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ABNT/CB-03

PROJETO 03:021.02-116
MAR 2015

Bateria chumbo-ácida estacionária ventilada — Requisitos de instalação


e montagem

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Baterias Estacionárias
(CE-03:021.02) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), nas reuniões de:
Projeto em Consulta Nacional

29.08.2013 18.09.2013 24.10.2013

27.11.2013 01.04.2014 08.05.2014

10.06.2014 10.07.2014 14.08.2014

11.09.2014 09.10.2014

a) Não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

3) Tomaram parte na sua elaboração:

Participante Representante

AMPN ENGENHARIA Antônio Márcio Pires Nogueira


CEMIG Denio A. Cassini
CEMIG Fernando P. Peixoto Jr
CM Euclydes Pierin Filho
CM Rian Mederrie
CONSULTOR Yasufumi Nakano
COPEL TELECOMUNICAÇÕES Marco A. T. Ogibowski
EMBRATEL Fernando Silva Lobo
ENERSYS Roberto Wolfenson
FURNAS Luis Felipe Secca

© ABNT 2015
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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PROJETO 03:021.02-116
MAR 2015

FURNAS Edílson Mithidieri


HBL Dalton Silva
HDS Alexandre Cândido
METRO Danilo Freires do Nascimento
METRO Luiz do Nascimento P. Júnior
MOURA José Antonio D. de Sá Peixoto
Projeto em Consulta Nacional

MULTITESTE Caetano S. Paula


NEWMAX Armando Ferro Patrício
NEWPOWER José Carlos Fragalle
PETROBRAS Gil G. Lima
PETROBRAS Jorge Humberto Pimenta
POWERSAFE Delson Silva
TELEFÔNICA Narcélio Nakazone

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PROJETO 03:021.02-116
MAR 2015

Bateria chumbo-ácida estacionária ventilada — Requisitos de instalação


e montagem

Lead acid battery-stationary vented — Installation and assembly requirements

Prefácio
Projeto em Consulta Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR XXXX foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão
de Estudo de Baterias Estacionárias (CE-03:021.02). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX, com o número de Projeto 03:021.02-116.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard provides guidelines for setup project and the requirements for installation, assembly
and initial load vented lead-acid battery for stationary applications that allows replacement of water.

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Bateria chumbo-ácida estacionária ventilada — Requisitos de instalação


e montagem

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para projeto de instalação, montagem e carga inicial de bateria
chumbo-ácida ventilada para aplicações estacionárias, que permite reposição de água.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 14197, Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado – Especificação

ABNT NBR 14198, Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado – Terminologia

ABNT NBR 14199, Acumulador chumbo-ácido estacionário ventilado – Ensaios

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 14198 e o seguinte.

3.1
medição ôhmica interna
medição realizada com instrumento apropriado, para determinar a impedância, a condutância
ou a resistência interna de elementos ou monoblocos

4 Requisitos de segurança
Precauções devem ser previstas no projeto de instalação e na instalação dos elementos ou monoblocos.
A instalação deve ser executada somente por pessoal capacitado, com equipamentos de segurança
e proteção recomendados. Os requisitos aplicáveis devem atender à ABNT NBR 5410, à legislação
vigente e às instruções contidas no manual técnico do fabricante.

NOTA Ver Norma Regulamentadora Nº 10 do Ministério do Trabalho e Emprego.

4.1 Equipamento de proteção


No mínimo os seguintes equipamentos para manuseio seguro, proteção individual (EPI) e proteção
coletiva (EPC) devem estar disponíveis:

 a) óculos de segurança com protetor lateral ou protetor facial;

 b) luvas eletricamente isolantes, apropriadas para as características elétricas da instalação e resis-

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tentes a solução de ácido sulfúrico (eletrólito);

 c) avental protetor e calçados de segurança;

 d) lava-olhos fixo ou portátil nas proximidades da bateria, para enxaguar os olhos e a pele em caso
de contato com o eletrólito;

 e) extintor de fogo classe C, preferencialmente de CO2. Os extintores de gás carbônico (CO2) devem
ser utilizados com precaução em ambientes fechados, pois podem causar asfixia;
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 f) agente neutralizante para eletrólito ácido (bicarbonato de sódio diluído em água na proporção
de 1:10). Não pode ser aplicado diretamente na pele e olhos. Os resíduos gerados devem ser
descartados de acordo com a legislação ambiental vigente;

 g) ferramentas com isolação adequada;

 h) dispositivo para movimentação de elemento ou monoblocos com capacidade adequada, quando
necessário.

