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NOVO GUIA DE ORIENTAÇÕES

PARA APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS:
MONOGRAFIAS E DISSERTAÇÕES

Prof. Raphael Rodrigues Vieira Filho

Salvador Janeiro de 2016


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CAMPUS I – SALVADOR
ÁREA DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I


Diretor: Valdélio Santos Silva

ISBN: 978-85-89406-02-4
Prof. Raphael Rodrigues Vieira Filho
Doutor em História Social
Professor da Área de Produção Científica do
Departamento de Educação Campus I - Salvador
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

NOVO GUIA DE ORIENTAÇÕES


PARA APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS:
MONOGRAFIAS E DISSERTAÇÕES

Salvador – Jan./2016
© 2016 Cedido ao Departamento de Educação Campus I Salvador,
da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Para esta edição.
Proibida a reprodução total ou parcial por qualquer meio de
impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada, em Língua
Portuguesa ou qualquer outro idioma.
Depósito Legal na Biblioteca Nacional.
Impresso no Brasil 2016

CAPA: Concepção e Criação Pablo Vieira Pereira


Desenho Digital com Base em Fotografia Digital de autoria do Autor

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I SALVADOR

FICHA CATALOGRÁFICA

Vieira Filho, Raphael Rodrigues


Novo Guia de Orientações para apresentação de trabalhos
acadêmicos: monografias e dissertações / Raphael Rodrigues
Vieira Filho. - Salvador: DEDC I/UNEB, 2016.
134f.
Inclui referências e apêndices
Departamento de Educação Campus I Salvador, Universidade
do Estado da Bahia (UNEB), Salvador, Bahia, Janeiro de 2016
1. Publicação científica – Metodologia. 2. Normalização. 3.
Redação técnica. 4. Pesquisa - Metodologia. I. Titulo.

CDD: 001.42
Departamento de Educação Campus I Salvador UNEB
Salvador, BA Fone: (71) 3117-2333
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................
1 INTRODUÇÃO .............................................................
2 ESTRUTURA .................................................................
2.1 PARTE EXTERNA ..............................................................
2.1.1 Capa .....................................................................................
2.1.2 Lombada ..............................................................................
2.2 PARTE INTERNA ...............................................................
2.2.1 Elementos Pré-Textuais ........................................................
2.2.1.1 Folha de rosto ......................................................................
2.2.1.2 Errata ..................................................................................
2.2.1.3 Folha de aprovação ..............................................................
2.2.1.4 Dedicatória (s) .....................................................................
2.2.1.5 Agradecimento(s) .................................................................
2.2.1.6 Epígrafe ...............................................................................
2.2.1.7 Resumo na língua vernácula .................................................
2.2.1.8 Resumo em língua estrangeira ..............................................
2.2.1.9 Lista(s) .................................................................................
2.2.1.10 Sumário ................................................................................
2.2.2 Elementos textuais ................................................................
2.2.2.1 Introdução ............................................................................
2.2.2.2 Desenvolvimento ..................................................................
2.2.2.3 Conclusão/Considerações Finais ..........................................
2.2.3 Elementos pós-textuais .........................................................
2.2.3.1 Referências ...........................................................................
2.2.3.2 Glossário .............................................................................
2.2.3.3 Apêndice(s) ..........................................................................
2.2.3.4 Anexo(s) ................................................................................
3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ..........
3.1 FORMATO ..........................................................................
3.2 MARGEM ............................................................................
3.3 ESPACEJAMENTO .............................................................
3.3.1 Notas de rodapé ....................................................................
3.3.2 Indicativos de seção ..............................................................
3.3.3 Títulos sem indicativo numérico ...........................................
3.3.4 Elementos sem título e sem indicativo numérico ...................
3.4 PAGINAÇÃO ......................................................................
3.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA .........................................
3.6 SIGLAS ...............................................................................
3.7 ILUSTRAÇÕES E TABELAS .............................................
4 CITAÇÕES .....................................................................
4.1 SISTEMA AUTOR-DATA ..................................................
4.2 SISTEMA NUMÉRICO .......................................................
4.3 CITAÇÕES DIRETAS .........................................................
4.4 CITAÇÕES INDIRETAS .....................................................
4.5 CITAÇÃO DE CITAÇÃO ....................................................
5 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS ...................
5.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES ........
5.2 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS ..................................
5.2.1 Obra completa de autor único ou parte de obra ......................
5.2.1.1 Autor Entidade ......................................................................
5.2.2 Parte de obra completa ..........................................................
5.2.2.1 Do mesmo autor
....................................................................................... ........................
5.2.2.2 De autor presente em livro coletivo de
responsabilidade intelectual de organizador ........................
5.2.3 Dois ou três autores ..............................................................
5.2.4 Mais de três autores ..............................................................
5.2.5 Citação de Periódicos ............................................................
5.2.5.1 Periódico utilizado como um todo..........................................
5.2.5.2 Número específico de um periódico .......................................
5.2.5.3 Artigo em periódico impresso ................................................
5.2.5.4 Artigo em periódico eletrônico ..............................................
5.3 DOCUMENTOS DIVERSOS ...............................................
5.3.1 Trabalho apresentado em evento ............................................
5.3.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico .............
5.3.3 Legislação .............................................................................
5.3.4 Documento jurídico em meio eletrônico ................................
5.3.5 Imagem em movimento .........................................................
5.3.6 Documento iconográfico .......................................................
5.3.7 Documento iconográfico em meio eletrônico .........................
5.3.8 Documento sonoro ................................................................
5.4 DOCUMENTOS MANUSCRITOS NÃO PUBLICADOS.....
5.4.1 Documento de autoria individual ..........................................
5.4.2 Documento autor entidade ....................................................
5.4.3 Livros e outros documentos encadernados na origem ............
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................
REFERÊNCIAS ............................................................
APÊNDICE A – MODELO DE CAPA ..............................
APÊNDICE B – MODELO DE LOMBADA .....................
APÊNDICE C – MODELO DE FOLHA DE ROSTO ......
APÊNDICE D – MODELO DE VERSO DE
FOLHA DE ROSTO ...............................
APÊNDICE E – MODELO DE ERRATA.........................
APÊNDICE F – FOLHA DE APROVAÇÃO ....................
APÊNDICE G – MODELO DE DEDICATÓRIA .............
APÊNDICE H – MODELO DE AGRADECIMENTOS ...
APÊNDICE I – MODELO DE EPÍGRAFE ......................
APÊNDICE J – MODELO DE RESUMO.........................
APÊNDICE K – RESUMO EM LÍNGUA
ESTRANGEIRA .....................................
APÊNDICE L – MODELO DE LISTA DE QUADROS ...
APÊNDICE M – LISTA DE ILUSTRAÇÕES E
TABELAS ..............................................
APÊNDICE N – MODELO DE SUMÁRIO ......................
APÊNDICE O – REGRAS DE APRESENTAÇÃO 1 .......
APÊNDICE P – REGRAS DE APRESENTAÇÃO 2 ........
APÊNDICE Q – REGRAS DE APRESENTAÇÃO 3 .......
APÊNDICE R – REGRAS DE APRESENTAÇÃO DE
REFERÊNCIAS .....................................
APRESENTAÇÃO
Na exposição do produto final de uma pesquisa
(não importando a modalidade escolhida, um artigo, um
livro, uma dissertação ou uma tese) tão importante
quanto o seu conteúdo é a sua forma. Assim, não basta
que a substância da investigação expresse um tema
acadêmica e socialmente relevante.
Na era da internacionalização dos sistemas
universitários e da constante avaliação da produção
intelectual, a observância dos princípios formais que
conformam os trabalhos acadêmicos se tornou condição
sine qua non para o reconhecimento de uma
investigação científica. Ou, dito de forma semelhante, no
mundo acadêmico, que integra uma aldeia global
incessantemente conectada, padronizar as regras de
apresentação de um estudo centrado em um objeto
singular é pré-requisito indispensável para a validação do
seu mérito científico.
Contudo, a padronização das normas de um
trabalho acadêmico não constitui uma camisa de força ou
um leito de Procusto, como tão eloquentemente
demonstram as exceções às regras gerais, sempre
aludidas por docentes e discentes da Área de História –
o que comprovaria a inadequação dos códigos
draconianos elaborados pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) aos campos e canteiros da
musa Clio.
Por outro lado, professores e estudantes,
constantemente, esgrimem o argumento segundo o qual
é impossível observar, com a devida propriedade, as
normas da ABNT, posto que elas “mudam a todo
instante”. Frente aos estorvos, o melhor a fazer é deixar
a arte final do trabalho a cargo da bibliotecária da
unidade de ensino ou da revisora gramatical – elas, sim,
conseguem entender os caprichos e as excentricidades
dos sabichões reunidos sob o manto protetor da exótica
organização denominada ABNT.
Os problemas, os impasses e as dificuldades
atinentes aos princípios formais das produções
acadêmicas são enfrentados, resolutamente, pela
brochura intitulada Orientações para Apresentação de
Trabalhos Acadêmicos, organizada pelo Prof. Dr.
Rapahel Rodrigues Vieira Filho. Com propriedade, o
autor destaca que a normatização dos trabalhos

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acadêmicos apresenta, pelo menos, três grandes
finalidades: 1) proporcionar meios eficientes de troca de
informações, estabelecendo princípios gerais seguidos
por uma comunidade; 2) proporcionar economia de
tempo, recursos e racionalização das comunicações,
oportunizando o estabelecimento de bases de dados e
informações mais confiáveis e acessíveis aos integrantes
da comunidade e aos que se situam fora dos limites
comunitários; e 3) auxiliar nas análises e no
gerenciamento do produto final, possibilitando a
constituição de instrumentos mais eficazes de avaliação,
tomando como referência padrões considerados
universais. Portanto, consta-se que a normatização é
vantajosa para facilitar a elaboração do trabalho
acadêmico, dentro dos padrões da comunicação
científica, promovendo uma rápida difusão do
conhecimento produzido.
Nós professores/orientadores temos diversas
razões para louvar e externar os agradecimentos ao
esforço intelectual envidado pelo professor Raphael
Rodrigues Vieira Filho. Em primeiro lugar, docentes,
discentes, o corpo técnico e administrativo da UNEB

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encontrarão no Guia um denominador comum para a
institucionalização de determinadas práticas acadêmicas
que integram a cultura acadêmica da instituição – ainda
insuficientemente compartilhadas por nossa comunidade
intelectual.
Ademais, na perspectiva de responder às dúvidas
relacionadas às especificidades da História – a exemplo
das referências a documentos originais não publicados –
o autor se valeu das Normas elaboradas pelo Instituto
Português de Qualidade. Assim, decerto encontraremos
nestas Orientações estratégias para aclarar questões de
caráter normativo, o que não significa uma panacéia para
todas as dúvidas formais – o que seria absurdo, pois o
conhecimento tem a sua historicidade.
Prof. Dr. Raimundo Nonato Pereira Moreira
Professor Dep. Educação Campus II - Alagoinhas

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1 INTRODUÇÃO
O objetivo destas orientações é fazer com que os
produtos textuais das pesquisas dos alunos do Programa de
Pós-Graduação em História Regional e Local, tanto no âmbito
do exame de qualificação quanto do texto final da dissertação,
sejam proficientes e fiquem adequados aos padrões
reconhecidos de trabalhos acadêmicos. Além disso, estas
orientações foram organizadas de forma a tornar o trabalho de
construção desses textos, elaboração das referências e sua
formatação final mais fáceis e, na medida do possível,
prazerosas.
Padronizações são importantes em vários campos e
segui-los é ainda mais importante. Todos conhecem o desastre
provocado nas máquinas nazistas na segunda grande guerra. Os
alemães produziam seguindo normas só deles, o que
prejudicava enormemente a reposição de peças
impossibilitando a utilização de peças das máquinas dos
diversos países ocupados, sendo atribuído a esse fator o
declínio e derrotas nos lugares mais distantes, África, Oriente
Médio e Leste Europeu. Fileiras de tanques inteiras ficavam
fora de combate pela falta de um simples parafuso, que deveria
vir da Alemanha o que demorava semanas, ou até meses.
A normalização dos trabalhos acadêmicos não tem
contornos tão dramáticos, mas também é muito importante.
Tem pelo menos três grandes objetivos: a) proporcionar meios
eficientes de troca de informações, estabelecendo linhas gerais
seguidas por uma comunidade; b) proporcionar economia de
tempo, recursos e racionalização das comunicações,
possibilitando a construção de bases de dados e informações
mais confiáveis e de fácil acesso à todos da comunidade e de
fora dela; c) ajudar nas análises e gerenciamento do produto
final, possibilitando a construção de instrumentos mais eficazes
de avaliação, considerando padrões universais. Portanto a
normalização é útil para facilitar a elaboração do trabalho
acadêmico, dentro dos padrões da comunicação científica,
promovendo uma rápida difusão do conhecimento produzido.
Como foi possível notar pelas informações acima, a
normalização segue uma lógica de racionalidade e busca de
eficiência, mas também passa pela busca de formas de
avaliação da qualidade dos trabalhos produzidos e pleiteia a
eficiência na troca de informações, pontos essenciais no mundo
acadêmico atual. Assim, neste momento em que o programa
passou por sua primeira avaliação trienal promovida pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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(CAPES) e recebeu elogios pela qualidade do conteúdo dos
trabalhos apresentados pelos discentes para sua titulação, cabe
também nos preocuparmos um pouco mais com a forma.
No âmbito de nossa instituição os programas de Pós-
Graduação são regulamentados pela resolução do Conselho
Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) número
791/2007 e pela resolução 540/2008 do Conselho Universitário
CONSU. Nela foram reunidas as instruções e normativas
referentes à todas as modalidades de cursos de Pós-Graduação
oferecidos na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Porém neste dispositivo legal não são oferecidas regras para
elaboração, formatação e normalização dos trabalhos finais,
resultado das pesquisas executadas nos cursos oferecidos pelos
programas de Pós-Graduação.
O presente texto é uma versão ampliada de um guia de
orientação, a princípio despretensioso, elaborado para ajudar na
normalização dos trabalhos de conclusão de curso (TCC) dos
diversos programas a cargo da Assessoria Técnica para
Programas Especiais da UNEB e depois ganhou uma versão um
pouco mais elaborada, publicada em CD-ROM pelo
Departamento de Educação Campus I em parceria com a
PORTFOLIUM, especialmente realizada para atender a Área

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de Produção do Curso de Pedagogia do Departamento de
Educação Campus I Salvador, responsável pelas orientações
dos TCCs daquele departamento da UNEB (VIEIRA FILHO,
2008).
Entretanto o sucesso desde a primeira versão entre
amigos, colegas e alunos exigiu uma revisão para incorporar
contribuições e ampliação para atender as várias necessidades
de citação e construção de referências de documentos os mais
diversos possíveis utilizados nas monografias e dissertações.
Agora foram também incorporadas novas necessidade
específicas dos discentes e docentes do campo da História
identificadas ao longo de três anos de experiências orientações
e participação em bancas diversas. Apesar de tentar ser o mais
abrangente possível neste curto espaço, recomendo a consulta,
sempre que necessário, as várias normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) citadas nas referências,
além das Normas Portuguesas, elaboradas pelo Instituto
Português da Qualidade, utilizadas por mim para propor uma
forma de referenciar documentos originais não publicados, não
normalizados pela ABNT.
Existe um mito, talvez criado com motivos, de que as
normas mudam a todo instante, mas isso não é verdade. Todos

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os anos a ABNT publica novas normas e republica normas
antigas com instruções novas, isso faz parte de suas funções de
organização e padronização de processos e procedimentos em
todas as áreas de conhecimento, mas principalmente nas áreas
de produção industrial. Entretanto isso não quer dizer que as
normalizações para trabalhos científicos sejam alteradas a todo
momento.
Houve mudanças importantes entre 2002 e 2005, talvez
isso explique o estabelecimento do mito. Agora em 2011 estão
acontecendo diversas consultas públicas para mudanças na
normatização, algumas delas já foram aprovadas, como a NBR
14724 e a NBR 15287, já vigorando desde abril de 2011 e as
modificações foram incorporadas neste texto. Porém, existem
NBRs em vigor hoje que foram publicadas em 1989, portanto,
como em todos os temas e polêmicas, muitos ganham com os
boatos e muitos perdem também com eles, mas nós
pesquisadores não devemos nos contentar com as fofocas e
boatos, pois a nossa matéria prima são às varias respostas aos
problemas, e para os cientistas sociais o importante são as
várias versões desses mitos, como elas se formam e se
propagam e como chegam até nós.
Boa leitura e bom trabalho.

