Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
P759a
FOP
ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS DO
LIGAMENTO PERIODONTAL FRENTE
A MOVIMENTAÇÃO ORTODÕNTICA
Especialização: Ortodontia
FOP- Unicamp · SP
2.000
UNICAMP ROSELI MEIRE LANDUCCI POLITANI - C.D.
ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS DO
LIGAMENTO PERIODONTAL FRENTE
A MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA
Orientador:
Prof Dr. Pedro Duarte Novaes
234
UNIVERSIOADE ESTADUAL DE CAMP1ttiS
r:;:: ODONTOLOGIA DE PmJ\CIGt~BA
r:~CllLDJ\OE
BIBLIOTECA
FOP- Unicamp- SP
2.000
' -··--. ---- ,___ .
I N•• CI&Hlt. ~~--------- -- -=~:
N,o auto. ------ )'
'· ····-·----·-- _, ________ l
-·-··'·"---=--------=:.-I
! Twnbet--··········------
Unidade- FOP/UNICAMP
ÍGt /~rJiú~ff'.f?
p~;:;-,~ o.
•....... -::... :....-... ::.. .... Ed ........... ..
\lol ........................ Ex ........... ..
Tombo ... 5Li..C'........... ..
cO o!Z]
Proc. J...?..f;:.á:;?.~_.f.'29.J0.
Preç,l __ B/.~ ..+.-.. ~ ...Q;!.............
Dota Qc":>{J~j IQ _
";gi;t•o ] ] G·-\ciÇ.
Ficha Catalográfica
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecárla Marilene Girello CRB /8- 6159, da
Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Pi1·acicaba I UN1CAMP.
Dedico este trabalho
Aos mestres Dr. João Sarmento Pereira Neto e Dr. Paulo Tucasan, pela ami;ade,
companheirismo e ensinamentos.
À Prof: Dr. a Vânia Siqueira, pelo apoio e incentivo nas horas difíceis.
-LA ROCHEFOUCAULD
SUMÁRIO
p.
RESUMO
ABSTRACT ii
INTRODUÇÃO 1
REVISÃO DA LITERATURA 3
PROPOSIÇÃO 52
DISCUSSÃO 53
CONCLUSÃO 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura, de modo a formar um
quadro geral dos eventos que ocorrem quando forças ortodônticas são aplicadas para
dentes, músculos e osso, criando uma reação dentro do ligamento periodontal e do osso
alveolar, que permite os movimentos dos dentes. Este se desloca à medida em que o osso
sofre remodelação.
mudanças histológicas ali ocorridas quando forças leves e pesadas são aplicadas ao dente,
tratamento ortodôntico.
ABSTRACT
The aim of this work is to review the literature in order to make a broad view of the
events occured when orthodontics forces are applied to promote dental movements.
The orthodontic appliance is a force systems that acumulate and releases forces
towards the teeth, muscles and borres, creating a reaction in the periodontal ligament and
alveolar bones, which allows the tooth moviments. These deslocate themselves when the
We will review the anatomy and histology of the periodontal ligament and compare
the histologic changes that occured after heavy and soft forces were applied towards the teeth,
We also draw the attention to the need of having a good oral higiene through the
right cleaning and bacterial plaque control, always rnotivating the patient that undergoes
orthodontic treatrnent.
INTRODUÇÃO
detectados.
REITAN (1951), chamou a atenção sobre os resultados clínicos obtidos com relação
às mudanças dos tecidos de suporte na terapia ortodôntica, e que são limitados p!loossoalveolar.
Essas observações não eram feitas até depois da invenção do RaioRX cefalornétrico
diferentes métodos para o tratamento das maloclusões dentárias. Algup.s grupos tratam com
mudanças histológicas nos tecidos de suporte do dente que sofreram tratamento ortodôntico.
certo espaço de tempo, causa compressão do ligamento periodontal (LPD), novo osso alveolar
é depositado onde há uma força de tensão agindo no osso. Entretanto, estas afmnações
como a magnitude, direção e duração da força são introduzidos, às quais foram feitas
comparações sistemáticas das estruturas que acercam os dentes, que foram movidos
ortodônticamente, com estruturas de dentes proximais setvindo como controle para comparar
Os elementos teciduais descritos por REITAN & RYGH (1996) que sofrem
Além disso, examinando as áreas de controle, pode-se evitar más interpretações das
das mudanças causadas 'pela migração fisiológica do dente, deve ser considerada muito
importante.
3
REVISÃO DA LITERATURA
I. Definição Biomecânica
Ligamento Periodontal
1. Definição Biomecânica
movimento dos corpos. Neste caso, as forças são aquelas produzidas pelos aparelhos
. l , _...
D D-l-
C
,
.
c--.
[....,.O:oO _ _ .,....,.
,, ......
(~~-
,...,.,..._.,..
-
.....,. .......,....
$ , ..,....,._..............
• c,...,....,...
J L...,_.,.....,_.
.. ............ _._ ...
-...
·.·
examina, pode distinguir-se quatro zonas nitidas, do ponto de vista histológico: ( 1) zona
odontoblástica, na periferia pulpar; (2) zona acelular (zona de Weil, ou camada basal de
Weil), logo abaixo dos odontoblastos, muito evidente na polpa coronária; (3) zona rica em
células, onde a densidade celular é muito alta, de novo presente na polpa coronária adjacente
à zona acelular; (4) zona central, caracterizada pela presença dos maiores vasos e nervos da
indiferenciadas e macrófagos.
5
sustentação ao cemento. Ricamente inervada, é constituída por canículos que dão passagem a
estruturas neuro-vasculares.
2.4. Cemento - é um tecido conjuntivo duro, muito semelhante ao osso, que cobre
as raízes do dente e tem como principal função a inserção das fibras do ligamento periodontal
à raiz do dente. Ele tem uma matriz orgânica constituída em grande parte de colágeno e
resistente à reabsorção.
que cobre a raiz do dente e o osso que fonna a parede alveolar. Ele varia em espessura de
0,15 a 0,38 mm, sendo sua porção mais delgada a que está em torno do terço médio da raiz. A
conjuntivo particulannente bem adaptado para a sua principal função, que é a de suportar o
dente no seu alvéolo e, ac;> mesmo tempo, permitir que ele resista às consideráveis forças da
àquela de articular o dente ao osso: age corno um receptor sensorial indispensável para o
localizado entre o cemento e o osso alveolar. Como tecido conjuntivo, apresenta células,
amelocementária;
Por outro lado, os vasos que irrigam o ligamento periodontal provém de três fontes
alveolar e da região apical. Os vasos que se originam da região apical são, em geral, advindos
vascularização é maior nos dentes posteriores que nos anteriores, mas sempre mais próxima
7
é representada por fibras nervosas mielínicas, que seguem o mesmo trajeto dos vasos
sanguíneos, sendo predominante no terço apical e mais pobre no terço cervical da raiz. AJém
dessas, são encontradas ainda fibras amielínicas do sistema nervoso autônomo e que estão
relacionadas com os vasos sanguíneos, para o controle da fisiologia circulatória. Por ser um
susceptível a certas alterações sistêmicas, como por exemplo: irradiação, hormônio, fármacos
intercelular amorfa.
LI•~
1. c.n..mo
2. Gt"Upo da crisu
3 , 0..o•~
• • GNPO hof'ilotnM L
5 . Gru~ obllQUO
e . G._.,~ca,
Figura3
Feixes de fibras tio ligamento periodontal
Figura2 em corle mésio-distnl: 1. Dentina; 2
Diagrama representatill() dos principais feixes de fibras do li~:amento Esmalte; 3. Crista óssea; T. Fzbras
periodontal em corte vestibul~lingual transeptais; C Fzbras da crista; H Fzbras
horiumtnis; O. Fzbras ob/iquas.
8
alveolar a circundar os dentes. A margem gengiva! fonna a extensão coronária da gengiva nas
faces vestibular e lingual dos dentes, seguindo um curso ondulado por entre os dentes por
causa das papilas interdentárias, que preenchem os espaços interdentários abaixo das áreas de
contato dos dentes. Podem ser identificadas duas porções da gengiva: gengiva marginal livre e
gengiva inserida. A gengiva marginal livre inclui a papila interdentária e a gengiva coronária,
extensão apical é demarcada com um sulco denominado ranhura gengival. A gengiva inserida
funda com a mucosa alveolar. A gengiva inserida permanece firmemente unida ao cemento
circundante e ao osso por meio de fibras colágenas do tecido conjuntivo, que proporcionam o
tônus gengiva! e sua união ao cemento e ao osso alveolar. As fibras se projetam em diferentes
direções para assegurar uma ancoragem gengiva! adequada, podendo ser distinguidos os
interdental da gengiva, até se unirem ao cemento do dente adjacente (figura 4). Mas além das
fibras, o tecido conjuntivo é composto por vasos linfáticos e sanguíneos, nervos, células e
~·0----- I
J~Po
A s'
Figura 4
Diferentes feixes de fibras do ligamento alvéolo-dental Em G está representado o grupo gengival; em Tos
feixes transeptais; em C os tia crista alveolar; em H as horizontais; em O as oblíquas; em A as apicais; e
em B o espaço apica/ de Black.
