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CURSO: CST em Sistema Elétrico

UNIDADE 2

TEORIA DA TRANSMISSÃO DE ENERGIA


Linhas de transmissão são todos os elementos que se
destinam ao transporte de energia independente da
quantidade de energia transportada e do
comprimento dessas linhas.

2.1 - ANALISE QUALITATIVA

Linhas de transmissão são ligações físicas entre fonte


de energia e um elemento consumidor dessa energia.
Esta ligação pode se dar através de condutores, pelos
quais circulam correntes elétricas e que são mantidos
sob diferença de potencial. Consideremos um instante imediatamente anterior á
ligação da chave S, t<0. Os terminais da fonte estão
sob uma diferença de potencial U[V]. No instante em
que a chave S for ligada (t=0) entre os terminais 1 e 1’,
aparecera a mesma diferença de potencial U. Uma vez
que diferenças de potencial somente são possíveis
2.1.1 – Fenômeno da Energização das Linhas entre cargas elétricas, a colocação sob tensão dos
terminais 1 e 1’ da linha foi provocada por um
Consideremos uma linha de transmissão ideal deslocamento de carga elétrica através de S, cargas
constituída por dois condutores metálicos, retilíneos e originarias da fonte.
completamente isolados, suficientemente distantes
Consideremos um elemento de comprimento
do solo, ou de estruturas, ou de outras linhas, para
que não seja influenciado pela sua presença, e de infinitesimal Δx [km] da linha. Ele contem uma
indutância ΔxL e uma capacitância ΔxC. A tensão u só
comprimento qualquer. Tratando-se de linhas ideais, a
resistência elétrica dos condutores é considerado poderá aparecer nos terminais da capacitância após a
decorrência de um tempo Δt [segundos], pois a
nula, como também o dielétrico entre os condutores é
considerado perfeito de forma que não há perdas de corrente através de ΔxL não pode atingir
energia a considerar. Outrossim lembramos da física instantaneamente o seu valor Io [amperes]. Levara um
outro intervalo de tempo Δt para que o capacitor do
que, entre dois condutores separados por dielétricos,
podemos definir uma capacitância e uma indutância. trecho Δx seguinte atinja o valor U, e assim
sucessivamente. A corrente fornecida pela fonte, uma
Consideremos ainda que junto ao receptor haja um
dissipador de energia representável por uma vez atingido o valor Io, se mantém constante. É a
corrente de carga da linha. Decorre, portanto, um
resistência R. um circuito equivalente pode ser
representado na figura abaixo, de forma grosseira. tempo finito entre o instante em que se aplica uma
tensão ao transmissor de uma linha de transmissão e
o instante em que esta tensão pode ser medida em
seu receptor.

Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges


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CURSO: CST em Sistema Elétrico


Cargas elétricas em movimento dão origem a campos Considerando agora um elemento de comprimento
magnéticos e a simples presença de cargas, dão Δx. Δt é o período durante o qual, em Δx, a corrente
origem a campos elétricos. Portanto ao se energizar crescerá de zero para Io. A FEM induzida será:

   
     
uma linha de transmissão, ao longo da mesma se irão

 
estabelecer, progressivamente, campos elétricos, e

Ou, lembrando que  ,


campos magnéticos, do transmissor ao receptor.


Dizemos que esses campos se propagam do teremos:


transmissor ao receptor.

    



Podemos definir a velocidade de propagação ou 
celeridade para um linha de comprimento l [km]:


Como essa FEM deve ser neutralizada pela tensão da
  

fonte para que Io possa fluir, teremos:

  


Sendo T [s] o tempo necessário para que a tensão no
   

receptor atinja o valor U[V].

Consideremos um trecho de linha de comprimento


unitário de 1 km. Seja t[s] o tempo necessário para Vemos que Zo foi definido de duas formas diferentes.
energizar esse trecho unitário. Então teremos: Em ambos os casos é função da celeridade e de uma


  
grandeza, C ou L, que como sabemos, dependem


apenas do meio em que a linha se encontra e de suas
dimensões físicas.
A carga elétrica acumulada nesse trecho será:

  
Se igualarmos as duas equações que definem Zo,
encontraremos:




A corrente através de um secção do condutor será:

    
Que é a expressão da velocidade com a qual os
Essa corrente começa a fluir na linha em um tempo Δt campos elétricos e magnéticos se propagam ao longo
após o instante em que a tensão é aplicada. Sua de uma linha.
intensidade independe do comprimento da linha, se
esta for de comprimento infinito, essa corrente de Lembremos da física que para uma linha a dois
carga será suprida pela fonte, sem alteração de valor, condutores, no ar ou no vácuo, valem as seguintes
enquanto o valor da tensão da fonte se mantiver expressões para o calculo da indutância e da
inalterado, indefinidamente. capacitância, desprezando o efeito do fluxo magnético
interno do condutor e da presença do solo:


Isso nos permite definir uma impedância de entrada
       

da linha.

