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MANUAL BÁSICO
DO
FUZILEIRO NAVAL
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS
NAVAIS 2008
OSTENSIV CGCFN-
MARINHA DO BRASIL
NAVAIS 2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-1003
ATO DE APROVAÇÃO
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
Em / / CARIMBO
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
OSTENSIV CGCFN-
Em 30 de setembro de 2005.
Fuzileiro Naval
Esta publicação é a segunda revisão do Manual Básico do Fuzileiro Naval, cuja
primeira edição data de 1974.
Ela está dividida em capítulos que trazem, inicialmente, a história dos Fuzileiros Navais
e falam das tradições marinheiras que atravessaram os oceanos e se fixaram em nosso meio.
Aborda, ainda que de forma sucinta, as Operações Anfíbias, indicando ao Fuzileiro Naval a
necessidade de ser um soldado profissional, treinado e forjado com a têmpera dos homens do
mar. Contém informações sobre a carreira militar naval, proporcionando uma orientação
segura para aqueles que se identificarem com a Instituição Marinha do Brasil.
Este manual é destinado àqueles que, intimamente, se orgulham de suas crenças éticas,
morais e profissionais. Crença em que inexiste outra forma de se dedicar integralmente ao
serviço naval que não seja a adesão precoce e voluntária, apesar de sabermos que, assim
procedendo, lhe oferecemos a quadra mais vigorosa de nossas vidas. Doação que forja o
homem, molda o cidadão e forma o militar. Crença em que o Espírito de Corpo, edificado
nessa longa jornada, revela uma identidade. Dessemelhantes na forma, porém iguais no
conteúdo, buscamos todos, indistintamente, o aprimoramento cada vez maior do Corpo de
Fuzileiros Navais. Crença em que não há Fuzileiros de ontem ou de hoje, mas tão somente
Fuzileiros de sempre. Crença em que ser Fuzileiro Naval é um estado de espírito. Fruto dele,
supera obstáculos, contorna restrições e debate, no nível adequado, divergências conceituais
ou intelectuais, sempre sobrepondo a quaisquer interesses o da Instituição. Crença em que a
Doutrina da Guerra Anfíbia é complexa, por envolver atuações de Forças Navais, Aeronavais
e de Fuzileiros Navais em três dimensões - terra, mar e ar. Daí decorre a imposição de elevado
grau de profissionalização ao Combatente Anfíbio. Crença em que contribuímos, e sempre
contribuiremos, para a presença da Marinha onde ela se fizer necessária. Assim tem sido na
Amazônia Azul, embarcados em navios; na Selva Amazônica; no Pantanal mato-grossense;
na Caatinga; no Sul do País; na Antártica; bem como nos contenciosos deflagrados em
diversificadas regiões do mundo; sempre consoante nossa capacidade expedicionária. Crença
em que nos adestramos para a guerra, mas levamos a paz à República Dominicana e a Angola;
e, presentemente, contornando hostilidades, salvamos vidas no Haiti. Crença em que nossa
passagem pela Marinha e seu Corpo de Fuzileiros Navais é efêmera, porém ambos são eternos
como os oceanos e as praias. Crença em que Deus é onipotente, e a família tem valor
imponderável.
Essas crenças têm orientado pensamentos, vetorado esforços, motivado a continuidade
administrativa e estimulado a busca da qualidade. Com engenho e arte, elas nos levaram do
singelo Batalhão Naval, cujos integrantes a bordo dos navios combateram em Riachuelo, ao
Corpo de Fuzileiros Navais de hoje. Confiante no futuro, concito-os, firmemente, a exaltarem
a forte crença que nos move: o amor à Marinha e ao Brasil.
ADSUMUS!
OSTENSIV - ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ......................................................................................................... I
Ato de Aprovação.................................................................................................... II
Mensagem................................................................................................................ III
Índice ....................................................................................................................... IV
Introdução................................................................................................................ X
CAPÍTULO 1 - HISTÓRICO DOS FUZILEIROS NAVAIS
1.1 - Antecedentes ................................................................................................... 1-1
1.2 - Primeira fase.................................................................................................... 1-2
1.3 - Segunda fase.................................................................................................... 1-3
1.4 - Terceira fase .................................................................................................... 1-5
CAPÍTULO 2 - TRADIÇÕES NAVAIS
2.1 - Generalidades .................................................................................................. 2-1
2.2 - A gente de bordo ............................................................................................. 2-1
2.3 - O pessoal de serviço........................................................................................ 2-1
2.4 - A rotina de bordo ............................................................................................ 2-2
2.5 - Procedimentos rotineiros................................................................................. 2-5
2.6 - Instalações de bordo ........................................................................................ 2-5
2.7 - As fainas.......................................................................................................... 2-6
2.8 - Os uniformes ................................................................................................... 2-7
2.9 - A linguagem do mar........................................................................................ 2-8
CAPÍTULO 3 - HIERARQUIA, DISCIPLINA E CORTESIA
3.1 - Hierarquia e disciplina .................................................................................... 3-1
3.2 - Cortesia militar................................................................................................ 3-2
3.3 - Continência ..................................................................................................... 3-2
3.4 - Continência individual .................................................................................... 3-3
3.5 - Apresentações - tratamento entre militares ..................................................... 3-3
3.6 - Procedimentos do fuzileiro naval em diversas situações ................................ 3-3
3.7 - Correspondência entre os diversos postos e graduações das forças armadas 3-5
OSTENSIV - ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 4 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS MILITARES DA
MARINHA DO BRASIL
4.1 - Introdução ....................................................................................................... 4-1
4.2 - Leis e regulamentos ........................................................................................ 4-1
CAPÍTULO 5 - EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA
5.1 - A família ......................................................................................................... 5-1
5.2 - A pátria e o patriotismo .................................................................................. 5-1
5.3 - O homem do mar ............................................................................................ 5-1
5.4 - A caserna ........................................................................................................ 5-2
5.5 - O espírito de corpo.......................................................................................... 5-2
5.6 - Símbolos nacionais ......................................................................................... 5-2
5.7 - Hinos e canções .............................................................................................. 5-3
5.8 - Datas especiais................................................................................................ 5-4
CAPÍTULO 6 - DIREITO DA GUERRA
6.1 - Generalidades ................................................................................................. 6-1
6.2 - Normas fundamentais ..................................................................................... 6-1
6.3 - Regras de comportamento .............................................................................. 6-4
6.4 - Sinais convencionais....................................................................................... 6-7
CAPÍTULO 7 - LIDERANÇA
7.1 - Generalidades ................................................................................................. 7-1
7.2 - Conceitos básicos............................................................................................ 7-1
7.3 - Princípios de liderança.................................................................................... 7-2
7.4 - Tipos de liderança........................................................................................... 7-4
7.5 - O líder ............................................................................................................. 7-5
7.6 - A importância do líder no CFN............................................................................7-10
7.7 - Diferença entre líder e chefe................................................................................7-11
CAPÍTULO 8 - ORGANIZAÇÃO
8.1 - Introdução ....................................................................................................... 8-1
8.2 - A missão da Marinha ...................................................................................... 8-1
8.3 - Organização do Comando da Marinha ........................................................... 8-2
8.4 - Comando de Operações Navais ...................................................................... 8-2
8.5 - Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais............................................. 8-3
8.6 - Força de Fuzileiros da Esquadra..................................................................... 8-4
OSTENSIV -V ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
8.7 - Divisão Anfíbia ............................................................................................... 8-5
8.8 - Tropa de Reforço............................................................................................. 8-5
8.9 - Fuzileiros Navais nos Distritos Navais ........................................................... 8-
6
8.10 - Batalhão de Operações Ribeirinhas............................................................... 8-6
8.11 - OM de instrução e adestramento do CFN ..................................................... 8-7
CAPÍTULO 9 - UNIFORMES
9.1 - Generalidades .................................................................................................. 9-1
9.2 - Uso dos uniformes........................................................................................... 9-1
9.3 - Prescrições diversas ........................................................................................ 9-2
CAPÍTULO 10 - A CARREIRA
10.1 - Generalidades.....................................................................................................10-1
10.2 - A carreira............................................................................................................10-2
10.3 - Da organização do Corpo de Praças de Fuzileiros Navais.................................10-3
10.4 - Estrutura da carreira...........................................................................................10-4
10.5 - Dos cursos..........................................................................................................10-5
10.6 - Do concurso ao C-Esp-HabSG...........................................................................10-6
10.7 - Dos estágios........................................................................................................10-7
10.8 - Do tempo de embarque ou tempo de tropa........................................................10-7
10.9 - Das Comissões de Promoções de Praças............................................................10-7
10.10 - Fluxo de carreira...............................................................................................10-8
10.11 - Dos compromissos de tempo de serviço..........................................................10-8
10.12 - Do licenciamento do Serviço Ativo da Marinha (SAM) e da exclusão dos
corpos e quadros...............................................................................................10-9
10.13 - Dos cômputos do comportamento e aptidão para a carreira..........................10-11
10.14 - Dos requisitos para promoções.......................................................................10-11
10.15 - Sistema Integrado de Gestão de Pessoal – SIGeP..........................................10-12
CAPÍTULO 11 - CONDICIONAMENTO FÍSICO
11.1 - Generalidades.....................................................................................................11-1
11.2 - Orientações.........................................................................................................11-1
11.3 - Programas de treinamento físico-militar............................................................11-1
11.4 - Informações complementares.............................................................................11-2
11.5 - Teste de avaliação física.....................................................................................11-3
OSTENSIV - ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 12 - SERVIÇOS INTERNOS
12.1 - Generalidades.....................................................................................................12-1
12.2 - Serviço de Estado...............................................................................................12-1
12.3 - Serviço de Guarda do Quartel............................................................................12-1
12.4 - Serviço de Policiamento Interno........................................................................12-1
12.5 - Serviço de Guarda de Subunidade.....................................................................12-1
12.6 - Atribuições.........................................................................................................12-1
CAPÍTULO 13 - EQUIPAGENS INDIVIDUAIS
13.1 - Generalidades.....................................................................................................13-1
13.2 - Definições...........................................................................................................13-1
13.3 - Constituição das equipagens..............................................................................13-2
13.4 - Uso das equipagens............................................................................................13-2
