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Disse Jesus: “Indo por todo o mundo, fazei discípulos de todas as nações batizando-as em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
IGREJA METODISTA
Instituto Educacional Metodista Bispo Scilla Franco – Abril de 2021.
SUMÁRIO
Introdução _______________________________________________________________ 3
I – Planos Quadrienais _____________________________________________________ 4
1. 1. Plano Quadrienal de 1975-1978 ______________________________________ 4
1.1.1. Tema: “Ministério e Missão” _______________________________________ 4
1.1.2. Concílio Geral marca História no Metodismo Brasileiro __________________ 6
2.1. Plano Quadrienal 1979-1982 _________________________________________ 8
2.1.1. Tema: “Unidos pelo Espírito, Metodista Evangelizam” ________________ 8
II – Plano Para a Vida e Missão da Igreja _______________________________________ 9
1.1. Questões que serviram como Pano de Fundo ao PVMI ______________________ 10
1.1.1. Teologia da Libertação ___________________________________________ 10
1.1.2. Planos Quadrienais ______________________________________________ 10
1.1.3. Consulta sobre Vida e Missão ______________________________________ 11
1.2. Os Planos Quadrienais Falharam? ______________________________________ 11
1.3. PVMI ____________________________________________________________ 12
1.3.1. Esboço do PVMI ________________________________________________ 13
III – Dons e Ministérios ___________________________________________________ 14
Bibliografia _____________________________________________________________ 17
INTRODUÇÃO
O Plano para a Vida e a Missão da Igreja foi aprovado pelo XIII Concílio Geral, reali-
zado em 1982. A partir de então, tem sido um instrumento fundamental para a renovação da
prática missionária do povo chamado metodista em nosso país. O próprio processo de re-
descoberta e implementação do exercício dos dons e ministérios, na vida da Igreja Metodis-
ta no Brasil, é fruto da ação do Espírito Santo, que levou à aprovação do Plano para a Vida e
a Missão da Igreja.
I – PLANOS QUADRIENAIS
Consideramos que:
1- Nossa Igreja não se tem caracterizado por estar voltada, primeiramente para a mis-
são.
2- Nosso ministério total, pastoral e leigo, não tem sido preparado primordialmente
para a missão e, portanto, também não tido como essencial a vida missionária e de testemu-
nho;
3- Ao iniciarmos um novo quadriênio, o Espírito Santo nos provoca e nos exige obe-
diência naquilo que é a própria razão da existência da Igreja a missão;
“Propomos”
b) Que nosso primeira tarefa seja a de conscientizar o ministério pastoral e leigo de sua
função em relação com a missão.
e) Que o culto seja o “momento” no tempo e no espaço para onde convergem os missi-
onários e onde exercem a missão.
6
“PLANEJAMENTO”
“Legislação”
A filosofia geral de administração proposta pelo anti-projeto, foi aprovada pelo Con-
cilio Geral, com modificações de caráter mais superficial , que não alteraram suas linhas
básicas.
* A realização dos concílios regionais não mais serão no principio de cada ano, mas
de dois em dois anos.
7
* O Colégio Episcopal foi definido como órgão destinado a manter relação de unidade
doutrinaria e orientação pastoral da Igreja.
* Comissão de Ação Social passa a ser chamada de: Comissão de Ação Comunitária,
que procurará envolver a Igreja local com a comunidade, visando a recuperação da mesma.
Duas novas Comissões foram incluídas aos órgãos da Igreja local: A comunicação,
responsável por manter catalogados e em circulação os livros da biblioteca, fazer a divulga-
ção, angariar e renovar novas assinaturas dos periódicos da Igreja, manter a Igreja local i n-
formada dos atos internos e externos de interesse geral do crentes e executar o trabalho de
relações publicas da comunidade.
A outra Comissão e a sociabilidade, responsável por “estudar e elaborar os planos de
trabalho destinados a desenvolver a sociabilidade dos membros da Igreja e seus agregados”
e “executar os trabalhos de sociabilidade programadas para a Igreja”.