18
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2 ESTRUTURA

A literatura de metodologia do trabalho científico é


bastante variada e vasta além de oferecer uma diversidade
enorme de títulos dependendo da área e estágio acadêmico que
se quer atender, porém podemos destacar como comum a todos
os manuais a seguinte divisão: elementos pré-textuais, textuais
e pós-textuais. Entretanto a Norma Brasileira (NBR) 14724 da
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(2011) introduziu modificações neste conceito, por ela agora
temos duas partes: parte externa, composta por dois elementos
– capa e lombada –; parte interna: composta por elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais.
Para trabalhos de final de curso e apresentação de
resultados de pesquisas em cursos de especialização, mestrado,
doutorado e pós-doutorado, a ABNT deixa a cargo das
instituições promotoras a formatação que melhor lhes servir,
desde que sejam respeitados os critérios mínimos de
padronização e que constem, das suas normalizações internas,
os elementos obrigatórios possibilitando a indexação dos
trabalhos, ou seja, que possibilitem maneiras fáceis de
elaboração de instrumentos de arquivamento, guarda e busca
das informações básicas sobre os trabalhos elaborados e
apresentados, uma exigência cada vez maior, uma vez que os
trabalhos devem ficar disponíveis em formato digital para
consultas pela INTERNET.
Portanto, para a normalização dos trabalhos produzidos
e defendidos no âmbito de nosso programa de mestrado,
elencamos abaixo os itens obrigatórios e a ordem correta em
que devem vir encadernados e em que devem ser impressas as
informações. Constam exemplos nos Apêndices.
Serão detalhadas agora as informações e sua ordem
normalizadas pela ABNT e também pelo Colegiado do
Programa de Mestrado em História Regional e Local da UNEB.

2.1 PARTE EXTERNA

Conforme a NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), essa parte se
compõe apenas de dois elementos: Capa (obrigatório) e
Lombada (opcional).

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2.1.1 Capa
É a proteção externa do trabalho e sobre a qual se
imprimem as informações indispensáveis à sua identificação,
seguindo também uma ordem determinada e normalizada:
a) nome da instituição (opcional);
b) nome do autor;
c) título: deve ser claro e preciso,
identificando o seu conteúdo e
possibilitando a indexação e recuperação da
informação;
d) subtítulo: se houver, deve ser precedido
de dois pontos, evidenciando a sua
subordinação ao título;
e) número de volumes: se houver mais de
um, deve constar em cada capa a
especificação do respectivo volume;
f) local (cidade) da instituição onde será
apresentado o trabalho;
NOTA No caso de cidades homônimas
recomenda-se o acréscimo da sigla da
unidade da federação.
g) ano de depósito (da entrega).
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 5-6).

2.1.2 Lombada
Elemento opcional e só utilizado em certos tipos de
encadernação. Deve ser elaborado conforme NBR 12225. Ver
exemplo com as regras da NBR no Apêndice B.

22
2.2 PARTE INTERNA
A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011), como já foi escrito acima,
introduziu a divisão em partes destacando os elementos
constitutivos de cada uma delas, para apresentação dos
trabalhos acadêmicos. Além disso, ela continua elencando os
elementos obrigatórios e opcionais de cada parte, a
obrigatoriedade e ordem que devem ser obedecidas. A parte
interna é composta por: Elementos pré-textuais, elementos
textuais e elementos pós-textuais.

2.2.1 Elementos Pré-textuais


Conforme a normalização imposta pela NBR 14724
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011) a capa e a lombada ganharam destaque sendo agora uma
parte separada dos elementos pré-textuais, que ficou dividido
na seguinte sequência:
Folha de rosto (obrigatório); Errata (opcional); Folha de
aprovação (obrigatório); Dedicatória(s) (opcional);
Agradecimentos(s) (opcional); Epígrafe (opcional); Resumo na
língua vernácula (obrigatório); Resumo em língua estrangeira
(obrigatório); Lista de ilustrações (opcional); Lista de tabelas

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(opcional); Lista de abreviaturas e siglas (opcional); Lista de
símbolos (opcional); Sumário (obrigatório).

2.2.1.1 Folha de rosto


Elemento obrigatório em que devem ser impressas as
informações de identificação de responsabilidade acadêmica. A
NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011) destaca também a localização na folha de
onde devem constar as informações, assim ela define anverso e
verso. Devem ser apresentadas no anverso da folha e na
seguinte ordem, essas informações:
a) nome do autor [responsável intelectual
do trabalho];
b) título;
c) subtítulo: se houver;
d) número de volumes, se houver mais de
um, deve constar em cada folha de rosto a
especificação do respectivo volume;
e) natureza: tipo de trabalho (tese,
dissertação, trabalho de conclusão de curso
e outros) e objetivo (aprovação em
disciplina, grau pretendido e outros); nome
da instituição a que é submetido; área de
concentração;
f) nome do orientador e, se houver, do
coorientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve
ser apresentado;

24
h) ano de depósito (entrega).
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 6).

No verso da folha de rosto devem ser impressos os


dados de catalogação-na-publicação. No caso de nossa
instituição ele é expresso pela Ficha Catalográfica, que deve
ser elaborada por bibliotecária habilitada. Para isso é
obrigatório fazer solicitação a bibliotecária do Departamento
para essa elaboração. Além disso, também deve ser gravado se
o autor autoriza a reprodução do texto para fins acadêmicos e
outros. Ver nos apêndices o exemplo.

2.2.1.2 Errata
A errata é o local onde são referenciados os pequenos
problemas de digitação ou erros gráficos percebidos após a
impressão do trabalho. É um elemento opcional, porém pela
nova redação da NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 7) devem constar as
informações de “[...] referência do trabalho e o texto da errata
[... e pode ser] apresentado em papel avulso ou encartado,
acrescida ao trabalho depois de impresso.” Ver exemplo nos
apêndices.

25
2.2.1.3 Folha de aprovação
Elemento obrigatório. Colocada logo após a folha de
rosto, quando não existir errata. É constituída pelo nome do
autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo – se houver –,
natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área
de concentração, reservar espaço para data de aprovação, nome,
titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e
instituições a que pertencem. A data de aprovação e assinaturas
dos membros componentes da banca examinadora são
colocados após a aprovação do trabalho.

2.2.1.4 Dedicatória
Elemento opcional e deve ser colocado em folha própria
e logo após a folha de aprovação. Lembro que é um elemento
opcional, porém como é comum as(os) alunas(os) prestarem
homenagem ou dedicarem seu trabalho a alguém, é conveniente
destacar seu local preciso na apresentação da dissertação, pois
foram presenciados vários trabalhos com esse elementos
encartado nos mais diversos locais.

26
2.2.1.5 Agradecimentos
É um elemento opcional e deve ser colocado em folha
própria e logo após a folha de dedicatória. Lembro que é um
elemento opcional, porém assim como a dedicatória, é comum
as(os) alunas(os) agradecerem as mais diversas
pessoas/instituições que recebeu apoio ou foram relevantes para
a concretização das etapas da pesquisa e/ou do trabalho final.

2.2.1.6 Epígrafe
Elemento opcional e deve ser colocado em folha própria
e logo após os agradecimentos. Lembro que é um elemento
opcional, porém assim como a dedicatória e agradecimentos é
comum os alunos apresentarem uma frase, poesia, pensamento,
ditado popular que gostem ou que fazem uma síntese do
trabalho proposto.
Não deve ser esquecida a referência de autoria da frase,
poesia, pensamento, letra da música, etc., citada nesta parte,
assim como deve ser respeitada a escolha pelo sistema de
notação de referência desde esse elemento, assim se no corpo
do trabalho for escolhido o sistema autor-data ou sistema
numérico, deve constar assim a referência aqui.

27
2.2.1.7 Resumo na língua vernácula
Elemento obrigatório, recomenda-se que seja escrito em
um parágrafo único, escrito na terceira pessoa do singular, com
verbo na voz ativa, sem enumeração de tópicos, espaçamento
simples, contendo entre 150 e 500 palavras. Conforme a NBR
6028 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003c, p.
2) “[...] o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os
resultado e as conclusões [...] deve ser composto de uma
seqüência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração
de tópicos.” [grafia do documento]
Após o parágrafo do resumo, e na mesma folha, devem
ser incluídas palavras-chave, separadas por ponto e finalizadas
por ponto. A normativa não se ateve à quantidade destes
descritores, mas recomendamos no mínimo de 3 (três) e no
máximo de 5 (cinco), para melhor servir ao propósito de
indexação proposto pela própria Associação Brasileira de
Normas Técnicas.

2.2.1.8 Resumo na língua estrangeira


Elemento obrigatório, deve seguir as mesmas
recomendações do resumo em língua vernácula, porém escrito
em língua estrangeira. Também deve ser seguido por palavras-

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chaves ou descritores, na língua escolhida, conforme orientação
anterior. Atentar para utilização da língua estrangeira para o
título, texto e palavras-chave.

2.2.1.9 Listas
São elementos opcionais, mas se o trabalho apresentar
muitas destas referências recomenda-se sua elaboração. Devem
vir antes do sumário e após os resumos. Quando for o caso
devem vir na seguinte ordem: Lista de Ilustrações, Lista de
Tabelas, Lista de Abreviaturas e Siglas e Lista de Símbolos.
Recomenda-se que sejam elaboradas listas para cada um dos
elementos separadamente principalmente para Lista de
Abreviaturas e Siglas e Lista de Símbolos. Quanto às
ilustrações e tabelas é possível a elaboração de uma única lista
se o número desses elementos for muito pequeno no corpo do
texto.
Recomendamos a leitura do item 3.7 para os
esclarecimentos sobre as diferenças entre esses elementos e a
para elaboração utilizar os exemplos contidos nos modelos
apresentados nos Apêndices e os dispostos na NRB 14724
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 8).

29
2.2.1.10 Sumário
Elemento obrigatório e deve ser elaborado levando-se
em conta NBR 6027 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003b). A principal recomendação é
que retrate fielmente a ordem de itens, secções, subsecções e
outras partes e divisões do texto inclusive a mesma grafia que
aparecem no trabalho e se possível a mesma formatação
utilizada no corpo do texto. É importante lembrar da ordem
sequencial e da hierarquização dos títulos e itens conforme
recomendações contidas no item 3.5 deste trabalho. Deve ser
sempre o último elemento pré-textual.
Recomendo que seja elaborado após a impressão final e
conferido antes da encadernação, tomar cuidado também com
sua disposição na hora da encadernação. Esses detalhes e
informações são importantes, pois o sumário é a parte mais
acessada de um trabalho, muitas vezes se constituindo o
primeiro contato, após o título, do leitor com o resultado da
pesquisa, portanto é o cartão de visitas do texto escrito, desta
forma deve ser bem elaborado e apresentado.

30
2.2.2 Elementos textuais

Parte chamada de núcleo do trabalho acadêmico, pois é


onde o autor expõe suas idéias e debate com outros autores,
além de ser o momento-chave de exposição de dados e
informações relevantes acumuladas nas pesquisas e ações
realizadas. Conforme os manuais de metodologia científica os
elementos textuais são constituídos de três partes fundamentais:
introdução, desenvolvimento e conclusão, para nós
historiadores as conclusões são substituídas por considerações
finais e muitas vezes também substituímos a introdução por
uma apresentação. Todas devem ser numeradas em seções e
subseções segundo critério escolhidos pelo próprio autor para a
hierarquização dos itens em seu trabalho, porém todos esses
itens, seções e subseções devem ter numeração contínua e
hierarquizada, conforme o item 3.5, deste guia.

2.2.2.1 Introdução
É onde o autor desperta o interesse do leitor para seu
trabalho. Existem várias formas de fazer isso. Uma das mais
freqüentes nos trabalhos acadêmicos é fazer um texto
descrevendo o tema específico, o objeto de pesquisa, o

31
problema que gerou a pesquisa e será respondido, por que foi
feita a pesquisa, qual a finalidade e objetivos da pesquisa, quem
são os sujeitos da pesquisa, como foi feita a pesquisa e o local
de pesquisa. Recomenda-se também que o autor destaque a
importância do trabalho no cenário da historiografia e quais as
suas contribuições sociais e acadêmicas.
Normalmente é redigida depois que o trabalho está
pronto, pois muitas vezes nos projetos nos colocamos objetivos
muitos extensos ou a pesquisa enfrenta problemas que limitam
sua abrangência e isso também pode ser explicitado neste
momento da escrita, orientando o leitor para os cortes e
adaptações procedidas no projeto original evitando cobranças
indesejadas ou até mesmo incongruências entre os objetivos
propostos e os alcançados no trabalho final.Além disso, muitas
vezes também começamos a pesquisa com um desejo e os
documentos encontrados nos diversos acervos, nos
encaminham para outros questionamentos e temas secundários
se transformam no centro de nossas discussões.

