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ENG-ETS-T004/02.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - SERVIÇO
DATA: 10/10/2016

REMODELAÇÃO DE PERFIS DE TRILHOS

1 – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA:
Esta especificação se destina a orientar e padronizar os serviços de
remodelação de perfis de trilhos nas linhas da Rumo.

1.1. DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

1.1.1 Objetivo

Fixar as condições técnicas exigíveis para execução do serviço de


remodelação de perfis de trilhos possibilitando padronização, menores
tensões longitudinais nos trilhos e maior segurança.

1.1.2 Definições e siglas

- ETS: Especificação Técnica de Serviços.


- Chicoteamento: ato ou efeito em que a barra de trilho tensionada se
comporta como chicote, alterando seu posicionamento de forma brusca
devido a presença de tensões térmicas.
- TLS: Trilho longo soldado.
- VERSE (“Vertical Rail Stiffness Equipment”): Equipamento de Medição da
Tensão Térmica Longitudinal do Trilho. Ferramenta responsável por
detectar, preventivamente, se o trilho se encontra tensionado (tracionado ou
comprimido).

2. EXIGÊNCIAS TÉCNICAS

2.1 – Frequência de utilização

A remodelação de perfis dos trilhos deverá ser obrigatoriamente executada


quando:

 Alteração de perfil do trilho (“rail profile”) em linhas existentes por


equipes de manutenção ou projetos de via permanente.

1 Elaboração: Adriano Magalhães Freitas, Francisco Adriano Salatini, Leonardo Souza


Soares, Jean Carlos dos Santos;
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2.2 – Responsabilidades

2.2.1 A responsabilidade de acompanhamento e aceite do serviço de


remodelação dos trilhos ao longo das linhas é do Supervisor do trecho onde
for identificada a necessidade de realização destes serviços.

2.2.2 O serviço será executado de acordo com os critérios estabelecidos


neste documento.

2.2.3 O Planejamento e Controle da Manutenção deverá registrar e manter


atualizado a distribuição dos perfis de trilhos instalados ao longo da malha
da RUMO.

2.3 – Referências teóricas

2.3.1 Critérios básicos para remodelação de perfis de trilhos:

De forma a minimizar impactos na geometria da via, a remodelação deve


considerar a substituição de todas as filas de trilhos constituintes, ou seja:
bitola métrica ou larga deverão ser substituídas as duas filas de trilhos; para
bitola mista, deverão ser substituídas as três filas de trilhos.

2.3.2 Cálculo de temperatura neutra de referência:

A temperatura Neutra de Referência e a faixa de temperatura neutra para


assentamento de trilho e alívio de tensão nas linhas serão calculadas de
acordo com as considerações abaixo e baseada nas expressões que se
seguem:

TNR = Temperatura Neutra de referência


Tmax = Temperatura máxima do trilho
Tmin = Temperatura mínima do trilho

A TNR (temperatura neutra de referência) será dada pela expressão:

𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛
𝑇𝑁𝑅 = + 5 (°𝐶)
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A faixa de temperatura (Ftn) para assentamento dos trilhos e execução dos


serviços de alívio de tensão nos trilhos sem utilização de tensor térmico será
calculada pela expressão:

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Ftn = TNR ± 5 (°C)

A temperatura máxima de assentamento e alívio de tensão será:

Ftn max = TNR + 5 (°C)

A temperatura mínima de assentamento e alívio de tensão será:

Ftn min = TNR - 5 (°C)

2.3.3 Verificar a temperatura do trilho antes de iniciar o alívio de tensão;


caso esteja dentro da FTN, prosseguir com o alívio; se a temperatura do
trilho estiver abaixo da FTN, usar o tensor hidráulico; se a temperatura do
trilho estiver acima da FTN, não prosseguir com o alívio.

2.3.4 Utilização do tensor hidráulico:

a) Quando da utilização do tensor hidráulico, a sua capacidade mínima de


tração deverá ser de 60 toneladas e equipado com mordentes adequados
para atuar na alma do trilho sem causar avarias no mesmo.

