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Cenários de Resposta

Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira

Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
Páginas Domínio / texto Cenário de Resposta

1. As imagens B, C, D e E associam-se à obra Auto da Barca do Inferno, uma vez que representam, respetivamente, (B) os Cavaleiros, únicas personagens que
100 Oralidade embarcam na barca do Paraíso; (C) a punição “no outro mundo” (em virtude dos maus comportamentos na vida terrena); (D) as barcas e os barqueiros - o Anjo
e o Diabo; (E) a personagem Frade que se faz acompanhar da sua moça Florença. As imagens A e F relacionam- -se com o Auto da Índia: (A) a nau simbolizará a
viagem do marido da Ama; (F) imagem que poderá aludir à temática central da obra - o adultério cometido pelas mulheres cujos maridos integravam as
expedições marítimas.

2. Resposta de carácter pessoal. No entanto, o aluno deve referir a pertinência da imagem em função da intenção do autor:
· em C, referente ao Auto da Barco do Inferno, criticar e modificar o comportamento humano, fazendo apelo à ideia da punição;
· em F, Auto da Índia, chamar à atenção para algumas das consequências das expedições: o abandono das mulheres e a sua repercussão nos valores morais,
visível, por exemplo, no tema do adultério
1.
101 Oralidade a. F. A estátua é justificada com o facto de Gil Vicente ser, popularmente, conhecido como o “pai” do teatro português.
b. V; c. F. O dramaturgo vai ao quarto da princesa para a distrair e representar o Monólogo do Vaqueiro.
d. V; e. F. Não segue o rumo das manifestações teatrais anteriores; pelo contrário, rompe com a tradição.
f. V; g. V.

2. a. As datas relativas às obras vicentinas situam-se entre 1502 e 1536. b. Em 35 anos, Gil Vicente terá produzido cerca de cinquenta peças. c. Os responsáveis
pela compilação da obra vicentina foram os seus filhos, que editaram um livro com as suas peças. d. Gil Vicente não só escrevia as peças como também as
encenava, ajudava a representar e, posteriormente, as reescrevia para compilar em livro. e. Nas obras vicentinas, surgem temas como a morte, a vida, a
astúcia, a honestidade e o tratamento de diferentes ideais humanos. f. Gil Vicente escreveu para um público “certo”, restrito e fechado, constituído por
elementos da corte. g. O cómico tem como objetivo o riso e fá-lo de forma evasiva; já a sátira procura o riso com o intuito de fazer pensar; para tal, serve-se,
por vezes, da caricatura; o teatro vicentino assenta sobretudo na sátira. h. O teatro vicentino é uma caricatura do século XVI e as suas figuras funcionam como
caricaturas que não se devem generalizar, mas que visam tipos de homens existentes, como é o caso do fidalgo, no Auto da Barca do Inferno.
Texto A
102-103 Leitura/Ed. Literária 1.
· Internamente, verificaram-se, ao longo dos reinados em que viveu o autor, diversas crises ou situações problemáticas para o país ou para o povo - as lutas
políticas do reinado de D. João II, as perseguições aos judeus e cristãos-novos, assim como a introdução da Inquisição em Portugal no reinado de D. João III.
Simultaneamente, verificava-se uma crescente apatia do povo que contrastava com a atitude descrita por Fernão Lopes na Crónica de D João I, relativa à crise
de 1383-1385.
· No mundo quinhentista, Portugal, por via da importância dos Descobrimentos, ganhava prestígio, a ponto de Lisboa se tornar num importante porto mundial.
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Internamente, essa importância traduziu-se na construção de diversos monumentos - o Mosteiro dos Jerónimos, por exemplo -, assim como num estilo de vida
luxuoso e faustoso da corte.

2. O dramaturgo valeu-se da sua proximidade ao poder real para certas críticas audaciosas, presentes na sua obra, relativas aos vícios de classes superiores
(clero e nobreza).

3. Resposta de caráter pessoal.

Texto B
1. Inês será duplamente enganada: primeiro pelos judeus casamenteiros que se servem do seu grande interesse em encontrar um “marido de maneiras
corteses, que saiba cantar e dedilhar viola” (ll. 4-5); posteriormente, será esse marido pretendido, um “Escudeiro hipócrita” (l. 7), que a subjugará, oprimindo a
sua vontade e a sua pouca liberdade.

2. Inês, após ter sido enganada por um homem de modos corteses, vendo-se livre das amarras do casamento por morte deste, passa de “enganada” a
“enganadora”; casa com Pero Marques e serve-se da sua ingenuidade para, “maliciosamente”, o convencer a levá-la até junto do ermitão, cumprindo os seus
caprichos de mulher.