2.2.2.2 Desenvolvimento
Parte principal do texto. Constitui-se na exposição do
tema de forma ordenada e pormenorizada. Deve ser organizada

32
em: partes – seções, subseções e itens – de acordo com a
necessidade e abordagem de tema e método. É bom ressaltar
que a ABNT não adota a designação de capítulos para as partes
de uma monografia, restringindo-se essa titulação apenas para
divisões de livros que obedecem a uma outra normalização.
Cada uma das partes – seção, subseção e item – deve ter um
título próprio e deve expressar exatamente o conteúdo de seu
texto.
Deve-se evitar títulos confusos ou que não façam alusão
exata ao tema, objeto tratado no item, seção, subseção, item,
pois alguns títulos rebuscados podem ficar muito bonito e
poéticos, mas nada prático para explicitar aquilo que se está
tratando. É bom ter em mente que outros pesquisadores farão a
seleção daquilo que irá ler pelos títulos grafados no sumário,
então eles devem ser precisos e concisos.
Existem diversas formas de organização do texto,
alguns preferem fazer a organização em partes compostas por
itens e seções, porém na hora de titula-los não deve ser
utilizada a palavra capítulo, pois a atual normalização proposta
pela ABNT para apresentação de trabalhos científicos não é
adequada à organização como eram feitos anteriormente os

33
trabalhos com itens intitulados de capítulo I, capítulo II e assim
por diante.
A numeração progressiva do trabalho foi normalizada
para iniciar no primeiro item dos textuais, ou seja, a introdução
deve ser numerada com 1, assim os outros itens devem ser
grafados com números subseqüentes, 2, 3 e assim por diante até
as considerações finais que também deve ser numerada. Desta
forma, foi abolido o dístico „capítulo‟ antes do título do item
proposto pelo autor.
De acordo com minha experiência em orientação de
monografias de final de curso, dissertações e participação em
bancas, as melhores monografias são aquelas em que existe
uma articulação entre os conceitos apresentados pelos autores
já consagrados e os dados/informações obtidos nas pesquisas
das(os) alunas(os).
Uma forma bastante utilizada para isso é elaborar
primeiro um roteiro com duas ou três das principais questões da
pesquisa, cada uma pode ser um item, seção ou partes do
trabalho final, os conceitos apresentados pelos diversos autores
sobre o tema e os instrumentos utilizados para a coleta de
dados/informações que ajudam à responde-las. Após a
elaboração desse roteiro, tentar dissertar cada uma das partes

34
respondendo as questões começando com os autores que já
enfrentaram questões parecidas ou próximas, como eles as
responderam, quais dados/fontes utilizaram para isso, quais
conceitos utilizaram, quais dados/fontes foram colhidos na sua
pesquisa, quais são as diferenças dos autores, quais os motivos
dessas diferenças.
É importante fazer sempre um encadeamento entre os
itens e ou partes. Uma forma que pode ser utilizada é incluir
um parágrafo ao final de cada item, subitem, seção ou
subseção, resumindo o que foi tratado e anunciando o que será
tratado posteriormente, ou seja, criar uma unidade de sentido
no interior da dissertação e dos temas tratados nos diversos
itens.
É também recomendável que haja articulação entre os
itens, seções ou partes de todo o trabalho. Uma forma bastante
prática de se fazer isso é trabalhar na análise dos dados com os
conceitos/autores/métodos/teorias que foram descritos ou
apresentados nos itens anteriores. Relacionando os dados
obtidos com pesquisas, trabalhos e autores citados
anteriormente e que obtiveram resultados semelhantes ou não,
explicando essas diferenças, semelhanças e as causas dessas
semelhanças ou diferenças, principalmente com relação aos

35
dados/fontes colhidos por outros pesquisadores e os dados da
pesquisa executada pelo autor da dissertação. Esse
procedimento é importante para ampliar o conhecimento
científico na área/tema da pesquisa, mas também vai ser uma
forma bem prática de desenvolver o texto tornando-o mais
acessível e motivando os futuros leitores do trabalho para uma
interação com o discurso e as discussões realizadas, afinal um
dos pressupostos da produção científica é sua divulgação,
portanto se faz um trabalho acadêmico também para outras
pessoas lerem, analisarem, criticarem e sugerirem formas de
melhorá-lo.

2.2.2.3 Conclusão/Considerações Finais


É a parte em que se mostram, de forma clara e concisa,
os resultados obtidos na pesquisa. É onde o autor expõe seu
ponto de vista sobre o trabalho realizado e sobre os impactos e
mudanças que os resultados obtidos podem acarretar.
Os livros de metodologia recomendam que não sejam
incluídas citações, pois as visões, opções e pontos de vista do
autor da pesquisa, sobre ela e seus resultados, é que deve ficar
em evidência neste item. Recomenda-se também que sejam

36
explorados neste item os desdobramentos, repercussões e à
importância pessoal da pesquisa para o autor.
Normalmente é a parte onde é feita a síntese de toda a
pesquisa. Inicia-se com a enunciação do tema ou objeto de
pesquisa proposto, depois o(s) problema(s) de pesquisa, as
formas utilizadas para resolver o(s) problema(s) de pesquisa, ou
seja a metodologia da pesquisa, e finalmente apresentar os
resultados de forma sintética. Não se deve colocar novos dados
ou dados não discutidos nos itens anteriores do trabalho. Nesta
parte também não deve conter citações de outros autores.
Lembro novamente: esta é a parte onde o autor expõe os
resultados e seu ponto de vista sobre eles e sobre o trabalho de
pesquisa de forma mais geral.
Existe uma polêmica epistemológica muito grande e
ainda não resolvida, nas ciências humanas, sobre a
denominação desta parte da monografia. Existe um argumento
geral utilizado para explicar as duas denominações: a de que
nas pesquisas das ciências humanas o que se encerra, ou seja, o
que se conclui, é a pesquisa ou a fase da pesquisa e não os
processos ou ações que foram objeto do estudo, mas esse
argumento é utilizado tanto pelos que são a favor do termo
Considerações Finais como pelos que utilizam Conclusão,

37
portanto não existe ainda uma definição quanto ao uso do
termo.
Particularmente prefiro utilizar o termo Considerações
Finais, isso deixa o trabalho mais aberto e também é possível
utilizar essa parte do texto para fazer sugestões, apontar novas
questões e novos desdobramentos para pesquisas futuras, que o
termo Conclusões, exatamente pela sua definição de definitivo,
excluiria.

2.2.3 Elementos Pós-Textuais


2.2.3.1 Referências
É um elemento obrigatório e deve ser elaborado
conforme a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002). A principal regra é a
padronização. Devem sempre ser elaboradas em forma de lista
classificada em ordem alfabética e conter os elementos
principais que identifiquem os textos/documentos utilizados na
elaboração da monografia. Os principais elementos são:
autoria; título; instituição; cidade; ano. Outros elementos
devem ser acrescentados de acordo com o tipo de documento. É
importante ver a norma NBR 6023 e consultar sítios na

38
INTERNET que tem exemplos de todos os tipos de
documentos para compor as referências do trabalho. Ver
também as formas de exemplos de construção de referências de
diversos tipos de documentos incluídas ao final deste trabalho.
É uma prática bastante comum as(os) alunas(os)
incluírem textos da grande rede em suas monografias, porém
como os textos da internet são de domínio público nem sempre
são notados na lista de referências.
Como a principal característica da INTERNET é o livre
acesso e o compromisso assumido, pelos autores que
disponibilizam seus textos na rede, de torná-los de domínio
público, isso não quer dizer que eles perdem a autoria e
responsabilidade acadêmica, ou seja, eles continuam de
propriedade intelectual dos autores originais e não podem
ser utilizados sem a devida referência de autoria, título, editor,
ano de publicação e para os documentos, obras, textos e outros
disponíveis somente na INTERNET é elemento obrigatório
para composição das referências o site e a data de acesso. E não
esquecer o Disponível em: <endereço completo do sítio>.
Acesso em: dia mês abreviado e ano. Para uma melhor
visualização, ver os exemplos no item 5 ELABORAÇÃO DE
REFERÊNCIAS, deste guia.

39
Na atual normalização realizada pela ABNT de
apresentações de trabalhos acadêmicos é utilizado somente esse
item para catalogar todas as bases de informações/dados que
serviram de fonte para o trabalho, desta forma mesmo obras
que apenas inspiraram sem ter contribuído com citações diretas
ou indiretas, mas que serviram para pensar o tema ou o objeto,
elucidar ou analisar dados, informações ou conceito, indicar
fontes ou métodos, devem constar neste item.
Também devem constar documentos produzidos para a
pesquisa em forma de depoimentos ou entrevistas, gravadas
e/ou transcritas e que foram utilizadas para fornecer
informações e dados para a pesquisa.
A lista pode ser subdividida em partes separadas pelas
principais características ou utilização. Por exemplo: Pode-se
elaborar uma lista de livros, uma de artigos, uma de entrevistas,
e assim por diante. Porém isso pode ocasionar uma dispersão
quando se lê o trabalho, o leitor deve procurar em todas as
listas a referência citada no texto, perdendo tempo e
dispersando a leitura. Também pode levar a confusões na
compreensão geral do texto em confronto com citações.
Portanto levando-se em conta esses pontos negativos sugerimos
a elaboração de listagem única composta por todos os

40
documentos, livros, artigos, ensaios, obras de referências, base
de dados etc., utilizadas para composição do texto e utilizados
na pesquisa.
Para os trabalhos que manusearam um volume muito
intenso de documentos recomendo a elaboração de uma lista
separada contendo todos os documentos em ordem alfabéticas
obedecendo a mesma padronização utilizada no corpo do texto,
observar as orientações e exemplos do item 5 deste guia.

2.2.3.2 Glossário
Elemento opcional. Deve ser elaborado em ordem
alfabética conforme a NBR 6022.

2.2.3.3 Apêndice(s)
Elemento opcional. São documentos elaborados pelo
autor da monografia e servem para complementar sua
argumentação, porém que não foram incluídos no corpo do
trabalho para não ser quebrada a unidade do texto. Devem ser
identificados por letras maiúsculas progressivas e consecutivas,
travessão e apresentar título centralizado. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002).
Exemplo:

41
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS.....
OBS.: Não é obrigatório, mas facilita muito a compreensão se
forem acrescentas informações básicas sobre como foi aplicado
o instrumento e universo de abrangência pretendido.

2.2.3.4 Anexo(s)
Elemento opcional. São documentos não elaborados
pelo autor da monografia e servem para comprovar,
fundamentar ou ilustrar argumentação do autor, porém que não
foram incluídos no corpo do trabalho para não ser quebrada a
unidade do texto. Devem ser identificados por letras maiúsculas
progressivas e consecutivas, travessão, título centralizado.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002).
Exemplo:
ANEXO A – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO
ESQUEMA.....
OBS.: Não esquecer de citar fonte ou autoria do documento
utilizado ou que serviu de base para elaboração do anexo.

42
3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011) normaliza as regras gerais para
apresentação de trabalhos acadêmicos, portanto não são
sugestões e sim regras que devem ser obedecidas. Para melhor
visualização da representação gráfica proposta, remetemos o
leitor aos apêndices.
Conforme a norma citada, NBR 14724, os trabalhos
acadêmicos devem seguir a seguinte formatação:

3.1 FORMATO
Existe uma discussão permanente no Comitê CB 14 –
Informação Documentação da ABNT sobre incentivo às formas
de preservação do meio ambiente desde 2005. Essa
preocupação foi contemplada com a edição da nova redação da
NBR 14724, ficando da seguinte forma:
“Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor
preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações
[...] utilizar papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm ×
29,7 cm)” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

44
TÉCNICAS, 2011, p. 9). Portanto a utilização de papel
reciclado é plenamente possível.
Outras medidas foram incorporadas, na nova redação da
NBR 14724, com o mesmo objetivo de preservação ambiental,
como por exemplo a recomendação de impressão dos dois
lados da folha em partes do trabalho. Assim ficou a nova
redação:

Os elementos pré-textuais devem iniciar no


anverso da folha, com exceção dos dados
internacionais de catalogação-na-
publicação que devem vir no verso da folha
de rosto. Recomenda-se que os elementos
textuais e pós-textuais sejam digitados ou
datilografados no anverso e verso das
folhas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 9)

A responsabilidade do projeto gráfico é do próprio autor


do trabalho, porém a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (2011, p. 10) recomenda:

Recomenda-se, quando digitado, a fonte


tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive
capa, excetuando-se citações com mais de
três linhas, notas de rodapé, paginação,
dados internacionais de catalogação-na-
publicação, legendas e fontes das
ilustrações e das tabelas, que devem ser em

45
tamanho menor e uniforme.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10).

As NBRs da ABNT então não exigem a utilização de


nenhuma fonte tipográfica específica, porém normaliza que as
citações, notas, número de páginas e legendas sejam digitadas
em fonte menor que a utilizada no corpo do texto, também não
devemos esquecer que o trabalho deve ser digitado ou
datilografado de forma a proporcionar uma fácil leitura, não
cansar o leitor e nem causar nenhuma dúvida, portanto o
tamanho da fonte do corpo do texto, das citações, notas, etc.,
devem ser escolhidas se levando em consideração essas
recomendações e regras.
É importante lembrar que:
[...] as citações diretas, no texto, de mais de
com mais de três linhas, devem ser
destacadas [em parágrafo próprio] com
recuo de 4 cm da margem esquerda, com
letra menor que a do texto utilizado e sem
as aspas. No caso de documentos
datilografados, deve-se observar apenas o
recuo. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002a, p. 2)

Um lembrete importante é que mesmo quando somente


datilografado o trabalho deve sempre respeitar o recuo para

46
citações diretas de 4 cm., além disso, não se deve esquecer
nunca de notar a referência utilizada na citação. Portanto agora
é possível utilizar papel reciclável e imprimir a parte textual e
pós-textual utilizando os dois lados da folha.

3.2 MARGEM
“As margens devem ser: para o anverso, esquerda e
superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso,
direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm. o
verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10)
A normalização de margens diferentes verso e anverso
da folha é para preservar a mancha gráfica impressa na hora da
encadernação, assim não se corre o risco de perder partes do
texto nesta etapa da preparação final do trabalho. Observem a
frente no texto, que também a posição da numeração da página
é diferente no verso e anverso da folha.

3.3 ESPACEJAMENTO
Para digitar ou datilografar o texto, deve ser obedecido
o espacejamento de 1,5 linhas. Com exceção das “[...] citações

47
de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas
das ilustrações e das tabelas, natureza (tipo do trabalho,
objetivo, nome da instituição a que é submetido e área de
concentração) [...]” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10), que devem ser digitados
ou datilografados em espaço simples.
Também foram impostas regras de cuidados com a
economia de papel na apresentação da lista de referências: “As
referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si
por um espaço simples em branco.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10)
Nos elementos pré-textuais “[...] folha de rosto e na
folha de aprovação, o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da
instituição e a área de concentração devem ser alinhados do
meio da mancha gráfica para a margem direita. [...]”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10).

3.3.1 Notas de rodapé


As notas de rodapé possuem basicamente três objetivos:
a) complementar o texto com comentários ou informações
pertinentes, mas que, além de tornar o texto quebrado com

48
muitas interrupções, podem desviar a atenção do leitor; b)
incluir traduções ou partes importantes, mas que podem
sobrecarregar o texto; c) referenciar a fonte de consulta para de
idéias, conceitos, definições, pensamentos, opiniões, juízos,
descrições, exposição, relação de responsabilidade intelectual
de terceiros que não o próprio autor do texto, portanto
constituindo-se em qualquer tipo de referência ou citação direta
ou indireta.
O mais comum nas produções da área de História é a
utilização das notas de rodapé para inscrição de referências,
documentos e fontes. Existe uma normalização própria para a
construção de referências que estabelece regras bastante rígidas
para utilização de referências em notas de rodapé, mas alerto
como regra geral que nunca devem ser misturados dois
sistemas, ou seja, se a escolha é para utilização de referência no
próprio texto, no chamado sistema americano ou autor-data
(AUTOR, ANO, p.__), não se deve utilizar as notas de rodapé
como notas de referência.
Tratarei mais sobre essas regras no item 4.1, quando
falarei mais especificamente dos sistemas de notação de
referências e no item 5 quando falarei da construção de
referências, onde mostrarei exemplos e sua utilização.

49
Como já foi dito as notas de rodapé também podem ser
utilizadas como notas explicativas ou de esclarecimento, desta
forma elas devem ser utilizadas para detalhamentos não
inclusos no corpo do texto e, como todos os tipos de notas de
rodapé, devem ser:
[...] digitadas ou datilografadas dentro das
margens, ficando separadas do texto por um
espaço simples de entre as linhas e por
filete de 5 cm, a partir da margem esquerda.
Devem ser alinhadas, a partir da segunda
linha da mesma nota, abaixo da primeira
letra da primeira palavra, de forma a
destacar o expoente, sem espaço entre elas
e com fonte menor. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10).