Figura 5
Diagrama em corte vestíbulo-lingual representando o suprimento sanguíneo arterial da gengiva, osso
ah•eolar e o ligamento periodontal: I. Micr01•ilosidades epiteliais; 2. Vasos da crista; 3. Crista all•eolar;
4. Vasos do ligamento periodonta/; 5. Vasos supra-periosteais; 6. Vasos do osso de sustentação;
7. Osso alveolar.
10
gengiva, subjacente aos epitélios bucal e sulcular, é composto por alças capilares localizadas
nas projeções dos tecidos conjuntivos e próximo ao epitélio funcional existe uma rede de
sensações táteis, de pressão e de dor pelas vias trigeminais. Todas estas estruturas estão
Figura 6
Suprimento sanguíneo do periodonto. São 3 as fontes: a) Ramos provenientes de vasos apicais;
b) Ramos provenientes do osso all'eolar (septo interdentário);
c) Ranws de vasos que ladeiam o periósteo
transmissão das forças oclusais ao osso; 2) inserção dos dentes; 3) manutenção da relação
adequada entre gengiva e dente; 4) resistência ao impacto das forças oclusais; 6) provisão de
um envoltório de tecido mole para proteger os vasos e nervos de possíveis lesões mecânicas.
11
ligamento periodontal, mais do que nas fibras principais que desempenham um papel
oclusais bruscas.
parede dos vasos menores e se filtra nas áreas circundantes através dos forames alveolares
alvéolo.
Resíliente - que traz o dente a sua posição original quando as forças oclusais são removidas.
desde o ligamento até a parede interna do alvéolo são suportadas pela estrutura trabecular que
por sua vez é sustentada pelas tábuas corticais vestibular e lingual. É composto de matriz
Geng;va -É a parte da mucosa oral que cobre os processos alveolares dos maxilares e
abraçar a gengiva marginal fortemente contra o dente, tem a forma de anel e são
unir a gengiva marginal livre com o cernento da raiz. Têm a forma de leque e são
chamadas dentogengivais.
situam entre o epitélio na base do sulco gengival e a crista do osso alveolar. São chamadas
fibras transceptais.
tecido conjuntivo da gengiva é conhecido como lâmina própria. ? rica em colágeno com
poucas fibras elásticas. Possui uma camada capilar e uma camada reticular contígua como
Virtualmente todo o espaço periodontal não ocupado pelas fibras de união é a parte
do sistema hidráulico:
marcadamente a sua pressão, antes do dente mover-se o suficiente para tencionar as fibras.
Este fenômeno é devido à lei básica de hidráulica: "Um fluído sob pressão, exercerá
A Passiva
Movimento Sanguíneo
O sangue é o mais móvel dos fluídos periodontais porque já está contido num
sistema de tubos que providenciam uma rota direta de escape. A pressão sanguínea é também
nonnalmente a mais alta e em estado nonnal ela é equilibrada com a pressão dos tecidos
adjacentes. Qualquer aumento na pressão em volta dos vasos sanguíneos causará algum
grande colapso e extravasamento para fora dos vasos periodontais e para dentro dos vasos de
Tensão de Contato
íntimo, sem pressão entre eles. É uma função da espessura periodontal e o alinhamento
dentário.
clínico tenso.
forças intermitentes pesadas. Os qontatos dentais duram um segundo ou menos; as forças são
bem pesadas, medindo de 1 a 2 kg, enquanto substâncias moles são mastigadas até 50 kg
Quando um dente é submetido a uma carga pesada desse tipo, o rápido deslocamento
do dente dentro do espaço do ligamento periodontal é impedido pelo fluído não compressível
do tecido.
Em vez disso, a força é transmitida ao osso alveolar, o qual ·se curva em resposta.
Essa curvatura óssea em resposta à função normal gera correntes piezoelétricas que parecem
ser estímulos importantes para a regeneração e reparo esquelético. Esse é o mecanismo pelo
permite mastigação normal, com sua aplicação de força de 1 segundo ou menos, para ocorrer
sem dor.
curta duração, ele rapidamente perde sua capacidade de adaptação à medida que os fluídos
forças prolongadas. Além disso, forças leves prolongadas no ambiente natural como: força
dos lábios, bochechas e língua em repouso contra os dentes, têm o mesmo potencial das
O fenômeno Erupção Dental toma evidente que as forças geradas dentro do próprio
antagonista foi extraído frequentemente será observado iniciando a irromper novamente após
A presença contínua desse mecanismo indica que ele pode servir para produzir não
só a erupção dos dentes sob circunstâncias apropriadas, como também ativar a estabilização
dentes.
dente data do fim do Século XIX. Muitos autores discutiram mudanças teciduais do ponto de
vista clínico e empírico. Dessas observações uma breve pesquisa é feita à seguir.
dos lados do dente e apósição do outro lado da raiz. Essa visão era apoiada por TALBOT
KINGSLEY (1877), posterionnente apoiado por FARRAR ( 1888), declarou que uma
Ele diz que as estruturas de suporte ósseo se deslocarão e mais tarde se re-arranjarão durante
o período de retenção. Sua teoria da diferença da tensão, como foi denominada, levantou
ter sido alargada por forças ortodônticas. Ele acreditava que tecidos adicionais tinham sido
corretas e declarava que havia obviamente uma curvatura da substância cortical elástica do
processo alveolar. SIEGMUND (1940) discutia o movimento do dente mais ou menos de wna
OTTOLlENGUI (1914) demonstrou reabsorção da raiz nos casos que foram examinados
Um estudo extensivo desse tipo foi feito por KETCHAM (1927). Raios-X tirados
encurtadas como se tivéssem sido cortadas. ele declara que as reabsorções podiam ser
envolvidos.
material experimental.
ortodôntico foi baseado em uma série de experimentos feitos por SANDESTEDT (1901). Seu
livro foi escrito em sueco e chamado "Nagra bidrag til! tandregleringens teori. "
Em seu trabalho experimental, feito durante um ano em cães idosos, ele observou
osteoclastos, sangramentos e até mesmo trombose dos capilares no lado da pressão da raiz
junto com fibroblastos e certas tiras azuis as quais ele acreditava serem capilares
comprimidos e tecidos nervosos. Muitas áreas comprimidas foram observadas, em volta das
exemplo, uma reabsorção iniciada nos espaços medulares em tomo da área comprimida, aqui
descrita pela primeira vez, não chamou atenção até 25 anos mais tarde por SCHWARZ
(1932).
revelaram que ao movimento artificial do dente está mais ou menos relacionado à fatores
(1901), e ser capaz de relacionar suas próprias descobertas com estas, suas observações o
diferente, isto é, dentes decíduos de jovens macacos. Em um de seus experimentos, que durou
40 dias, no qual ele moveu os dentes labialmente, observou que o osso antigo do lado labial
tinha desaparecido completamente. Em seu lugar estava uma fonnação de tecido osteóide
19
perpendicular à superficie da raiz. Ele chamou essa formação de lamelação do osso. Ele não
observou áreas comprimidas mas havia diapedeses (passagens para fora das células
sanguíneas através de paredes íntegras de vasos) em muitas áreas e, portanto, não havia
trombose. Quanto ao fator tempo, urna vez ele observou mudanças ósseas depois de força
Baseado em suas descobertas, ele afirma que a reação teci dual durante o movimento
Por um Jacto, ele considerava suas descobertas como uma indubitável refutação da
teoria da pressão e por outro lado ele acreditava que elas poderiam ser explicadas baseadas na
nos dentes decíduos como incompleta. Os resultados de seus próprios experimentos, que
duraram de I à6 meses, forám explicados baseados nas teorias de WOLFF (1870) e ROUX (1893).
Maccacus Rhesus jovens, nos quais os dentes não estavam completamente desenvolvidos.
Como resultado do movimento do dente por 40 dias, eles observaram uma deformação na
SCHWARZ (1928) fez wna abrangente avaliação das forças ortodônticas, as quais
movimento enclinatório com forças leves mais biológico que um movimento corporal do
reabsorção nas raízes nem com forças pesadas ou leves. Em um experimento com forças
pesadas, ativadas por 4 dias, o lado da pressão revelou trombose nos capilares. No lado da
aposição ou reabsorção foram observadas nesse caso, um fato que ele atribuiu ao grau de
força aplicada.
intruidos ou em outros casos inclinados por força excessiva. O movimento do dente foi obtido
por moldes altamente cimentados em alguns molares e seus antagonistas. Portanto a função
observados depois de 6 dias, enquanto que em jovens animais não ocorreram reabsorções da
raiz até depois de 15 dias. Houve urna reabsorção na parede- óssea externa na área
'
correspondente à formação óssea adjacente ao lado da tensão no dente movido. Como essa
reabsorção não estava meramente restrita a urna área oposta ao dente movido, mas se
extendeu sobre uma grande porção do osso alveolar, eles consideraram essa uma reabsorção
movimento do dente.
autores descreveram áreas comprimidas com reabsorção à distância . Em alguns casos houve
uma extensiva aposição do cemento como resultado de tensão pelas fibras de suporte,
aposição de novas camadas ósseas pela superficie da raiz do lado incidente à tensão ao
dentes nesses casos foi atribuída ao fato de os dentes serem guiados por tubos desiizantes e
reabsorção.