4.2 Precauções

Baterias apresentam riscos de choque elétrico, centelhamento e explosão. Por isso, para o projeto
de instalação e a instalação, os seguintes procedimentos devem ser observados:

 a) assegurar que as estantes estejam eletricamente aterradas conforme especificado


na ABNT NBR 5410 e considerações do projeto;

 b) identificar a tensão total da bateria e usar equipamentos elétricos e de proteção apropriados
para tal tensão. Sistemas de energia ininterrupta (UPS) geralmente apresentam tensão elevada,
aumentando substancialmente o risco de choque;

 c) restringir o acesso de pessoas não autorizadas à sala de bateria;

 d) não fumar e não produzir qualquer tipo de chama ou centelhamento nas imediações da bateria;

 e) assegurar que a sala da bateria tenha sistema de ventilação adequado;

 f) não obstruir o acesso à bateria;

 g) não utilizar adornos metálicos, como pulseiras, anéis, relógios ou correntes;

 h) iluminar a área de trabalho com pelo menos 300 lux;

 i) seguir as instruções do fabricante quanto à movimentação e manuseio dos elementos ou mono-
blocos, de modo a evitar acidentes ou ocorrência de derramamento do eletrólito;

 j) seguir as recomendações do fabricante quanto ao posicionamento dos elementos ou monoblocos;

 k) seguir as instruções contidas na FISPQ (Ver a [9]1);

1 Números entre colchetes se referem ao item da Bibliografia.

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 l) não colocar ferramentas ou outros objetos sobre os elementos ou monoblocos;

 m) certificar-se de que as estantes ou os gabinetes estejam adequadamente instalados, estáveis


e seguros;

 n) para movimentação horizontal e vertical dos elementos ou monoblocos, utilizar equipamentos
adequados a seus pesos e compatíveis com as condições do local de instalação, seguindo as
instruções do fabricante;

 o) evitar carga estática, mantendo contato físico periodicamente com um ponto aterrado;
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 p) certificar-se de que os elementos ou monoblocos, após a instalação, estejam com o(s) filtro(s)
de segurança;

 q) baterias chumbo-ácidas e alcalinas devem ser instaladas em ambientes separados


e os instrumentos que tenham contato com o eletrólito devem ser exclusivos para cada tecnologia.
Caso não seja possível a separação dos ambientes, deve ser adotada a segregação
de equipamentos (por exemplo, densímetro, termômetro etc.) de ambas as baterias,
pois a contaminação entre os elementos ou monoblocos comprometeria seu desempenho.

NOTA Para mais detalhes sobre a segurança da sala da bateria, ver IEC 62485-2 [4].

5 Instrumentação e ferramental
Para instalação e carga inicial da bateria, devem no mínimo estar disponíveis ferramentas, produtos,
recursos e instrumentos devidamente calibrados, a saber:

 a) voltímetro com classe de exatidão igual a ou melhor que 0,5 %, com precisão mínima de três
algarismos significativos na leitura, em escala compatível com os valores a serem medidos;

 b) termômetro com exatidão igual a ou melhor que 0,5 °C, com faixa de leitura mínima de 0 °C a
60 °C, preferencialmente a álcool;

 c) densímetro com exatidão igual a ou melhor que 0,005 g/cm3, com faixa de leitura compatível
com o valor da densidade nominal;

 d) amperímetro ou shunt compatível com a corrente de carga da bateria;

 e) torquímetro de estalo com escala até 40 N.m;

 f) ferramentas com cabos isolados;

 g) dispositivo de içamento (quando aplicável);

 h) iluminação portátil (quando aplicável);

 i) dispositivo para verificação do alinhamento e nivelamento das estantes;

 j) graxa para proteção da superfície de contato dos polos, quando recomendada pelo fabricante.

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6 Requisitos para instalação


6.1 Local de instalação da bateria

O local de instalação da bateria deve atender aos seguintes requisitos:

 a) o piso deve ser dimensionado para suportar o peso total do conjunto de bateria(s) e estante(s);
cálculos devem ser realizados para assegurar que a capacidade de carga do piso não seja
excedida;
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 b) a superfície do piso deve ser resistente à solução aquosa de ácido sulfúrico e dotada de sistema
de contenção para um eventual vazamento;

 c) o espaço previsto para a instalação deve atender às necessidades, atuais e futuras;

 d) o local deve estar limpo, seco e ventilado. Deve-se prover espaço adequado para inspeção,
manutenção, ensaio e reposição de elemento(s) ou monobloco(s);

