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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

OSVAIR LUIS CIBULSKI JUNIOR

ESTUDO DA MODELAGEM DE RADIER RÍGIDO EM CONCRETO


ARMADO NA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PATO BRANCO
2016
OSVAIR LUIS CIBULSKI JUNIOR

ESTUDO DA MODELAGEM DE RADIER RÍGIDO EM CONCRETO


ARMADO NA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação


apresentado ao Departamento Acadêmico de
Engenharia Civil – DACOC – da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como
requisito parcial à obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil. .

Orientador: Prof. Dr. Gustavo Lacerda Dias

PATO BRANCO
2016
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

TERMO DE APROVAÇÃO

ESTUDO DA MODELAGEM DE RADIER RÍGIDO EM


CONCRETOARMADO NA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOLO-
ESTRUTURA

OSVAIR LUIS CIBULSKI JUNIOR

No dia 24 de novembro de 2016, às 13h00min, na Sala de Treinamento da Universidade Tecnológica


Federal do Paraná, este trabalho de conclusão de curso foi julgado e, após arguição pelos membros da
Comissão Examinadora abaixo identificados, foi aprovado como requisito parcial para a obtenção do
grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná– UTFPR,
conforme Ata de Defesa Pública nº37-TCC/2016.

Orientador: Prof. Dr. GUSTAVO LACERDA DIAS (DACOC/UTFPR-PB)

Membro 1 da Banca: Profª. Drª. HELOIZA PIASSA BENETTI (DACOC/UTFPR-PB)

Membro 2 da Banca: Prof. Esp. DIOGO ROSSETTO (DACOC/UTFPR-PB)


A meu pai Osvair Luís Cibulski (in
memoriam). À minha mãe Juraci de Maria
Moraes, exemplo de aspiração, dedicação
e perseverança. Aos meus irmãos, Marcus
Vinícius de Moraes Cibulski e Ana Valéria
Cibulski. Pessoas as quais foram
imprescindíveis nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por conduzir-me sabiamente durante todos esses


anos de graduação, bem como por toda a minha vida.
A minha mãe Juraci, pela criação que nos foi dada, sempre nos incentivando a buscar
o novo, desconhecido e sobretudo cobiçado, permitindo-me sonhar, acreditar que sou
capaz de alcançar meus propósitos, porém sem nunca esquecer a diligência
necessária para o mesmo. E por todo o esforço e dedicação para custear tanto a
minha formação quanto para com a educação de meus dois irmãos.
Agradeço aos meus irmãos, Marcus e Ana Valéria, pela troca mútua de sonhos e
ideais, além de serem meu espelho, mesmo quando tão diferentes.
Aos amigos de infância, Lucas Lima, Rodrigo Baggio e Igor G. Hoelscher, os quais a
amizade perdura até os dias de hoje por mais afastados que estejamos.
Aos meus colegas de universidade, especialmente aos amigos próximos, Anaxágora,
Doglas, Felipe, Guilherme, Gustavo, João Marcos, João Silvio, Luiz Henrique e
Valdemar, os quais compartilhei os melhores momentos nesta instituição e nesta
cidade.
Agradeço aos amigos, Ágnes, Alejandra, Clémence, Eleonora, Emilia, Filipe, Hary,
Maísa, Matheus, Mathilde, Wadim, Yoann e tantas outras pessoas que fizeram parte
da minha vida em Budapeste, também a todos da “família Baja”, sobretudo a André,
Douglas, Pedro e Roque, os quais convivi quase que diariamente e trabalharam muito
comigo para os êxitos obtidos no meio acadêmico em meu intercâmbio.
Meus mais sinceros agradecimentos ao Prof. Dr. Simon Tamás Károly, professor
associado à Budapest University of Technologies and Economics, o qual me recebeu,
acreditou, e me deu todo o suporte para desenvolver minha pesquisa no período de
intercâmbio.
Finalmente a todos os meus professores da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, os quais contribuíram para a minha formação, em especial para os membros
da banca, por aceitar o convite e contribuir ao trabalho, e ao orientador Prof. Dr.
Gustavo Lacerda Dias, o qual ajudou a nortear-me tanto na concepção quanto no
desenvolvimento e conclusão deste trabalho, e por várias vezes me deu conselhos,
profissionais e de vida, em toda a nossa vivência nesta instituição.
A todos vocês o meu mais sincero agradecimento e respeito.
EPÍGRAFE

“A sede de conhecimento é como a água,


imprescindível para a vida, quem estaciona no tempo
e desiste de aprender coisas novas, esquece o
preceito da vida, evoluir sempre.
A sede de conhecimento estimula a fonte da
sabedoria, fortalece a mente vazia, aquece o coração
perturbado[...]”

Dra. Miriam Zelikowski


RESUMO

CIBULSKI JUNIOR, Osvair Luis. Estudo da modelagem de radier rígido em


concreto armado na análise da interação solo-estrutura. 2016. xxx f. Trabalho de
Conclusão do Curso de Engenharia Civil – Departamento Acadêmico de Construção
Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, 2016.

Este trabalho apresenta uma revisão do dimensionamento de radier rígido em


concreto armado, juntamente com alguns conceitos necessários para o mesmo, como
por exemplo a previsibilidade de recalques, a interação solo-estrutura, e metodologias
mais conhecidas para a modelagem de fundações do tipo Radier. Foi dimensionada
uma fundação do tipo Radier sobre base elástica, com o auxílio do software SAP 2000
para a obtenção dos esforços internos da estrutura, para uma edificação de 2 (dois)
pavimentos, sendo o objeto de estudo principal a interação solo-estrutura,
considerando o solo como um semi-espaço elástico linear, e para isto utilizou-se uma
discretização por métodos não-rígidos, mais especificamente a hipótese de Winkler,
a qual considera o solo como uma cama de molas distribuídas uniformemente. Os
critérios de obtenção do coeficiente de reação vertical do solo são apresentados ao
longo do trabalho em capítulo específico. Como resultado, pode-se perceber a
importância da análise da interação solo-estrutura para aproximar o modelo analítico
com o comportamento real da estrutura.

Palavras-chave: radier, concreto armado, SAP 2000, método de Winkler, analogia de


grelha.
ABSTRACT

CIBULSKI JUNIOR, Osvair Luis. Design study of mat foundation in reinforced


concrete in the analysis of soil-structure interaction. 2016. xxx p. Civil Engineering
Diploma Work – Academic Department of Building Construction, Federal University of
Technology – Paraná – UTFPR, Pato Branco, 2016.

This paper presents an overview of the designing methods for rigid mat foundations,
along with some essential concepts for them, such as the settlements estimation, soil-
structure interaction, and best-known methods for modeling mat foundations. A Mat
foundation on elastic base has been designed with the aid of SAP 2000 software in
order to obtain the internal stresses of the structure of a 2 (two) story building. The
main object of study is the soil-structure interaction, considering soil as a linear elastic
half-space, and it used a non-rigid discretization method, more specifically Winkler’s
hypothesis, which considers the soil as a bed of springs distributed uniformly. The
criteria for obtaining the coefficient of subgrade reaction are presented throughout the
work in a specific chapter. As a result, it was possible to realize the importance of soil-
structure interaction analysis to approximate the analytical model with the actual
behavior of the structure.

Keywords: raft slab foundation, reinforced concrete, SAP 2000, Winkler’s method, grid
method, mat foundation.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplos de fundações superficiais ........................................................ 15


Figura 2 – Tipos de fundações: (a) superficiais; (b) profundas ................................. 16
Figura 3 – Exemplos de fundações profundas: (a) Estaca; (b) Tubulão .................... 16
Figura 4 – Edificação em wood-frame com fundação radier ..................................... 17
Figura 5 – Detalhes do projeto de fundação do Burj Dubai ....................................... 20
Figura 6 – Tipos de radiers planos: (a) radier liso; (b) radier cogumelo; (c) radier
nervurado; (d) radier tipo caixão................................................................................ 23
Figura 7 – Esquema de execução da camada de regularização ............................... 26
Figura 8 – Esquema de armaduras da laje e arranque de pilares para um pilar de
centro ........................................................................................................................ 27
Figura 9 – Esquema de armaduras da laje e arranque de pilares para um pilar de
periferia ..................................................................................................................... 28
Figura 10 – Espaçadores moldados in loco para armadura inferior (esquerda) e
superior (direita) ........................................................................................................ 28
Figura 11 – Concretagem de um radier ..................................................................... 29
Figura 12 – Elaboração dos projetos estrutural e de fundações ............................... 30
Figura 13 – Fator de Influência IF .............................................................................. 34
Figura 14 – Hipótese de Winkler ............................................................................... 37
Figura 15 – Determinação do coeficiente de reação vertical: (a) Ensaio de placa; (b)
gráfico real da tensão vs. Deformação; (c) gráfico idealizado da tensão vs.
Deformação ............................................................................................................... 39
Figura 16 – Representação de grelha sobre base elástica ....................................... 44
Figura 17 – Método das diferenças finitas com equações para dado nó .................. 46
Figura 18 – Elementos de placa sobre apoio elástico ............................................... 47
Figura 19 – MEF utilizando um elemento de placa retangular .................................. 47
Figura 20 – Organograma do planejamento da pesquisa ......................................... 49
Figura 21 – Cálculo do ks para os pontos A, B e C ................................................... 52
Figura 22 – Obtenção dos fatores de influência através do FFACTOR .................... 53
Figura 23 – Área de influência dos nós ..................................................................... 54
Figura 24 – Propriedades dos materiais no SAP2000 ............................................... 56
Figura 25 – Perspectiva do projeto arquitetônico ...................................................... 56
Figura 26 – Planta de fôrmas .................................................................................... 57
Figura 27 – Modelo Analítico da estrutura com pilares engastados .......................... 57
Figura 28 – Modelo tridimensional do projeto arquitetônico ...................................... 58
Figura 29 – Lajes da cobertura.................................................................................. 59
Figura 30 – Malha do radier ...................................................................................... 60
Figura 31 – Modelo do radier .................................................................................... 61
Figura 32 – Comportamento indesejado devido a não aplicação de restrições locais
nos nós ...................................................................................................................... 62
Figura 33 – Comportamento desejado devido a ação de uma carga uniforme
distribuída .................................................................................................................. 62
Figura 34 – Modelo analítico considerando a interação solo-estrutura ..................... 63
Figura 35 – Perímetro crítico em pilares internos ...................................................... 64
Figura 36 – Valores de K ........................................................................................... 65
Figura 37 – Seção transversal do Radier .................................................................. 66
Figura 38 – Configuração deformada para as estruturas INDES1 e INDES2 ........... 68
Figura 39 – Configuração deformada para a estrutura INTER1 ................................ 69
Figura 40 – Configuração deformada para a estrutura INTER2 ................................ 69
Figura 41 – Diagrama de momentos fletores para as estruturas INDES1 e INDES2 70
Figura 42 – Diagrama de momentos fletores para a estrutura INTER1 .................... 71
Figura 43 – Diagrama de momentos fletores para a estrutura INTER2 .................... 71
Figura 44 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INDES1 .............. 73
Figura 45 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INTER1 .............. 73
Figura 46 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INDES1 .............. 74
Figura 47 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INTER1 .............. 74
Figura 48 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INDES2 .............. 75
Figura 49 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INTER2 .............. 75
Figura 50 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INDES2 .............. 76
Figura 51 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INTER2 .............. 76
Figura 52 – Diagramas de esforços na direção y do pilar P4 para a estrutura INDES1
.................................................................................................................................. 77
Figura 53 – Diagramas de esforços na direção y do pilar P4 para a estrutura INTER1
.................................................................................................................................. 77
Figura 54 – Diagramas de esforços na direção x para o pilar P23 da estrutura INDES1
.................................................................................................................................. 78
Figura 55 – Diagramas de esforços na direção x para o pilar P23 da estrutura INTER1
.................................................................................................................................. 78
Figura 56 – Diagramas de esforços para a viga V19 da estrutura INDES1 .............. 79
Figura 57 – Diagramas de esforços para a viga V19 da estrutura INTER1 ............... 79
Figura 58 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P8 da estrutura INDES1 ...... 80
Figura 59 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P8 da estrutura INTER1 ...... 80
Figura 60 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P20 da estrutura INDES1 .... 81
Figura 61 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P20 da estrutura INTER1 .... 81
Figura 62 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P19 da estrutura INDES1 .... 82
Figura 63 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P19 da estrutura INTER1 .... 82
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores típicos de µs ............................................................................... 32


Tabela 2 – Faixa de valores típicos do Módulo de deformabilidade Es ..................... 35
Tabela 3 – Compacidade de solos granulares e consistência de solos argilosos ..... 35
Tabela 4 – Valores de ksi [kN/m³] de acordo com Terzaghi (1955) ........................... 40
Tabela 5 – Coeficiente de Reação Vertical Ksi .......................................................... 42
Tabela 6 – Fatores de Influência ............................................................................... 53
Tabela 7 – Valores calculados de Ks ......................................................................... 53
Tabela 8 – Parâmetros geotécnicos dos solos .......................................................... 54
Tabela 9 – Valores de kv [kN/m] ................................................................................ 55
Tabela 10 – Altura útil d em função dos esforços de punção .................................... 66
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação (1) ............................................................................................................... 23
Equação (2) ............................................................................................................... 33
Equação (3) ............................................................................................................... 33
Equação (4) ............................................................................................................... 33
Equação (5) ............................................................................................................... 33
Equação (6) ............................................................................................................... 34
Equação (7) ............................................................................................................... 34
Equação (8) ............................................................................................................... 35
Equação (9) ............................................................................................................... 38
Equação (10) ............................................................................................................. 39
Equação (11) ............................................................................................................. 39
Equação (12) ............................................................................................................. 40
Equação (13) ............................................................................................................. 40
Equação (14) ............................................................................................................. 41
Equação (15) ............................................................................................................. 41
Equação (16) ............................................................................................................. 41
Equação (17) ............................................................................................................. 45
Equação (18) ............................................................................................................. 51
Equação (19) ............................................................................................................. 51
Equação (20) ............................................................................................................. 64
Equação (21) ............................................................................................................. 65
Equação (22) ............................................................................................................. 65
Equação (23) ............................................................................................................. 65
Equação (24) ............................................................................................................. 65
Equação (25) ............................................................................................................. 83
Equação (26) ............................................................................................................. 83
Equação (27) ............................................................................................................. 83
Equação (28) ............................................................................................................. 83
Equação (29) ............................................................................................................. 83
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................... 18
1.1.1 Objetivos Gerais ........................................................................................... 18
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 18
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 19
2 CONCEITO DE RADIER ................................................................................. 22
2.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 22
2.2 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................ 22
2.2.1 No que concerne à geometria ...................................................................... 22
2.2.2 No que concerne à rigidez à flexão .............................................................. 23
2.2.3 No que concerne à tecnologia ...................................................................... 24
2.3 MATERIAIS ..................................................................................................... 25
2.4 PROCESSO CONSTRUTIVO ......................................................................... 25
3 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA.................................................................. 30
3.1 PREVISIBILIDADE DOS RECALQUES .......................................................... 31
3.1.1 Recalques imediatos .................................................................................... 33
3.1.2 Recalques por adensamento ....................................................................... 36
3.2 MÉTODOS DE ANÁLISE ................................................................................ 36
3.2.1 Hipótese de Winkler ..................................................................................... 36
3.3 COEFICIENTES DE REAÇÃO DO SOLO (𝜅𝑠) ................................................ 38
3.3.1 Determinação do 𝜅𝑠 através do ensaio de placa.......................................... 38
3.3.2 Determinação do 𝜅𝑠 através de correlações com propriedades elásticas do
maciço do solo .......................................................................................................... 41
4 MÉTODOS DE CÁLCULO .............................................................................. 43
4.1 MÉTODO DA VIGA SOBRE BASE ELÁSTICA ............................................... 43
4.2 MÉTODO DA GRELHA SOBRE BASE ELÁSTICA ......................................... 43
4.3 MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS .......................................................... 45
4.4 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS (MEF) ............................................... 46
5 METODOLOGIA .............................................................................................. 48
5.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA................................................................... 48
5.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA .................................................................. 48
6 PROCEDIMENTO GERAL DE DIMENSIONAMENTO .................................... 50
6.1 PROFUNDIDADE MÍNIMA DA BASE DO RADIER E CAPACIDADE DE CARGA
DO SOLO .................................................................................................................. 50
6.2 PERFIL E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO .................................. 51
6.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS ................................................ 55
6.4 MORFOLOGIA DA ESTRUTURA ................................................................... 56
6.4.1 Modelagem da superestrutura e infraestrutura em separado ....................... 60
6.4.2 Modelagem da superestrutura e infraestrutura em conjunto ........................ 62
6.5 ESPESSURA INICIAL DO RADIER ................................................................ 63
6.6 VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS .................................................................. 67
6.7 DIMENSIONAMENTO FINAL .......................................................................... 83
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 85
7.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................... 87
BIBLOGRAFIA .......................................................................................................... 88
APÊNDICE ................................................................................................................ 92
ANEXOS ................................................................................................................... 99
15

1 INTRODUÇÃO

A infraestrutura de uma edificação tem como finalidade enquadrar, suportar e


transmitir as solicitações da construção para o solo. E as fundações são elementos
estruturais que fazem parte da infraestrutura e são responsáveis pela transmissão das
cargas da superestrutura ao terreno onde ela se apoia (AZEREDO, 1977).
A ABNT NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações – classifica as
fundações em superficiais (também conhecidas como rasas ou diretas) e profundas.
Fundação superficial é definida como um elemento de fundação onde a transmissão
de esforços para o terreno ocorre essencialmente pela sua base, e sua cota de
assentamento é menor ou igual que duas vezes a sua menor dimensão em planta
(Figuras 1 e 2a). E fundação profunda é um elemento de fundação que transmite as
solicitações para o terreno principalmente pela resistência de fuste, ou seja, é a
resistência devido ao atrito de suas paredes com o solo em questão (Figuras 2b e 3).