Injúrias reparadas da superficie da raiz, também relatada por ORBAN (1928), foram
descritas por SIPPY (1927) que destacou que o cemento será formado nas áreas injuriadas
cães ele fez uma tentativa de produzir reabsorção apical da raiz, como descrito anteriormente
por KETCHAN (1929). GUBLER (1931) afirma que os amplos espaços de medula que
REHAK & HATTYASY (1932) observou a reabsorção da raiz após os arcos dentais
elásticos intermaxilares por um período de 70 dias. Ele destacou que há uma grande
experimentos por SCHWARZ (1932). Ele distingue entre forças abaixo e acima 20g. Nas
2
áreas comprimidas foram observadas forcas de 15-20g por cm na superficie da raiz. Com
forças mais pesadas houve a formação de áreas livres de células e uma subseqüente
reabsorção à distância na área da pressão. Ele declara que uma força leve irá causar uma
reação no tecido que é uma excelente visão sob o prisma biológico, se em média isso
Ele também distingue entre áreas de forte pressão e áreas de pressão fracas, sendo
que a última é produzida por forças fracas e primeiramente sen~o um resultado do fator
tempo. No último exempío o tecido mole na área comprimida irá sofrer degeneração fibróide
com adesão à superficie da raiz. Circundando esse tecido anêmico e fibróide, a reabsorção da
raiz pode acontecer, começando pela borda da área de pressão. Ele nomeou isso de "staung"
SCHWARZ (1932) enfatiza que uma circulação sanguínea insuficiente em tecidos recém
criado pode resultar em mudanças secundárias na posição do dente com reabsorção nos
tecidos ósseos recém formados no lado da tensão. Dos outros fatores incluídos nesse
problema, REITAN (1939 e 1947) discutiu a tensão criada nas estruturas supra alveolar e
23
estão fixados na direção da força. Ele diz que aparentemente nenhum processo físico existe
que encurta ou remove o excesso dessas fibras depois de o dente ser aproximado.
ortodôntica. Seus experimentos anteriores não revelaram nenhuma reabsorção da raiz. Em seu
último relatório ele diz que dentes humanos examinados radiograficamente exibiram
reabsorção da raiz após movimento do dente. Essas observações o levaram a concluir que há
uma diferença entre as estruturas de suporte no homem e nas dos animais em relação a reação
dos tecidos.
SCHUARZ (1933) apoiado por ORBAN (1935), foi da opinião que a aplicação de
argumentos para apoiar essa afirmação está baseado na teoria das forças intermitentes, o
tecido osteóide formado durante o período de descanso teria que ser reabsorvido quando o
(1922), eles consideravam o tecido osteóide menos reabsorvível que um osso antigo.
começado.
Em uma monografia OPPENHEIN (1936) negou que o tecido osteóide fosse menos
chamadas adiante por forças contínuas enquanto comparadas com forças intermitentes, 16
dentes hwnanos foram examinados histologicamente. As forças aplicadas não foram medidas,
nem foram consideradas as forças criadas durante a mastigação. A reabsorção da raiz foi
24
observada em todos os casos no lado de pressão labial. Nas áreas de pressão, ele notou
capilares, dos quais as células endoteliais poderiam ter sido ativadas durante o processo de
reabsorção. OPPENHEJM (1936), depois disso, também declarou que nenhuma formação
cística pode ser observada incidente a aplicação de forças contínuas. Ele também declarou
que com esse tipo de força haveria uma tendência para o dente de mover em recidiva. Como
resultado dessa recidiva novas reabsorções teriam sido criadas no lado da tensão da raiz.
portanto, interpretou essas mudanças como áreas de autólise (destruição de células do corpo
por meio do seu próprio soro - desintegração) do tecido conectivo necrosado na membrana
periodontal.
mas mediu a força aplica~. Ele descobriu que havia reabsorção da raiz em todos os casos "
nos quais a força era ativada por um espaço maior que a largura da membrana periodontal".
Mais adiante, a reabsorção da raiz acontecia mesmo se a força ativada fosse leve, na ordem
de 0,5g, quando o stress oclusal interferia. Por outro .lado, uma força de I OOg não causava
reabsorção da raiz desde que o dente fosse movido de forma a não ultrapassar a largura da
membrana periodontal. Em sua conclusão ele diz que "não é tanto a quantia de força que
devido a ocorrência freqüente de reabsorção da raiz. ORBAN (I 940) destacou que a erupção
reabsorção da raiz adjacente. Tais áreas de pressão com reabsorção da raiz foram observadas
experimental do dente. Ninguém tentou investigar qual o período de tempo que a aplicação de
forças era necessário antes que as mudanças de tecidos fossem visível nas secções
histológicas. O único experimento até agora em relação a isso foi feito em um cão jovem por
GOTTLIEB & ORBAN (1931). Esses autores investigaram as mudanças observadas depois
que a força foi ativada por 12, 24, 36, 48,60 e 72 horas.
Os autores salientam que algumas mudanças que foram observadas poderiam ter sido
produzidas por uma tensão indireta das fibras transeptais, e portanto, produzindo movimento
dos dentes também. Reabsorção óssea no lado da pressão foi observada após a força ter sido
ativada por 12 horas. Uma proliferação de osteoblastos foi observada no lado da tensão após a
mais ou menos livres de éélulas no lado da pressão da raiz. Formações ósseas em seu estágio
inicial e também a produção de cemento na superficie da raiz foi notado na área de tensão
nesse caso. Trombose em capilares foi obsetvado em experimentos que duraram 60 horas.
movimento do dente com o uso de forças contínuas interrompidas por intervalos livres.
GUBLER (1941) fez experiências com aparelhos fixos em cães. A força ativa, de 250g, em
um caso foi aplicada por dois intervalos de 4 à 9 dias durante um experimento que durou 28
26
dias. Aposição óssea foi observada não apenas no lado da tensão mas também no lado da
pressão. Ele também descobriu que a reabsorção osteoclástica ocorreu no lado da tensão, uma
descanso. Ele diz que houve muito pouca reabsorção da raiz devido ao fato de que as áreas
(1933). Em concordância com a teoria discutida por CHIPPS (1928) e CARMAN (1937)
Muitos tipos de placas de mordida e aparelhos removíveis foram usados para corrigir
mal·oclusão dentaL
Os tipos descritos por JACKSON (1928), NORD (1928) e SCHWARZ (1932) estão
posição mais ou menos fixa por meio de grampos acessórios especiais. Eles são geralmente
monobloco de ROBIN (1902) e chamou de nova placa ativadora de mordida. O ativador não é
fixado em nenhum arco dental. Ele pennite uma certa quantia de movimentos enquanto
mantido na boca de acordo com a função individual da mandíbula~ portanto sua ação é
interrompida toda vez que o paciente relaxa após mastigar ou abre a boca. O ativador é
também equipado com mola Coffin, arco labial e também muitos tipos de molas e acessórios
auxiliares.
27
HÀUPL (1938). Ao todo, 15 experimentos foram efetuados com ativadores começando com
períodos de 3, 8 e 24 noites.
8 noites de duração.
POMMER (1883), ROUX (1885) e, até certo ponto, na teoria de WOLFF (1870). De acordo
tecido osteóide.
devido a pressão do tecido recém formado e por um aumento de fluído tecidual causado por
hiperemia e edema. Além disso, restos de albumina, formada resultante da hiperemia, pode
criar um estímulo para a produção de osteoclastos que acontece principalmente pela fusão de
osteoblastos.
Em relação ao movimento correto do dente, HÀUPL (1938) afirma que não está
ainda decidido se o deslocamento do dente é causado pelo fato de que um novo tecido
osteóide foi formado no lado da tensão ou se é resultado da pressão exercida pelo aparelho.
de tecido e até mesmo incluiu a reação do tecido após o tratamento com aparelhos fixos.
ESCHLER (1939) e HÀUPL (1940) relataram alguns experimentos feitos em cães. Pela
transecção cirúrgica dos nervos geminais, hipoglossais e trigeminais, uma completa paralisia
da mandíbula, língua, e músculos faciais foi obtida. Dois cães foram usados. No primeiro
28
experimento com aparelhos fixos eles não puderam observar nenhuma reação significante
com exceção de uma proliferação de fibroblastos novos no lado da tensão. Não houve
mandíbulas de animal pela transecção nervosa, mas não foi usado nenhum aparelho
madeira a cada 48 horas. De acordo com a descrição das descobertas~ mudanças formativas
fator trófico deveria ser incluído e que a possibilidade de alguma forma de erro experimental,
Em apoio a teoria de HÃUPL (1938), uma nova série de experimentos com placas
removiveis foram efetuados por BRUCKL (1941). Cães com 8 semanas foram usados para
animal. Foram usados mais 2 animais corno controle. Placas fixas foram alargadas por um
experimento, que durou 60 dias, uma considerável porção da raiz foi removida pela
reabsorção e essa reabsorção se estendeu para o tecido pulpar que era rico em osteoclastos.
No experimento com forças intennitentes, o ativador teve que ser refeito depois de
12 dias devido ao fato de ter perdido o contato com os dentes à serem movidos. Isso
aconteceu devido ao rápido crescimento do animal, e o autor disse que a nova placa,
possivelmente, já não mais seJVia quando o experimento foi encerrado, o ativador foi usado
por 32 noites.
houve mais formação de cernento celular na superfície da raiz com aparelhos fixos que com o
erupção do dente.
SJCHER (1923) observou que durante certos períodos da erupção do dente as fibras
periodontais estavam arranjadas em três camadas paralelas à raiz ou à superficíe do osso. Isso
sob o ponto de vista funcional, foi destacada por muitos investigadores, WESKJ (1921),
HAUPL & LANG (1927), WEINMANN (1937), ESCHLER (1939). Foi descoberto que após
fibras periodontais alcançam suas orientações funcionais. Tecidos osteoides serão fonnados
na superfície óssea alveolar interna mais ou menos de acordo com a direção do dente
erupcionando.