Além disso, devem ser numeradas em “[...] algarismos


arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada
capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a, p. 7).
Exemplo:12

1
Neste caso Exemplo se refere a modelo a ser seguido, porém os diversos
dicionários consultados atribuem outros significados para a mesma
palavra.
2
Notem que a informação da nota 1 é uma explicação e pode ser retirada
sem prejuízo na compreensão do texto. Observem também que a segunda

50
Deve, também, ser observada a numeração em
algarismo arábico, sequencial e aposto em sobrescrito no corpo
do texto logo após o termo, a frase, ou o conceito a ser
explicado nas notas de rodapé. Na utilização de programas de
edição de texto isso já é feito automaticamente, clicando na aba
referências e escolher Inserir Nota de Rodapé, ou ainda nos
editores em versões mais antigas com o recurso Inserir,
Referência, Notas, Notas de rodapé – escolha Notas de fim da
página –, ou outro recurso semelhante. Porém a maioria dos
editores de texto não faz o alinhamento automático a partir da
segunda linha, então isso deve ser feito manualmente. Estando
nas notas de rodapé é só ir na aba Início, Parágrafo, Recuo,
Especial, escolher Deslocamento, inserir 0,2 ou 0,3 cm.; ou nos
programas mais antigos, estando nas Notas de Rodapé, ir em
Formatar, Parágrafo, escolher Deslocamento e inserir 0,2 ou 0,3
cm..
Observar a formatação do espaçamento que deve ser
simples no parágrafo e a fonte deve ser menor que a utilizada
no corpo do texto, recomenda-se utilizar a mesma fonte do

e terceira linhas estão alinhada exatamente abaixo da primeira letra da


primeira palavra, não existe espaço entre as notas e a fonte utilizada é
menor que as do corpo do texto.

51
corpo do texto em tamanho 11 ou 10, pois alguns editores de
texto solicitam a formatação à ser utilizada pelo próprio
usuário.

3.3.2 Indicativos de seção


A numeração de seção vem antes do título com
alinhamento à esquerda e separado por um espaço de caractere
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10). Além disso, a preocupação com a economia de
papel também continua na padronização deste item:
Os títulos das seções primárias devem
começar em página ímpar (anverso), na
parte superior da mancha gráfica e ser
separados do texto que os sucede por um
espaço entre as linhas de 1,5. Da mesma
forma, os títulos das subseções devem ser
separados do texto que os precede e que os
sucede por um espaço entre as linhas de
1,5. Títulos que ocupem mais de uma linha
devem ser, a partir da segunda linha,
alinhados abaixo da primeira letra da
primeira palavra do título. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10).

Aqui cabem algumas explicações, antigamente as


seções principais eram chamadas de capítulos e seu início na
mancha gráfica dependia apenas do projeto gráfico escolhido

52
pelo autor, além disso, se recomendava não numerar a
introdução e as conclusões/considerações finais, pois elas não
eram consideradas como verdadeiramente corpo do texto.
Entretanto foi normalizado, após longas discussões, que as
seções principais não seriam mais denominadas de capítulo –
ficando essa denominação apenas para seções principais de
livros –, e introdução e conclusões/considerações finais, são
tratadas como seções principais dos elementos textuais,
portanto devem ser adequado graficamente da mesma forma,
ou seja, numerados e iniciados conforme a NBR 14724, já
citada.

3.3.3 Títulos sem indicativo numérico


Os elementos pré-textuais e pós-textuais tais como: “[...]
errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas
e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências,
glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) [...]”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10), conforme determina NBR 6024, não devem ser
numerados, devem ser centralizados e padronizados com a
mesma fonte e tamanho utilizado para as seções primárias de
títulos.

53
3.3.4 Elementos sem título e sem indicativo numérico
Não devem constar nem título e nem numeração nos
seguintes elementos pré-textuais: folha de aprovação,
dedicatória e epígrafe (s) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10).
Alerto que no caso de utilização de epígrafe(s) não
esquecer de creditar autor e obra na folha de epígrafe conforme
a padronização de notação de referências utilizada no trabalho
como um todo e também acrescentar na lista de referências o
autor(es) e obra(s) utilizado(s).

3.4 PAGINAÇÃO
Conforme normalização da ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2011, p. 10) “As
folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não
numeradas”. Alerto para a mudança no conceito de pré-
textuais, que agora não mais abrange a capa, ou seja, a
contagem começa na folha de rosto.
Com a permissão para impressão nos dois lados da folha
também foram introduzidas regras diferentes de acordo com a
escolha feita pelo autor. Assim, conforme a NBR 14724:

54
Para trabalhos digitados ou datilografados
somente no anverso, todas as folhas, a
partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, considerando somente o
anverso. A numeração deve figurar, a partir
da primeira folha da parte textual, em
algarismos arábicos, no canto superior
direito da folha, a 2 cm da borda superior,
ficando o último algarismo a 2 cm da borda
direita da folha. Quando o trabalho for
digitado ou datilografado em anverso e
verso, a numeração das páginas deve ser
colocada no anverso da folha, no canto
superior direito; e no verso, no canto
superior esquerdo. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 10-11)

Quando o trabalho for constituído “[...] de mais de um


volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração
das folhas ou páginas, do primeiro ao último volume [e se
houverem anexo(s) e/ou apêndice(s)] as suas folhas ou páginas
devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação
deve dar seguimento à do texto principal.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 11).

3.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA


Conforme normalização NBR 6024, o autor deve adotar
numeração progressiva evidenciando, assim, uma

55
sistematização de todo o corpo do trabalho. Devem ser
empregados sempre algarismos arábicos, a numeração deve vir
sempre alinhada a esquerda precedendo o título e separado
apenas por um espaço, nunca utilizar traço, travessão, hífen,
ponto ou qualquer outro sinal gráfico entre os números e os
títulos. As seções primárias devem iniciar por números inteiros
a partir de 1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2003a) e devem ser respeitadas hierarquizações na
construção e formatação dos itens e subitens conforme sugestão
abaixo.
Exemplo:
Quadro 1 – Apresentação das Seções
INDICATIVO
SEÇÃO NUMÉRICO
APRESENTAÇÃO

Primária 1 TÍTULO (NEGRITO E MAIÚSCULO, fonte 14)

Secundária 1.1 TÍTULO (NEGRITO E MAIÚSCULO, fonte 12)

Terciária 1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, com negrito, fonte 12)

Quaternária 1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, itálico, sem negrito, fonte 12)

Quinária 1.1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, sem negrito, fonte 12)

Proposta de hierarquização de títulos de seções e subseções,


elaborada pelo autor.

56
3.6 SIGLAS
Na utilização de siglas a recomendação da ABNT: “[...]
quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser
indicada entre parênteses, precedida do nome completo.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011, p. 11)
Exemplos: Associação Nacional de História (ANPUH)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (ANPEd)
Associação Nacional de História – Seção Bahia
(ANPUH-BA)

3.7 ILUSTRAÇÕES E TABELAS


Todos os tipos de elementos ilustrativos devem ter o
mesmo tratamento. Conforme NBR 14724, a identificação deve
ser grafada sempre na parte superior:
[...] precedida da palavra designativa
(desenho, esquema, fluxograma, fotografia,
gráfico, mapa, organograma, planta,
quadro, retrato, figura, imagem, entre
outros), seguida de seu número de ordem
de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos, travessão e do respectivo título.
Após a ilustração, na parte inferior, indicar
a fonte consultada (elemento obrigatório,

57
mesmo que seja produção do próprio
autor), legenda, notas e outras informações
necessárias à sua compreensão (se houver).
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 11)

Sua inserção deve ser o mais próximo possível de sua


menção no corpo do texto – que é obrigatória –, porém nunca
deve ser inserida no meio de parágrafo. Lembro que não deve
ser esquecida a autoria ou referência neste elemento, mesmo
quando do próprio autor. Vejam, em seguida, a Figura 1, aqui
utilizada como exemplo.
Exemplo:
Figura 1 – Vista do Comércio da Janela do
Plano Inclinado Gonçalves

Autoria: VIEIRA FILHO. Raphael R.., 2008. 1 fotografia


digital, 814 x 676 x 24 BPP.

58
As tabelas são elementos demonstrativos que tratam
informações estatisticamente, conforme definição nas
normalizações. A identificação das tabelas, assim como dos
outros elementos gráficos demonstrativos, deve aparecer na
parte superior precedida da palavra TABELA, seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos, do respectivo título explicativo de forma prevê e
clara, sugiro a consulta a normatização específica sobre esse
item para os trabalhos que necessitem utilização deste elemento
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA, 1993).
Não confundir com quadro que é um elemento gráfico
de apresentação de informações/dados textuais disposto em
colunas e linhas, e deve ser tratado como os outros elementos
explicativos gráficos.

Exemplos para comparação de Tabelas e outros


elementos gráficos:

59
Tabela 1 – Exemplo de tratamento estatístico
Cores de coelhos no experimento Número de indivíduos Porcentagem
Brancos 20 20 %
Cinzas 30 30 %
Malhados 50 50 %
Total 100 100 %
Fonte: Elaborado pelo autor com dados tratados
estatisticamente, apenas para ilustração.
OBS: São admitidas linhas separando categorias, dados e
porcentagens, mas neste elemento não existem bordas laterais
à direita e esquerda. Observe que existe uma linha após o título
separando categorias e uma linha indicando o final da tabela.
Também existe uma linha separando dados encontrados e
porcentagens.

Tabela 2 – Exemplo de dados exposto em Tabela


Cores de coelhos no experimento Número de indivíduos
Branco 20
Cinza 30
Malhado 50
Total 100
Fonte: Elaborado pelo autor.
OBS: Esta tabela é apenas ilustrativa não contendo nenhuma
informação de pesquisa. São admitidas linhas separando as
categorias, mas neste elemento não existem bordas laterais à
direita e esquerda. Observe que existem linhas indicando o
início e o final da tabela e uma linha separando categoria e
dados encontrados.

60
Quadro 2 – Exemplo de elemento gráfico com dados explicativos
dispostos em colunas e linhas
Coelhos encontrados Elementos de Diferenciação
Branco Mais claro e de uma única cor
Cinza Mais escuros e de uma única cor
Malhados De duas ou mais cores
Fonte: Elaborado pelo autor.
OBS: Este quadro é apenas ilustrativo não contendo nenhuma
informação de pesquisa. Neste elemento gráfico são
obrigatórias linhas e bordas.

61
4 CITAÇÕES

As citações devem ser utilizadas para fortalecer uma


idéia, ilustrar um pensamento ou sustentar um raciocínio,
podem ser incluídas no texto de forma direta e indireta e
sempre devem constar as indicações de autoria e
responsabilidade acadêmica. Conforme a NBR 10520
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a, p. 1) citação é: “[...] menção de uma informação
extraída de outra fonte”.
Existem diversas formas de notação de referências em
citações, porém nas normalizações para trabalhos acadêmicos
realizado pela ABNT somente duas formas são aceitas, sistema
autor-data, também chamado de sistema americano; e sistema
numérico ou clássico, onde a notação é feita em nota de rodapé.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a).
A principal e regra mais importante a seguir quanto aos
sistemas de citações é escolher um e utilizá-lo em todo o
trabalho, portanto essa escolha deve levar em consideração os
tipos de documentos utilizados e produzidos na pesquisa e que
serão citados no texto final e também qual sistema se encaixa
melhor ao estilo de escrita de cada autor.

4.1 SISTEMA AUTOR-DATA


O sistema americano ou também chamando de sistema
autor-data é largamente utilizado em diversas áreas de
conhecimento e é adotado por diversos periódicos acadêmicos e
em normas para apresentação de textos em eventos científicos.
Neste guia de orientações optei por utilizar esse sistema de
citações.
Uma das vantagens é a forma rápida e direta de notação
das referências, devendo ser utilizada diretamente na redação
dentro do parágrafo e logo após a menção de um autor
introduzindo o ano da publicação e a página (ano, p. __),
quando necessário, entre parênteses ou quando de citações
diretas ou indiretas ou paráfrases ou ainda na utilização de
conceitos ou idéias retiradas de um determinado autor,
transcrevendo-se o último sobrenome do autor do
conceito/idéia citada ou transcrita em maiúsculas, o ano da
publicação e a página utilizada na citação, desta forma, a

63
referência da obra, pensamento, conceito ou transcrição deve
ficar assim: (AUTOR, ano, p. __).
Chamo atenção para uma regra bastante simples, mas
quase sempre ignorada: quando o autor for referido no corpo do
texto o último sobrenome deve aparecer com a primeira letra
em maiúscula e as outras em minúscula e quando o sistema é
utilizado para anotar a responsabilidade autoral de uma idéia,
conceito, ou citação direta ou indireta, mas esse responsável
não foi referido anteriormente, ele deve ser citado entre
parênteses pelo último sobrenome em maiúsculas,
acompanhado do ano da publicação e da página de onde o texto
foi retirado.
Alguns cuidados extras devem ser tomados na utilização
deste sistema, como quando é citado um mesmo autor com
duas ou mais obras publicadas em um mesmo ano elas devem
ser diferenciadas por letras em minúsculas após o referido ano.
Por exemplo:
Vieira Filho (2009a) fala sobre os diversos documentos
utilizados na elaboração de um projeto de pesquisa sobre o
interior da Bahia, além disso, também toca nas várias
possibilidades de utilização dos relatos contidos em
documentos da administração municipal e da justiça –

64
Correspondências entre Câmaras municipais e Presidentes da
Província e Juízes Municipais e Presidente da Província –
(VIEIRA FILHO, 2009b) como fonte documental importante
para a história do sertão baiano.
Observem que todas as vezes que o último sobrenome
de um autor for um dístico familiar, como Filho, Neto,
Sobrinha, Junior, e outros do mesmo tipo, ele deve sempre ser
acompanhado do penúltimo sobrenome.
Na lista de referências devem aparecer as duas obras do
mesmo autor com as respectivas letras indicativas após o ano
de publicação de cada uma das obras. Veja na lista de
referências deste guia como foram grafadas as várias NBRs da
ABNT publicadas no mesmo ano. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a, p. 4-5).
Na lista de referências a obra deve aparecer assim:
VIEIRA FILHO, Raphael Rodrigues. Populações negras e
indígenas no sertão das Jacobinas séculos XVIII e XIX: é
possível encontra-las em documentos oficiais? In: Simpósio
Nacional de História: História e Ética, 25., 2009, Fortaleza,
Ceará. Anais do XXV Simpósio Nacional de História.
Fortaleza: ANPUH, 2009a

VIEIRA FILHO, Raphael Rodrigues. Os negros em Jacobina


(Bahia) no século XIX. São Paulo: Annablume, 2009b.

65
Um erro comum cometido pelos usuários deste sistema
é quando são citadas várias obras de um mesmo autor
publicadas em anos diferentes. Neste caso os anos de
publicação devem ser separados por vírgulas.
Exemplo:
O professor Gilmário M. Brito (1999, 2009) trabalha a
temática da religiosidade popular, a memória e os folhetos de
cordel veiculados no sertão baiano.

