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SUMÁRIO
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.......................................................................................................... 2
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS........................................................................................... 2
LEGALIDADE (ART. 5º, II, CF) ...................................................................................................................... 2
PROIBIÇÃO DE TORTURA (ART. 5º, III, CF) ................................................................................................. 3

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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
LEGALIDADE (ART. 5º, II, CF)
O direito à liberdade ou à legalidade, o qual se afigura muito amplo, pertence à primeira
geração de direitos fundamentais, pelo fato de expressar os direitos mais ansiados pelos
indivíduos como forma de defesa diante do Estado.
Em verdade, difícil saber a exata fronteira em que esse direito flutua, ora sendo um
verdadeiro direito, ora uma vital garantia. O que importa é que, seja em uma situação ou em
outra, estaremos sempre amparados contra arbitrariedades não prevista em qualquer espécie
normativa.
Essa defesa sempre se dará em forma de ABSTENÇÃO do ESTADO perante às mais
variadas liberdades humanas, ou seja, não havendo qualquer imposição arbitrária por parte do
Poder Público aos indivíduos, como acontecia e acontece em Estados Totalitários ou em
monarquias austeras.
O direito de locomoção é um dos exemplos entregues ao indivíduo em forma de
LIBERDADE, desta forma pode ser melhor compreendido o previsto no inciso XV:

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

O que veremos agora são algumas das acepções deste direito que podem ser cobradas
em sua prova.

LIBERDADE DE AÇÃO OU LEGALIDADE

O (inciso II do Art. 5°) apresenta aquilo que a doutrina chama de liberdade de ação:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Isso é a liberdade por excelência. Segundo o texto constitucional, a liberdade só pode ser
restringida por lei. Por isso, dizemos que esse inciso também apresenta o Princípio da
Legalidade. No entanto, importantíssimo lembrar que, aqui, ao se posicionar pela necessidade
de uma “lei” para nos obrigar a prática ou não de qualquer conduta, o legislador, em verdade,
quis mencionar qualquer espécie normativa, ou seja, qualquer ato com força de uma lei ou
norma. Lembre-se sempre de que você pode ser obrigado à prática de uma ação por uma
simples convenção de condomínio. E não me venha, por favor, dizer que isto não está previsto
em lei hein... “tô brincando, tô não!”.

A liberdade pode ser entendida de duas formas, a depender do destinatário da


mensagem:
Para o particular – liberdade significa “fazer tudo que não for proibido”.
Para o agente público –liberdade significa “poder fazer tudo o que for determinado, permitido
ou previsto pela lei”.

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Pode fazer tudo o


particular que a lei não
proíba
legalidade
Só pode fazer o
público que a lei manda
ou autoriza

PROIBIÇÃO DE TORTURA (ART. 5º, III, CF)


Como desdobramento da ideia de vida digna, a CF garante as necessidades vitais básicas
do ser humano e proíbe qualquer tratamento indigno, como a TORTURA, penas de trabalho
forçado, penas de caráter perpétuo etc., nos termos do Art. 5°, III e XLVII:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

Lembre-se apenas de que, ao falarmos em NINGUÉM, no referido inciso III do art. 5º, não
podemos esquecer jamais do inciso XLIX do mesmo art. 5º da CF, em que diz:

XLIX - é assegurado AOS PRESOS o respeito à integridade física e moral;

Ainda nesse sentido, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, o STF,


por meio da Súmula vinculante 11, restringiu o uso de algemas no país, autorizando o seu uso
para 3 situações: PERIGO, RESISTÊNCIA E FUGA - PRF

Súmula Vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado. (grifo nosso)

TRATADOS INTERNACIONAIS DEDIREITOS HUMANOS


Uma regra muito importante para sua prova é a que está prevista no parágrafo 3º do
artigo 5º:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)

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Este dispositivo constitucional apresenta a chamada Força Normativa dos Tratados


Internacionais de Direitos Humanos.
Segundo o texto constitucional, é possível que um tratado internacional de Direitos
Humanos possua força normativa de emenda constitucional, desde que preencha os seguintes
requisitos:

 Deve tratar de Direitos Humanos.


 Deve ser aprovado nas duas Casas Legislativas do Congresso Nacional, ou seja, na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
 Deve ser aprovado em dois turnos de votação em cada Casa.
 Deve ser aprovado pelo quórum de 3/5 dos membros em cada turno de votação, em cada
Casa.
Preenchidos esses requisitos, o Tratado Internacional terá força normativa de Emenda à
Constituição.

Mas surge a seguinte questão: e se o Tratado Internacional for de Direitos Humanos e não
preencher os requisitos constitucionais previstos no § 3º do artigo 5º da Constituição? Qual
será sua força normativa? De acordo com o STF, caso o Tratado Internacional fale de direitos
humanos e for aprovado no Congresso Nacional, mas não preencha os requisitos do § 3º do Art.
5º da CF, ele terá força normativa de NORMA SUPRALEGAL, é dizer, é uma norma acima da lei
(supra), mas que ainda está abaixo da Constituição Federal.

Dessa forma, frisa-se que os tratados internacionais de direitos humanos podem ter dois
status: ou de norma constitucional (emenda) ou de norma supralegal.

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