É esse tecido recém formado que mais tarde, quando calcificado, pode ser observado
como camadas de feixes ósseos pela superficie interna do osso alveolar. Em base na teoria de
(1926) destacou que o feixe ósseo nunca é observado adjacente às raízes do dentes não
erupcionados ou retidos. Ele diz que não apenas o estimulo funcional foi responsável por
'
mudanças na posição do dente, mas também as forças emanadas das próprias mandíbulas
como por exemplo pela erupção dos dentes ou o afastamento dos dentes proximais dos após a
extração.
especialmente em uma direção labial, pela qual a reabsorção óssea é observada na superfície
óssea labial interna enquanto que há aposição óssea na superficie óssea lingual interna.
Tais mudanças, acontecendo em uma criança de 8 anos, foi descrita por KRONFELD
!938). Mais adiante, o afastamento fisiológico dos molares decíduos foi observado como um
31
A evidência histológica da migração dos dentes em pessoas adultas foi primeiro dada
por STEIN & WEJN1.1ANN ( 1925). Suas investigações revelaram que os molares migraram,
migração dos dentes ou mudanças na posição dos dentes deve ser considerada dentro dos
mastigação. A localidade do fulcro durante tal movimento inclinatório foi dada muita
consideração por muitos autores. Algumas das teorias são baseadas em observações clínicas e
outras experimentais.
OPPENHEIM (1911) era da opinião que o fulcro estava localizado na porção apical
quando o dente era inclinado por forças leves. KRANZ & FALK (1922) disse que o fulcro
deveria estar localizado na porção marginal da raiz, uma teoria que também HAUPL &
LANG (1927) consideravam corretas. Essa visão foi mudada mais tarde por BAUER &
LANG (1928) que afirmavam que o fulcro está localizado um pouco acima da porção média
experimentalmente que o fulcro está localizado apicalmente da porção média do dente, como
também mencionado por CASE (1916). Essa declaração mais tarde foi confirmada por
dentes durante a mastigação pela fonna e tamanho do plano inclinado da coroado dente, as
e relaxamento no lado oposto da raiz. HAUPL & LANG (1927), SCHWARZ (1928) e outros
afinnam que os capilares sanguíneos da membrana periodontal estão aptas a agir como um
amortecedor contra essas repetidas pressões, uma visão que não é geralmente aceita por
dentes, YOUNGER (1905), WESKI (1921), GOTTLIEB (1923), BOX (1924), HAUPL &
LANG (1927), SKILLEN (1931), ORBAN (1931), KRONFELD (1939), REICHBORN &
KJENNERUD (1934), muito poucos investigadores tentaram explicar em que maneira esse
tecido gengiva! mole sofrerá mudanças quando forças internas são aplicadas sob condições
fisiológicas, como, por exemplo, pela pressão exercida no tecido gengival mole pelo dente
abaixo. Em um todo, as mudanças histológicas nas estruturas calcificadas podem ser mais
tecido que é abaixado mais rapidamente durante certos períodos de crescimento. Os processos
alveolares são, portanto, mais recentemente formados que o resto da cabeça e mandíbula, a
cabeça do côndilo, e outras partes dos ramo ascendentes e suturas da maxila sendo uma
exceção. Como foi dito por BRASH (1928), o crescimento alveolar é "o principal,
durante a posição de crescimento, o feixe ósseo com fibras de Sharpey incorporadas em sua
matriz serão fonnadas. Com a idade, alguns feixes ósseos se transformarão em osso,
lamelados com sistemas Haversianos, e a estrutura interna do osso alveolar, mais tarde,
dentária eram apenas hipóteses que podiam explicar alguns fenômenos. mas apresentar falhas
extensibilidade do tecido ósseo eram corretas. Para isso utilizou um animal experimental
(babuíno) e o método de Angle, empregando o arco. com dobras e ligaduras para produzir
força em um lado da dentadura, servindo o lado oposto como controle. Após a execução de
um terço (0.27 mm) de sua espessura normal (0.9 mm). Mas detectou a existência de um
número maior de elementos celulares mantendo as reações aos corantes empregados, além
dos núcleos intactos, o que indicava a vitalidade do tecido examinado. Embora tenha
34
comprovado a existência de vasos na porção apical do alvêolo, não encontrou nenhum na área
marginal da parede alveolar. No entanto não pode ser determinado se eles realmente
sangue nas paredes dos vasos. Entretanto, não observou trombose na região onde a força
estava mais próxima, tampouco a qualquer distância da força operante, o que estava em
alterações nos vasos não eram marcantes como no lado vestibular, embora tenham sido
detectadas numerosas áreas com hemorragia, em íntimo contato com o novo que havia se
área correspondente ao ápice radicular. Por outro lado, a direção característica das fibras da
membrana periodontal, bem como das transeptais não apresentou distúrbios. A partir dos
dados obtidos, chegou à conclusão de que o arranjo caracteristico das fibras ficava
periósteo no lado lingual era significante para a questão da retenção, portanto, deveria ser
estudada posteriormente. ,
da tração, SCHWARZ (1932) executou um estudo para verificar quais eram, realmente, as
alterações histológicas que ocorriam nos tecidos periodontais, frente aos movimentos
arco lingual ancorado nos molares e nos caninos, contendo duas molas digitais recurvadas,
com extremidade livres, soldadas em ambos os lados do arco, com um diâmetro de 0.5
curvatura da mola era para distai e no lado direito para mesial. A ativação das molas foi de
um milímetro, tanto no início do experimento como duas semanas e meia depois, produzindo
35
uma força de três a cinco gramas nas extremidades livres, 17 gramas na porção média e 67
gramas na área da dobra (forças diferentes). Na dentadura superior do mesmo animal foi
colocado um arco lingual ancorado nos molares e caninos, contendo alças soldadas em ambos
uma força de 22 gramas na altura das dobras e 20 gramas no centro (forças semelhantes), por
um período experimental de duas semanas e meia, enquanto que no arco inferior o período
experimental foi de cinco semanas. Os resultados da análise histológica das secções dos dois
arcos dentários indicou que, tanto no superior quanto no inferior, o espaço periodontal
marginal a apical apresentava metade do seu diâmetro original no lado mantido sob pressão,
sugerindo que a mola ainda estava atuando quando o animal foi sacrificado. Embora a
aposição óssea tenha sido menor na dentadura superior, porque o experimento durou a
maxilares. As reações dos dentes movidos pelas molas soldadas, bem como pela porção
média e extremidade livre das molas digitais, foram consideradas biologicamente favoráveis e
desejáveis, porque a força_ que distribuíam foi menor do que a pressão sangüínea dos capilares
concluir que, a teoria da pressão e da tração era correta, e que o tratamento mais favorável era
o que utilizava forças continuas, que não ultrapassassem a pressão sangüínea dos capilares, ou
seja, entre 15 e 20 gramas/cm2, para que a movimentação dentária pel1}1anecesse dentro dos
Foi ressaltado por BLACK (1936), que tem sido muito superestimada a influência do
osso que forma o processo alveolar, no que diz respeito a sua importância na manutenção dos
dentes em seus lugares. Duros e rígidos como parecem os ossos do esqueleto quando secos,
reconstrução mais ou menos constantes. Por causa disso, ele não resiste à constância de
pressão contra os tecidos conjuntivos. O grupo dos tecidos conjuntivos, exceto os músculos
ativos, tem a grande função de dirigir a estruturação do corpo, manter os órgãos em seus
lugares em condições saudáveis e, trazê-los de volta para o lugar quando a correção das
condições permitir-lhes liberdade de ação. No corpo humano não há nenhum lugar onde
existe um exemplo mais claro deste controle da forma por um tecido conjuntivo não muscular
como na gengiva. Isso possivelmente, pelo fato das fibras da membrana periodontal estarem
unir o grupo inteiro em uma massa compacta aproximadamente na área do colo de um dente.
periodontais, quando eram aplicadas forças ortodônticas, STUTEVILLE (1937) utilizou seres
humanos e animais experimentais (cães), nos quais instalou aparelhos fixos com diferentes
acessórios (molas, ligaduras, etc), empregando tempos variados de ativações, forças leves e
pesadas, contínuas e intermitentes, bem como diferentes periodos de tempo de aplicação das
forças. Os resultados mostraram que as forças ortodônticas podiam provocar injúrias nas
gengiva. De modo mais específico, as forças ortodônticas podiam causar os seguintes danos
alveolar, podia ocorrer uma diminuição do fluxo sangüíneo na área sob pressão provocando
uma asfixia neste tecido e, se a pressão persistisse por um tempo prolóngado, poderia advir
uma necrose nessa região; e 2) no lado sob tensão, forças pesadas e intermitentes poderiam
provocar a ruptura das fibras da membrana periodontal. No que dizia respeito à gengiva, as
injúrias que podiam ser ocasionadas pela terapia ortodôntica eram resultantes do
posicionamento incorreto das bandas; ferimentos causados por ligaduras ou outros acessórios,
alimentos aderidas aos aparelhos. A partir dos dados obtidos, concluiu que as injúrias
provocadas pelo tratamento ortodôntico poderiam ser facilmente controladas com o uso de
confecção e cimentação das bandas, bem como durante a manipulação dos acessórios
ortodônticos. Além disso, acreditava que deveria ser feito um controle rigoroso da higiene
bucal dos pacientes, a fim de prevenir a ocorrência de irritação na gengiva durante a fase do
tratamento ativo.
