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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JUVENÍLIA FERREIRA DOS SANTOS

ATIVIDADES
COMPLEMENTARES
(Memorando Circular n.º 07/2021/SEE/SPP )

COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA


ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO NÍVEL: MÉDIO
ATIVIDADE COMPLEMENTAR: 01/2021
PROFESSOR(A): ANA PAULA DE FREITAS BARBOSA
ESTUDANTE: _____________________________________________________________
TURMA: ___________________________ TURNO: ______________________________
BIMESTRE: ______

ATIVIDADE 01

(3,0) LEIA O TEXTO:

PERÍODO NATURALISTA

Esse período tem início no século VI a.c. e termina dois séculos depois. Floresce nas colônias gregas da Ásia Menor, do
Egeu (Jônia) e da Itália meridional. A primeira fase do pensamento grego toma a denominação de período naturalista,
porque a nascente especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior (a natureza), buscando
ainda encontrar um princípio (arkhé), que justificasse a existência de todas as coisas. Esses filósofos também são
chamados de pré-socráticos, uma vez que com Sócrates a filosofia toma outra direção.

ESCOLA JÔNIA – Berço da filosofia grega, floresceu em Mileto. Seus representantes preocupavam-se em achar a
substância única, a causa, o princípio do mundo natural. Considerado fundador dessa escola TALES DE MILETO viveu
entre 624-546 a.c. Ele ensinava ser a ÁGUA a substância única de todas as coisas. A própria Terra estaria boiando sobre
o oceano. ANAXIMANDRO viveu entre 610-547 a.c. Ele acreditava que o elemento originário de todas as coisas era o
ÁPEIRON, ou o indeterminado, que era infinito e estava em movimento perpétuo. Acreditava que a Terra era parecida
como uma coluna cilíndrica. ANAXÍMENES é o último representante dessa escola, viveu entre 585-528 a.c. Pensava que
o princípio fundamental era o AR, ilimitado e em movimento incessante. Imaginava a Terra como um disco suspenso no
ar.

PITÁGORAS – Fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos e viveu entre 571-497 a.c. Segundo ele, o princípio
essencial de que são compostas todas as coisas é o NÚMERO, ou seja, as relações matemáticas. Da racional concepção
de que tudo pode ser regulado por números ele explica a variedade do mundo pela existência dos opostos: par-ímpar,
perfeito-imperfeito, etc. Os pitagóricos afirmaram ainda a esfericidade da Terra, bem como sua rotação que explicaria o
dia e a noite.

EMPÉDOCLES – Nascido na cidade de Agrigento viveu entre 492-432 a.c., sendo taumaturgo, médico e filósofo.
Acreditava que não era apenas um o elemento fundamental de todas as coisas, mas sim quatro: TERRA, ÁGUA, AR e
FOGO. Esses elementos se combinariam de diferentes formas para criar tudo que existente. Essa combinação e sua
possível destruição se realizaria mediante duas forças fundamentais: o AMOR e o ÓDIO.

ANAXÁGORAS – Nascido na cidade de Clazomena viveu entre 500-428 a.c. Viveu em Atenas por 30 anos até ser acusado
de ateísmo e retirar-se para Lâmpsaco, onde fundou sua escola. Ele concebia a realidade como constituída por uma
infinidade de partículas mínimas eternas e imutáveis, chamadas de HOMEOMERIAS. Elas possuíam qualidades diversas e

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se assemelham aos elementos que temos hoje na química moderna. O problema de sua teoria é que para o filósofo
existiria uma inteligência superior que as separaria, recolheria e ordenaria para formas as coisas.

DEMÓCRITO – Nascido em Abdera viveu entre 460-370 a.c. Era muito rico e viajou muito, sendo o maior naturalista e
cientista da época. Também foi o melhor representante da escola atomista, fundada por LEUCIPO. Apesar da teoria ter
sido criada por seu mestre, foi Demócrito quem a desenvolveu e sistematizou. Leucipo acreditava que o princípio
primordial de todas as coisas era o ÁTOMO: corpúsculos simples e homogêneos, iguais em qualidade, diferentes na
grandeza, forma e posição. Esses átomos estariam separados uns dos outros por espaços vazios, e suas diferentes
combinações comporiam a variedade das coisas. Para explicar o movimento, Demócrito propõe uma teoria prévia da
gravidade dos átomos – os mais pesados cairiam e se moveriam mais rapidamente do que os mais leves e chocando-se
uns com os outros em um movimento eterno promoveriam a possibilidade de mudança.

PARMÊNIDES – Um dos mais importantes filósofos pré-socráticos, nasceu em Eléia vivendo na primeira metade do
século V a.c. Ele acredita que o princípio primordial de todas as coisas é o SER, uno, idêntico, imutável, eterno, limitado.
Todas as coisas são o que são, a mudança é uma ilusão.

