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Lorena
2008
Resumo
Família.
existentes.
este." 1
Conforme nos ensina Luiz Felipe Lyrio Peres, em seu artigo científico “Guarda
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SANTOS NETO. José de Paula. Do pátrio poder. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais. 1993. p. 139 in
PERES, Luiz Felipe Lyrio. Guarda compartilhada . Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 60, nov. 2002.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3533>. Acesso em: 20 ago. 2008.
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Portanto, entende-se como guarda a obrigação dos pais, após a ruptura da sociedade
conjugal, de conjuntamente ou não, manterem os filhos com tudo o que lhes for necessário,
tanto material como afetivamente. Esta assistência também pode ser realizada por terceiros,
quando necessário.
a) Guarda Alternada: Os filhos ficam alternadamente com cada um dos pais por um prazo
determinado (ano, mês, semana). Este instituto é extremamente criticado e não aplicado,
pois faz com que o filho não tenha hábitos e valores fixos, prejudicando o desenvolvimento
do menor.
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BARRETO, Lucas Hayne Dantas. Considerações sobre a guarda compartilhada . Jus Navigandi, Teresina,
ano 7, n. 108, 19 out. 2003. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4352>. Acesso em:
20 ago. 2008.
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Ibid.
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FILHO, Waldyr Grisard. Guarda Compartilhada. Quem melhor para decidir a respeito?. Disponível em:
<http://www.apase.org.br/81005-gcquemmelhor.htm>. Acesso em: 20 ago. 2008
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c) Guarda Dividida, Guarda Exclusiva, Guarda Única: Os filhos ficam em uma residência
fixa com um dos pais e ao outro cabe o pagamento de pensão alimentícia e visitas
periódicas. O problema deste sistema está no fato do não guardião ter seu acesso aos filhos
limitado pela Justiça, o que faz com que este não tenha uma participação tão efetiva no
desenvolvimento das crianças. E, além disso, este tipo de guarda permite que o genitor
guardião atue de forma egoísta e errônea, não permitindo a visita aos filhos quando ocorrer
falta de pagamento dos alimentos ou qualquer outro motivo que a ele seja relevante. As
crianças passam a ser um “jogo” para os pais separados que não vivem em harmonia.
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AMARAL, Sylvia Mendonça. Guarda Compartilhada. Casal deve assumir compromisso no processo
judicial. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/static/text/35415,1>. Acesso em: 21 ago. 2008
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melhor forma de unir os pais aos filhos como se ainda fossem uma família, com uma ótima
filhos. Ambos são responsáveis por zelar pelas obrigações e direitos dos menores.
Por estar inserida atualmente na Lei nº 11.698/2008, como forma de guarda que
deve ser exercida na legislação brasileira, juntamente com a guarda unilateral, ela será um
Para Lucas Hayne Dantes Barreto em seu artigo científico “Considerações sobre a
Guarda Compartilhada”:
compartilhada:
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BARRETO, Lucas Hayne Dantas. Considerações sobre a guarda compartilhada . Jus Navigandi, Teresina,
ano 7, n. 108, 19 out. 2003. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4352>. Acesso em:
20 ago. 2008.
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E Vicente Barreto entende como "a possibilidade dos filhos de pais separados
responsabilidades referentes aos filhos menores, mesmo vivendo em lares diversos. É uma
forma dos pais separados continuarem com as mesmas relações que tinham com os filhos
genitores.
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AZEVEDO, Maria Raimulda Texeira. A Guarda Compartilhada. Evento realizado no dia 25/04/01, no
clube dos Advogados/RJ. Disponível em: <http:/www.apase.com.br. > Associação de Pais e Mães Separados
in PERES, Luiz Felipe Lyrio. Guarda compartilhada. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 60, nov. 2002.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3533>. Acesso em: 20 ago. 2008.
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BARRETO. Vicente. A Nova Familia: Problemas e Perspectivas. Rio de Janeiro. Ed. Renovar. 1997. p
135.in PERES, Luiz Felipe Lyrio. Guarda Compartilhada. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 60, nov. 2002.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3533>. Acesso em: 20 ago. 2008.
