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Dezembro/2018
Resumo
Este artigo na área de Comunicação Empresarial e gestão de Conteúdo Transmídia buscou
analisar como se dá o processo de comunicação dentro da página do facebook da Assembleia
Legislativa do Estado de Goiás (Alego). A metodologia utilizada envolveu a pesquisa
bibliográfica baseada em material científico (livros, artigos, revistas e teses) para
compreender profundamente os conceitos de comunicação pública, redes sociais e internet e,
dessa forma, poder averiguar com mais precisão o trabalho realizado dentro da rede social de
um órgão público. Após essa pesquisa, foi realizado um Estudo de Caso para analisar
publicações dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2016 e 2017. Observou-se que
no primeiro ano (2016) não havia planejamento de comunicação e no segundo ano (2017) as
publicações eram planejadas e havia um padrão editorial. Concluiu-se que, após um
planejamento estratégico, o que antes eram publicações engessadas e sem informação,
passaram a ser posts levando informação ao cidadão e, assim, a Alego, como órgão público,
atingiu seu principal objetivo que é servir o povo.
1. Introdução
As redes sociais possibilitaram a publicação de conteúdos por qualquer pessoa e também por
intermédio de instituições representadas por perfis oficiais, reduzindo o custo de distribuição
da cadeia de informações que, até pouco tempo, estava restrita aos grandes grupos
econômicos. “A difusão do acesso à banda larga e a facilidade de uso das ferramentas
colaborativas da web também podem ser consideradas alguns dos grandes incentivadores da
participação do usuário de internet na geração de conteúdos”. (COLNAGO, 2015:12).
O fato das redes sociais terem surgido como um meio de comunicação barato e acessível a
grande parcela da população, fez com que várias empresas e instituições começassem a
investir nessa área. Entretanto, na visão de Gonçalves e Silva (2016:71) “o cidadão encontrou
ali um espaço para garantir sua voz e passou a participar ativamente, como aquele que não só
recebe, mas também influencia na criação e na produção”.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
Comunicação pública via facebook: estudo de caso da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
Dezembro/2018
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Comunicação pública via facebook: estudo de caso da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
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papel na sociedade. Ele está presente no dia-a-dia das pessoas porque é o responsável pela
elaboração e discussão das leis que regem o país, o estado e o município.
Das inúmeras possibilidades que o estudo da comunicação na área pública pode trazer, foi
possível delimitar o objeto de análise – página oficial da Alego no Facebook – pela atualidade
do assunto, pois tais práticas no primeiro setor ainda não estão consolidadas e nascem todos
os dias novas formas inovadoras de se promover a comunicação “instituição para cidadão” via
redes sociais.
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Jorge Duarte (2007) vem esclarecer que a comunicação pública engloba tudo que trata sobre a
interação e ao fluxo de informação relacionado a temas de interesse coletivo. Para ele, inclui
tudo que “diga respeito ao aparato estatal, às ações governamentais, partidos políticos,
terceiro setor e, em certas circunstâncias, às ações privadas. A existência de recursos públicos
ou interesse público caracteriza a necessidade de atendimento às exigências da comunicação
pública”. (DUARTE, 2007:48).
O autor completa dizendo que tratar de comunicação pública é mergulhar em conceitos como
cidadania, democratização, participação, diálogo, interesse público. “Mais poder para a
sociedade, menos para os governos; mais comunicação, menos divulgação; mais diálogo e
participação, menos dirigismo, são algumas das premissas” (DUARTE, 2007:48).
Segundo ele, a ideia-chave talvez seja a de espírito público, o compromisso de colocar o
interesse da sociedade antes da conveniência da empresa, da entidade, do governante, do ator
político. Ele ainda ressalta que o objetivo central é fazer com que a sociedade ajude a
melhorar a própria sociedade. E diz que a comunicação pública pode ser fundamental para:
Pensando na comunicação exercida pelo Poder Legislativo – o objeto dessa pesquisa –, que é
inerente à comunicação pública, Heloiza Matos (1999) confirma que essa comunicação, para
realizar-se plenamente, necessita de uma relação íntima com a prática da cidadania. “Os
debates e as decisões do Legislativo são objetos de cobertura da mídia e de pressões advindas
da sociedade civil, representada em suas múltiplas facetas em cada debate parlamentar”.
(MATOS, 1999:32).
