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Joias Brutas

Essa obra do estúdio A24 veio com interessantíssima proposta em apresentar


o estilo de vida do conturbado e intempestivo Howard Ratner e sua busca em
sempre vencer em suas apostas e se dá bem em cima de tudo e a todos. O
roteiro foi preciso e muito bem atencioso em estabelecer e desenvolver todo o
caráter e natureza do protagonista que apesar de ser uma pessoa considerada
por muitos como desprezível, impulsiva e instável, de alguma forma consegue
conquistar certa simpatia do espectador, algo que eu daria crédito a condução
da direção dos Irmãos Safdie.

Uma das primeiras impressões desse filme e que perdurou por toda
experiência foi o quão caótico e confuso são apresentadas as situações em
toda obra, passeando em marés de sorte e azar para o protagonista, sua
relação perdida com sua família e suas condições financeiras instáveis. O
enredo em geral é recheado de momentos ora incômodos ou ora frenéticos ou
ora dramáticos, deixando essa obra com uma grande variedade de temas e
camadas a se analisar. No âmbito das atuações, Adam Sandler está
completamente imerso em sua personagem, demostrando uma dedicação
evidente em se transformar, algo que faz nos esquecer do histórico de
comédias pastelonas comuns em sua filmografia.

Idina Menzel e Julia Fox estão excelentes também e outros atores estão todos
razoáveis em seus papéis, inclusive o próprio KG e Weeknd, atrações
diferenciais da obra. A fotografia revela toda sua intenção em enfatizar o caos e
desordem que reinam no enredo, intencionalmente é claro. Apesar de não
fazer meu estilo de filme, surpreendeu-me muito, de forma positiva, o que não
me fez ter grandes ressalvas da obra. Ainda assim, Joias Brutas não é filme
perfeito, tendo acontecido certas conveniências no roteiro e outros problemas
menores, mas como um todo se provou um ótimo filme a se poder assistir.

Nota: 4,5

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