13.5 - Inspeção nas equipagens individuais..................................................................13-4
13.6 - Cuidados com a equipagem................................................................................13-5
CAPÍTULO 14 - HIGIENE E PROFILAXIA DAS DOENÇAS INFECTO-
CONTAGIOSAS
14.1 - Generalidades.....................................................................................................14-1
14.2 - Regras básicas de higiene pessoal......................................................................14-1
14.3 - Higiene em campanha........................................................................................14-2
14.4 - Doenças infecto-contagiosas..............................................................................14-3
14.5 - Recomendações sobre a AIDS...........................................................................14-4
CAPÍTULO 15 - PRIMEIROS-SOCORROS
15.1 - Generalidades.....................................................................................................15-1
15.2 - Princípios gerais.................................................................................................15-1
15.3 - Regras básicas....................................................................................................15-7
15.4 - Procedimentos para casos especiais.................................................................15-19
15.5 - Animais e plantas venenosas............................................................................15-42
15.6 - Acidentes por agentes físicos...........................................................................15-45
15.7 - Pequenas emergências......................................................................................15-46
CAPÍTULO 16 - NAVEGAÇÃO TERRESTRE
16.1 - Generalidades.....................................................................................................16-1
16.2 - Cartas..................................................................................................................16-1
16.3 - Cuidados para com as cartas em campanha.......................................................16-2
OSTENSIV - ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
16.4 - Convenções cartográficas...................................................................................16-3
16.5 - Representação do relevo.....................................................................................16-4
16.6 - Escala da carta....................................................................................................16-4
16.7 - Designação de pontos na carta...........................................................................16-6
16.8 - Determinação das direções.................................................................................16-8
16.9 - Bússola.............................................................................................................16-13
16.10 - Orientação da carta.........................................................................................16-17
16.11 - Como trabalhar com a carta e a bússola.........................................................16-20
16.12 - Orientação quando em movimento numa viatura...........................................16-23
16.13 - Giro do horizonte............................................................................................16-23
CAPÍTULO 17 - ARMAMENTO DO CFN
17.1 - Definições básicas..............................................................................................17-1
17.2 - Generalidades sobre as armas leves...................................................................17-2
17.3 - Fuzil de Assalto 5,56mm M16A2Mod705.........................................................17-4
17.4 - Fuzil Automático 7,62mm M964 FAL..............................................................17-6
17.5 - Fuzil Metralhador 7,62mm M964 FAP..............................................................17-8
17.6 - Metralhadora 5,56mm MINIMI.........................................................................17-9
17.7 - Metralhadora 7,62mm Mod B 60-20 MAG.....................................................17-11
17.8 - Pistola 9mm PT92 – BERETTA......................................................................17-13
17.9 - Submetralhadora 9mm TAURUS....................................................................17-15
17.10 - Metralhadora 12,7mm (.50) HB M2 QCB BROWNING..............................17-16
17.11 - Espingarda 18,6mm (CAL 12) MOSSBERG.................................................17-18
17.12 - Lança-Granada 40mm M203..........................................................................17-20
17.13 - AT-4...............................................................................................................17-21
17.14 - Míssil Anticarro RBS 56 – BILL...................................................................17-23
17.15 - Míssil Antiaéreo Mistral.................................................................................17-25
17.16 - Generalidades sobre as armas pesadas...........................................................17-26
17.17 - Morteiros 60mm M-60 BRANDT e 81mm M29 A1.....................................17-28
17.18 - Morteiro 120mm Auto-Rebocado K6A3.......................................................17-30
17.19 - Obuseiro 105mm Light Gun L118.................................................................17-32
17.20 - Obuseiro Auto-Rebocado 155mm M114A1..................................................17-33
17.21 - Canhão Automático Antiaéreo de 40mm/L70 FAK BOFI-R-BOFORS.......17-34
OSTENSIV - ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
18.1 - Generalidades.....................................................................................................18-1
18.2 - Fortificações de campanha.................................................................................18-1
18.3 - Camuflagem.....................................................................................................18-19
18.4 - Destino do material escavado...........................................................................18-22
18.5 - Drenagem.........................................................................................................18-24
18.6 - Revestimento....................................................................................................18-24
18.7 - Teto..................................................................................................................18-25
CAPÍTULO 19 - INTRODUÇÃO ÀS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
19.1 - Generalidades.....................................................................................................19-1
19.2 - Conceito básicos.................................................................................................19-1
19.3 - Fases das operações anfíbias..............................................................................19-2
19.4 - Meios empregados..............................................................................................19-3
19.5 - Vida a bordo.......................................................................................................19-4
CAPÍTULO 20 - HINOS E CANÇÕES
20.1 - Hino Nacional....................................................................................................20-1
20.2 - Hino à Bandeira Nacional..................................................................................20-2
20.3 - Hino da Independência do Brasil.......................................................................20-3
20.4 - Canção dos Fuzileiros Navais - “Na Vanguarda”..............................................20-4
20.5 - Hino ao Fuzileiro Naval do Brasil - “Regimento Naval”................................20-5
20.6 - Canção do Marinheiro - “Cisne Branco”...........................................................20-6
20.7 - Canção Soldado da Liberdade............................................................................20-7
20.8 - Canção Fibra de Herói.......................................................................................20-8
OSTENSIV - IX ORIGINA
OSTENSIVO CGCFN-1003
INTRODUÇÃO
1. PROPÓSITO
Esta publicação destina-se, fundamentalmente, a proporcionar ao Fuzileiro Naval
(FN) os conhecimentos básicos e indispensáveis ao desempenho de suas tarefas nos primeiros
anos de sua carreira.
2. DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em 20 capítulos que enfocam desde o Histórico do
Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) até uma Introdução às Operações Anfíbias, bem como os
hinos e canções que são cantados pela tropa.
3. CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações
da Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, básica e manual.
4. SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui o CGCFN-1101 - Manual Básico do Fuzileiro Naval, 2ª
revisão, aprovada em 21 de outubro de 2005, preservando seu conteúdo, que será adequado ao
previsto no Plano de Desenvolvimento da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima
revisão.
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
Marinha se envolveu, sendo dignas de realce a expedição contra Caiena, as lutas pela
consolidação da Independência, a pacificação das Províncias dissidentes e a Guerra da
Cisplatina.
O CFN recebeu as seguintes denominações nesta etapa de sua existência:
- 1821 - Batalhão da Brigada Real da Marinha destacado no Rio de Janeiro;
- 1822 - Batalhão de Artilharia da Marinha do Rio de Janeiro;
- 1826 - Imperial Brigada de Artilharia da Marinha; e
- 1831 - Corpo de Artilharia de Marinha.
Fig 1.2 - Almirante Rodrigo Pinto Guedes, Barão do Rio da Prata, primeiro
Comandante da Brigada Real da Marinha no Brasil
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
desembarques. Entretanto, em decorrência de seu melhor preparo, mantiveram, durante
algum tempo, várias tarefas referentes à Artilharia da Marinha.
A artilharia dos FN evoluiu de artilharia naval para artilharia de posição e artilharia de
desembarque, culminando no Grupo de Artilharia de Campanha do Regimento Naval.
Nesta fase, os soldados-marinheiros participaram de guerras externas, como as
campanhas contra Oribe e Rosas, contra Aguirre, e a Guerra do Paraguai.
As denominações a seguir foram as que o CFN recebeu nesta importante fase:
- 1847 - Corpo de Fuzileiros Navais;
- 1852 - Batalhão Naval;
- 1895 - Corpo de Infantaria da Marinha;
- 1908 - Batalhão Naval; e
- 1924 - Regimento Naval.
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
Por sua vez, o Batalhão Naval participou com todo seu efetivo na longa e cruenta
Guerra da Tríplice Aliança (1864). Das 1845 praças que constituíam o efetivo do
Batalhão Naval à época, 1428 estavam embarcadas nas unidades navais em operações
no Prata, sendo 585 artilheiros e 843 fuzileiros.
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
OSTENSIV - 1- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
Deve ser destacada uma série de fatos ocorridos em relativo curto espaço de tempo que
permitiram esta evolução:
- a formação dos primeiros oficiais FN na Escola Naval;
- o extraordinário desenvolvimento das OpAnf na Segunda Guerra Mundial;
- a expansão da Marinha;
- o aprimoramento técnico-profissional dos oficiais por meio de cursos, estágios e
visitas ao exterior;
- a criação do Campo da Ilha do Governador e, nele, o Centro de Instrução (hoje Centro
de Instrução Almirante Sylvio de Camargo) e a Companhia Escola (hoje Centro de
Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, localizado no Campo de Guandu do
Sapê, no subúrbio carioca de Campo Grande, RJ); e
- a obtenção de áreas para adestramento e a construção de aquartelamentos.
O progresso material alcançado, ao qual se adicionou o devido embasamento
doutrinário, possibilitou o incremento de exercícios com forças navais de países amigos
que culminaram com o adestramento interaliado na Ilha de Vieques, Porto Rico,
juntamente com FN norte-americanos, holandeses e ingleses.
Nesta fase, o CFN, como um todo ou em parte, atuou em acontecimentos relevantes da
história do Brasil, a saber:
- posição legalista nas Revoluções Constitucionalista (1932) e Integralista (1938);
- Segunda Guerra Mundial com destacamentos embarcados, Companhias Regionais nos
portos de onde nossas forças navais participavam do conflito e destacamento na Ilha
da Trindade; e
- posição democrática na Revolução de 1964.
Por ocasião do conflito entre a Índia e o Paquistão, em 1965, o Brasil, como membro
da Organização das Nações Unidas (ONU), enviou observadores militares com uma
representação do CFN, o mesmo ocorrendo na luta deflagrada entre Honduras e El
Salvador.
Nas operações levadas a efeito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na
República Dominicana, o CFN enviou um Grupamento Operativo (GptOp) integrando o
Destacamento Brasileiro da Força Interamericana de Paz (FAIBRAS), um dos
componentes da Força Interamericana de Paz (FIP). De março de 1965 a setembro de
1966, esse GptOp foi revezado três vezes, cumprindo as tarefas recebidas com exemplar
disciplina e eficiência técnico-profissional.
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OSTENSIV CGCFN-
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OSTENSIV CGCFN-
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CAPÍTULO 2
TRADIÇÕES NAVAIS
2.1 - GENERALIDADES
II) Quilha
É a peça estrutural básica do casco do navio, disposta na parte mais baixa do
seu plano diamentral, em quase todo o seu comprimento. É considerada a
"espinha dorsal" do navio.
III) Cavernas
São assim chamadas as peças curvas que se fixam transversalmente à quilha do
navio e que servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento
exterior.
IV) Costado
É a parte do forro exterior do casco situada entre a borda e a linha de flutuação
a plena carga.
V) Anteparas
São as separações verticais que subdividem, em compartimentos, o espaço
interno do casco, em cada pavimento.
VI) Proa
É a extremidade dianteira ou anterior do navio.
VII) Popa
É a extremidade posterior do navio.
VIII) Bordos
São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral.
Boreste (BE) é a parte à direita, e bombordo (BB) à esquerda, supondo-se o
observador situado no plano diametral e olhando para a proa.
IX) Convés
É a denominação atribuída aos pavimentos com que o navio é dividido no
sentido da altura. O primeiro pavimento contínuo de proa a popa, contando de
cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, tem o nome de convés
principal. Abaixo do convés principal, os conveses são designados da seguinte
maneira: segundo convés, terceiro convés, etc. Eles também podem ser
chamados de cobertas. Um convés parcial, acima do principal, é chamado
convés da superestrutura.
