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AS ELEIÇÕES AMERICANAS E O PANO DE FUNDO

21/9/20

“No fim o meu imaculado coração triunfará”


Nossa Senhora
(Aos Pastorinhos, Fátima, 1917)

Falta menos de um mês e meio para as eleições nos EUA, que ocorrerão a 3 de Novembro.
Apesar de na maioria da comunicação social americana e europeia, já nem falo na portuguesa,
serem favas contadas que o candidato democrata Joe Biden vai à frente nas sondagens, tudo indicando
(forçosamente) que ganhe, a situação está longe de estar clara.
A ignorância (enfim no comum do cidadão e não só) é grande sobre o que se passa do outro lado
do Atlântico e a desinformação é vasta. E numa sociedade complexa de mais de 300 milhões de
cidadãos, vivendo em 51 estados diferentes, um total de 10 milhões de ???, com um sistema político que
está para o nosso como as regras do futebol americano estão para o “soccer”; com lobbies e correntes
políticas e sociais poderosas, não é fácil descortinar o que se passa.
Já lá vivi mais de dois anos em dois períodos distintos da minha vida, e voltei a visitar o país mais
duas dezenas de vezes, passeei-me por meia dúzia de Estados, mas não me atrevo a dizer que conheço
bem os EUA. E provavelmente uma parte considerável dos norte americanos também não conhece.
Por isso quanto a europeus, sobretudo aos que nunca lá foram, nem os estudaram, estamos
conversados. Excepção deve ser feita para o Professor Salazar que sendo um “pacóvio incorrigível” como
uma parte da opinião publicada teima em defini-lo, os topava de ginjeira e nunca os deixou
(relativamente a Portugal), pôr o “pé em ramo verde”. Enfim, tempos passados…
O que está em jogo verdadeiramente nestas eleições não é a figura de Trump, retratado
sistematicamente pela maioria dos OCS como ???, teimoso, mentiroso, bronco, ignorante, etc (e
obviamente não perdoam a truculência com que ele lhes devolve os ataques – coisa que até agora
nenhum político se tinha atrevido a fazer) e de Biden, que apesar de ser um candidato fraquinho, doente
(com demência, segundo se tem revelado) e com um passado pouco recomendável, goza dos mimos
dessa mesma imprensa. Imprensa dominada há muito por famílias de financeiros bem conhecidos.
Lembro apenas que o empresário Jeff Bezos, dono da “Amazon” e o homem mais rico do mundo, é o
actual dono do “Washington Post” …
A piorar as coisas os Democratas foram tarde e a más horas buscar para candidata a vice-
presidente uma militante da extrema esquerda do partido, anticristã de seu nome Kamala Harris, com
má imagem na maioria do eleitorado.
Até ao aparecimento do vírus que se convencionou chamar “Covid19” – e do qual se sabe ainda
quase nada – e os distúrbios ditos raciais (que de racial têm pouco) o caminho de Trump para a reeleição
parecia que ia ser um passeio, dado o falhanço de todas as tentativas para o derrubar, do pouco que o
Partido Democrata tem para oferecer (além do discurso do bota abaixo), além do sucesso inegável que a
maioria das iniciativas da Administração Trump, tiveram, quer em termos económicos e sociais, como
em termos diplomáticos e retirada das tropas americanas, de envolvimento em eternos conflitos
militares.
De facto, Trump fez o seu caminho afirmando-se contra o funcionamento do sistema político
americano e contra a agenda globalista mundial, o que está na origem também das inimizades
granjeadas no campo dos notáveis republicanos.
Por exemplo (um entre muitos) o bem-disposto do Clinton (a quem perdoaram, entre outros, “o
escândalo sexual do Salão Oval”), organizou a Nafta, que permitiu a muitos accionistas de grandes
empresas, ganharem muitos milhões de dólares em acções, mas que custaram aos EUA cinco milhões de
empregos na indústria manufatureira, com o encerramento de 70.000 fábricas.
Por outro lado, o “complexo militar-industrial” americano tirou imenso proveito das guerras
internacionais em que os norte americanos se envolveram do Haiti à Bósnia, da Sérvia ao Iraque.
Ora Trump foi eleito justamente por se opor à agenda globalista, de que a própria ONU (e o
nosso “bem comportadinho” Guterres) se tornou ponta de lança. É o célebre “American first” e a defesa
dos trabalhadores americanos, dos empregos americanos, da soberania nacional.
Daí ter tirado os EUA do nefasto Tratado TPP e do Acordo de Paris sobre o clima, foi um passo.
Seguram-se as barreiras alfandegárias contra a China, que tomou conta de grande parte da indústria e da
dívida americana. Com isto prevê-se ter poupado 500 biliões de dólares.
Renegociou em seguida o acordo NAFTA e passou a controlar as fronteiras, fazendo diminuir a
imigração ilegal e com isto asfixiou o recurso a mão de obra barata e ilegal, de muitas grandes empresas.
A actual Administração começou também a baixar o nível de conflito e crise com numerosos