Figura 1 – Exemplos de fundações superficiais


Fonte: Adaptado de Velloso e Lopes (2010).
16

Figura 2 – Tipos de fundações: (a) superficiais; (b) profundas


Fonte: Velloso e Lopes (2010).

Figura 3 – Exemplos de fundações profundas: (a) Estaca; (b) Tubulão


Fonte: Velloso e Lopes (2010).

As fundações superficiais são divididas em blocos, sapatas, sapatas


associadas, sapatas corridas e radier. Estes elementos são definidos a seguir
conforme a NBR 6122/2010.
Bloco é um elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem
necessidade de armadura. Sapata é elemento de fundação superficial, de concreto
armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam
17

resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim. A sapata
associada é uma sapata comum a mais de um pilar. Sapata corrida é uma sapata
sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um
mesmo alinhamento.
Já o radier, objeto de estudo deste trabalho (Figura 4), é definido como um
elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma
estrutura, distribuindo os carregamentos para o solo.

Figura 4 – Edificação em wood-frame com fundação radier


Fonte: Nossa Engenharia (2016).

Segundo Santos (1987), o radier é uma placa de fundação em concreto


armado que recebe o carregamento total de uma estrutura, e que por solidarizar vários
pilares, tem-se uma redução significativa nos recalques diferenciais da estrutura.
A fundação do tipo radier é comumente utilizada em superfícies irregulares ou
relativamente frágeis, onde um grande número de sapatas seria requerido e uma
camada resistente não está próxima o suficiente para justificar o uso de fundações
profundas, ou seja, é empregada quando o uso de soluções tradicionais se mostra
inviável tanto pelo aspecto técnico quanto pelo econômico. Um critério geralmente
empregado para a sua escolha, em substituição às sapatas, consiste em verificar a
área total das mesmas em planta, e se estas cobrirem mais da metade da área de
projeção da edificação é defendido o uso do radier (AMERICAN CONCRETE
INSTITUTE, 2002).
18

De acordo com Albino e Mascia (2009), o uso desse sistema no país recebe
pouca atenção tanto do ponto de vista estrutural quanto do ponto de vista executivo,
e isto se comprova haja vista que até o presente momento não existe uma norma
específica para o dimensionamento e execução de radier, recomendações estas que
poderiam evitar vários problemas que são simplesmente ignorados.
Dória (2007) afirma que, no Brasil ainda existe um mito de que o sistema em
radier é mais oneroso que sistemas tradicionais compostos por vigas baldrame e
estacas. Mito que se fundamenta na realidade de algumas décadas atrás, quando o
controle de qualidade do concreto era baixo, e a oferta de concreto usinado era
escassa. Nos dias atuais é possível se executar um radier com economia e rapidez
desde que seja bem projetado, além disso convém, mencionar que o radier
proporciona uma plataforma estável para o restante da edificação.
E para tal realização, um projeto eficiente e econômico necessita de um
estudo da superestrutura como um todo, desde o dimensionamento geométrico do
radier, passando pela análise da interação solo-estrutura (ISE) e previsão dos
recalques, até o dimensionamento estrutural. Este trabalho busca esclarecer estas
premissas de dimensionamento, frisando a importância da análise da ISE e previsão
dos recalques, atuando na redistribuição de esforços na estrutura.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivos Gerais

Analisar o comportamento dos esforços internos em estruturas de concreto


armado com fundação do tipo Radier rígido em concreto armado, levando em
considerando a análise da interação solo-estrutura em dois diferentes níveis, o
primeiro considerando o mecanismo de interação solo-infraestrutura, e o segundo
considerando a interação solo-infraestrutura-superestrutura.

1.1.2 Objetivos Específicos

 Realizar uma revisão bibliográfica do conceito de fundação radier, dos


fundamentos da interação solo-estrutura, e da importância da previsão e controle de
recalques na engenharia de fundações;
19

 Abordar as etapas construtivas deste tipo de fundação;


 Recapitular as diferentes metodologias de cálculo dos esforços internos
do radier;
 Estruturar uma sistemática de dimensionamento de fundação radier;
 Dimensionar uma fundação radier em concreto armado, para uma
edificação de 2 (dois) pavimentos, utilizando diferentes perfis de solo e analisar os
resultados quanto à sua viabilidade técnica;
 Estudar a interação solo-estrutura, modelando o terreno como um meio
linear elástico, utilizando a Hipótese de Winkler.

1.2 JUSTIFICATIVA

A utilização de fundações do tipo Radier ainda é pouco difundida no mercado


nacional da construção civil, tanto por falta de bibliografia base e critérios definidos
em norma, quanto a algumas crenças que são difundidas quanto à sua aplicação,
como a da utilização somente em edificações de baixo custo, sejam estas edificações
térreas ou de sobrados.
Há também considerações de que o sistema composto por estacas e vigas
baldrames seria economicamente viável em comparação ao radier, onde na verdade
esta técnica é altamente difundida há anos em países como Estados Unidos, Canadá,
Austrália e na Europa como um todo. Nestes países, o emprego dessa solução vai
desde edificações de um pavimento até edifícios de 4 a 5 pavimentos com radier em
concreto armado simplesmente apoiado no solo.
Há ainda variações deste tipo de fundação, como por exemplo o radier
estaqueado, que é empregado em arranha-céus, como no caso do edifício Burj Dubai,
que ocupa a posição de edifício mais alto do mundo com 828 metros de altura,
utilizando-se de um radier de 3,7 metros de espessura, suportado por estacas de 1,5
metros de diâmetro e aproximadamente 50 metros de profundidade, conforme
ilustrado na Figura 5 (POULOS e BOUNCE, 2008).
20

Figura 5 – Detalhes do projeto de fundação do Burj Dubai


Fonte: Souza (2014).

Este estudo tem sua singularidade, pois existem poucas bibliografias


disponíveis em língua portuguesa que tratam sobre o dimensionamento de fundações
do tipo Radier, tampouco a respeito da análise da interação solo-estrutura, e será
capaz, portanto, de auxiliar profissionais da área na concepção e dimensionamento
deste tipo de estrutura.
A importância deste trabalho está vinculada a inovação na construção civil,
colaborando para assingelar a aplicação desta técnica em substituição às fundações
mais tradicionais quando viável ou necessário. E, portanto, diretamente atrelada a
necessidade de os profissionais agregarem conhecimento sobre a aplicabilidade e
dimensionamento desse tipo de fundação, que pode resultar na execução mais rápida,
redução na mão de obra, e um baixo custo em relação a outros tipos de fundação,
especialmente em terrenos argilosos de baixa capacidade.
Este trabalho busca contribuir para o desenvolvimento das técnicas
construtivas no país, visando aprimorar a compreensão dos critérios de
dimensionamento de estruturas de fundação do tipo Radier, tendo em vista que o
21

radier a já bastante difundido e largamente utilizado juntamente com métodos


construtivos leves em vários países. O que torna uma alternativa viável pelo seu bom
desempenho como fundação, e pela possibilidade de dispensa de execução de
contrapiso, visto que sua superfície é lisa e homogênea.
22

2 CONCEITO DE RADIER

2.1 DEFINIÇÃO

A norma brasileira ABNT NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações


define radier como um elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos
os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos.
Porém, o American Concrete Institute (ACI) classifica este tipo de estrutura
em dois grupos, slab on grade e mat foundation, cada um com sua norma específica.
A ACI 360-92/1997 – Design of Slabs on Grade, define slab on grade como uma laje
apoiada continuamente sobre o solo, que quando com carga total uniformemente
distribuída confere à base ou solo uma pressão menor que 50% da capacidade de
suporte admissível do mesmo. Porém, quando observadas as considerações feitas
para o dimensionamento deste tipo de estrutura, percebe-se que há um cuidado maior
com as cargas móveis, o que evidencia que esta se assemelha ao que chamamos de
pisos industriais no Brasil. Ainda traz uma diferenciação, citando que Mat foundations
são tipicamente mais rígidas e mais armadas que a anterior. Já a ACI 336.2R-88/2002
– Suggested Analysis and Design Procedures for Combined Footings and Mats, define
mat foundation como uma base contínua apoiando um conjunto de colunas em várias
filas em cada sentido, tendo a forma de uma laje, com ou sem depressões ou
aberturas, que cobrem uma área de pelo menos 75% da área total do conjunto.

2.2 CLASSIFICAÇÃO

2.2.1 No que concerne à geometria

Hemsley (2000) classifica formatos e características estruturais de radiers


planos, que recaem em quatro categorias principais: radiers lisos, radiers lisos com
capitel (também conhecidos como radiers cogumelos), radiers nervurados e radiers
tipo caixão, conforme mostrado na Figura 6 e listados em ordem crescente de rigidez.
23

Figura 6 – Tipos de radiers planos: (a) radier liso; (b) radier cogumelo; (c) radier nervurado; (d)
radier tipo caixão
Fonte: Hemsley (2000).

2.2.2 No que concerne à rigidez à flexão

Fundações radier podem ser dimensionadas como rígidas ou elásticas.


Conforme a norma ACI-336R-88:2002 a rigidez a flexão 𝐸𝐼 do radier pode ser de
considerável ajuda na transferência horizontal da carga dos pilares para o solo (similar
as vigas de fundação) e pode ajudar na limitação dos recalques diferenciais entre duas
colunas adjacentes.
Segundo Johnson (1989), um método simples ‘inexperiente’ de avaliar a
rigidez necessária 𝐸𝐼 de radier para manter níveis aceitáveis de recalques diferenciais,
assume um modelo de viga sobre fundação de Winkler para correlacionar a rigidez 𝐸𝐼
a partir da rigidez relativa 𝜆𝐿, definida a seguir.
Isto remete ao trabalho de Hetényi (1946), que classifica vigas sobre
fundações elásticas de acordo com a rigidez, afirmando que a rigidez relativa 𝜆𝑙
determina a magnitude da curvatura da linha elástica e que para valores de 𝜆𝐿 < 𝜋/4
a deformação é tão insignificante que pode assumir a estrutura como absolutamente
rígida.
Vê-se então, a necessidade da avaliação da rigidez relativa da estrutura,
através da Equação 1.
𝑆
4𝑘𝑠
𝜆𝐿 = 𝐿 ∙ √ (1)
4𝐸𝑐 𝐼
24

Onde
𝜆 – Rigidez relativa por metro [m-1];
L – Comprimento do elemento [m];
𝑘𝑠 – Coeficiente de reação vertical do solo [kN/m];
S – Largura do membro [m];
𝐸𝑐 – Módulo de elasticidade do concreto [kN/m²];
I– Momento de inércia da seção [m4].
A norma ACI 336.2R-88/2002 por sua vez afirma que o espaçamento entre
colunas é importante para determinar a variação da distribuição de pressões no solo.
Porém determina que se os espaçamentos entre colunas adjacentes não variam mais
que 20% do maior vão, a fundação pode ser considerada rígida e a distribuição de
pressões sobre o solo pode ser determinada com base nos princípios da estática.

2.2.3 No que concerne à tecnologia

Podem ser empregadas algumas tecnologias no dimensionamento de um


radier, a fim de aprimorar seu desempenho. A primeira e mais tradicional é o uso da
estrutura em concreto armado, técnica a qual consiste na associação do concreto
simples com o aço, convenientemente posicionada de tal maneira que ambos resistam
solidariamente aos esforços solicitantes (CARVALHO e FIGUEREDO FILHO, 2013).
A segunda é o uso do concreto protendido, que de acordo com Carvalho
(2012) pode ser considerado como um ‘concreto armado’ em que parte da armadura
é ativa, provocando solicitações contrárias às atuantes na estrutura, havendo assim
uma compensação dos esforços. A determinação da altura de um elemento estrutural
é realizada nas primeiras etapas do processo de cálculo, e Caduru (2000) recomenda
que a altura adotada para um elemento em concreto protendido seja na ordem de 70%
da altura definida para o mesmo elemento em concreto armado. Segundo Dória (2007)
a simplicidade de execução é uma característica deste sistema, e seguindo o mesmo
pensamento, é comum o uso da protensão sem aderência com cordoalhas
engraxadas, dispensando, portanto, a injeção de pasta de cimento.
Existe também uma técnica de fundação envolvendo três elementos
resistentes trabalhando simultaneamente, sendo eles o radier, as estacas e o subsolo,
a esta é dado o nome de radier estaqueado. Simplificadamente, Souza (2014) define
o radier estaqueado como um sistema de fundação que absorve as cargas da
25

estrutura através da capacidade de carga da laje sobre o solo (radier) mais a


capacidade de carga do grupo de estacas.
Esse tipo de solução para a fundação é adotado nos casos em que a
capacidade de suporte do terreno para fundações rasas é de qualidade razoável, mas
onde os recalques totais e diferenciais esperados possam ser elevados. A introdução
de algumas estacas sob o radier tem como objetivo reduzir os valores de recalque a
níveis aceitáveis (BURLAND et al., 1977).
Nestes casos, o número de estacas a ser utilizado é menor, tipicamente de
três a quatro vezes, do que aquele correspondente à alternativa de fundação
estaqueada convencional, ou seja, a redução é da ordem de 65 a 75% no número de
estacas (RANDOLPH e CLANCY, 1994).
Souza (2014) ainda menciona que esta é uma boa opção técnica e econômica
para situações onde somente o radier isolado não consegue satisfazer todos os
critérios de projeto. Vale frisar que neste sistema pode ser adotado tanto o radier em
concreto armado quanto com a aplicação de protensão, sendo o segundo caso mais
comum, por se tratar de uma técnica comumente utilizada em edifícios altos, onde as
solicitações na fundação são de elevada magnitude.

2.3 MATERIAIS

Os materiais utilizados na execução de um radier são basicamente:


 Concreto;
 Aço para armadura, ou cabos para protensão (cordoalhas);
 Fôrmas, que podem ser de madeira, sendo geralmente usados pinus,
compensado naval e compensado resinado, ou fôrmas metálicas;
 Espaçadores, para posicionamento da malha de aço;
 Cordão de polietileno expandido e selante de poliuretano, para selagem
das juntas de dilatação.