A pesquisadora explica que sem essa representação e a consequente intervenção de amplas
camadas e setores da sociedade, “o regime democrático só se realiza institucionalmente,
enquanto que o funcionamento dos seus mecanismos democráticos e a própria administração
acabam entregues aos interesses economicamente mais fortes”. (MATOS, 1999:32).
Assim, o incremento crescente da consciência política e do debate público tem uma
importância vital para a independência do Legislativo e para o bem-estar democrático. Nesse
quadro, a comunicação do Legislativo acaba tendo dois papeis preponderantes, pois se liga
não somente à informação bruta e simples, mas também à formação de atitudes cidadãs,
participativas e conscientes.
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Pode-se considerar a rede social digital, nos dias atuais, como um canal por onde os cidadãos
consomem informações. Eles emitem e compartilham opiniões tornando as redes sociais um
importante canal de comunicação entre povo e instituição pública ou vice-versa. Mas, antes de
partir para a análise do nosso objeto de estudo – Página do Facebook da Alego – é preciso
compreender o conceito da expressão “rede social”.
Segundo Recuero (2009:38), as “redes sociais na internet são constituídas de representações
dos atores sociais e de suas conexões”, sendo que “essas representações são, geralmente,
individualizadas e personalizadas”.
Colnago (2015) vem afirmar que a expressão “rede social” refere-se basicamente ao
relacionamento de pessoas que se comunicam em função de alguma afinidade de interesses,
dentro de um grupo socialmente organizado.
Para COMM (2009:2) “talvez a melhor definição para mídia social seja o conteúdo que foi
criado por seu público”. Esse termo “mídia social” é muito abrangente, e é possível produzi-la
em todos os tipos e maneiras diferentes. O autor ainda explica que:
Alguém que use com sucesso a mídia social não apenas cria conteúdo; cria
conversações. E essas conversas criam comunidades. Essa é a real beleza da mídia
social, e sendo ou não o objetivo – dependendo do site -, a mídia social sempre
poderá ter como resultado firmes conexões entre os participantes. (COMM, 2009:3).
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Dentro deste contexto, é possível observar ainda que as mídias sociais detêm um potencial
informacional plural, pois são meios de propagação de conteúdo textual e audiovisual
produzidos pelos participantes nas redes sociais, como no caso do Facebook.
Dessa forma, mídias sociais digitais constituem lugares onde cidadãos se informam. Nota-se o
crescimento da webcidadania ou ciberativismo no mundo inteiro. Esses termos são usados
para definir o engajamento de cidadãos por meio de ferramentas online. O grande diferencial,
segundo SILVEIRA (2014:30), entre os meios midiáticos digitais e os meios de comunicação
de massa tradicionais está, principalmente, “na gratuidade e no barateamento dos recursos
digitais, o que possibilitou à classe que antes participara menos do contexto político a
participar e ter facilidade para isso”.
Diante do crescimento dos usuários de redes sociais digitais, nota-se que surge uma
inquietude nos profissionais que lidam com a comunicação organizacional, já que, ao
possibilitarem oportunidades para visibilidade e visualidade institucional, ao mesmo tempo,
essas redes deixam as organizações mais vulneráveis em termos de imagem corporativa.
(GONÇALVES e SILVA, 2015:80).
É dentro deste contexto de interação que causa vulnerabilidade que se faz importante a análise
proposta por este artigo. Como anteriormente citado foram analisadas e posteriormente
comparadas as publicações da página do Facebook da Alego feitas durante os meses de
outubro, novembro e dezembro de 2016 e 2017. A comparação foi primordial para observar a
mudança ocorrida após um planejamento estratégico ter sido implantado pela legislatura do
biênio 2017/2018 na Casa de Leis.
Em 2016, sem planejamento, a página publicou entre os três meses supracitados 36 postagens.
No mês de outubro foi publicada uma vez nos dias 3, 5, 14, 19, 21 e duas vezes no dia 18.
Nos dias 8, 10, 11, 25, 29 e 30 de novembro de 2016 foram feitas apenas uma publicação por
dia. Já no dia 17 foram feitas duas, assim como no dia 24 do mesmo mês. Já no dia 22 e
também no dia 23 foram feitas 3 postagens.
