
será de 7 (sete) dias corridos, após a descarga no local. Sendo este
prazo de 7 dias, alocados em 5 dias para a instalação da nova barra
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de trilho e 2 dias para a equipe de campo restabelecer a função do


equipamento. Após a substituição as equipes afetadas deverão ser
comunicadas para reativação dos equipamentos que foram retirados.

OBS: A comunicação para as equipes de campo deverá ocorrer no


prazo mínimo de 5 dias, para a desmontagem dos equipamentos.

II. Posicionar o trilho ou barra nova. O posicionamento da barra de trilho


no local de aplicação deverá ser feito com a utilização de frota de
trilho e roletes. Não deverá ser adotada a prática de arrastar a barra
de trilho ao longo da linha.

Importante:

Em situações excepcionais tais como PN, ou curva de raio apertado


(< 250 m), o arrastamento da barra para o correto posicionamento
de aplicação será permitido, mediante as seguintes condições:

 Deverá ser usada a cinta de poliéster (ou similar) para elevação


de carga (para mínimo de 25 toneladas);
 A distância de arrastamento deverá ser a menor possível;
 A velocidade da locomotiva não deverá ultrapassar 10 km/h;
 Dispositivos de comunicação entre o responsável da Via
Permanente e o maquinista deverão ser utilizados durante todo
o processo de arrastamento;
 Nenhum trabalhador deverá permanecer ao lado da barra que
está sendo arrastada para prevenir eventual “chicoteamento”
(movimento transversal da ponta da barra);
 Quando da transposição de PN o trânsito de veículos e
pedestres sobre as mesmas deverá ser impedido durante o
tempo em que a barra estiver sobre as mesmas; para tanto,
deverão ser tomadas às medidas adequadas para interrupção
do trânsito, se necessário, com o auxílio de autoridades
especializadas de trânsito;
 Cuidados especiais de transposição deverão ser tomados na
região do AMV, com proteção dos componentes (barras de
conjugação, placa bitoladora, trilhos de ligação, isoladas) e
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também nas regiões onde estão instalados os detectores de


descarrilamentos.
 Em transposição de pontes não lastreadas a estrutura da obra
de arte especial deverá ser protegida. A movimentação da
barra não deverá causar danos nas estruturas, sendo
recomendado que as barras sejam movimentadas entre os
trilhos de rolamento. Qualquer dano identificado pela
movimentação da barra deverá ser comunicado as equipes de
manutenção de infraestrutura e obras de artes especiais.
 Quando do arrastamento da barra em curvas de raio pequenos
(< 300m) deverá ser verificado o estado da fixação dos trilhos
internos da linha após execução do serviço. Em caso de dano
a fixação deverá ser substituída.

Verificar a bitola existente, se necessário, restabelecer a bitola da


linha com utilização de régua apropriada.

III. Verificar a temperatura do trilho antes de iniciar a substituição;


• Para TLS (Trilho Longo Soldado) caso a temperatura esteja dentro da
FTN, prosseguir com a substituição; se a temperatura do trilho estiver
abaixo da FTN, usar o tensor hidráulico; se a temperatura do trilho
estiver acima da FTN, não prosseguir com a substituição.
• Para trilhos curtos (até 54m) verificar a tabela de folga de junta para
a região e obedecer às instruções e valores da tabela.

IV. Verificar a bitola da linha antes de realizar a substituição, a medida


deverá ser feita no patim dos trilhos a cada 5 dormentes, com trena
de fibra. Caso seja encontrada bitola fechada não prosseguir com a
substituição até correção da bitola.

V. No caso de instalação de barra com a presença de junta isolada


colada a barra que será instalada deverá ser cortada e respaçada de
forma a permitir o espaçamento de 4,30m para instalação da junta
isolada colada, que deverá ser soldada a barra nova. Está operação
deve ser programada e realizada em conjunto com a TO (Tecnologia
Operacional).
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VI. Especial cuidado deve ser tomado caso o trilho esteja sob tensão
(“topado”).

Será efetuado o corte do trilho para permitir o desalinhamento do topo


de trilho e permitir o livre caminhamento da barra. Condições de corte:

 Barra não tensionada: Cortar totalmente o trilho utilizando o


policorte.
 Barra tensionada: Efetuar corte com maçarico na sequência
estabelecida na figura abaixo, começando primeiro pelo
boleto, segundo cortar a alma e por terceiro finalizar cortando
o patim.