X) Convés de vôo ou convôo
É o convés principal dos navios-aeródromos, que se estende de popa a proa,
constituindo sua pista de decolagem e pouso.
XI) Superestrutura
É a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um
OSTENSIV - 2- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
bordo a outro, e cuja cobertura é, em geral, ainda, um convés.
XII) Castelo da proa ou simplesmente castelo
É a superestrutura na parte extrema da proa.
XIII) Tombadilho
É a superestrutura na parte extrema da popa.
XIV) Superestrutura central
É a existente a meia-nau. Nela normalmente são encontrados dois importantes
conveses: o tijupá, convés geralmente aberto e mais elevado do navio, onde é
instalada a agulha magnética padrão e outros instrumentos que não devem ficar
cobertos; imediatamente abaixo do tijupá, encontra-se o passadiço, pavimento
dispondo de uma ponte (passagem) na direção de BB a BE, de onde o
Comandante dirigi a manobra do navio e onde permanece o oficial de quarto.
XV) Porão
É o espaço entre o convés mais baixo e o fundo do navio. Nos navios
transporte, ele é, também, o compartimento estanque onde se acondiciona a
carga.
XVI) Bailéu
É um pavimento parcial abaixo do último pavimento contínuo, isto é, no
espaço do porão. Nele fazem-se paióis ou outros compartimentos semelhantes.
É, também, uma expressão naval utilizada para designar a prisão a bordo. Essa
acepção decorre do fato de, na Marinha antiga, tais prisões ficarem situadas no
bailéu dos navios.
XVII) Portaló
É a abertura feita na borda ou passagens nas balaustradas, por onde o pessoal
entra e sai do navio, ou por onde passa a carga leve. Há um portaló de BB e um
de BE, sendo esse último considerado o portaló de honra dos navios de guerra.
b) Posições relativas a bordo
I) A vante e a ré
Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV) quando está na proa,
e que é de ré ou está a ré (AR) quando está na popa. Se um objeto está mais
para a proa que outro, diz-se que está por ante-a-avante (AAV) dele; se está
mais para a popa, diz-se que está por ante-a-ré (AAR).
OSTENSIV - 2- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
II) Cobertas abaixo
Diz-se que algo se encontra cobertas abaixo quando está nos conveses
cobertos.
III) Cobertas acima
Diz-se de atividade, faina, etc. realizada no convés ou em pavimento a céu
aberto.
IV) No convés
Diz-se que algo se encontra no convés quando está em um convés descoberto.
2.9.2 - Expressões do cotidiano
a) Safo
É talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que está correndo bem
ou que faz correr as coisas bem: “oficial safo”, “marinheiro safo”. “A faina está
safa”. “Consegui safar o navio do banco de areia”. “A entrada é safa, pode
demandar: não há obstáculos”.
b) Onça
Também de grande uso. É dificuldade: “onça de dinheiro”, “onça de
sobressalente”. Estar na onça é estar em apuros. “A onça está solta”, quer dizer
que tudo está ruim a bordo, tudo de ruim acontece. Vem a expressão de uma velha
história de uma onça de circo solta a bordo.
c) Safa-onça
É a combinação das duas expressões anteriores. Significa salvação. “safa-onça” é
tudo que soluciona uma emergência. “Safei a onça agarrando uma táboa que
flutuava”. “O meu safa-onça foi um pedaço de queijo, que ainda restava no barco;
do contrário, morreria de fome”. “Este livro é o safa-onça de inglês”.
d) Pegar
É o contrário de estar safo. Significa entravar, não conseguir andar direito.
“Tenente, o rancho está pegando, não chegou a carne”. “Este Mestre D’armas não
serve; com ele tudo pega”. “Comandante, não pude chegar a tempo, a lancha
pegou bem no meio da baía”.
Parece que a expressão vem de pegar tempo ou seja pegar mau tempo. “Aquele
fuzileiro não conseguiu safar-se para a parada: pegou tempo para arranjar um
gorro de fita novo”.
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OSTENSIV CGCFN-
e) Caverna mestra
Oficial ou praça que, por achar-se há muito tempo no navio e ser dedicado às
coisas de bordo, torna-se profundo conhecedor dos problemas e peculiaridades do
mesmo.
f) Bóia de espera, ficar na bóia de espera
Esperar a vez; aguardar promoção.
g) Cochar
Proteger; cuidar com preferência de (alguém); proporcionar as melhores situações
a.
Cocha é o empenho ou a recomendação de pessoa importante. É também a pessoa
que faz esse empenho ou recomendação. Cochado, por sua vez, é o protegido,
recomendado.
h) Voga
Ritmo ou regime imprimido a uma atividade ou trabalho. Voga picada significa
uma voga puxada, com ritmo acelerado.
i) Arvorar
Desistir de uma empreitada. Suspender a execução de uma atividade determinada
anteriormente.
OSTENSIV - 2- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 3
HIERARQUIA, DISCIPLINA E CORTESIA
3.1 - HIERARQUIA E DISCIPLINA
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das forças armadas. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da
estrutura das forças armadas. A ordenação se faz por posto ou graduação; dentro de um
mesmo posto ou graduação se faz pela antigüidade no posto ou na graduação. O respeito
à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de autoridade.
Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos,
normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever
por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da
vida entre os militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Quando se fala de disciplina no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), não se quer referir
aos regulamentos, às punições ou a uma condição de subserviência. O que se quer dizer
é a exata execução das ordens, decorrente de uma obediência inteligente e voluntária, e
não de uma disciplina baseada somente no temor.
A punição de militares por quebra da disciplina é as vezes necessária, mas apenas para
corrigir os rumos daqueles que ainda não foram capazes de fazer parte de uma equipe.
A disciplina é necessária a fim de assegurar a correta execução das ações ordenadas, as
quais serão de grande importância, principalmente nas situações de combate. O fuzileiro
naval (FN) precisa ser capaz de reconhecer e enfrentar o medo por ser este o inimigo da
disciplina em determinadas situações. O medo não controlado transformar-se-á em
pânico, e a unidade que entrar em pânico não será mais uma unidade disciplinada e sim
uma turba. Não há pessoa sã que não sinta medo, mas com disciplina e moral elevado,
todos podem enfrentar o perigo.
Um FN aprende a ser disciplinado adquirindo um senso de obrigação para com ele
próprio, com seus companheiros, com seu comandante e com o CFN. Ele aprende que é
membro de uma equipe organizada, treinada e equipada com o propósito de engajar e
derrotar o inimigo. A meta final da disciplina militar é a eficiência em combate, a fim
de garantir que uma unidade lute corretamente, conquiste seus objetivos, cumpra a
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OSTENSIV CGCFN-
missão recebida e auxilie outras unidades na execução de suas tarefas.
Um Comandante é investido da mais alto grau de autoridade, que se estende, inclusive,
aos assuntos que dizem respeito aos indivíduos que estejam sob suas ordens. Incluem-se
nesse caso, a preocupação com a alimentação, o cuidado e o modo de usar os uniformes,
os hábitos de higiene, as condições de saúde e os fatores morais, todos afetando direta
ou indiretamente as vidas de cada um.
É importante que o FN obedeça prontamente às ordens de seu Comandante, o qual é
particularmente interessado no bem-estar dos homens sob seu comando. Desenvolvendo
o hábito da pronta obediência a todas as ordens, o FN alcançará a disciplina individual e
da unidade.
Será demasiadamente tarde adquirir disciplina no campo de batalha. É preciso que ela
seja conseguida em tempo de paz nas atividades diárias. Um FN treina com seus
companheiros de modo que, como uma equipe, consigam cumprir tarefas com variados
graus de dificuldade e possam se orgulhar de seus atos. O FN deve se comportar como
um representante de uma tradicional e gloriosa instituição e não como um indivíduo
isolado.
3.2 - CORTESIA MILITAR
Todo militar deve provas de disciplina e cortesia aos superiores, como tributo natural à
autoridade de que se acham investidos por lei, manifestadas em todas as circunstâncias
por atitudes e gestos precisos e rigorosamente observados.
A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são indícios seguros do grau de
disciplina das corporações militares, bem como da educação e do grau de instrução
profissional de seus integrantes.
3.3 - CONTINÊNCIA
A continência é a mais importante de todas as cortesias militares. Essa saudação militar
é impessoal e visa à autoridade e não à pessoa.
A continência parte sempre do mais moderno. O mais antigo tem o dever de responder à
continência que lhe é feita e, dessa forma, dar aos companheiros de farda uma prova da
consideração e de respeito mútuo que devem existir entre os membros da família
militar.
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OSTENSIV CGCFN-
3.4 - CONTINÊNCIA INDIVIDUAL
É a saudação que o militar isolado faz à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, aos
superiores e a outras autoridades. A continência individual não pode ser dispensada. Ela
é feita a qualquer hora do dia ou da noite.
Os elementos essenciais da continência individual são a atitude, o gesto e a duração, de
acordo com a situação dos executantes.
3.5 - APRESENTAÇÕES - TRATAMENTO ENTRE MILITARES
O FN que se apresenta ou for apresentado a um superior assume a posição de sentido e
anuncia seu posto ou graduação, nome e função.
A praça para falar ou apresentar-se a um oficial, aproxima-se deste a uma distância
aproximada de dois passos, assume a posição de sentido, faz a continência, desfazendo-
a após a apresentação pessoal independentemente de ordem, permanecendo, entretanto,
na posição de sentido.
O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o superior pode conceder aos
subordinados. O FN nunca estende a mão ao superior na ocasião de cumprimentá-lo,
mas se este o fizer não poderá recusar-se a apertá-la.
Em recinto coberto a praça armada de fuzil não faz ombro-arma para falar ou
apresentar-se ao superior, assumindo, apenas, a posição de sentido.
Para retirar-se da presença do superior, o FN faz-lhe a continência e pede licença para
se retirar. Concedida a licença, o militar faz a meia volta regulamentar e inicia o seu
deslocamento com o pé esquerdo.
O FN chamado por um superior apressa-se para atendê-lo; se no quartel, no navio ou em
campanha, acelera o passo e, na distância apropriada, faz o alto seguido da continência.
3.6 - PROCEDIMENTOS DO FUZILEIRO NAVAL EM DIVERSAS SITUAÇÕES
Quando um FN que está fumando ou conduzindo pequeno embrulho com a mão direita
encontra um superior, passa para a mão esquerda o cigarro ou o embrulho e faz-lhe a
continência regulamentar.
Se o FN encontrar um superior numa escada cede-lhe o melhor lugar e saúda-o fazendo
alto, com a frente voltada para ele.