 e) o local não pode ser hermeticamente fechado, devendo possuir mecanismos que assegurem
ventilação para prevenir acúmulo de gás acima do especificado, evitando riscos de explosão;

 f) sabendo-se que o limite inferior de explosividade é 4 %, por questão de segurança a troca de ar
deve garantir níveis de hidrogênio inferiores a 2 % do volume livre;

 g) a temperatura do local de operação do acumulador deve estar entre 10 °C e 45 °C, sendo 25 °C
a temperatura de referência;

 h) o local deve ser protegido da incidência direta de raios solares, fontes de calor e intempéries,
não podendo apresentar diferença de temperatura igual ou superior a 3 °C entre os elementos
ou monoblocos;

 i) o local deve prover iluminância mínima de 300 lux para permitir o manuseio e a manutenção
da bateria;

 j) a umidade relativa do ar deve estar entre 10 % e 95 %, sem condensação;

 k) recomenda-se que os elementos ou monoblocos não sejam instalados em ambiente compartilhado
com equipamentos eletroeletrônicos, devido à emissão de névoa ácida que pode causar corrosão
em suas partes metálicas;

 l) dentro das condições ambientais citadas nas alíneas anteriores, a bateria deve manter sua
integridade estrutural e não apresentar vazamentos e/ou deformações.

6.2 Montagem

A montagem da bateria deve atender no mínimo aos seguintes requisitos:

 a) os elementos ou monoblocos devem ser montados em estantes abertas, de aço, dimensionadas
para suportar o seu peso e com pintura resistente ao eletrólito;

 b) a estante deve ser aterrada de acordo com o requisito de projeto do local de instalação;

 c) os elementos ou monoblocos devem ser montados preferencialmente, de maneira a permitir


a visualização de todas as placas;

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 d) visando facilitar a manutenção, bem como diminuir eventuais diferenças de temperaturas entre
elementos ou monoblocos, para baterias com capacidade igual ou superior a 1 000 Ah a estante
preferencialmente deve ser composta de no máximo, dois níveis ou duas filas;

 e) o posicionamento da estante no local de instalação, assim como a distribuição dos elementos
ou monoblocos na estante, devem ser feitos de modo a não permitir que ocorra diferença
de temperatura superior a 3 °C entre elementos ou monoblocos;

 f) os elementos ou monoblocos devem ser montados na estante de maneira que as marcações
dos níveis do eletrólito estejam totalmente visíveis;
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 g) as interligações devem ser dimensionadas de modo a atender aos requisitos de queda de tensão,
conforme a ABNT NBR 14197;

 h) conexões elétricas à bateria e entre os elementos ou monoblocos devem ser feitas de forma
a minimizar o esforço mecânico nos terminais;

 i) a distância mínima entre os elementos ou monoblocos deve ser de 5 mm.

6.3 Abalos sísmicos, inclinações ou vibrações

Quando a instalação estiver prevista para ser em um local sujeito a distúrbios sísmicos, vibrações
e inclinações, ou onde os códigos aplicáveis de construção requeiram proteção adequada contra
esses fenômenos, as estantes, os armários, os apoios e sua instalação devem ser capazes de suportar
os esforços previstos.

6.4 Condições ambientais do local de instalação

6.4.1 Temperatura ambiente

 a) a temperatura ambiente de referência para a operação da bateria é de 25 °C. Os limites


de temperatura de operação da bateria são 0 °C (valor mínimo) e 45 °C (valor máximo).
Para prevenir falhas mecânicas e/ou degradação de desempenho, a faixa de temperatura
de operação recomendada da bateria é de 18 °C a 32 °C;

 b) a localização ou disposição dos elementos ou monoblocos não pode resultar em uma diferença
maior que 3 °C de temperatura entre eles e também em relação ao ambiente em um dado momento,
quando conectados em série. Devem ser evitadas condições que resultem em pontos quentes
ou frios, assim como variações de temperatura que possam vir a causar um desbalanceamento
elétrico;

 c) o projeto deve prever que a instalação permita um fluxo de ar adequado em torno de cada
elemento ou monobloco, possibilitando um resfriamento por radiação e convecção.

6.4.2 Dissipação de hidrogênio

Em condições normais de operação ou em circuito aberto, baterias do tipo chumbo-ácidas ventiladas


liberam hidrogênio e oxigênio. Sob falha ou condições de sobrecarga extrema, produzirem hidrogênio
a uma taxa máxima de 0,127 (mL/s)/A de corrente de carga por elemento a 25 °C e pressão padrão
do ambiente. Temperaturas altas em ambientes com baterias também resultam em incremento
na produção dos gases hidrogênio e oxigênio.