2.4 PROCESSO CONSTRUTIVO

A execução do radier é similar à de sapatas de um modo geral, contudo,


algumas particularidades podem ser observadas, as quais tem origem, por muitas
26

vezes, nos aspectos que levaram à escolha do radier, como um solo de baixa
resistência ou nível freático elevado.
O procedimento inicia-se com a escavação até a cota de assentamento do
radier, sendo feita normalmente por retroescavadeiras, devido a extensão e
profundidade do mesmo. Em seguida, deve-se fazer um levantamento da qualidade
do solo em toda a extensão da escavação, pois poderão ser detectadas formações de
solo mais fraco, que o detectado na sondagem. Um método eficiente para esta
avaliação, no caso em que o solo não é excessivamente mole, é fazer passar um
veículo por toda a extensão da escavação e observar a profundidade dos sulcos
gerados pelas rodas, assim é possível localizar zonas mais deformáveis. Em interação
com o projetista de fundações, deve-se analisar a necessidade de tratamento destas
zonas, por compactação, ou até mesmo substituição do solo (SANTOS e BRITO,
2000).
Após é feita a retirada do solo desagregado, regularização e compactação do
solo, e então pode ser disposta uma camada de enrocamento com drenos, caso
necessário. No caso de terrenos muito moles (frequentes quando se executa radier)
a compactação não deve ser excessiva para não se obter um terreno ondulado.
Em seguida, é executada uma camada de regularização sobre o solo
compactado (Figura 7). Esta camada pode ser feita em concreto magro ou em uma
camada de lastro de brita, tendo espessura por volta de 10 a 20cm. Devem ser
executadas juntas de retração, devido suas elevadas dimensões em planta, para
evitar problemas de fendilhamento devido a retração (RUAS, 2014).

Figura 7 – Esquema de execução da camada de regularização


Fonte: Adaptado de Santos e Brito (2000).
27

A camada de regularização é necessária para evitar a absorção de água e a


perda de finos do concreto para o solo ou até, a contaminação do mesmo com solo
desagregado.
A montagem das armaduras se assemelha a outros elementos em concreto
armado, porém existem algumas particularidades quando junto a pilares interiores e
de periferia, como mostrado nas Figuras 8 e 9. Juntamente a esta etapa, deve-se
dispor as tubulações, e eletrodutos que por ventura estiverem posicionados no radier.

Figura 8 – Esquema de armaduras da laje e arranque de pilares para um pilar de centro


Fonte: Adaptado de Santos e Brito (2000).
28

Figura 9 – Esquema de armaduras da laje e arranque de pilares para um pilar de periferia


Fonte: Adaptado de Santos e Brito (2000).

Os espaçadores devem ser dispostos para a garantia do cobrimento


especificado em projeto. Eles podem ser de materiais sintéticos, ou feitos in loco em
argamassa, conforme representado na Figura 10 à esquerda, e para as armaduras
superiores, utilizam-se espaçadores feitos em aço, como mostrado na Figura 10 à
direita.

Figura 10 – Espaçadores moldados in loco para armadura inferior (esquerda) e superior (direita)
Fonte: Adaptado de Santos e Brito (2000).

Após, é feita a concretagem (Figura 11), de forma similar a outros elementos


da estrutura, tomando-se o devido cuidado com o adensamento do mesmo, para evitar
29

a permanência de zonas porosas, propícias à entrada de umidade, fonte de


deterioração e consequente despassivação das armaduras. As juntas de retração são
imprescindíveis na execução de um radier, devido à extensão das áreas do mesmo.

Figura 11 – Concretagem de um radier


Fonte: Santos e Brito (2000).
30

3 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA

Nas considerações de cálculo, é costumeiro que o engenheiro estrutural


admita que os apoios da superestrutura sejam engastados em sua base (Figura 12).
E esta suposição considera que o sistema de fundação apresenta comportamento
rígido e indeslocável, o que não condiz com a realidade geotécnica (COLARES, 2006).

Figura 12 – Elaboração dos projetos estrutural e de fundações


Fonte: Adaptado de Colares (2006).

Edgers, Sanayei e Alonge (2005) afirmam que a interação do edifício, sua


fundação e o solo e as camadas subjacentes do solo, podem ter importantes efeitos
no comportamento destes componentes bem como da estrutura como um todo. Por
exemplo, a rigidez relativa da estrutura de um edifício, de sua fundação radier e o solo
que suporta a fundação irão ter influências significativas sobre as tensões e recalques
de ambos, solo e estrutura. Colares (2006) complementa ao afirmar que comumente
estes efeitos da rigidez da estrutura, assim como a sequência do processo construtivo
são simplesmente ignorados, considerando-se a estrutura já pronta para o projeto do
sistema de fundação. Embora é sabido que as cargas são aplicadas progressivamente
ao longo da execução da obra, ou seja, na prática há o desprezo deste mecanismo
de influência mútua superestrutura-sistema de fundação, denominado interação solo-
estrutura (ISE). Este processo tem início na fase inicial da construção, e se estende
até quando as tensões e deformações tanto na estrutura como no solo já estiverem
estabilizadas (ANTONIAZZI, 2011).
Portanto, negligenciar a deslocabilidade do sistema de fundação, ou seja,
considerar a situação hipotética de total restrição ao recalque (translação vertical) e o
31

giro nas duas direções ortogonais (engaste) nas extremidades dos pilares, pode trazer
resultados razoavelmente satisfatórios para solos com pouca deformabilidade. Porém,
para solos com alta capacidade de deformação, para os quais o radier é um tipo de
fundação recomendado, desconsiderar esta análise de deformabilidade do solo
poderá, na prática, gerar uma perturbação nos esforços solicitantes da estrutura, os
quais acabam sendo modificados. Essa redistribuição dos esforços pode causar
fissurações na estrutura, bem como esmagamento em pilares (HOLANDA JÚNIOR,
1998).
Meyerhof (1953) apresentou um dos primeiros trabalhos mostrando que o
solo, a subestrutura e a superestrutura poderiam ser considerados uma estrutura
integrada para a estimativa dos recalques totais e diferenciais, considerando as
características do solo e rigidez da estrutura. E, concluiu que, apesar de os recalques
totais serem pouco afetados pela rigidez da estrutura, os recalques diferenciais não
só dependem dos fatores que governam os recalques totais, mas também do tipo e
da rigidez da estrutura, e a variação de compressibilidade do solo.
Iwamoto (2000) corrobora, alegando que uma das vantagens em considerar
a interação solo-estrutura é a possibilidade de estimar os efeitos desta redistribuição
de esforços nos elementos estruturais, a forma e a intensidade dos recalques
diferenciais, tornando os projetos mais eficientes e confiáveis.
Considerar a interação-solo estrutura torna-se bastante complexo, visto a
dificuldade da modelagem tanto da estrutura, quanto do solo. Os modelos mais
notórios para a consideração da ISE, devido a sua simplicidade, são os que separam
o sistema estrutural do maciço de solo, podendo haver ou não a discretização da
estrutura de fundação. Neste modelo, a deformabilidade do solo pode ser
representada por molas de comportamento elástico, considerando as propriedades
físicas do maciço e a compatibilização dos recalques, ou a imposição de
deslocamentos verticais estimados (ANTONIAZZI, 2011).

3.1 PREVISIBILIDADE DOS RECALQUES

Na engenharia de fundações, o termo recalque designa o deslocamento


vertical descendente da infraestrutura devido ao adensamento do solo, provocado
pelo carregamento proveniente da superestrutura (ALONSO, 1991).
32

As metodologias atuais tratam o solo como um material pseudo-elástico com


parâmetros elásticos 𝐸𝑠 , 𝜇 e 𝑘𝑠 para estimar os recalques, elas tendem a estimar
ligeiramente os recalques. Suponha-se que um pequeno recalque ∆ℎ de 10mm foi
estimado, e o valor medido seja de 5mm ou 20mm, apesar de ter um ‘grande’ erro, a
maioria das estruturas podem tolerar tanto o recalque calculado quanto o medido. O
que não é desejável, por exemplo, é uma estimativa de 25mm e um recalque
subsequente de 100mm, tampouco uma estimativa muito elevada para um recalque
medido de valor significativamente inferior, pois no primeiro caso se estaria indo contra
a segurança e no segundo a estrutura estaria superdimensionada. Os recalques são
usualmente classificados como imediatos, e por consolidação (BOWLES, 1996).
Os recalques totais para dada estrutura podem ser estimados por relações
empíricas, teoria da Elasticidade, conceito de Winkler, e análise da
consolidação/expansão do solo, sendo estes movimentos posteriormente
comparados com os recalques máximos permitidos (JOHNSON,1989).
Johnson (1989) ainda afirma que estes recalques são causados por
carregamentos aplicados nas camadas subjacentes do solo, e consistem de parcelas
imediatas (elásticas) e parcelas dependentes do tempo.
Johnson (1989) traz dados experimentais obtidos por Pickett e Ray (1951) que
mostram que o recalque imediato de um solo de fundação se assemelha ao de um
sólido isotrópico elástico, podendo ser determinado a partir do módulo de Young (𝐸𝑠 )
e coeficiente de Poisson (𝜇𝑠 ) do solo. O autor ainda afirma que o coeficiente de
Poisson para solos varia de 0,25 a 0,49 com solos saturados aproximando-se de 0,49
e que o cálculo do recalque imediato é muito mais sensitivo a variações no módulo de
elasticidade que a erros de estimativa de 𝜇𝑠 . Alguns valores típicos de 𝜇𝑠 são
sugeridos na Tabela 1.

Tabela 1 – Valores típicos de µs


µs Tipo de Solo
0,4 - 0,5 Maioria dos solos argilosos
0,45 - 0,5 Solos argilosos saturados
0,3 - 0,4 Solos não-coesivos - médios e compactos
0,2 - 0,35 Solos não-coesivos - fofos e médios
Fonte: Adaptado de Bowles (1996).
33

3.1.1 Recalques imediatos

Bowles (1996) define os recalques imediatos como aqueles que ocorrem


assim que os carregamentos são aplicados ou ocorridos num período de até 7 dias.
O recalque imediato no canto de uma base retangular de dimensões B’ x L’ sobre um
meio elástico pode ser estimada a partir de uma equação da Teoria da Elasticidade,
como a equação 2 proposta por Timoshenko e Goodier (1951).
1 − 𝜇2
∆𝐻 = 𝑞0 𝐵′ 𝐼𝐼 (2)
𝐸𝑠 𝑆 𝐹
Onde:
𝑞0 = intensidade da pressão de contato;
𝐵
𝐵′ = para o centro; B para o canto 𝐼𝑖 ;
2
𝐵= menor dimensão da base, em unidades de ∆𝐻;
𝐼𝑖 = Fatores de influência, que dependem de 𝐿/𝐵; espessura da camada 𝐻,
coeficiente de Poisson 𝜇 e cota de assentamento 𝐷;
𝐸𝑠 , 𝜇= parâmetros elásticos do solo.
O fator de influência 𝐼𝑆 pode ser calculado pelas equações propostas por
Steinbrenner (1934 apud Bowles, 1996, p.303).
1 − 2𝜇
𝐼𝑆 = (𝐼1 + 𝐼) (3)
1−𝜇 2

1 (1+√𝑀2 +1)√𝑀2 +𝑁² (𝑀+√𝑀2 +1)√1+𝑁²


𝐼1 = [𝑀 ln + 𝑙n ] (4)
𝜋 𝑀(1+√𝑀2 +𝑁2 +1) 𝑀+√𝑀2 +𝑁2 +1

𝑁 𝑀
𝐼2 = tan−1 ( ) tan-1 em radianos (5)
2𝜋 𝑁√𝑀2 +𝑁2 +1

Onde:
𝐿′
𝑀= ;
𝐵′
𝐻
𝑁= ;
𝐵′
𝐵
∗ 𝐵′ = para o centro; B para o canto 𝐼𝑖 ;
2
34

𝐿
𝐿′ = para o centro; L para o canto 𝐼𝑖 ;
2

O fator de influência 𝐼𝐹 , proposto por Fox (1948 apud Bowles, 1991, p. 306)
sugere que o recalque é reduzido quando a fundação é colocada a uma determinada
profundidade no solo, dependendo do coeficiente de Poisson e da relação 𝐿/𝐵, pode
ser determinado pelo ábaco da Figura 13, ou para se evitar interpolações, pode-se
utilizar o software FFACTOR desenvolvido por Bowles (1996).

Figura 13 – Fator de Influência IF


Fonte: Adaptado de Bowles (1996).

O módulo de elasticidade do solo 𝐸𝑠 pode ser determinado por correlações


com testes de penetração, como o Cone Penetration Test (CPT) ou o Standard
Penetration Test (SPT), sendo o segundo largarmente utilizado no Brasil. Uma
estimativa para o módulo de deformabilidade é apresentada por Schnaid (2009),
conforme Equações 6 e 7.
𝐸𝑠,𝑎𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑜𝑠 = 3,4 ∙ 𝑁60 [𝑀𝑃𝑎] (6)

𝐸𝑠,𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑠 = 2,0 ∙ 𝑁60 [𝑀𝑃𝑎] (7)


Onde N60 é o número de golpes, com uma energia de 60% do valor teórico,
necessários para penetrar o amostrador em uma camada de 30cm. O valor de N60
pode ser obtido através da equação 8, apresentada por Mendonça (2012).
35

𝑁𝑆𝑃𝑇
𝑁60 = 0,66 ∙ (8)
0,60
Vale ressaltar que, as correlações entre o SPT e o módulo de deformabilidade
(Equações 6 e 7) podem ser empregadas na falta de outros testes, os quais
determinam o verdadeiro valor de Es, como o teste de compressão triaxial. A Tabela
2 traz valores típicos para Es e, a Tabela 3 mostra a compacidade de solos granulares
e consistência de solos argilosos.

Tabela 2 – Faixa de valores típicos do


Módulo de deformabilidade Es

Solo Es [MPa]
Argila
Muito mole 2 - 15
Mole 5 - 25
Média 15 - 50
Dura 50 - 100
Arenosa 25 - 250
Areia
Siltosa 5 - 20
Fofa 10 - 25
Compacta 50 - 91
Areia e cascalho
Fofa 50 - 100
Compacta 100 - 200
Silte 12 - 15
Fonte: Adaptado de Bowles (1996).

Tabela 3 – Compacidade de solos granulares e consistência de solos


argilosos
Solo NSPT Compacidade/Consistência
≤4 Fofa
Areias e 5–8 Pouco Compacta
siltes 9 – 18 Medianamente compacta
arenosos 19 – 40 Compacta
>40 Muito compacta
≤2 Muito mole
Argilas e 3–5 Mole
siltes 6 – 10 Média
argilosos 11 – 19 Rija
>19 Dura
Fonte: Mendonça (2012).
36

3.1.2 Recalques por adensamento

Os recalques por adensamento por sua vez, são aqueles dependentes do


tempo, e podem levar de meses a anos para ocorrer. A Torre de Pisa por exemplo,
está desenvolvendo recalques por consolidação por mais de 700 anos. A inclinação é
causada por recalques de consolidação maiores em um dos lados (BOWLES, 1996).
Os recalques por adensamento não serão analisados por estarem fora do
escopo deste trabalho.

3.2 MÉTODOS DE ANÁLISE

Rajpurohit, Core e Sayagavi (2014) afirmam que o solo é um material muito


complexo para a sua modelagem, e, portanto, é dificultoso chegar a um modelo
realístico do problema interação solo-estrutura.
No projeto de fundações radier os métodos de análise da interação solo-
estrutura podem ser classificados quanto, ao modelo representativo do solo e, quanto
a consideração da linearidade destes modelos. A representação do solo pode ser feita
de duas maneiras: (a) como uma cama de molas, seguindo a hipótese de Winkler, ou
(b) como um meio contínuo, sendo representado por um semi espaço (elástico ou
não).
O modelo de Winkler é análogo ao princípio de Arquimedes, representado por
uma placa sobre fluido denso, onde a tensão de contato despertada em um ponto é
diretamente proporcional ao deslocamento (recalque) que ocorre no mesmo
(JOHNSON, 1989).
Já, no modelo do semi espaço, o solo é tratado como um meio contínuo, onde
a deformação do terreno não ocorrerá somente na região carregada. Este modelo
emprega a teoria da elasticidade, e conduz a resolução de problemas de complexa
formulação matemática (SANTOS, 1987).