Todo FN deve se levantar sempre que passar uma tropa nas proximidades de onde se
encontra; caso esteja andando, deverá parar, voltando a frente para essa tropa.
No quartel, navio ou outro estabelecimento militar, a praça, diariamente, faz alto para a
continência ao Comandante na primeira oportunidade que o encontrar. Das outras
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vezes, gira a cabeça com vigor, encarando-o. Fora dessas dependências, cumprimenta o
superior sempre que encontrá-lo.
Quando um militar entra em um estabelecimento público, percorre com o olhar o
recinto para verificar se há algum superior presente; se houver, o militar, do lugar onde
está, faz-lhe a continência.
O FN que entrar em um quartel ou navio deverá prestar continência à Bandeira
Nacional, se estiver hasteada, e apresentar-se imediatamente ao oficial-de-serviço.
Quando dois militares se locomovem juntos, o mais moderno dá a direita ao mais
antigo. Numa calçada, o mais moderno deslocar-se-á deixando o lado interno da calçada
para o deslocamento do mais antigo.
Em embarcações ou viaturas, o embarque é feito do mais moderno para o mais antigo.
Por ocasião do desembarque, os militares saem em ordem decrescente de antigüidade.
Os lugares de honra deverão ser reservados aos mais antigos.
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OSTENSIV CGCFN-
3.7 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS DIVERSOS POSTOS E GRADUAÇÕES DAS
FORÇAS ARMADAS
Fig 3.1 - Correspondência entre os diversos postos e graduações das forças armadas
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CAPÍTULO 4
LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS MILITARES DA MARINHA DO BRASIL
4.1 - INTRODUÇÃO
Este capítulo tem o propósito de apresentar algumas leis referentes aos militares. Este
capítulo não esgota o assunto, mas serve de orientação inicial.
4.2 - LEIS E REGULAMENTOS
4.2.1 - Constituição Federal (CF)
A Constituição Federal é a lei suprema de um país, a partir da qual todas as demais
devem se subordinar.
A Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada em 05 de outubro
de 1988 e procura instituir um Estado Democrático de Direito, destinado a assegurar
o exercício dos direitos e deveres individuais e coletivos, dos direitos sociais e
políticos, garantindo o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade. Além disso, constituem objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil a construção de uma sociedade livre justa e solidária, o desenvolvimento
nacional, a redução das desigualdades sociais e o bem estar de todos, numa
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.
As Forças Armadas (FA) estão previstas no artigo 142 da CF. Conforme este artigo,
as FA são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e da disciplina.
A CF destinou às Forças Armadas a defesa da Pátria, a garantia dos poderes
constitucionais e a garantia da lei e da ordem.
A CF proíbe ao militar a sindicalização, a greve e a filiação a partidos políticos.
4.2.2 - Estatuto dos Militares (EM) - Lei 6.880/80
Regula a situação, obrigação, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das FA,
tanto da ativa quanto da inatividade, respeitando-se os preceitos fundamentais da
hierarquia e da disciplina. O EM contém normas sobre: valores e a ética militar;
tempo de compromisso militar; férias, licenças e outros afastamentos; agregação;
exclusão e licenciamento do serviço ativo; tempo de serviço; e outras situações
especiais.
4.2.3 - Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM) - Decreto 88.545/83
O RDM tem como propósito a especificação e a classificação das contravenções
disciplinares e o estabelecimento das normas relativas a amplitude e a aplicação das
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OSTENSIV CGCFN-
penas disciplinares, à classificação do comportamento militar e a interposição de
recursos contra as penas disciplinares.
Entende-se por contravenção disciplinar toda ação ou omissão contrária às
obrigações ou deveres militares estabelecidos nas leis, nos regulamentos, nas normas
e nas disposições em vigor que fundamentam a Organização Militar (OM), desde que
não seja configurado como crime pelo Código Penal Militar (CPM).
O artigo 7º do RDM enumera as contravenções disciplinares.
4.2.4 - Código Penal Militar (CPM) - Decreto-Lei 1.001/69
Legislação especial que abrange a aplicação da Lei Penal Militar. Este código define
os crimes militares em tempo de paz e em tempo de guerra, bem como as normas
gerais e os princípios que regulam a aplicação da Lei Penal Militar.
Na forma dos artigos 9º e 10°, são crimes militares em tempo de paz os crimes:
- praticados por militar da ativa em uma das seguintes hipóteses:
quando a vítima for militar da ativa;
quando praticados em local sujeito à administração militar;
quando em serviço, em formatura ou em manobra;
- praticados por qualquer pessoa, mesmo que civil, em uma das seguintes hipóteses:
quando contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem
administrativa militar;
quando a vítima for militar em local sujeito à Administração Militar;
quando a vítima for militar em formatura, em manobra ou em prontidão;
quando a vítima for militar no desempenho de serviço de vigilância, garantia e
preservação da ordem pública ou em função de natureza militar, mesmo que em
local não sujeito à administração militar.
4.2.5 - Código de Processo Penal Militar (CPMM)
Codifica toda a matéria relativa à parte processual penal militar em tempo de paz ou
de guerra, sem ter o seu aplicador de recorrer à legislação penal comum, salvo em
casos muito especiais. Possui normas também para a condução dos Inquéritos Penais
Militares (IPM), o qual é o procedimento adequado para a investigação dos crimes
militares.
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OSTENSIV CGCFN-
A remuneração dos militares, em tempo de paz, é composta pelo soldo, pelos
adicionais e pelas gratificações, os quais estão previstos na citada MP.
Além da remuneração, os militares fazem jus a outros direitos remuneratórios, como
o auxílio-fardamento, auxílio-transporte, auxílio-natalidade, assistência pré-escolar;
adicional de férias e natalino; entre outros.
Esta legislação prevê, também, os descontos e hipóteses de suspensão da
remuneração como, por exemplo, quando o militar se encontra na situação de
desertor.
4.2.7 - Plano de Carreira de Praças da Marinha (PCPM)
Tem como propósito orientar a carreira das praças dos diversos corpos e quadros,
definir as habilitações necessárias ao exercício de funções nas várias graduações da
carreira, e complementar os critérios para a condução da carreira. Nele estão
contidos os requisitos para a matrícula nos cursos de carreira, os requisitos das
promoções e os critérios para engajamento e reengajamento.
4.2.8 - Regulamento de Promoção de Praças da Marinha (RPPM) - Decreto 4.034/2001
Dispõe sobre os critérios e as condições para regular as promoções e a aplicação da
quota compulsória para as praças de carreira da Marinha.
O acesso a hierarquia militar se dá de forma seletiva, gradual e sucessiva, mediante
promoções. É fundamentado, principalmente, no valor moral e ético do militar.
A Marinha possui diversos critérios de promoção. As promoções podem ser por
merecimento, por antigüidade, por bravura, post mortem e por ressarcimento de
preterição.
4.2.9 - Cerimonial da Marinha - Decreto 4.447/2002
Tem por finalidade estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval da
Marinha. O Cerimonial prevê normas de cortesia e respeito, as honras de portaló, o
uso das bandeiras e das salvas, as honras prestadas às autoridades civis e militares e
os procedimentos em visitas, em datas festivas e de honras fúnebres.
4.2.10 - Regulamento de Uniformes da Marinha do Brasil (RUMB)
Tem por propósito estabelecer os uniformes da Marinha e regular seu uso, posse e
confecção.
Os uniformes determinados por este Regulamento têm por finalidade principal
caracterizar os militares da Marinha, permitindo, à primeira vista, distinguir não só
os seus postos ou graduações, como também, os corpos ou quadros a que
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OSTENSIV CGCFN-
pertencem.
4.2.11 - Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar
das Forças Armadas (RCont)
Estabelece as honras, as continências e sinais de respeito que os militares prestam a
determinados símbolos nacionais e às autoridades civis e militares.
Regula as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as
formas de tratamento e a precedência entre os mesmos.
Fixa as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às FA.
As prescrições desse Regulamento aplicam-se às situações diárias, estando o militar
de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades
de natureza militar ou cívica.
4.2.12 - Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA)
Tem como propósito consolidar as disposições fundamentais relativas à
organização das forças navais e demais estabelecimentos da Marinha, bem como
aquelas relacionadas com o pessoal, seus deveres e serviços.
Constitui-se em documento normativo essencial para a correta condução das
atividades diárias a bordo das OM. Seu pleno conhecimento é obrigatório para
todos aqueles que servem à Marinha.
Seu manuseio constante e a fiel observância contribuem significativamente para um
desempenho profissional uniforme e eficiente.
A OGSA veicula, também, a preservação de valores que se cristalizaram nas
tradições navais, permitindo assim, uma desejável continuidade nos usos, costumes
e linguagem naval.
4.2.13 - Normas Gerais para a Organização, o Preparo e o Emprego das Forças
Armadas - Lei Complementar 97/99
Estabelece a subordinação das Forças Armadas ao Ministro da Defesa (MD). Cabe
aos Comandantes Militares das FA o preparo de seus órgãos operativos e de apoio,
obedecidas as políticas estabelecidas pelo MD.
Possui normas quanto ao emprego das FA na defesa da Pátria e na garantia dos
poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operação de paz.
4.2.14 - Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da
Ordem (GLO) - Decreto 3.897/01
Tem por finalidade orientar o planejamento, a coordenação e a execução das ações
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OSTENSIV CGCFN-
das FA, e de órgãos governamentais federais, na garantia da lei e da ordem,
objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, sempre que esgotados os instrumentos previstos na própria
Constituição Federal, cabendo às Forças Armadas a desenvolverem ações de
polícia ostensiva, de natureza preventiva ou repressiva. O emprego das FA em
operações de GLO trata-se de uma situação excepcional, utilizada em casos
extremos.
4.2.15 - Conselho de Disciplina - Decreto 71.200/72
É um órgão da Administração Militar, composto por três oficiais, de natureza
disciplinar, jurisdicional e consultiva. Destina-se a julgar a incapacidade das praças
das Forças Armadas com estabilidade assegurada, para permanecerem na ativa,
criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se defenderem. Serão submetidas ao
Conselho de Disciplina, as praças com procedimento incorreto no desempenho do
cargo, que tiver conduta irregular, que tiver praticado ato que afete a honra pessoal,
o pundonor militar ou o decoro da classe, ou que tenha sido condenada até dois
anos de pena por crime doloso, entre outras hipóteses.
Os militares sem estabilidade assegurada podem ser excluídas do serviço ativo sem
a necessidade de constituição de um Conselho de Disciplina.
4.2.16 - Lei do Serviço Militar - Lei 4.375/64
Esta lei estabelece as principais peculiaridades das FA, como a obrigatoriedade e
execução do Serviço Militar, assim como, o recrutamento, a dispensa de
incorporação, do licenciamento, da reserva, das infrações e penalidades, dos
direitos e deveres dos reservistas, dentre outros.
