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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
No artigo 790, § 3º e § 4º, da CLT, c/c os artigos 5º inciso LXXIV da CF, e artigo 98
do CPC, estabelecem o direito a gratuidade da justiça, ficando expresso o direito do benefício
da reclamante.
No artigo 790, §3º e §4º, da CLT, retrata que cabe a concessão ao benefício da Justiça
Gratuita, a reclamante se encaixa no rol de beneficiários estabelecidos pelo artigo conforme
transcrição a baixo.
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no
Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e
emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal
Superior do Trabalho.
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício,
o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos,
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
(GRIGO NOSSO)
O artigo 5º da CF retrata que todos são iguais perante a lei, sendo assim todos que comprovarem
o direito a justiça gratuita sendo comprovado seu direito o Estado tem a obrigação de arcar com a
assistência judiciaria.
Salienta-se, Excelência, em que pese à data de desligamento anotado na CTPS ser o dia
24/02/2018, requer-se a retificação da anotação do término do vínculo contratual da reclamante
para o dia 25/02/18, uma vez que o dia de folga é contemplado pela jornada de trabalho 12x36h
como período de descanso.
Como não bastasse a Reclamante até o presente momento, não recebeu sequer o saldo
de salário relativo aos 24 (vinte e quatro) dias efetivamente trabalhados e tampouco as verbas
rescisórias de direito, não lhe sendo entregue o TRCT - as guias de saque do FGTS, quiçá
realizada a homologação da rescisão.
Afirma ainda a reclamante que, antes de tomar a extrema atitude de procurar o tão
sobrecarregado meio judicial de solução de conflitos, por diversas vezes tentou, de forma
amigável, o recebimento do acerto rescisório, sem obter êxito e, por isso, pretende receber
também a multa moratória, em razão da inadimplência da empregadora para que lhe sirva de
medida educativa para não reincidência com os demais colaboradores de seu quadro.
Assim sendo, requer ainda que seja a Reclamada compelida a obrigação de fazer para
entregar à Reclamante o TRCT com a respectiva homologação das verbas rescisórias incluindo
a multa moratória, bem como seja compelida a depositar e liberar as guias para saque do FGTS
ou comprovar a integralização, tudo conforme o disposto na CLT, artigo 4772 e Lei nº 8.036/90,
que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
2. DAS VERBAS RECISORIAS
Conforme demonstrado, a reclamante laborou para a reclamada como técnica de
enfermagem no período de 11/10/2017 a 25/02/2018, data em que foi feito a rescisão contratual,
e não foi feito o pagamento das devidas verbas conforme estipulado no §6º do art. 477 da CLT.
Ocorre que, por se tratar-se de contrato por prazo indeterminado, além dos pagamentos
proporcionais do saldo de salário, férias e 13º, a reclamante faz jus:
a) Ao aviso prévio, nos termos do Art. 487 da CLT;
b) FGTS sobre verbas rescisórias;
3. DO AVISO PRÉVIO
II - Trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais
de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530,
de 26.12.1951)
O 13º Salário trata-se de uma gratificação de Natal é um dos direitos sociais dos
trabalhadores quanto urbanos quanto os rurais, conforme pode ser observado a
transcrição do artigo 7º, VIII da Constituição Federativa do Brasil.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor
da aposentadoria;
(...)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;
A reclamante não fez gozo de suas férias ficando a reclamada com a obrigação
de pagar as férias vencidas e vincendas da autora.
Diante do que foi exposto requer o pagamento das férias R$...............
Considerando que a reclamante não recebeu no prazo legal as verbas a que fazia
jus quando da dispensa, resta configurada a multa do art. 477, §8º da CLT,
especialmente porque o reconhecimento da relação de emprego com a reclamada vir a
ocorrer somente em Juízo.
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder
à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a
dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas
rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)
Diante do que foi exposto, a reclamante requer a procedência dos pedidos veiculados na
respectiva ação trabalhista, com a condenação da reclamada no pagamento das devidas verbas
rescisórias, conforme valores indicados nos pedidos.
5. DOS PEDIDOS
6. DAS PROVAS
Advogado(a)
OAB/UF