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20/04/2021 Júri condena ex-policial à prisão por assassinato de George Floyd

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Júri condena ex-policial à pris


assassinato de George Floyd

PF investiga desvios em cont


O ex-policial Derek Chauvin foi condenado pela morte de George Floyd, em decisão unânime do júri contra Covid- em cidades

cujo veredicto foi lido nesta terça-feira ( ) na cidade de Minneapolis, no estado americano do
Minnesota. Chauvin, que alegou inocência das três acusações que enfrentava, foi considerado
culpado em todas elas:

homicídio culposo (quando não há intenção de matar) - pena máxima de anos de prisão;
assassinato em segundo grau - pena máxima de anos de prisão;
assassinato em terceiro grau - pena máxima de anos de prisão.

George Floyd, de anos, morreu em de maio de em uma abordagem policial da qual


participou Derek Chauvin.

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'Justiça dolorosamente conquistada chegou', dizem família e advogado de


Floyd

 de abril de às :

Caso George Floyd já é considerado o julgamento do século, diz Maurício


Pestana

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20/04/2021 Júri condena ex-policial à prisão por assassinato de George Floyd

 de abril de às :

Os jurados deliberaram por mais de horas na segunda-feira ( ) e na terça-feira até chegar ao


resultado, depois de três semanas de exposição do caso no tribunal. 

George Floyd e Derek Chauvin


Foto: Reprodução

O julgamento
Após três semanas de exposição do caso no tribunal, o júri começou a deliberar na segunda-feira
( ) seu veredicto. O corpo de jurados é composto por pessoas, das quais sete são mulheres e
cinco são homens. Entre elas, seis são brancas e seis foram definidas como "multirraciais", incluindo
pessoas negras.

O ex-policial é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) de segundo grau, e


assassinato em segundo e terceiro grau. O júri tinha a opção de absolvê-lo por todas as acusações,
nenhuma ou algumas. A decisão, entretanto, deveria ser obrigatoriamente unânime.

A promotoria defendeu a tese de que, a partir dos vídeos que foram divulgados, Floyd não reagiu à
detenção e, portanto, o emprego da imobilização não seria justificado. Também argumento que
Chauvin assumiu o risco de matar ao colocar o joelho sobre seu pescoço. Além disso, a acusação
reforçou que o ex-policial manteve o sufocamento mesmo após os avisos de que o homem não
conseguia respirar e por mais tempo do que se orienta no treinamento, caracterizando o homícidio.

"As palavras finais de George Floyd em de maio de foram 'Por favor, eu não consigo
respirar', e ele disse essas palavras a Derek Chauvin. Tudo o que lhe foi pedido era um pouco de
compaixão, e nenhuma foi demonstrada naquele dia", disse o promotor do gabinete do procurador-
geral de Minnesota, Steve Schleicher. "Se você está fazendo algo que machuca alguém, e você sabe
disso, então está fazendo de propósito".

"Este não é um julgamento anti-polícia, e sim pró-polícia, pois não há nada mais danoso à polícia do
que um mau policial", acrescentou.

A defesa de Derek Chauvin seguiu como principal linha a justificativa de que a morte de Floyd não
teria sido causada por asfixia devido à ação do policial, mas por causas paralelas. Foram levadas
duas testemunhas para defender Chauvin, sendo uma delas um médico pneumologista. De acordo
com o profissional, o laudo da autópsia é "inconclusivo" e problemas cardíacos prévios de Floyd

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20/04/2021 Júri condena ex-policial à prisão por assassinato de George Floyd

teriam sido a causa última de sua morte. Outros médicos que depuseram no mesmo tribunal
apontaram que a causa da morte detectada foi a asfixia.

Além disso, a defesa do policial argumentou que o uso da força foi aproriado, pois Floyd teria reagido
à detenção, e que "Chauvin foi distraído pela multidão hostil que presenciava o momento". O
advogado do ex-oficial, Eric Nelson, também sustenta a afirmação de que Flouyd estava sob a
influência de drogas ilícitas, como o fentanil e a metanfetamina, e que isso, além dos problemas
citados anteriormente e o gás carbônico liberado pelo escapamento da viatura, teria matado George
Floyd.

