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Cenários de Resposta

Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas

Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas


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1.
173 Leitura 1.1. O autor do texto encontra-se em Constância (“aqui”), no dia 10 de junho (“hoje”), com o propósito de discursar sobre Camões, relembrando esse ícone
nacional.

1.2. A emoção do enunciador deve-se ao facto de ele se encontrar na “terra onde Camões viveu” (l. 1); o seu orgulho deriva do reconhecimento da grandeza
artística do poeta que contribuiu para a afirmação da identidade nacional.

2. Manuel Alegre concorda em absoluto com a data da comemoração do dia de Portugal. Por um lado, orgulha-se pelo facto de ser o único país que escolheu a
data da morte de um poeta para celebrar o seu dia nacional; por outro, regozija-se pelo facto de se enaltecer a língua portuguesa para o que contribuiu,
seguramente, Camões.

3. A noção de Pátria extrapola a de império territorial; ela passa fundamentalmente pela língua, a nossa afirmação nacional.

4. Camões tornou-se uma figura emblemática na literatura portuguesa, tanto ao nível da poesia líricacomo épica, e por ter sido o responsável pela afirmação da
língua portuguesa como língua nacional.

5. A identidade a que se reporta o autor no último parágrafo do texto prende-se com a noção da afirmação de uma nação europeia, a partir do momento em
que, na literatura, se liberta da língua latina ou calão latinizante e assume a sua própria língua.
173 Escrita Resposta de caráter pessoal, tendo de obedecer, contudo, ao plano textual apresentado e às indicações fornecidas.
1.1 Associam-se os cabelos ao ouro, os olhos aos raios e os dentes e lábios às pérolas e corais. A associação é explorada por meio da metáfora “fios d’ouro” (v.
174-175 Educação Literária 1), “em mil divinos raios encendidos” (v. 6), “perlas e corais” (v. 10).
Gramática
1.2 O sujeito lírico, ao recorrer ao ouro para descrever os cabelos da mulher, realça não só a sua cor como também a sua beleza rara, que se estende também à
“mão bela” (v. 2) e às “rosas” (v. 3). Por outro lado, ao associar os olhos aos “mil raios encendidos” (v. 6) aponta para uma luminosidade quase divina da mulher
e realça os seus atributos quase inumanos. A relação entre os lábios e dentes, as pérolas e corais destaca o cariz raro e precioso da figura feminina.

2. O sujeito lírico recorre às sensações visuais e auditivas como forma de imaginar a mulher que não se encontra junto dele. Este recurso permite-lhe também
questionar-se sobre quais seriam os efeitos da presença feminina em si próprio, uma vez que eles já são tão fortes recorrendo apenas à memória.

3. Exprime o desejo de poder ver a mulher imaginada, pois gostaria de experimentar os efeitos que a sua presença poderia produzir em si próprio.
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4. A composição tem duas quadras e dois tercetos, com versos decassilábicos (“On/ da/dos/ fi/os/ d’ou/ro/ re/lu/zen/[te]”).

4.1 abba abba cde cde; rima emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos tercetos.

5.1 Neste soneto retomam-se os seguintes tópicos de influência petrarquista: os cabelos de ouro, as faces são rosas, os lábios de coral e a luminosidade dos
olhos.

5.2 De acordo com o excerto, a descida é retórica, construindo-se a partir de imagens e de metáforas.

6.
a. Vocativo.
b. Modificador do nome apositivo.
c. Modificador.
d. Complemento direto.
e. Complemento oblíquo.

7.
a. “Se a alma de si se esquece”: oração subordinada adverbial condicional; “que imagina tanta beleza”: oração subordinada adjetiva relativa explicativa; “que
fará”: oração subordinante; “quando a vir”: oração subordinada adverbial temporal.
b. "O sujeito lírico sente os seus efeitos físicos e anímicos": oração subordinante; "ainda que só imaginando a beleza da mulher": oração subordinada adverbial
concessiva.
c. "O sujeito lírico expressa o seu desejo de ver a mulher": oração subordinante; "visto que apenas a conhece com a alma": oração subordinada adverbial
causal; "que a imaginou": oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
1. Trata-se de uma mulher discreta, humilde, doce, pura e calma.
176-177 Educação Literária
Gramática 1.1 O sujeito lírico realça uma beleza psicológica, destacando qualidades morais da mulher (“despejo quieto e vergonhoso” (v. 5), “encolhido ousar” (v. 9)).
Trata-se de uma mulher divina, quase inumana, o que justifica a utilização do adjetivo "celeste" (v. 12) para a designar.

1.2 O recurso ao determinante artigo indefinido favorece a imprecisão do retrato e adequa-se às tensões que caracterizam esta mulher. Esta indefinição parece
ainda apontar para o facto de se tratar de uma mulher imaginada, cujas qualidades são apresentadas de forma abstrata, não sendo observáveis.