Neste caso, o alongamento, a ser dado na barra de trilho, será calculado


conforme fórmula abaixo:

∆L = 0,0115 x L x ∆θ

Onde:
∆L → Alongamento
L → Comprimento do TLS
∆θ → diferença entre a temperatura neutra do trecho e a temperatura do
trilho

b) O tensor hidráulico é montado na extremidade do TLS e marcas de


referência são feitas para controlar e conferir o alongamento que será
efetuado.

c) O TLS é tracionado mediante uso de equipamento hidráulico, até que seja


alcançado o valor ∆L calculado.

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d) Enquanto o alongamento do trilho estiver sendo executado com a


utilização do tensor, a barra de trilho deverá ser percutida com a utilização
de marreta de 5 kg (de cobre ou bronze), permitindo o livre caminhamento
da barra através da vibração provocada.

e) Os roletes são retirados e as fixações são recolocadas imediatamente,


iniciando-se pela extremidade da barra de trilho.

f) Será considerado trilho longo para fins de alívio de tensão toda barra de
trilho com comprimento maior ou igual a 60 m.

3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS


 Alavanca de unha;
 Chave de junta;
 Chave de tirefão;
 Cinta de poliéster (ou similar) para elevação de carga (mínimo 25
toneladas);
 Conjunto oxicorte;
 Enxó;
 Furadeira de dormentes;
 Gadanhos (garfos);
 Giz;
 Grampeador e extrator (sacador) de grampos;
 Macaco de linha;
 Máquina de furar trilho;
 Marreta;
 Picareta de soca;
 Policorte;
 Roletes;
 Tarugos;
 Tenaz de trilhos;
 Tensor hidráulico;
 Termômetro;
 Tifo com capacidade mínima de 25 toneladas;
 Tirefonadeira;
 Trena;
 Vassoura.

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Todas as máquinas de pequeno porte, que se apoiarem nos dois trilhos,


deverão, necessariamente, possuir isolamento adequado, evitando a
ocupação de linha (sinalização).

4. DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTO

4.1 - Qualificação de equipe para execução do procedimento

No caso de execução por equipe contratada, a mesma deverá possuir


experiência comprovada e validada pela Rumo. A qualificação mínima
exigida de pessoal é:

a) Supervisor de via:
Experiência comprovada através de certificado de treinamento ministrado
por empresa especializada ou através de teste de campo na execução dos
serviços de alívio de tensão de trilhos.

b) Supervisor Auxiliar de Via:


Mínimo de 1 ano de experiência em serviços correlatos na via permanente,
através de certificado de treinamento ministrado por empresa especializada;

c) Operador de Máquina Leve:


Experiência mínima de 6 meses em manutenção de Via Permanente, através
de certificado de treinamento ministrado por empresa especializada;

d) Trabalhador de Via Permanente:


Experiência mínima de 6 meses em manutenção de Via Permanente.

4.2 - Execução do procedimento

Compreende as seguintes operações:

I. Realizar análise de risco aos envolvidos. Alertar para risco de queda


de trilhos, queda de cima da ponte ou viaduto. O colaborador deverá
retirar-se para local seguro em caso de circulação de veículos
ferroviários no local. Em caso de trabalho em linha dupla não
permanecer na entrevia.
Em caso de pontes com estrado aberto, o colaborador deverá utilizar
cinto de segurança adequadamente preso a uma estrutura resistente

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ou dispositivo anti-queda. Ficar atento à sinalização sonora (buzina).


Colocar as placas de sinalização conforme o RO.

II. Utilizar EPIs: capacete, botina, luvas, óculos, protetor auricular, cinto
de segurança (se for o caso).

III. Verificar as condições das cintas de poliéster para carga dos trilhos
(se necessário).

IV. Verificar a existência de qualquer equipamento ou dispositivo de


medição instalado pela Engenharia. Caso exista, informar
antecipadamente à Engenharia para participar de sua desativação
antes da substituição dos trilhos, visando evitar danos aos mesmos.
Estes deverão ser desativados liberando os trilhos para o
assentamento. O prazo máximo para substituição nestas localidades
será de 7 (sete) dias corridos, após a descarga no local. Sendo este
prazo de 7 dias, alocados em 5 dias para a instalação da nova barra
de trilho e 2 dias para a equipe de campo restabelecer a função do
equipamento. Após a substituição as equipes afetadas deverão ser
comunicadas para reativação dos equipamentos que foram retirados.

