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Manejo integrado de pragas

do tomateiro

Miguel Michereff Filho


Entomologista, DS
Cenário

 Modelos de produção e segmentação


do mercado

 Convencional
Agricultura familiar, grupos empresariais (escala)

 Produção orgânica/agroecológica

 Cultivos protegidos
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

 Filosofia e sistema de controle

Uso integrado de vários métodos de controle compatíveis


Princípios:

 Manter a praga em nível populacional que não


cause prejuízo (não visa extermina-la)
 racionalizar o uso de agrotóxicos

 Preservar e incrementar o controle natural

 Garantir a produção, com baixo custo

 Sustentabilidade da agricultura
Componentes do MIP

- Reconhecer pragas, seus danos e inimigos naturais

- Saber o período mais sensível da cultura

- Vistoria periódica do plantio (monitoramento)

- Momento de controlar (preventivo/curativo)

- Seleção e uso planejado dos métodos de controle


1. PRAGAS

Controle convencional
 Simples presença do organismo na lavoura
Desde que cause alguma injúria na planta

MIP
 Somente quando causar dano econômico

Dano econômico  prejuízo = custo de controle


Fenologia do tomateiro tutorado x ocorrência de pragas

1o Fruto

Transplante
1a Flor
Maturação
Emergência
Frutificação
Semeadura

Florescimento
Desenvolvimento
vegetativo
150
0 7 25 60 70 90 100
Pragas do viveiro dias

Mosca-branca, pulgão e tripes


Traça-do-tomateiro

Lagarta-militar (Spodoptera spp.) e falsa-medideira

Vaquinha

Ácaros (micro-ácaro e ácaro rajado)

Broca-pequena

Broca-gigante (Helicoverpa spp.)


Arte: Miguel Michereff Filho
2. Monitoramento

1. Inspeção de plantas

 mínimo 25 plantas / talhão


5 pontos, 5 plantas / ponto
posição na planta  praga-alvo Miguel Michereff Filho

 2 vezes por semana

2. Armadilhas

 Placas coloridas  mínimo 20 armadilhas /cultivo, 80% borda


1-2 vezes por semana = detecção
 Feromônio  2 armadilhas /1 ha, borda + interior
1-2 vezes por semana
Deslocamento na área

Leonardo Vicente/Tomatec
3. Tomada de decisão

Decisão  Nível de controle (NC)


Exigência de mercados

 Influências do clima
Tomada de decisão

Dano previsível Transmissão de vírus

 Relação entre população e dano  Relação entre população e


dano não é clara
 Uso de nível de controle (NC)
 Difícil estabelecer um NC
Perdas (%)

MIP ?

Densidade populacional

MIP
traça-do-tomateiro, broca-pequena, lagarta-militar, mosca-branca, tripes e pulgões
Helicoverpa, ácaros, mosca-minadora
Relevância como praga ?!

Arte – Henrique Carvalho


MANEJO DE VIROSES

 Medidas preventivas integradas

 Vírus
 Inseto vetor
Pragas chaves – sugadores/vetores

Moscas-brancas Ordem: Hemiptera


Família: Aleyrodidae

Bemisia tabaci MEAM1 (biótipo B), MED (biótipo Q), NW1 (biótipo A) e NW2

Miguel Michereff Filho

Luiz Henrique R. Lopes Miguel Michereff Filho


Luiz Henrique R. Lopes
Pragas chaves

Transmissores de fitovírus

Moscas-brancas
Bemisia tabaci

Luiz Henrique R. Lopes Miguel Michereff Filho

Luiz Henrique R. Lopes

Trialeurodes vaporariorum

Luiz Henrique R. Lopes Moises Lopes Fernandes Moises Lopes Fernandes


Mosca-branca

Ciclo de vida
Ninfa
4ºinstar Ciclo: 14-27 dias
“ ”

Ninfa

Ninfa

Ninfa

Ovo

Fonte: IHARA
Mosca-branca

Danos diretos

 Processamento industrial
maturação irregular dos frutos
dificuldade ponto de colheita
redução do Brix/qualidade pasta