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CAPÍTULO 5
EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA
5.1 - A FAMÍLIA
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valente. Seu trabalho não para por causa de uma tempestade ou mar agitado. Ele
enfrenta a fúria das águas, participa de exercícios de guerra e de salvamento, onde todos
dependem de todos.
5.4 - A CASERNA
Se a família é percebida como o primeiro grupo natural do homem, sua primeira escola,
seu primeiro lar, a escola é tida como a continuação dos ensinamentos ministrados pela
família - o seu segundo lar.
É fácil concluir, então, que a caserna é o lar derradeiro do cidadão que foi preparado
pela família e pela escola, e abraçou como profissão a carreira das armas. Caserna é
portanto a casa do militar, o local onde ele se instrui e se adestra para melhor servir à
pátria.
5.5 - O ESPÍRITO DE CORPO
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), acompanhando a evolução da Nação brasileira,
vem sofrendo mutações no curso de sua existência. Além de poderoso instrumento de
projeção do poder naval, cultiva com especial carinho o espírito de corpo, uma forma de
pensar e uma crença que polarizam homens na busca de objetivos comuns.
5.6 - SÍMBOLOS NACIONAIS
A Constituição da República Federativa do Brasil no seu Art. 13, Parágrafo 1 o,
estabelece que os símbolos nacionais são a Bandeira Nacional, as Armas da República e
o Selo Nacional.
A existência humana, as sociedades e todas as culturas, por mais diversas que sejam,
estão impregnadas de símbolos. Desse modo, deve-se cultuar os símbolos pátrios, pois
eles representam a trajetória histórica do povo brasileiro.
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5.8 - DATAS ESPECIAIS
01 JAN Confraternização Universal
03 MAR Dia do Corpo de Intendentes da Marinha
07 MAR Dia do Corpo de Fuzileiros Navais
12 ABR Dia do Corpo de Engenheiros da Marinha
21 ABR Dia de Tiradentes
01 MAI Dia do Trabalho
08 MAI Dia da Vitória
15 MAI Dia do Armamentista
29 MAI Dia Internacional dos Mantenedores da Paz das Nações Unidas
11 JUN Batalha Naval do Riachuelo
07 JUL Aniversário do Ingresso da Mulher na MB
17 JUL Dia do Submarinista
21 JUL Memória aos Marinheiros Mortos em Guerra
23 AGO Dia do Aviador Naval
07 SET Dia da Independência
28 SET Dia do Hidrógrafo
30 SET Dia dos Capelães da Marinha
12 OUT Padroeira do Brasil
17 OUT Dia do Maquinista
05 NOV Dia do Corpo de Saúde da Marinha
10 NOV Dia da Esquadra
11 NOV Armistício da I Guerra
15 NOV Proclamação da República
19 NOV Dia da Bandeira
26 NOV Dia do Corpo Auxiliar da Marinha
13 DEZ Dia do Marinheiro
25 DEZ Natal
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CAPÍTULO 6
DIREITO DA GUERRA
6.1 - GENERALIDADES
A História registra que a disciplina e o moral contribuíram para inúmeras vitórias
militares. Tais virtudes são desenvolvidas por uma série de atitudes, dentre as quais
ressalta a observância das normas que regulam os conflitos armados, no que concerne
ao comportamento individual de cada combatente diante das Leis da Guerra.
As Convenções de Genebra e de Haia estabeleceram essas normas, que passaram, com o
peso de lei, a fundamentar o Direito Internacional Humanitário, no campo dos conflitos
armados. De um modo geral, pode-se dizer que essas leis têm por finalidade proteger os
combatentes fora de combate e as pessoas que não participam das hostilidades, bem
como as pessoas encarregadas de prestar auxílio às vítimas, ou seja, integrantes
devidamente autorizados dos serviços de saúde e religiosos, sejam esses militares ou
civis, e da Cruz Vermelha.
O Brasil ratificou as convenções e aderiu aos seus protocolos adicionais, o que, em
outras palavras, significa que se comprometeu a respeitar e fazer respeitar, em todas as
circunstâncias, as normas estabelecidas.
É dever, pois, de todo o fuzileiro naval (FN), conhecer e obedecer as regras que regem
os conflitos armados, nos seus aspectos fundamentais, que serão apresentados neste
capítulo.
6.2 - NORMAS FUNDAMENTAIS
6.2.1 - Responsabilidade pela observância
Respeitar as regras do Direito da Guerra é uma obrigação precípua de todo militar.
Cada combatente é individualmente responsável pela sua observância, mas os
Comandantes são os únicos responsáveis por fazerem com que seus subordinados as
respeitem.
Antes de dar a ordem para uma ação militar, o Comandante deve avaliar o risco de
cada uma das alternativas para cumprir a missão recebida e verificar se elas não
violam nenhuma das regras do Direito da Guerra.
6.2.2 - Evitar sofrimentos inúteis
O Direito da Guerra também rege a conduta do combate e o uso de certas armas, com
o fim de evitar sofrimentos ou males que sejam excessivos em relação à vantagem
militar que possam proporcionar. A necessidade militar não admite a crueldade, quer
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dizer infligir um sofrimento sem motivo, ou por vingança.
6.2.3 - Limitar os danos e destruições
O Direito da Guerra estabelece que os danos e as destruições devem se limitar ao
necessário para impor a sua própria vontade ao adversário. Não podem ser
excessivos em relação à vantagem militar prevista. Por conseguinte, só se utilizarão
armas, métodos e meios de combate que causem os danos inevitáveis para cumprir a
missão recebida.
6.2.4 - Atacar somente objetivos militares
Segundo as regras que regem os conflitos armados, são objetivos militares os
combatentes e os seus equipamentos, bem como os estabelecimentos e meios de
transporte militares (exceto os estabelecimentos e meios de transporte que tenham o
emblema da Cruz Vermelha ou de uma outra instituição humanitária), as posições
das forças inimigas e os bens que, por sua natureza, localização e finalidade,
contribuam para a ação militar.
É considerada deslealdade, por exemplo, fingir a condição de protegido, simular
rendição para enganar o adversário ou ganhar a sua confiança com a intenção de traí-
lo.
Os bens civis (objetos sem finalidade militar e que não servem de apoio à ação
militar) não constituem objetivos militares e merecem proteção.
6.2.5 - Lutar só contra combatentes
Somente combatentes, ou seja, os membros das forças armadas (salvo os
pertencentes aos serviços de saúde e religioso), têm o direito de combater e podem
ser atacados. Como membros das forças armadas devem ser consideradas todas as
pessoas que estiverem usando uniformes militares característicos das partes em
conflito, conduzindo armamento, ou participando, de qualquer forma, em operações
ou atividades militares.
Incluem-se como não-combatentes a população civil (todas as pessoas que não
pertençam às forças armadas e não participam das hostilidades) e, por conseqüência,
não deve ser atacada; o mesmo vale para os feridos, náufragos e doentes que não
tomem parte nas hostilidades.
Os ardis de guerra tais como estratagemas, fintas, armadilhas, camuflagem ou
simulação de ações são permitidos. No entanto, ficam proibidos os meios desleais.
6.2.6 - Respeitar os combatentes inimigos que se renderem
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OSTENSIV CGCFN-
Esta regra é derivada do princípio no qual fica estipulado o respeito e a proteção ao
inimigo que já não pode ameaçar ou atacar, ou que esteja fora de combate.
Capturando-o, já se consegue alcançar o propósito de incapacitá-lo para o combate.
O inimigo que se rende, manifesta claramente a sua intenção de não prosseguir
combatendo. Em geral, lança suas armas ao chão, levanta as mãos, retira seu
capacete, agita uma bandeira branca ou sinaliza essa intenção com outras atitudes
evidentes.
Em um conflito armado entre países, um soldado inimigo capturado é considerado
prisioneiro de guerra (PG). Em outras modalidades de conflito (uma guerra civil por
exemplo), o inimigo capturado não tem a condição de PG e pode ser processado
judicialmente, mas tem, no entanto, o direito a um tratamento humano.
6.2.7 - Proteger os combatentes inimigo feridos, doentes ou fora de ação
O combatente ferido ou doente que já não pode lutar, também está fora de combate e,
conseqüentemente, não constitui uma ameaça. Será tratado como prisioneiro, e terá o
direito de ser protegido e receber assistência.
6.2.8 - Respeitar e proteger os civis
Os civis não podem participar diretamente das hostilidades, devendo ser respeitados
e protegidos contra maus tratos, as ameaças, humilhações, vingança e ataques
indiscriminados que causem danos excessivos às pessoas e aos seus bens.
Os civis também não podem ser tomados como reféns.
Seus bens e propriedades devem ser respeitados. A pilhagem é crime.
6.2.9 - Respeitar o pessoal, os veículos e as instalações do serviço de saúde militar ou
civil e da Cruz Vermelha
O Direito da Guerra protege especialmente os feridos e doentes, tanto amigos como
inimigos, assim como os prisioneiros. Por conseguinte, é lógico prever a proteção
ativa de quem está encarregado de recolher e/ou assistir a essas vítimas, nas zonas de
combate ou na retaguarda.
A utilização de veículos e instalações do serviço de saúde com fins militares de
disfarce ou escudo de proteção, ou, ainda, o uso indevido do emblema da Cruz
Vermelha ou de outra organização humanitária, são exemplos de violações graves ao
Direito da Guerra.
6.3 - REGRAS DE COMPORTAMENTO
6.3.1 - Em relação aos combatentes inimigos
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a) Nunca atacar um militar inimigo que se renda ou que tenha sido capturado,
ferido ou se encontre doente.