Para relatar os resultados de novas pesquisas que havia feito, OPPENHEIM (1944)
ativação dos aparelhos, para que fosse possível deslocar os dentes muitos milímetros sem
ocorrer reabsorção radicular. Esclareceu que ao ser aplicada intennitentemente uma força
suave, no lado sob pressão ocorreria uma formação protetora no periodonto, constituída por
vasos e capilares hipertrofiados, cheios de sangue, entre o dente e o osso, que não era
observada quando a pressão era excessiva ou contínua. Esse buffer (amortecedor) seria um
Após a extração dos primeiros pré-molares em três locais de cada um dos pacientes, foram
foram removidos com seus tecidos de revestimento e preparados para o exame histológico.
Os resultados indicaram a presença de fibras transeptais tanto nos lados experimentais como
nos que serviram como controle. As fibras entre os dentes que foram aproximados
resultante da aproximação dos dentes adjacentes aos espaços das extrações, não havia sido
removido mesmo após a fase de contenção. Corno não havia nenhuma redução aparente nas
quantidades de tecido conjuntivo com colágeno, concluíram que, não existia nenhum
Após reunir os dados referentes a diversos estudos histológicos que haviam sido
feitos, STRANG (1957) deduziu que, ao ser aplicada uma força mecânica nos dentes, as
raízes são pressionadas contra o periodonto, cujas fibras fazem pressão contra a parede óssea
do alvéolo. Isso faz com que sejam comprimidos os vasos sangüíneos da região, requerendo
uma mudança na corrente circulatória para evitar a congestão. Do lado oposto da raiz, as
fibras estão sob tensão, e os vasos sangüíneos que passam entre elas encontram-se
pressionados pelos feixes tensos, diminuindo sua capacidade. Se a força mecânica é aplicada
necessária, que basicamente é a mesma que ocorre durante o funcionamento normal dos
dentes, embora neste caso a pressão e a tensão sejam intermitentes. Mas quando a força
pela perda de tônus muscular, enquanto que o de outras se fecha totalmente. É produzida
então a diapedese dos elementos sangüíneos que passam nelas, por estarem pressionadas
pelos elementos que mantêm o dente em seu lugar. Argumentando que boa irrigação
sangüínea é útil não só no período de movimentação ativa do dente, mas também quando este
cargo desta última necessitavam de uma grande quantidade de materiais e, ao mesmo tempo,
39
um meiO de eliminar os dejetos. Esses dois requisitos eram cumpridos pela corrente
linfáticos gengivais, estimulando com isso a circulação sangüínea e linfática por meio dos
tecidos gengivais, o que, por sua vez, irá produzir uma hiperemia fisiológica dos vasos do
periodonto. Isso pode ser produzido artificialmente também, se a gengiva for escovada com
suavidade e rapidez, várias vezes ao dia, levando à uma reconstrução óssea mais rápida e com
melhores resultados.
experimentais (cães jovens), REITAN (1959) observou que o arranjo das estruturas de suporte
parecia bastante similar em humanos e cães. Entretanto, os feixes de fibras periodontais eram
mais grossos nos cães do que em humanos e, o tecido ósseo freqüentemente era mais denso
ortodôntico incluia a rotação de dentes, realizou uma pesquisa para verificar o que ocorria
histologicamente após es_se tipo de movimentação dentária. Para isso, executou movimentos
em 11 dentes de cães usando molas que exerciam tração em direções opostas, com forças de
contenção de 232 dias, alguns feixes de fibras gengivais permaneciam deslocados e estirados,
enquanto que as fibras localizadas na área periodontal, estendendo-se da raiz para a superficie
dentes que são submetidos a rotação para suas posições originais, isto é, mostrando recidiva,
poderia ter como causa o deslocamento da estrutura supralveolar, porque nessa área existem
fibras elásticas que permanecem estiradas durante a ação dos aparelhos, mas que retomam à
reconheceu que a aparente elasticidade das forças que tendem a fazer com que o dente retome
à sua posição original, provavelmente, desviou nossa atenção para longe das fibras do tecido
não são elásticas. Entretanto, é preciso lembrar que essas fibras não corriam em uma linha
reta, pois são descritas como tendo uma aparência sinuosa e, essa é a característica que
pennite o leve movimento do dente em seu alvéolo. Embora não tenha sido descrito ainda o
grau dessa sinuosidade, foi demonstrado histologicamente que algumas dessas fibras podem
entrelaçam sobre e ao redor de outras fibras, bem como de vasos e nervos, não é muito dificil
imaginar, mesmo cogitando que elas não são elásticos, que estamos diante de um mecanismo
não muito diferente daquele da familiar mola espiral. A partir disso, podemos supor que as
fibras não elásticas do tecido conjuntivo são como molas espirais tracionando e pressionando
quando a posição de um dente se interpõe entre elas. Embora esteja comprovado que as fibras
supralveolares tendem a retomar às suas condições originais após a liberação dos dentes,
mesmo com períodos grolongados de contenção, parece não existir nenhum processo
fisiológico que reduza o comprimento dessas fibras, porque vários estudos clínicos
removido, a melhor solução será a remoção cirúrgica da dobra do tecido que persiste nestes
casos.
amostra de animais experimentais (ratos), BIEN (1967) estudou o sistema hidrodinâmico que
aplicada, os vasos ficavam presos entre as fibras principais levando à estenose. Forças
relativamente leves eram absorvidas pela compressão dos canais vasculares, os quais
forçavam o fluído destes para fora do ligamento periodontal. Na área anterior à estenose, os
vasos se dilatavam e formavam um aneurisma. Como nessa área a pressão era menor do que
de bolhas de gás (02) no fluído dos canais vasculares, forçando-o para fora deles. Como
algumas dessas bolhas voltavam para os canais e outras se alojavam entre e sob as fissuras e
também constatou que, no interior do alvéolo, o dente era apoiado por um fluido amortecedor
(fluido intersticial), cuja propriedade chamada de viscoelasticidade fazia com que essa
substância suportasse umá força aplicada lenta e continuamente. Mas, frente a forças abruptas
e intensas produzia um efeito de mola, ou seja, absorvia o choque. Esses fatos levaram o autor
da duração da aplicação da força, do que da sua magnitude. Isso significava que, devido à
Jovens. Seu estudo clínico e histológico revelou que algumas das fibras supra-alveolares
concluiu que a recidiva das rotações ortodônticas parecia ser causada pela contração de fibras
gengivais e outras estruturas supra-alveolares, assim surgiu a transecção dessas fibras a fim de
previnir essas recidivas. Também concluiu o autor, que a extrusão de vários dentes num
alveolares, além de ocorrer recidivas. Por outro lado, o autor observou que em pacientes que
passam pelo período de crescimento devem ser acompanhados, pois para melhor oclusão os
dentes devem ser extruídos individualmente e não em movimento de massa. A força induzida
para promover a extrusão não deve exceder de 25-30 gramas força, porque a recidiva é
semanas, o que corresponde ao tempo que as fibras periodontais levam para se reorganizar.
animais que compunham a amostra, de modo a efetuar a rotação dos segundos incisivos
continham acúmulos de fibras oxitalâmicas correndo paralelas ao grupo gengival das fibras
para os grupos transeptais das fibras de colágeno. Mas, nenhuma fibra oxitalâmica das regiões
transeptais foi observada seguindo de wn dente para outro, pois conforme os grupos de fibras
metade central da área transeptal era totalmente desprovida de fibras oxitalâmicas tanto no
periodonto que serviu como controle quanto no experimental, embora tenham sido
observadas numerosas fibras oxitalârnicas delgadas dentro dos grupos de fibras de colágeno
na gengiva marginal livre. Sob a área transeptal, foram detectadas poucas fibras oxitalâmicas
definidas nos periodontos dos dentes rotacionados do que nos controles. O período de
contenção não eliminou essa preponderância das fibras oxitalâmicas nos tecidos gengivais
dos dentes rotacionados. Esses resultados o levaram a reconhecer que, apesar das evidências
indefinidas as funções. p fato delas serem mais prevalentes nas áreas do periodonto
ortodôntico, poderia significar que tinham algum efeito de ancoragem que prevenia o
membrana periodontal e seu tecido de granulação, o qual foi seguido pela regeneração das
fibras periodontais antes de 21 dias. O tecido de granulação foi observado também nas
lacunas fonnadas pela reabsorção óssea; 2) no lado de tensão, a regeneração das fibras
estriadas foi alcançado pela proliferação dos fibroblastos e novas fibras formadas. Estruturas
trabeculares do osso foram observadas pelos feixes de fibras estirados; 3) duas fases de
esforço, o qual parecia estar ligado com as propriedades viscoelásticas do tecido periodontal,
aconteceu até 6 horas depois da inserção dos elásticos; e b) wn esforço, o qual resultou em
mudanças histológicas com remodelamento dos tecidos periodontais, foi visto depois de 17
horas.