 Consumo fresco (mesa) Alexandre Pinho de Moura

isoporização dos frutos


= polpa descolorida  sabor

Perdas 50% na produção

Acervo CNPH
Mosca-branca

Danos indiretos

 Excreção açucarada  fumagina


- fotossíntese
- produção
- aspecto visual

Alexandre Pinho de Moura


Alexandre Pinho de Moura
Mosca-branca
Danos indiretos
 Vetor de fitovírus
Tomate Geminivirose ou mosaico-dourado (Begomovirus) = ToSRV e ToMoLCV + 23 Sp
Crinivirose ou amarelão (Crinivirus) = ToCV

Alice K Nagata
Alice K Nagata
Geminivirose Amarelão / Crinivirose
Mosca-branca
Amostragem
-Armadilha adesiva amarela = adultos
-Inspeção de folhas (ápice) = adultos e ovos
(terço mediano e inferior) = ninfas

Miguel Michereff Filho Miguel Michereff Filho

Adultos MB Folhas- adultos, ovos e ninfas MB

Nível de controle
vetor  média de 1 adulto/planta ou presença nas armadilhas
Pragas chaves – sugadores/vetores

Tripes Ordem: Thysanoptera


Família: Thripidae
Frankliniella schultzei
Frankliniella occidentalis
Thrips tabaci
Thrips palmi

Miguel Michereff Filho


Miguel Michereff Filho Luiz Henrique R. Lopes

Larva Adulto - Frankliniella schultzei Adulto – Thrips tabaci


Tripes
Ciclo de vida
Ciclo: 8-15 dias

ovo

larva
1ºinstar

larva
2ºinstar

adulto

pupa pré-pupa
Tripes
 Vetor de vírus
Virose “Vira-cabeça” (Orthotospovirus)
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Groundnut ringspot virus (GRSV)
Tomato chlorotic spot virus (TCSV)
Chrysantemum stem necrosis virus (TSNV)

Mirtes Freitas Lima Mirtes Freitas Lima

Topo com curvatura e necrose


Sintomas e danos Tripes

 Virose “Vira-cabeça”

Mirtes Freitas Lima

Mirtes Freitas Lima

Nanismo
Mirtes Freitas Lima

Frutos com anéis concêntricos


Amostragem Tripes
-Batida do ápice em bacia/bandeja  adultos e ninfas
-Inspeção de folhas e flores do ápice  adultos e ninfas
-Armadilha adesiva azul e amarela  adultos alados

Miguel Michereff Filho Miguel Michereff Filho

Inspeção flores Método da batida


Miguel Michereff Filho
Adultos e ninfas
Adultos

Nível de controle
vetor  média de 1 inseto/planta ou presença nas armadilhas
Pragas chaves – sugadores/vetores

Pulgões Ordem: Hemiptera


Myzus persicae Família: Aphididae
Macrosiphum euphorbiae
Aphis gossypii Ciclo: 5-8 dias

Ítalo Lüdke

Myzus persicae Macrosiphum euphorbiae


InfluentialPoints
Sintomas e danos Pulgões

Danos indiretos

 Excreção açucarada  fumagina


- fotossíntese
- produção
- aspecto visual

Leonardo Vicente/Tomatec
Pulgões

 Vetor de vírus
Viroses
Risca-do-tomateiro, mosaico Y ou fogo mexicano (Potyvirus) - Potato virus Y (PVY)

Mosaico-amarelo (Potyvirus) - Pepper yellow mosaic virus (PepYMV)

Topo-amarelo (Polerovirus) - Tomato yellow top virus (ToYTV)


= Potato leafroll virus (PLRV)

Amarelo-baixeiro (Polerovirus) - Tomato bottom leaf yellow virus (TBLYV)


= Potato leafroll virus (PLRV)
Amostragem Pulgões
- batida do ápice em bacia/bandeja  adultos e ninfas
- armadilha adesiva amarela  adultos alados
- terços mediano e inferior  adultos e ninfas

Miguel Michereff Filho Miguel Michereff Filho


Miguel Michereff Filho

Batida - adultos e ninfas Adultos Folhas - adultos e ninfas

Nível de controle
vetor  média de 1 inseto/planta ou presença nas armadilhas
Pragas chaves