2. O pronome "esta" retoma toda a sequência enumerativa anterior.

3. Trata-se de uma designação aparentemente contraditória, uma vez que a palavra Circe é conotada negativamente. Todavia, o sujeito lírico pretende destacar
que a “celeste fermosura” da mulher é, para ele, como um veneno mágico, capaz de o levar à paixão.
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3.1 Trata-se de uma antítese, que coloca em destaque a força do efeito encantatória produzido pela beleza da mulher no sujeito lírico, sendo que a expressão
“celeste fermosura” retoma todas as características petrarquistas da mulher, o que contrasta com a sua característica de “Circe”.

4. O soneto pode dividir-se em dois momentos: um primeiro, dos versos 1 ao 11, onde se apresenta uma enumeração das características da mulher; um
segundo, dos versos 12 ao 14, que se centra nos efeitos da beleza feminina no sujeito lírico.

5. No soneto “Ondados fios”, o sujeito lírico destaca sobretudo a beleza física da mulher, enquanto neste realça a sua perfeição moral. Não obstante, em ambas
as composições poéticas, a mulher é uma figura indefinida, incorpórea, quase divina, que se encontra distante do sujeito lírico.

6.1 [B]
6.2 [C]
6.3 [D]
1. Para caracterizar a mulher, são referidos elementos físicos (mão, tez, cabelo, pés), peças de vestuário (cinta, saínho, vasquinha, touca, fita) e a atividade que
178-179 Educação Literária ela desenvolve (ir buscar água à fonte). Trata-se de uma mulher do mundo rural, pertencente ao povo, o que se conclui pela atividade que executa (ir buscar
água à fonte) e pelo vestuário.

2. São referidas as seguintes cores: branco (associado à sua pureza), a cor de prata e de ouro (associadas à sua preciosidade) e o vermelho (que remete para
um traço de sensualidade da mulher).

3. Por exemplo, metáfora (“mãos de prata” (v. 2) ou “cabelos d’ouro”, v. 9), que aponta para a cor dos elementos físicos (brancura ou louro) e para a
preciosidade / raridade destes traços; a comparação (“mais branca que a neve pura”, v. 6), que permite realçar a brancura da tez da mulher, superior à
brancura natural da neve; a hipérbole (“tão linda que o mundo espanta”, v. 11), que destaca a beleza rara e quase inumana da mulher.

4. O sujeito lírico destaca, por meio de uma metáfora (“chove nela graça tanta”, v. 12), a perfeição e a beleza da mulher, concluindo que esta acrescenta beleza
à própria formosura, ultrapassando o próprio modelo de beleza.

5. A mulher exibe a sua beleza, mas esta formosura traz-lhe insegurança, uma vez que ela está mais exposta ao amor.

6. A beleza de Leonor é descrita a partir da conjugação de elementos petrarquista, como as mãos de prata ou os cabelos de ouro, e a descrição dos elementos
físicos associados ao seu vestuário, que aponta a origem campesina da mulher, e ainda a comparação com elementos da Natureza (“mais branca que a neve
pura”).

7.1 Trata-se de um vilancete, composto por um mote de três versos e duas voltas de sete versos cada.

7.2 O poema está construído em redondilha maior (“Des/cal/ça /vai/pa/ra a/ fon/ [te]”. O esquema rimático é emparelhado no mote (abb) e emparelhado e
interpolado nas voltas (cddccee fggffee).
1. Poderemos interpretar o jogo de palavras entre cativa e cativo como evocativo da realidade social da mulher, uma escrava, e a sua própria realidade
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180-181 Educação Literária psicológica: ele sentia-se “escravo” dela do ponto de vista sentimental. Explora-se também um jogo de palavras entre senhora e cativa, que, por antítese,
poderá ser interpretada como uma forma de destacar uma posição social de inferioridade de Bárbara e a sua importância sentimental, ao subjugar do ponto de
vista amoroso o sujeito lírico. O jogo de palavras existente entre vivo e viva evoca a dependência sentimental do sujeito poético (“nela vivo”, v. 3) e as possíveis
consequências físicas de uma separação amorosa, que poderiam comprometer a sobrevivência do “eu” (“já não quer que viva”, v. 4). Todavia, no final, este
jogo pode ser interpretado como apontando para uma visão mais esperançosa do amor, como força vital: “é força que viva” (v. 40), que contrasta com uma
visão negativa presente na expressão “já não quer que viva” (v. 4), que apontava para a total subjugação do sujeito relativamente à mulher amada.

2. O sujeito lírico recorre à polaridade negativa por meio do advérbio nunca e da locução correlativa nem… nem, com o objetivo de destacar a beleza da amada
face aos elementos naturais (rosa, flores, estrelas).

2.1 O recurso expressivo é a hipérbole, que, associada à construção negativa, realça as características excepcionais da mulher amada.