3. A crítica social e ao comportamento de alguns tipos sociais (o Escudeiro e os judeus casamenteiros); o adultério.
Textos A e B
104 Leitura 1. Fruto de todas as transformações ocorridas durante a época dos Descobrimentos, a sociedade portuguesa transforma-se, resultando daí uma crise de
valores generalizada a todos os estratos sociais, o que veio desencadear um desequilíbrio na sociedade, que Gil Vicente caricaturou e criticou.

2. São personagens que apresentam comportamentos e elementos característicos representativos de determinada classe social ou profissional; podem
representar também vícios ou defeitos humanos muito generalizados.

Texto C
1.
a. O auto é de caráter religioso ou moral e a farsa de carácter profano.
b. O auto é intencionalmente moralizador; o autor pretende recriminar os vícios e enaltecer as virtudes.
c. O auto constitui-se como um pequeno quadro ou flagrante alegórico (a Feira). Nas farsas, concretamente na Farsa de Inês Pereira, os quadros sucedem-se,
constituindo uma história com princípio, meio e fim. São contos dialogados no palco, sem unidade de tempo ou de espaço. São autos de enredo.
1. As didascálias apresentam Inês e as ações que ela desempenha.
108-109 Gramática
1.1 Proposta de caráter pessoal.

2.1 O monólogo funciona como um desabafo e um lamento caracterizadores da personagem. Inês não aceita nem gosta das tarefas domésticas, concretamente
de bordar; não lhe agrada também ter de permanecer em casa (como era usual no século XVI), uma vez que isso constituía, para a personagem, uma espécie de
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cativeiro e tornava a vida enfadonha. Lamenta, ainda, o facto de outras raparigas da sua idade se divertirem, enquanto ela tem de permanecer “cativa” em
casa.

2.2 Inês é uma jovem, em idade de casar, revoltada com a sua condição social e com todas as tarefas e comportamentos exigidos por esta. A avaliar pelo seu
comportamento, não é muito diligente. Assim, sentindo-se cansada da vida que é obrigada a levar, anseia libertar-se por meio do casamento. (vv. 7-11): “Ó
Jesu! que enfadamento, /[…] / d'algum outro aviamento.”)

3. A Mãe, de forma irónica, condena o facto de Inês ter abandonado o bordado, uma das incumbências que lhe deixara: “logo […] lhe eu dei…”; “naceo-te
algum unheiro?"(vv. 39-44). Por esta razão, afirma que a filha é preguiçosa e que, devido a essa fama, terá dificuldades em encontrar marido. A Mãe procura
ainda convencer a filha de que os pretendentes não tardarão em aparecer e de que a vida de casada não é o que esta pensa, pois rapidamente aparecerão os
filhos. Por tudo isto, aconselha-a a não ter pressa (“ante a Páscoa vem os Ramos” e “Maior é o ano do que o mês”(vv. 60 e 62)).

4. Inês só tem um desejo – casar o mais rapidamente possível: “Praza a Deos […] cativeiro” e “Prouvesse a Deos! […] tão singela” (vv. 46-47 e 50-51).

5.1 Lianor Vaz está muito agitada e nervosa porque foi atacada por um clérigo quando ela se dirigia para a casa de Inês, e do qual só se libertou porque
apareceu um homem. A destacar o comportamento de Lianor Vaz, associado à situação vivida, Gil Vicente terá a intenção de, por um lado, introduzir um
episódio cómico, e, por outro, talvez de criticar o clero e o desrespeito pelo voto de castidade.

5.2 A Mãe duvida da veracidade deste episódio porque, ao observar Lianor, constata que ela não tem qualquer marca física da agressão. Por isso afirma “Não
estás tu arranhada, / de te carpir, nas queixadas” (vv. 139-140). Esta fala pode também pretender criticar uma possível atitude cooperante por parte de Lianor.

5.3 Inês mostra-se pouco recetiva e desconfiada, ao contrário de sua Mãe e de Lianor, que estão muito entusiasmadas com o pretendente. A atitude de Inês
justifica-se pelo facto de já ter em mente um modelo de homem bem definido, que poderá não corresponder à proposta de Lianor. Por esta razão, ainda que a
alcoviteira o caracterize como “um bom marido, / rico, honrado, conhecido / […] que em camisa vos quer” (vv. 189-191), Inês quer primeiro saber como ele é,
mostrando interesse em ler a carta que ele lhe enviou.

6. vv. 184-188.