No trato com os PG, observar os seis procedimentos padronizados: revistá-los,
guardá-los, mantê-los em silêncio, separá-los, protegê-los e evacuá-los para
retaguarda, com brevidade. Um PG não pode ser morto, torturado ou maltratado,
pois isto consiste numa grave violação das leis da guerra e a perda de uma fonte
vital de dados sobre o inimigo. Ao se maltratar os PG, estar-se-á desencorajando
outros soldados inimigos a se renderem e motivando a continuidade da
resistência. Se, ao contrário, eles forem bem tratados, além de incentivar o
inimigo à rendição, contribuirá para que eles tratem bem os seus prisioneiros
(nossos companheiros). Tratamento humano dos PG é correto, honroso e
prescrito nas leis que regem os conflitos armados.
b) O inimigo pode usar diferentes sinais para indicar que está se rendendo, porém
essa indicação deve ser clara e perceptível. É crime atirar num inimigo que tenha
deposto sua arma e oferecido rendição.
c) Prover sempre cuidados médicos para os combatentes feridos, sejam eles
amigos ou inimigos. De acordo com o Direito da Guerra, é necessário
proporcionar ao inimigo doente ou ferido tratamento médico da mesma qualidade
que o proporcionado ao próprio pessoal.
d) Quando se captura alguém, nem sempre é possível ter certeza se este indivíduo é
um inimigo. A confirmação, em caso de dúvida, só poderá ser obtida por pessoal
especialmente adestrado para esse fim em Postos de Comando de escalões mais
elevados. O captor, contudo, pode interrogar seus prisioneiros sobre informações
militares de valor imediato para o cumprimento de sua missão, porém sem nunca
ameaçar, torturar ou empregar qualquer outra forma de coerção para obter esses
conhecimentos. Por sua vez, o PG, quando interrogado, só é obrigado a dizer seu
nome, posto ou graduação, data de nascimento e número de matrícula. Ou seja, os
dados constantes de sua placa de identificação em campanha.
e) Não se pode tomar de um PG seus bens pessoais, exceto aqueles itens claramente
de valor militar ou de interesse para a produção de informações, tais como: armas,
canivetes, equipamentos de sapa, de orientação e de comunicações, sinalizadores,
lanternas, cartas geográficas e documentos militares. Nesse caso, a retirada desses
bens só se fará após o prisioneiro ter sido colocado sob segurança, separado e
OSTENSIV - 6- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
mantido em silêncio. Nada que não tenha algum valor militar lhe poderá ser
tomado. Somente por ordem de um oficial poderá ser retirado dinheiro de um
prisioneiro. Nesse caso, será fornecido recibo assinado pelo elemento responsável
pela custódia, no qual serão registrados os dados que permitam a perfeita
identificação do emitente.
f) Os PG podem realizar vários tipos de trabalhos, desde que estes não estejam
relacionados ao esforço de guerra da parte captora. O trabalho aceitável que pode
ser executado pelos PG deve ser limitado, admitindo-se, entretanto, que cavem
tocas de raposa e abrigos coletivos destinados à sua própria proteção.
g) Segundo as leis que regulam os conflitos armados, não é permitido utilizar
prisioneiros: como escudo ou medida de proteção no ataque ou defesa contra o
inimigo; na localização, limpeza ou lançamento de minas ou armadilhas; ou,
ainda, para transportar munição ou equipamentos pesados.
h) Não é permitido atacar localidades. Porém, admite-se engajar o inimigo que nelas
se encontre, bem como destruir qualquer equipamento ou suprimento que o
mesmo lá possua, quando a sua missão assim exigir. Em qualquer caso, as
destruições devem se limitar ao absolutamente necessário para o cumprimento da
missão. Caso se empregue o apoio de fogo numa área urbana, só os alvos militares
devem ser atacados.
i) Os prédios e instalações protegidos não devem ser atacados. Embora uma
edificação possa parecer de menor importância para quem a ataca, na verdade
pode apresentar importância relevante para determinado país. Exemplos de
edificações protegidas: prédios dedicados às atividades religiosas, artísticas,
científicas ou caritativas; monumentos históricos; hospitais e lugares onde os
doentes e feridos são concentrados e tratados; escolas e orfanatos. Se o inimigo,
no entanto, utilizar esses lugares para seu refúgio ou com propósitos ofensivos, o
Comandante deverá comunicar ao seu superior, que decidirá sobre um ataque a
essas posições, após analisar toda a situação. Em caso afirmativo, a destruição
causada à edificação protegida deve ser a menor possível, compatível com as
necessidades ditadas pelo cumprimento da missão.
j) Pára-quedistas isolados (como, por exemplo pilotos ou tripulação de
aeronaves abatidas ou em pane) são considerados desamparados até que
alcancem o solo. De acordo com as regras da guerra, não é permitido atirar neles
OSTENSIV - 6- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
até que cheguem ao chão. Só então, se eles resistirem com armas ou não se
renderem, poderão ser atacados. Tropas pára-quedistas, por outro lado, são
sempre consideradas combatentes e podem ser atingidas enquanto ainda estiverem
no ar.
6.3.2 - Com relação aos civis
a) Não violar os direitos civis nas zonas de guerra. Se cada combatente tiver algum
conhecimento sobre a cultura e as práticas do povo que vive nessas áreas, serão
pequenos os problemas de identificação dos seus direitos civis. Convém lembrar
que os civis são protegidos contra atos de violência, ameaças e insultos, quer do
inimigo, quer de nossas forças.
b) Eventualmente pode ser necessário movimentar ou reposicionar civis, em virtude
da urgência exigida pelas atividades militares. Sob nenhuma circunstância pode
ser destruída uma propriedade civil sem aprovação do Comandante do mais alto
escalão. Da mesma forma, nada pode ser retirado ou tomado dos civis sem
autorização expressa de autoridade competente. A não observância dessas regras é
uma grave violação das leis sobre o Direito da Guerra.
c) Sob nenhuma circunstância, também, pode-se abrir fogo sobre pessoal médico ou
equipamentos empregados pelos serviços de saúde públicos ou militares do
inimigo. A maioria do pessoal e das instalações de saúde são distinguidos pelo
símbolo da Cruz Vermelha. É proibido o uso deste símbolo por qualquer tropa ou
instalação que não as de saúde e de assistência humanitária.
6.3.3 - Outras normas
a) Segundo as leis que regem os conflitos armados, não é permitido o uso de veneno
ou meios tóxicos. Entretanto, podem ser empregados meios não tóxicos para
destruir os estoques de alimentos e água do inimigo, de forma a impedir que ele
disponha desses recursos em combate.
b) Não é permitido modificar as características das armas com o propósito de causar
sofrimento desnecessário ao inimigo. Também não podem ser utilizadas munições
alteradas para infligir a máxima destruição ao inimigo.
6.4 - SINAIS CONVENCIONAIS
O Direito da Guerra concede uma proteção particular a categorias específicas de
pessoas e bens.
Sinais distintivos tornam reconhecíveis as pessoas e bens especificamente protegidos.
OSTENSIV - 6- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
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OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 7
LIDERANÇA
7.1 - GENERALIDADES
OSTENSIV - 7- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
É preciso fazer sempre uma auto-avaliação para verificar em quais requisitos da
liderança se é deficiente e procurar corrigi-los.
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OSTENSIV CGCFN-
7.7 - DIFERENÇA ENTRE LÍDER E CHEFE
Nem sempre o chefe constituir-se-á em um líder. O chefe, por estar investido de uma
função ou cargo no qual é necessário o trato diário com os subordinados, poderá fazê-lo
friamente por intermédio das leis e dos regulamentos.
O líder, ainda que não seja o chefe, é capaz de unir as outras pessoas para a consecução
de uma mesma finalidade.
A grande diferença está na capacidade inerente a uma pessoa, para incentivar um grupo
a fim de motivá-lo a alcançar as metas estabelecidas.
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CAPÍTULO 8
ORGANIZAÇÃO
8.1 - INTRODUÇÃO
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8.3 - ORGANIZAÇÃO DO COMANDO DA MARINHA
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OSTENSIV CGCFN-
Comando do Comando do
1º Distrito Naval (Com1ºDN ) 7º Distrito Naval (Com7ºDN )
Comando do Comando do
2º Distrito Naval (Com2ºDN ) 8º Distrito Naval (Com8ºDN )
Comando do Comando do
3º Distrito Naval (Com3ºDN ) 9º Distrito Naval (Com9ºDN )
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OSTENSIV CGCFN-
Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN ) Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN)
Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA) Companhia de Polícia do Batalhão Naval (Cia PolBtlNav)
Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM)
Comando da Força
de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE)
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OSTENSIV CGCFN-
8.7 - DIVISÃO ANFÍBIA
A Divisão Anfíbia (DivAnf), localizada na Ilha do Governador (RJ), está estruturada
para executar Operações Anfíbias (OpAnf) e Operações Terrestres limitadas,
necessárias à realização de uma campanha naval.
O Comandante da DivAnf é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente
subordinado ao Comandante da FFE.
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Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores (BFN IF) Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf)
Distritos Navais
Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal (GptFN Na) Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém (GptFNBe)
3ºDN 4ºDN
Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio Grande (GptFN RG) Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa)
5ºDN 6ºDN
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OSTENSIV CGCFN-
tem a seguinte missão: realizar Operações Ribeirinhas, prover guarda e proteção às
instalações navais e civis de interesse da MB na região, realizar ações de Segurança
Interna e formar Reservistas Navais, a fim de contribuir para a segurança da área sob
jurisdição do 9ºDN e para a garantia do uso dos rios Solimões, Amazonas e das
hidrovias secundária atingíveis a partir da calha principal desses rios.
Além das tarefas previstas na missão, o BtlOpRib cumpre ainda:
- prover apoio de segurança às Inspeções Navais; e
- ministrar o Curso Expedito de Operações Ribeirinhas.
8.11 - OM DE INSTRUÇÃO E ADESTRAMENTO DO CFN
O CFN possui em sua organização OM que exercem atividades específicas na área de
formação, especialização e aperfeiçoamento de pessoal. Subordinadas ao Comando do
Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN), encontra-se o Centro de Instrução Almirante
Sylvio de Camargo (CIASC), o Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela
Alves (CIAMPA) e o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM).
Subordinado ao 7ºDN encontra-se o Centro de Instrução e Adestramento de Brasília
(CIAB).
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OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 9
UNIFORMES
9.1 - GENERALIDADES
O Fuzileiro Naval (FN) deve considerar o uso de seus uniformes como motivo de
orgulho pessoal. Os uniformes constituem uma das mais caras tradições da Marinha do
Brasil (MB) e o apuro excepcional, além de obrigatório, distingue os homens do mar.
A observância do contido neste capítulo tem reflexos positivos na disciplina, na
eficiência da tropa e no bom nome do CFN. Quando uniformizado, o FN representa o
CFN e a MB.
9.2 - USO DOS UNIFORMES
Os FN em serviço ativo devem estar sempre providos de andainas adequadas dos
uniformes previstos no Regulamento de Uniformes da Marinha (RUMB).
Àqueles que têm direito ao recebimento de uniformes fornecidos pela União, cabe a
obrigatoriedade de adquirir, por conta própria, as peças que deixarem de possuir por
motivos de acidente em serviço, extravio ou desgaste fora do normal. Esse
procedimento independe da instauração ou conclusão do processo que julgará o direito à
indenização das peças em falta.
