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PE China
PE China
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
A China é atualmente o país com maior população no mundo e mais extenso território
no sudeste asiático. Existem 34 subdivisões no país, sendo 23 províncias, incluindo a Província
de Taiwan (território contestado), 4 municipalidad es, 5 regiões autônomas e 2 regiões
administrativas especiais compondo uma república popular socialista uni partidária.
Com mais de 90% dos habitantes pertencentes a etnia han, sua língua oficial inclui o
mandarim, cantonês e outros idiomas regionais, porém com forte unidade étnica. Sua área
central é o núcleo de gravidade político, cultural, demográfico e agrário do país. Historicamente,
a China escolheu uma estratégia política semelhante à da Rússia: ataque como defesa,
promovendo seu poderio. Sempre houve um sentimento forte de identidade na China e diferença
para com seus vizinhos, algo que perdura ainda hoje em relação ao Ocidente.
Alguns analistas esperavam que os anos pós-guerra levariam a democracia liberal para
a China, porém isso reflete uma falta de compreensão da dinâmica interna do povo, política e
geografia da região. A China foi palco de disputas por supremacia até 1949, quando Mao Tse
Tung emergiu vitorioso com os comunistas, expulsando os nacionalistas para Taiwan. Mao
centralizou o poder radicalmente, bloqueando influências externas e se expandindo à Mongólia
e Tibete e reconstruindo o país. A marcha econômica que se sucedeu levou a China a um tipo
próprio de socialismo, que alçou a China à posição de potência comercial e militar sob um
governo de partido único e centralizado, presente em todas as facetas da sociedade.
O poder do partido chinês é primordial, de maneira que, quase todos os membros dos
órgãos encarregados fazem parte do PCC. O órgão mais alto do partido ocupa a posição mais
elevada do que o órgão mais alto do Estado, de maneira que o partido ultrapasse todos os setores
do Estado. Dentro do sistema de tomada de decisão, há a implementação de uma estrutura
devidamente formalizada. Todo e qualquer pedido é passado de nível para nível, e mesmo que
um indivíduo possa tomar uma decisão, antes de agir ele deve recorrer a uma ordem de um
nível superior, para garantir que sua ação possa ser executada.
Apesar de toda essa estrutura e tantos órgãos e burocracias para tomada de uma decisão,
essa permanece em segredo na China, especialmente as datas das reuniões e ordens do CPP
raramente são tornadas públicas. É importante ressaltar que os atores dentro do CPP e do
Politburo têm alguns poderes de vetos não oficiais, de maneira que decisões importantes podem
ser vetadas se conseguirem formar uma coalizão com poder suficiente para derrubar divergência,
já que a China o processo de “liderança coletiva”.
Ainda dentro desse processo de tomada de decisão temos os ‘Leading Small Groups’
(LSGs) ou comitês para aconselhar os líderes sobre como devem proceder ‘em questões de
interesse, além disso, os membros mais importantes estão vinculados ao Comitê Central, onde
reportam ao CPP. Esses grupos funcionam como mecanismos de coordenação para diferentes
províncias e interesses do partido, para examinar diversas questões e para implementar
diretrizes centrais.
FIDDLER, Connor. The 3 Pillars of Chinese Foreign Policy: The State, the Party, the
People. The Diplomat. Disponível em: <https://thediplomat.com/2021/02/the-3-pillars-
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JAKOBSON, Linda; MANUEL, Ryan. How are foreign policy decisions made in China?.
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https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/app5.121>. Acesso em 13 de abr. de
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