No caso de citação de obras diversas devem ser


utilizados o ponto e vírgula para separação dos autores e a
vírgula para separação das obras de cada autor. Por exemplo:
Euclides da Cunha foi tema de diversos pesquisadores
ligados à Universidade do Estado da Bahia executando projetos
de pesquisa institucionais ou ainda ligados a atividades de
formação acadêmica. (MOREIRA, 2008, 2009, 2010;
GUERRA, 2000; SANTOS NETO; DANTAS, 2003)
Atenção para o último exemplo, pois a obra é de
responsabilidade intelectual de dois autores, portanto os
sobrenomes são separados também por ponto e vírgula.
Lembro também que neste sistema a única expressão
latina permitida é o apud, que quer dizer citado por, devendo

66
ser utilizado nas citações de citações tomando os devidos
cuidados para sua utilização, pois em um trabalho de mestrado
o pesquisador deve demonstrar o amplo domínio do tema e
bibliografia sobre ele, e esse tipo de citação denuncia para os
leitores a não exploração de todas as obras sobre o assunto.
Sobre citação de citação ver o item 4.3.
A economia de caracteres, de espaço das edições,
proporcionando um maior número de artigos ou capítulos por
volume, portanto uma eficiência maior na publicização de
idéias, proposições, teses, enfim, do saber acadêmico, também
é propalado como uma das grandes vantagens deste sistema de
notação.
A principal desvantagem deste sistema de citação é que
em alguns casos a notação ao invés de proporcionar economia
de caracteres força a utilização de muitos deles, como no caso
de utilização de obra cuja responsabilidade acadêmica é de uma
instituição, pois no sistema autor data o nome da instituição
deve ser citada de forma integral e não só a sigla conforme as
NBRs da ABNT, quando a obra é de responsabilidade coletiva,
onde devem aparecer todos os últimos sobrenomes dos autores,
e quando são utilizados documentos não publicados que

67
também devem ser referenciados por seu título de forma
integral, entre outros casos ocupando muito caracteres.

4.2 SISTEMA NUMÉRICO


O sistema numérico, ou também chamado clássico, para
notação de referências é o mais usual na área de História. Sua
utilização é largamente disseminada em periódicos, normas de
eventos acadêmicos e orientações para apresentação de
trabalhos finais de pesquisa em diversos programas de pós-
graduação.
Sua maior vantagem é a flexibilidade de utilização nas
notas de rodapé de todas as obras − incluindo textos escritos,
pictográficos, fílmicos, digitais, etc. −, documentos manuscritos
e documentos produzidos na pesquisa como traduções,
entrevistas, depoimentos, conversas informais e outros,
utilizados e referenciados na redação do texto.
Neste sistema também é possível uma economia de
espaço utilizando expressões latinas como idem, ibidem, passim
e outras, segundo as normalizações da ABNT, utilizando regras
simples e fáceis de serem seguidas e ainda utilizando
abreviações e supressões não permitidas no sistema autor data.

68
Conforme as normalizações da ABNT, a numeração
deve ser em “[...] algarismos arábicos, devendo ter numeração
única e consecutiva para cada capítulo ou parte [...] A primeira
citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência
completa.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002a, p. 6)

Exemplo:

As condições de vida das populações ribeirinhas que


sofreram com a construção de represas são analisadas pela
professora Ely Estela. Segundo a pesquisadora os “[...]
atingidos pela Represa de Sobradinho eram camponeses, em
sua maioria posseiros-foreiros, que exerciam atividades
subsidiárias como a pesca, a criação e o pequeno comércio.” 1

_______________________
1
ESTRELA. Ely de Souza. Um caso de deslocamento compulsório: o
projeto especial de colonização Serra do Ramalho – Bahia. In: LEAL,
Maria das Graças de Andrade; MOREIRA, Raimundo Nonato Pereira;
CASTELLUCCI JUNIOR, Wellington (Org.). Capítulos de História da
Bahia: Novos enfoques, novas abordagens. São Paulo: Annablume, 2009.
p. 233-249.

69
As próximas citações da mesma obra podem ser
abreviadas utilizando-se as expressões abaixo, que serão
destacadas em itálico somente para melhor visualização, ou
seja na utilização nas notas elas devem vir grafadas sem
nenhum destaque, conforme exemplos a seguir:

a) Idem, em português mesmo autor, também pode ser


utilizado a abreviatura Id.
Exemplo:

O professor Charles Santana trata, em suas obras de


memórias de migrantes, primeiro explorando as lembranças de
suas vivências sertanejas8, e depois das memórias desses
mesmos migrantes sobre suas vivências na e sobre a cidade de
Salvador, na obra “Linguagens Urbanas, Memórias da Cidade”
9
, citada em páginas anteriores.

_______________________
8
SANTANA, Charles D'Almeida. Fartura e ventura camponesas:
trabalho, cotidiano e migrações - Bahia (1950-1980). 1. ed. São Paulo:
Annablume/UEFS, 1998.
9
Idem, 2009.

70
Devo esclarecer que os dois últimos exemplos
pressupõem que a obra Fartura e Ventura Camponesas está
sendo citado pela primeira vez e a segunda obra Linguagens
Urbanas, Memórias da Cidade já foi referenciada de forma
completa anteriormente no texto. Observem que no exemplo de
nota de rodapé a expressão latina não está em itálico, conforme
as normas vigentes, porém no texto todas as palavras em
línguas estrangeiras devem vir em itálico ou outra forma de .

b) Ibidem, que quer dizer na mesma obra, sua


abreviação é Ibid.

Exemplo:

Wilson Roberto de Mattos, em importe trabalho 4,


destaca o pionerismo e relata o histórico da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB) na formatação de uma proposta
contemplando a reserva de vagas na instituição para as
populações negras. Sobre a aprovação escreve o pesquisador:
“[...] a proposta de Resolução foi aprovada por 28 votos a favor
e 3 abstenções. Não houve sequer um voto contrário.” 5

71
_______________________
4
MATTOS, Wilson Roberto de. Ação afirmativa na Universidade do
Estado da Bahia:razões e desafios de uma experiência pioneira. In:
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e; SILVÈRIO, Valter Roberto
(org.). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a
injustiça econômica. Brasília: INEP, 2003.
5
Ibid, p. 139.

c) Opus citatum, opere citato, em português obra citada,


sua versão abreviada é op. cit..
Deve ser utilizado na mesma página em que aparece a
outra referência na nota de rodapé, mas não imediatamente
após a citação anterior.

Exemplo:

_______________________
11
CASTELLUCCI JUNIOR, Wellington. Pescadores e Roceiros: escravos
e forros em Itaparica na segunda metade do século XIX. São Paulo:
Annablume/FAPESB, 2008.
12
FRAGA FILHO, Walter da Silva. Encruzilhadas da Liberdade:
histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). 1. ed. São Paulo:
Editora da UNICAMP, 2006. p. 54.
13
PIRES, Maria de Fátima Novaes. Fios da vida: Tráfico Interprovincial e
Alforrias nos Sertoins de Sima, 1860-1920. São Paulo: Annablume
Editora, 2009. p. 32.
14
CASTELLUCCI JUNIOR, Wellington. Op. Cit., p. 86.

72
d) Confira, confronte, abreviando Cf..
Esta não é uma expressão latina, mas também pode ser
utilizada nas notas de referências.

Exemplo:
_______________________
6
Cf. CASTELLUCCI JUNIOR, 2008, principalmente p. 23.

Conforme NBR 10520, estas quatro expressões “[...] só


podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se
referem” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002a, p. 6).

Também temos outras expressões normalizadas


(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a) passíveis de uso nas notas de referência no sistema
numérico, que exemplifico a seguir:

e) Passim, que quer dizer aqui e ali ou em diversas


passagens, essa expressão não tem abreviatura normalizada,
portanto deve ser utilizada na integra.

73
Exemplo:

_______________________
22
MIRANDA, Carmélia Aparacida da Silva. Vestígios recuperados:
Experiências da comunidade negra rural de Tijuaçu – BA. São Paulo:
Annablume, 2009, passim.

f) Loco citato, no lugar citado, abreviando loc. cit..


Exemplo:
_______________________
22
SILVA, Paulo Santos. Âncoras de tradição: luta política, intelectuais e
construção do discurso histórico na Bahia (1930-1949). Salvador:
EDUFBA, 2000. p. 18.
23
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 3. ed., São Paulo: Ática,
1980. p. 426.
23
SILVA, Paulo Santos. loc. cit.

g) Sequentia, em português seguinte ou que se segue,


abreviado et seq.

Exemplo:
_______________________
22
LEAL, Maria das Graças de Andrade. Manuel Querino entre letras e
lutas - Bahia: 1851-1923. São Paulo: Annablume, 2009. p. 45 et seq.

74
Lembro novamente que essas expressões devem ser
grafadas sem nenhum destaque, ou seja, nos editores de texto se
utilizam caracteres normais, no mesmo tamanho e mesma fonte
padronizados para o texto onde está inserida, nota de rodapé ou
corpo do texto. Mesmo as expressões latinas já foram
incorporadas à língua portuguesas, portanto dispensando a
regra de utilização de destaque para palavras em língua
estrangeira.

4.3 CITAÇÕES DIRETAS


As citações diretas, também chamadas de textuais, são
aquelas em que se transcreve literalmente parte de obra de autor
consultado. Aquelas de até três linhas devem ser incorporadas
ao texto entre aspas duplas.
Exemplo1:
Jacob Gorender (1980, p. 426), calcula o rendimento
das boiadas, compara com os pagamentos de foro e com tudo
isso afirma: “[...] fica descartada [...] qualquer idéia sobre a
vigência de um quadro feudal na pecuária nordestina.”
O sistema escolhido para esse exemplo foi o autor-data.
O nome do autor, neste caso é grafado com a primeira letra em

75
maiúsculas e o restante em minúsculas e deve ser grafado fora
dos parênteses.
Na lista de referências a obra deve aparecer assim:
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 3. ed., São Paulo:
Ática, 1980.
Caso fosse escolhido o sistema numérico, a chamada de
nota poderia ser tanto após o nome do autor como no final da
citação. Observar o exemplo a seguir como fica no sistema de
notação numérico.
Exemplo1a:

Jacob Gorender calcula o rendimento das boiadas,


compara com os pagamentos de foro e com tudo isso afirma:
“[...] fica descartada [...] qualquer idéia sobre a vigência de um
quadro feudal na pecuária nordestina.” 63
No rodapé pressupondo que seja a primeira vez que
aparece esse autor e obra:

_______________________
63
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 3. ed., São Paulo: Ática,
1980. p. 426.

Na lista de referências a obra deve aparecer assim:

76
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 3. ed., São Paulo:
Ática, 1980.

Exemplo2:

Os pesquisadores que abraçam as correntes que utilizam


como base a pesquisa qualitativa “[...] adotam métodos e
técnicas de pesquisa diferentes dos estudos experimentais.”
(CHIZZOTTI, 2005, p. 78)
No sistema autor-data, o nome do autor, neste caso é
grafado com todas as letras em maiúsculas e o restante em
minúsculas e deve ser grafado dentro dos parênteses.
Na lista de referências, a obra deve aparecer assim:
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e
Sociais. 7. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

Quando o escolhido for o sistema numérico, a chamada


de referência neste caso deve ser aposta após a citação,
conforme o exemplo 2a.

Exemplo2a:

77
Os pesquisadores que abraçam as correntes que utilizam
como base a pesquisa qualitativa “[...] adotam métodos e
técnicas de pesquisa diferentes dos estudos experimentais.”
No rodapé pressupondo que esse autor e obra ainda não
apareceram anteriormente no trabalho:
_______________________
63
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 7. ed.
São Paulo: Ed. Cortez, 2005, p. 78.

As citações diretas “[...] com mais de três linhas, devem


ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com
letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. No caso de
documentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a, p. 2)
Exemplo:

A pesquisa qualitativa parte do fundamento


de que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, uma
interdependência viva entre o sujeito e o
objeto, um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito. O conhecimento não se reduz a um
rol de dados isolados, conectados por uma
teoria explicativa; o sujeito-observador é

78
parte integrante do processo de
conhecimento e interpreta os fenômenos
[...] (CHIZZOTTI, 2005, p. 79)

O exemplo utiliza o sistema autor-data, mas se a


preferência é pela utilização do sistema numérico então a
notação deveria vir após o último colchete de indicação de
supressão.
Exemplo:
A pesquisa qualitativa parte do fundamento
de que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, uma
interdependência viva entre o sujeito e o
objeto, um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito. O conhecimento não se reduz a um
rol de dados isolados, conectados por uma
teoria explicativa; o sujeito-observador é
parte integrante do processo de
conhecimento e interpreta os fenômenos
[...] 68

No rodapé pressupondo que esse autor e obra já


apareceram anteriormente no trabalho:
_______________________
68
CHIZZOTTI, 2005, p. 79.

Na lista de referências, a obra deve aparecer assim:

79
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e
Sociais. 7. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

4.4 CITAÇÕES INDIRETAS


As citações indiretas, também chamadas de livres, são
aquelas em que as idéias são reproduzidas sem a transcrição
literal de trechos ou palavras do autor consultado. Deve-se
tomar muito cuidado com esse tipo de citação para não utilizar
sinônimos que podem deixar margens para interpretações
dúbias com relação às idéias do autor consultado. Sempre deve
vir acompanhada da indicação de autoria, mesmo que não
sejam utilizadas palavras ou expressões do autor consultado,
afinal a idéia original tem uma autoria.

Exemplo:
Outro ponto marcante que diverge a pesquisa qualitativa
da pesquisa experimental encontra-se na maneira de
legitimação e apreensão dos dados e informações.
(CHIZZOTTI, 2005, p. 79)
Mesmo Exemplo sistema numérico:

80
Outro ponto marcante que diverge a pesquisa qualitativa
da pesquisa experimental encontra-se na maneira de
legitimação e apreensão dos dados e informações. 70
No rodapé pressupondo que esse autor e obra já
apareceram anteriormente no trabalho:
_______________________
70
CHIZZOTTI, 2005, p. 79.

Na lista de referências, a obra deve aparecer assim:


CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e
Sociais. 7. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2005.

4.5 CITAÇÃO DE CITAÇÃO


É quando o autor da monografia não teve acesso no
original, mas teve conhecimento por outro(s) documento(s) ou
autor(es). A citação de citação deve ser evitada ao máximo. Ela
tem como inconveniente não dispor de todo o texto original e a
parte utilizada por terceiros pode ter sido retirada de um
pensamento marginal, ou até mesmo de uma crítica, e não fazer
parte das bases do pensamento do autor original. Também pode
fragilizar a dissertação, afinal ela é uma monografia, ou seja, é
o estudo exaustivo de um tema, assim deve-se fazer um esforço

81
para obter os documentos e obras originais sobre o
tema/assunto estudado.
Quando não houver maneiras de escapar desse tipo de
citação, deixar claro quem é o autor consultado e o citado.
Utiliza-se, também em alguns casos, a autoria original seguida
da expressão latina “apud” – citado por, conforme, segundo –
seguida da autoria efetivamente consultada.