 
   
   

   
 

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Se introduzirmos essas equações na formula da 2.1.2 – Relação de Energia

Em cada intervalo de tempo , necessário para


velocidade, encontraremos:

 energizar um trecho de comprimento  de linha, a


  


   

 igual a   . Essa energia, numa linha ideal, não é
fonte fornece à mesma uma quantidade de energia


   

dissipada na linha, cabendo, portanto, uma indagação

   
sobre o seu destino.

Os campos elétricos e os campos magnéticos têm a

de comprimento poderá, então, ser armazenada a


Esta é a velocidade de propagação da luz no vácuo. capacidade de armazenar energia. No trecho de linha
Pela equação anterior podemos reconhecer que ela
depende principalmente do meio em que se encontra energia:

A – No campo Magnético:    


 
a linha, por exemplo ela é muito mais baixa nos cabos
subterrâneos. Nas linhas reais quem que o fluxo 

B – No campo Elétrico:    



interno dos condutores também não é desprezível, ela

é um pouco menor. As linhas também possuem
perdas que são representadas em serie com a
indutância e paralelo com a capacitância, que também Esse armazenamento se dá simultaneamente.
reduzem a velocidade de propagação. Portanto:

      
      
 
Podemos definir também uma nova equação para Zo :


  

A expressão acima nos diz que a energia fornecida
pela fonte foi armazenada pelos dois campos, sem, no
entanto, nos esclarecer sobre sua divisão entre os
Nesta se substituirmos L e C pelas equações citadas
mesmos. Veja como esta se faz.
acima, teremos:

 Sabemos que          ,
     

substituindo na
formula do campo elétrico:

    
Podemos observar que Zo não depende do

      
  
comprimento da linha , somente do meio que esta se
encontra e de suas dimensões físicas, distancias entre
condutores e raio.
Ou seja a quantidade de energia armazenada pelo
Zo é constante para cada linha por isso mesmo é
campo elétrico é exatamente igual a quantidade de
considerada uma grandeza característica,
energia armazenada pelo campo magnético. Ca um
denominada impedância natural da linha ou ainda
dos campos armazena, portanto, exatamente a
impedância de surto da linha.
metade da quantidade de energia que é fornecida
pela fonte.

Este processo durará indefinidamente, se a linha tiver


um comprimento infinito. As linhas de transmissão

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possuem, porem comprimentos finitos. Neste caso Observa-se que a energia armazenada no campo
ocorrerão fenômenos complexos, que procuraremos elétrico é igual a energia armazenada no campo
analisar. Esses fenômenos, como veremos, dependem magnético.

  
exclusivamente da forma como que a linha é
terminada, ou seja das condições em sua extremidade
receptora. Imaginemos que a linha tenha um Se a linha tivesse comprimento infinito, este processo

coloquemos um dissipador de energia  , com a


comprimento l e que na extremidade receptora duraria infinitamente. No entanto, as linhas de
transmissão possuem comprimento finito, neste caso,
condição de que: ocorrerão fenômenos que dependem exclusivamente
    
de como a linha é terminada e ou seja, das condições
em sua extremidade receptora.
2.1.2 – Relação de Energia
Supomos que a linha tenha um comprimento l(m) e

dissipador de energia  , como a condição de


Em cada intervalo de tempo Δt, necessário para que na extremidade receptora coloquemos um
energizar um trecho de comprimento Δx de linha, a
fonte fornece uma energia igual a: que:

            

Teremos então:      ou     


 
Numa linha ideal essa energia não é dissipada na 
 
linha, essa energia é armazenada nos campos elétricos
e magnéticos.

A – Campo magnético.

 
    

B – Campo elétrico.

    
   

O armazenamento de energia se dá simultaneamente


nos dois campos. Portanto:

        
   
 

Sabemos que         , substituindo essa



Uma vez que na terminação da linha não há campos
magnéticos e elétricos a armazenar energia, toda a

resistência  . Logo:
expressão na equação do campo elétrico: energia fornecida pela fonte será dissipada na


    
                   
  

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A corrente  continuara com a mesma intensidade
inicial, como se a linha fosse de comprimento infinito,
independente do valor de L(m). Uma linha assim
terminada é denominada linha de comprimento
infinito.