Minadores de folhas e broqueadores de frutos

Traça-do-tomateiro Ordem: Lepidoptera


Tuta absoluta Família: Gelechiidae

Miguel Michereff Filho

Moisés Lopes Fernandes Miguel Michereff Filho Miguel Michereff Filho

Miguel Michereff Filho

Ítalo R. Guedes Miguel Michereff Filho


Traça-do-tomateiro
Ciclo de vida
Ciclo: 25-40 dias

Arte: Gravena & Bevenga (2003)


Traça-do-tomateiro

Amostragem
-Armadilha iscada com feromônio sexual sintético = mariposas (machos)
-Inspeção de ponteiros = broqueamento e lagartas vivas

-Inspeção de folhas atacadas (terço mediano) = minas e lagartas vivas

-Inspeção de cacho de frutos (2 cm diâm.) = broqueamento e lagartas

Moisés Lopes Fernandes

Armadilha iscada com feromônio - adultos


Folhas – ovos, lagartas e minas
Traça-do-tomateiro

Nível de controle
20% de ponteiros atacados, com lagartas vivas

20% de “folhas” com ovos ou minas e lagartas vivas

5% de frutos com lagartas vivas ou broqueados

 10 machos/armadilha de feromônio (acumulado semana)

 controles químico e biológico


Pragas chaves
Broqueadores de frutos

Broca-pequena Ordem: Lepidoptera


Família: Crambidae
Neoleucinodes elegantalis

Moisés Lopes Fernandes Leonardo Vicente/Tomatec


Moisés Lopes Fernandes Jorge Braz Torres

Alexandre Pinho de Moura Alexandre Pinho de Moura Jorge Braz Torres


Broca-pequena

Ciclo de vida

Ciclo: 30-50 dias

Fonte: Gravena & Bevenga (2003)


Broca-pequena
Amostragem
-Armadilha iscada com feromônio sexual sintético = mariposas (machos)
-Inspeção de cachos de frutos (2 cm diâm.) = ovos, sinais de lagartas

Miguel Michereff Filho

Armadilha com feromônio - adultos Alexandre Pinho de Moura

Leonardo Boiteux

Frutos – sinais e lagartas


Broca-pequena

Nível de controle
3% de cachos com ovos nas sépalas e nos frutos

ou sinais de entrada das lagartas

 1 macho/armadilha de feromônio/semana

 controles químico e biológico


Pragas secundárias - lagartas
Lagarta-militar
Spodoptera eridania S. cosmioides S. frugiperda

Fabiano M.D. Bastos Alexandre Specht Alexandre Specht


Alexandre Specht

Fabiano M.D. Bastos Alexandre Specht Fabiano M.D. Bastos

Ordem: Lepidoptera Ciclo: 25-45 dias


Família: Noctuidae

Fabiano M.D. Bastos


Pragas secundárias - lagartas
Broca-grande - Helicoverpa armigera, H. zea e Chloridea virescens

Ciclo: 35-45 dias

Moises Lopes Fernandes Moises Lopes Fernandes


Luiz Henrique R. Lopes

Miguel Michereff Filho


Pragas secundárias - lagartas

Ordem: Lepidoptera
Falsa-medideira
Família: Noctuidae

Chrysodeixis includens

Moises Lopes Fernandes

Miguel Michereff Filho

Ciclo: 24-35 dias


Miguel Michereff Filho
Outras pragas secundárias
Ácaros
Mosca-minadora

Miguel Michereff Filho


Jorge Anderson Guimarães
Ácaro-do-bronzeamento Miguel Michereff Filho

Aculops lycopersici Ácaro-rajado


Tetranychus urticae Jorge Anderson Guimarães

Liriomyza spp.
Percevejos
Vaquinha
Moises Lopes Fernandes

Moises Lopes Fernandes

Phthia picta
Miguel Michereff Filho

Leptoglossus zonatus Diabrotica spp.