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O local de instalação deve possuir sistema de ventilação, de modo a garantir a troca de ar, a fim
de prevenir a possibilidade de acúmulo de hidrogênio, limitando-o em menos de 2 % do volume total
livre. Em níveis superiores a 4 % de concentração, o ambiente torna-se potencialmente explosivo.
Cuidados especiais quanto à ventilação devem ser tomados em instalações de baterias dentro
de gabinetes.

Equipamentos próximos que possuam contatos sujeitos a centelhamento devem ser posicionados
de tal modo que se evitem aquelas áreas onde bolsas de hidrogênio possam vir a se formar.

6.5 Paralelismo de baterias


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Quando baterias são conectadas em paralelo, a capacidade total é igual à soma das capacidades
de cada conjunto. O paralelismo pode ser utilizado para:

 a) compor a capacidade requerida no projeto;

 b) prover redundância, aumentando o nível de confiabilidade;

 c) prover reserva de bateria durante a desconexão de uma série para manutenção ou ensaio.

Deve ser dada atenção especial ao dimensionamento dos cabos e dispositivos de proteção,
conforme a ABNT NBR 5410, devendo ser observados também os requisitos determinados pela
ABNT NBR 14197 para o paralelismo de baterias.

6.6 Proteção da bateria

No projeto de instalação da bateria, deve ser dada uma atenção especial quanto aos requisitos
de proteção elétrica e física. A proteção elétrica deve atender aos requisitos especificados na
ABNT NBR 5410 e nas recomendações do fabricante da bateria. A proteção física compreende:

 a) escolha do local de instalação;

 b) existência de sistema de detecção e alarme de incêndio;

 c) existência de sistemas de ventilação;

 d) escolha adequada de estante ou gabinete (casos especiais);

 e) proteções que previnam a ocorrência de acidentes ou curto-circuito nos terminais da bateria,
ocasionado por contato involuntário do operador.

7 Procedimentos de instalação
Para instalação da bateria devem ser atendidos os procedimentos descritos em 6.1 a 6.6, bem como
os requisitos de segurança descritos na Seção 4.

7.1 Recebimento e armazenagem

7.1.1 Inspeção de recebimento

Inicialmente, verificar se todos os volumes entregues constam no romaneio que acompanha cada
fornecimento.

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Em seguida, observar todas as embalagens quanto aos seguintes aspectos:

 a) sua integridade: partes quebradas ou amassadas indicam irregularidades no transporte;

 b) existência de manchas úmidas pode indicar ter havido derramamento do eletrólito.

Todas as irregularidades verificadas devem ser registradas no verso da nota fiscal do produto e levadas
ao conhecimento do fabricante.

7.1.2 Desembalagem e manuseio


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Para desembalar as baterias, os seguintes cuidados devem ser seguidos:

 a) a desembalagem deve ser feita próxima ao local de instalação;

 b) ao remover a embalagem dos elementos ou monoblocos, utilizar equipamentos e ferramentas


apropriadas;

 c) nunca levantar os elementos ou monoblocos pelos polos. Manusear pelo fundo do vaso,
preferencialmente utilizando cinta de içamento. Caso seja necessário usar a cinta, consultar
o manual do fabricante quanto ao procedimento aplicável;

 d) verificar em todos os elementos ou monoblocos se o nível do eletrólito se encontra entre


as marcas de máximo e mínimo. Se estiver abaixo da marca de mínimo e, principalmente,
caso o topo das placas esteja descoberto, o fabricante deve ser contatado imediatamente,
para que informe os procedimentos corretivos aplicáveis;

 e) o fabricante deve ser informado sempre que os elementos ou monoblocos apresentarem defeitos
visíveis, como vasos ou tampas trincadas, polos danificados, vazamentos etc., para substituição;

 f) atender às precauções de segurança descritas em 4.2.

7.1.3 Armazenagem

Para armazenagem dos elementos ou monoblocos, os seguintes cuidados devem ser verificados:

 a) os elementos ou monoblocos devem ser armazenados em local abrigado, limpo, nivelado, seco,
ventilado e protegido contra incidência de raios solares;

 b) consultar o manual do fabricante quanto ao tempo máximo de armazenagem em função


da temperatura ambiente e quanto o procedimento a ser adotado, caso este período seja
ultrapassado;

 c) é proibido o empilhamento de elementos ou monoblocos desembalados. O empilhamento máximo,


quando embalados, deve ser conforme o indicado pelo fabricante.