Para uma melhor padronização na utilização dos uniformes, é vedado ao FN o uso de:
- uniformes em circunstâncias ou condições diferentes daquelas estabelecidas no
RUMB;
- qualquer peça não prescrita no RUMB ou em atos dele decorrentes;
- uniformes em desacordo com as suas especificações;
- quaisquer objetos de uso ou de adorno, de forma visível, tais como: caneta, lapiseira,
corrente de relógio, chaveiro, pregador de gravata, lenços, etc.;
- roupa de baixo com estamparia ou cores que transpareçam em contraste com o
uniforme;
- qualquer sinal de luto, salvo quando houver determinação nesse sentido;
- qualquer peça dos uniformes em bailes à fantasia;
- peças de uniforme completa ou parcialmente desbotadas;
- distintivos de qualquer natureza, que não estejam autorizados, inclusive os de cursos;
- mais de dois distintivos especiais de cursos;
- óculos cuja armação ou vidros não sejam compatíveis com a sobriedade do uniforme;
e
OSTENSIV - 9- ORIGINA
OSTENSIVO CGCFN-1003
OSTENSIV - 9- ORIGINA
OSTENSIV CGCFN-
CAPÍTULO 10
A CARREIRA
10.1 - GENERALIDADES
Fig 15.1
Deve-se inicialmente, procurar estabelecer as funções vitais da vítima. Para isso, deve-
se seguir a seguinte seqüência de cuidados, que podem ser realizadas
simultaneamente:
- vias aéreas com controle da coluna vertebral;
- respiração e ventilação;
- circulação com controle de hemorragia;
- incapacidade, estado neurológico; e
- exposição e controle do ambiente (despir completamente a vítima, mais prevenindo a
hipotermia - baixa temperatura corporal).
Logo após, devemos proceder o exame secundário, que consiste em uma avaliação
detalhada da vítima, abordando lesões que não implique risco imediato de vida.
15.2.1 - Vias aéreas com controle da vertebral (porção cervical)
Durante o exame inicial da vítima, as vias aéreas (VA) devem ser avaliadas em
primeiro lugar, assegurando a sua permeabilidade. Deve-se identificar a presença de
corpos estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou traqueo-laríngeas que podem
resultar em obstruções das VA (Fig 15.2).
Fig 15.2
Fig 15.3
Fig 15.4
Fig 15.5
d) Sangramentos (Hemorragias)
Hemorragia externas graves são identificadas com um exame primário, a rápida
perda sangüínea externa é controlada exercendo pressão manual sobre a ferida
ou utilizando o torniquete.
Hemorragias torácicas, do abdômen, nos músculos ao redor de fraturas, e como
resultado de ferimentos penetrantes podem ser responsáveis por perdas ocultas
consideráveis de sangue.
15.2.4 - Incapacidade (Avaliação Neurológica)
Uma avaliação neurológica rápida é realizada no final do exame primário para
estabelecer o nível de consciência da vítima. Uma maneira simples de avaliar o
nível de consciência é pelo método A.V.D.I.
A - ALERTA-ACORDADO - se está alerta é porque está acordado;
V - RESPONDE AOS ESTÍMULOS VERBAIS - verificar se responde a perguntas;
D - SÓ RESPONDE A DOR - provocar estímulo que provoquem dor;
I - INCONSCIENTE, NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - verificar se está consciente ou
inconsciente.
A alteração do nível de consciência pode significar necessidade imediata de
reavaliação da oxigenação, da respiração e da perfusão. Álcool e outras drogas
podem alterar o nível de consciência da vítima. Deve-se lembrar que a diminuição
do nível de consciência pode representar alteração na oxigenação e/ou na perfusão
cerebral, ou é resultado de um trauma direto ao cérebro.
Fig 15.6
Fig 15.14
h) Problemas da R.C.P.
Caso a R.C.P. seja realizada de forma imprópria, as compressões torácicas e a
respiração artificial podem não surtir o efeito desejado.
I) Complicações na Respiração Artificial
O principal problema associado a respiração artificial é a distensão do
estômago, que resulta de fluxos rápidos de ventilação, e pode causar
regurgitação e aspiração pulmonar. Um outro efeito é a elevação do
Fig 15.15
g) Fraturas
É a ruptura ou solução de continuidade óssea decorrente de um traumatismo
direto, indireto ou patológico (doença degenerativa , câncer , etc.). São sintomas
mais comuns: dor; deformidade (assimetria); angulação da extremidade;
extremidade afastada da articulação; movimentos falsos; crepitação óssea
(sensação de atrito dos fragmentos ósseos no foco da fratura); edema (inchaço);
exposição óssea (se for fratura exposta). Nos casos de fraturas, deve-se ter
atenção para as seguintes complicações associadas: lesões de grandes vasos;
lesões de ramos nervosos principais; lesão cervical, abdome e tórax; hemorragia
maciça; e lesão de medula espinhal.
Fig 15.21
Fig 15.24
Fig 15.25
Fig 15.26
Fig 15.27
Fig 15.28
Fig 15.29
Fig 15.30
Fig 15.31
Fig 15.34
Fig 15.35
Fig 15.36
Fig 15.37
Fig 15.38
Fig 15.39
Fig 15.40
Cada quadrícula, portanto, pode ser facilmente designada pelos números indicativos
das retas que se cruzam no seu canto inferior esquerdo. A designação da quadrícula é
feita pela colocação desses números entre parênteses, separados por um traço. O
primeiro número refere-se à reta vertical e o segundo à reta horizontal. Por exemplo,
caso se saiba que um ponto esta localizado na quadrícula (94-82) - como a Capela de
Santo Antonio na figura 16.7 - ao consultar a carta, procurar-se-á na sua margem
inferior ou superior a indicação da reta base 94 e nas margens laterais a reta 82. O
encontro das duas retas permitirá identificar a quadrícula desejada no quadrante
superior direito.
A designação de um ponto na carta por meio das coordenadas retangulares é feita
escrevendo-se uma letra designativa do ponto, seguida dos algarismos que definem o
afastamento horizontal e vertical das respectivas retas bases da quadrícula que o
contém, os quais são separados por um traço e apresentados entre parênteses: P (94,3 -
82,1), por exemplo, designa as coordenadas da Capela de Santo Antonio na figura
16.7.
16.8.1 - Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um Norte e são utilizadas
como referência inicial para a determinação dos azimutes.
a) Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra (Fig 16.9).
b) Norte Magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para o
dm = 21o 10'
Será W porque o NM encontra-se a Oeste do NG.
16.8.3 - Contra-Azimutes
O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção oposta. Caso se esteja
voltado para uma determinada direção, considera-se essa direção como azimute. Ao
se voltar para a direção oposta, ter-se-á o contra-azimute dessa direção. O contra-
azimute está sobre o prolongamento, no sentido inverso, da reta que determina o
azimute.
Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, o militar estará em condições de
retornar ao ponto de partida. No cumprimento de uma tarefa em lugar desconhecido
e à noite, por exemplo, o contra-azimute poderá indicar a direção pela qual deve-se
retornar.
Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180 o ao azimute quando esse for
menor que 180o ou subtrair 180o quando maior que 180o.
16.9 - BÚSSOLA
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no
terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a
origem de suas medidas é determinada por uma agulha imantada que indica uma
direção aproximadamente constante que é o NM.
Uma bússola está declinada quando as leituras nela realizadas representam
lançamentos, ou seja, ângulos medidos em relação ao NQ, ao invés de AzM.
Além da variação causada pela dm, uma bússola é afetada pela presença de ferro,
magnetos, fios condutores de eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como o ferro) que podem
tornar uma bússola imprecisa quando colocada próxima a eles. Conseqüentemente,
todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos devem ser evitados quando se
utiliza uma bússola.
16.9.1 - Composição
A bússola é composta de cinco partes: caixa, limbo graduado, agulha imantada,
estilete sobre o qual gira a agulha e os acessórios que variam para cada tipo de
bússola. Uma das bússolas em uso no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é a
SILVA. Denomina-se limbo a peça graduada em graus ou em milésimos,
seguidamente, da esquerda para a direita no sentido dos ponteiros do relógio, no
qual se lêem os azimutes.
A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola. Para tanto, desdobra-se a
carta sobre uma superfície plana, coloca-se sobre ela a bússola com a declinação já
inserida, de modo que um dos lados da caixa da bússola fique tangenciando a reta
base vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola e
conservando-se a bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da agulha
imantada coincida com a marcação do NV. Quando houver a coincidência, a carta
estará orientada.
A orientação da carta poderá, ainda, ser feita por meios expeditos. O sol, por
exemplo, ao nascer, define aproximadamente a direção Leste. Ao se pôr, a direção
Oeste. Conhecidas essas direções, basta que para elas se dirija a margem direita da
carta no primeiro caso, ou a esquerda no segundo, para que se tenha a carta mais ou
menos orientada.
Ainda com o sol e com auxílio de um relógio devidamente certo, pode-se determinar
a direção Norte. Basta que, conservando-se a graduação das 12 horas na direção do
sol, se identifique no terreno a direção da linha bissetriz que divide ao meio o ângulo
formado pela direção do sol (12 horas) e a do ponteiro das horas, contada no sentido
do movimento dos ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-Sul.
Durante o dia, entre às 09:00 e 15:00 horas, a posição do sol define, em relação ao
observador, os planos que contêm, respectivamente, as direções Nordeste e Noroeste.
Um processo prático para se materializar essas direções é o prolongamento da
sombra de um objeto posto na vertical nessa ocasião.
Outro processo é o dos ventos regionais dominantes que normalmente sopram na
mesma direção e com isso possibilitam a orientação. O minuano, vento muito
conhecido no Sul do Brasil, sopra de Oeste-Sudoeste para Este-Nordeste.
A observação de vários fenômenos naturais, quase todos relativos ao movimento do
sol, também permite conhecer, a grosso modo, no hemisfério sul, a direção Norte.
Os caules das árvores, as superfícies das pedras, os moirões das cercas e as paredes
das casas são mais úmidos na parte voltada para o Sul, porque só recebem luz e calor
do sol na face voltada para o Norte. Do mesmo modo, os animais, ao construírem
seus abrigos, o fazem com a entrada voltada para o Norte, abrigando-se dos ventos
frios do Sul e recebendo diretamente o calor e a luz do sol.
Durante a noite, a orientação sem o auxílio da bússola é feita, principalmente, por
meio da lua ou das estrelas. A lua, em seu movimento aparente, nos dá
aproximadamente as mesmas identificações que o sol, principalmente em sua fase
cheia, quando se pode observá-la em sua plenitude. A constelação do Cruzeiro do Sul
proporciona uma boa e fácil orientação. Qualquer que seja a sua posição na esfera
celeste, a determinação do pólo Sul se obtém prolongando-se em quatro vezes e meia
a distância entre as estrelas que correspondem à altura da cruz. O pé da perpendicular
17.3.1 - Características
a) Nomenclatura
17.4.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil automático leve calibre 7,62mm modelo 1964 (FAL).
b) Simbologia
Fz 7,62mm M964 (FAL).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
17.5.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil Metralhador calibre 7,62mm modelo 1964 (FAP).
b) Simbologia
FM 7,62mm M964 (FAP).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
17.6.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora Ligeira calibre 5,56mm x 45mm (NATO).
b) Simbologia
Mtr 5,56mm MINIMI (Standard); e
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em caixa de
alimentação maleável de 100 ou 200 cartuchos e carregador metálico de 30
cartuchos (fuzil M16).