Exemplo1:

May utiliza as idéias de Nagel para estabelecer uma


diferença entre valores avaliativos e os caracterizantes na
pesquisa. (NAGEL, 1961, p. 492-5 apud MAY, 2004, p.70).
Quanto da utilização da expressão no sistema numérico
ver o próximo exemplo.
Exemplo1a:

May utiliza as idéias de Nagel para estabelecer uma


diferença entre valores avaliativos e os caracterizantes na
pesquisa. 71

82
No rodapé pressupondo que autor e obra efetivamente
consultada ou o citado ainda não apareceram anteriormente no
trabalho:
_______________________
71
NAGEL, E. The Structure of Science. London: Routledge and Kegan
Paul, 1961, p. 492-5 apud MAY, Tim. Pesquisa social. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2004, p.70.

Exemplo2:
Em seu trabalho sobre valores na pesquisa, Nagel (1961,
p. 492-5 apud MAY, 2004, p.70) estabelece uma diferença
entre valores avaliativos e os caracterizantes.

Exemplo2a:

Em seu trabalho sobre valores na pesquisa, Nagel,


citado por May74, estabelece uma diferença entre valores
avaliativos e os caracterizantes.
No rodapé pressupondo que autor e obra efetivamente
consultada ou o citado já apareceram anteriormente no
trabalho:
_______________________
74
NAGEL, 1961, p. 492-5 apud MAY, 2004, p.70.

83
Exemplo3:

A afirmação dos fatos empíricos (incluindo


os fatos estabelecidos por ele sobre o
comportamento „avaliador‟ dos seres
humanos empíricos que está estudando) [...]
(WEBER, 1949, p. 78 apud MAY, 2004, p.
71)

Em todos esses exemplos, apesar de terem sido citados


por Tim May vários autores, na lista de referências só deve
aparecer o autor e obra efetivamente consultado, portanto a
obra efetivamente consultada deve aparecer assim na lista de
referências:
MAY, Tim. Pesquisa social. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Outros detalhes devem ser observados nas transcrições e


citações, são as regras de supressão, interpolações,
comentários, acréscimos, ênfases e destaques.
No caso de supressões o indicativo são os colchetes com
três pontos [...]. Interpolações, comentários e acréscimos,
devem ser utilizados pares de colchetes contendo os textos dos

84
comentários, acréscimos e interpolações. Os destaques e
ênfases podem vir em negrito, itálico, ou grifado, porém isso
deve ser padronizado em todo o trabalho e sinalizado logo após
o final do parágrafo entre parênteses. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a, p. 2-3)
Exemplo:

Conforme Maria Odila Leite da Silva Dias, “[...] Em


vários sentidos uma obra pioneira [falando dos primeiros
escritos de Caio Prado Júnior] pelo grau de elaboração do
processo dialético, cuidadosamente trabalhado na perspectiva
histórica de análise das conjunturas regionais do Brasil.”
(grifo nosso) 22
No rodapé:
_______________________
22
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Impasse do Inorgânico. In: D‟INCAO,
Maria Ângela (Org.). História e ideal: ensaios sobre Caio Prado Júnior.
São Paulo: Ed. UNESP: Brasiliense, 1989. p. 379.

Na lista de referências, a obra deve aparecer assim:


DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Impasse do Inorgânico. In:
D‟INCAO, Maria Ângela (Org.). História e ideal: ensaios
sobre Caio Prado Júnior. São Paulo: Ed. UNESP: Brasiliense,
1989. p. 379.

85
Vários de nossos trabalhos utilizam informações
verbais, citações e construção de referência baseada em
depoimentos e entrevistas, este tipo de fonte também é
normalizada. “Quando se tratar de dados obtidos por
informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc...),
indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal,
mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a, p. 3). Portanto, mesmo que o sistema escolhido para
notação de citações e referências for autor-data, no caso das
verbais os dados sobre essas informações devem vir em nota de
rodapé.
Exemplo:

Participamos de reunião do Fórum de Diversidade na


Educação, onde várias técnicas e professoras das secretarias
municipais de educação da região metropolitana relataram
como está sendo aplicada a lei 10.639/2003 nas escolas.
Conforme informado pela assessora especial da secretária
municipal de Algum Lugar, sua prefeitura não dispõe de

86
mecanismo ou forma de verificação sobre a aplicação da lei
10.639/2003 nas escolas municipais. (informação verbal)22

No rodapé:
_______________________
22
Relato verbal sobre aplicação da lei 10639/2003 feito por Pessoa de Tal,
técnica da Secretaria Municipal do Município Algum Lugar, atualmente
assessora especial da secretária municipal, em Reunião de trabalho do
Fórum Estadual de Diversidade na Educação, na cidade de Perto Daqui,
auditório da escola Funalo de Sobrenome Famoso, dia de mês de ano.

Lembro que no caso de projetos com base na história


oral, até o momento não existe nenhuma normalização
suplementar atendendo esse tipo de fonte, portanto deve ser
obedecida a orientação acima, baseada na NBR 10520 da
ABNT. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002a)

87
5 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS

Para preparação e apresentação das referências,


independente do sistema de notação escolhido e utilizado no
decorrer do trabalho, a ABNT estabelece através da NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002) os elementos necessários e sua ordem. Essa
normalização é necessária para propiciar uma rápida e eficiente
localização das obras e documentos consultados e utilizados no
corpo da monografia. Para uma padronização eficaz, são
detalhados elementos essenciais e elementos complementares.
Chamo a atenção para a mudança de formatação na
apresentação deste elemento obrigatório das dissertações.
Segundo a normalização vigente, as referências devem ser
alinhadas somente à margem esquerda do texto e quanto ao
espacejamento, devem ser compostas em espaço simples e
devem ser separadas por dois espaços simples. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 3).

5.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS E COMPLEMENTARES


Como o próprio nome já diz nas definições da NBR
6023, essenciais são “[...] informações indispensáveis à
identificação do documento. Os elementos essenciais estão
estritamente vinculados ao suporte documental e variam,
portanto, conforme o tipo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2)
Informações indispensáveis e que existem na maior
parte dos documentos são compostas de: responsabilidade
acadêmica – autoria –; título; local; editor ou produtor; ano de
publicação ou produção. Porém, como a própria norma
especifica, esses elementos podem variar dependendo do
documento utilizado.
Conforme a mesma norma, são elementos
complementares: “[...] as informações que, acrescentadas aos
elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os
documentos [...]” utilizados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2). Podem ser
caracterizados como elementos complementares: os subtítulos;
tradutor(es); edição; volumes; título da série; número de série;
indicação de fascículo; edição; tipo de suporte, notas; número
de páginas; e outros.

89
5.2 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

A seqüência de apresentação dos elementos foi


padronizada pela NBR 6023 e não deve ser mudada em
hipótese alguma. A utilização de pontuação também é
padronizada internacionalmente e não deve ser mudada. Como
se trata de uma padronização, ao se optar por fazer a lista
utilizando os elementos complementares estes devem aparecer
em todas as referências. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 3)
Seguem as indicações dos elementos essenciais e
complementares conforme NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002). Como esse
texto constitui-se apenas em uma orientação, sugerimos a
consulta a essa NBR e as outras normas citadas nas
Referências, em caso de dúvida sobre algum documento ou
suporte para elaboração de sua referência.

5.2.1 Obra completa de autor único ou parte de obra


Conforme a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002), devem ser utilizados como

90
padrão os seguintes elementos: último sobrenome do
autor/responsável acadêmico, grafado com todas as letras em
maiúsculas; seguindo do prenome completo iniciado por
maiúscula, e demais sobrenome(s) iniciados por maiúscula(s).
É permitida a abreviação do prenome e sobrenomes que não
forem os últimos, sempre seguidos de ponto. Observar últimos
sobrenomes como FILHO, NETO, JÚNIOR e outros, que
devem vir após o último sobrenome de família, ver exemplo.
Exemplos:
FAZENDA, Ivani C. A. (Org.). Metodologia da pesquisa
educacional. 9. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2004.

MAY, Tim. Pesquisa social. Porto Alegre: Artmed, 2004.

BRAGA NETO, Sthel de Azevedo Cruz. A violência contra a


mulher em Jacobina, 1970-1980. 2004. 51 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Licenciatura em História) – Departamento
de Ciências Humanas Campus IV Jacobina, Universidade do
Estado da Bahia (UNEB), Jacobina, 2004.
Note que em trabalhos acadêmicos são obrigatórios o
grau – TCC, tese, dissertação especialização, etc. –, número de
folhas, vinculação acadêmica, ano da defesa, além do nome do
autor, do título do trabalho e ano da publicação, que deve ser
escrito por último.

91
Exemplo utilizando também elementos complementares:
MAY, Tim. Pesquisa social: questões, métodos e processos.
Tradução: Carlos Alberto Silveira Netto Soares. Consultoria,
supervisão e revisão técnica: Soraya Maria Vargas Cortes. 3.
ed. Porto Alegre: Artmed. 2004. 288 p., 23 cm. ISBN 85-363-
0199-6.
Observe que o parágrafo está alinhado somente à
esquerda, com parágrafo simples e nos exemplos anteriores,
foram inseridos entre as referências dois espaços simples.

5.2.1.1 Autor entidade


Os elementos são os mesmos somente substituindo o
nome do autor pelo nome completo da instituição/entidade
responsável pela autoria.
Exemplo:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6034: informação e documentação: índice: apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

5.2.2 Parte de obra completa

5.2.2.1 Do mesmo autor


Exemplos:
MAY, Tim. Teoria social e pesquisa social. In: ________.
Pesquisa social. Porto Alegre: Artmed, 2004. cap. 2.

92
Exemplo utilizando parte de obra retirada da
INTERNET:
FREYRE, Gilberto. Prefácio. In: ________. Casa grande &
senzala: formação da família brasileira sob o regime de
economia patriarcal. Rio de Janeiro: Maia & Schmidt, 1933.
Disponível em:
<http://bvgf.fgf.org.br/portugues/obra/livros/pref_brasil/casa
grande.htm>. Acesso em: 15 mar. 2000.

Neste caso o endereço eletrônico de onde foi retirado o


documento é elemento essencial e deve ser “[...] apresentado
entre os sinais < >”, acrescido de “Disponível em:” e no final a
data de acesso, “[...] precedida da expressão Acesso em:”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002, p. 4). Note também que o mês é grafado abreviado
precedido de ponto e não em sua expressão numérica.

5.2.2.2 De autor presente em livro coletivo de responsabilidade


intelectual de organizador
Exemplos:
FENELLON, Dea. Pesquisa em história: perspectivas e
abordagens. In: FAZENDA, Ivani C. A. (org.). Metodologia
da pesquisa educacional. 9. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2004.
p. 117-136.

93
5.2.3 Dois ou três autores
As normas atuais mandam que nestes casos se grafem
todos os autores nas referências. Devem ser utilizados como
padrão os seguintes elementos para cada autor/responsável:
último sobrenome do autor, grafado com todas as letras em
maiúsculas; seguindo do prenome completo iniciado por
maiúscula, e outro(s) sobrenome(s) iniciado(s) por maiúscula.
Cada autor deve ser separado dos demais por ponto e vírgula.
Exemplo:
LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em
educação. São Paulo: EPU, 1986.

5.2.4 Mais de três autores


No caso de obras com mais de três autores, “[...] indica-
se apenas o primeiro, acrescentando a expressão et al.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002, p. 14).
Exemplo:
VEGA, R. et al. 12 de octubro de 1492: descubrimiento o
invasión? Bogotá: CECUMA, 1988.

5.2.5 Citação de Periódicos

94
Como os periódicos – revistas, jornais, cadernos, gibis,
enfim todas as publicações editadas em unidades sucessivas –
são muito utilizados para suporte dos textos monográficos, foi
incluída a sua forma de citação neste guia de orientações. Os
elementos são basicamente os mesmo, porém como destacado
na NBR 6023, são acrescidos elementos complementares não
presentes nos livros. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002)

5.2.5.1 Periódico utilizado como um todo


Considera-se para fins de elaboração de referências pela
NBR 6023, neste caso, toda a coleção, como por exemplo,
todos os números da Revista da FAEEBA utilizados para um
trabalho sobre os artigos publicados sobre determinado assunto.
Exemplo:
REVISTA DA FAEEBA. Salvador: UNEB, 1992- .

5.2.5.2 Número específico de um periódico


Neste caso são considerados elementos essenciais
também o volume, fascículo, números especiais e suplementos,
etc.
Exemplo:

95
REVISTA DA FAEEBA. Salvador: UNEB, v. 12, n. 19,
jan./jun. 2003.

5.2.5.3 Artigo em periódico impresso


Exemplos:
CONCERTO NA AVENIDA. Folha de São Paulo, São Paulo,
p. 23, 5 mar. 2011.

SILVA, Paulo Santos. As revoluções do Leste. A Tarde,


Salvador, p. 12, 08 dez. 1992.

MARTINS, Silvia Helena Zanirato. A representação da


pobreza nos registros de repressão: Método do trabalho com
fontes criminais. Revista de História Regional, v. 3, n. 1,
verão 1998.

5.2.5.4 Artigo em periódico eletrônico


Exemplo
OLIVEIRA, Gil Vicente Vaz. Flashes do passado: O
fotojornalismo como fonte histórica. Revista Eletrônica de
História do Brasil, Juiz de Fora: UFJF, v. 1, n. 2, jul./dez.
1997. Disponível em: <http://www.clionet.ufjf.br/rehb>.
Acesso em: 19 set. 2003.

5.3 DOCUMENTOS DIVERSOS


Estou considerando, neste título, todos os documentos
não listados anteriormente e normalizados pela ABNT, mas que

96
de alguma forma são utilizados para coleta de
dados/informações ou referências utilizados por nossos alunos.
Nos exemplos deste item não foram detalhadas as formas com
elementos complementares, que podem ser obtidos diretamente
na NBR 6023.

5.3.1 Trabalho apresentado em evento


Conforme NBR 6023 os elementos essenciais para
elaboração destes documentos são:
[...] autor(es), título do trabalho
apresentado, seguido da expressão In:,
nome do evento, numeração do evento (se
houver), ano e local (cidade) de realização,
título do documento (anais, atas, tópico
temático etc.), local, editora, data de
publicação e página inicial e final da parte
referenciada. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002)

Exemplo:
QUEIROZ, Delcele M. A Pesquisa sobre negro no ensino
superior no Norte-Nordeste do Brasil. In: Encontro de Pesquisa
Educacional do Norte e Nordeste, 18., 2007, Maceió. Caderno
de Textos... Maceió: EDUFAL, 2007. p. 135-153.

97
5.3.2 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico
No caso da utilização de trabalhos apresentado em
evento, mas cujo suporte é eletrônico, o meio passa a ser
elemento obrigatório, portanto deve-se incluir o site e/ou o
meio eletrônico conforme os exemplos abaixo. Lembro que
meio eletrônico é todo documento armazenado em suporte
magnético – disquete, CD-ROM, DVD-ROM, on line, etc.. Em
caso de texto obtido de sítios da INTERNET não esquecer o
Disponível em: <endereço completo do sítio>. Acesso em: dia
mês abreviado e ano.

Exemplos:
SANTOS, D. S.; BENEVIDES, D. F.; VIEIRA FILHO, R. R.
Atitude dos professores quanto às ações dos sistemas de ensino
para implementação da lei 10639/2003. In: Congresso Baiano
de Pesquisadores Negros, 1., 2007, Salvador. Caderno de
Resumo... Salvador: Associação de Pesquisadores Negros da
Bahia, 2007. p. 206. CD-ROM.