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RABELO, Sofia Miranda. Guarda Compartilhada. Disponível em:<http://www.apase.org.br/81003-
definicao.htm>.Acesso em: 20 ago. 2008
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percebemos que sempre existiram mudanças nos papéis dos pais e mães diante dos filhos, e
menores.
No Brasil do século XIX a guarda era determinada ao homem, pois apenas ele
incapaz.
entendimento de ser a mulher a melhor a cuidar dos filhos. O homem passava o dia todo
cuidado e a manutenção do lar. Tendo a sua capacidade plena, a mulher passou a cuidar dos
filhos após a separação, pois alegava-se que ela tinha aptidões naturais para isso,
Porém, após meados do século XX, iniciou-se a revolução sexual, na qual a mulher
passou a ocupar cada vez mais o mercado de trabalho, sendo que as obrigações com o lar e
com os filhos passaram a ser divididas entre os dois sexos. A partir desta mudança social
materna.
No século XXI, diante de todas as modificações sociais ocorridas, foi preciso alterar
devia ser buscando o melhor para os pais e os filhos. A ele cabia decidir pela guarda única,
determinando quem a terá, e quando houvesse acordo entre as partes, determinaria a guarda
compartilhada.
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BARRETO, Lucas Hayne Dantas. Considerações sobre a guarda compartilhada . Jus Navigandi, Teresina,
ano 7, n. 108, 19 out. 2003. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4352>. Acesso em:
20 ago. 2008.
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Ibid.
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aplicada.
em nosso Código Civil o instituto da guarda compartilhada. Porém, outras leis, como a Lei
nacional.
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PERES, Luiz Felipe Lyrio. Guarda Compartilhada . Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 60, nov. 2002.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3533>. Acesso em: 20 ago. 2008.
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De acordo com esta lei, a guarda unilateral ou compartilhada poderá ser requerida:
- pelos pais por consenso, ou por apenas um deles através de ação autônoma ou medida
cautelar (inciso I) ou
- determinada pelo juiz, visando atingir da melhor forma os interesses do menor (inciso
II).
quando não houver acordo entre os pais com relação à guarda dos filhos, deve sempre que
período de vacatio legis, ou seja, após 60 dias. Portanto é muito recente para sabermos se
conflito, usando a criança para atingir e lesar um ao outro. Infelizmente é muito comum
objetivos pessoais ou meramente caprichos para prejudicar o antigo cônjuge. Não percebem
prejudicado é a própria criança, que precisa da presença e referência de ambos para uma
vida saudável.
relacionamento dos pais com os filhos, após a separação, como se ainda houvesse uma
sociedade conjugal.
Saber a plenitude de sua eficácia ainda não é possível, devido ao pouco tempo de
vigência. Mas, como já é sabido, apenas haverá efetividade se os pais estiverem dispostos a
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RABELO, Sofia Miranda. Guarda Compartilhada. Disponível em:<http://www.apase.org.br/81003-
definicao.htm>.Acesso em: 20 ago. 2008
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guarda.
Espera-se apenas que os pais e todos os demais envolvidos tenham maturidade para
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NÓBREGA, Airton Rocha. Guarda de filhos: unilateral e compartilhada. Inovações da Lei nº 11.698/2008.
Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1847, 22 jul. 2008. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=11494>. Acesso em: 20 ago. 2008.
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ANEXO
Art. 1o Os arts. 1.583 e 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil,
passam a vigorar com a seguinte redação:
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para
exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:
II – saúde e segurança;
III – educação.
§ 4o (VETADO).” (NR)
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma
de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar;
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§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será aplicada,
sempre que possível, a guarda compartilhada.
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.”
(NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação.
Primeiras considerações sobre acertos e desacertos. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n.
teóricos e práticos. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 815, 26 set. 2005. Disponível em:
GRISARD FILHO, Waldir. Guarda Compartilhada. Quem melhor para decidir a respeito?
2008.
NICK, Sérgio Eduardo. Guarda Compartilhada – Um novo enfoque no cuidado aos filhos
nº 11.698/2008. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1847, 22 jul. 2008. Disponível em:
SOUZA, Euclydes de. Litígio não é fator impeditivo para a guarda compartilhada. Jus