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Aula 3 – Literatura – Renascimento/Classicismo

Contexto histórico – Séc. XV e XVI

Transição Feudalismo – Mercantilismo


Expansão das atividades comerciais, crescimento das cidades, êxodo rural
Domínio da Igreja Católica contestado
Renascimento: surgimento da ciência moderna, contestação do teocentrismo e da filosofia escolástica
(subordinada à fé)
Florescimento intelectual do homem, tanto nas artes como na ciência
Transformações na política, economia e vida social.
Início em Portugal: 1527
A crise religiosa (era a época da Reforma Protestante, liderada por Lutero);
As grandes navegações (o homem foi além dos limites da sua terra);
A terra era redonda (o mar não havia abismos nem monstros);
Crescimento do comércio e das cidades;
A invenção da Imprensa que contribuiu muito para a divulgação das obras de vários autores gregos e
latinos (cultura clássica) proporcionando mais conhecimento para todos.
A ciência passou a questionar os dogmas da igreja.
Foi na arte renascentista que o antropocentrismo atingiu a sua plenitude, agora, era o homem que
passava a ser evidenciado, e não mais Deus. A arte renascentista se inspirava no mundo greco-romano
(Antiguidade Clássica) já que estes também eram antropocêntricos.
Racionalismo: a razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era
controlada pela razão.
Universalismo: os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação
universal) passaram a ser privilegiadas.
Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e
preocupação.
Presença da mitologia greco-latina
Humanismo: o homem dessa época se liberta dos dogmas da Igreja e passa a se preocupar com si
próprio, valorizando a sua vida aqui na Terra e cultivando a sua capacidade de produzir e conquistar.
Porém, a religiosidade não desapareceu por completo.
Idealização amorosa
Paganismo, nacionalismo
Gosto pelo soneto, busca do equilíbrio formal.

“O homem passa a ser visto agora como algo infinitamente grandioso e valioso” (O Mundo de Sofia
– Jostein Gaarder)

O nascimento de Vênus (1483) – Botticelli


Camões: Os Lusíadas e os sonetos

Um dos maiores nomes da Literatura Universal, e certamente, o maior nome da Literatura Portuguesa.
Escreveu poesias (líricas e épicas) e peças teatrais, porém sua obra mais conhecida e consagrada é a
epopeia “Os Lusíadas” considerada uma obra-prima. Essa obra é dividida em 10 partes (cantos) com
8816 versos distribuídos em 1120 estrofes e narra a viagem de Vasco da Gama às Índias enfatizando
alguns momentos importantes da história de Portugal. Outros escritores existiram, porém não tiveram
tanto destaque quanto Camões, são eles: Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Antonio Ferreira. O
Classicismo terminou em 1580, com a passagem de Portugal ao domínio espanhol e também com a
morte de Camões.
Características de uma epopeia - É escrita em versos. - O tema é sempre grandioso e heroico e refere-
se à história de um povo. - É composta de proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo.

Episódio do Gigante Adamastor


Os Lusíadas
Narra os feitos da chegada ao oriente pela África com Vasco da Gama como líder;
O herói: quase um deus centralizador de poder;
O herói não é Vasco da Gama, mas todos os portugueses liderados por ele destacando o espírito
nacionalista;
Divulga o cristianismo, apesar de mencionar deuses do olimpo (baseado na Odisseia , na Ilíada e na
Eneida);
Conciliou o maravilhoso pagão com o maravilhoso cristão;
Estrutura: 1102 estrofes, em oitava-rima e com 10 cantos;
Partes principais
1. Introdução
a) Proposição: apresenta o que será cantado – os feitos heroicos dos barões de Portugal (1 – 3);
b) Invocação das ninfas pedindo inspiração para os poemas (4,5);
c) Dedicatória do poema a D. Sebastião (6 – 18)
2. Narração (canto I est. 19 – canto X est. 144)3. Epílogo (145 – 156)
Trecho de Os Lusíadas
https://www.youtube.com/watch?v=yJNeB_hJnnk
A poesia Lírica

Análise:
Do sensível à Ideia - Platão
Platão diz que as ideias são imagens imperfeitas da realidade que não muda e que a sensibilidade são
meras sombras. Diz que a realidade é sem forma e sem cor que não pode ser tocada, e é também aquela
que é contemplada pela inteligência e constitui a luz da alma.

Para ver: https://www.youtube.com/watch?v=aZ10dUEGG3Y

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