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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA

COMARCA DE ARAÇATUBA – SP.

MARIA, nacionalidade, profissão, casada, portadora da carteira de identidade


nº, órgão emissor, inscrita no CPF sob o nº, e-mail ou enderenço eletrônico, residente
e domiciliada na Bérgamo, 123, Apartamento 205, Bairro, Araçatuba, São Paulo, CEP,
neste ato representado por seu advogado, legalmente constituído que para fins do
artigo 106, I, do CPC indica o seu endereço profissional na Rua, nº, Bairro, Cidade,
Estada, CEP, e-mail ou endereço eletrônico, vem, perante vossa excelência propor:

AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E DANOS MORAIS

Pelo rito comum em face de ROBERTO, nacionalidade, comerciante, estado civil


(existência de união estável)m portador da carteira de identidade nº, órgão emissor,
inscrita no CPF sob o nº, e-mail ou enderenço eletrônico, residente e domiciliado na
Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, CEP, pelos fatos e fundamentos a seguir expõe:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A autora encontra-se sem possibilidade de renda, pois a única renda familiar era de
seu falecido marida, portanto, não possui condições financeiras para arcar com as
custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua
família.

Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela


Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV, e pelo código de processo civil no artigo 198 e
seguinte.

DA MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA:
Pelos mesmos fatos expostos à gratuidade de Justiça vincula-se a modificação da
competência estipulada no artigo 46 do Código de Processo Civil, para não mais ser o
foro de domicilia do réu, mas sim no domicilio do autor, fundando, está modificação, no
Artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

DOS FATOS:

O sr. Marcos caminhava pela rua de Recife- PE, quando, inesperadamente, fora
atingindo por um aparelho de ar-condicionado sendo manejado imprudentemente pelo
Réu.

Após o acidente foi encaminhando a um hospital particular, com um dia de internado


veio a falecer, sendo os gastos totais com o mesmo no valor de R$ 3.000,00 (três mil
reais)

A autora, profundamente abalada pela perda de seu marido, deslocou-se a Recife


para realizá-la o translado do corpo para Araçatuba, local do sepultamento. Tendo os
gastos totais de R$ 3.000,00 (três mil reais).

No inquérito policial, através da perícia técnica apontar como causa da morte o


traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, com isto,
o réu sendo, posteriormente, denunciado e condenado por primeira instância como
autor de homicídio culposo.

A renda familiar provinha, unicamente , da renda do de cujus , sendo assim, o sustento


da autora sendo encerrado com a morte do seu marido, com sua renda mensal de R$
998,00 (novecentos e noventa e oito reais).

DOS FUNDAMENTOS:

De acordo com o código civil em seus artigos 186 e 187 do código civil, o réu praticou
um ato ilícito:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um


direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Com isto, elenca-se o artigo 927 do Código Civil, que prediz que todo aquele que causa dano a
outrem deve repara-lo.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e


187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o


dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

Cabe-se a responsabilidade de responder pelos danos causados pelo o autor àqueles que
habitarem no prédio ou em parte do prédio, quando o dano prevenir de coisa que dele caírem,
conforme o artigo 938 do código civil:

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele,


responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido

A indenização estipula será medida conforme a extensão do dano causado pelo autor e a
queda do aparelha em cima do falecido marido da autora, conforme o artigo 944 do código civil
estipula.

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do


dano..

Parágrafo único. Se houver excessiva


desproporção entre a gravidade da culpa e o dano,
poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a
indenização.

A previsão que nos casos de homicídio, como o qual o réu foi condenado em primeira
instância, deve este indenizar quanto as despesas com o tratamento da vitima, seu funeral,
como o tipificado pelo artigo 948 do código civil.

No mesmo fundamento pede-se alimentos de acordo com a provável duração da vida da


vitima, como o de cujus tinha seus 50 anos, é certo que a pensão deverá ser vitalícia quanto a
autora, pois o mesmo ainda decorrida de, no mínimo, vinte anos de vida com base na
estimativa nacional.

Art. 948. No caso de homicídio, a indenização


consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento


da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem


o morto os devia, levando-se em conta a duração
provável da vida da vítima

Com o entendimento da notória civilista Maria Helena Diniz quanto a responsabilidade civil,
entende-se sobre a reparação do dano, seja moral ou material, causada por terceiros.

“A responsabilidade civil é a aplicação de medidas


que obriguem uma pessoa a reparar dano moral
ou patrimonial causado a terceiro, em rezação de
ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem
ela responde, por coisa a ela pertencente ou de
simples imposição legal” (Curso de Direito Civil
Brasileiro, Volume 7, 20 Ed. Saraiva, p. 217)
DOS PEDIDOS:

Pede-se o deferimento da antecipação da tutela devido aos prejuízos irreparáveis ou


de difícil reparação a autora, tornando necessário ser concedido os efeitos
antecipados da tutela para o pagamento da pensão alimentícia conforme o disposto no
artigo 294 e 300 do Código de Processo Civil.

Seja declarada a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita a autora,


uma vez que não possui condições financeiras para arcar com as despesas
processuais sem prejuízo do seus sustentos e de seus familiares.

Ocorra a modificação de competência para o acesso da autora à justiça ocorra de


maneira devida.

Citação do réu para comparecer a audiência de conciliação designado por esse juízo
estando ciente, que em caso de não composição do acordo deverá o réu responder a
prestação sob pena de confissão e revelia.

Seja condenado ao pagamento da importância de um salário mínimo em caráter


vitalício, conforme supracitado.

Seja julgados procedentes todos os pedidos formulados pelo autor, e para


confirmação da tutela de urgência e pensão, declarados por sentença

Seja o réu condenado ao pagamento de danos matérias de R$ 3.000 de despesas


hospitalares, e R$ 3.000 (três mil reais) de custa do translado, com juros e correção
monetária para o sepultamento do de cujus.

Seja, também, condenado o réu ao pagamento de danos morais no valor de R$


20.000,00 (vinte mil reais).

Seja o réu condenado ao pagamento de 20% (vinte por cento) sob o valor da causa
sob o titulo de honorário sucumbenciais e custas processuais

DAS PROVAS

Requer a produção de todos os meios de provas em direitos admitidos, em especial


documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal das partes com
foco no artigo 139 e seguintes do CPC.

DO CALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ 26.000,00 (vinte e seis mil reais)


Nestes termos,

Pede o deferimento

___________, _______ de ______ de_________

Advogado

OAB

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