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Notícias Relacionadas ao Desmatamento no Cerrado

"Cerrado: áreas abandonadas não conseguem recuperar a


biodiversidade da savana" - 11/05/2018
. Novo estudo descobre que áreas abandonadas no Cerrado brasileiro não recuperam sua
biodiversidade nativa mesmo depois de 25 anos. O bioma já cobriu 2 milhões de
quilômetros quadrados, mas sua rápida transformação em terra destinada ao agronegócio
significa que menos da metade da vegetação nativa da região ainda sobrevive.

. Pesquisadores testaram 29 trechos de terras do Cerrado que foram abandonadas por 3 a


25 anos e descobriram que a maioria das plantas e animais nativos não retornou ao seu
habitat. Após quase 25 anos de abandono, a savana recuperada continuava a não ter 37% de
suas espécies nativas.

. O Código Florestal Brasileiro exige que pelo menos 20% das propriedades rurais privadas
do Cerrado não sejam cultivadas. No entanto, o novo estudo aponta que a legislação não
consegue atender seu objetivo de proteger e restaurar espécies nativas quando a terra
conservada é alguma área degradada, já que a vegetação nativa não reaparece.

. Os pesquisadores indicam uma forma de impulsionar a biodiversidade: usar queimadas


como ferramenta de manejo da terra. Os incêndios são processos que ocorrem
naturalmente no Cerrado. Essa destruição artificial permite que as árvores cresçam,
reduzindo a biodiversidade. Assim, o restabelecimento das queimadas poderia ajudar a
restaurar a vegetação nativa, bem como outras espécies.
Se essa cobertura vegetal não for aparada por queimadas periódicas, essas
savanas apresentam a tendência natural de se tornarem densas e se
transformarem em florestas, perdendo, assim, muito de sua vida animal e vegetal,
de acordo com os pesquisadores.

Mesmo que os pastos abandonados se recuperem rapidamente, eles são mais


pobres, em termos de valor e diversidade biológicos, do que os que originalmente
eram encontrados ali.

De acordo com os pesquisadores, a mesma dinâmica se aplica às áreas


abandonadas. Se não há queimadas nelas, depois de aproximadamente 49 anos,
a terra se torna uma floresta com pouca diversidade, ao invés de um matagal rico
em biodiversidade.

O Cerrado brasileiro é o lar de 60 espécies listadas como vulneráveis pela IUCN.


Dentre os mamíferos estão a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), o lobo-guará,
o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, a anta, o cervo-do-pantanal, e o veado-
campeiro (Ozotoceros bezoarticus)

Os pesquisadores destacam, no entanto, que se o objetivo da restauração não é


apenas obter uma maior biodiversidade, mas também aumentar a retenção de
carbono (a fim de mitigar ou retardar o aquecimento global), ou regenerar o solo
de forma mais rápida, então a “restauração passiva”, que evita a prática de
queimadas, pode ser eficiente

Cava MGB, Pilon NAL, Ribeiro MC, Durigan G (2018). Abandoned pastures cannot spontaneously
recover the attributes of old‐growth savannas. J Appl Ecol.

http://www.ccst.inpe.br/cerrado-areas-abandonadas-nao-conseguem-recuperar-biodiversidade-da-
savana/

"Entidades discutem produção de soja com sustentabilidade no


Cerrado"
.Aprosoja Brasil (A Associação dos Produtores de Soja e Milho):

A moratória da soja nada teve a ver com a queda do desmatamento no Brasil, que
se intensificou a partir de 2004, antes da moratória, e se consolidou com níveis
próximos a zero após o início da discussão do novo código florestal e sua
promulgação;

Trata-se (a moratória) de peça publicitária internacional que prejudica muito a


imagem dos sojicultores brasileiros, indo na direção oposta ao que o atual
Governo Federal intenta fazer, que é promover a sustentabilidade do Agro
nacional no exterior;

O Cerrado brasileiro não está ameaçado de acabar e a soja não é fator relevante
de desmatamento, nem neste bioma, nem no bioma amazônico;

O Cerrado do MATOPIBA está 72% preservado, sendo que a agricultura ocupa


apenas 5% de sua área, enquanto que a soja abrange 3% da área originalmente
ocupada pelo bioma na região;

Portanto, a área de soja no Cerrado do MATOPIBA pode dobrar sem ameaçar a


preservação do bioma, ao contrário do que vociferam europeus e suas ONGs.

https://olivre.com.br/entidades-discutem-producao-de-soja-com-sustentabilidade-no-cerrado

Propostas de Solução

Uma abordagem de conservação ecológica mais eficiente seria


proteger as partes do Cerrado cobertas por vegetação nativa,
enquanto se usa as terras já degradadas para expansão agrícola.Mas
essa abordagem bate de frente com o Novo Código Florestal, já que
ele não diferencia vegetação nativa e áreas degradadas. Assim, a
implementação dessa abordagem demandaria a revisão do Código
para que ele fosse guiado por resultados de pesquisas científicas.
Instituto Dom de Educar

Série: 1º Ano

Aluno: Rafael Silva Almeida

Professora: Ana Kátia

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