Quando o valor de  for diferente do valor de Zo , o


equilíbrio estabelecido por      , será alterado
pois o segundo membro dessa equação poderá ser O caso extremo seria quando  , isto é, na linha

capacidade de dissipação de .


maior ou menor do que o primeiro, dependendo da de comprimento finito, aberto junto ao receptor.
Neste caso observamos:

Podemos considerar outros dois casos: • A corrente se reduz a zero, progressivamente,


do receptor ao transmissor;
Linha com resistência terminal maior que Zo –

    
• O campo elétrico tem que armazenar toda a
energia, isto é, aquela que chega pela linha e aquela

Neste caso, a corrente , através da resistência   ,


que é cedida pelo campo magnético;

será menor que a corrente  , e a potencia dissipável Seja  o valor da tensão que a linha atingirá junto ao
    será igualmente menor do que a potencia
   . Junto ao terminal da linha haverá um excesso
receptor. A energia armazenada em um Δx de linha
será:

   
de energia. Um novo estado de equilíbrio deverá


ocorrer, pois esse excesso de energia não poderá ser

A linha possuía     de energia e a fonte, em Δt,


destruído.

Uma redução da corrente na linha leva também a uma enviou mais     . Logo, o campo elétrico deverá
redução da energia armazenada no campo magnético.
armazenar energia equivalente a:

o excesso de energia devido à redução de  , deve    


Este, por conseguinte, além de não poder armazenar

ainda ceder parte da energia que possui armazenada.


Essas duas parcelas só podem ter um destino: o Igualando as duas equações acima:

   
que  começa a fluir através de  , o campo elétrico      
campo elétrico. Portanto, a partir do momento em

forma de uma elevação da tensão   e que se irá 


recebe a energia, excedente, que se manifesta na
  

de , com a mesma velocidade v [km/h].
propagar ao longo da linha, acompanhada da redução
  

Portanto, em uma linha ideal aberta a tensão no


receptor cresce ao dobro do valor da tensão aplicada.
Essa tensão se propaga do receptor ao transmissor.

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• A tensão junto ao receptor somente pode ser
nula, propagando-se esse valor do receptor ao
transmissor;
• Há um aumento no valor da corrente junto ao
receptor que se propaga para o transmissor. O valor
da corrente poderá ser determinado com base nas
considerações que se seguem.

Linha com resistência terminal menor que Zo – Uma vez que toda, a energia que estava armazenada

    
no campo elétrico não pode ser retido pelo mesmo,
ela é cedida ao campo magnético, que também
A corrente   , através da resistência maior que  e,
deverá receber toda a energia que a fonte continuará
consequentemente, a potência dissipável em  ,
fornecendo.
    , será maior do que a potência    .
 
A energia no campo magnético será agora em Δx de
Junto ao terminal da linha ocorrerá um déficit de linha:


energia que não poderá ser suprido de imediato pela


fonte que alimenta o sistema. O novo estado de
equilíbrio somente poderá ser atingido se essa

Nos dois campos da linha havia   armazenados


deficiência for suprida pela própria linha, às expensas

e a fonte em Δt fornecerá mais  ; logo, o


da energia armazenada por ela durante o processo de
energização.
campo magnético terá que armazenar:

  
que passa de    para 
Uma vez que há um aumento no valor da corrente
 , o campo magnético não
somente não pode ceder energia, como também deve Quantia essa que deverá ser igual àquela definida por
armazenar maior quantidade da mesma, o que faz às 
 

. Logo,

portanto, uma redução na tensão  junto ao


custas do campo elétrico, que a cede. Haverá,

  

        
receptor, que caminha progressivamente em direção 
à fonte.
Portanto, numa linha em curto-circuito a corrente
crescerá, no receptor, ao dobro de seu valor.

2.2 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DAS LINHAS DE


TRANSMISSÃO

Seja uma linha de transmissão real, incluindo em seu


Um outro caso extrema de operação da linha bastante
circuito equivalente os elementos que representam as

curto-circuito, ou seja  . Observa-se neste caso:


interessante, é o caso de uma linha terminada em
perdas nos condutores dada pelo resistor “r” e
também as perdas nos dielétricos “g” [S/km]. O
circuito real para um comprimento Δx [km] da linha
fica da forma:

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    
     
   

De forma análoga, diferenciando-se a equação (2) em


relação a t e a equação (4) em relação a x, teremos:

    
    
A equação diferencial no elemento será:    

    
     
    
Entre o inicio e o fim do elemento de linha há uma
diferença de potencial que podemos definir por:




Substituindo (6) e (4) em (5) temos:

      
    
    
(9)
A equação diferencial no elemento será:

 
      
Substituindo (7) e (2) em (8) temos:
 
      
    
   
(10)
Dividindo (1) por Δx, veremos como U varia ao longo
da linha: Estas são as equações diferenciais da linha de

 
     
transmissão, também conhecidas como Equações da

 
Onda.

A equação diferencial das correntes é:

 
       
2.2.1 – Solução das Equações Diferenciais no
 
Domínio da Frequência.

Dividida por Δx: Para o estudo de L.T. excitadas por tensões senoidais,

 
teremos o uso de equações no domínio da frequência.
      