7.2 Montagem

7.2.1 Estantes e gabinetes

Devem ser montados de acordo com as recomendações do fabricante, respeitadas as características


do projeto, devendo-se atentar para o nivelamento e a estabilidade da estante ou gabinete antes
e após a montagem da bateria.

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7.2.2 Montagem dos elementos ou monoblocos, e interligações

A seguinte sequência deve ser utilizada:

 a) remover eventual sujeira das tampas e dos vasos dos elementos ou monoblocos, usando
preferencialmente um pano limpo umedecido em água. Outros produtos para limpeza devem
ser utilizados somente sob consulta ao fabricante ou fornecedor da bateria, de modo a evitar
ocorrência de rachaduras ou trincas nas tampas e vasos;

 b) remover a tampa de transporte e instalar o filtro de segurança. A tampa de transporte é utilizada
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para evitar o derramamento de eletrólito durante o transporte ou estocagem dos elementos


ou monoblocos.

 c) sendo detectado vazamento de eletrólito, contatar o fabricante ou fornecedor para providências
cabíveis;

 d) montar os elementos ou monoblocos de acordo com o projeto de instalação e com as recomen-
dações do fabricante;

 e) verificar se a polaridade dos elementos ou monoblocos está conforme a indicação na tampa
e/ou polos, antes de iniciar as conexões, bem como seu alinhamento;

 f) a menos que instruído diferentemente pelo fabricante, limpar todos os polos terminais e conectar
as interligações. As superfícies de contato devem ser limpas suavemente com uma escova
ou esponja não ferrosa. Cuidados devem ser tomados durante a limpeza para evitar danos
aos polos. Se indicado pelo fabricante da bateria, uma fina camada de inibidor de corrosão
(por exemplo, graxa protetora) deve ser aplicada em todas as superfícies de contato;

 g) quando for necessária mais que uma interligação por polo, montar as interligações de forma
a maximizar a superfície de contato com o polo (por exemplo, montar os terminais em lados
opostos do polo);

 h) apertar os parafusos das interligações da bateria com o valor de torque recomendado pelo
fabricante. Para aperto das porcas e os parafusos, deve ser usada uma segunda ferramenta para
contra torque. As ferramentas utilizadas devem possuir isolação elétrica;

 i) medir a tensão da bateria para ter certeza de que os elementos ou monoblocos estão corretamente
conectados (isto é, a tensão total deve ser aproximadamente igual ao número de elementos
ou monoblocos interligados em série, multiplicado pela tensão medida do elemento ou monobloco
em circuito aberto). Se o valor obtido for menor que o esperado, reinspecionar as interligações,
certificando-se de que não haja polaridade invertida;

 j) identificar numericamente em sequência (por exemplo, 1,2,3...n) os elementos ou monoblocos


para futuras referências;

 k) instalar a placa de características da bateria em local de fácil visibilidade. Os dados contidos
nesta placa devem atender à ABNT NBR 14197.

7.3 Carga inicial

Para a realização da carga inicial da bateria, os seguintes procedimentos devem ser realizados:

 a) certificar-se de que todos os requisitos de 7.2.2 sejam atendidos;

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 b) certificar-se de que o dispositivo de proteção da bateria esteja aberto ou desligado;

 c) medir e registrar a tensão de circuito aberto de cada elemento ou monobloco, além da temperatura
e da densidade do eletrólito. Selecionar o elemento ou monobloco com menor valor de densidade
como elemento-piloto;

 d) verificar se os elementos ou monoblocos apresentam o nível do eletrólito entre os níveis mínimo
e máximo. Caso um ou mais elementos ou monoblocos não atendam a esta condição, contatar
o fabricante;
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 e) ajustar a tensão de saída do retificador de acordo com a recomendação do fabricante da bateria;

 f) uma vez atendidos todos os requisitos anteriores, iniciar o processo de carga da bateria por meio
do fechamento do dispositivo de proteção;

 g) a carga deve ter duração recomendada pelo fabricante; na ausência desta informação, aplicar
carga mínima de 24 h;

 h) durante as primeiras 5 h, medir de hora em hora a temperatura do eletrólito, que não pode
ultrapassar em mais que 10 °C a temperatura inicial; caso isso ocorra, a carga deve ser interrompida,
o sistema de corrente contínua deve ser desconectado e o fabricante contatado para orientação
sobre os procedimentos a serem seguidos;

 i) medir e registrar pelo menos a cada 12 h a tensão de todos os elementos ou monoblocos,
a densidade e a temperatura do eletrólito;

 j) após o período de carga inicial, a bateria deve ser colocada em regime de flutuação. Nova leitura
de tensões, temperatura e densidade deve ser realizada após 72 h. Caso um ou mais elementos
ou monoblocos apresentem valores fora dos limites especificados pelo fabricante, este deve ser
contatado;

 k) verificar se o nível do eletrólito está entre os limites mínimo e máximo; caso contrário, contatar
o fabricante.