3. O sujeito lírico traça um retrato físico que realça o rosto único da mulher e os seus olhos pretos, cansados mas belos. Centra-se, com maior destaque, na cor
preta do cabelo e da pele. Por fim, refere traços psicológicos da amada, como a calma, a doçura ou o siso.

3.1 São referidas reacções de elementos humanos e de elementos naturais, que se justificam pela beleza excecional da cor preta. Assim, perante a beleza dos
cabelos pretos, o povo muda de opinião, deixando de considerar os louros os mais belos. Por seu turno, a neve, personificada, considera ter a cor trocada, dada
a beleza da tez negra de Bárbara.

4. Existe uma antítese entre a ideia de serenidade e a de tormenta, sendo realçado que a primeira acalma a segunda. O "eu" encontra-se na presença de
Bárbara, o que contribui para acalmar o seu sofrimento amoroso e para o ajudar a conciliar o sentimento com o desejo físico de estar perto da sua amada.

5. Trata-se de um poema em redondilha menor: “A/que/la/ca/ ti/[va]”

6. A descrição de Bárbara retoma elementos de influência petrarquista, como a pureza, a serenidade ou a perfeição física e psicológica, que fazem dela uma
mulher de exceção. No entanto, a nível físico, a sua cor é original face ao modelo de mulher vigente, uma vez que o sujeito lírico canta a beleza da cor preta, o
que se afasta do conceito de branco como a cor por excelência da pureza, beleza ou perfeição. Esta é uma originalidade de Camões.
1. Resposta de caráter pessoal (no entanto, o aluno poderá referir-se ao ritmo lento a sugerir sentimentos de saudade, dor, tristeza, que vão ao encontro da
181 Oralidade definição de “Endechas”).
181 Escrita Resposta de caráter pessoal.
1. A utilização do pretérito imperfeito do conjuntivo atribui à afirmação um valor de possibilidade. Assim, afirma-se que, se fosse possível saber a origem do
184 Educação Literária Amor, haveria hipótese de o plantar para que germinasse.

2. O sujeito concebe o amor como um sentimento belo - “terra florida” (v. 8) - e arrebatador - “a rês perdida / que tal erva pace / em forte hora nace” (vv. 12-
14). Porém, é também um sentimento enganoso e ilusório - “lindos abrolhos” (v. 9) - , que provoca o sofrimento, a dor e a desilusão a quem o procura -
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“danos” (v. 1), “enganos” (v. 4), “grande dor colhi” (v. 18). O amor é descrito também como um sentimento que produz um efeito destrutivo (vv. 12-14), que
envolve o homem numa maldição (vv. 19-21). Assim, o amor é visto como contraditório, aglutinando o bom e o mau - “lindos para os olhos / duros para a vida”
(vv. 10-11).

2.1 O sujeito lírico afirma que nunca viu “homem que apanhasse / o que semeasse” (vv. 6-7), logo, outros como ele procuraram a felicidade no amor e
obtiveram sofrimento e desenganos.

3. O mote dá início a uma metáfora de âmbito agrícola do amor, que se prolonga com a conceção do “eu” como “lavrador” (v. 2) que semeia e colhe o que
planta, ou seja, o amor e as suas consequências negativas, apresentadas também metaforicamente como “abrolhos” (v. 9).

4. Anáfora, que assinala a simultaneidade das características do amor: a duração do sentimento está a par com o sofrimento que provoca.

5. Vilancete, composto em redondilha menor (“Quem/ o/ra/ sou/be/[sse]”).


1. A antítese. Através dela, o sujeito exprime a vivência de um conjunto de estados opostos, o que comprova que o “eu” vive um estado “incerto” (v. 1), um
185 Gramática “desconcerto” (v. 5).

2. O sujeito afirma estar dominado por estados tanto eufóricos como disfóricos: sente-se ora alegre ora triste, ora acompanhado ora solitário, ora confiante ora
desconfiado, ora desvairado ora alinhado.

2.1 O sujeito lírico não consegue apresentar uma definição clara e exata do que sente, porque o amor é visto como um sentimento que suscita uma
multiplicidade de sentimentos contraditórios.

3. A causa dos seus sentimentos encontra-se no facto de ele ter visto a “Senhora”, o que, por si só, desencadeou o sentimento amoroso e os seus efeitos
contraditórios e múltiplos.

4. O poema divide-se em dois momentos: um primeiro, correspondente às três primeiras estrofes, no qual o “eu” descreve a multiplicidade de sentimentos que
o assolam; um segundo, o último terceto, onde se apresenta a causa desses sentimentos.

5. Trata-se de um soneto (com duas quadras e dois tercetos); versos decassilábicos (“tan/to/ de/ meu/ es/ta/do/ me a/cho in/cer/[to]”; abba abba cde cde;
rima emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos tercetos.