Um fato novo no panorama da Igreja local é a possibilidade de o presidente do Conci-
lio Geral ser um leigo, não mais apenas o pastor, como na legislação anterior.
8
1
Clovis Pinto de Castro e Magali do Nascimento Cunha. Forjando uma Nova Igreja. P. 41.
II – PLANO PARA A VIDA E MISSÃO DA IGREJA
2
GUERSON, Cláudio Verneque. Vida e Missão da Igreja: um estudo do surgimento do plano para a vida e a
missão da Igreja Metodista. São Bernardo do Campo, 1995. Monografia. Faculdade de Teologia da Igreja
Metodista.
10
A Igreja, inserida no mundo como está, não pode olhar o mundo com indife-
rença e menos ainda numa contemplação inoperante. O silêncio, diante da
desnutrição é concordar com a fome, problema que se agiganta para vergo-
nha nossa e tristeza de Deus. O silêncio diante da miséria é concordar com
os desníveis que resultam num sistema empobrecido de compreensão huma-
na. O silêncio diante de uma tecnologia e de um desenvolvimento onde as
conseqüências poluam desde o ar que respiramos até os sentimentos que
enobrecem a vida é capitular covarde e cômodo. O silêncio diante da guerra
é aprovar a substituição do amor pelo ódio, os desvios e as explorações eco-
nômico industriais e a destruição do maior tesouro das gerações – sua moci-
dade. O silêncio diante dos vícios é aceitar padrões que só destroem a pessoa
humana; precisamos, porém atingir as causas para não tratar os efeitos palia-
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tivos. O silêncio diante das injustiças e/ou dos esmagamentos dos valores in-
tegrantes da personalidade é crime de lesa imagem e semelhança de Deus,
atitude não recomendável para o cristão. O silêncio diante de toda e qualquer
espécie de radicalização que oblitere a razão, cerceei a liberdade, avilte a vi-
da humana, desdiz do Evangelho de Jesus Cristo e do Cristo do Evangelho.
A igreja precisa falar.3
O 2o Plano Quadrienal foi elaborado e aprovado durante o XII Concílio Geral em Pi-
racicaba nas dependências da UNIMEP, nos dias 23 a 30/09/1978 sob o tema “Unidos pelo
Espírito, Metodistas Evangelizam”. Neste Concílio, além da aprovação do PQ, houve uma
conclamação a consolidação do pastorado feminino, a exemplo do que já acontecia nos
EUA.
Parando para analisar os progressos obtidos a partir dos Planos Quadrienais e o que
precisaria ser melhorado, a IM percebeu que não havia alcançado as igrejas locais, nem
todos compraram a idéia dos Planos. E refletindo entenderam que a linha teológica do PQ
não é uma linha popular na igreja, embora seja Metodista e talvez por isso não tenha pene-
trado a igreja, igreja-povo.
Nas palavras de Elizeu Constantino, presidente do Conselho Geral temos: “Viu-se
que para os Planos Quadrienais terem chegado à igreja local, a Igreja Metodista deveria ter
sofrido um processo pedagógico muito acentuado, mas isso não ocorreu o que gerou uma
não adesão por parte das lideranças, leitura inadequada e até ignorância consciente do Pl a-
3
ATAS E DOCUMENTOS. XI Concílio Geral da Igreja Metodista. São Paulo, Imprensa Metodista, 1977, p 03.
12
no. Mas aqueles que tentaram fazer do PQ uma força, percebemos sinais muito claros de
renovação”.
1.3. PVMI
Com bases nestes acontecimentos, foi convocado o XIII Concílio Geral da Igreja Me-
todista, no Instituto Izabela Hendrix em Belo Horizonte – MG, para os dias 18 a
28/06/1982, sob o tema “Somos Cooperadores de Deus”.