DOC 175

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1124115/guia-de-identificacao-para-pragas-do-
tomateiro
2. Inimigos naturais

 Agentes de mortalidade natural das pragas


Inimigos naturais - Predadores

Bayer Univeristy of California

Univeristy of California Basf


I. Cruz

Bayer Bayer Basf


CSIRO

Basf
Bayer
Inimigos naturais - Parasitoides

Univeristy of California

Univeristy of California
M. Michereff Filho

Univeristy of California

J.R.P. Parra J.R.P. Parra

I. Cruz J.R.P. Parra


Inimigos naturais - Entomopatógenos

Fungos Bactérias

Bacillus thuringiensis
Metarhizium (Nomuraea) rileyii

Vírus

Nematoides
DOC 169

https: www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1121616/guia-para-identificacao-de-inimigos-naturais-
em-cultivos-de-hortalicas
4. Medidas de Controle
Táticas de controle

Métodos Culturais

Métodos Mecânicos

Métodos Físicos

Manejo Comportamental

Resistência de Plantas

Controle Mecânicos
MétodosLegislativo

Amostragem
Nível de Controle
Mortalidade Natural
Controle Biológico
Manejo Integrado

Manipulação Genética de Pragas

Diagnose correta e bioecologia da praga


Controle Químico

Arte: Miguel Michereff Filho


Controle Alternativo
Tomada de Decisão
ADOÇÃO DO MIP

Viveiro – produção de mudas


Pré-transplantio
Transplantio
Condução do cultivo
Manejo da área após a colheita final
Rotina  medidas profiláticas

Bruno Gonzalez/O Globo

Atividades  viveiro  talhões novos  talhões velhos

Áreas menos infestadas  áreas mais infestadas

Limpeza  ferramentas, caixas e estufas


Evitar cores atrativas

ERRADO CERTO
Miguel Michereff Filho Miguel Michereff Filho
Manejo do ambiente de cultivo
Uso de cultivares precoces e adaptadas
Sementes e mudas sadias, de ótima qualidade

Não transplantar mudas <21 dias


Cultivares com resistência/tolerância
Geminivirose  genes TY-1 & tcm-1
Alice K. Inoue-Nagata

Resistente a begomovírus Suscetível a begomovírus


infectado infectado
Cultivares com resistência
Vira-cabeça  genes Sw-5

Leonardo G. Boiteux

 Várias cultivares de tomate para mesa


Viveiro telado para mudas

Raphael Augusto de Castro e Melo

CERTO

antecâmera + pedilúvio
tela antiafídeo
Raphael Augusto de Castro e Melo

ERRADO
Época de cultivo

Cultivos no Cerrado  pontes verdes


Mês SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT

Soja Soja
Soja Tiguera Vazio sanitário

Algodão Restos culturais

Tomate de mesa Tomate de mesa Tomate de mesa

Vazio sanitário Tomate industrial

Feijão safra Grão-de-bico


Feijão safrinha
Feijão irrigado Vazio sanitário

Milho safra Milho safrinha Milho irrigado


Milho doce Milho doce Milho doce Milho doce
Batata Batata Batata Batata
Adaptado de Yokoyama (2008)
Cultivo protegido – barreira física

Miguel Michereff Filho


Ensacamento de frutos – barreira física

 broqueadores de frutos

- Menor deposição de pesticidas nos frutos


(pesticidas com ação por contato)

- Após polinização das flores (pétala murcha)

- Inseticida biológico (Bacillus thurigiensis) e


no dia seguinte faz ensacamento dos cachos

José Ronaldo Macedo

José Ronaldo Macedo


Não plantar perto de plantios mais velhos

Alice K. Inoue-Nagata
Eliminar plantas hospedeiras – pragas & fitopatógenos

Mentrasto Caruru Guanxuma

Leiteiro Picão-preto Serralha Joá de capote


Coleta massal – controle comportamental

Moises Lopes Fernandes

 mosca-branca, pugões, mosca-minadora e tripes


Cobertura do solo - refletora
Waldir A. Marouelli
Manejo de fertilizantes e da irrigação

Irrigação por aspersão

Irrigação por gotejamento

Waldir A. Marouelli

Waldir A. Marouelli

 Nutrição equilibrada (nitrogênio)


alongamento do estágio vegetativo
Eliminar plantas doentes

Alice K. Nagata

Vira-cabeça

Alice K. Nagata

Geminivirose
Colheita e manejo dos restos culturais
 Colheita na época certa
coleta de frutos caídos