Foi enfatizado por GIANELLY & GOLDMAN (1971), que o ligamento periodontal
estava situado entre duas estruturas essencialmente imóveis: o cemento e o osso alveolar,
ligamento e seu sistema vascular. Como o processo de remodelamento ósseo, sob a ação de
para funcionar. Entretanto, para que possa haver atividade celular deve estar disponível wna
fonte adequada de energia, pois os osteoclastos e osteoblastos tinham WÍla necessidade muito
sistema vascular intacto e urna fonte potencial de células, que pudessem ser rapidamente
ativados. Esses dados podiam indicar que, a reabsorção óssea induzida pela movimentação
neoformação ósseas. Quando o osso alveolar sofre reabsorção, o único material entre o osso e
o dente nessa área consiste de vasos sangüíneos e células, pois ocorria uma ruptura das fibras
caracterizadas por três zonas separadas, ou seja: 1) uma interna unida ao cemento, contendo
similar a interna mas inserida na parede alveolar e menos estável; e 3) uma zona
reconstrução, portanto, altamente instáveis. Assim, confonne o dente era movido as fibras da
zona interna eram levadas com o dente, em contraste, as da zona externa perdiam a inserção
conforme o osso ia sendo reabsorvido. Entretanto, algumas das fibras de colágeno da matriz
fase mineral, se uniam às outras fibras do ligamento através das novas que eram produzidas
matriz óssea em fibras p.Ijncipais, pela combinação com as da zona interna. Além disso, a
zona intermediária era responsável pelo encurtamento ou alongamento das fibras de qualquer
uma das zonas, pois ajudava o comprimento e a posição da inserção delas. Concluindo,
lembraram que esse processo de ajuste ainda era apenas uma suposição teórica, apesar de
existirem evidências substanciais indicando sua validade. A partir ~esses dados, ficava
fibras transeptais eram colocadas em situações de estresse anormal, PARKER (1972) realizou
46
Para isso utilizou sete animais experimentais (macaca rhesus) fêmeas, nos quais a retração
dos segundos pré-molares foi efetuada com uma mola ligada entre os tubos colocados no
períodos de 16 a 18 semanas foi realizada a cirurgia nas fibras transeptais do lado direito,
mediai e distai ao segundo pré-molar, pennanecendo intacto o lado esquerdo para servir como
exames histológicos mostraram que 30 dias foi o tempo adequado para a reorganização dos
tecidos, após a cirurgia periodontal, mas, os lados controle apresentaram-se bem diferentes
dos cirúrgicos. No lado sob tensão no segundo pré-molar as fibras parecem ter sido
rurnando para a crista do osso alveolar. No lado sob pressão as fibras pareciam espiraladas.
Por outro lado, fibras oxitalâmicas foram observadas consistentemente no periodonto dos
animais experimentais. embora não tenha sido descoberta nenhuma evidência que indicasse
qual era sua função. Pela proporção de fibras de colágeno, em relação às oxitalâmicas,
parecia que a função destas era secundária àquela do colágeno. O fato das fibras oxitalâmicas
terem sido observadas consistentemente nas áreas de tensão, poderia sugerir que elas eram
produzidas pelo organismo como uma salvaguarda contra as forças anormais que causavam a
separação e destruição dos tecidos. Esses resultados o levaram a concluir que: 1) a recidiva
era uma resposta nonnal, previsível e fisiológica contra as forças anonnais; 2) a recidiva
observada neste estudo podia ser atribuída às fibras supragengivais de modo geral e,
50% da recidiva total ocorreu nas pnmeuas 12 horas, o que enfatiza a importância da
retenção imediata e adequada após a terapia ortodôntica ativa; 4) o paralelismo das raízes,
transecção discriminada das fibras gengivais livres e o tempo apropriado de contenção eram
região marginal do ligamento periodontal, RYGH (1972) utilizou uma amostra de 67 animais
fibrilas de colágeno foi observada ao redor dos processos celulares, bem como dentro do
citoplasma das células pioneiras invasoras. Enfim, o tecido hialinizado era removido e o
reparo ocorria com a invásão de células e vasos sangüíneos do ligamento periodontal e osso
forma e composição do material degradado que era removido, mas, a eliminação quase total
das estruturas hialinizadas parecia ser a regra no material analisado. Portanto, a zona
periodontal, desaparecia após wn certo período de tempo e era estabelecida uma nova união
ao dente.
Como o remodelamento do tecido mole conjuntivo situado entre o osso e o dente não
podia ser demonstrado pelos procedimentos histológicos convencionais, TEN CATE (1985)
48
admitiu que este fenômeno não era corretamente entendido. Levando em consideração a
maneira ordenada e controlada, durante o movimento fisiológico dos dentes. Seria facilmente
existiam dois tipos diferentes de células envolvidos, ele estava restrito a apenas uma célula- o
fibroblasto. Isso significava que, o fibroblasto era capaz tanto de sintetizar quanto de degradar
colágeno a qualquer momento. Para tentar comprovar essa hipótese, fizeram uma análise com
remodelamento do colágeno, visto que, nas milhares de secções examinadas era fácil detectar
a existência de colágeno intracelular nos fibroblastos. Outra área do periodonto onde foi
pigmento transeptal, mas esta atividade parecia estar confinada às células da porção inferior
do ligamento. Lembrando que, os dados obtidos neste estudo diziam respeito ao movimento
fisiológico dos dentes, era possível utilizar essa capacidade de sintetizar e degradar o
ligamento periodontal, assim que fossem estabelecidos mecanismos de controle, para facilitar
consenso entre os pesquisadores sobre a ocorrência de reabsorção óssea nas área sob pressão,
49
após três a cinco dias. Se a pressão fosse leve (menos de 25 g! cm2 ) os vasos permaneciam
abertos e a reabsorção mediada pelos osteoclastos, sendo este fato conhecido como
reabsorção frontal. Se a pressão era mais pesada, os vasos eram obliterados e as células não
podiam ser mobilizadas, por causa da falta de abastecimento de nutrientes provenientes das
células ativadas dos espaços medulares adjacentes, bem como das áreas posteriores da lâmina
vasos capilares parecia ser um fator importante na eliminação deste tecido, pois permitia a
RYGH et ai. (1986), observaram que o papel dos vasos e células sanguíneas durante
o movimento dentário experimental em ratos, nas áreas de tensão e pressão com reabsorção
óssea, porém sem hialinização evidente. Foi observado um aumento da atividade vascular e
dos padrões de fibras e remodelação óssea foi vista nas áreas de tensão. Intensa atividade
presença de macrófagos às proximidades dos vasos sanguíneos nas áreas tensão e reabsorção,
Foi alegado por BASTIAAN (1988) que o risco de hialinização poderia ser reduzido,
se forem utilizadas forças leves nos tratamentos m:todônticos. Assim, para alcançar um
Para isso, nas fases iniciais da terapia ortodôntica era recomendável a aplicação de forças de
20 a 30 gramas, pois as forças pesadas levavam a hialinização do tecido, que seria eliminado
somente pela reabsorção minante, a partir dos espaços medulares e áreas adjacentes do osso
50
alveolar não afetado. Entretanto, se durante esse período ocorrer uma inflamação nessa área,
através de bolsas periodontais, o tecido hialinizado não será removido e, como conseqüência,
tecido hialinizado leva muito tempo, embora eventualmente o movimento dentário desejado
deva ocorrer.
do lado direito foram sucessivamente extruídos com uma força inicial de 40 gramas com uma
osso alveolar ao redor do dente experimental foram preparados para o microscópio eletrônico
de varredura. As seções serradas dos tecidos ao redor do dente experimental foram feitas para
foram medidas. O dente experimental foi extruído rapidamente durante meia semana e após a
estrutura venosa do ápice radicular apó~ a 2a semana; as reações teciduais após a extrusão
ápice radicular do dente extruído foram originalmente similares a um' dente no movimento
forma da estrutura capilar. As estruturas ósseas mostraram que a força leve foi indicada na
extrusão dentária e o calibre da ação da força aplicada deve ser limitada na clínica
ortodôntica.
estrutura vascular periodontal causada pela força ortodôntica extrusiva, usando a microscopia
resultados foram observados ao terceiro, sétimo, décimo quarto, vigésimo primeiro, trigésimo
tinham a coroa dos incisivos superiores do lado direito removidas, submetidos ao tratamento
endodôntico e a extrusão radicular em torno de 1-2 mm. Após a retenção incisa! por 9
semanas, os incisivos dos animais foram perfusionados e fixados pela microscopia eletrônica.
PROPOSIÇÃO
Reunimos dados referentes aos eventos que ocorrem no ligamento periodontal, que
forças ortodônticas.
DISCUSSÃO
antes das condições dentofaciais, um ortodontista deve avaliar a Saúde periodontal de seu
frouxo, diferenciado da parte média do mesenquima do saco dentário, e que serve para unir os
dentes aos ossos dos maxilares [FAVA DE MORAES (1980)], ou seja, preenche o espaço
entre a superficie da raiz e a parede óssea dos alvéolos da maxila e da mandíbula, circunda a
raiz oclusalmente a partir da borda dos alvéolos e suporta a gengiva [TEN CATE (1985)
LASCALA (1980), THOMPSON (1959)]. Apesar do ligamento estar sempre presente quando
o dente irrompe o espaço entre a raiz e a parede alveolar é relativamente amplo, mas vai
diminuindo a cada ano por causa da formação de novas camadas de cemento de um lado e
osso do outro, entretanto estes dois tecidos nunca ficam em contato direto, exceto em
a síntese e manutenção dos tecidos mineralizados (osso alveolar e cemento), bem como
choques causados por forças repentinas induzidas durante os movimentos funcionais e não
54
funcionais [LASCALA (1980)]. Por causa de sua alta celularidade e das mudanças
fibras do ligamento periodontal são divididas nos seguintes grupos: transeptais, da crista
o papel preponderante dessas fibras é na articulação entre o dente e o osso, através de vários
forças que atuam sobre eles [PARKER (1972)]. Mas, para compreender a importância do
tecido conjuntivo fibroso na manutenção dos dentes em condições normais, é preciso lembrar
que existem dois tipos de fibras, isto é: a) principais, que dão suporte aos dentes; e b)
sanguíneos e linfáticos, bem como os nervos. De modo mais explícito, as fibras se projetam
podendo ser distinguidos os grupos de fibras que estão unidos ao cemento radicular e se
estendem até o osso alveolar, cemento dos dentes adjacentes e tecidos gengivais [BIEN
(1967), FAVA DE MORAES (1980)]. Além dessas, embora ainda não esteja totalmente
esclarecido seu papel, frequentemente são observadas fibras oxitalâmicas orientando-se com
o sistema vascular sanguíneo, em maior número ao redor da porção .cervical dos dentes e
1) nas artérias principais da maxila e da mandíbula, através da porção apical dos alvéolos~ 2)
nas paredes laterais dos alvéolos; e 3) nos tecidos gengivais [LASCALA (1980), FAVA DE
MORAES (1980)]. Para nutrir as várias partes que compõem o periodonto, os vasos
55
Entretanto, isso não ocorre de forma harmônica, pois a vascularização é maior nos dentes
posteriores, do que nos anteriores, e sempre próxima da superfície óssea do que da radicular.