7. a. Comparação. A jovem compara-se a uma panela sem asa, aludindo, desta forma, ao facto de não ter ainda casado. b. Ironia. A mãe de Inês zomba da
pressa da filha em casar, afirmando, de modo irónico, que o facto de se encontrar ainda solteira é uma desgraça. c. Interrogação retórica. O objetivo não é
colocar uma questão, mas sim argumentar em favor da sua defesa, apontando mais razões para não apresentar evidências do encontro com o clérigo.

8.1 Conector adversativo.

8.2 Estabelece um contraste entre o modelo de homem que Inês tem em mente e o que lhe apresentam.
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9. Processo fonológico:
a. apócope e prótese. b. apócope. c. metátese. d. epêntese.
Exemplo: b’. Jesu. c’. meio. d’. breviario. e’. meo.
1.1 a. d. e h.
111 Gramática
1.2 a. mar – peixinhos, algas, barcos, ondas, areia d. escola - mochila, gramáticas, livros, canetas, dicionário; h. vestuário – saia, camisas, meias, gorro,
sobretudo

1.3.
A.1. Pau A.2. Ponto
C.1. b. cajado, bordão, bengala; c. madeira;
C.2. e. sinal de pontuação; f. no momento certo da cozedura; g. ser interesseiro; ter segundas intenções.
D.1. b. denotativo; c. denotativo;
D.2. e. denotativo; g. conotativo;
E. 1. e E.2. campo semântico.

2.
a. casa, apartamento, cabana, tenda, …
b. flores, ninhos, sol, verde, verdejante, …
c. ator, cenário, duplo, personagem, guião, …

3.
a. O noivo colocou o anel na mão esquerda. / O ladrão praticou um assalto à mão armada.
b. Nunca visitei a Ilha do Pico. / O António, da turma B, é uma ilha, não convive com ninguém.
c. Os jogadores de futebol não podem jogar à bola com o braço. / Um braço de rio entrando pela floresta embeleza a paisagem.
1.
114-115 Gramática a. F. Aparenta ser um camponês rude e mesmo algo tonto.
b. F. O pretendente assegura que vira Inês num baile.
c. V.
d. F. A Inês não agrada o tom da carta nem os comentários que Pero faz sobre um possível encontro e futuro casamento.
e. F. Quem chama o candidato é Lianor Vaz.

2. Vendo Inês desdenhar das palavras e dos modos do pretendente, na carta, Lianor afirma que quem quer casar não deve escolher muito, afirmando mesmo
“Casa, filha, […] / não percas a ocasião.” (vv. 241-242). A Mãe também demonstra espanto pela reação da filha, através da afirmação interjectiva “Pardeus,
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amiga, essa é ela! / Mata o cavalo de sela / e bom é o asno que me leva.” (vv. 253-254)

3. Quando a mãe sugere que Inês se “arranje”, para agradar ao pretendente, Inês zomba, dizendo que, pela carta que enviou, Pero Marques não será uma
pessoa de cortesias nem de delicadezas, logo, gostará dela de qualquer forma, ainda que não esteja apresentável.

4. Podemos considerar que são vários os momentos cómicos. O primeiro, é logo dado na didascália da apresentação da personagem, cujos símbolos
caracterizadores acentuam o caráter provinciano e, talvez até burlesco, da personagem. Em segundo lugar, a situação criada por Pero Marques
é também cómica:
- desconhece o que é uma cadeira e para que serve, o que revela, de certa forma, o seu lado rude e inculto;
- não se faz compreender, o que desencadeia problemas de interpretação tanto do que ele diz como do que diz a mãe;
- demonstra ingenuidade, não compreendendo os comentários irónicos de Inês aquando do desaparecimento do presente.

5. Inês Pereira é muito irónica, mostra desprezo e falta de cortesia, pois Pero Marques não corresponde ao tipo de homem que ela tinha idealizado para
marido. Já Pero apresenta-se como um homem puro de sentimentos, uma vez que as suas intenções para com Inês são honestas. É também ingénuo, pois não
compreende a ironia ou a malícia de Inês ao dirigir-se a ele. Veja-se o comentário da jovem no momento em que descobre a oferta que Pero trazia para ela e
onde a tinha guardado (vv. 331-332), ao que o lavrador responde “Não que elas vinham chentadas / cá em fundo no mais quente”(vv. 333-334). Pero é ainda
boçal e socialmente pouco cortês, o que Inês faz questão de salientar, em aparte, quando se apercebe, por exemplo, de que ele desconhece a utilidade de uma
cadeira (vv. 291-292). Por fim, Inês assume-se como uma jovem maliciosa e sedutora, o que a pureza de Pero não permite compreender. Daí o comentário
irónico da jovem: “(O galante despejado!)” (v. 341).