No dia 1º de dezembro de 2016 foram feitas duas publicações, assim como nos dias 6, 13 e
22. Já no dia 2 foram feitos 4 posts e no dia 12 apenas uma postagem na rede social da Alego.
Ou seja, podemos quantificar sete publicações em outubro de 2016; 16 em novembro do
mesmo ano; e 13 em dezembro de 2016 também.
Não há informações sobre quem gerenciava a rede social naquele ano, mas foi possível
perceber que não havia um planejamento de conteúdo. O responsável pelas postagens apenas
replicava o que estava no site da Alego sem produzir conteúdo próprio e exclusivo para a
página do Fabebook. Também foi observado que o foco das publicações era nos
parlamentares e não no cidadão.
Percebe-se que as frases não informavam de fato sobre o que ocorria, eram engessadas e nada
atrativas. Além disso, não havia publicação de banners específicos para a página, eram
postadas apenas fotos do site. Todas essas observações podem ser observadas nas publicações
feitas nos dias 18 de outubro, 10 de novembro e 13 de dezembro.
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Figura 2 – Publicação feita no dia 10 de novembro de 2016. Foco era na comunicação parlamentar.
Fonte: Página do Facebook da Assembleia Legislativa de Goiás (2017)
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Figura 3 – Publicação feita no dia 13 de dezembro de 2016. Texto e imagem nada atrativos e sem informação
suficiente para elucidar possíveis dúvidas do cidadão.
Fonte: Página do Facebook da Assembleia Legislativa de Goiás (2017)
Isso demostra que em 2016 não havia nenhum planejamento com acompanhamento e
gerenciamento da rede social. O que acarretava um prejuízo, pois, o Facebook e todas as
outras redes sociais tornaram-se um meio muito usado pelos usuários para consumir
informação e também para distribuir informação. Simples cidadãos, na era em que vivemos se
tornaram parte ativa que têm o poder de conduzir informações para as massas como nunca
antes. “As maiores redes de mídia não conseguem noticiar tão rapidamente ou com tamanha
precisão como aqueles que estão na cena em que se desenrolam os acontecimentos”. (COMM,
2009:2).
É sobre isso que Penteado Filho (2010) afirma acerca das mudanças radicais trazidas pelas
novas tecnologias da comunicação. “(...) É que os meios de comunicação de massa perderam
sua exclusividade como distribuidores de informação”. (PENTEADO FILHO, 2010:373).
Barbeiro e Lima (2013) complementam dizendo que “com o suporte da tecnologia, os
cidadãos podem participar diretamente do processo de produção da notícia, uma convergência
para uma participação direta”. (BARBEIRO e LIMA, 2013:37).
Assim sendo, todo conteúdo publicado nas mídias sociais deve ser relevante e conter algum
tipo de explicação sobre a informação apresentada, principalmente quando se trata de uma
rede social de órgão público. O objetivo deve ser fazer com que os seguidores consigam
sentir-se informados de forma satisfatória ao concluírem a leitura do post. Porém, foi possível
constatar por meio dessa análise que isso não ocorreu nos três meses de postagens do ano de
2016.
Após analisar as postagens do ano de 2016, fizemos a análise de 2017 dos mesmos meses. Foi
possível observar uma mudança de posicionamento e de planejamento para informar o
cidadão. Em 2017, com a mudança da gestão administrativa da Casa de Leis, buscou-se
ampliar e melhorar a comunicação da Alego com o cidadão. Foi uma das propostas para o
segundo biênio 2017/2018. Portanto, diferente do ano de 2016, em 2017 houve sim um
planejamento comunicacional em todas as áreas do órgão público. Nas redes sociais a
melhora foi visível.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
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Figura 4 – Publicação feita no dia 3 de outubro de 2017. Texto e imagem atrativos e com informação suficiente
para elucidar possíveis dúvidas do cidadão.
Fonte: Página do Facebook da Assembleia Legislativa de Goiás (2018)
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Ainda no mês de outubro de 2017 a página contou com publicações sobre a campanha
Outubro Rosa que trata sobre o combate e prevenção ao câncer de mama. As postagens não
são mais engessadas como no anterior e trazem elementos atrativos que despertam a
curiosidade do leitor, tanto nas imagens quanto na legenda inserida.
Na figura abaixo, a postagem é do dia 23 de outubro de 2017, nela há informações tanto
imagéticas quanto textuais sobre a campanha Outubro Rosa e também contem dicas de
prevenção e diagnóstico. Além disso, as postagens trazem descrição com a hashtag
#PraCegoVer que é uma forma de levar informação para deficientes visuais, agregando ainda
mais todos os cidadãos.