fornecido por alças capilares localizadas nas projeções dos tecidos conjuntivos, bem como
pela rede de vasos sanguíneos periféricos, chamada de plexo dento-gengival, situada próximo
ao epitélio juncional. Por outro lado, os vasos linfáticos são numerosos e, pelo fato de se
direção apical [FAVA DE MORAES (1980)], onde se unem com os da polpa, tomando-se
maiores, passam através dos espaços ósseos até se juntarem aos troncos principais nos canais
bucal.
A gengiva permanece firmemente unida ao cemento circundante e osso por meio das
'
fibras do tecido conjuntivo [FAVA DE MORAES (1980), LASCALA (1980), TEN CATE
(1985), PARRA (1985)] proporcionando o !ônus e a sua união ao cemento e ao osso alveolar.
MORAES (1980)], cujos pontos de entrada e distribuição são os mesmos descritos para os
'
vasos sariguíneos, predominando no terço apical e mais pobre no terço cervical da raiz, e
responsável pelo sentido do tato no periodonto [LASCALA (1980)]. Além dessas, também
estão presentes fibras amielínicas, do sistema nervoso autônomo, relacionadas com os vasos
forças para mover dentes, foi feito em 1841 [FREITAS, ALMEIDA, MARTINS (1985)] e,
embora tenha sido baseado em especulações empíricas, deu origem à teoria da reabsorção
óssea no lado submetido a pressão e aposição de novo osso no lado sob tração,
alveolar sob a ação de forças, estas pesquisas indicaram a necessidade de serem usadas forças
chama a atenção para que elas jamais devam interferir na pressão sanguínea capilar, isto é,
alveolar. Todas as forças acima deste nível podem não só produzir estrangulamento
ligamentar, como também uma reabsorção radicular, uma mobilidade exagerada e, às vezes,
até dores pulpares insuportáveis. Além disso, OPPENHEIM (1944), SCHWARZ (1932) e
imóveis - cemento e osso alveolar, ele é substancialmente comprimido quando aplicada uma
força nos dentes [ROBERTS (1985)], ficando com um terço ou metade de sua espessura
normal no lado submetido a pressão. Esse fato faz com que os vasos sanguíneos sejam,
repouso [STRANG (1957), KOBAYASHI (1989)], basicamente da mesma forma que ocorre
na função nonnal [STRANG (1957), LASCALA & MOUSSALLI (1980)]. Isso porque, no
lado sob pressão, há uma formação protetora no periodonto, constituída por vasos e capilares
[OPPENHEIM (1944), RYGH (1973)]. Como o processo de remodelamento ósseo tem como
para movimentação dentária é uma fonte de células em potencial que possa ser rapidamente
ativada. Mas, para existir atividade celular deve estar disponível urna grande quantidade de
nutrientes, oxigênio e, ao mesmo tempo, um meio que possibilite eliminar os dejetos, ou seja,
Quando é aplicada uma força leve, na área em que se forma o aneurisma a pressão é
menor do que em qualquer outra, levando à formação de bolhas de gás (0 2) no fluido dos
canais vasculares, forçando-as para os canais e outras se alojam entre e sob os espaços
de oxigênio necessários para a atividade celular que leva a reabsorção óssea [STRANG
dessas células.
ficam comprimidos entre o cemento radicular e o osso alveolar [FAVA DE MORAES (1985),
REITAN & RYGH (1996), RYGH (1973), levando a ocorrência de isquemia e ausência de
reabsorção direta do tecido ósseo na área submetida a pressão, podendo advir urna necrose se
a pressão persistir por um tempo prolongado [RYGH (1986)] porque o tempo de aplicação é
Com a obliteração dos vasos sanguíneos ocorre uma paralisação dos nervos
58
vasomotores levando à hialinização, pelo corte do suprimento vascular na área sob pressão
[FAVA DE MORAES (1985), TEN CATE (1976)], impedindo a mobilização das células
penetração de novos vasos e capilares parece ser um fator importante na eliminação do tecido
reparo [TEN CATE (1976), FAVA DE MORAES (1985)]. Enquanto não ocorre a
osso alveolar (dos espaços medulares até o ligamento periodontal), é observada uma
[REITAN & RYGH (1996)]. Entretanto, ao contrário do que ocorre no remodelamento ósseo,
tecido conjuntivo fibroso o processo era restrito a apenas urna célula - o fibroblasto, pois ela
rápida remodelação das taxas de colágeno na membrana periodontal [TEN CATE (1985)
RYGH et ai. (1986)]. Enquanto no lado sob pressão as fibras são comprimidas e pennanecem
lado submetido a tração elas parecem estar sob considerável estresse, mostrando um certo
desarranjo das fibras, enquanto que as unidas ao osso e ao cemento estão normais [FAVA DE
59
MORAES (1985), PARKER (1972), RYGH et ai. (1986)]. Embora não tenha sido descoberta
nenhuma evidência que indique qual é a sua função real, o fato das fibras oxitalâmicas serem
consistentemente observadas nas áreas onde a membrana periodontal está sob tensão, poderia
sugerir que elas são produzidas pelo organismo como wna salvaguarda contra as forças
anormais que podem causar a ruptura e a degradação dos tecidos conjuntivos fibrosos da
A partir dos dados relatados por muitos autores, torna-se claro a existência de
aos dentes se remodelam antes, durante e após a movimentação dentária. Apesar de inúmeros
estudos realizados nesta área, ainda existe muito a pesquisar [TEN CATE (1976), RYGH
CONCLUSÃO
Após avaliação dos relatos dos diferentes autores consultados, julgamos corretas as
seguintes conclusões:
como as funções de cada uma das estruturas que o compõe, ou seja: cemento, osso alveolar,
ligamento periodontal e gengiva, para que possam ser entendidas as mudanças normais e o
remodelamento que ocorrem durante os movimentos funcionais, bem corno aqueles induzidos
osso alveolar que circunda o dente até o nível aproximado de 1 mm apical a junção
parte do osso que cobre o alvéolo e a parte marginal do processo alveolar é chamado de osso
cortical e se apresenta como uma linha radiopaca às vezes denominada "lâmina dura". A
parte do processo alveolar delimitada pela lâmina dura é fonnada por osso esponjoso que,
ligamento periodontal.
transmissão das forças oclusais do osso, inserção dos dentes no osso, manutenção dos tecidos
gengivais em suas relações adequadas com os dentes, resistência ao impacto das forças
vasos e nervos das lesões produzidas pelas forças mecânicas; b) fc?rmq.{!9.r.tJ., o ligamento
aplicações mais delicadas de forças nos dentes, bem como seus deslocamentos mínimos; d)
osteócitos mais superficiais do osso alveolar. Os vasos sanguíneos são 'também responsáveis
pela remoção de catabólidos. A oclusão dos vasos sanguíneos leva a necrose de células da
região afetada do ligamento. Isto ocorre quando uma força intensa é aplicada a um dente,
ocorrem no ligamento periodontal, sendo as vasculares mais importantes porque são os vasos
fluxo sanguíneo e, portanto, não são ativadas as células que deveriam promover a reabsorção
óssea, porque o tecido hialinizado é necrótico e estéril, sendo eliminado somente pela
reabsorção a distância, ou seja, dos espaços medulares (por onde penetram vasos e capilares
numerosas variações e extensões quando fatores, tais como: magnitude, direção e duração da
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS·
I. ANDRESEN, V. Functional treatment of open bite. Dent Rec, v. 44, p. 429, 1924.
Apud RE!TAN, K. Op. Clf. Ref 78.
4. BAUER, G., LANG, F.J. úber das Wandem der Zãhne. Vjschr f Zhk, v. 44, p. 321,
1928. Apud RE!TAN, K. Op. cit. Ref 78.
5. BIEN, S.M. Difficulties and fairlures int tooth movement and biophysical responses
to mechanotherapy. Rep Congr Eur Orthod Soe Trans, p. 55-62, 1967.
7. BOX, HK. Studies in periodontal pathology. Can Dent Res Found Bu~ Toronto, v.
7, 1924. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
8. BRASH, J.C. Thé growth ofthe alveolar bone and its relation to the movement of
the teeth including eruption. In! J Orthod Oral Surg, v. 14, p. 196, 1928. Apud
REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
10. BROADBENT, B.H. Investigation on the orbital plane. Dent Cosmos, v. 69, p. 797,
1927. Apud RE!TAN, K. Op. cit. Ref 78.
11. BRODIE, A.G. On the growth pattem ofthe human head from the third month to the
light year of life. Am J Ana!, v. 68, p. 209, 1941. Apud REITAN, K. Op. cit.
