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SUMÁRIO
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.......................................................................................................... 2
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS........................................................................................... 2
LEGALIDADE (ART. 5º, II, CF) ...................................................................................................................... 2
PROIBIÇÃO DE TORTURA (ART. 5º, III, CF) ................................................................................................. 3
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
O que veremos agora são algumas das acepções deste direito que podem ser cobradas
em sua prova.
O (inciso II do Art. 5°) apresenta aquilo que a doutrina chama de liberdade de ação:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Isso é a liberdade por excelência. Segundo o texto constitucional, a liberdade só pode ser
restringida por lei. Por isso, dizemos que esse inciso também apresenta o Princípio da
Legalidade. No entanto, importantíssimo lembrar que, aqui, ao se posicionar pela necessidade
de uma “lei” para nos obrigar a prática ou não de qualquer conduta, o legislador, em verdade,
quis mencionar qualquer espécie normativa, ou seja, qualquer ato com força de uma lei ou
norma. Lembre-se sempre de que você pode ser obrigado à prática de uma ação por uma
simples convenção de condomínio. E não me venha, por favor, dizer que isto não está previsto
em lei hein... “tô brincando, tô não!”.
Lembre-se apenas de que, ao falarmos em NINGUÉM, no referido inciso III do art. 5º, não
podemos esquecer jamais do inciso XLIX do mesmo art. 5º da CF, em que diz:
Súmula Vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado. (grifo nosso)
Mas surge a seguinte questão: e se o Tratado Internacional for de Direitos Humanos e não
preencher os requisitos constitucionais previstos no § 3º do artigo 5º da Constituição? Qual
será sua força normativa? De acordo com o STF, caso o Tratado Internacional fale de direitos
humanos e for aprovado no Congresso Nacional, mas não preencha os requisitos do § 3º do Art.
5º da CF, ele terá força normativa de NORMA SUPRALEGAL, é dizer, é uma norma acima da lei
(supra), mas que ainda está abaixo da Constituição Federal.
Dessa forma, frisa-se que os tratados internacionais de direitos humanos podem ter dois
status: ou de norma constitucional (emenda) ou de norma supralegal.