Remover os restos culturais (até 10 dias)

Não abandonar os cultivos

Miguel Michereff Filho


Sucessão e rotação de culturas
menos preferidas pelas pragas
Vazio Sanitário do tomateiro

Goiás  tomate para processamento industrial

 Calendário de plantio (01/fev até 30/junho)


dezembro e janeiro  livre de tomate

 Mudas em viveiros telados

 Escalonamento de plantio  não ultrapassar 60 dias/região

 Destruição dos restos culturais  até 10 dias após colheita


Controle Biológico
LIBERAÇÃO DE PARASITOIDE DE OVOS

Vespinha
Trichogramma pretiosum

Moisés Lopes Fernandes Ivan Cruz

Heraldo Negri

Moises Lopes Fernandes


LIBERAÇÃO DE PREDADORES

Ácaros Phytoseiidae

Heraldo Negri Heraldo Negri

Amblyseius tamatavensis

 Controle biológico de moscas-brancas


LIBERAÇÃO DE PREDADORES

Ácaros Laelapidae
Stratiolaelaps scimitus

 Controle biológico de tripes no solo/substrato


LIBERAÇÃO DE PREDADORES

Percevejo Orius spp.

Jorge Braz Torres

 Controle biológico de tripes


PESTICIDAS BIOLÓGICOS

Bayer

Bactéria  Bacillus thuringiensis

subespécie kurstaki
aizawai

 Maior eficiência/rapidez
lagartas pequenas, tamanho < 8 mm
PESTICIDAS BIOLÓGICOS

Bayer

Vírus  Baculovirus Helicoverpa zea NVP


(HzSNPV)

Baculovirus Spodoptera
(SfMNPV)

Chrysodeixis includens NVP


(ChinNPV)

 Lagartas pequenas < 8 mm


PESTICIDAS BIOLÓGICOS

Miguel Michereff Filho

Fungos  Beauveria bassiana


Metarhizium anisopliae
Hirsutella thompsonii
Isaria (Cordyceps) javanica
 Controle biológico de mosca-branca, pugões e ácaro-rajado
Controle Químico
 Viveiro

 Proteção de mudas (preventivo)

vetores + traça-do-tomateiro

Raphael Augusto de Castro e Melo

 Inseticidas aplicados no substrato


imersão de bandejas

 Inseticidas pulverizados na parte aérea

inseticidas sistêmicos e contato


Controle Químico

 Lavoura ou cultivo protegido

 Controle de vetores (até 45 DAT) = histórico de viroses + detecção


inseticidas sistêmicos e contato na parte aérea

 Controle de lagartas e ácaros = quando atingir NC


inseticidas contato, ingestão e sistêmicos na parte aérea

Pulverização  costal manual, mangueira, tratorizado-pingentes,


quimigação via gotejo ou pivô central
Recomendações Gerais

- Adotar nível de controle

- Alvo: adulto x imaturo  modo ação, grupo químico

- Utilizar produtos registrados

- Uso de produtos menos tóxicos (faixas verde & azul)

- Preferir produtos biológicos ou aqueles mais seletivos


evitar produtos de amplo espectro de ação

piretroides, organfosforados e carbamatos


Recomendações Gerais

- Evitar a aplicação de qualquer “misturas de tanque”

- Aplicação correta do produto


dosagem, volume calda, pH (5,0)

- Não utilizar subdosagem, nem superdosagem

- Atenção para o período de carência (≤ 5 dias)


Recomendações Gerais

- Pulverizações entre 6 e 10 h ou a partir das 16 h.