Ref 78.
12. BRUCKL, H. Mikriskopische befunde arn milchgebess des hundes nach einwirküng
aktiver und passiver orthodontischer plattenapparate. Dtsch Zahn Mund
Kieferheilkd, v. 8, p. 409, 1941. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
13. CARMAN, S. Arreested root absorption during orthodontic treatment. In! J Ortbod
Oral Surg, v. 23, p. 35, 1937. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
14. CASE, C. S. The bodily movement ofthe teeth in orthodontia. Dent Cosmos, v. 43,
p. 877, 1916. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
15. CHIPPS, H.D. Two cases of root resorption. Dent Cosmos, v. 70, p. 461, 1928.
· Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
16. COOPER, S.M., SIMS, M.R. Evidence of acute inflamation in the periodontal
ligament subsequent to orthodontic tooth moviment in rats. Aust Orthod J,
Brisbane, v. 11, n. 2, p. 107, Oct. 1989.
17. EDWARDS, J.G. A study of the periodontium during orthodontic rotation ofteeth.
Am J Orthod, Saint Louis, v. 54, n. 6, p. 441, 1968.
18. ERICKSON, B.E., KAPLAN, H., AJSENBERG, M.S. Orthodontics and transeptal
fibers; histological interpretation ofrepair phenomena following the rem oval of
first premolares with retraction ofthe anterior segment. Am J Orthod Oral
Surg, SaintLouis, v. 31, p. 1-20,1945.
21. FARRAR, J.N. A treatise on tbe irregularities ofthe teeth and their correction.
NewYork:TheDeVinnePress, 1888. Apud REITAN,K. Op. cit. Ref. 78.
23. FISCHER, G. Beitrãge zur biologie der zahnpulpa. Berlin, 1933. Apud REITAN,
K. Op. cit. Ref 78.
24. FLOURENS, J.P. Tbéorie expérimentale de la formation des ós. Paris, 1847. Apud
REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
36. GUU..FORD, G.H. Orthodontia or malposition of the human teeth, its prevention
and remedy. Philadelphia, 1898. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
37. HAUPL, K., LANG, F.J. Die marginale paradentitis. Ber1in : Hurnan Meusser,
1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
39. HECill, H. Uber di e Vorgãnge, di e sich bei der kiinstlerischen regulierung der
Zãhne in dem alveolarfortsatg abspielen. Corresp bl f Zahnãrtzte, v. 29, p. 134,
1900. Apud REIT AN, K. Op. cit. Ref 78.
41. HERZBERG, B.L. Borres changes incidem to orthodontic tooth movement in man. J
Am Dent Ass, v. 19, p. 1777, 1932. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
42. HUMPREY, G.M. A treatise on tbe human skeleton. Cambridge, 1858. Apud
REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
45. KARVATO, F. Changes ofthe periodonta1 vascular network periodonta1 fibers and
alveolar bone incident to tooth extrusional. Kanagawa Shigaku, Kanagawa, v.
24, n. 1, p. 117, Sept. 1989.
46. KETCHAM, AH. A preliminary report ofna investigation ofapical root resorption
ofpennanentteeth. Int JOrthod, v. 13, p. 97, 1927. Apud REITAN, K Op.
cit. Ref. 78.
48. KINGSLEY, N.W. Na experiment with artificial palates. Dent Cosmos, v. 19, p.
231, 1877. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
50. KRANZ, R., FALK, K. Alveolarpyorrhoe. Berlin : Human Meusser, 1922. Apud
REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
51. KRONFELD, R. Histologic analysis ofthe jaws ofa child with maloclusion. Angle
Orthod, v. 8, p. 21, 1938. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
52. . Histopathology of the teeth and their surrounding structures. 2nd ed.
Philadelphia: Lee & Fibiger, 1939. Apud REITAN, K. Op. cil. Ref. 78.
56. NORD, F.L. Loose appliances in orthodontia. Dent Cosmos, v. 70, p. 681, 1928.
Apud REIT AN, K. Op. cil. Ref. 78.
64. ORBAN, B. Beziehungen zwischen zahn nnd knocken bewegnng der zahnkeime. Z f
Anal u Entw, v. 83, p. 804, 1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
66. . Resorption and repair on the surface ofthe root. J Am Dent Ass, v. 15, p.
1768, 1928. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
67. . Resorption of roots dueto pressure from erupting and impacted teeth.
Arch Clin Oral Path, v. 4, p. 187, 1940. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
69. PARKER, G.R. Transeptal fibers and relapse following bodily retractrion ofteeth: a
histologic stuqy. Am J Orthod, Saint Louis, v. 61, n. 4, p. 331-343, 1972.
70. PARLANGE, L.M., SIMS, M.R. Stereological ofblood vessels and nerves in
mannoset periodontalligament following endodontics and magnetic incisor
extrusion. Eur J Ortbod, Oxford, v. 15, n. 1, p. 33-44, Feb. 1993.
72. POMMER, G. Über die Osteoclasten theorie. Arch f Path u Allat, v. 92, p. 296,
1883. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
73. REHAK, R., HATTYASY, D. Ein interessanter fali von beiderseitigen Hochstand der
Eckzahne. Fortscbr d Ortb, v. 2, p. 76, 1932. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref
78.
75. REITAN, K. Clinicai and histologic observation on tooth movement during na after
orthodontic treatment. Am J Ortbod, Saint Louis, v. 53, n. 10, p. 721-745, Oct.
68
1967.
78. . The initial tissue reaction incident to orthodontic tooth movement. Acta
Odontol Scand, Oslo, p. 9-26, 1951.
84. ROUX, W. Das Gesetz der Transformation der Knochen Kritische Bemerkungen.
Berl Klin Wochenschr, v. 30, p. 509, 1893. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
92. . Über die Bewegung belasteter Ziibne. Z Stomato~ v. 26, p. 40, 1928.
·· Apud REITAN, K. Op. cít. Ref 78.
95. SICHER, H Bau und funktion des fixation sapparates der meerscheveinchenrnolare.
Z Stomatol, v. 21, p. 580, 1923. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
98. SIPPY, B.O. Regeneration oftissues following experimental injwy ofthe roots. Dent
Cosmos, v. 64, p. 771, 1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
99. SKILLEN, W.G. Nonnal anatomy and physiology ofthe gingiva and its relation to
pathologic process. J Am Dent Ass, v. 18, p. 600, 1931. Apud REIT AN, K. Op.
cil. Ref 78.
.
100. SKOGSBORG, C. The permanent retention ofthe teeth after orthodontic treatment.
Dent Cosmos, v. 40, p. 1117, 1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref 78.
101. STEIN, G., WEJNMANN, J. Die physiologische wanderung der Ziibne. Z Stomato~
v. 23, p. 733, 1925. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
103. STUTEVILLE, O.H. Injuries to the teeth and supporting structure caused by various
orthodontic appliances and methods ofpreveting these injuries. J Am Dent Ass,
Chicago, v. 24, p. 494-507, 1937.
106. TALBOT, E.S. lrregularities ofthe teetb and their treatment, Philade1phia, 1888.
70
107. TAYLOR, A.C. The dynamics oftooth eruption in the rat. Anal Rec, v. 106, p. 88,
1950. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
108. TEN CATE, AR. The role offibrob1asts in the remodeling ofperiodontalligament
during physiologic tooth movement. Am J Orthod, Saint Louis, v. 69, n. 2, p.
155-168, Feb. 1976.
109. . O fibroblasto e seus produtos. In: TEN CATE, AR. Histologia bucal:
desenvolvimento, estrutura e função. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
1988. Cap. 6, p. 75-86.
110. THOMPSON, H.E. Orthodontic replases analysed in a study conective tissue fibers.
Am J Orthod, Saint Louis, v. 45, n. 2, p. 94-109, 1959.
111. THOMPSON, J.R. The rest position ofthe mandibule and its significance to dental
science. J Am DentAss, v. 33, p. 151, 1946. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref.
78.
112. WALKHOFF, O. Beitrag zu lehre von den kieferveranderungen beim richem der
zãhne. Corresp b1 f Zahnartzle, v. 29, p. 193, 1900. Apud REITAN, K. Op. cit.
Ref. 78.
113. . Beitrãge zur theoric und praxis der orthodontischen massnahmen und
deren beziehung zur entwickelungs mechanik der kiefer. Dtsch Zhk, v. 69, p. 2,
1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
115. WEINMANN, J. Das knochenbild hei stõrungen der physiologischen wanderung der
Zãlme. Z Slomalol, v. 24, p. 397, 1926. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
117. . Zur Frage der organischen Einheit von Zahn und alveolarknochen. Z f
Anal, v. 83, p. 771, 1927. Apud REITAN, K. Op. cit. Ref. 78.
121. WOLFF, J. Uber die innere architektur der knochen und ihre bedeutung fiir die ftage
vomm knochenwachustum. Arcb fPatb Anat u Pbysiol, v. 50, p. 338, 1870.
71
122. YOUNGER, W.J. Pyorrhoea a1veo1aris. Schw Vjschr f Zhk, v. 15, p. 87, 1905.
Apud REJTAN, K. Op. cit. Re( 78.