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Na teoria compatibilista, a situação 1 é uma ação livre pois baseia-se nos seus
próprios desejos e não foi forçado a realizar essa escolha. No entanto, na
situação 2 o Afonso foi coagido pelos seus pais, logo, a ação não é livre.
Contudo, seguindo esta linha de pensamento, a única diferença entre as
situações é o tipo de coação, uma vez que na situação 2, ele foi claramente
coagido pelo seu ambiente familiar, enquanto que na 1 foi constrangido por
causas precedestes, apesar de não ter perceção destas. No então, esta falta
de noção não justifica que as causas não existam, pois existem igualmente em
ambas as situações, assim estamos perante um determinismo radical.
Por este motivo, cremos que a refutação ao nosso argumento é falsa, isto
porque na nossa perspetiva o determinismo radical não constitui a melhor tese
em resposta ao problema do livre-arbítrio na escolha do caminho religioso. Isso
pelo motivo de que neste sentido a sensação de liberdade é de tal forma
intensa que não somos capazes de a abandonar, e temos a dificuldade de
deixar a crença de que somos conscientes e livres. Por estes motivos,
acreditamos que a resposta ao problema é o libertismo. Temos a liberdade de
escolher o caminho que queremos na caminhada religiosa, ou a ausência dela,
encontrando o sentido da vida noutras doutrinas ou projetos.