No caso de barra tensionada é obrigatório a eliminação da ZTA (20 cm para


cada lado, a partir do ponto de corte) na barra que permanecerá na linha.

Para a execução do corte, o trilho deverá estar apoiado nos dois lados para
não romper antes de ter sua seção 100% cortada.

Deixar nas extremidades das barras 4 dormentes pregados de cada


lado onde for efetuar o corte do trilho para prevenir o chicoteamento
da barra.

VII. Retirar a fixação do trilho usado, inclusive retensores, caso existentes.


A remoção da fixação (grampos) deverá ser feita com a ferramenta
adequada (alavanca de grampos). Não deverá ser utilizada marreta
para a retirada dos grampos.

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VIII. Desmontar as talas de junção ou realizar o corte com policorte.

IX. Retirar o trilho usado. Com a utilização de alavanca lisa.

X. Limpar possíveis detritos entre o patim do trilho e a placa de apoio.

XI. Colocação de roletes sob o trilho com o pegador de rolete (inclusive


com utilização de roletes especiais para curva), espaçados de tal
maneira a permitir o caminhamento livre de qualquer atrito. A retirada
dos roletes também deve ser realizada com o pegador de rolete.

XII. Assentar o trilho novo e reposicionamento longitudinal, para


regulagem da folga das juntas, utilizando roletes.

XIII. Restabelecer toda a fixação, bem como das talas de junção (inclusive
aplicação de novas talas com respectivos furos) dos trilhos ou barras;
todas as juntas deverão ser esmeriladas e ter os furos biselados.

XIV. Afastar o trilho usado para local seguro (fora da entre linha), recolher
os elementos de fixação não aplicados e ou sucata, em local
determinado, as barras destinadas a sucateamento deverão ser
cortadas com maçarico com 12 metros de comprimento, os cortes
ocorrerão quando determinado pela supervisão.

XV. Refazer a pintura de estaqueamento.

XVI. Carregar / descarregar e transportar todos os acessórios (grampo,


tirefão, fixação RN, palmilha, etc.) até a frente de serviço e, após
realização dos serviços, recolher e transportar para local
determinado.

XVII. Furar próximo a ponta da barra para futuro posicionamento em caso


de trilho de reemprego. Esta furação deverá ser feita de modo a
permitir a colocação de tala de junção.

XVIII. Manter as juntas em balanço para futura soldagem.

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4.3. Controle, medição e aceitação dos serviços

4.3.1 A supervisão fornecerá a faixa de temperatura ideal para realização


do serviço (faixa neutra).

4.3.2 Estão incluídos neste serviço a montagem de juntas, o corte de trilhos,


a execução de juntas, colocação eventual de emendas de trilhos, serviços
estes que deverão atender às respectivas especificações.

4.3.3 A fiscalização, quando necessário, exigirá o quadramento de


dormentes que se encontram fora da posição, serviço esse medido
separadamente em caso de mão de obra terceira.

4.3.4 A fiscalização deverá verificar, através de marcas à tinta no patim e


nas placas de apoio, o correto caminhamento da barra, utilizando-se
tensores hidráulicos, quando o serviço é executado abaixo da temperatura
neutra;

4.3.5 Deverá ser observado pela fiscalização se após a substituição, caso


haja a necessidade de execução de solda aluminotérmica, deverão ser
retiradas às fixações 12 m para cada lado da solda, permitindo sua retração
quando do seu resfriamento; as fixações só serão restabelecidas 20 min
após execução da solda.

4.3.6 A qualidade dos serviços prestados deverá ser monitorada pela


supervisão com o suporte técnico da Engenharia de Via apoiada pelas
medições do instrumento VERSE.

4.3.7 Em caso de existência de trilhos desgastados acima dos limites


definidos por esta especificação técnica, as condições de resistência aos
esforços não poderão ser garantidas e sua programação de substituição
deverá ocorrer com a maior brevidade possível. Adicionalmente as equipes
de campo poderão impor restrições de velocidades para condições de
trilhos desgastados acima dos limites em regiões críticas, como perímetros
urbanos, pontes, túneis, viadutos, áreas de preservação ou que coloquem
em risco a vida de terceiros.