3.2.1 Hipótese de Winkler

Este é um modelo muito popular para a análise da interação solo-estrutura,


sendo também o mais simples e antigo para a representação de uma fundação
37

elástica. Sua vantagem é a obtenção de soluções relativamente rápidas para


problemas complexos de ISE (RAJPUROHIT, CORE E SAYAGAVI, 2014).
A concepção da modelagem do solo como um meio elástico foi primeiramente
apresentada por Dr. Emil Winkler (1867) e utilizada por Zimmermann et al. (1888) para
o cálculo das tensões em dormentes de vias férreas. Este conceito foi expandido nas
décadas seguintes para o cálculo das tensões em fundações flexíveis e em
pavimentos de concreto, e é referenciado até hoje como a Hipótese de Winkler. São
inúmeras as aplicações deste princípio, como por exemplo, em estacas carregadas
horizontalmente e análise de recalques em fundações superficiais flexíveis (MOYAED
e NAEINI, 2006).
O solo é descrito como um sistema de molas com resposta linear e
independentes entre si, ou seja, o coeficiente de reação vertical tem o mesmo valor
para todos os pontos onde há a pressão de contato da base, sendo somente
consideradas as deformações ocorridas na região da fundação. A Figura 14 ilustra o
funcionamento destas molas, com o solo deformando somente na região de aplicação
do carregamento.

Figura 14 – Hipótese de Winkler


Fonte: ANTONIAZZI (2011).

Esta negligência da interação das molas adjacentes é uma simplificação, onde


os erros tendem a crescer para o caso de solos pouco rígidos (DÓRIA, 2007).
As pressões de contato descritas por este modelo são proporcionais aos
deslocamentos, podendo ser utilizado tanto para carregamentos verticais, como no
caso dos radiers, quanto em ações horizontais, como em estruturas de contenção
(ANTONIAZZI, 2011).
38

Segundo Moyaed e Naeini (2006), a principal dificuldade na aplicação do


modelo de Winkler é a determinação do coeficiente de reação vertical do solo, devido
à heterogeneidade do material.

3.3 COEFICIENTES DE REAÇÃO DO SOLO (𝜅𝑠 )

Terzaghi (1955) enuncia que o termo reação vertical do solo indica a pressão
𝑝 por unidade de área da superfície de contato entre uma viga ou laje carregada e o
subleito no qual ela se apoia e transfere os carregamentos aplicados. E, que o
coeficiente de reação vertical do solo 𝜅𝑠 é a razão entre esta pressão em um ponto
qualquer da superfície de contato e o recalque 𝑦 produzido pela aplicação da carga
neste mesmo ponto:
𝑝
𝜅𝑠 = (9)
𝑦
Este valor depende das propriedades elásticas do subleito e das dimensões
da superfície de contato apoiada no subleito. Porém, valores apropriados do
coeficiente de reação vertical não são fáceis de se determinar, pois ele não depende
exclusivamente do local onde o radier será construído, do seu tamanho, profundidade
e se os momentos fletores ou deslocamentos estão sendo determinados, e pouco se
sabe em como 𝜅𝑠 varia ao longo do radier (JOHNSON,1989).
O coeficiente de reação vertical pode ser obtido através do ensaio de placa,
padronizado pela NBR 6489/1984, através de tabelas de valores típicos ou por
correlações com propriedades elásticas do maciço do solo.

3.3.1 Determinação do 𝜅𝑠 através do ensaio de placa

O coeficiente de reação vertical é uma relação entre a pressão do solo e sua


deformação que é largamente utilizada na análise estrutural de fundações. Através do
método do ensaio de placa, padronizado pela ABNT NBR 6489/1989 – Prova de carga
direta sobre terreno de fundação, é possível traçar a curva qualitativa da pressão
versus deformação, como mostrado na Figura 10-b. Porém, devido ao carregamento
necessário para este tipo de teste retornar deformações mensuráveis, torna-se viável
somente para placas muito pequenas. E, mesmo para pequenas placas, é difícil de
39

obter a deformação 𝑦, pois a mesma tende a ser flexível, dificultando a obtenção da


deformação constante na base da placa. Empilhar placas menores concentricamente
com as maiores, auxilia no aumento da rigidez (Figura 15-a), mas em qualquer caso
o gráfico é obtido através da pressão 𝑝 aplicada e a deformação média. A figura 15-c
traz a representação de 𝜅𝑠𝑖 utilizada pelo autor, onde o 𝜅𝑠𝑖 é tomado como constante
até a deflexão máxima Xmax. Abaixo disso a pressão do solo é um valor constante
definido pela equação 10 (BOWLES, 1996).
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑠 = 𝜅𝑠𝑖 (𝑋𝑚𝑎𝑥 ) (10)

Figura 15 – Determinação do coeficiente de reação vertical: (a) Ensaio de placa; (b) gráfico real
da tensão vs. Deformação; (c) gráfico idealizado da tensão vs. Deformação
Fonte: Adaptado de Bowles (1996).

Conforme uma correlação indicada por Terzaghi (1955) para vigas longas e
sapatas corridas apoiadas sobre solos:
Argilosos
1
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠𝑖 ∙ (11)
1,5 ∙ 𝑆
40

Areias
(𝑆 + 1)²
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠𝑖 ∙ (12)
2∙𝑆

Onde:
𝑘𝑠 = coeficiente de reação vertical do solo sob a fundação;
𝑘𝑠𝑖 = coeficiente de reação vertical do solo determinado através do ensaio de
placa;
𝑆= espaçamento entre pilares ou linhas de carregamento no radier.
Nota-se que se as cargas aplicadas no radier forem pontuais (aplicadas por
pilares), então a influência dessas cargas diminui conforme a distância entre elas
aumenta. Segundo Johnson (1989), o comprimento máximo de influência é por volta
de 7D, onde D é a espessura do radier, por conseguinte, H≤7D para cargas aplicadas
pontualmente.
Na impossibilidade de realizar o ensaio de placa alguns valores de 𝑘𝑠𝑖 para
areias e argilas são propostos por Terzaghi (1955), valores estes obtidos a partir do
ensaio de placa quadrada com 30 cm de lado são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 – Valores de ksi [kN/m³] de acordo com Terzaghi (1955)


Argilas Rija Muito rija Dura
𝒂𝒅𝒎 (𝑴𝑷𝒂) 0,1 a 0,2 0,2 a 0,4 > 0,4
Faixa de valores 16.000 a 32.000 32.000 a 64.000 > 64.000
Valor proposto 24.000 48.000 96.000
Areias Fofas Medianamente compacta Compacta
Faixa de valores 6.000 a 19.000 19.000 a 96.000 96.000 a 320.000
Areia acima N.A. 13.000 42.000 160.000
Areia submersa 8.000 26.000 96.000

Fonte: Adaptado de Terzaghi (1955).

Estes valores devem ser corrigidos por uma das equações abaixo.
Para solos argilosos:
𝐵1
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠𝑖 (13)
𝐵
Para solos arenosos:
41

𝐵 + 𝐵1 2
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠𝑖 ( ) (14)
2𝐵

Para casos onde B/B1>>3:


𝑚 + 0,5
𝑘𝑠 = 𝑘𝑠𝑖 (15)
1,5𝑚
Onde:
𝑘𝑠 = coeficiente de reação vertical para a fundação;
𝑘𝑠𝑖 = coeficiente de reação vertical obtido através do ensaio de placa de
dimensões 30cm x 30cm;
B= menor dimensão da fundação;
B1= dimensão da placa usada para o ensaio de placa, em geral 30cm;
m= L/B.

3.3.2 Determinação do 𝜅𝑠 através de correlações com propriedades elásticas do


maciço do solo

Outra forma de se determinar o coeficiente de reação vertical é


correlacionando o mesmo com as propriedades elásticas do maciço do solo, levando-
se em conta vários fatores, como dimensões do elemento de fundação, profundidade
de assentamento, e o recalque imediato médio do solo sob a fundação (SOUZA E
REIS, 2008).
Conforme Scarlat (1993 apud SOUZA E REIS, 2008, p. 164), a partir de
análises elásticas de vários solos, demonstrou-se que valores de 𝜅𝑠𝑖 entre 20.000 e
30.000 kN/m³ correspondem a módulos de elasticidade entre 40.000 e 60.000 kN/m²
e que valores de 𝜅𝑠𝑖 entre 80.000 e 100.000 kN/m3 correspondem a valores de Es de
aproximadamente 200.000 kN/m2.
O coeficiente de reação vertical pode ser computado relacionando o módulo
de elasticidade 𝐸𝑠 , o coeficiente de Poisson 𝜇, relacionando a equação 2 com a
equação 3, e utilizando Es′ = (1 − μ2 )/Es.
1
𝜅𝑠 = (16)
𝐵′ Es′ 𝑚𝐼𝑆 𝐼𝐹
42

Onde
m - o número de placas adjacentes.
A Tabela 5 traz valores do coeficiente de reação vertical 𝜅𝑠𝑖 para serem
usados como guia de comparação ao utilizar a equação de aproximação (Equação
16).

Tabela 5 – Coeficiente de Reação Vertical Ksi

Solo Ksi [kN/m³]


Areia fofa 4800 - 16.000

Areia medianamente compacta 9.600 - 80.000

Areia compacta 64.000 - 128.000

Areia argilosa medianamente


32.000 - 80.000
compacta

Areia siltosa medianamente


24.000 - 48.000
compacta

Argilas:
σadm ≤ 200 kPa 12.000 -24.000

200 ≤ σadm ≤ 800 kPa 24.000 - 48.000

σadm > 800 kPa > 48.000

Fonte: Adaptado de Bowles (1996).


43

4 MÉTODOS DE CÁLCULO

Neste capítulo serão introduzidas algumas das metodologias de cálculo para


obtenção dos esforços internos em um radier, estas são trazidas por Santos (1987) e
por Velloso e Lopes (2010), sendo que neste trabalho será empregado o último deles
para o cálculo do radier.

4.1 MÉTODO DA VIGA SOBRE BASE ELÁSTICA

Esta metodologia separa o radier em dois sistemas de faixas, levando em


consideração a geometria do radier e a distribuição dos pilares, cada faixa é analisada
com uma viga de fundação sobre base elástica, porém, sem a consideração da
continuidade entre as várias faixas, ou seja, é realizado o cálculo sem a consideração
de qualquer interação entre as vigas. Cada nó é considerado apoiado sobre o solo,
que é tratado como uma base elástica, modelado por molas lineares de constante
𝜅𝑠 [𝐹𝐿−2 ]. É um método já obsoleto, pois suas aproximações são muito generalizadas,
não retornando bons resultados (DÓRIA, 2007).

4.2 MÉTODO DA GRELHA SOBRE BASE ELÁSTICA

A metodologia da grelha sobre base elástica substitui o radier por uma grelha
equivalente composta por elementos de barra (Figura 16), semelhante ao método da
viga sobre base elástica, mas neste caso a interação entre as vigas é levada em
consideração (SANTOS, 1987).
44

Figura 16 – Representação de grelha sobre base elástica


Fonte: SANTOS (1987).

Devido as geometrias variadas, e diferentes carregamentos incidentes sobre


o radier, é impossível determinar uma malha ideal padrão. Todavia alguns critérios
para placas retangulares podem ser estabelecidos, conforme Hambly (1976), os quais
devem ser adequados a cada projeto. Estes critérios para a discretização da malha
que são função da grande variação de formas, dimensões e condições de contorno
existentes, estão listados a seguir:
a) Quanto mais densa a malha, melhores os resultados obtidos a partir da
mesma. Porém estes resultados deixam de ser satisfatórios quando a largura
das barras for menos que 2 ou 3 vezes a espessura da placa;
b) Em regiões de grande concentração de esforços, tais como cargas
concentradas, recomenda-se dispor uma malha cuja largura das barras não
seja superior a 3 ou 4 vezes a espessura da laje;
c) Os espaçamentos entre as barras que compõem a grelha e que sejam
de mesma direção não devem ser muito diferentes entre si, para que haja uma
uniformidade na distribuição dos carregamentos;
45

d) Deve-se colocar uma linha de barras no contorno livre da laje, cuja largura
deve ser diminuída em 0,3 ∙ ℎ, por se tratar do ponto onde passa a
resultante das tensões de cisalhamento devidas à torção.
Para o lançamento dos carregamentos na malha, considera-se que as cargas
distribuídas se dividem entre as barras da grelha de acordo com sua área de
influência. Portanto as cargas podem ser consideradas uniformemente distribuídas ao
longo das barras ou concentradas nos nós (CARVALHO e FIGUEREDO FILHO,
2013).

4.3 MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS

Neste método a placa é dividida em uma malha que se adapta ao seu


contorno, e consiste na resolução de um sistema de equações que relacionam o
deslocamento de um ponto ao deslocamento dos pontos vizinhos. Consiste na
integração da equação diferencial da deformada de placa (equação 17), que é
substituída por outra, de diferenças finitas (Bowles, 1996).

𝜕4𝑤 2𝜕 4 𝑤 𝜕 4 𝑤 𝑝 𝑘0 𝑤 𝑃
+ + = − + (17)
𝜕𝑥 4 𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑥 4 𝐷 𝐷 𝐷 ∙ ∆𝑥 ∙ ∆𝑦

Onde:
𝐸∙ℎ³
𝐷= ;
12∙(1−𝜇 2 )

E= Módulo de elasticidade do material da placa;

𝜇 = Coeficiente de Poisson do material da placa;


w= Deslocamento do ponto em questão;
𝑘0 = Coeficiente de reação vertical do solo.
Segundo o ACI 336.2R (2002), o método das diferenças finitas nos dá bons
resultados para as aproximações usadas. Este foi um procedimento usado
extensivamente no passado. É um método que não requer enormes recursos
computacionais. A Figura 17 mostra o método das diferenças finitas com a equação
para um nó no interior da malha.
46

Figura 17 – Método das diferenças finitas com equações para dado nó


Fonte: AMERICAN CONCRETE INSTITUTE (2002).

Segundo Bowles (1996), as desvantagens do método das diferenças finitas


são a extrema dificuldade de modelar condições de contorno, entalhes, furos ou
reentrâncias.

4.4 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS (MEF)

Este método considera uma placa finita sobre apoios elásticos (Fig. 18),
utilizando a hipótese de Winkler, onde o radier é discretizado em um número finito de
elementos de placas e, a superfície de contato entre o radier e o solo é representado
por um conjunto de molas, situadas nos pontos nodais da malha. São utilizadas as
47

compatibilizações das deformações entre elementos adjacentes, conforme Figura 19a


(AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, 2002).

Figura 18 – Elementos de placa sobre apoio elástico


Fonte: Dória (2007).

Bowles (1996) mostra que este método permite analisar geometrias mais
complexas, mas este é computacionalmente intensivo e a saída de dados é difícil de
ser interpretada, não sendo indicada, portanto para uma solução analítica. Porém hoje
em dia há programas que realizam esta modelagem, sendo que qualquer um dos
mesmos irá retornar dados aproximados de saída, então o programa preferível é
aquele o qual o usuário está mais familiarizado (AMERICAN CONCRETE INSTITUTE,
2002).

Figura 19 – MEF utilizando um elemento de placa retangular


Fonte: Bowles (1996).
48

5 METODOLOGIA

5.1 Classificação da Pesquisa

Esta pesquisa tem uma abordagem de caráter qualitativo, pois de acordo com
Diel (2004) a pesquisa qualitativa descreve a complexidade de um determinado
problema. Pode-se partir do princípio que na pesquisa qualitativa a informação
coletada não é expressa em números, ou então os números apresentam um papel
menor na análise do problema (DALFOVO, LANA & SILVEIRA, 2008).
Quanto aos objetivos este trabalho pode ser descrito como uma pesquisa
descritiva, pois este tipo de pesquisa exige do investigador uma série de informações
sobre o objeto de estudo, com o intuito de descrever os fatos e fenômenos de
determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).
E no que concerne aos procedimentos, foi definida uma pesquisa do tipo
bibliográfica. Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de
pesquisa são sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à
análise das diversas posições acerca de estudo de caso.