6.
a. Oração subordinada adverbial consecutiva.
b. Oração coordenada copulativa.
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c. Oração subordinada adverbial condicional.
d. Oração subordinada substantiva completiva.
e. Oração subordinada adverbial causal.
1. Apóstrofe. O sujeito lírico dirige-se à Dama.
186 Educação Literária
2. O sujeito poético diz à Dama que o desejo lhe pede que a veja.

2.1 O sujeito lírico conclui que o desejo está enganado no pedido que lhe faz, porque toda a natureza quer manter o seu estado (o mesmo se aplicaria ao
amor). Por outro lado, afirma que o desejo não deve querer logo aquilo que deseja, de forma a que não se perca (“porque não falte nunca onde sobeja”, v. 8).

3. A conjunção mas vem estabelecer um contraste com o que ficou dito anteriormente, pois o sujeito afirma que o seu “puro afeito” (v. 9) se “dana” (v. 9)
porque ele, sendo terrestre e humano, ousou desejar ver a Dama, o que se considera uma “baixeza”. (v. 14)
1. O sujeito apresenta de forma eufórica um amor centrado no pensamento e na imaginação, como forma de transformar o “amador” (v. 1), e afirma que
188 Educação Literária recusaria um amor de cariz físico e presencial.
Gramática
1.1 Nas quadras, o sujeito, por meio de uma interrogação retórica, deixa antever que, embora a sua alma se tenha transformado pela imaginação da amada, o
corpo é dominado pelo desejo, procurando ir além do imaterial, do pensamento.

2. O sujeito afirma que, sendo feito de “vivo e puro amor” (v. 13), “como matéria simples busca a forma” (v. 14), ou seja, o sentimento amoroso busca
naturalmente a presença física, não deixando, todavia, de ser puro. Deste modo, o sujeito associa um amor feito de ideia pura a um amor físico, feito de
proximidade e matéria. Esta materialidade é a concretização da própria ideia associada ao amor. Para o poeta, é assim impossível superar os anseios do corpo
só pela imaginação da amada.

3. a. sujeito. b. complemento oblíquo. c. sujeito. d. modificador.

4.
a. Oração subordinante: “que mais pretenderá o corpo”; oração subordinada adverbial condicional: “Se a alma está transformada na amada”.
b. Oração subordinante: “O corpo não deve esperar”; oração subordinada substantiva completiva: “que o desejo se concretize”; oração coordenada explicativa:
“pois a alma está completa”.
c. Oração subordinante: “o sujeito lírico não era afetado pelo desejo”; oração subordinada adverbial concessiva: “Embora a mulher estivesse no seu
pensamento”.
d. Oração subordinante: "o eu lírico manifesta sempre o seu desespero"; oração subordinada adverbial temporal: "Sempre que a amada se encontra ausente".
1. São referidos os campos, os arvoredos, as águas, os montes e os penedos. A descrição destes elementos cria um ambiente harmonioso e belo (locus
190 Educação Literária amoenus).

1.1. Os adjetivos estão ao serviço da descrição da Natureza e, uma vez que se encontram antepostos ao nome, sugerem uma ideia de descrição subjetiva.
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1.2 Os interlocutores do sujeito lírico são todos os elementos da natureza referidos nos cinco versos iniciais. A apóstrofe aponta para a sua identificação.

2. Dirigindo-se aos elementos da Natureza, o sujeito afirma “me já não vedes como vistes” (v. 9). O contraste entre o pretérito perfeito do indicativo (vistes) e o
presente do indicativo (vedes) marca a diferença entre um estado de felicidade passado e a tristeza do presente. Por essa razão, também afirma “já não podeis
fazer meus olhos ledos” (v. 8), indiciando, através do uso do presente do indicativo, que é no momento atual que a felicidade lhe é impossível.

3. a. Descrição valorativa, eufórica (harmoniosa e alegre) da Natureza associada ao passado do “eu”. b. Tristeza. c. A tristeza vai-se instalando no sujeito
poético, o que se denuncia já na adjectivação disfórica dos “montes” e “penedos”; a alegria da Natureza já não influencia o “eu”. d. Tristeza. e. Dominado pela
tristeza, o sujeito lírico exercerá a sua negatividade sobre a Natureza, semeando nela os seus infortúnios e regando-a com lágrimas de saudade.
1. O soneto pode dividir-se em dois momentos. O primeiro, correspondente à primeira quadra, refere-se ao presente do sujeito e expressa o seu desejo para o
191 Educação Literária futuro. Daí o recurso ao presente do indicativo (quero) e aos tempos do conjuntivo para exprimir os seus desejos (houver, seja). O segundo momento, referente
Gramática às restantes estrofes, funciona como justificação do desejo expresso anteriormente. Este centra-se no momento passado em que a madrugada presenciou a
separação dos amantes. Por esta razão, o sujeito recorre, sobretudo, ao pretérito perfeito para descrever as ações da madrugada (viu).