7.3.1 Medições da resistência interna (condutância ou impedância)

Se disponíveis, equipamentos de medição de resistência interna podem ser utilizados para acom-
panhamento da condição operacional da bateria.

Após a bateria estar plenamente carregada, de acordo com as instruções do fabricante, e a temperatura
da bateria estar estabilizada, medir e anotar os valores de resistência interna dos monoblocos
ou elementos. Essas anotações podem ser usadas como dados de referência durante a vida útil
da bateria. Recomenda-se consultar o fabricante do instrumento para seu uso apropriado.
Essa medição não substitui o ensaio de capacidade.

7.3.2 Determinação da capacidade nominal ou indicada em ampère-hora

Se estiver prevista a realização do ensaio de capacidade, este deve ser efetuado segundo o proce-
dimento descrito no ensaio de comissionamento da ABNT NBR 14199. Após o término do ensaio
de capacidade, interligar novamente a bateria ao sistema de corrente contínua, obedecendo às alíne-
as de 7.3.

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7.3.3 Medição de ondulação (ripple)

Medir e registrar a ondulação na corrente contínua. Certificar-se de que o valor registrado esteja
dentro das recomendações da ABNT NBR 14197.

7.3.4 Medição de temperatura da bateria e do ambiente

Após a temperatura da bateria ter se estabilizado, medir e registrar a temperatura do eletrólito


do elemento ou monobloco-piloto. Medir e registrar a temperatura ambiente na sala de bateria
e dentro do armário, se utilizado.
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A temperatura deve ser medida dentro do gabinete, na condição normal de operação; caso haja portas
e tampas, estas devem estar fechadas.

7.3.5 Medição de corrente de flutuação da bateria

Após a bateria estar plenamente carregada de acordo com as instruções do fabricante, e sua tempera-
tura ter se estabilizado, medir e registrar a corrente de flutuação. Caso exista paralelismo de baterias,
deve-se proceder a essa medida, de forma a obter os valores de corrente de cada uma das baterias
instaladas.

7.3.6 Registros

As informações e os dados obtidos no recebimento, na armazenagem e na montagem devem compor


a documentação para o acompanhamento da vida útil projetada da bateria. Estes documentos devem
estar disponíveis para futuras referências ou consultas, contendo pelo menos:

 a) valores de tensão dos elementos ou monoblocos em circuito aberto e após conclusão da carga
inicial;

 b) valores de densidade do eletrólito dos elementos ou monoblocos em circuito aberto e após
conclusão da carga inicial;

 c) valores da resistência interna (condutância ou impedância) dos elementos ou monoblocos,


tipo de instrumento, condições durante as medições (em circuito aberto ou flutuação) e ponto
onde elas foram feitas;

 d) informações sobre os resultados dos ensaios de rotina e/ou comissionamento da bateria;

 e) ondulação da corrente (ripple) inicial;

 f) temperatura do eletrólito do elemento ou monobloco-piloto e temperatura do ambiente;

 g) corrente de flutuação de cada bateria.

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR 15254, Acumulador chumbo-ácido estacionário – Diretrizes para dimensionamento

[2]  ABNT NBR 15389, Bateria chumbo-ácida estacionária regulada por válvula – Instalação e
montagem
Projeto em Consulta Nacional

[3]  ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior

[4]  IEC 62485-2, Safety requirements for secondary batteries and battery installations – Part 2:
Stationary batteries

[5]  BS EN 50272-2, Safety requirements for secondary batteries and battery installations – Stationary
batteries

[6]  IEEE 484, Recommended practice for installation design and installation of vented lead-acid
batteries for stationary application

[7]  Norma regulamentadora 6 − NR 6 − Equipamento de proteção individual − EPI

[8]  Norma regulamentadora 10 − NR 10 − Segurança em instalações e serviços em eletricidade

[9]  Ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ – para bateria chumbo-ácida
ventilada fornecida pelo fabricante ou fornecedor da bateria.

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