6.1 O modelo de homem ambicionado por Inês possui os atributos de um cortesão, que tem as qualidades, a educação e o trato de alguém que frequenta
ambientes palacianos (vv. 396-397). Terá de saber tocar e cantar. Inês acrescenta ainda que não está interessada na beleza ou na riqueza. No fundo, trata-se de
um homem que permitirá a Inês ascender socialmente, podendo, deste modo, deixar o tipo de vida que leva.

6.2 A Mãe procura desmontar as virtudes do modelo de homem ambicionado por Inês, por isso avisa-a de que a música não bastará, pois não poderão passar a
vida a cantar e a dançar, e alerta-a para o facto de as suas ideias serem uma loucura.

6.3 A Mãe é já uma mulher experiente, conhecedora da via real, pelo que a sua opinião tem a validade de um saber feito de experiência.

7.1
a. Vocativo. b. Complemento indireto. c. Sujeito. d. Complemento direto. e. Modificador.
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7.2 a. senhora; fato. b. será. prometo. c. (l)o; eu. d. e. e. o.
1.1 e 1.2 “velida”: bela, formosa; “alva”: alvorada, madrugada.
117 Gramática
2.1 “veredes”; “sabedes”; vereis; sabeis.

3.1
A. “troika” e “tranche”: economia/política.
B. “mega-Terra”: ciência/astronomia.
C. “femeameninas" e "escorrecaía": literatura.

3.2
A. "troika": entidade externa; "tranche": prestação.
B. "mega-Terra": Terra gigante.

3.3 “femeameninas”: fêmea e menina(s); “escorrecaía”: escorria e caía


1. Os judeus aparentam ser desonestos, astutos e falsos, pois pretendem convencer Inês e a Mãe da dificuldade da busca. Para isso, exageram, fazendo crer
119 Educação Literária que foi longínquo o caminho percorrido (v. 426); que sofreram as agruras das variações meteorológicas (vv. 429-431), e que a busca foi minuciosa (vv. 458-
459). Por outro lado, demonstram sageza, uma vez que, exagerando as qualidades do pretendente, tentam influenciar Inês para que esta o aceite (vv. 497-505).

2. Em virtude do comportamento dos judeus, a Mãe não aprova o resultado (vv. 477-478). Aconselha, ainda, a filha a comportar-se durante a visita do
Escudeiro (vv. 524-532).

3. Antes de conhecer Inês, o Escudeiro apresenta-se cético, pois duvida das qualidades de Inês, mas mostra-se cauteloso com a forma de agir no encontro.
Durante o diálogo, revela o seu caráter dissimulado quando adverte o Moço para não o corrigir nem mostrar admiração se o vir mentir ou fazer-se passar por
aquilo que não é.

4. Os versos parentéticos refletem o pensamento do Moço e pretendem criticar/ denunciar o comportamento do Escudeiro, quer quanto aos seus modos quer
no que se refere ao facto de este tentar aparentar ser rico. Perante esta situação de dissimulação que antevê, o Moço ironiza dizendo “(Homem que não tem
nem preto, / casa muito na má hora, vv. 557-558)”.

5.
a. Através da comparação, destaca-se a dúvida do Escudeiro sobre se a beleza de Inês corresponderia à descrição feita pelos judeus.
b. Metonímia. Significando “preto” apenas moeda de cobre, o Moço usa a expressão para se referir à falta de dinheiro e de bens materiais por parte do
Escudeiro.
Proposta de síntese
122 Escrita (176 palavras)
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
a. Na réplica inicial, o Escudeiro mostra-se muito galante, tecendo vários elogios a Inês: compara-a a uma rosa e chama-lhe “graciosa donzela”, afirmando que
casará com ela de imediato. Enuncia, de seguida, as suas próprias características e os seus dons (saber ler, tanger viola…).
b. Perante o Moço, mostra-se arrogante e, durante este diálogo, confirma-se, de novo, a sua pobreza e a sua fanfarronice.
c. É também neste ponto que a Mãe se mostra pouco convencida das qualidades do noivo de Inês e questiona o trabalho dos judeus. Estes, por sua vez, são
também críticos relativamente ao caráter e atributos de Brás da Mata. Apesar de tudo, mesmo contra a vontade da Mãe, Inês e o Escudeiro decidem casar-se.
d. O Escudeiro revela mudanças de comportamento pois mostra desagrado quando a Mãe prepara uma festa para comemorar a união e no modo ríspido como
responde a Inês “Ó esposa não faleis, / que casar é cativeiro” (vv. 736-737). Faz-se uma pequena festa na qual participam alguns amigos. Findo o casamento, os
noivos ficam sozinhos, depois de terem sido abençoados pela Mãe, que vai viver para outra casa.
1.
125 Educação Literária A. arrogante e mesquinho, desprezando o papel de Inês enquanto mulher; tranca as janelas e impõe-lhe regras de comportamento. Manifesta a intenção de se
fazer cavaleiro no Norte de África.
B. aceita as regras impostas e não manifesta intenções de se livrar do casamento.
C. Moço. […] escrupulosamente […] mostra-se agastada com a situação e tece considerações sobre o modelo de marido que agora deseja.
D. fugia cobardemente do campo de batalha.
E. a libertação de Inês.
1. A mudança de atitude perante o casamento, nomeadamente no que se refere ao prazer; a independência económica e o casamento por amor.
127 Gramática
2. As relações mais distantes temporalmente aconteciam por conveniência, duravam mais, uma vez que a relutância em pôr fim ao relacionamento era maior,
em virtude da falta de independência económica da mulher e da submissão à vontade do homem, o que não acontece no presente; no entanto, atualmente, o
fim das relações também é mais rápido do que o desejável (apesar do casamento por amor), em virtude da falta de paciência e de comunicação.