"Analisar apenas os minutos e segundos não é apropriado pois ignora os minutos e


segundos anteriores", disse o advogado. "O comportamento humano é imprevisível, e ninguém sabe
melhor disso do que um policial".

Derek Chauvin não quis depôr em seu julgamento. "Solicitarei meu privilégio da Quinta Emenda",
afirmou, em referência ao dispositivo que autoriza o réu a permanecer calado e o direito de não
produzir provas contra si.

Cidades de todo o país se prepararam para qualquer que fosse o resultado do julgamento. Nova
York, Filadélfia, Washington, Los Angeles, Atlanta e São Francisco são algumas das cidades que
anunciaram o reforço do policiamento nas ruas em vista da possibilidade de protestos em massa.

Os arredores da sala de tribunal foram cercados por arame farpado e a Guarda Nacional está
presente em Minneapolis, na expectativa de novos protestos.

"Eles têm o direito de protestar. É claro que queremos um protesto pacífico. Não queremos que
nenhum outro americano seja ferido, ninguém. Mas protestar é uma maneira de sermos ouvidos",
disse Paris Stevens, prima de George Floyd.

O caso
George Floyd foi morto na cidade americana de Minneapolis (no estado de Minnesota) no dia de
maio de , após uma abordagem policial registrada por quem passava pelo local. Ele foi
acusado de tentar utilizar uma nota falsa para pagar uma conta.

Ao ser detido, Floyd foi morto pelo policial branco Derek Chauvin ao ter seu pescoço pressionado
pelo oficial durante minutos e segundos. No vídeo, ele afirma por diversas vezes que não
conseguia respirar e a frase "I can't breathe", dita por Floyd, tornou-se um símbolo do movimento
contra o racismo.

O policial Derek Chauvin foi dispensado pela polícia do estado de Minnesota após o ocorrido. O
chefe da polícia de Mineápolis, Medaria Arradondo, afirmou que "a maneira como Chauvin rendeu
Floys não esta de acordo com o treinamento e certamente não é parte da nossa ética e nossos
valores".

A morte de Floyd foi o estopim de uma onda de protestos nos Estados Unidos e em diversos outros
países — Brasil, França, Alemanha, Inglaterra e Candá estão entre eles — do movimento Black Lives
Matter (Vidas Negras Importam, em português), contra o racismo e violência policial contra negros.

Em de março de , a cidade de Minneapolis concordou em pagar US$ milhões (cerca de


R$ milhões) à família de Floyd para que fosse encerrado um processo contra a cidade. Segundo
advogado da família Floyd, Jacob Frey, foi o maior acordo pré-julgamento de um processo por
homicídio culposo na história do país. 

Black Lives Matter

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20/04/2021 Júri condena ex-policial à prisão por assassinato de George Floyd

O movimento Black Lives Matter nasceu nos Estados Unidos durante protestos contra o racismo
após a morte do adolescente Trayvon Martin, de anos, em , assassinado a tiros por um
vigilante voluntário, George Zimmerman, um homem branco.

A partir de então, diversos protestos foram organizados com o objetivo de lutar contra o preconceito
racial e questionar a atuação violenta de membros das forças de segurança contra jovens negros. O
movimento ganhou força em , após o assassinato de Michael Brown, morto a tiros em
Ferguson, e Eric Garner, estrangulado em Nova York, por policiais.

A morte de George Floyd em foi um dos principais estopins de manifestações do movimento,


que também protestou pela morte de outras vítimas negras, como Breonna Taylor, morta a tiros em
Nova York.

Durante o mês de abril de , dois outros jovens foram mortos e provocaram novas respostas nas
ruas: Adam Toledo, de anos, baleado em uma abordagem policial, e Daunte Wright, de anos,
baleado a quilômetros de distância do local da morte de George Floyd.

*Sob supervisão de Leonardo Lellis

Tópicos

George Floyd Estados Unidos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam)

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