países e a retirar as tropas americanas das que guerras que não acabam no Médio Oriente, e a evitar
guerras com o Irão e a Coreia do Norte.
No campo dos costumes opõe-se a todo o descalabro causado pelo Relativismo Moral; a
escabrosa agenda LGBT e derivados; a desgraça da droga e da pedofilia, a cultura da morte (???, aborto,
manipulação genética, eutanásia, etc.) o ateísmo, o feminismo estúpido e toda a agenda
verdadeiramente luciferiana que por aí medra.
Já dá para perceber a raiva e o ódio que provocaram a mais ???, diabólica e histérica campanha,
lançada nos “media” e meios políticos contra Trump, que não tem paralelo na História? Campanha que
levou estrelas de Hollywood a defenderem a destruição da Casa Branca; desejarem que o presidente
fosse moído com pancada, aprisionado e até assassinado e os seus filhos torturados e sexualmente
abusados? Só para ficar por aqui.
Ora não há palermices – e infelizmente Trump tem o coração muito perto da boca e saem-lhe
disparates amiúde – que possam justificar semelhantes atitudes.
Mas se lermos textos e intervenções de fundo, - mesmo que não sejam por ele escritas na sua
totalidade – veremos que os disparates não são assim tantos – independentemente de se concordar
mais ou menos com o que ele diz. Mas não é a isso que chamam de Democracia?
E que é que os próceres democratas têm para oferecer, além destes ataques despudorados?
Nada, a não ser mais do mesmo, que tem desgraçado o mundo e a América.
Esta campanha tem fontes muito poderosas a financiá-la, como essa poia de carácter conhecido
como George Soros – que foi a primeira visita que o actual PM espanhol Pedro Sanchez recebeu, após
ter ganho as primeiras eleições em Espanha – Espanha já agora, que está num estado de miséria moral e
política e a caminho da material, como estava antes da guerra civil em 1936. Pois é este Soros, e é
apenas um exemplo, que uma pouco clara organização ligada a Clinton, chamada “Arabella Advisors” que
tem financiado com cerca de 500 milhões de dólares, dezenas de grupos anti Trump.
De quando em vez os Democratas tiram um coelho da cartola, como foi o caso recentemente do
“green new deal”, que propõe a eliminação dos combustíveis fósseis. Esta ideia foi liderada pela
Califórnia (convém dizer que este estado é o mais importante em ter mos de Colégio Eleitoral – que é
quem em última instância elege o Presidente da União – pois tem direito a 55 votos) que decidiu
encerrar todos os centros de produção eólica e solar. O Estado da Califórnia contava comprar energia aos
estados vizinhos para colmatar a redução drástica de produção de energia que ocorre à noite, mas
bastou haver uma vaga de calor que esgotou a energia dos estados vizinhos para a Califórnia ficar às
escuras…
Tudo pessoal muito inteligente, prá frente e futurista!
Tudo o que o Democratas - também conhecidos por liberais" - tentaram contra Trump falhou.
Estamos a recordar-nos da tentativa de impedir o colégio eleitoral de votar em Trump, às confusões de
fake news e de espionagem que envolvem a CIA e o FBI; o caso da "Russiangate", ligado a Robert
Mueller; as infiltrações na Casa Branca e noutros lugares da Administração; o caso Kavanaugh; o
processo de impeachment e mais mil e uma coisas, nada disto fez cair Trump.
E têm-se voltado contra quem as intentou.
Muito resumidamente a actual situação parece ser a seguinte:
O mercado de acções mantem-se sólido embora sem grandes rasgos: a venda a retalho está a
progredir à medida que as pessoas saem do confinamento. O vírus aparenta estar parcialmente
controlado e está a decrescer nos principais estados onde surgiu e com maior população, como o Texas,
a Flórida, Califórnia e Arizona.
Se assim continuar, o desemprego irá decrescer a partir de Outubro; estabilizando
provavelmente entre 7 a 8%.
Mesmo nas sondagens que lhe são desfavoráveis, Trump está a recuperar e aguarda-se com
expectativa o início dos debates entre candidatos, dada a debilidade evidente de Biden (em termos de
saúde).
Não haverá voto por correio, o que tinha causado larga controvérsia e seria muito perigoso por
ser dado a manipulações.
A violência nas cidades aparenta ir continuar e o êxodo da população naquelas mais atingidas vai
prosseguir. Naturalmente que chegará a altura em que haverá um protesto forte da maioria da
população contra este estado de coisas o que favorecerá Trump. Os democratas além de terem apoiado
o caos, através de muitos "mayors", pedido o desarmamento e restrição à autoridade da polícia ainda
querem desarmar a população, o que ??? tremendos anticorpos num país como os EUA. O crime
disparou.
Há cidades mais ou menos fora de controlo como Nova Iorque, S. Francisco, Chicago, Seattle e,