- Garantir distribuição do pesticida na planta


 cobertura do lado inferior da folha
turbulência x jato dirigido de baixo para cima
bicos adequados, pressão de trabalho

Ação contato

 sugadores/ácaros  80 gotas/cm2
Recomendações Gerais

- Efetuar rotação de pesticidas (evitar resistência)


≠ mecanismos de ação e ≠ grupos químicos
não apenas de ingredientes ativos e marcas

Reduzir seleção  apenas 1 geração

ácaro-bronzeamento = troca a cada 10 dias


ácaro-rajado = troca a cada 15
tripes = troca a cada 15 dias
pulgões = troca a cada 15 dias
mosca-branca = troca a cada 28 dias
lagartas = troca a cada 35 dias
Inseticidas para vetores (alguns exemplos)
Grupo químico Mecanismo - sítio de ação Ingrediente ativo
Organofosforado 1B Inibidor de acetilcolinesterase Acefato,Clorpirifós, Dimetoato
Carbamato 1A Inibidor de acetilcolinesterase Benfuracarbe, Carbaril, Metomil
Piretroide 3A Regulação canais de sódio - axônio Deltametrina, Lambda-cialotrina
Neonicotinoide 4A Agonista de acetilcolina–pós-sinapse Imidacloprido, Acetamiprido,
Tiametoxam, Triacloprido
Éter piridiloxipropílico 7C Análogo hormônio juvenil = IRC Piriproxifem
juvenoide (ovo, ninfa/pupa e adulto)
Cetoenol (derivado do 23 Síntese de lipídio, desidratação Espiromesifeno
ácido tetrônico) (ovo, ninfa e adulto)
Tiadiazinona 16 Interferência na muda; síntese de Buprofezina
quitina (ovo e ninfa) – tipo1; similar IRC
Butenolida 4D Agonista de acetilcolina–pós-sinapse Flupiradifurona
Diamida Antranílica 28 Regulação íons cálcio na célula; Ciantraniliprole
atua sobre receptores Rianodina
Tetranotriterpenoide DESC Interferência síntese de hormônio Azadiractina
protoracicotrópico = IRC; deterrência
Fontes: IRAC-BR; Brasil 2020.
Inseticidas para lagartas (alguns exemplos)

Grupo químico Mecanismo - sítio de ação Ingrediente ativo


Piretroide 3A Regulação canais de sódio - axônio Deltametrina, Lambda-cialotrina
Organofosforado 1A Inibidor de acetilcolinesterase Acefato,Clorpirifós, Malationa
Espinosina 5 Modulador alostérico de receptor Espinosade
nicotínico da acetilcolina
Avermectina 6 Regulação de íons cloro - axônio Abamectina
Benzoiluréia 15 Interferência na muda; síntese de Teflubenzuron
quitina – tipo 0; similar IRC
Oxadiazina 22 Bloqueador de canais de sódio Indoxacarbe
dependente da voltagem
Bis(tiocarbamato) 14 Bloqueador de canais dos receptores Cloridrato de Cartape
nicotínicos da acetilcolina
Diacilhidrazina 18 Agonista de receptores de ecdisteroides Cromafenozida
Diamida Antranílica 28 Regulação íons cálcio na célula; Clorantraniliprole
atua sobre receptores Rianodina
Inseticida biológico 11 Disruptor microbiano de membranas do Bacillus thuringiensis
intestino médio de lagartas; septicemia
Fontes: IRAC-BR; Brasil 2020.
Acaricidas (alguns exemplos)
Grupo químico Mecanismo - sítio de ação Ingrediente ativo
Avermectina 6 Regulação de íons cloro - axônio Abamectina
Cetoenol (derivado do 23Síntese de lipídio, desidratação Espiromesifeno
ácido tetrônico) (ovo, ninfa e adulto)
Acaricidas METI 21A Inibidor do complexo I da cadeia Fenpiroximato
(pirazol) transportadora de elétrons
Piridazinona 21A Inibidor do complexo I da cadeia Piridabem
transportadora de elétrons
Acaricida biológico DESC Colonização por hifas; Beauveria bassiana
exaustão de reservas; ação de
toxinas e morte
Fontes: IRAC-BR; Brasil 2020.
Rotação de modos de ação  rótulo do produto ou bula

Fonte: www.modosdeacao.com.br
Maior cautela  uso de misturas

4A/8E

4A/8E

Fonte: www.modosdeacao.com.br
Grato pela atenção
Miguel Michereff Filho
Embrapa Hortaliças
Gama, Brasília – DF

(61) 3385-9068
e-mail: miguel.michereff@embrapa.br

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