HERÁCLITO – Nascido em Éfeso entre os séculos VI e V a.c., foi o maior nome entre os pré-socráticos. Para ele o
elemento fundamental de todas as coisas era o VIR-A-SER: tudo está sempre em perpétuo fluxo, em movimento
constante, um eterno devir. O vir-a-ser é antítese, luta, revezamento de vida e morte: “a luta é a regra do mundo” – luta
de opostos. É a oposição que permite a estabilidade e a harmonia do mundo.

ATIVIDADE 02

(3,0) RESPONDA:

1 - O que caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

a) O impulso para transformar, de forma mágica, os elementos sensíveis em verdades racionais.

b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

2 - Para Parmênides e seus discípulos:

a) Um Ser que jamais muda e, portanto, o tempo é fruto de imaginação especulativa.

b) O movimento é princípio de mudança e a pressuposição de um Ser.

c) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em que o movimento está em tudo o que existe.

d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso a realidade empírica é puro ser, ainda que em movimento.

3 - A partir das informações do texto, marque a alternativa que descreve corretamente o significado de “eterno devir”.

a) O princípio de que tudo é água ou o elemento úmido

b) A permanência do ser

c) Transformação incessante das coisas

d) O indeterminado
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ATIVIDADE 03

(3,0) LEIA O TEXTO:

SÓCRATES

Imortalizado nos diálogos escritos por seu discípulo Platão, Sócrates tornou-se um mestre e exemplo da conduta ética
até nossos dias. Nascido em Atenas (469-399 a.c.) é tradicionalmente considerado um marco divisório na história da
filosofia grega. Não deixou nada escrito, o que sabemos dele e de seu pensamento vem de textos escritos por seus
alunos e adversários.

Era filho de um escultor e de uma parteira, o que mais tarde o ajudou a compor sua teoria. Diferente dos filósofos
naturalistas, Sócrates concentrava sua preocupação na problemática do ser humano. Dava aulas em praças públicas
conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir o saber e o fazer, a consciência
intelectual à consciência prática ou moral. Como havia sido um soldado valoroso acreditava que devia continuar
servindo a pátria vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos e temperados. Seu método de ensino era o
dialógico ou dialético, que se compõe basicamente em duas partes: a IRONIA ou refutação etapa em que o filósofo
interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber, formulando perguntas e procurando evidenciar suas
contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência profunda de suas próprias respostas, das consequências que
poderiam ser tiradas de suas reflexões, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos; e a MAIÊUTICA, etapa em
que ele propunha aos discípulos uma nova série de questões, com o objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir
suas próprias ideias. Daí essa fase ser chamada maiêutica, que significa “trazer à luz”, mas não um parto como o que sua
mãe fazia, mas um parto de ideias. O mestre deve ajudar o discípulo a chegar à verdade usando a própria razão.

É assim que Sócrates legitima a famosa frase “Conhece-te a ti mesmo”, pois em seu pensamento é preciso ter
consciência racional das coisas, principalmente de si mesmo, para organizar racionalmente a própria vida. Entretanto,
consciência de si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência de sua própria ignorância e necessidade de superá-la
adquirindo conhecimento.

Após vários debates em praça pública, sua atitude crítica, irônica e a consequente educação por ele ministrada, criaram
um descontentamento geral, hostilidade popular e inimizades pessoais. Diante da tirania popular esse ânimo hostil
concretizou-se de forma jurídica na acusação movida contra ele: de corromper a juventude e negar os deuses da pátria.
Sócrates foi declarado culpado por uma pequena minoria, sendo condenado a morte por envenenamento com cicuta.

ATIVIDADE 04

(3,0) RESPONDA:

1 - O que quer dizer a frase “Conhece-te a ti mesmo”?


a) Reconhecer sua sabedoria c) Reconhecer sua verdade
b) Reconhecer sua ignorância d) Reconhecer sua inteligência

2 - Para Sócrates os governantes prejudicavam qual atividade humana?

a) liberdade de atitudes b) liberdade de falar no tribunal


c) liberdade de pensamento d) liberdade de escrever leis

3 - Sócrates dá início a uma nova busca pelo conhecimento, qual é o seu objeto de estudo?

a) natureza b) deus c) filosofia d) homem

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ATIVIDADE 05

(3,0) RESPONDA:

1- Qual é a concepção de realidade contida nesta frase de Heráclito “Ninguém entra duas vezes no mesmo rio”.
2- O que Sócrates fez para ser considerado um elemento perturbador da democracia ateniense?
3- Qual a diferença de pensamento entre os pré-socráticos e Sócrates?

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