 
Seja uma L.T. excitadas por tensões e correntes
alternadas de frequência constante, teremos:
 – corrente no dielétrico no capacitor;
      (11)



– corrente no capacitor;        (12)

fasores  e  , onde a dependência com x e t já se


As equações (2) e (4) são expressões da lei de OHM, Estas são as funções senoidais representadas pelos
onde as variáveis U e i são dependentes da distancia x
e do tempo t. encontra implícita.

       
      
   
Diferenciando a equação (2) com relação a x e a
equação (4) com relação a t, teremos: 

            


           
         

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Substituindo o operador   , tem-se:                (17)
 


  
            
 
  
Achando a segunda derivada de

 
       

  Os valores de    podem ser determinados
  

linha referente a carga, isto é x=0 e    e       .


levando-se em conta as condições na extremidade da
Agrupando os termos, teremos:

 
        
Substituindo estes valores nas equações (15) e (17),

 
obtemos:

      (18)
  
        
  
        (19)

  
Sabendo que:

    valor de   :


A partir das equações (18) e (19) podemos encontrar o

   
 


 

     (13)
  
(20)
 

 
     


   (14) 
(21)

Essas equações poderiam ter sido deduzidas Agora substituindo nas equações de (15) e (17):

 
       
diretamente de um circuito equivalente.

    
   
 
Temos agora as equações (13) onde as únicas
variáveis são U e x, e a equação (14) onde as únicas
 
          

variáveis são I e x. as soluções dessa equação para U e
  
      
   
 
I, respectivamente, serão expressões cujas derivadas
segunda em relação x são iguais as expressões      

 
originais multiplicadas pela constante y.z. Por

em relação a x terá que ser igual a . Isso sugere


exemplo, a solução de U quando derivada duas vezes
Onde     é chamado de impedância característica da

linha e   é chamada de constante de


uma solução de tipo exponencial. Suponhamos que a
solução da equação (13) seja:

       
propagação, e podemos reescreve as equações acima:
   
       
         
(15)
 
(22)

               (23)


Achando a segunda derivada de
      
 

                       (16)


   

2.2.2 – Interpretação das Equações da Linha.

Com o mesmo raciocínio para as correntes, temos:

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CURSO: CST em Sistema Elétrico





Lembremos que funções exponenciais quando
aplicadas a fasores mudam suas características ou seja

 
 
modulam as funções senoidais que as representam.

 
         
  
    
 
 – Constante de propagação; 
[km]

O valor de  é quem governa a forma pela qual as 2.2.3 – Calculo Pratico da L.T.
tensões e correntes se propagam ao longo da linha.
Relação ente Tensão e Corrente.
Dai o nome de função de propagação.
As equações das L.T. mostradas anteriormente (22) e
O parâmetro α tem o nome de função de atenuação.
(23) podem ser remanejadas, de forma que:
Dele depende os módulos das tensões e correntes e,

         


portanto seu valor esta intimamente relacionada com       
 
(24)
as peradas da linha.

        
    
   
 (25)
     
 

 – comprimento total da linha em km.


Conhecendo as tensões e correntes no receptor,
podemos determinar no transmissor. Da mesma
O parâmetro β recebe o nome de função de fase, que forma é possível calcular as tensões e correntes no
indica a forma como as fases da tensão e da corrente receptor quando estipuladas aquelas no transmissor.
variam ao longo da linha.
Sabendo que:

   
  
A impedância característica da linha é definida por:


   
    
       
   

   

 assim com  independe do comprimento da linha.


As equações anteriores podem ser representadas por:

                (26)


 

        (27)
 
  

Uma vez que r e y são muito pequenos comparados As equações (26) e (27) são conhecidas como
com L e C. “Equações Exatas” das linhas de transmissão.
O comprimento de onda (λ – lambda) de uma linha é Vimos que
definido como a distancia entre dois pontos mais

             


próximos da onda senoidal, na direção de sua

de 2.
propagação, cuja fase de oscilação estejam separadas

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              

        


Sendo:

  

    
Podemos representar as funções hiperbólicas na
expansão em serie das funções hiperbólicas da forma:

 – impedância total da linha.

 – admitância total da linha.

Portanto:
  
              
       
  
  
             
          
  


                   
• Para linhas curtas, considera-se somente o °
termo da serie. 

      
• Para linhas medias considerasse os 2
primeiros termos da serie.

  
• Para linhas longas considera-se 3 ou mais

                


 
termos da serie.

       
LINHAS CURTAS

Como o termo    é muito pequeno comparado


São consideradas linhas curtas as L.T.s que atendem

com  , podemos considerar apenas  e


as seguintes requisitos:

   
desprezar   .
   

 
Circuito Equivalente

Para linhas curtas:

  

       

Substituindo estes termos nas equações exatas das   


L.T.s (26) e (27), teremos:

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