2. As sensações dominantes são a visão, o que se destaca por meio da repetição do verbo ver no segundo momento, e a audição, que está expressa em “Ela viu
as palavras magoadas” (v. 12), onde o verbo ver está usado por ouvir. Estas sensações associam-se à madrugada, entidade personificada que é apresentada
como uma testemunha da cena.

3. Trata-se de uma antítese que exprime o contraste entre a calma e a beleza da madrugada (v. 5) e a tristeza e o sofrimento dos amantes (vv. 9 e 12).

4. A descrição dos sentimentos dos amantes, no momento da separação, é expressa por meio de uma hipérbole, que intensifica o choro de ambos, e de um
paradoxo, que exprime as consequências desmesuradas das palavras usadas em "tornar o fogo frio" (v. 13).

5. A expressão “triste e leda madrugada” (v. 1) anuncia o conteúdo do poema, pois, embora constitua um paradoxo, engloba a caracterização eufórica da
madrugada e a situação disfórica que ela presenciou e que a entristeceu.

6. Sujeito (da oração subordinada completiva).

7. a. Oração subordinada adverbial temporal. b. Oração subordinada substantiva completiva. c. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
1. O sujeito lírico exprime o desejo de que o dia do seu nascimento desapareça, não se tornando a repetir. Esta aspiração permite caracterizar o sujeito,
192-193 Leitura destacando-o pela negativa, como um ser sofredor e martirizado.
Educação Literária
Gramática 1.1 As palavas de valor negativo, não e jamais, intensificam o desejo expresso pelo sujeito.

2. O “eu” refere um conjunto de elementos apocalíticos, como o eclipse do sol, o aparecimento de monstros, a chuva de sangue, a não identificação dos filhos
pelas próprias mães. A convocação destes elementos associa-se à hipótese de repetição de um dia similar àquele em que o “eu” nasceu. Perante esta
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possibilidade, este deseja que esse dia seja apocalítico, por forma a reiterar a tragédia que foi a sua existência, desde o dia em que nasceu.

2.1. No último verso da primeira quadra, está presente uma aliteração que contribui para destacar sonoramente o desejo do poeta. Na segunda quadra, está
presente uma gradação crescente, que permite enfatizar os acontecimentos cada vez mais terríveis que o sujeito deseja associar à concretização da hipótese
colocada.

3. O sujeito deseja que as pessoas fiquem pasmadas perante a sucessão de acontecimentos, acreditando que o mundo está à beira do fim, o que será uma
forma de realçar a tragédia que este associa à sua vida e à revolta que sente.

4. O sujeito dirige-se à “gente temorosa”, identificando o seu interlocutor por meio de uma apóstrofe.

4.1 O sujeito pede ao seu interlocutor que não se espante com o seu desejo, pois este justifica-se pelo facto de o dia do seu nascimento ter sido terrífico e de
não dever repetir-se, o que é uma forma de intensificar o cariz trágico da sua existência.

4.2 O final do poema é marcado pela hipérbole, como forma de intensificação do caráter excecional do poeta e do seu destino trágico.

5. Oração: “não te espantes”; oração coordenada explicativa: “que este dia deitou ao mundo a vida mais desgraçada”; oração subordinada adjetiva relativa
restritiva: “que jamais se viu”.
1. Os complexos verbais exprimem durabilidade da ação, remetendo para situações que se prolongaram no tempo, nomeadamente a esperança, que o sujeito
foi perdendo, e os enganos, cuja natureza ele foi compreendendo melhor.

2. Estabelece-se uma antítese entre o bem e o mal que sempre marcaram a vida do “eu”, o que lhe permite comparar as suas consequências: o mal deixou-lhe
o sofrimento (“danos”) e o bem a recordação (“lembrança”).

3. Predomina o pretérito perfeito do indicativo, que permite evocar os factos e os sentimentos do passado que justificam a situação presente do sujeito.

4.. A força que age sobre o “eu” é o próprio Destino (“ventura”), que sempre lhe levou o que de bom aconteceu na sua existência, não o deixando durar. Por
isso, ciente da força invencível do Destino, o sujeito afirma que foi perdendo a esperança de poder manter o bem na sua vida.

5. Refere-se à perda da esperança de voltar a amar.

6. O Amor, como força personificada, envolve os Homens, levando-os a amar e, logo, a ter desejo, mas rouba-lhes o objeto desse amor, não os deixando serem
felizes, como era suposto.

6.1 Após ter amado e ter sido enganado pelo Amor, o sujeito guardou apenas os danos e os sofrimentos causados pelos amores infelizes.
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7. O sujeito afirma querer continuar a sofrer os danos do amor. Esta opção não constitui uma contradição, mas, antes, uma aceitação consciente, por parte do
“eu” das consequências do amor. Por isso, afirma “quero de novo sofrê-los; / que, por a causa ser tal, / não determino ofendê-los.”(vv. 33-35). Assim, embora a
dor fique marcada na alma, a lembrança eufórica do amor ficará sempre guardada na memória.