3. A afirmação evidencia a autoridade e a supremacia do homem na relação matrimonial, remetendo também para uma sociedade predominantemente
patriarcal.

4.
a. A arrogância do Escudeiro e o modo como “aniquila” a vontade de Inês.
b. Inês casa com o Escudeiro, procurando obter assim a emancipação e a ascensão social.
c. e d. Novamente a atitude do Escudeiro, nomeadamente na seguinte réplica “Vós não haveis de mandar / em casa somente um pelo. / Se eu disser: – isto é
novelo – / havei-lo de confirmar.” (vv. 821-824)

5.1
a. “Se no passado o papel da mulher no casamento era sobretudo passivo” – oração subordinada adverbial condicional.
b. “apesar de o casamento assentar no novo paradigma do respeito mútuo entre as duas pessoas” – oração subordinada adverbial concessiva.

5.2
Cenários de Resposta
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a. Caso no passado o papel da mulher no casamento tenha sido sobretudo passivo, [...]
b. Embora o casamento assente no novo […].

6. “os constrangimentos que existiam antigamente”.


1. e 2.
128 Gramática

1.
132-134 Educação Literária a. Inês mostra-se dissimulada, falsamente pesarosa com a morte do Escudeiro: “finge […] estar chorando”; lamenta a sua “ventura”, uma vez que nem sequer
engravidou do Escudeiro “Bem quisera eu dele casta, / mas não quis minha ventura.” (vv. 949-950). Para tornar mais verosímil a sua dor e para não parecer
muito apressada na aceitação de um novo casamento, mente acerca da conduta de Brás da Mata “Quem perdeo um tal marido, /tão discreto e tão sabido, / e
tão amigo de minha vida?” (vv. 957-959).
b. Inês mostra-se muito diferente do fingimento anterior. Demonstra estar preparada para casar novamente seja com quem for, como prova a interjeição
“Andar”, isto é, “Seja! Adiante!” (v. 971). Assume que prefere casar com um asno, que só de a ver fique contente. Neste monólogo faz-se, ainda, referência a
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uma parte do provérbio que originou a peça “asno” e “cavalo”, o que nos leva de imediato a, mais uma vez, associar o Escudeiro ao cavalo e Pero Marques ao
asno.
c. Quando percebe que o Ermitão é um antigo namorado / pretendente, Inês mostra a intenção de o visitar, gozando, assim, plenamente, o dom da liberdade
de que havia estado privada durante o casamento com o Escudeiro, “eu tenho por devação / dar esmola a um ermitão. / E não vades vós comigo.” (vv. 1059-
1061). Ao longo da viagem, Inês, adúltera, aproveita-se de forma trocista da ingenuidade de Pero Marques, “Marido cuco me levades. / E mais duas lousas.”
(vv. 1132-1133). De forma cómica, Pero Marques aceita esta sua condição: “Pois assi se fazem as cousas.” (v. 1148)

2.
a. Atitude lisonjeira, inconsequente (vv. 997-998). Contudo, mantém os modos rudes que mostrara no início da farsa (vv. 983-986).
b. Mostra-se, um pouco imbecilmente, disposto a satisfazer todos os pedidos de Inês, sem perceber a astúcia da mulher (vv. 1009-1014).
c. Irrefletido, acede a todos os pedidos da astuta mulher, carregando-a às costas, a caminho de um encontro com um amante. A sua pouca instrução não o
deixa perceber o conteúdo da cantiga que Inês o incentiva a cantar, cujos versos aludem, de forma clara, à infidelidade da mulher (vv. 1132-1133; 1144-1145).