OBS: A comunicação para as equipes de campo deverá ocorrer no


prazo mínimo de 5 dias, para a desmontagem dos equipamentos.

V. Posicionar o trilho ou barra nova. O posicionamento da barra de


trilho no local de aplicação deverá ser feito com a utilização de frota
de trilho, roletes ou tifo. Não deverá ser adotada a prática de
arrastar a barra de trilho ao longo da linha.

Importante:
Em situações excepcionais tais como PN, ou curva de raio apertado
(< 250 m), o arrastamento da barra para o correto posicionamento
de aplicação será permitido, mediante as seguintes condições:

 Deverá ser usada a cinta de poliéster (ou similar) para


elevação de carga (para mínimo de 25 toneladas);
 A distância de arrastamento deverá ser a menor possível;
 A velocidade da locomotiva não deverá ultrapassar 10 km/h;

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 Dispositivos de comunicação entre o responsável da Via


Permanente e o maquinista deverão ser utilizados durante
todo o processo de arrastamento;
 Nenhum trabalhador deverá permanecer ao lado da barra que
está sendo arrastada para prevenir eventual “chicoteamento”
(movimento transversal da ponta da barra);
 Quando da transposição de PN o trânsito de veículos e
pedestres sobre as mesmas deverá ser impedido durante o
tempo em que a barra estiver sobre as mesmas; para tanto,
deverão ser tomadas às medidas adequadas para interrupção
do trânsito, se necessário, com o auxílio de autoridades
especializadas de trânsito;
 Cuidados especiais de transposição deverão ser tomados na
região do AMV, com proteção dos componentes (barras de
conjugação, placa bitoladora, trilhos de ligação, isoladas) e
também nas regiões onde estão instalados os detectores de
descarrilamentos.
 Quando do arrastamento da barra em curvas de raio
pequenos (< 300m) deverá ser verificado o estado da fixação
dos trilhos internos da linha após execução do serviço. Em
caso de dano a fixação deverá ser substituída.

VI. Verificar a temperatura do trilho antes de iniciar a substituição; caso


esteja dentro da FTN, prosseguir com a substituição; se a
temperatura do trilho estiver abaixo da FTN, usar o tensor hidráulico;
se a temperatura do trilho estiver acima da FTN, não prosseguir com
a substituição.

VII. Verificar a bitola da linha antes de realizar a substituição, a medida


deverá ser feita no patim dos trilhos a cada 5 dormentes, com trena
de fibra. Caso seja encontrada bitola fechada não prosseguir com a
substituição até correção da bitola.

VIII. No caso de instalação de barra com a presença de junta isolada


colada a barra que será instalada deverá ser cortada e reespaçada

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de forma a permitir o espaçamento de 4,30m para instalação da


junta isolada colada.

IX. Especial cuidado deve ser tomado caso o trilho esteja sob tensão
(“topado”).

Será efetuado o corte do trilho para permitir o desalinhamento do


topo de trilho e permitir o livre caminhamento da barra. Condições
de corte:

 Barra não tensionada: Cortar totalmente o trilho utilizando o


policorte.
 Barra tensionada: Efetuar corte com maçarico conforme
figuras abaixo:

No caso de barra tensionada é obrigatório a eliminação da ZTA (20


cm para cada lado, a partir do ponto de corte) na barra que
permanecerá na linha.

Para a execução do corte, o trilho deverá estar apoiado nos dois


lados para não romper antes de ter sua seção 100% cortada.
Deixar nas extremidades das barras 4 dormentes pregados de cada
lado onde for efetuar o corte do trilho para prevenir o chicoteamento
da barra.