8. Trata o tema do desengano amoroso.

9. Cantiga (mote de 4 versos; 4 estrofes de 10 versos (décimas); redondilha maior (versos de 7 sílabas métricas); abba / cdccdefeef (rimas: interpolada e
emparelhada no mote; cruzada, emparelhada e interpolada nas décimas).

10.
a. Síncope.
b. Apócope e assimilação.

11.1 A palavra “são” em cada uma das frases.

11.2
a. SUNT
b. SANCTU-
c. SANU-
1. O sujeito lírico enumera os aspetos que, conjugados, ditaram a sua “perdição” (v. 2).
196 Educação Literária
1.1 O sujeito afirma que teria bastado o amor para ter um destino infeliz, deixando entrever que a sua vida foi dominada pelos amores infelizes.

2. Por meio da memória pode recordar todas as infelicidades passadas, o que constitui um percurso de aprendizagem para, no presente, tomar a decisão de
não voltar a procurar a felicidade.

2.1 Os tempos verbais oscilam entre o pretérito perfeito e o presente do indicativo. O pretérito associa-se à ideia das ações passadas e ao percurso de
aprendizagem do “eu” (“as magoadas iras me ensinaram”, v. 7), enquanto o presente realça a consequência dessa aprendizagem: a presença da memória
(“tenho tão presente”, v. 5), que justifica a recusa da procura da felicidade no momento presente.

3. O grande culpado é o próprio Destino, na medida em que foi este que castigou as “mal fundadas esperanças” (v. 11) do “eu”. Todavia, o sujeito atribui
alguma responsabilidade ao seu génio, dado que afirma que foi ele que deu “causa [a] que a Fortuna castigasse” (v. 10) as suas esperanças, mas também aos
erros cometidos e ao amor (vv. 9 e 12).

4. O sujeito, assumindo o seu “duro génio”, expressa um sentimento de revolta perante um destino que ele considera demasiadamente cruel e, portanto,
gostaria de poder ser vingado.
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5. Embora os poemas não possam ser interpretados como uma forma de autobiografia, este soneto constitui um processo de reflexão do “eu” relativamente
ao seu percurso de vida, acentuando o peso da Fortuna (Destino) no seu destino excecional, o que constitui um tópico comum a muitos poetas.
1. Por exemplo, o título recorda o soneto de Camões, o que permite levantar a hipótese de o conteúdo do texto estar relacionado com o do poema em
198 Leitura questão, podendo abordar a produção poética do autor.
Gramática
2.1 A obra dramática Erros meus, má fortuna, amor ardente, de Natália Correia.

2.2 Literatura dramatúrgica.

3.1 O autor exprime uma opinião dominantemente depreciativa relativamente ao objeto em apreciação.

3.2 Factos apresentados: a edição apresenta critérios gráficos discrepantes; a extensão do texto dificulta a sua montagem e dificulta a sua alteração; as
qualidades dramáticas são discutíveis (verbosidade das personagens, nível de língua literário, exigência de conhecimento prévio de situações).

3.3 Por exemplo: “desaponta” (l. 8), “primeira dificuldade” (ll. 18-19), “dificilmente alterável” (ll. 19-20), “discutíveis” (l. 28), “prejudicada” (l. 30), “assenta num
dilema” (l. 40).

4. “atos”, “quadros”, ”Apontamentos cénicos”, “título”, “intriga”, “progressão dramática”,”progressão cronológica”, “cenário”, “tempo histórico”.

5. Diligência, desvelo.

5.1 Ele vive em cuidado (inquietação de espírito). Tem cuidado com estes brincos (cautela).
1.
199 Leitura a. terrestres.
b. marítimas.
c. fortuna.
d. fama.
e. conhecimento.
f. o pessimismo.
g. prisão.
h. biográficas.
i. desacerto.
j. saudade.
1.1 Por meio da referência indireta às estações do ano, sinalizadas pelas águas turvas (inverno), pelos campos de flores (primavera), pelos campos secos (verão)
200 Educação Literária e pelo frio (outono).
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1.2 Na quadra, o pretérito perfeito permite marcar as ações passadas (enturbaram, secaram, fez). Já o presente do indicativo aponta para a estação atual,
contribuindo para a noção da passagem do tempo.

1.3 Estes versos reiteram a ideia da passagem do tempo expressa na primeira quadra, associando-a, aqui, ao tópico da mudança inerente à passagem das
diferentes estações.

2. O primeiro verso do terceto aponta para a transformação, natural, que o tempo opera na Natureza; os dois versos que se seguem transportam-nos para a
realidade humana e seus comportamentos. Veja-se o advérbio de negação (“não”) a estabelecer a oposição (reforçada pelo conector “mas”) entre a ordem
natural das coisas e os comportamentos humanos.