A ênfase principal deste Concílio era afirmar que “este não é mais um Plano Quadrie-
nal mas um plano que pode ser observado e em cima dele se programar durante o período
em que a igreja achar que ainda serve para seu propósito e sua política” – palavras de Jorge
Cândido Pereira Mesquita no editorial do Expositor Cristão da 2 a quinzena de junho de
1982. Este PVMI, segundo os Cânones da Igreja Metodista, deverão orientar a ação da igre-
ja nos próximos anos, enquanto necessário devendo ser avaliado periodicamente.
Assim, surgiu o PVMI como fruto dos anseios latentes nos corações metodistas do pa-
ís de terem uma igreja com identidade brasileira, que norteasse a sua Missão a partir de um
documento elaborado nessa realidade. Uma igreja comprometida com a missão no país, o
evangelho e todas a s questões do cotidiano brasileiro.
Para que não incorressem no mesmo erro cometido em relação aos Planos Quadrie-
nais, o Conselho Geral da IM reuniu-se na Chácara Flora em SP, para redigir o que seria o
primeiro germe para a Vida e Missão. E preocupou-se em criar um texto com uma redação
que fosse acessível a todos/as membros da igreja.
A postura assumida no PVMI é a do Amor pleno na sociedade, na Igreja e no mundo.
Sabendo-se que a prática do amor acontece no meio das pessoas, na comunidade, na cidade,
no país.
4
COLÉGIO EPISCOPAL. Plano para a vida e a Missão da Igreja. Biblioteca Vida e Missão. São Paulo: Edito-
ra Cedro,2001. p.09.
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O PVMI pode ser resumido como uma tomada de posição que a Igreja queria: meto-
dismo com “cara” e identidade brasileiras. A ação da Igreja Metodista, orientada pelo PVMI
é transformada, novos documentos surgem, por exemplo: Diretrizes para Educação e poste-
riormente o Movimento Dons e Ministérios.
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Foi no concílio geral da Igreja Metodista em 1987, que foi decidido implantar o mo-
vimento “Dons e Ministérios”. Não é um programa da Igreja, e sim um movimento do Deus
Trino na vida do seu povo, que se fundamenta no testemunho bíblico do povo de Deus no
Antigo Testamento e na Igreja Primitiva 5, testemunho este, conduzido pelo Espírito, que
representa o caráter ministerial de toda a Igreja, onde a participação de todos/as (pastores/as
e leigos/as). Os Dons e Ministérios não são meras opções humanas, mas concessão da graça
divina, graça essa que é a fonte, origem e sustentação do mesmo.
É através da visão de uma “Igreja Missionária”, que nasce o movimento “Dons e Mi-
nistérios”. No processo de implantação e desenvolvimento dessa nova configuração e vi-
vência da Igreja que surge alguns questionamentos, tais como: Como sair de uma “igreja de
cargos e poderes” para uma “igreja de ministérios?”, como conciliar a realidade de uma
“igreja pluralista” com a vivência de uma “igreja em unidade” – fundamental para caminha-
da dos Dons e Ministérios? 6. Dons e Ministérios não elimina os fundamentos, as bases e os
princípios bíblicos, teológicos, práticos e missionários contidos no Plano para a Vida e Mis-
são da Igreja.
Dons e Ministérios não existem para si mesmo, não se esgota em si mesmo, porque ao
se esgotar em si perde o objetivo da Missão, é voltado para o desenvolvimento da Missão,
em promover o Reino de Deus (visão missionária), é como instrumento dinamizador e reali-
5
Colégio Episcopal da Igreja Metodista. Carta Pastoral sobre Dons e Ministérios, P. 14.
6
ID., Ibid., P. 7.
15
b) a igreja local deixou de ser vista como unidade institucional, e, sim, “Comunidade
de Fé”;
7
Igreja Metodista. Registros, Atas e Documentos do XIV Concílio Geral, P. 83
8
Colégio Episcopal da Igreja Metodista. Plano Nacional: Ênfases e Diretrizes. P.17-18
16
Jesus Cristo. A Igreja que vivência esse movimento tem que passar pela experiência da co-
munhão do amor, do propósito e do partir do pão.
BIBLIOGRAFIA