X. Retirar a fixação. A remoção da fixação (grampos) deverá ser feita


com a ferramenta adequada (extrator de grampos). Não deverá ser
utilizada marreta para a retirada dos grampos, exceto em placas
acidentadas, placas adaptadas, grampos PR601 e placas de AMV
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que não encaixam no pampuler (extrator), onde é permitido utilizar


marreta. No caso de utilização de marretas os colaboradores
envolvidos na atividade deverão ter um espaçamento mínimo de 5
dormentes e usando de força moderada. Deverão ser verificadas as
condições das marretas utilizadas, considerando encavamento e
rebarbas. O uso da marreta também é permitido quando da
utilização do extrator (sacador) de grampos tipo Deenik. Neste caso
a marreta é aplicada sobre a ferramenta (sacador) e não sobre o
grampo.

XI. Retirar os retensores existentes.

XII. Desmontar as talas, se necessário.

XIII. Retirar o trilho e posiciona-lo conforme descrito abaixo:

TRILHO RETIRADO PARA SUCATA:

 Realizar corte de 12 em 12 metros, em locais onde os trilhos


poderão ser removidos para banqueta;

 Remover os pedaços de trilho para banqueta (fora do lastro),


de forma a não obstruir os dispositivos de drenagem;

 Em locais confinados (túneis, viadutos, cortes, etc.), a barra


removida deverá ser arrastada e posicionada na banqueta mais
próxima para confecção dos cortes de 12 em 12 metros.

TRILHO RETIRADO PARA REEMPREGO (conforme classificação nos


gráficos do item 7 - ANEXOS):

 - Identificar a barra com tinta na cor amarelo ou branco, como


“REEMPREGO” ou “INVERSÃO”;

 - Posicionar a barra no eixo da linha ou na cabeça do dormente


de forma a não impactar a circulação de veículos ferroviários.
Para ambos os casos deverá ser providenciado o travamento
das barras, e as pontas das barras posicionadas na cabeça
dos dormentes deverão estar posicionadas para as banquetas;

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 - Furar a barra na extremidade.

XIV. Limpar a superfície superior das placas de apoio antes da colocação


dos trilhos.

XV. Durante as operações com o trilho deverá ser tomado especial


cuidado para ele não sofrer nenhum tipo de impacto.
Cuidado para não atingir com alavancas ou o patim do trilho os
membros superiores ou inferiores quando da colocação do trilho
sobre as placas de apoio.

XVI. Instalar os roletes nas placas, espaçados de tal maneira a permitir o


caminhamento livre do trilho sem atrito com quaisquer componentes
ou ferramenta.

Suspender o trilho com auxílio dos roletes, e se necessário posicionar


a barra no vão de dormentes.

XVII. Para realização do serviço dentro da FTN, as seguintes atividades


poderão ocorrer simultaneamente:

 Executar a percussão no comprimento da barra a ser aliviada com


marreta de cobre ou bronze, permitindo através da vibração
provocada o seu livre caminhamento. A percussão da barra deverá
ocorrer do ponto fixo da barra ao encontro do ponto de fechamento.
Esta percussão deverá ocorrer de 10 em 10 dormentes somente no
boleto do trilho. A força empregada na percussão da barra deverá ser
apenas do peso da marreta.

 Limpar as placas de apoio para abaixamento da barra.

 Abaixar a barra com auxílio dos roletes do ponto fixo da barra ao


encontro do ponto de fechamento.

 Retirar os roletes.

XVIII. Para realização do serviço abaixo da FTN:

 Calcular a quantidade de trilho a ser removida, conforme calculo


descrito na ENG-ETS-T003.

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 Fazer a marcação para verificação de caminhamento da barra em


relação a placa de apoio de 20 em 20 metros, em uma extensão
mínima de 80 m.

 Realizar o corte do trilho conforme medida calculada para


fechamento.

 Montar o tensor hidráulico.

 Executar a percussão no comprimento da barra a ser aliviada com


marreta de cobre ou bronze, permitindo através da vibração
provocada o seu livre caminhamento. A percussão da barra deverá
ocorrer do ponto fixo da barra ao encontro do ponto de fechamento.
Esta percussão deverá ocorrer de 10 em 10 dormentes somente no
boleto do trilho. A força empregada na percussão da barra deverá ser
apenas do peso da marreta.

 Realizar o puxamento da barra com tensor hidráulico.

 Verificar o caminhamento da barra em relação as placas de apoio nas


marcações realizadas anteriormente. O somatório dos
deslocamentos nas marcações deverá ser igual a quantidade de trilho
a ser cortada.