5.2 Planejamento da pesquisa

Este trabalho está dividido essencialmente em 6 etapas, nas três primeiras


foram feitas revisões bibliográficas a respeito da conceituação e definição de radier,
da interação solo-estrutura e dos modelos sugeridos para o cálculo dos esforços
internos, respectivamente, para um maior entendimento do sistema como um todo.
Visando a estruturação de uma sistemática para a análise e dimensionamento
de fundações radier, foi introduzido um tópico apresentando a metodologia sugerida,
utilizando uma simplificação do problema, onde o solo é considerado como uma cama
de molas distribuídas uniformemente, e o radier é discretizado como placas apoiadas
sobre este meio elástico.
Após, foi apresentada uma edificação, e utilizando-se do procedimento citado
acima, dimensionou-se um radier para a mesma com base em diferentes perfis de
sondagem de solos. Por fim, fez-se a discussão dos resultados sob o aspecto da sua
viabilidade técnica e as considerações finais do trabalho. A figura 20 mostra o
organograma de planejamento da pesquisa com as etapas descritas acima.
49

Figura 20 – Organograma do planejamento da pesquisa


Fonte: Autoria própria (2016).
50

6 PROCEDIMENTO GERAL DE DIMENSIONAMENTO

O projeto de fundações é uma área multidisciplinar que inclui considerações


funcionais, estéticas, geotécnicas, estruturais e mecânicas. Portanto para um projeto
ser satisfatório segundo seus requisitos, o mesmo deve ser realizado através de uma
cooperação mútua entre o proprietário, arquiteto, engenheiro geotécnico e engenheiro
estrutural. E a escolha de fundação do tipo Radier pode ser feita se os custos de
construção são favoráveis em comparação com outros tipos de fundações e os
deslocamentos previstos são compatíveis com os limites da estrutura. Outros itens
impactantes na escolha incluem, tempo de construção e facilidade construtiva
(JOHNSON, 1989).
Conforme a NBR 6122/2010, o projeto deve assegurar a segurança quanto
ao estado-limite último (ELU) e ao estado-limite de serviço (ELS). O estado-limite
último representa mecanismos que conduzem ao colapso da fundação, este
normalmente não controla o dimensionamento, pois os carregamentos devem ser
limitados para manter os recalques diferenciais e totais dentro de limites pré-
estabelecidos em projeto. Já, o estado-limite de serviço representa os mecanismos
que levam a deformação da estrutura, o surgimento de fissuras, e outras patologias
associadas ao comprometimento da obra quanto ao uso. O ELS no projeto de
fundações é abordado em termos da comparação entre os recalques totais e
diferenciais previstos e o deslocamento admissível. Sendo assim, as tensões
admissíveis podem ser estimadas a partir das tensões últimas usando fatores de
segurança, a fim de manter os recalques em níveis aceitáveis.

6.1 PROFUNDIDADE MÍNIMA DA BASE DO RADIER E CAPACIDADE DE CARGA


DO SOLO

A camada selecionada para suportar a fundação depende dos requerimentos


funcionais de cada estrutura. A profundidade de lajes finas para estruturas leves é
geralmente sobre a primeira camada resistente do solo, ao menos que um porão
esteja previsto no projeto.
Para este projeto foi definida, portanto uma cota de assentamento a 1 (um)
metro de profundidade, para ambos os solos considerados.
51

6.2 PERFIL E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO

A NBR 6122:2010 traz que a estimativa da tensão admissível do solo pode


ser feita segundo métodos teóricos, semi-empíricos, provas de carga sobre placa e
ainda métodos empíricos. Segundo Hachich et al. (1998), os métodos semi-empíricos
são os mais utilizados em obras recorrentes, nos quais a estimativa de resistência do
solo é feita com base na resistência à penetração medida em ensaios de penetração,
sendo usualmente empregado no Brasil o Standart Penentration Test – SPT.
Várias bibliografias trazem essa correlação entre o SPT e a tensão admissível
do solo, porém muitos destes trabalhos são referidos à resistência à penetração com
amostradores diferentes do padrão “Raymond Terzaghi”, adotado pela NBR
6484:2001 – Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de
ensaio. Décourt (1992) traz que a tensão admissível pode ser estimada através da
equação 18, para solos arenosos e através da equação 19 para solos argilosos,
chamando-se de NSPT o número de golpes necessários para se penetrar 30cm de
camada de solo.
𝑁𝑆𝑃𝑇
𝜎𝑎𝑑𝑚 = [𝑘𝑁/𝑚²] (18)
0,03
𝑁𝑆𝑃𝑇
𝜎𝑎𝑑𝑚 = [𝑘𝑁/𝑚²] (19)
0,04
Segundo Hachich et al. (1998) é preferível estimar a tensão admissível 𝜎𝑎𝑑𝑚
diretamente de NSPT ou de 𝑞𝑐 , sem a necessidade de correlação entre estes índices e
as propriedades dos solos.
O módulo de deformabilidade, e o coeficiente de reação vertical do solo foram
abordados em capítulo específico anteriormente. Para exemplificar o cálculo de ks
usaremos então como dados a maior dimensão L= 13,4 m, a menor dimensão B= 10,5
m, o módulo de elasticidade médio do perfil do solo Es,médio= 49,92 MPa, a
profundidade do perfil do solo H= 20m, coeficiente de Poisson μ=0,5. O valor médio
de ks pode ser obtido através do cálculo do valor do mesmo para três diferentes zonas,
como mostrado na Figura 21.
52

Figura 21 – Cálculo do ks para os pontos A, B e C


Fonte: Autoria própria (2016).

Para o ponto A o valor é obtido dividindo o radier em dois retângulos B’ x L’=


6,7 x 10,5m adjacentes. Para o ponto B têm-se dois retângulos com dimensões B’ x
L’=6,7 x 7,88 m.
Para evitar interpolações, os valores dos fatores de influência foram obtidos a
partir do software FFACTOR, desenvolvido por Bowles (1996), conforme Figura 22.
53

Figura 22 – Obtenção dos fatores de influência através do FFACTOR


Fonte: Autoria própria (2016).

Os valores obtidos dos fatores de influência e os valores calculados de ks para


os pontos A, B e C são mostrados na Tabela 6.

Tabela 6 – Fatores de Influência

𝐼𝐹 𝐼𝑆
A 0,9914 0,3935
B 0,9914 0,3761
C 0,9914 0,4295

Fonte: Autoria própria (2016).

1−0,5²
Sendo 𝐸′𝑠 = = 1,7474 ∙ 10−5 , os valores de Ks foram calculados
42920

conforme equação 16 e são apresentados na Tabela 7.

Tabela 7 – Valores calculados de Ks

Ks [kN/m³]
A 10.947,36
B 11.453,83
C 12.799,89
Fonte: Autoria própria (2016).
54

E o valor adotado de Ks é a média dos valores calculados para os 3 pontos,


ou seja, 𝐾𝑠 = 11.734 𝑘𝑁/𝑚³, valor o qual se mostra condizente, haja visto os valores
propostos de Ks que compreendem o intervalo entre 11.134 e 22.268 kN/m³,
fornecidos pela Tabela 5 para solos argilosos com adm<200kPa, sendo estes já
corrigidos em função das dimensões da fundação utilizando a equação 15.
Obtiveram-se os parâmetros geotécnicos dos solos, necessários para o
dimensionamento do radier. Foram selecionados dois perfis diferentes de solos para
posterior comparação dos resultados. Os perfis de sondagem encontram-se no
apêndice. A Tabela 8 mostra os parâmetros geotécnicos obtidos para os dois solos
em questão.

Tabela 8 – Parâmetros geotécnicos dos solos

SOLO σadm [kPa] Es [kN/m²] Ks [kN/m³]


SP1 50 42.920 11.734
SP2 100 68.570 18.746
Fonte: Autoria própria (2016).

Após a determinação do valor de ks, deve-se multiplicá-lo pela área de


influência do nó a ser aplicado, para se obter um valor de k v em unidades de
kilonewtons por metro [kN/m]. Via de regra, para placas retangulares, existirão três
diferentes valores para kv, primeiramente ele próprio, e também valores de k v/2 para
nós de borda e kv/4 para nós de canto, como exemplificado na Figura 23.

Figura 23 – Área de influência dos nós


Fonte: Bowles (1996).

A Tabela 9 mostra os valores de kv para os dois solos considerados.


55

Tabela 9 – Valores de kv [kN/m]


kv kv/2 kv/4
SP1 16509 8254 4127
SP2 26375 13188 6594
Fonte: Autoria própria (2016).

6.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS

Para a modelagem em questão foi definida a utilização do concreto C25. A


NBR 6118:2014 define que o valor a ser considerado para o módulo de elasticidade
na análise linear é o módulo de elasticidade secante (Ecs), esta e outras propriedades
físicas do concreto utilizadas como dados de entrada para definição do material das
seções no SAP2000 são:
 Massa específica do concreto armado (ρc): 2.500 kg/m³;
 Coeficiente de dilatação térmica (A): 10-5/ºC;
 Coeficiente de Poisson (𝜐): 0,2;
 Resistência à compressão do concreto aos 28 dias (fck,28): 25 MPa;
 Módulo de Elasticidade (Ecs): 𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 ∙ 𝐸𝑐𝑖 = 28.980 𝑀𝑃𝑎 , onde:
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 ∙ = 0,8625 ≤ 1;
80

𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 ∙ 5600√𝑓𝑐𝑘 = 33.600 𝑀𝑃𝑎, para fck de 20 MPa a 50 MPa;


𝛼𝐸 = 1,2, para basalto e diabásio;
Já o aço utilizado é o CA50, com as seguintes características definidas pelas
normas NBR 6118/2014 e NBR 7480:2007:
 Massa específica do aço de armadura passiva (ρs): 7.850 kg/m³;
 Coeficiente de dilatação térmica (A): 10-5/ºC;
 Módulo de elasticidade (E): 210GPa.
 Resistência característica de escoamento (f yk): 500 MPa;
 Limite de resistência a tração (fst): 540 MPa.
A Figura 24 mostra os dados inseridos nas janelas de propriedades dos
materiais do software, em unidades de kilograma-força e metros.
56

Figura 24 – Propriedades dos materiais no SAP2000


Fonte: Autoria própria (2016).

6.4 MORFOLOGIA DA ESTRUTURA

Para o estudo de caso em questão, foi escolhida uma edificação residencial


de dois pavimentos com área total construída de 183,20m². A Figura 25 traz uma
perspectiva do projeto arquitetônico. O projeto arquitetônico completo encontra-se no
apêndice.

Figura 25 – Perspectiva do projeto arquitetônico


Fonte: Autoria própria (2016).
57

Foi concebido um projeto estrutural em concreto armado, priorizando a


manutenção das características do projeto arquitetônico, ou seja, não criando
estruturas aparentes, as quais acabam por modificar o projeto arquitetônico. A Figura
26 mostra a planta de fôrmas do projeto estrutural, e a Figura 27 traz o modelo
analítico da estrutura reticular, com os pilares engastados em sua base e a Figura 28
mostra o modelo 3D do projeto estrutural.

Figura 26 – Planta de fôrmas


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 27 – Modelo Analítico da estrutura com pilares engastados


Fonte: Autoria própria (2016).
58

Figura 28 – Modelo tridimensional do projeto arquitetônico


Fonte: Autoria própria (2016).

As lajes foram modeladas como elementos de placa fina (shell-thin), pois é o


tipo de elemento que segue a aplicação das equações de Kirchhoff, em suma este
tipo de elemento negligencia a deformação transversal devido ao cisalhamento, ao
passo que a formulação de Mindlin/Reissner para as placas espessas leva em
consideração o comportamento do cisalhamento. Segundo a base de conhecimento
da CSI, empresa criadora do software SAP 2000, deformações devido ao
cisalhamento tendem a ser importantes quando a espessura da placa é maior que
aproximadamente 1/5 a 1/10 do vão de curvatura de flexão da mesma.
Outra consideração importante para placas em softwares de elementos finitos
é a geração das malhas da mesma, quanto maior o número de nós, melhor
discretizada e maior a precisão dos resultados. Porém, um número excessivo de nós
pode gerar um grande gasto computacional e por muitas vezes, desnecessário. Vários
autores estudaram esta convergência de valores, como Dória (2007), verificou que
malhas com elementos de 40x40cm e 30x30cm trazem bons resultados de
convergência. Já Ribeiro (2010), estudou malhas com elementos de dimensões
5x5cm, 10x10cm e 15x15cm, todos trazendo resultados semelhantes e boa
convergência. Com base nestes trabalhos, escolheu-se criar malhas com elementos
59

de 30x30cm para as lajes, visto a boa convergência dos resultados e um gasto


computacional moderado, as malhas das lajes são mostradas na Figura 29.

Figura 29 – Lajes da cobertura


Fonte: Autoria própria (2016).

Já para o radier, aponta-se o trabalho de Formigoni (2009), onde foi feito o


estudo de convergência de um radier com 8, 32, 128 e 392 elementos de placa,
verificando uma boa convergência e um gasto computacional aceitável com 128
elementos, com dimensões aproximadas de 1,25x1,60m e, por fim, Dieguez e Costa
(2004) recomendam uma malha de dimensões iguais a 1/10 do vão.
Portanto, devido as dimensões do radier serem consideravelmente superiores
as das lajes, optou-se por seguir a recomendação de Dieguez e Costa (2004) para
não haver um gasto computacional elevado, criando, portanto, elementos de
𝐵
dimensões 𝑎 =≤ 𝐴/10 = 1,34 e 𝑏 ≤ 10 = 1,05, como mostrado na Figura 30.
60

Figura 30 – Malha do radier


Fonte: Autoria própria (2016).

Foram considerados os carregamentos de parede com valor de 609 kgf/m


para as paredes de 20cm e 457 kgf/m para as paredes de 15cm, uma carga
proveniente do telhado de 70 kgf/m² de área de projeção do mesmo, sendo esta
distribuída uniformemente sobre as lajes da cobertura, uma sobrecarga de utilização
de 150 kgf/m² e uma carga de revestimento das lajes igual a 100 kgf/m². Cargas de
vento foram desconsideradas, visto a edificação ser relativamente baixa e pouco
esbelta o efeito do vento não é relevante ao estudo.

6.4.1 Modelagem da superestrutura e infraestrutura em separado

Após o processamento do modelo composto somente da superestrutura,


conforme a figura 27, no qual os pilares estão perfeitamente engastados em sua
extremidade inferior, foi criado um modelo à parte para representar o radier, formando
uma malha de placas (Figura 31), sobre o qual foram aplicadas as reações advindas
do modelo da superestrutura.
61

Figura 31 – Modelo do radier


Fonte: Autoria própria (2016).

Pode-se observar através da Figura 31 que existem algumas subdivisões em


determinados elementos de placa. Devido a impossibilidade de se aplicar
carregamentos pontuais e/ou ligar elementos de barras (frames) em elementos de
placa (shells), foi necessário a criação de elementos de placa menores, sendo o ponto
adjacente aos quatro novos elementos correspondente ao ponto onde o carregamento
pontual será aplicado.
Porém, como é desejado que estes ainda se comportem como um único
elemento, vê-se necessário a aplicação de restrições locais (local constraints) nos
pontos criados após a subdivisão, para não ocorrer rotação relativa entre as arestas
unidas ao mesmo. Para uma melhor exemplificação do problema, a Figura 32 mostra
a configuração da deformada para o radier, considerando somente uma carga
distribuída uniforme (peso próprio), quando estas restrições locais não estão
aplicadas, ou seja, mostra o comportamento indesejado dos elementos.
62

Figura 32 – Comportamento indesejado devido a não aplicação de restrições locais nos nós
Fonte: Autoria própria (2016).

A Figura 33 por sua vez, mostra o comportamento desejado para a mesma


estrutura quando considerado somente um carregamento distribuído uniforme,
comportamento este atingido devido a aplicação das restrições locais.