3.1 O cómico está ao serviço de uma intenção satírica e moralizadora. A personagem comporta-se de modo cómico durante a cerimónia do casamento,
querendo, pôr “o carro à frente dos bois”, ao questionar se não há trigo para festejar o casamento; o cómico de linguagem aparece nas suas réplicas e de Inês,
uma vez que Pero não percebe o significado das palavras ditas pela esposa (vv. 1003-1007). Por outro lado, a visão do lavrador carregando Inês às costas, para
atravessar o rio, é também uma situação cómica.

3.2 O argumento ilustra, metaforicamente, o percurso de Inês Pereira, que compreendeu que o marido que mais favorece os seus intentos será o boçal, que
não impede a satisfação dos seus desejos, e não o cortês, que será um obstáculo à sua forma de ser.

4. Trata-se de uma metáfora que pretende aludir ao homem traído (o mesmo acontece com a palavra “cuco”).

5.
a. Vida amorosa de uma jovem que pretende libertar-se, através do casamento, da vida rotineira das mulheres do seu tempo. Situação de adultério.
b. As alcoviteiras e os judeus como profissionais casamenteiros.
c. Pero Marques: a ingenuidade, a simplicidade e a ausência de educação cortês do homem rural, mas também a sua pureza de caráter e de sentimentos.
d. O Escudeiro: representante dos fidalgos pelintras; a falsidade e a dissimulação, exemplificadas tanto no tratamento inicial de Inês como na relação com o
Moço, quando em presença de estranhos; a falta de escrúpulos para atingir vantagens materiais, patentes tanto na exploração do Moço como na obtenção de
vantagens por meio do casamento com Inês (a Mãe dá-lhes a casa); a opressão e a repressão da mulher; a cobardia em contraste com a coragem fingida.

6. Ao longo da obra são vários os exemplos relativos a Pero Marques que comprovam a sua condição de camponês. Observe-se, no primeiro encontro, a
linguagem que remete constantemente para a sua profissão e estatuto social; no que se refere ao escudeiro fidalgo, repare-se na linguagem elogiosa com que
cumprimenta Inês, o que sugere um contacto com ambientes palacianos.
1. A banda desenhada representa o momento do diálogo entre mãe e filha, após esta ter rejeitado Pero Marques.
134 Oralidade
2. O ilustrador pretende destacar a juventude de Inês, em contraste com a idade mais avançada de sua mãe, o que será uma forma de apontar para a
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inexperiência de vida de Inês. Por outro lado, por meio da associação das falas à imagem, cria uma ideia de Inês como uma figura voluntariosa e teimosa e, em
simultâneo, idílica e fantasiosa.

3. Resposta de caráter pessoal.


1. O conflito de gerações manifesta-se através do contraste entre as personagens Inês e o par Mãe / Lianor Vaz. Resulta de perspetivas opostas no que se
134 Oralidade refere ao casamento. A primeira encara-o como forma de ascensão social, enquanto as segundas o associam ao bem-estar económico e a uma realidade mais
vantajosa para a mulher.

2. O provérbio adapta-se à situação de Inês, uma vez que esta julgou o Escudeiro pela aparência e pela forma como agia ou falava, avaliando-o como uma
pessoa ideal para si. Contudo, acabou por perceber que a brandura e a bondade estavam na posse de Pero Marques, apesar do seu aspeto e comportamento
rústicos.
1. O artigo faz uma apreciação crítica do filme O Homem Duplicado, baseado na obra homónima de José Saramago.
136 Leitura
2. (1) “A questão é que o filme, efetivamente, vai além disso. Se não é a melhor adaptação de sempre de um livro do Nobel português, é pelo menos a mais
fascinante”; (2) “não é uma obra-prima, mas uma hora e meia bem passada no cinema”; (3) “[…] mas logo se afasta, entendendo bem a distinção entre os
formatos e a sua existência autónoma.”

3. Um dos argumentos prende-se com o facto de o filme não misturar a linguagem verbal com a cinematográfica e não tentar seguir a par e passo a obra. Por
outro lado, esquece o caráter reflexivo do livro, substituindo-o por um adensamento quer do consciente quer do subconsciente e a sua implicação na busca da
identidade.

4. a. valorativa. b. sucinta. c. argumentos.