Outro exemplo que trata sobre a campanha Outubro Rosa é verificado no dia 17 de outubro. A
Alego estava arrecadando lenços para doar a mulheres com câncer. O post é atrativo e
informa o suficiente:
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Outro exemplo é sobre a campanha do mês de novembro chamada Novembro Azul que
conscientiza sobre o câncer de próstata. A Alego reforçou o debate na página do Facebook e
anunciou de forma instigante os eventos que iam ocorrer no órgão público durante o mês de
novembro.
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Por fim, como exemplo da mudança e melhoria do trabalho nas redes e no caso do objeto de
estudo desse trabalho a página do Facebook da Alego, no mês de dezembro pode-se examinar
a publicação feita no dia 11. A postagem trata sobre um projeto de lei que foi aprovada por
uma Comissão da Assembleia. No final da legenda a publicação traz a seguinte frase: “Qual a
sua opinião”, instigando o seguidor a pensar a respeito do assunto e também deixar a opinião
nos comentários, como um meio de colaboração.
De acordo com Barbeiro e Lima (2013) a web deu um impulso à liberdade de expressão como
não se via desde a época de Gutenberg, no século XV.
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livros. Uma nova plataforma, que mandou para os mosteiros os copistas, e para o
museu as iluminuras. Essa tecnologia influenciou diretamente na evolução política e
social da humanidade nos séculos seguintes. (BARBEIRO e LIMA, 2013: 35).
Os autores ainda fazem uma alusão à Ágora no mercado de Atenas para tratar sobre como se
dá os processos da web. Eles explicam que a Ágora era onde se debatiam os destinos da
cidade-estado, e segundo eles, agora é representada pela web, e nesse mesmo espaço se faz
jornalismo.
“Trata-se de um ambiente caótico, que cada um organiza de acordo com suas convicções.
Sendo assim, a participação de todos nesse processo depende mais de motivação do que de
liberdade, que foi conquistada com a participação e o acesso a essa nova tecnologia de baixo
custo” (BARBEIRO e LIMA, 2013:36).
4. Conclusão
Diante do exposto, observou-se que entre as 36 postagens nos meses de outubro, novembro e
dezembro de 2016, não houve planejamento estratégico voltado para a formação do público-
cidadão. As publicações eram engessadas e pouco agregavam ao seguidor da página. O
conteúdo era voltado para publicitar as ações dos parlamentares como indivíduos políticos,
replicando apenas o que estava no site, sem um conteúdo específico para a rede em questão.
Em contrapartida, as publicações feitas nos mesmos meses só que em 2017 já trazem um
aspecto de planejamento evidente. Isso acontece pois houve uma vontade da nova gestão em
melhorar a cultura organizacional do órgão e, consequentemente, a comunicação. As
publicações em 2017 já apresentam informações relevantes e não voltadas apenas para as
atividades parlamentares, mas sim, voltadas para a formação da cidadania e participação
político-cidadã. São 60 publicações feitas nos mesmos meses.
Observa-se que tanto o texto contido na imagem quanto o texto da descrição dela são
complementares e atrativos aos olhos do seguidor-cidadão, assim como a imagem selecionada
para compor o post. Muito diferente de 2016 que trazia imagens do portal da Alego sem
edição ou construção específica para a rede social Facebook.
A pretensão inicial da pesquisa foi entender como o Poder Legislativo de Goiás utilizava a
rede social Facebook para disseminar informações ao cidadão. Foi possível perceber durante a
análise e comparação que, a partir do ano de 2017, a instituição se comprometeu em promover
a comunicação pública no ambiente online.
Portanto, observou-se o trabalho realizado pela instituição no intuito de promover o
fortalecimento do direito do cidadão à informação, impulsionando o diálogo com e entre os
goianos sobre as atividades e decisões da Assembleia Legislativa de Goiás. Dessa forma,
deixa-se uma análise como referência para possíveis trabalhos posteriores a este que busquem
estudar a comunicação pública nas redes sociais.
Por fim, conclui-se, após um estudo de caso da página do Facebook da Assembleia
Legislativa, que o Poder Legislativo de Goiás compromete-se em exercer seu principal papel
que é servir o povo.
Referências
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
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