Figura 33 – Comportamento desejado devido a ação de uma carga uniforme distribuída


Fonte: Autoria própria (2016).

6.4.2 Modelagem da superestrutura e infraestrutura em conjunto

Posteriormente foi executada outra modelagem para o mesmo problema.


Utilizando o mesmo modelo analítico e da mesma malha gerada para o radier, gerou-
63

se então o modelo da estrutura e da fundação em conjunto (Figura 34). Fato este que
configura a mudança nas vinculações dos pilares, que passam a não ser mais
engastados, e sim passam a interagir com o radier e, consequentemente com o solo,
discretizado pela hipótese de Winkler. Com isto espera-se então uma redistribuição
nos esforços internos da estrutura como um todo.

Figura 34 – Modelo analítico considerando a interação solo-estrutura


Fonte: Autoria própria (2016).

6.5 ESPESSURA INICIAL DO RADIER

A espessura do radier depende dos carregamentos aplicados e dos


movimentos diferenciais do solo de suporte da estrutura. As cargas aplicadas devem
ser arranjadas de forma que cause uma pressão uniforme no solo sobre o qual a
fundação está apoiada, consequentemente reduzindo a movimentação diferencial, ou
seja, os carregamentos devem ser dispostos da forma mais simétrica possível no
radier, sendo recomendado, se necessário, o alargamento do radier além dos limites
da superestrutura (JOHNSON,1989).
A espessura inicial é estimada a fim de resistir aos esforços de punção,
baseado nos princípios da estática. A solicitação na seção crítica do concreto deve
ser igual ao esforço na fundação, além do cisalhamento causado pela pressão do
64

solo, onde a reação do solo é assumida como uniforme. Johnson (1989) recomenda
que seja feita a verificação à punção considerando trecho sem armadura de punção.
O texto da NBR 6118:2014 traz um modelo de cálculo para a verificação da
punção em lajes, que corresponde à verificação de duas ou mais superfícies críticas
(Figura 35) definidas no entorno de forças aplicadas. Foi necessário a consideração
de algumas características específicas de cada projeto, como a forma da seção dos
pilares, o posicionamento dos mesmos em relação a laje, e o tipo de carregamento
aplicado.

Figura 35 – Perímetro crítico em pilares internos


Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).

No exemplo de dimensionamento aqui apresentado, todos os pilares são


internos, têm seção retangular e têm efeito de momento. A tensão de cisalhamento
solicitante neste caso deve ser considerada de acordo com a equação 20.
𝐹𝑆𝑑 𝑀𝑆𝑑
𝜏𝑆𝑑 = +𝐾∙ (20)
𝑢∙𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑
Onde
K – é o coeficiente que fornece a parcela de 𝑀𝑆𝑑 transmitida ao pilar por
cisalhamento que depende da relação C1/C2.
𝑢 – é o perímetro do contorno crítico C’;
𝑑 – é a altura útil da laje ao longo do contorno crítico C’;
𝑢 ∙ 𝑑 – é a área da superfície crítica;
Os valores de 𝑊𝑝 para pilares retangulares devem ser calculado pela equação
21
65

𝐶1 ²
𝑊𝑝 = + 𝐶1 𝐶2 + 4𝐶2 𝑑 + 16𝑑 2 + 2𝜋𝑑𝐶1 (21)
2
E os valores de K são definidos conforme Tabela 19.2 da NBR 6118:2014,
mostrada na Figura 36.

Figura 36 – Valores de K
Fonte: ABNT NBR 6118 (2014).

A verificação de tensões nas superfícies críticas C e C’ deve ser efetuada, ou


seja, a tensão solicitante deve ser igual ou menor a tensão resistente de compressão
diagonal e a tensão resistente na superfície crítica C’, conforme a equações 22 e 23.
𝜏𝑆𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑1 = 0,27𝛼𝑣 𝑓𝑐𝑑 (22)
1
𝜏𝑆𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑2 = 0,13(1 + √20/𝑑)(100𝜌𝑓𝑐𝑘 )3 + 𝜎𝑐𝑝 (23)

Sendo
𝛼𝑣 = (1 − 𝑓𝑐𝑘 /250);
𝜌 = √𝜌𝑥 𝜌𝑦 ;
𝑑 = (𝑑𝑥 + 𝑑𝑦 )/2;
Onde
𝜌 – é a taxa geométrica de armadura de flexão aderente (armadura não
aderente deve ser desprezada);
𝜌𝑥 𝑒 𝜌𝑥 – são as taxas de armadura nas duas direções ortogonais.
Para efeitos de pré-dimensionamento da altura útil d, será considerada
somente a verificação da equação 22, a segunda verificação será feita após o
dimensionamento das armaduras, devido à necessidade das taxas de armaduras de
flexão para o cálculo.
A espessura total D do radier (Figura 37), após acréscimo da armadura
adicionada para resistir aos momentos fletores, é calculada pela Equação 24.
𝐷𝑚í𝑛 = 𝑑 + 𝑑 ′ + Ø + 𝑐 (24)
Onde
66

d – espessura necessária para resistir aos esforções de punção [cm];


d’ – distância do centro até a base das armaduras [cm];
Ø – diâmetro da armadura transversal a seção [cm];
c – cobrimento nominal, definido pela NBR 6118/2014, em função do tipo de
estrutura e classe de agressividade ambiental [cm].

Figura 37 – Seção transversal do Radier


Fonte: Autoria própria (2016).

Para o dimensionamento foi considerado uma edificação em ambiente


urbano, correspondente a classe de agressividade ambiental II segundo a Tabela 6.1
da NBR 6118:2014, sendo o cobrimento nominal c=30mm para elementos estruturais
em contato com o solo.
A Tabela 10 traz a verificação da altura útil inicial d para todos os pilares.

Tabela 10 – Altura útil d em função dos esforços de punção


Dimensões
[m] MSdx MSdy τSd τRd1
Pilar Fsd [KN] d [cm]
[KNm] [KNm] [KN/m²] [KN/m²]
x y
P1 0,17 0,30 69,96 1,56 0,38 3584 4339 2,0
P2 0,17 0,30 116,7 2,25 0,72 3628 4339 3,0
P3 0,30 0,17 57,84 0,73 0,56 4055 4339 1,5
P4 0,17 0,30 28,9 2,38 1,49 3053 4339 1,5
P5 0,17 0,30 51,73 0,77 0,45 3642 4339 1,5
P6 0,30 0,17 106,43 0,48 1,32 4004 4339 2,5
P7 0,30 0,17 105,3 0,05 0,89 3832 4339 2,5
P8 0,37 0,17 118,88 0,72 0,92 3919 4339 2,5
P9 0,30 0,12 124,3 0,24 2,54 4174 4339 3,0
P10 0,17 0,30 50,77 0,24 0,73 3512 4339 1,5
P11 0,12 0,30 98,87 1,70 0,93 4266 4339 2,5
P12 0,17 0,30 98,3 2,18 1,13 3949 4339 2,5
P13 0,17 0,30 23,86 1,10 0,82 3387 4339 1,0
P14 0,37 0,17 148,16 0,05 2,14 3933 4339 3,0
P15 0,17 0,30 182,72 1,43 1,31 3821 4339 4,0
67

P16 0,30 0,17 193,1 3,84 4,08 3760 4339 4,5


P17 0,17 0,30 114,56 0,69 2,86 3663 4339 3,0
P18 0,17 0,30 12,04 0,63 0,17 3454 4339 0,5
P19 0,30 0,17 101,42 0,65 0,90 3795 4339 2,5
P20 0,17 0,30 255,52 1,45 0,02 3878 4339 5,0
P21 0,17 0,30 129,17 0,38 4,16 4203 4339 3,0
P22 0,17 0,30 39,9 3,48 1,28 4015 4339 1,5
P23 0,17 0,30 31,09 1,76 3,71 3741 4339 1,5
P24 0,17 0,30 8,22 0,44 0,02 2249 4339 0,5
Fonte: Autoria própria (2016).

Observando-se a Tabela 10 verifica-se que a altura útil necessária para resistir


a tensão de cisalhamento solicitante na compressão diagonal é igual a d=5 cm para o
pilar P20. Adotando-se inicialmente uma malha com barras de diâmetro nominal
Ø=10mm, a altura total inicial do radier é, portanto.
𝐷𝑚í𝑛 = 5,0 + 0,5 + 1,0 + 3,0 = 9,5𝑐𝑚
Já para a determinação da espessura total para que o radier seja considerado
rígido, aplicou-se a equação 1, verificando-se, portanto, a espessura Dmín=15cm.
Porém, o item 13.2.4.1 da NBR 6118/2014 traz que a altura mínima para lajes lisas
deve ser de 16cm, portando Dadot= 16cm para os dois solos.

6.6 VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS

Após o processamento dos modelos no software SAP2000 V18, foi possível


se obter as deformações, os diagramas de momentos fletores, de esforços axiais e de
esforços cortantes da estrutura em questão.
Para melhor identificação dos casos, foram separadas as modelagens com
apoios indeslocáveis das modelagens considerando a interação solo-estrutura, sendo
os mesmos chamados de:
 INDES1 – Modelagem da superestrutura e radier em separado para o perfil
de solo SP1;
 INTER1 – Modelagem da superestrutura e radier em conjunto para o perfil
de solo SP1;
 INDES2 – Modelagem da superestrutura e radier em separado para o perfil
de solo SP2;
68

 INTER2 – Modelagem da superestrutura e radier em conjunto para o perfil


de solo SP2.
As Figuras 38 a 40 mostram as deformadas para as estruturas considerando
os casos INDES1, INTER1, INDES2 e INTER2.

Figura 38 – Configuração deformada para as estruturas INDES1 e INDES2


Fonte: Autoria própria (2016).
69

Figura 39 – Configuração deformada para a estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 40 – Configuração deformada para a estrutura INTER2


Fonte: Autoria própria (2016).
70

Pode-se observar que houveram modificações nas deformadas das


estruturas, comparando o caso INDES1 com INTER1 e INDES2 com INTER2, fato
que caracteriza a esperada alteração no comportamento da estrutura e uma
consequente redistribuição nos esforços internos da estrutura.
As Figuras 41 a 43 mostram os diagramas de momentos fletores para as
estruturas INDES1, INTER1, INDES2 e INTER2.

Figura 41 – Diagrama de momentos fletores para as estruturas INDES1 e INDES2


Fonte: Autoria própria (2016).
71

Figura 42 – Diagrama de momentos fletores para a estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 43 – Diagrama de momentos fletores para a estrutura INTER2


Fonte: Autoria própria (2016).
72

Como se pode observar nas Figuras, não houve alterações significativas no


comportamento dos gráficos de momentos fletores, apesar de serem observadas
alterações nos valores de momentos máximos e mínimos de alguns elementos da
estrutura.
As Figuras 44 a 51 trazem os diagramas de momentos fletores 𝑚𝑥 e 𝑚𝑦 para
o radier nos casos INDES1, INTER1, INDES2 e INTER2. Já as Figuras 52 a 63 trazem
a comparação dos esforços internos da estrutura, nos elementos os quais houve as
maiores modificações dos mesmos.
73

Figura 44 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 45 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
74

Figura 46 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 47 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
75

Figura 48 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INDES2


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 49 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒙 para a estrutura INTER2


Fonte: Autoria própria (2016).
76

Figura 50 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INDES2


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 51 – Diagrama de momentos fletores 𝒎𝒚 para a estrutura INTER2


Fonte: Autoria própria (2016).
77

Figura 52 – Diagramas de esforços na direção y do pilar P4 para a estrutura


INDES1
Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 53 – Diagramas de esforços na direção y do pilar P4 para a estrutura


INTER1
Fonte: Autoria própria (2016).
78

Figura 54 – Diagramas de esforços na direção x para o pilar P23 da estrutura


INDES1
Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 55 – Diagramas de esforços na direção x para o pilar P23 da estrutura


INTER1
Fonte: Autoria própria (2016).
79

Figura 56 – Diagramas de esforços para a viga V19 da estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 57 – Diagramas de esforços para a viga V19 da estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
80

Figura 58 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P8 da estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 59 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P8 da estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
81

Figura 60 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P20 da estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 61 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P20 da estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
82

Figura 62 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P19 da estrutura INDES1


Fonte: Autoria própria (2016).

Figura 63 – Diagramas de esforços axiais para o pilar P19 da estrutura INTER1


Fonte: Autoria própria (2016).
83

6.7 DIMENSIONAMENTO FINAL

Primeiramente deve-se verificar se a tensão atuante sobre o solo é menor que


a tensão admissível da camada correspondente a cota de assentamento da fundação.
3985,80 𝑘𝑁
𝜎𝑅𝑎𝑑𝑖𝑒𝑟 = = 28,33 2 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 50 𝑘𝑁/𝑚²
10,5 ∙ 13,4 𝑚
Os recalques do radier também ficaram dentro dos limites recomendados por
Bowles (1996), o qual sugere que o recalque máximo de 50mm. Os valores de
recalque foram obtidos através do software SAP 2000.
∆𝐻𝑚á𝑥 = 2,714 𝑚𝑚 < ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 = 50 𝑚𝑚
Os valores de momentos máximos e mínimos do radier para os casos
INDES1, INTER1, INDES1 e INTER2 são mostrados na tabela a seguir.
Foi escolhido o caso INTER1 como exemplo de dimensionamento do radier.
O dimensionamento da armadura de flexão do radier foi feito seguindo os preceitos
da NBR 6118/2014, sendo o roteiro de cálculo discriminado a seguir.
Para a armadura positiva na direção x
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 6310,26 (25)
𝑑𝑚í𝑛 = = = 0,1406 𝑐𝑚
𝑏𝑤 ∙ 𝐾𝑀𝐷𝑙𝑖𝑚 ∙ 𝑓𝑐𝑑 1 ∙ 0,25 ∙ 17,86 ∙ 105
3 3 (26)
𝐷𝑚í𝑛 = 𝑑 + Ø + 𝑐 = 0,1406 + ∙ 0,0125 + 0,03 = 0,189 𝑚
2 2
𝐷𝑎𝑑𝑜𝑡 = 0,20𝑚 ∴ 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑡 = 0,151𝑚 (27)
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 6310,26 (28)
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,2169
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑 1 ∙ 0,151² ∙ 17,86
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 6310,26 ∙ 104 (29)
𝐴𝑠 = = = 15,82 𝑐𝑚2 /𝑚
𝐾𝑍 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑦𝑑 0,8499 ∙ 0,151² ∙ 435 ∙ 105
→ ∅12,5 𝑚𝑚 𝑐/ 7,5 𝑐𝑚

O valor de KZ é obtido através da interpolação de dados da Tabela AI.1 (em


anexo). Determinou-se o diâmetro das barras e o devido espaçamento da malha
através da Tabela AI.2 (em anexo).