137 Escrita Resposta de caráter pessoal.
1.1 [B]
141 Educação Literária 1.2 [C]
1.3 [A]
1.4 [B]
1.5 [D]
1.6 [B]
1.7 [A]
1.8 [C]

2.
a. poucos.
b. elogios.
c. negativas.
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d. rude.
e. janelas.
f. África.
g. irmão.
h. cobarde.
i. aliviada.

3.
a. F. Recebe a visita de Lianor Vaz.
b. V.
c. F. Na presença de Lianor Vaz somente.
d. F. Rude e pacóvio.
e. F. Pero Marques incentiva Inês Pereira a sair e a divertir-se.
f. F. Sugere um encontro amoroso entre ambos.
g. V.
h. V.

4.
a. Antes de casar, Inês mostra-se muito exigente em relação aos pretendentes, não aceitando Pero Marques que, embora seja um lavrador abastado, não tem
maneiras.
b. Durante o casamento com o Escudeiro, em virtude do comportamento arrogante e castrador deste, vê-se obrigada a permanecer trancada em casa, sem
poder ter contacto com o exterior.
c. Casada com Pero Marques, Inês mostra-se altiva e traidora e, de certa forma, vinga-se do sofrimento que lhe fora causado pelo primeiro marido, traindo o
atual.
Grupo I
142-143 Educação Literária
1. O excerto insere-se na fase da vida de Inês em que esta se encontra casada com o Escudeiro, embora se encontre ausente a combater os mouros no Norte
de África. Trata-se, neste trecho, da chegada de uma carta em que se anuncia a morte do Escudeiro, o que origina a libertação de Inês do cativeiro em que se
encontrava.

2. Atendendo ao conteúdo da carta, podemos deduzir que este cavaleiro era pouco valente e pouco aguerrido. Aliás, pode até afirmar-se que a fuga do campo
de batalha e o facto de ter sido morto por um pastor indiciam cobardia: “indo / vosso marido fugindo / da batalha pera a vila, […] / o matou um mouro
pastor.»” (vv. 9-13). No entanto, atentando nas palavras da jovem esposa, verifica-se que o seu comportamento perante os mais fracos, neste caso Inês,
embora simulando ser discreto e ajuizado, era prepotente e tirano; como afirma, “cavaleirão, / barbudo, repetenado, / que em figura de avisado / é malino e
sotrancão.” (vv. 24-27).

3. As palavras de Inês, “Mas que nova tão suave”, demonstram bem a alegria que sente ao receber a notícia da morte do marido. A recém-viúva acrescenta,
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
logo de seguida, que quer “boa vida gozar”, devendo para isso procurar “um muito manso marido”, uma vez que no seu casamento com um marido discreto
não foi feliz.

4. Perante Lianor Vaz, Inês finge tristeza e desolação pela morte do marido e, embora a alcoviteira tente consolá-la e incentivá-la a casar de novo, a viúva do
Escudeiro finge uma dor imensa e muita preocupação com a sua imagem, se casasse tão “asinha”, após a viuvez.

5. Nestes versos, a alcoviteira, tomando como referência a afirmação de Inês de que a experiência ensina mais do que todos os “mestres”, assegura-lhe que
deve, então, tomar como lição o casamento com o Escudeiro e tirar daí ensinamentos; aconselha-a, por isso, a esquecer a antiga ideia de casar com homem
avisado, preferindo um que lhe queira bem.
Grupo II
143-144 Leitura
Gramática 1.1 [A]
1.2 [B]
1.3 [B]
1.4 [D]
1.5 [A]
1.6 [D]
1.7 [C]

2.1 Neologismo.

2.2 Pirilampo (nome) + piscam (verbo piscar)

2.3 ozono, bioetanol, biodiesel e biogás, dioxinas e furanos


1.
144 Escrira 2.o parágrafo: linguagem e conteúdo da obra;
3.o parágrafo: importância do conhecimento científico.

2. Resposta de carácter pessoal.


1. O auto decorre num só espaço – o espaço onde decorre a feira – e num só dia – o dia de Natal, por isso apresenta unidade de tempo e de espaço.
147 Leitura
2. Roma, representando metaforicamente a Igreja, foi “humanizada” por Gil Vicente para fazer uma crítica à corte pontifícia, através dos defeitos da
personagem.