CYSNE, Fátima Portela. Gestão de Informação O desafio das


Unidades de Informação. In: Jornada Norte-Nordeste de
Biblioteconomia e Documentação, 5., 2007, Recife.
Conferências... Recife: Associação Profissional de
Bibliotecários de Pernambuco, 2007. Disponível em:
<http://www.apbpe.org.br/v2/jornada5/palestras.htm>. Acesso
em 27 dez. 2007.

98
5.3.3 Legislação
Segundo a NBR 6023 são: “[...] a Constituição, as
emendas constitucionais e os textos legais infraconstitucionais
e normas emanadas das entidades públicas e privadas [...]”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002, p. 8).

Exemplo:
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de
9 de novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginalia,
São Paulo, v. 59, p. 1966, out./nov. 1995.

5.3.4 Documento jurídico em meio eletrônico


Deve-se obedecer aos padrões sobre legislação, item
5.3.3 e também os referentes a documentos eletrônicos, ou seja,
o meio eletrônico passa a ser obrigatório, assim como o
Disponível em: <endereço completo do sítio>. Acesso em: dia
mês abreviado e ano, no caso de lei obtida da INTERNET,
além do sítio responsável pela publicação, que deve ser
destacado.
Exemplo:
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei
de diretrizes e bases da educação nacional, Casa Civil da

99
Presidência da República, Brasília, DF, Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm>
. Acesso em: 22 jan. 2008.

5.3.5 Imagem em movimento


De acordo com a NBR 6023 são inclusos neste item
filmes, videocassetes, DVD, entre outros. “Os elementos
essenciais são: título, diretor, produtor, local, produtora,
data e especificação do suporte em unidades físicas”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002, p. 9).
Exemplo:
CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção:
Martire de Clemont-Tonnerre e Arthur Cohn. Rio de Janeiro:
Videofilmes; Riofilme: 1998. 1 DVD.

Muitas vezes são necessários outros elementos


complementares para identificar a obra.
Exemplo:
BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael
Deeley. Intérpretes: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young;
Edward James Olmos e outros. Roteiro: Hampton Fancher e
David Peoples. Música: Vangelis. Los Angeles: Warner
Brothers, c1991. 1 DVD (117 min), widescreen, color.
Produzido por Warner Video Home. Baseado na novela “Do
androids dream of electric sheep?” de Philip K. Dick.

100
5.3.6 Documento iconográfico
Conforme a NBR 6023 são inclusos aqui “[...] pintura,
gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo,
diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre
outros” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 10).
“Os elementos essenciais são: autor, título (quando não
existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação Sem
título, entre colchetes), data e especificação do suporte”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002, p. 10).
Exemplo:
VIEIRA FILHO. R. R. Por do sol em Salvador visto do
Largo dos Aflitos, 2004. 1 fotografia impressa 9 x10cm.

5.3.7 Documento iconográfico em meio eletrônico


São utilizados os mesmos elementos do item 5.3.6
acrescido do meio eletrônico de onde foi obtido o documento.
Exemplo:
[CARIBÉ] BERNABÓ, Hector Julio Páride. São Jorge, 1956.
1 nanquim sobre papel [reprodução em meio eletrônico].
Disponível em: < http://www.bolsadearte.com/
cotacoes/carybe.htm>. Acesso em: 27 dez. 2007.

101
5.3.8 Documento sonoro
Os documentos sonoros podem ser referenciados no
conjunto total ou em partes. Para construção das referências das
partes são “[...] elementos essenciais: compositor(es),
intérprete(s) da parte (ou faixa de gravação), título, seguidos da
expressão In:, e da referência do documento sonoro no todo. No
final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de
individualizar a parte referenciada” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 12).
Exemplo:
SARRUMOR, Laert. Burrice Precoce. Intérprete: Língua de
Trapo. In: LÍNGUA DE TRAPO. Língua de Trapo. São
Paulo: Independente, p1982. 1 disco sonoro. Lado A, faixa 1.

Exemplo do documento sonoro no todo:


KIKO ZAMBIANCHI. Choque. Guarulhos: EMI-Odeon,
p2002. 1 CD. [original p1985 1 LP]
Obs: Neste caso o CD foi uma remasterização do LP original
prensado em 1985, portanto essas informações foram
acrescidas entre colchetes.

5.4 DOCUMENTOS MANUSCRITOS NÃO


PUBLICADOS
Estou considerando, neste título, todos os documentos
manuscritos não publicados, tais como: correspondências

102
diversas compostas por: cartas, ofícios, memorandos, etc.;
processos diversos; livros de notas em geral; documentos
eclesiais; entre outros, guardados em arquivos públicos ou
particulares e que são utilizados para coleta de
dados/informações ou referências utilizados por nossos alunos.
Até o momento não existe uma normatização, feita pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para esse
tipo de documento, portanto, estou utilizando a normalização
de Portugal expressa pelas Normas Portuguesas, principalmente
à 405-3 Documentos não publicados. Segundo essa
normalização deve-se referenciar como elementos obrigatórios:
autor, designação do documento, ano, páginas, notas, acesso,
local, país, identificador do documento.
Como as normas brasileiras padronizam a seqüência que
devem ser expressos os elementos obrigatórios, sugere-se a
seguinte ordem: autor, tipo de documento e título, nota
explicativa – se necessário –, instituição de guarda ou acesso do
documento, local, data e identificador do documento.

5.4.1 Documento de autoria individual


Para esse item estão sendo considerados os documentos
de caráter privado ou institucional que são de autoria e

103
responsabilidade de uma única pessoa, que exerce cargo
pessoal como juízes, párocos, bispos, governadores, presidentes
de província, ou quando exercem cargos de mandado coletivo,
mas que se manifestam como indivíduo. Por exemplo, um
vereador que manda uma carta ao presidente do partido e o
presidente do partido responde, são documentos que podemos
chamar de autoria pessoal, apesar de em muitos casos discutir
assuntos coletivos.
Exemplo de documento de autoria individual guardado
em arquivo institucional:
MONIZ, Angelo. OFÍCIO referente ao fabriqueiro [sic] da
matriz velha de Santo Antônio de Jacobina. Ofício do Juiz
de Jacobina ao presidente de província. Arquivo Público do
Estado da Bahia (APEBa), Salvador, Bahia, Brasil. 20 mai.
1840. Maço: 2431, Série: Judiciário, Seção: Arquivo colonial e
provincial.

Exemplo de documento de autoria individual guardado


em arquivo particular:
VIEIRA, Joaquina Oliveira. CARTA enviada de São Paulo
para Oliveira dos Brejinhos. Carta pessoal da autora enviada
da cidade de São Paulo para senhora Josefa Oliveira, irmã da
autora, noticiando o nascimento de sua segunda filha Anastácia.
Arquivo particular da família Oliveira Vieira, Salvador, Bahia,
Brasil. 10 out. 1963.

104
5.4.2 Documento autor entidade
Para esse item estão sendo considerados os documentos
de instituições de representação coletivas, mesmo os assinados
por uma única pessoa, mas que são representativos de uma
coletividade, como as câmaras municipais, conselhos,
comissões, associações, sindicatos, entre outras.
Exemplos:
JACOBINA, Câmara Municipal. OFÍCIO da Câmara
Municipal de Jacobina para o presidente da província
denunciando moedas falsas. Arquivo Público do Estado da
Bahia (APEBA), Salvador, Bahia, Brasil. 28 out. 1826. Maço:
1327, Série: Governo, Seção: Arquivo colonial e provincial.

BAHIA, Secretaria da Justiça da. PROCESSO CRIME


contra Joaquin Theotonio das Chagas.Vítima: Estevão
Cardoso da Silva. Arquivo do Fórum Clériston Andrade, Morro
do Chapéu, Bahia, Brasil, 1869. Caixa Crime 1840-1869.

BAHIA, Câmara Municipal. OFÍCIO da Câmara Municipal


de Jacobina para o presidente da província denunciando
moedas falsas. Arquivo Público do Estado da Bahia (APEBA),
Salvador, Bahia, Brasil. 28 out. 1826. Maço: 1327, Série:
Governo, Seção: Arquivo colonial e provincial.

5.4.3 Livros e outros documentos encadernados na origem


Para esse item estão sendo considerados os documentos
contidos em livros, cadernos ou outras formas de brochuras,

105
espiral, grampeamento, etc., já encadernados antes do uso de:
transcrições, declarações, listagens, ou outros, tais como: livros
de notas diversos, livros de registros de batismos, livros de
registros de casamentos, livros de registro de óbitos, livros
caixa, livros de tombo, livros de registro de movimentos em
geral, entre outros. Sua principal característica é o meio físico
disposto em folhas agrupadas das mais diversas formas,
constituindo um único exemplar não divisível, mas que muitas
vezes pessoas diferentes podem ter registrado documentos
neles, sendo possível ou não a identificação da autoria dos
registros individuais.
Exemplos de Livro como um todo:
LIVRO de Notas 14 do Tabelião Sinfronio Olimpio
Cambuí. Arquivo Público do Estado da Bahia (APEBa),
Salvador, Bahia, Brasil. 06 jul. 1841 a 12 set. 1842. Livros de
Notas de Jacobina, Série: Judiciário.

Exemplo de Registro contido em Livro:


TRANSLADO da Procuração feita para venda da Escrava
Margarida, que fugiu de Lençois para Jacobina. LIVRO de
Notas 25a do Tabelião Luiz Gonzaga da Maya. Arquivo
Público do Estado da Bahia (APEBa), Salvador, Bahia, Brasil.
07 nov. 1859. p. 52. Livros de Notas de Jacobina, Série:
Judiciário.

106
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As normalizações propostas pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas, assim como outras informações
pertinentes, foram aqui organizadas para atender as demandas
de padronização dos trabalhos finais elaborados no Programa
de Mestrado em História Regional e Local da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB).
Nenhuma das resoluções internas específicas da UNEB
tratando da pós-graduação, a resolução do Conselho Superior
de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) número 791/2007
e a resolução 540/2008 do Conselho Universitário CONSU,
determinam normas para apresentação do resultado dos
projetos de mestrado e doutorado e nem quem as deve
estabelecer, fica implícito esse necessidade uma vez que essa
padronização é um dos itens avaliado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento do Pessoal de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
Neste pequeno guia, sugeri formas de tornar o trabalho
de redação final mais compreensível e prazeroso, tanto para
quem escreve como para o leitor. Espero que essas orientações
facilitem o trabalho de elaboração e organização dos trabalhos
das(os) nossas(os) alunas(os).

108
Procurei oferecer minha contribuição para uma melhor
qualificação das dissertações, tornando-as padronizadas e de
fácil manuseio, passando de uma simples tarefa para um texto
acadêmico com validade e reconhecimento.
É lógico que para seguir as orientações contidas neste
pequeno texto é necessário que o estudante já tenha percorrido
um árduo e, muitas vezes, penoso caminho, que conte com a
supervisão e orientação de um professor experiente que o
encaminhe para a melhor solução dos problemas enfrentados na
elaboração do projeto, nas nuances de todas as fases da
pesquisa e também da elaboração final da redação.
Lembro que a leitura dessas orientações não dispensa a
consulta às normas da ABNT que devem ser lidas e consultadas
em sua totalidade, sempre existem cópias para consulta nas
bibliotecas da nossa instituição. Uma última sugestão é que à
medida que apareçam as dúvidas, sobre as diversas formas de
organização dos trabalhos, de redação e elaboração das diversas
partes que compõe as dissertações, sejam consultadas as
normas aqui referenciadas, isso vai possibilitar um melhor
conhecimento sobre a normalização, evitando os pequenos
deslizes finais, pois o que se deixa para depois nem sempre é
lembrado.

109
Desejo um bom trabalho a todas(os) e coloco-me a disposição
para qualquer dúvida, contato ou sugestão.

110
111
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 5892: norma para datar. Rio de Janeiro, 1989. Rio de
Janeiro: ABNT, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação
periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6023: informação e documentação: referências:
elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6024: informação e documentação: numeração
progressiva das seções de um documento escrito: apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2003a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6027: informação e documentação: sumário:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2003c.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6029: informação e documentação: livros e folhetos:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

112
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6033: ordem alfabética. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6034: informação e documentação: índice: apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004. (Válida a partir de 31.01.2005).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 10520: informação e documentação: citações em
documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 12225: informação e documentação: lombada:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004a. (Válida a partir de
30.07.2004).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos
acadêmicos – Apresentação. 3. ed. Rio de Janeiro: ABNT,
2011. (Válida a partir de 14.04.2011).

CERQUEIRA, Márcia Santos. Guia de orientação. Salvador:


UNEB/Assessoria Técnica para Programas Especiais, 2006.

CURTY, M. G.; CRUZ, A. da C.; MENDES, M. T.


Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses:
(NBR 14724/2002). Maringá: Dental Press, 2002.

FAZENDA, Ivani C. A. (org). Metodologia da pesquisa


educacional. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

113
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. 3.ed. Rio
de Janeiro: IBGE, 1993.

LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em


educação. São Paulo: EPU, 1986.

MAY, Tim. Pesquisa social. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PORTUGAL. Instituto Português da Qualidade - Norma


portuguesa NP 405-1: Informação e documentação -
referências bibliográficas. Lisboa: IPQ, [2000] 2002.

PORTUGAL. Instituto Português da Qualidade - Norma


portuguesa NP 405-2: Informação e documentação -
referências bibliográficas. Lisboa: IPQ, [2000] 2002.

PORTUGAL. Instituto Português da Qualidade - Norma


portuguesa NP 405-3: Informação e documentação -
referências bibliográficas: documentos não publicados. Lisboa:
IPQ, [2000] 2002.

RIBEIRO, Maria Piedade Fernandes; SOUSA, Vânia Pinheiro


de. Elaboração de trabalhos acadêmicos: monografias
(TCC), dissertações, teses e memoriais. Última Atualização 14
de julho de 2006. Juiz de Fora: Biblioteca Universitária da
UFJF. 2004. Disponível em:
<http://www.biblioteca.ufjf.br/index.php?option=com_content
&task=view&id=47& Itemid=65>. Acesso em 20 ago. 2007.

RICHART, Nadia F.; LOPES, Adriano (Instrutores). Curso de


Normalização de trabalhos científicos. Sistema de Bibliotecas.

114
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ.
In: IX Encontro de Usuários da Rede Pergamum, Curitiba,
2007. Disponível em: <http://cdij.pgr. mpf.gov.br/sistema-
pergamum/ix-encontro-nacional/20_04_2007/Curso%20
Normalizacao.pdf>. Acesso em 20 ago. 2007.

SOUZA, Gleicione Aparecida Dias Bagne; REIS, Sérgio


Crisóstomo dos; RICHARTZ, Terezinha. Manual de
normalização: trabalhos científicos. 3. ed. Varginha: UNIS,
2006. Disponível em:
<http://www.unis.edu.br/arquivos/documentos/normatizacao3.p
df>. Acesso em 20 ago. 2007.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, Conselho


Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).
Resolução no. 791 de 07 de fevereiro de 2007. Salvador, BA.
Disponível em: <http://www.uneb.br/ wp-
content/themes/uneb/docs/atos/consepe_784-796.zip >. Acesso
em 20 ago. 2010.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, Conselho


Universitário (CONSU). Resolução no. 540 de 18 de março de
2008. Salvador, BA. Disponível em: <http://www.uneb.br/wp-
content/themes/uneb/docs/atos/consu_536-545.zip >. Acesso
em 23 out. 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistemas de


Bibliotecas. Normas para apresentação de documentos
científicos. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002. v. 2: Teses,
dissertações, monografias e trabalhos acadêmicos.