2.1 Deus é referido como o garante da ordem do mundo. Desta forma, o sujeito julga que a desordem que se verifica no mundo só poderá ficar a dever-se a um
possível esquecimento por parte desse ser superior.

3. Enumeração, presente no primeiro verso do segundo terceto.

4. A mudança verifica-se na alteração cíclica da Natureza, em que tudo se transforma; o desconcerto decorre da confusão humana.

5.
a. As duas primeiras ocorrências - “águas”; a terceira ocorrência – “as águas deste rio”.
b. (do) “mundo".
c. (n')“esta vida”.
1. Tema da mudança.
201 Educação Literária
2. O poema pode dividir-se em dois momentos: o primeiro, correspondente às três primeiras estrofes, integra a apresentação e constatação da mudança por
parte do sujeito lírico; o segundo, correspondente ao último terceto, constitui uma conclusão do sujeito relativamente à própria mudança e ao modo como
esta se processa no momento da sua reflexão.

3. A mudança ocorre continuamente em todos os domínios, de forma cíclica e renovadora, trazendo sempre novos aspetos (“novas qualidades”, “novidades”).

4. O sujeito também sofre a mudança. Esta consiste na passagem do tempo, que traz novidades e deixa o passado na memória, o que permite recordar “as
mágoas”, associadas aos factos negativos, e sentir saudades dos factos positivos (“se algum houve” (v. 8), interroga-se o “eu”).

5. O primeiro terceto apresenta um paralelismo contrastivo entre o tempo da Natureza, sendo referido que este evolui do inverno para a primavera, e o tempo
do “eu”, que evolui da alegria do canto para a tristeza do choro. Explora-se também a antítese ("neve fria"/"doce manto"; "doce canto"/"choro", vv. 9-11) para
realçar a diferença operada pela orientação da mudança quer na Natureza quer no “eu”.
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas
6. O sujeito expressa o seu espanto relativamente à mudança que observa, porque, no momento presente, a própria mudança sofre alterações, pois já nada
muda como era hábito mudar. A própria mudança tomou “novas qualidades” (v. 4).

7. Trata-se de um soneto (duas quadras e dois tercetos); versos decassilábicos (Mu/dam/-se os/ tem/pos,/ mu/dam/-se as/ von/ta/[des]); rima interpolada e
emparelhada nas quadras e cruzada nos tercetos, segundo o esquema: abba /abba / cdc / dcd.
1.1 A linguagem visual (movimento) e a sonora (fundo musical, declamação de um poema de Luís de Camões).
202 Oralidade
1.2 Despertar interesse e curiosidade no recetor, levando-o a comprar o produto ou a reforçar a imagem/ideia que tem de uma marca.

2. O produto destina-se a um público generalista que tem necessidade de comunicar entre si.

3.1 Um cronómetro, localizado na parte inferior direita, que dá conta da evolução dos tempos, desde 1551 (meados do século XVI, época em que viveu
Camões) até 2005, ano em que foi apresentado este anúncio.

3.2 Por um lado, a presença de objetos tecnológicos que melhor permitem a comunicação; por outro, a alegria, a familiaridade, a boa disposição e o ritmo que
perpassa pelas pessoas.

4.1
Inovar – a rede móvel das telecomunicações; a comunicação em movimento.
Mudar – as crianças a brincar e os jovens a dançar; a celebração do matrimónio de um casal idoso.
Melhorar – atenuar as saudades pelo uso das telecomunicações.
Texto A
203 Educação Literária
1. As “perpétuas saüdades” (v. 1).

2. O sujeito pergunta-lhes o que pretendem dele ao suscitarem uma esperança que ele sabe ser enganadora, porque o tempo traz mudança e tudo destrói.

3. São o Destino e o Tempo, que não permitem que o sujeito lírico atinja um estado de felicidade, não o deixando sequer acalentar qualquer esperança.

4. Uso da 1.a pessoa; uso de frases interrogativas; interpelação do interlocutor (“perpétuas saüdades”, “ó anos”); (…)

Texto B

1. O sujeito, por meio de uma antítese, opõe as consequências sofridas pelos bons (“graves tormentos”, v. 2) às sofridas pelos maus (“nadar em mar de
contentamentos”, v. 5), mostrando que os bons são castigados ao passo que os maus são premiados.
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas
1.1 Tema do desconcerto, do mundo “às avessas”.

2. A experiência do “eu” surge como contraponto às anteriores, na medida em que para ele o desconcerto não funcionou, pois, sendo mau, não foi premiado,
mas castigado.

3. O sujeito adota um tom irónico, na medida em que conclui que o desconcerto do mundo não funciona para ele. Esta conclusão acaba por funcionar como
uma crítica à forma como o mundo funciona, invertendo os valores que deveriam reger a moral humana.