Para a armadura positiva na direção y


1,4 ∙ 𝑚𝑦 1,4 ∙ 4245,15
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,1494
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑 1 ∙ 0,151² ∙ 17,86 ∙ 105
84

1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 4245,15 ∙ 104


𝐴𝑠 = = = 10,02 𝑐𝑚2 /𝑚 → ∅12,5 𝑚𝑚 𝑐/ 12 𝑐𝑚
𝐾𝑍 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑦𝑑 0,9026 ∙ 0,151² ∙ 435 ∙ 105
Para a armadura negativa na direção x
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 1096,51
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,0332
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑 1 ∙ 0,161² ∙ 17,86 ∙ 105
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 1096,51 ∙ 104
𝐴𝑠 = = = 2,236 𝑐𝑚2 /𝑚 → ∅6,3 𝑚𝑚 𝑐/ 13 𝑐𝑚
𝐾𝑍 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑦𝑑 0,9800 ∙ 0,161² ∙ 435 ∙ 105
Para a armadura negativa na direção y
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 962,73
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,0312
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑 1 ∙ 0,161² ∙ 17,86
1,4 ∙ 𝑚𝑥 1,4 ∙ 962,73 ∙ 104
𝐴𝑠 = = = 1,96 𝑐𝑚2 /𝑚 → ∅6,3 𝑚𝑚 𝑐/ 20 𝑐𝑚
𝐾𝑍 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑦𝑑 0,9813 ∙ 0,161² ∙ 435 ∙ 105
Após o dimensionamento das armaduras, procedeu-se com a verificação da
tensão resistente na superfície crítica C’, conforme equação 23.
𝜏𝑆𝑑,𝑃20 = 758,01𝑘𝑁/𝑚² ≤ 𝜏𝑅𝑑2 = 4480 𝑘𝑁/𝑚2
O detalhamento do radier, com os diâmetros das malhas e espaçamento das
mesmas encontram-se no apêndice do trabalho.
85

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo principal a análise da redistribuição dos


esforços internos para a estrutura de uma edificação considerando a interação solo-
infraestrutura e solo-superestrutura. Para o mesmo foram utilizadas duas modelagens
distintas para o mesmo problema, a primeira considerando os pilares da estrutura
como engastados na fundação, ou seja, dizendo que a mesma é completamente rígida
e indeslocável e, posteriormente aplicando os carregamentos no radier, e a segunda
modelando a estrutura e fundação trabalhando em conjunto. Também foram
comparados dois solos com características distintas de rigidez, de consistência e
resistência. A consideração da interação solo-estrutura se deu a partir da Teoria de
Winkler (1867), concebendo o solo como molas de comportamento linear elástico
atuando sob a base da fundação.
Os valores de carregamentos atuantes na estrutura foram baseados na norma
da ABNT, NBR 6120/1980 – Cargas para cálculo de estruturas de edificações. Já os
parâmetros geotécnicos dos solos foram obtidos por correlações empíricas com a
sondagem SPT, largamente utilizada no país, correlações estas extraídas da
literatura. E os esforços na estrutura foram obtidos a partir da combinação das ações
para o estado limite último (ELU).
As principais conclusões obtidas no desenvolvimento do trabalho são
elencadas abaixo, de acordo com a análise dos resultados obtidos das modelagens:
a) Reações nos pilares
Foi possível observar uma mudança nas reações verticais dos pilares. Na
análise dos pilares engastados na fundação os valores das reações verticais para os
pilares com maior carregamento foram semelhantes ao da análise considerando a
interação solo-estrutura, porém com diferenças chegando a até 6,4% para o pilar P20
e 5,24% para o pilar P19, no caso do solo mais fraco.
b) Esforços normais
Os esforços normais de todos os pilares, na análise dos dois solos,
mantiveram-se semelhantes, com as maiores diferenças no pavimento térreo. Foi
observado um pequeno aumento no esforço normal dos pilares de extremidades
enquanto os pilares centrais e de canto tiveram um alívio no esforço normal.
86

c) Momentos fletores
A redistribuição dos momentos fletores foi de fato encontrada, porém pouco
significativa para a superestrutura. Os aumentos dos valores mínimos de momento
nas vigas atingiram até 3,09% do momento em comparação com a estrutura modelada
com apoios indeslocáveis. Já, os valores de momento nos pilares chegaram a valores
de até 4,6% menores que a estrutura com pilares engastados (P4).
Apesar da modificação dos valores máximos e mínimos, não se observou a
modificação do comportamento do gráfico do momento fletor. Também não foram
observadas alterações significativas nos momentos fletores ao longo dos pilares do
pavimento térreo na análise da interação solo-estrutura.
Já, para o radier observou-se mudanças significativas nos momentos fletores.
Os valores máximos e mínimos para o radier da estrutura INDES1 e INTER1 não
correspondem aos mesmos pontos, além de ter sido observada uma redução de
aproximadamente 27,4% no valor de mx,máx, 36,4% para mx,mín, 28% para my,máx e
63,2% para my,mín.
Para o solo mais rígido, observou-se uma redução de % para mx,máx,
7,7% para mx,mín, 46,4% para my,máx e 41,6% para my,mín.
d) Deslocamentos verticais
Observou-se um aumento nos deslocamentos verticais máximos da estrutura,
na comparação do INDES1 e INDES2 com os casos INTER1 e INTER2,
respectivamente.
e) Deslocamentos horizontais
Não se observou nenhuma alteração significativa nos deslocamentos
horizontais da estrutura com a consideração da interação solo-estrutura, fato já
esperado, haja vista que não há esforços horizontais significativos atuantes na
estrutura.
Por fim, pode-se concluir que para edificações de características semelhantes
a esta, com fundação radier, a consideração de pilares engastados em sua base é
uma aproximação válida e traz resultados satisfatórios para os esforços internos da
estrutura. Já para o radier a mesma não se mostrou apropriada, gerando valores de
momentos fletores significativamente inferiores para os casos considerando a
interação solo-estrutura. Portanto, como hoje em dia existem softwares de elementos
finitos que permitem a modelagem corriqueira de ambos os elementos, ou seja, a
superestrutura formada por pilares, vigas e lajes, e também o elemento de fundação,
87

é preferível realizar a modelagem completa, considerando a superestrutura em


conjunto com a infraestrutura.

7.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se um maior aprofundamento


em alguns assuntos e uma melhoria nos modelos de análise. Alguns tópicos que
podem vir a contribuir com este trabalho são:
 Continuar este estudo, utilizando solos de menor coesão, como solos
arenosos;
 Analisar a redistribuição dos esforços em estruturas, variando o número
de pavimentos, geometria do modelo e materiais envolvidos;
 Fazer um estudo considerando as ações dinâmicas do vento;
 Estudar a interação solo-estrutura em estruturas utilizando fundações
isoladas;
 Considerar a sequência construtiva na análise da interação solo-
estrutura.
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WINKLER, Dr. Emil. Die Lehre von Elastizität und Festigkeit. 1 Theil. Prag: H.
Dominicus, 1867.
APÊNDICE
N

12.00

4.80

ÁREA PERMEÁVEL

1.80 ÁREA EDIFICADA

TELHA CONCRETO
i=40%

66
5.
ÁREA EDIFICADA
RUA PRIMO LAVEZZO

12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 11.00

5.
66
TELHA CONCRETO

12.00
i=42.1%

RUA MADALENA TATTO


23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 332.00
RUA MADALENA TATTO

TELHA CONCRETO
TELHA CONCRETO

12.00 12.00 12.00 12.00


1603 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 11.00

1.50
i=40%
i=40%

22.00

12.00
264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 264.00 332.00
10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

66
5.

RUA CLEVELÂNDIA

ÁREA EDIFICADA

TELHA CONCRETO
i=40%
ÁREA EDIFICADA

ÁREA PERMEÁVEL
ÁGUA ESGOTO SANEPAR

5.00
CORREIOS

18.00 PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO


2 ESCALA 1:1000

PASSEIO PÚBLICO

ACESSO VEÍCULOS
E PEDESTRES

IMPLANTAÇÃO E COBERTURA
1 ESCALA 1:100

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)

1/4
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA
J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
(INDICAÇÃO EM PLANTA) INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
00 Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO
R0 00 Nº DO DESENHO NA FOLHA
(EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) (INDICAÇÃO EM CORTE)
REVESTIMENTO CERÂMICO PINT. ACRÍLICA COR BRANCO GELO LAJE PRÉ-MOLDADA PINT. EM COR BCO GELO

3
1
REVEST. LÂMINADO EM MADEIRA
REVESTIMENTO CERÂMICO

2
N
PROJEÇÃO TELHADO
4 9.80

3
2

1
.20 2.40 .20 .85 .20 1.90 .15 1.35 .15 2.20 .20
4 1.05 1.65 0.90 04 DESLIZANTE
(2 FOLHAS)
VIDRO/ALUMÍNIO
8.30 2.00 1.65 0.90 02 DESLIZANTE
VIDRO/ALUMÍNIO
.20

(2 FOLHAS)
N
ÁREA DE LAZER
.20 2.40 .20 2.60 .20 2.50 .20 0.80 0.85 1.70 02 MAXIMAR
(1 FOLHA)
VIDRO/ALUMÍNIO
13.94 m² 0.60 0.85 1.70 02 MAXIMAR
VIDRO/ALUMÍNIO

.20
(1 FOLHA)

1 1 1
J6 0.85 1.45 1.10 01 MAXIMAR
(1 FOLHA)
VIDRO/ALUMÍNIO
COZINHA 0.00
1.20 1.65 0.90 01 DESLIZANTE
VIDRO/ALUMÍNIO

.20
7,20 m² (2 FOLHAS)

1.50 2.55 3.05 01


3.00

1 1
QUADRO
VIDRO/ALUMÍNIO
J1 2 QUARTO 2 ESCRITÓRIO

4.00
0.00 PROJEÇÃO TELHADO

1.25
7.20 m² 3.88 m²
P5 P5 1 1 1 1

3.00
1 1

DESPENSA LAV. J1 +3.05 +3.05 0.90 x 2.20 01 PIVOTANTE


(1 FOLHA) MADEIRA
P5 1.05 x 2.20

.20
2.16 m² DESLIZANTE
3.04 m²
1 1 1 1 2 1 A.SERVIÇO 01 (1 FOLHA) MADEIRA

0.00 0.00 J6 3.96 m² 3.01 1.30 x 2.10 01 DESLIZANTE


(4 FOLHAS) VIDRO/ALUMINIO
.20

1 1 1
P4 0.00 P5 P5 J4 0.90 x 2.20 01
DESLIZANTE
(1 FOLHA) MADEIRA
B.W.C.
PROJEÇÃO TELHADO

1.60
4.82 m² 0.80 x 2.10 07
PIVOTANTE
(1 FOLHA) MADEIRA
1.09 +3.02

.20
1 2 1
J4 0.90 x 2.10 01
DESLIZANTE
(1 FOLHA) MADEIRA
CIRC.
18 DEGRAUS

PROJEÇÃO TELHADO
15
14

10
p= 0.27 m
h= 0.17 m

13
16

11
17

12

SALA JANTAR +3.05 2.00 x 2.55 01


DESLIZANTE
(4 FOLHAS) VIDRO/ALUMINIO
6.12 m²

A= 5.78 m²

.15
P5

ESCADA
2.60

9.40 m²
J1 1 1 1
1 1

15
14

10
1

13
16

11
12
17
18 DESCE
2.00
0.00 QUARTO 1
ZR- 2 183.19
1

32 1 60 3
3

7
8
2

9
6
4
5

2.60
7.83 m²
3 3
1.00 SOBE

J1 1 1 1

2.00
8.85
3
.27 3 +3.05 J7
+3.05
12.00

1
2
3

7
8

9
5
6
4
10.90
3 3
.20

264.00

h= 0.90 m
P2 3 3

.20

.20
SALA ESTAR 108.03
3 3 P6 B.W.C.
10.52 m² P5
2 2 5.35 m²
3.05

1 1 1 .90
J2 1 2 1
0.00 3 +3.05 3 75.16
SUÍTE

2.70
2 2
GARAGEM

3.05
J2 12,70 m² CLOSET
20.10 m² 1 1 1 4,14 m²
1 1 1
5.80

1 1 1 +3.05 +3.02
+3.05
0.00
.20

P1

.35.20
P6

.20
J3
1.45

PROJEÇÃO TELHADO

3.85 SACADA J5
PROJEÇÃO TELHADO
5.22 m²

1.45
1 1 1
PROJEÇÃO SACADA
+3.05
1.10

h= 0.90m
183.19
.20 3.50 .15 2.07 .20 1.98 .20
.20

.20 3.35 .30 5.75 .20 8.30


PROJEÇÃO TELHADO 4
1
4
1

3
1
3
1

69.40%

PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR


2 ESCALA 1:50

PLANTA TÉRREA
1 ESCALA 1:50

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)

2/4
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA
J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
(INDICAÇÃO EM PLANTA) INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
00 Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO
R0 00 Nº DO DESENHO NA FOLHA
(EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) (INDICAÇÃO EM CORTE)
TELHA CONCRETO TELHA CONCRETO
i=40% i=40%

.45

.45

.45
.35
1.35

1.65

1.65
TELHA CONCRETO

3.00

3.00

3.00
i=40% TELHA CONCRETO TELHA CONCRETO

2.55
i=40% i=40%

TELHA CONCRETO

1.20

1.22
i=40% SUÍTE

.90

.90
6.05
ESCRITÓRIO P. CERÂMICO
CLOSET CLOSET B.W.C
CIRC. SUÍTE QUARTO 1 CIRC.
.44

+3.05 +3.05 +3.05 +3.05 +3.05 +3.05 +3.05 +3.05 +3.05


P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO

.50
.45
.90 .10.50.10.50.10 .70

1.53
1.65
1.65
+1.53

3.05
3.05

3.05
3.00
9
18 DEGRAUS 8
h= 0.17 m 7
p= 0.27 m 6
5

1.53
4 18 DEGRAUS
3
A.SERV. A.SERV.

.90

.90
h= 0.17 m

ÁREA DE LAZER DESPENSA 2


1 GARAGEM 0.00 SALA ESTAR 0.00 GARAGEM SALA JANTAR 0.00
p= 0.27 m
+3.05 +3.05 +0.00 0.00 0.00 0.00
P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO P. CERÂMICO

CORTE TRANSVERSAL
CORTE TRANSVERSAL 3 ESCALA 1:50
2 ESCALA 1:50

CORTE LONGITUDINAL
1 ESCALA 1:50

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)

J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS

INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 00


00
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA

Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO


0.00

0.00
NÍVEL DO PISO ACABADO
(INDICAÇÃO EM PLANTA)

NÍVEL DO PISO ACABADO


INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
3/4
R0 (EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) Nº DO DESENHO NA FOLHA
(INDICAÇÃO EM CORTE)
TELHA CONCRETO TELHA CONCRETO

PINTURA CREME

PINTURA CREME
TELHA CONCRETO

TELHA CONCRETO
i=40%
TELHA CONCRETO

PINTURA CREME
PEDRA FILETE

ELEVAÇÃO FUNDOS
2 ESCALA 1:50

ELEVAÇÃO FRONTAL
1 ESCALA 1:50

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)

4/4
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA
J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
(INDICAÇÃO EM PLANTA) INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
00 Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO
R0 00 Nº DO DESENHO NA FOLHA
(EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) (INDICAÇÃO EM CORTE)
P1 P2
17x30 V117x35 17x30 Vigas P1 P2 P3(MORRE) P4(MORRE) Vigas
Nome Seção Elevação Nível 17x30 V1 17x30 V1 17x30 V117x35 17x30 Nome Seção Elevação Nível
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
P25

V12
V1 17x35 0 590 V1 17x35 0 295
P25(NASCE)

V18
V2 17x35 17x30 V2 17x35 0 590 17x30 V2 17x35 0 295
V3 17x35 0 590 V3 17x35 0 295
V4 12x35 0 590 609 kgf/m V4 12x35 0 295
V5 12x35 0 590 V5 12x35 0 295

V16 17x35

V18 17x35
V6 17x35 0 590 V6 17x35 0 295
V10 17x35

V7 17x35 0 590 V7 17x35 0 295


L1 L3

V13 17x35

V15 17x35
V8 17x35 0 590 L1 L2 V8 17x35 0 295
V12 17x35
h=12
L2 P6 V9 17x35 0 590 h=12 V9 17x35 0 295
V3 17x30 V3 17x35 V3
V10 17x35 0 590
h=12 h=12 P6 V10 17x35 0 295
V2 17x35 V2 V3 17x35

V23
h=12 17x30
V11 17x35 0 590 V11 17x35 0 295
P7 V12 17x35 0 590 V12 17x35 0 295

V15 12x35
17x30 V13 17x35 0 590 P7 V13 17x35 0 295
V14 17x35 0 590
P5(MORRE) 17x30 V14 17x35 0 295
17x30

V16
P9

457 kgf/m

V20 17x35

V22 17x35
P8 L3 V15 12x35 0 590 V15 17x35 0 295

V19
17x37 V4 12x35 12x30 V4 V4 V16 17x35 0 590 P8 P9 L4 L5 V16 17x35 0 295
h=12
17x37 V4 12x35 12x30 V4 h=12 h=12
V17 17x35 0 590 V17 17x35 0 295
V18 12x35 0 590 V18 17x35 0 295
P10(MORRE)