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com botão de regulagem das alças, graduado em 100m com
ajuste de 300 a 1000m e em direção com botão de regulagem em direção
graduado em milésimos.
II) Massa de mira
17.7.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora a gás 7,62mm Modelo B.
17.8.1 - Características
a) Nomenclatura
Pistola calibre 9mm.
b) Simbologia
Pst 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
De porte.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
17.9.1 - Características
a) Nomenclatura
Submetralhadora calibre 9mm.
b) Simbologia
SMtr 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao funcionamento
Automática e semi-automática.
III) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o ferrolho.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
17.10.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora 12,7mm M2.
b) Simbologia
Mtr 12,7mm M2 (ou Mtr.50").
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Não portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletiva.
III) Quanto ao funcionamento
Automática
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos.
II) Capacidade
Indeterminada.
17.12.1 - Características
É uma arma especialmente desenvolvida para ser empregada juntamente com o
fuzil M16A2.
a) Nomenclatura
Lança-granadas calibre 40mm modelo M203.
b) Simbologia
LGr 40mm M203.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
Manual: uma granada por vez.
e) Raiamento
Números de raias: 6 à direita.
17.13.1 - Características
a) Nomenclatura
Granada alto explosiva de 84mm AT-4.
b) Simbologia
GAE 84mm AT-4.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador combinada com a ação de corrente elétrica sobre a
estopilha da granada.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Dados numéricos
I) Comprimento: 1m.
II) Peso: 6,7Kg.
III) Alcance
- máximo: 2100m; e
- eficaz: 300m.
IV) Penetração em blindagem: 400mm.
Míssil cujo princípio de funcionamento é aquisição visual do alvo e guiagem por fio
através da peça, com controle semi-automático. Utilizado contra blindados, podendo,
eventualmente, ser empregado contra posições fortificadas e aeronaves a baixa
altura.
17.14.1 - Caraterísticas
a) Nomeclatura
Míssil anticarro RBS 56 - BILL.
b) Simbologia
MAC BILL.
c) Classificação
17.18.1 - Características
a) Nomenclatura
Morteiro calibre 120mm K6A3.
b) Simbologia
Mrt 120mm K6A3.
c) Classificação
I) Quanto ao calibre
Leve.
II) Quanto ao emprego
De campanha.
III) Quanto ao transporte
Auto-rebocado por viatura 3/4 Ton.
d) Raiamento
Alma lisa.
17.19.1 - Características
a) Nomenclatura
Obuseiro 105mm Light Gun L118.
b) Simbologia
O 105mm L118.
c) Classificação
I) Quanto ao calibre
Leve.
II) Quanto ao emprego
De campanha.
III) Quanto ao transporte
Auto-rebocado por viatura a partir de 5 Ton).
d) Raiamento
Número de raias - 28 à direita.
e) Dados numéricos
I) Peso da peça - 1.860kg.
II) Comprimento da peça em posição de marcha - 4,87m.
III) Alcance máximo
17.20.1 - Características
a) Nomenclatura
Obuseiro 155mm M114A1AR.
b) Simbologia
O 155mm M114A1AR.
c) Classificação
I) Quanto ao calibre
Médio.
II) Quanto ao emprego
- nas florestas densas não é aconselhável nem possível a limpeza completa dos
Proteção superior
- contra esmagamento: na maioria dos tipos de solo, a toca proporciona
proteção efetiva contra a ação de esmagamento dos carros de combate, se o
ocupante se agachar pelo menos 0,60m abaixo da superfície do terreno. Nos
solos muito arenosos ou frouxos, pode ser necessário revestir os taludes para
evitar seu desmoronamento; e
- contra arrebentamentos aéreos: para proteger os fuzileiros contra os precisos
arrebentamentos aéreos das granadas com espoleta tempo, as tocas devem
possuir teto. Em alguns casos podem ser empregados troncos de 0,10m a
0,15m de diâmetro, cobertos com uma camada de terra; em outras situações,
qualquer material disponível pode servir, se coberto com 0,15m a 0,20m de
terra, areia ou neve.
Camuflagem das tocas
Se possível, a terra escavada deve ser removida para um local onde não atraia
a atenção do inimigo e a toca camuflada com uma cobertura improvisada.
Essa cobertura consiste em uma armação, que deve ser guarnecida com capim
ou folhagem para assemelhar-se ao terreno circunvizinho, ou forrada com um
pano de barraca ou qualquer outro recurso, de acordo com as condições locais
do terreno (Fig 18.10). Essa técnica é particularmente eficiente contra um
Parapeito
Parte da terra escavada é amontoada em torno da toca, deixando uma berma
bastante larga para permitir que o soldado apoie os cotovelos durante o tiro. O
parapeito deve ter cerca de 0,90m de largura e 0,15m de altura. Se forem
empregadas leivas (placas de vegetação rasteira) para camuflar o parapeito,
Fig 18.11 - Toca para dois homens com local para dormir
b) Posições abrigadas
I) Posições naturais
Essas posições devem ser sempre utilizadas, desde que existam na área de
operações, tendo em vista a grande economia de tempo e de mão-de-obra que
proporcionam, e, também, por constituírem os melhores abrigos e cobertas
naturais. Os muros de pedra, as cercas vivas, as dobras naturais do terreno, os
diques de terra e os trechos de aterro das estradas de ferro e das rodovias,
constituem excelentes posições naturais. As áreas urbanas apresentam grande
variedade de posições naturais sob a forma de paredes de pedra, de tijolos e
de outros tipos de alvenaria, e mesmo de escombros de edificações. As
posições naturais devem, geralmente, ser melhoradas e reforçadas; os
espaldões para as armas e os abrigos para pessoal são cavados e suas partes
fracas são reforçadas com sacos de areia, caixas de munição cheias de terra e
outros meios de fortuna.
II) Posições preparadas
Na defensiva, quando não se dispuser de uma linha de defesa pronta e o
tempo permitir, constroem-se posições protegidas contra o esperado ataque
inimigo. Muitas vezes, devido às condições do solo ou d`água do subsolo, que
impedem as escavações, as posições são construídas acima da superfície do
c) Crateras melhoradas
O terreno entre duas tropas inimigas geralmente apresenta crateras de vários
tamanhos, provocadas por granadas, bombas, minas e foguetes. Para as tropas
que avançam, essas crateras oferecem um refúgio imediato e disponível para
abrigo ou coberta, bem como posições de tiro parcialmente desenfiadas. Caso a
situação fique temporariamente estabilizada, as crateras podem ser facilmente
aprofundadas e melhoradas com uma ferramenta de sapa.
Para se melhorar uma cratera, cava-se verticalmente a sua borda, no lado voltado
para o inimigo, e prepara-se uma posição cômoda para um atirador deitado,
ajoelhado ou de pé (Fig 18.13).
- ser ocultado sob árvores ou em ravinas, tomando-se todas as precauções para evitar a
formação de trilhas denunciadoras; e
- ser aproveitado na construção de parapeitos de posições simuladas, parcialmente
camufladas.
No inverno em áreas de clima temperado ou em terreno ártico, a neve misturada com
terra, retirada das escavações, deve ficar sob uma camada de neve recente, que a
Fig 19-1 - Navio de Desembarque de Carros Fig 19-2 - Navio de Desembarque Doca -
de Combate - NDCC NDD
Fig 19-3 - Embarcação de Desembarque de Fig 19-4 - Carro Lagarta Anfíbio - CLAnf
i) Fonoclama
Todas as ordens de caráter geral, destinadas ao pessoal da tropa, serão
anunciadas pelo fonoclama, precedidas da expressão “PARA TROPA” ou “DA
TROPA”.
j) Formatura e postos
Os locais para a formatura e guarnecimento dos postos de abandono, colisão e
incêndio serão previamente determinados e constarão do cartão de embarque.
k) Fumo
Não é permitido fumar nas cobertas, banheiros e sanitários durante as fainas de
emergência e quando em postos de vôo e transferências de combustíveis. Só é
permitido fazê-lo nos conveses e compartimentos abertos onde não existem
substâncias inflamáveis. Os militares deverão ficar atentos às ordens emitidas
pelo fonoclama quanto às normas para fumantes.
l) Inspeção
O navio possui rotinas de inspeções. Ao toque de INSPEÇÃO os elementos da
tropa deverão se dirigir às cobertas e permanecer ao lado de seus respectivos
beliches, a exceção daqueles com incumbências fixas, que deverão se dirigir
para seus locais de trabalho. Os oficiais da tropa inspecionarão os setores sob
suas responsabilidades. O pessoal de serviço no horário deverá permanecer em
seu posto.
ESTRIBILHO
LETRA: EVARISTO DA
VEIGA MÚSICA: D. PEDRO I
I
Já podeis, da Pátria filhos, Brava gente brasileira! etc.
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade III
No Horizonte do Brasil Não temais ímpias falanges
Já raiou a liberdade Que apresentam face hostil:
Já raiou a liberdade Vossos peitos, vossos braços.
No Horizonte do Brasil. São muralhas do Brasil
Vossos peitos, vossos braços
ESTRIBILHO
Brava gente brasileira! Vossos peitos, vossos braços
Longe vá, temor servil São muralhas do Brasil.
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil: ESTRIBILHO
Ou ficar a Pátria livre Brava gente brasileira! etc.
Ou morrer pelo Brasil:
IV
II Parabéns, O! brasileiros!
Os grilhões que nos forjava Já, com garbo varonil,
Da perfídia astuto ardil... Do Universo entre as nações
Houve mão mais poderosa... Resplandece a do Brasil
Zombou dêles o Brasil Do Universo entre as nações
Houve mão mais poderosa Do Universo entre as nações
Houve mão mais poderosa Resplandece a do Brasil.
Zombou dêles o Brasil.
ESTRIBILHO
Brava gente brasileira! etc.
ESTRIBILHO
II
Qual linda garça
que aí vai cruzando os ares,
Vai navegando
Sob um belo céu de anil,
A minha galera
Também vai cruzando os mares,
Os verdes mares
Os mares verdes do Brasil.
III
Quanta alegria nos traz a volta
A nossa Pátria do coração
Dada por finda nossa derrota,
Temos cumprido nossa missão
Linda galera, que em noite
apagada Vai navegando no mar
imenso, Nos traz saudades da terra
amada
Da Pátria minha em que tanto penso.
Se a Pátria
querida For
envolvida Pelo
perigo
Na paz ou na guerra
Defende a terra
Contra o inimigo
Bandeira do BRASIL,
Ninguém te manchará,
Teu povo varonil,
Isso não consentirá
Bandeira idolatrada,
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela
A brilhar.