4. Redondilha maior, pois os seus versos têm sete sílabas métricas (“os/ bons/ vi/ sem/pre/ pa/ssar”).
207 Gramática 1.
A – [2], [7]
B – [3], [5], [8]
C – [1], [4], [6]

2. c.

3.
a. Complemento do adjetivo.
b. Complemento do nome.
c. Complemento do nome.
d. Complemento do adjetivo.
1. O texto anuncia o tema a tratar desde o título, pelo que a característica em questão é respeitada.
209 Leitura
2. A introdução corresponde aos dois primeiros parágrafos.

2.1.
[1.] Exemplos de impressões 3D.
[2.] Avanço da impressão 3D.
[3.] Testes efetuados na NASA.
[4.] Interesse da Airbus e da General Electric, entre outras gigantes multinacionais.

2.2. Permitem situar o estado da impressão 3D e mostrar o interesse que está a despertar em várias áreas e em diferentes empresas.

3. No desenvolvimento, abordam-se características/aspetos relacionados com a impressão 3D, como por exemplo, a sua evolução ao longo de 30 anos; as
diferenças entre impressoras comerciais e domésticas; as aplicações das impressoras, com destaque para as suas vantagens e a referência às suas limitações.
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas

4. Por exemplo: É um desfecho otimista, pois, embora as impressoras 3D ainda não consigam realizar todos os sonhos das pessoas, já permitem desenvolver
projetos que, antes, não sairiam do papel, o que constitui um efetivo avanço científico e tecnológico.
1.
213 Educação Literária a. Texto B.
b. vv. 1-4.
c. Texto A.
d. vv. 1-2; 3-4.
e. Textos C e D.
f. Texto C (vv. 1-4; 5-6)
Texto D (vv. 2-3; 9-14).

2.
[A] – [4]
[B]- [5]
[C]- [3]
[D] - [4]
[E] - [1]
[F] - [4]
[G] - [3]
[H] - [2]; [3]

3. Textos A e B (influência da lírica tradicional): vilancetes (A - redondilha maior; B - redondilha menor); Textos C e D (inspiração clássica): sonetos
decassilábicos.
GRUPO I
214-215 Educação Literária
1. O sujeito poético encontra-se numa “praia deleitosa” (v. 3), ou seja, tranquila, um espaço sereno, rodeado, no entanto, por um “Sol encoberto” (v. 1) que
produz uma “luz quieta e duvidosa” (v. 2). Os adjetivos utilizados para caracterizar o tempo permitem fazer uma ligação com o estado emocional disfórico do
“eu”, pois, naquele ambiente de placidez, ele pensa na sua “inimiga” (v. 4).

2. As três estrofes que se seguem podem dividir-se em duas partes: a segunda quadra, o primeiro terceto e o primeiro verso do segundo terceto correspondem
à descrição da mulher amada, cujas características apontam para um conjunto de atitudes contraditórias (“alegre” / “cuidadosa”; “queda” / “andando”, vv. 7-
8). Os dois últimos versos do segundo terceto funcionam como a conclusão do soneto, revelando, explicitamente, o estado de alma do “eu”, consequentes das
atitudes da amada.

3.
a. A segunda estrofe exemplifica claramente uma construção paralelística, pela estrutura frásica assente na lógica dos advérbios “Aqui” (v. 5) e “ali" (v. 6). Tal
Cenários de Resposta
Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas
artifício contribui para uma descrição realista e dinâmica da amada.
b. A antítese surge associada à construção paralelística e permite pôr em destaque a inconstância comportamental da mulher (“alegre” / “cuidosa” (v. 7);
“queda” / “andando” (v. 8); “movida” / “segura” (v. 11); "se entristeceu" / "se riu", v. 12).

4. O sujeito poético apresenta-se como um ser sofredor de amor, sensível à indiferença a que a figura feminina o vota.

5. Em “vida vã” (v. 14), verifica-se uma aliteração. Este recurso expressivo vem reforçar a vacuidade de uma existência ocupada apenas por “cansados
pensamentos” (v. 13). Assim, intensifica a angústia do sujeito lírico.
GRUPO II
215 Leitura
Gramática 1.1 [D]

2. O autor critica o facto de se procurar ler os clássicos como contemporâneos, situados no mundo atual. Segundo ele, a perspetiva correta a adotar deverá ser
a de, situando-nos no presente, olhar o passado, procurando os valores intemporais.

3. O autor defende que é fundamental procurar o significado “das coisas”, nomeadamente dos textos literários, e não procurar justificar os seus factos com
banalidades, como aconteceu com o colega que procurava justificar as incoerências de Baco com uma desatenção de Camões.

4. a. V; b. F; c. F; d. V.

5. Oração subordinada substantiva completiva.

6. Por exemplo: inovação e novidade.

7. “Shakespeare ou um Camões, ou Mozart, ou Verdi, ou Wagner”.

8. Complemento indireto.
GRUPO III
215 Escrita
Resposta de caráter pessoal.

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