sobretudo, Portland. Nestes locais os juízes tendem a libertar os fora de lei, depois de presos...
Para se ter uma noção do desastre, basta dizer que o número de mortos americanos em 19 anos
de guerra no Afeganistão foi de 2401. Apenas este ano, em Chicago, NY, Baltimore, St. Louis e S.
Francisco, os mortos por tiroteio, serão mais de metde daquele número. A maioria de jovens negros. E
não são de longe maioritariamente os brancos que os matam...
Em termos diplomáticos fizerm-se grandes avanços para a resolução de conflitos em várias
partes do mundo, sobretudo no Médio Oriente. A Administração Obama teve oito anos para tentar
resolver os conflitos mas a única coisa que conseguiu foi guerra e instabilidade. E o aparecimento do
DAESH... A análise circunstanciada desta tentativa não cabe neste papiro, mas reconheça-se que os dois
acordos alcançados com os EAU e o Qatar, são de grande valia para o apaziguamento da região.
Obama que não gostava de Israel, chegou a dar 150 biliões de dólares ao Irão - que permitiram a
compra de armas e o desenvolvimento nuclear - e depois quis apaziguá-los com um acordo.
É possível que outros acordos tenham lugar brevemente.
O desespero dos Democratas é evidente e o aparente plano de Obama para descartar Biden e
tornar Kamala Harris presidente e fazê-la rodear depois por gente de confiança, tutelada por ele,
Obama.
Uma palavra mais sobre Kamala: frequentou um colégio e uma faculdade de Direito medíocres;
falhou o seu primeiro exame na barra; passando numa segunda tentativa, obtendo um trabalho como
procurador júnior em Alameda. Depois encontrou ???? , um político poderoso da Califórnia, 30 anos
mais velho, e passou a dormir com ele. De repente conseguiu uma série de trabalhos e funções cada vez
mais importantes, até chegar a Senadora, ficando a partir daí passível de concorrer à Casa Branca.
Abandonou o seu "marido" Willie e passado algum tempo casou com um advogado branco judeu. Diz-se
que pelo menos tem inteligência para escolher a cama certa para progredir em frente. Daí a alcunha que
ganhou de "Heels-up Harris".
Os Democratas perderam a "guerra" pelo voto por correspondência, e ao condicionamento do
voto presencial, até o Dr. Fauci afirmou não haver razão para que as pessoas não possam ir votar nas
assembleias de voto.
Acresce a isto os cheques que a Administração Trump vai fazendo chegar aos contribuintes ( a
que a nacionalização parcial e, para já, temporária do FED, tem permitido); a degradação dos números
da criminalidade e violência gratuita - que inclusivamente pode fazer a tendência da votação maioritária
da população negra em votar democrata, para o campo republicano (uma questão sempre essencial em
qualquer eleição); a realização dos debates e as esperadas revelações em Setembro, do Procurador ???,
que está a ???? a alegada espionagem na campanha de Trump, em que se espera que altos funcionários
da Administração Obama possam ser presos, um escândalo muito maior do que o "Watergate" e os
resultados das eleições podem trazer surpresas grandes.
Nem toda a gente é burra ou ignorante e sabem resistir à lavagem ao cérebro da maioria dos
OCS e da demagogia e mentiras políticas.
Em conclusão, pondo de parte as características pessoais dos candidatos o que está em jogo
nestas eleições são fins (por isso tem algo de teleológico) políticos e sociais antagónicos e a subversão ou
não do actual "status quo" - note-se que não falo em evolução sociológica.
Ou seja, o nacionalismo, o patriotismo e a soberania versus o mundialismo (antigamente
conhecido por internacionalismo); o governo do Estado-Nação, ou o governo da "Nova Ordem Mundial".
A cultura da vida em contraste com a cultura da morte; a "escravatura" em oposição à liberdade
económica; os valores morais face à sua destruição ou relativização; a defesa da virtude em contraponto
ao elogio do vício e a corrupção como coisa "normal"; a religião versus o ateísmo; a ordem com
fundamento da sociedade, em contraponto do caos definidor de uma nova ordem; os patriotas face aos
"cidadãos do mundo" e aos "indiferentes". A aceitção crítica da História como ela foi, em contrapartida
com a trasnformação da mesma e medida das conveniências ideológicas, etc.
Não é de somenos.
O resto é o pão e circo costumeiro de qualquer eleição o que na América é sempre
exponenciado, o que só tem limite nas somas astronómicas disponíveis e gastas. Chamam a isso
Democracia Representativa.
O Congresso Republicano terminou, significativamente com uma Avé Maria.
Será isso um indício do comprimento da mensagem de Fátima?
Temos as maiores dúvidas.
E no que a nós portugueses diz respeito, então, estamos mesmo muito longe.

João José Brandão Ferreira


Oficial Piloto Aviador (Ref)

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