115
UOL – MICHAELIS. Moderno dicionário da língua
portuguesa. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1998 – 2007.
Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/
portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=monografia>. Acesso em: 20 ago. 2007.

VIEIRA FILHO. Raphael R.., 2008. Vista do Comércio da


Janela do Plano Inclinado Gonçalves. 1 fotografia digital, 814 x
676 x 24 BPP.

VIEIRA FILHO, Raphael Rodrigues (Org.). Orientações para


apresentação de trabalhos acadêmicos: monografia de
conclusão de curso. Salvador: Portfolium/DEDC I-UNEB,
2008.

116
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS V
Todo texto em tamanho 12,
PROGRAMA DE MESTRADO EM HISTÓRIA maiúsculo, negrito, um
REGIONAL E LOCAL
espaço após a margem
superior e centralizado
Tamanho 12, maiúsculo e
Autor
minúsculo negrito, digitado

APÊNDICE A
Centralizado

Tamanho 12, maiúsculo,


TÍTULO DO TRABALHO:
negrito, digitado no centro da
SUBTÍTULO
folha. Se houver subtítulo
colocar sempre dois pontos e
nunca outro símbolo

Tamanho 12, maiúsculo e


SANTO ANTÔNIO DE JESUS, BA minúsculo, negrito,
ANO centralizado nas duas
últimas linhas
ELEMENTO OBRIGATÓRIO

117
LOMBADA
NOME DO AUTOR, deve vir
em tamanho 12, todas
maiúsculas, espaçamento

APÊNDICE B
simples.
TITULO DO TRABALHO,
deve vir em tamanho 12, todos
em maiúsculas, espaçamento
simples.
ANO

NOME DO AUTOR ANO, deve vir em tamanho 12,

TÍTULO DO TRABALHO todos em maiúsculas,


espaçamento simples.
OBS: Só utilizada em (DEVE SER UTILIZADO A
MESMA FONTE PARA
volumes encadernados TODA LOMBADA)

118
Tamanho 12, maiúsculo,
NOME DO AUTOR
negrito, após a margem
superior e centralizado

Tamanho 12, maiúsculo, negrito,


após a margem superior e

APÊNDICE C
TÍTULO DO TRABALHO centralizado. Com subtítulo (se
Monografia apresentada como houver).
requisito parcial para obtenção do
grau de Mestre em História no
Programa de Mestrado em História Tamanho 12, maiúsculo e
Regional e Local do Departamento
de Ciências Humanas – Campus V minúsculo, alinhado a 2 cm da
Santo Antônio de Jesus, da
margem direita, justificado,
Universidade do Estado da Bahia,
sob orientação do Prof. Dr. iniciando no centro da folha,
_____________________
alinhado e em espaçamento
simples.
SANTO ANTÔNIO DE JESUS, BA
Tamanho 12, maiúsculo,
ANO
negrito, centralizado nas duas
ELEMENTO OBRIGATÓRIO últimas linhas

119
Tamanho 12, maiúsculo,
Autorização de publicação
negrito, após a margem
superior e centralizado

APÊNDICE D
ELABORADO POR
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaboração: Biblioteca ___________ BIBLIOTECÁRIA (O)
Bibliotecária: __________________ – CRB: _/__
HABILITADA (O) PARA
Ultimo Sobrenome, Nome e outros sobrenomes (sem abreviatura)
Título: Subtítulo / autor . - Cidade: Editora, ano. ISSO.
número folhas
OBS: Não interferir nem
Inclusões
reescrever, sob nenhuma
1. Chamada principal. 2. Chamada Secundária. 3. Outras chamadas. 4.
Outras Chamadas. I. Titulo. hipótese, na ficha após
entregue pela (o)
CDD: ______
profissional.

ELEMENTO OBRIGATÓRIO

120
Tamanho 14, maiúsculo,
ERRATA
negrito, após a margem
superior e centralizado

VIEIRA FILHO, Raphael R.. Os negros em Jacobina


(BAHIA) no século XIX. 2006. 236 f. Tese (Doutorado) -
Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia

APÊNDICE E
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
Tamanho 12, maiúsculo e
Folha Linha Onde se lê Leia-se minúsculo, espaçamento
32 3 edicão edição um e meio (1,5 linha no
45 19 pode pôde
102 28 parauma para uma Word),

OBS: Sugeri-se a
elaboração de relação em
forma de quadro aberto
com os dados relacionados
conforme o exemplo.

121
Mesma formatação da
NOME DO AUTOR folha de rosto, somente
deve ser considerada a
diagramação
TÍTULO DO TRABALHO diferenciada na parte da
Dissertação apresentada como página onde serão
requisito parcial para obtenção do grau

APÊNDICE F
de Mestre em História ao Programa de apostos a data e
Mestrado em História Regional e Local
do Departamento de Ciências Humanas assinaturas da banca.
Campus V Santo Antônio de Jesus da
Universidade do Estado da Bahia, sob A data deve ser colocada
orientação do Prof. Dr. __________.
após a aprovação.
SantoAntônio de Jesus _____________.
Devem ser deixadas linhas em
_______________________________ branco de acordo com o
_______________________________ número de membros da banca.
Os nomes e assinaturas devem
_______________________________
ser colocado somente após a
aprovação do trabalho, na
versão definitiva para depósito.
ELEMENTO OBRIGATÓRIO

122
OBS:Não colocar
título nesta página

A diagramação é livre,

APÊNDICE G
portanto fica a critério do
autor onde começar, mas
deve ser observada a
harmonia do trabalho
utilizando-se a mesma
Dedico esse trabalho ____________ fonte ou tipo de letra do
_____________________________ texto.
_____________________________ OBS: A sugestão ao lado
é a forma mais usual para
monografias e
dissertações.

123
Tamanho 14, maiúsculo,
AGRADECIMENTOS negrito, após a margem
superior e centralizado

2 espaços de 1,5 linhas

APÊNDICE H
A diagramação é
Agradeço a ................................................ livre, portanto fica a
...................................................................
................................................................... critério do autor onde
................................................................... começar, mas deve ser
observada a harmonia
do trabalho
utilizando-se a mesma
fonte ou tipo de letra.

124
OBS: Não colocar
título nesta página

A diagramação é livre,

APÊNDICE I
portanto fica a critério
do autor onde começar,
mas deve ser observada
a harmonia do trabalho
A vida é bela .................................... utilizando-se a mesma
........................................................... fonte ou tipo de letra.
........................................................... OBS: É obrigatória
........................................................... a referência à
....................(AUTOR, ANO, p.__)
autoria.

125
Tamanho 14, maiúsculo,
negrito, após a margem
RESUMO superior e centralizado

2 espaços de 1,5 linhas

Tamanho 12, maiúsculo e

APÊNDICE J
minúsculo, espaçamento
Este trabalho analisa os modos de vida e
simples, “[...] apresentação
experiências dos ...........................................
concisa dos pontos relevantes
.......................................................................
....................................................................... de um texto, fornecendo uma
....................................................................... visão rápida e clara do
....................................................................... conteúdo e das conclusões do
....................................................................... trabalho ” (ABNT 14724,
....................................................................... 2011, p. 4). Deve conter entre
....................................................................... 150 e 500 palavras.

Após o texto um parágrafo abaixo


Palavras-chave: ______. ______. ______.
incluir palavras chaves (3 no mínimo)
Conforme ABNT 6028
ELEMENTO OBRIGATÓRIO

126
ABSTRACT (em inglês) Tamanho 14, maiúsculo,
RESUMEN (em espanhol) negrito, após a margem
RÈSUMÉ (em francês) superior e centralizado

2 espaços de 1,5 linhas

APÊNDICE K
This study ................................................... Tamanho 12, maiúsculo e
...................................................................... minúsculo, espaçamento
......................................................................
simples. Observar o
......................................................................
...................................................................... mesmo padrão e mesmo
...................................................................... conteúdo do resumo em
......................................................................
língua vernácula.
......................................................................
...................................................................... Após o texto um parágrafo
Keywords: ______. ______. ______. abaixo incluir palavras
chaves (3 no mínimo) na
ELEMENTO OBRIGATÓRIO mesma língua do resumo.

127
LISTA DE QUADROS Título em tamanho 14,
maiúsculo, negrito,
após a margem
Quadro 1 Apresentação das Seções ..................13 superior e centralizado

Quadro 2 Itens do Trabalho ..............................18


Deve-se escrever os

APÊNDICE L
Quadro 3 Apresentação dos Itens .....................18 títulos exatamente
Quadro 4 Apresentação dos Capítulos .............21 como aparecem no
corpo do trabalho.
OBS: Quando
possível respeitar a
mesma formatação.

128
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E Título em tamanho 14,
TABELAS maiúsculo, negrito, após
a margem superior e
Figura 1 Vista do Comércio da Janela do Plano centralizado
Inclinado Gonçalves ............................................... 25

Figura 2 Exemplo de elemento gráfico com dados Deve-se escrever

APÊNDICE M
dispostos em colunas e linhas ................................ 26
os títulos
Tabela 1 – Exemplo de tratamento estatístico ..... 26 exatamente como
aparecem no
corpo do trabalho.
OBS: Quando
possível respeitar
a mesma
formatação.

129
Tamanho 14, maiúsculo,
SUMÁRIO negrito, após a margem
1 INTRODUÇÃO............................04
2 TÍTULO ........................................05 superior e centralizado
2.1 TÍTULO ..........................................08 Deve-se escrever os títulos
2.1.1 Título .............................................12 de itens e subitens
2.1.1.1 Título...............................................16 exatamente como
2.1.1.1.1 Título .............................................. 20
aparecem no corpo do
3 TÍTULO......................................... 24

APÊNDICE N
trabalho, quando possível,
3.1 TÍTULO ..........................................28
respeitando a mesma
3.1.1 Título ............................................. 32
3.1.1.1 Título .............................................. 36 formatação dos capítulos e
3.1.1.1.1 Título .............................................. 40 itens.
4 TÍTULO ....................................... 42 Os títulos devem ser
4.1 TÍTULO ......................................... 46 alinhados após último
4.1.1 Título ............................................ 47 nível de
4.1.2 Título .............................................49 hierarquização.
5 TÍTULO ........................................52
5.1 TÍTULO .........................................52
Os números de
5.1.1 Título.............................................55
páginas devem ser
5.1.2 Título ............................................ 59
alinhados à direita.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 68 OBS: Não devem constar do
REFERÊNCIAS .........................76 sumário os elementos pré-
ELEMENTO OBRIGATÓRIO textuais.

130
MARGEM A numeração é colocada no canto superior
ESQUERDA E 8 direito da folha a 2 cm da borda.
SUPERIOR 3 cm 1 INTRODUÇÃO Título em
tamanho 14,
Antes do texto 2
espaços de 1,5 linhas Este trabalho tem como principal ......... maiúsculo,
.................................................... negrito, após
Texto digitado em
.................................................... a margem
tamanho 12, maiúsculo e
.................................................... superior

APÊNDICE O
minúsculo,
.................................................... numerada e
espaçamento um e meio
.................................................... alinhado a
(1,5 linha no Word),
.................................................... esquerda.
“[...] Os textos devem
....................................................
ser digitados ou OBS: Note
....................................................
datilografados em cor que está
....................................................
preta [...] Recomenda- .................................................... numerado
se a utilização de fonte com 1, pois é
....................................................
tamanho 12 para todo o o PRIMEIRO
....................................................
trabalho [...]
.................................................... elemento
excetuando-se as
.................................................... textual
citações de mais de três
....................................................
linhas[...]”(NBR 14724
ABNT, 2011) MARGEM DIREITA E
INFERIOR DE 2 cm

131
A numeração écolocadano MARGEM DIREITA
canto superior esquerdo da 9 E SUPERIOR 3 cm
folha a 2 cm da borda. ......................................................... .
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

U TILIZA N D O IMPR ESSÃ O N O VER SO D A FOLHA


........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . OBS: Note
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . que as
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . margens e

A PÊN D IC E P
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . numeração
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de páginas
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . estão
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . formatadas
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de forma
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . diferente da
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . formatação
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . do anverso.
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MARGEM ESQUERDA ........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
E INFERIOR DE 2 cm

132
MARGEM A numeração é colocada no canto superior
ESQUERDAE 14 direito da folha a 2 cm da borda.
SUPERIOR 3 cm 2 TÍTULO Título em

Antes do texto 2 tamanho 14,


Esta parte procura fazer .................... maiúsculo,

APR ESEN TAÇÃO


espaços de 1,5 linhas
.................................................... negrito, após
Texto digitado em
.................................................... a margem
tamanho 12, maiúsculo e
.................................................... superior

APÊN D I C E Q
minúsculo,
.................................................... numerada e
espaçamento um e meio
.................................................... alinhado a
(1,5 linha no Word),

D E N OVA SEÇÃO
.................................................... esquerda.
“[...] Os textos devem
.................................................... OBS: Note que
ser digitados ou
.................................................... está numerado
datilografados em cor
.................................................... com 2, pois é a
preta [...] Recomenda-
.................................................... SEGUNDA
se a utilização de fonte
.................................................... seção. Ela
tamanho 12 para todo o
.................................................... também deve
trabalho [...] começar no
....................................................
excetuando-se as anverso de uma
....................................................
citações de mais de três nova folha.
....................................................
linhas[...]”(NBR 14724
.................................................... MARGEM DIREITA E
ABNT, 2011)
INFERIOR DE 2 cm

133
MARGEM Título em
ESQUERDA E
tamanho 14,
SUPERIOR 3 cm REFERÊNCIAS
maiúsculo,
Antes das referências 2 negrito, sem
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
espaços de 1,5 linhas NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos espaço após a
acadêmicos – Apresentação. 2ª ed. (válida a partir de
30.01.2006). Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
margem
Texto das referências
CURTY, M. G.; CRUZ, A. da C.; MENDES, M. T.
superior e
deve ser digitado em Apresentação de Trabalhos Acadêmicos, Dissertações e
centralizado

APÊNDICE R
Teses: (NBR 14724/2002). Maringá: Dental Press, 2002.
tamanho 12, último
FAZENDA, Ivani C. A. (Org). Metodologia da pesquisa
separadas
sobrenome todas educacional. 9. ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2004. por UM
em maiúsculo, outros espaço
MAY, Tim. Pesquisa social. Porto Alegre: Artmed, 2004. simples
nomes Maiúsculo e (NBR 14724).
RICHART, Nadia F.; LOPES, Adriano (Instrutores).
minúsculo, Normalização de trabalhos científicos. Sistema de Bibliotecas.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ.
espaçamento simples In: IX Encontro de Usuários da Rede Pergamum, Curitiba,
2007. Disponível em: <http://cdij.pgr. mpf.gov.br/sistema-
e alinhado somente a pergamum/ix-encontro-nacional/20_04_2007/Curso%20
Normalizacao.pdf>. Acesso em 20 ago. 2007.

esquerda (NBR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistemas de
14724) Bibliotecas. Normas para apresentação de documentos
científicos. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2002. v. 2: Teses,
dissertações, monografias e trabalhos acadêmicos.

MARGEM DIREITA E
INFERIOR DE 2 cm

134

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