V15
P11 P12

V16
V19 17x35 0 590
17x30 P11 P12 P13(MORRE) V19 12x35 0 295
12x30 V5 12x35 17x30 17x30
V5 V5 12x35 V5 V5 V20 17x35 0 295
12x30 17x30
V21 17x35 0 295
V22 17x35 0 295
Lajes
V13 17x35

V23 17x35 0 295


V1117x35

V14 17x35
L4 L5 Dados Sobrecarga (kgf/m²)

V17
V24 17x35 -147.5 147.5
L6
V14 17x35

Nome Tipo Altura Elevação Nível Peso próprio Adicional Acidental Localizada DESCE

17x35 e=-147.5
h=12 h=12
L6 (cm) (cm) (cm) (kgf/m²) h=12
L7

V19
LE1

V16
h=12 L1 Maciça 12 0 590 300 208 50 -

V21
V24
L2 12 0 590 300 208 50 - h=12 h=10 Lajes
Maciça

V17 17x35
L3 Maciça 12 0 590 300 208 50 - DESCE Dados Sobrecarga (kgf/m²)
e=-147.5
L4 Maciça 12 0 590 300 208 50 - Nome Tipo Altura Elevação Nível Peso próprio Adicional Acidental Localizada
P14 P26 P17

V23 17x35
V6 17x35 17x30
L5 Maciça 12 0 590 300 208 50 -
P14 P16 P17 (cm) (cm) (cm) (kgf/m²)
17x37 17x30 V6 V6 V6 L6 Maciça 12 0 590 300 208 50 - 17x30 L1 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
17x37 V6 17x35 V6 V6 17x30 V6
L7 Maciça 12 0 590 300 208 50 - L2 Maciça 12 0 295 300 100 150 sim
P16 L8 Maciça 12 0 590 300 208 50 - L3 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
17x30 P26(NASCE) L4 Maciça 12 0 295 300 100 150 sim
17x30 P15(MORRE) L5 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
17x30 L6 12 0 295 300 100 150 -
Maciça
Características dos materiais L7 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
fck Ecs
V19 17x35
L8 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
V18 12x35

457 kgf/m
(MPa) (MPa)
L8 L9 Maciça 12 0 295 300 100 150 sim
V9 17x35

457 kgf/m
25 28560

V12 17x35

V16 17x35

V21
L7 h=12 P18(MORRE) L10 Maciça 12 0 295 300 186 50 -
h=12
L8 17x30 L11 Maciça 12 0 295 300 100 150 -
h=12 LE1 Maciça 10 -148 147.5 250 100 150 -
L9 LE2 Maciça 10 -148 147.5 515 100 150 -
Pilares h=12 LE3 Maciça 10 0 295 510 100 150 -
Nome Seção Elevação Nível
P21 (cm) (cm) (cm)
P27 17x30 P1 17 x 30 0 590 P27(NASCE) P21
P20 12x30 V7 17x35 17x30
12x30
V17 17x35

P19 P2 17 x 30 0 590 P20 V7 17x35 Características dos materiais


17x30
17x30 V8 17x35 V8 P6 17 x 30 0 590 P19 17x30 fck Ecs

12x35
V8 17x35 V9 17x35

V19
P7 17 x 30 0 590 17x30 (MPa) (MPa)
P8 17 x 37 0 590 25 28560
P9 12 x 30 0 590
P11 12 x 30 0 590

V23
P12 17 x 30 0 590
L11

V12

V16
Forma do pavimento Cobertura P14 17 x 37 0 590 Pilares

V2117x35
P16 17 x 30 0 590 h=12 Nome Nível
Seção Elevação
P17 17 x 30 0 590
L10 (cm) (cm) (cm)
escala 1:50 P19 17 x 30 0 590 h=12 P1 17 x 30 0 295
V10 17x35
P20 17 x 30 0 590 P2 17 x 30 0 295
P21 17 x 30 0 590 P3 17 x 30 0 295
P25 17 x 30 0 590 P4 17 x 30 0 295

V16
P26 17 x 30 0 590 P5 17 x 30 0 295
P27 12 x 30 0 590
P22(MORRE) P23(MORRE) P24(MORRE) P6 17 x 30 0 295
17x30 17x30 17x30
V1117x35 P7 17 x 30 0 295
P8 17 x 37 0 295
P9 12 x 30 0 295
Legenda dos Pilares P10 17 x 30 0 295
Pilar que morre P11 12 x 30 0 295
P12 17 x 30 0 295
Pilar que passa
Forma do pavimento Térreo P13
P14
P15
17 x 30
17 x 37
17 x 30
0
0
0
295
295
295
Pilar que nasce escala 1:50
P16 17 x 30 0 295
Pilar com mudança de seção P17 17 x 30 0 295
P18 17 x 30 0 295
P19 17 x 30 0 295
P20 17 x 30 0 295
P21 17 x 30 0 295
P22 17 x 30 0 295
P23 17 x 30 0 295
P24 17 x 30 0 295
P25 17 x 30 0 295
P26 17 x 30 0 295
P27 12 x 30 0 295

Legenda dos Pilares


Pilar que morre

Pilar que passa

Pilar que nasce

Pilar com mudança de seção

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA
J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
(INDICAÇÃO EM PLANTA) INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
00 Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO
R0 00 Nº DO DESENHO NA FOLHA
(EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) (INDICAÇÃO EM CORTE)
DETALHE DA ARMADURA DE MALHA BASE DETALHE DA ARMADURA DE MALHA BASE

Armadura em malha
Armadura em malha
distribuída na laje
distribuída na laje

Detalhe em planta
Detalhe em planta
Comprimento de traspasse
Comprimento de traspasse
105
58
ø12.50
ø6.30

L1 L1
h=16 h=16

BASE: 134 N3 ø12.5 c/10 C=1046 BASE: 134 N1 ø6.3 c/10 C=1046

Armação inferior do radier do pavimento Inferior (Eixo X) Armação superior do radier do pavimento Inferior (Eixo X)
escala 1:50 escala 1:50

DETALHE DA ARMADURA DE MALHA BASE DETALHE DA ARMADURA DE MALHA BASE

Armadura em malha Armadura em malha


distribuída na laje distribuída na laje

Detalhe em planta Detalhe em planta


Comprimento de traspasse Comprimento de traspasse
105 58
ø12.50 ø6.30
BASE: 105 N4 ø12.5 c/10 C=CORR

BASE: 105 N2 ø6.3 c/10 C=CORR


L1 L1
h=16 h=16

Armação inferior do radier do pavimento Inferior (Eixo Y) Armação superior do radier do pavimento Inferior (Eixo Y)
escala 1:50 escala 1:50

OBS. COTAS EM METROS N° DA PRANCHA DA ELEVAÇÃO INDICADA


0.00 0
NOME DO DESENHO 0 0 0 INDICAÇÃO DE REVESTIMENTOS
P00 CÓDIGO DA PORTA 00 0 Nº DO DESENHO NA FOLHA
0.00 ESCALA DO DESENHO (INTERNO) - ( INDICAÇÃO EM PLANTA)
NÚMERO DO DESENHO NA PRANCHA
J00 CÓDIGO DAS ABERTURAS/JANELAS 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE TETOS
(INDICAÇÃO EM PLANTA) INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE
00 Nº DA PRANCHA DO CORTE INDICADO INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PISOS
INDICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDE 0.00 NÍVEL DO PISO ACABADO
R0 00 Nº DO DESENHO NA FOLHA
(EXTERNA) - (INDICAÇÃO EM PLANTA) (INDICAÇÃO EM CORTE)
ANEXOS
Cliente: Polli e Motta & Schimidt S/C Ltda Sondagem a Percussao
Obra: Edificio SP: S 01
Local: Rua Tocantins, s/n. 2 (Lote 14 da Quadra 74) Cota: -2,30
Pata Branco - PR lnfcio: 19/10/04 Termino: 20/10/04
Escala: 1 : 100 Data: 23/10/2004
Resistencia a Profun Ensaio
penetragao didade Penetrometrico Classificagao Nfvel
Amostrador tipo da (SPT) AMS da de
Terzagui & Peck cam Num. de golpes camada agua

.. . . . .. .
Numero de golpes (m) 15 15 15
"
TRADO CONCHA- ARGILA MARROM ESCURA- SOLO SUPERFICIAL

:: \
1,00 1 1 1 1 ARGILA MARROM ESCURA COM PIGMENTOS VERDES- MUITO MOLE

2,00 1 2 4 2 ARGILA MARROM ESCURA COM PIGMENTOS VERDES- MEDIA

I 3,00 4 6 8 3 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA

..
,,oo
4,00 4 5 4 4 ARGILA CORES VARIEGADAS- MEDIA

.. 5,00
6,00
4
5
5
6
5
6
5
6
ARGILA CORES VARIEGADAS- MEDIA

ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA

..
,.oo
� 7,00 7 5 10 7 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA

8,00 6 5 5 8 ARGILA CORES VARIEGADAS- MEDIA

,
,,oo
9,00 9 7 7 9 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA
10,00
10,00 7 7 8 10 ARGILA MARROM ESCURA COM PIGMENTOS CINZAS- RIJA
,,.oo
11,00 5 4 5 11 ARGILA CORES VARIEGADAS- MEDIA
12,00 4 5 5 12 ARGILA MARROM ESCURA COM PIGMENTOS CINZAS- MEDIA
12,00

13,00 3 3 4 13 ARGILA CORES VARIEGADAS - MEDIA


13,00

,�.oo
14,00 5 6 7 14 ARGILA MARROM ESCURA COM VEIOS CINZAS- RIJA
,�.oo
15,00 6 6 7 15 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA
16,00 5 6 7 16 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA
1!,00

17,00 \ 17,00 9 9 10 17 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA


18,00 10 14 12 18 ARGILA CORES VARIEGADAS- DURA
)'
1$,00

... 19,00 9 7 9 19 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA


1�,00

-
j 20,00 4 4 4 20 ARGILA CORES VARIEGADAS- MEDIA
\
0,00
21,00 7 7 7 21 ARGILA CORES VARIEGADAS- RIJA SECO
�.• 22,00 22- r- SONDAGEM PARALIZADA

•.. 23,00 23
fl,00

24,00 24

... 25,00 25
2�,00

26,00 26

�-· 27,00 27
V,00

...... 28,00
29,00
28
29
30,00 30

Revestimento 0int � 63,50 mm Sondagem nQ: 08-1004


Amostrador 0ext �
0int � I 50,80 mm
34,90 mm
Responsavel tecnico:

Manoel Gustavo G. dos Santos


Peso 65Kg. c/ altura de queda de 75cm. En . Civil CREA RS 64807-D

IData: 23/10/2004 !Falha: 01


Cliente: Valmir Tartari (Valmir Imóveis) Sondagem a Percussão (SPT)
Obra: Sobrados SP: SP2
Local: Rua Tocantins, s/n.º Cota: -1,60 m
Lote 04 da Quadra 678 Início: 13/11/06 Término: 13/11/06
Escala: 1:100 Data: 23/11/06
Resistência a Profun Ensaio
penetração didade Penetrométrico Classificação Nível
Amostrador tipo da (SPT) AMS da de
Terzagui & Peck cam Núm. de golpes camada água
Número de golpes (m) 15 15 15
0 10 20 30 40 50 60
0,00

TRADO CONCHA - ARGILA MARROM ESCURA


1,00
1,00
1 2 2 1 ARGILA MARROM ESCURA - MOLE
2,00
2,00
2 3 5 2 ARGILA MARROM COM MATÉRIA ORGÂNICA - MÉDIA
3,00
3,00
2 3 4 3 ARGILA MARROM ESCURA - MÉDIA
4,00
4,00
3 3 4 4 ARGILA MARROM ESCURA - MÉDIA
5,00
5,00
5 8 8 5 ARGILA MARROM - RIJA
6,00
6,00
3 4 6 6 ARGILA MARROM ESCURA - MÉDIA
7,00
7,00
13 13 13 7 ARGILA MARROM ESCURA COM PEDREGULHO - DURA
8,00
8,00
13 15 15 8 ARGILA MARROM ESCURA COM PEDREGULHO - DURA
9,00
9,00
6 6 8 9 ARGILA MARROM ESCURA COM VEIOS PRETOS E PEDREGULHO - RIJA
10,00
10,00
16 16 16 10 ARGILA MARROM ESCURA COM PEDREGULHO - DURA
11,00
11,00
15 15 16 11 ARGILA MARROM ESCURA COM PEDREGULHO - DURA
12,00
17 20 20 12 SECO
12,00
ARGILA CORES VARIEGADAS COM PEDREGULHO - DURA
13,00
13
13,00

14,00
14
14,00

15,00
15
15,00

16,00
16
16,00

17,00
17
17,00

18,00
18
18,00

19,00
19
19,00

20,00
20
20,00

21,00
21,00
21
22,00
22,00
22
23,00
23,00
23
24,00
24,00
24
25,00
25,00
25
26,00
26,00
26
27,00
27,00
27
28,00
28,00
28
29,00
29,00
29
30,00
30,00
30

Revestimento ∅ int → 63,50 mm Sondagem nº: 401106


Amostrador ∅ ext → 50,80 mm Responsável técnico:
∅ int → 34,90 mm
Manoel Gustavo G. dos Santos
Peso 65Kg. c/ altura de queda de 75cm. Eng. Civil CREA RS 64807-D

Data: 23/11/06 Folha: 02


Tabela AI.2

2
ÁREA DA SEÇÃO DE BARRAS POR METRO DE LARGURA aS (cm /m)

s DIÂMETRO NOMINAL (mm) s


(cm) 5,0 6,3 8,0 10,0 12,5 16,0 (cm)

5,0 3,92 6,24 10,06 15,70 24,54 40,22 5,0


5,5 3,56 5,67 9,15 14,27 22,31 36,56 5,5
6,0 3,27 5,20 8,38 13,08 20,45 33,52 6,0
6,5 3,02 4,80 7,74 12,08 18,88 30,94 6,5
7,0 2,80 4,46 7,19 11,21 17,53 28,73 7,0
7,5 2,61 4,16 6,71 10,47 16,36 26,81 7,5
8,0 2,45 3,90 6,29 9,81 15,34 25,14 8,0
8,5 2,31 3,67 5,92 9,24 14,44 23,66 8,5
9,0 2,18 3,47 5,59 8,72 13,63 22,34 9,0
9,5 2,06 3,28 5,29 8,26 12,92 21,17 9,5
10,0 1,96 3,12 5,03 7,85 12,27 20,11 10,0
11,0 1,78 2,84 4,57 7,14 11,15 18,28 11,0
12,0 1,63 2,60 4,19 6,54 10,23 16,76 12,0
12,5 1,57 2,50 4,02 6,28 9,82 16,09 12,5
13,0 1,51 2,40 3,87 6,04 9,44 15,47 13,0
14,0 1,40 2,23 3,59 5,61 8,76 14,36 14,0
15,0 1,31 2,08 3,35 5,23 8,18 13,41 15,0
16,0 1,23 1,95 3,14 4,91 7,67 12,57 16,0
17,0 1,15 1,84 2,96 4,62 7,22 11,83 17,0
17,5 1,12 1,78 2,87 4,49 7,01 11,49 17,5
18,0 1,09 1,73 2,79 4,36 6,82 11,17 18,0
19,0 1,03 1,64 2,65 4,13 6,46 10,58 19,0
20,0 0,98 1,56 2,52 3,93 6,14 10,06 20,0
22,0 0,89 1,42 2,29 3,57 5,58 9,14 22,0
24,0 0,82 1,30 2,10 3,27 5,11 8,38 24,0
25,0 0,78 1,25 2,01 3,14 4,91 8,04 25,0
26,0 0,75 1,20 1,93 3,02 4,72 7,73 26,0
28,0 0,70 1,11 1,80 2,80 4,38 7,18 28,0
30,0 0,65 1,04 1,68 2,62 4,09 6,70 30,0
33,0 0,59 0,95 1,52 2,38 3,72 6,09 33,0

Elaborada por Alessandro L. Nascimento e Libânio M. Pinheiro.

De acordo com a NBR 7480:1996.

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