3. A crítica religiosa é feita ao longo da segunda parte, quando a cliente Roma pretende comprar virtudes na feira das graças, mas oferecendo em troca os
símbolos do seu poder terreno – “jubileus, indulgências e outras mercadorias”. A crítica social é feita na terceira parte a propósito dos lamentos dos
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
casais e dos pastores, que não entendem o propósito espiritual da feira, uma vez que estão mais preocupados com bens e necessidades materiais.
Grupo I/II/III/IV
148 Educação Literária
Consultar propostas de resolução no Guia do Professor.
1.
150 Leitura a. “Nesta feira só há duas tendas: a do bem e a do mal, a dos vícios e a das virtudes. Esta […] é uma feira moral.” (ll. 4-6); “Esta feira […], dividida em dois [...],
com duas tendas, a do mal e a do bem, […] só os próprios vendedores, personagens de alegoria, a entendem e um único comprador, personagem de alegoria
também (Roma).” (ll. 10-14)
b. “É assim que a feira [...] deixa de ser um local de cumplicidades de toda a sociedade e passa a ser um tribunal.” (ll. 6-7) “O Auto da Feira, ao tornar-se em
tribunal sem deixar de ser feira, torna-se numa reflexão sobre as próprias regras sociais.” (ll. 9-10)

2. Através da construção de várias personagens, especialmente Roma, percebemos que Gil Vicente era um homem atento à realidade social e política. Através
da personagem, são satirizadas a ganância e a mesquinhez de reis e nobres que pretenderam dominar a cidade do papado por via da violência militar. Por
outro lado, percebe-se a sagacidade do dramaturgo, ao incluir numa obra, para ser apresentada ao rei, uma situação onde um outro monarca era objeto de
crítica.
As imagens C e D parecem não se adequar.
151 Oralidade A imagem A poderia ilustrar o último quadro da peça, de cariz mais profano, em que um grupo de jovens se apresenta na feira com os seus produtos.
A imagem B, representando a Justiça, poderá adequar-se uma vez que a peça se constitui como um espaço de sátira e crítica de costumes.
1.
152 Educação Literária a. F. Gil Vicente pretende retratar o Mundo; chamar a atenção para os erros cometidos e moralizar.
b. F. Através das personagens Anjo e Diabo, alerta para o excessivo apreço dos bens materiais em detrimento da verdade e da fé.
c. V.
d. F. Os lavradores e a gente da aldeia representam o quotidiano, mas estão ao serviço da crítica social, já que estão mais preocupados com os seus problemas
do dia a dia do que com a verdade moral.
1.
154-155 Educação Literária a. F. Satiriza os que se arrogam conhecer muito bem a ciência da astronomia.
b. V.
c. F. Assume-se como deus das mercadorias e ordena que se faça uma feira para comemorar o Natal.
d. V.
e. F. Critica as “igrejas, mosteiros, pastores de almas e papas adormecidos”, e monarcas e nobres; os primeiros porque não seguem os ensinamentos dos seus
antecessores; os segundos porque precisam de obter o temor a Deus.
f. V.
g. V.

2. [F]; [A]; [D]; [B]; [G]; [C]; [E].

3.
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
[A] - [4]
[B] - [6]
[C] - [1]
[D] - [2]
[E] - [3]
[F] - [5]
[G] - [7]

4.
a. com cestos na cabeça e entram a cantar.
b. não serem gananciosos e a não enganarem os compradores para não ofenderem a Deus.
c. gera-se um diálogo cómico e algo malicioso em que se destaca a simplicidade das raparigas.
d. a Virgem as dá de graça aos bons e que só vieram à feira de Natal prestar devoção à Virgem.
Grupo I
157 Educação Literária
1. As personagens encontram-se num espaço onde se realiza a feira. O Serafim, no início da réplica, apela à ida à feira; entretanto também o Diabo comparece
com uma “tendinha”.

2. O Serafim censura os que detêm o poder, seja religioso seja político: “igrejas, mosteiros, pastores de almas, Papas adormidos”, “príncipes altos, império
facundo”. O Anjo censura-lhes o comportamento e a ausência de valores. Exorta os primeiros a tomarem como exemplo os antepassados, e os segundos a
usarem do temor a Deus.

3. O Diabo acredita que, como existem homens que, sob uma aparência de honestos, são ruins, ele achará quem queira comprar as coisas vis que vende.

4. O Tempo manifesta receio de que o Diabo destrua o objetivo da feira – que é uma feira de Natal onde se trocarão virtudes e graças.

5. Metonímia. O Serafim não se refere às igrejas ou aos mosteiros, mas àqueles que se movem nesses espaços, configurando, portanto, uma crítica ao clero.
1.1 [B]
157-159 Leitura 1.2 [A]
Gramática 1.3 [B]
1.4 [D]
1.5 [B]
1.6 [D]
1.7 [C]

2.1. Divergentes.
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira e Auto da Feira
2.2. venda, taberna, evento, animação, comercial(ais).
2.3. (essa) “data”.
Grupo III
159 Escrita
Resposta de caráter pessoal.

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