 Os itens a seguir podem ser feitos simultaneamente.

o Limpar as placas de apoio para abaixamento da barra.

o Abaixar a barra com auxílio dos roletes do ponto fixo da barra ao


encontro do ponto de fechamento.

o Retirar os roletes.

XIX. O reestabelecimento da fixação ocorrerá de forma alternada


(pontiada) um dormente fixado, três não fixados, até a zona de
respiração da barra. A zona de respiração da barra será os 80m
restantes até o ponto de fechamento, na zona de respiração da barra
o reestabelecimento de fixação deverá ser completo. A colocação
dos grampos deverá ser feita com a ferramenta adequada
(grampeador pampuller ou maritaca).

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XX. Não deverá ser utilizada marreta para a colocação dos grampos.

XXI. No restabelecimento de fixação em dormente de aço o kit a ser


instalado deverá ser com sistema fastclip conforme figura abaixo:

XXII. Restabelecer talas de junção ou providenciar soldagem.

XXIII. Recolher os elementos de fixação não aplicados e ou sucata de forma


a inibir a probabilidade de ocorrência de acidentes ferroviários
gerados por vandalismo.

XXIV. Refazer a pintura do estaqueamento; escrever com tinta amarelo ou


branca data da substituição da barra e temperatura de assentamento.

XXV. Carregar / descarregar e transportar todos os acessórios (grampo,


tirefãos, fixação RN, palmilha, etc.), após realização dos serviços,
para local determinado.

XXVI. As juntas (se existirem) deverão estar em balanço para futura


soldagem (no mínimo a 5 cm do dormente mais próximo).

4.3 – Controle, medição e aceitação dos serviços

4.3.1 A supervisão fornecerá a faixa de temperatura ideal para realização


do serviço (faixa neutra), bem como o método substituição empregado
(qual fila será substituída, extensão, equipamentos, etc.), em função das
características da via e região.

4.3.2 Estão incluídos neste serviço a montagem de juntas, o corte de trilhos,


a execução de juntas, colocação eventual de emendas de trilhos, serviços
estes que deverão atender às respectivas especificações.

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4.3.3 A fiscalização, quando necessário, exigirá o quadramento de


dormentes que se encontram fora da posição, serviço esse medido
separadamente.

4.3.4 A fiscalização deverá verificar, através de marcas à tinta no patim e


nas placas de apoio, o correto caminhamento da barra, utilizando-se
tensores hidráulicos, quando o serviço de alívio é executado abaixo da
temperatura neutra;

4.3.5 Deverá ser observado pela fiscalização se após a operação de alívio,


caso haja a necessidade de execução de solda aluminotérmica, deverão ser
retiradas às fixações 12 m para cada lado da solda, permitindo sua retração
quando do seu resfriamento; as fixações só serão restabelecidas 20 min
após execução da solda.

4.3.6 O alívio de tensão nos trilhos, para ser mais eficaz, deverá ser
realizado durante a mesma jornada de serviço nas duas fiadas de trilho da
linha (esquerda e direita) e nas três fiadas para o caso de bitola mista.

4.3.7 A qualidade dos serviços prestados deverá ser monitorada pela


supervisão com o suporte técnico da Engenharia de Via apoiada pelas
medições do instrumento Verse.

5. CUIDADOS DE EXECUÇÃO

Na liberação da circulação nada deverá exceder a altura de 30mm do topo


dos trilhos de rolamento, conforme a figura abaixo.

 Região 1 - altura permitida.


 Região 2 - altura proibida.

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6. CONSIDERAÇÕES DE MEIO AMBIENTE


Todas as atividades descritas nesta especificação deverão ser realizadas
em conformidade com as normas ambientais vigentes.

7. CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL


Na execução desse serviço pessoas envolvidas deverão estar portando os
equipamentos de proteção conforme estabelecem a Portaria 3214 de 1978,
em suas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e
a CLT em seus artigos de Saúde e Segurança do Trabalho.

8. ANEXOS
Limites de reemprego (linha azul) e sucateamento (linha vermelha) de trilhos:

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