4.3.8 Pintar as pontas das barras com a cor vermelha para trilhos sucatas e
cor branca para trilho a serem reempregados na via.

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4.3.9. Não empregar na via trilhos com tamanho inferior a 6 (seis) metros,
quando isto ocorrer providenciar a soldagem dos trilhos o mais breve
possível.

4.3.10. Na liberação da circulação do trecho nada deverá exceder a altura


de 30mm do topo dos trilhos de rolamento, conforme a figura abaixo.

✓ Região 1 - altura permitida.


✓ Região 2 - altura proibida.

4.4. Regras de Via para trechos sinalizados

I. Para garantir a segurança dos trens em circulação e evitar queda de


licença, as juntas isolantes devem ser instaladas na mesma linha do
sinal, quando houver defasagem das talas a primeira tala do circuito
deve sempre ficar junto ao sinal, pois é essa tala que garante o marco
físico em cruzamento e evita choques em cruzamentos. Os
espaçamentos entre talas deveram obedecer às regras informadas
pela engenharia normativa de Via (máximo 1 metro e mínimo 1 vão
de dormente). O centro da tala isolante não pode ficar em cima da
placa de apoio, sempre entre dormentes e somente usar grampos de
juntas quando for necessário grampo.

Caso seja encontrada situações fora dos padrões deve-se interditar


o trecho e realizar a correção de forma emergencial.

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II. Antes de realizar qualquer serviço na via que possa ocupar o circuito
a equipe deve avisar ao CCO e garantir que o circuito está ocupado e
após o termino do serviço a equipe só pode deixar o local após
certificar que o circuito se encontra desocupado.

III. Caso seja necessário realizar alguma intervenção nas juntas isolantes
(JIC), a equipe da TO deve ser acionada para acompanhar o trabalho.

IV. Sempre que houver necessidade de adicionar juntas de ferro na via a


equipe de TO deve ser acionada para realizar o bondeamento e
garantir que o circuito de via não seja ocupado. É proibido a utilização
de fixadores ou grampos para prender os cabos de bondeamento ou
do circuito de via ao trilho.

V. Os parafusos das talas coladas não podem ser removidos e nem


remontadas, quando alguma tala apresentar defeito ela poderá ser
substituída por uma tala encapsulada ou o trilho deverá ser
substituído. Em hipótese nenhuma a tala colada que apresentar
defeito poderá ser reaproveitada (desmontando e remontando).

VI. Talas isoladas que não possuem cola devem ser aplicadas utilizando
todos os parafusos e em nenhum momento elas podem ficar
desligadas.

5. CONSIDERAÇÕES DE MEIO AMBIENTE

Todas as atividades descritas nesta especificação deverão ser realizadas


em conformidade com as normas ambientais vigentes.

6. CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

Na execução desse serviço pessoas envolvidas deverão estar portando os


equipamentos de proteção conforme estabelecem a Portaria 3214 de 1978,
em suas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e
a CLT em seus artigos de Saúde e Segurança do Trabalho.

7. ANEXOS

7.1 Limites de substituição para desgaste vertical e horizontal

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Linha azul - Limites de inversão*. (Após este limite o trilho deve seguir na mesma
posição até a linha vermelha)

Linha vermelha – Sucateamento.

Obs. *A inversão de trilho externo para externo é permitida e deve-se retirar


o trilho externo de uma curva à direita e assentá-lo na fila externa da curva
da esquerda mais próxima, ou vice e versa. Demais inversões estão
proibidas. Limites não são validos para utilização nos estaleiros.

7.2 Limites de substituição para ângulo de face.

O ângulo em análise é o ângulo Fi (ɸ) em relação a vertical, conforme figura abaixo.

Fonte: Investigação e Prevenção de Acidentes Ferroviários - Rumo-ALL - Conceitos e Fundamentos II (2017).

Os valores utilizados nos trilhos das Rumo serão:

• Para região de PU (Perímetro Urbano) = ɸ 26,2°;


• Para os demais trechos fora de PU (Perímetro Urbano) = ɸ 33,2°;

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