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Para citar o nascimento do feudalismo é de extrema importância a compreensão do Império

Carolíngio e seus desdobramentos, desde o seu início com a coroação de Pepino, o Breve,
como o rei dos francos, até o seu declínio com a morte de Luís, o Piedoso, fragmentando o
vasto território conquistado por seu pai, Carlos Magno.

Iniciado em 751 com a coroação de Pepino, o Breve, como o rei dos francos, o Império
Carolíngio passou a ser governado, mais tarde, por Carlos Magno e seu irmão, filhos de Pepino,
com sua morte e a posse do Império como herança para eles. Contudo, com a morte repentina
de seu irmão, Carlos Magno passou a exercer o poder do Império Carolíngio, ocupando o papel
de monarca único e absoluto dos francos. Mesmo com a unificação de apenas um monarca no
poder, a rebeldia de certos povos nas fronteiras ainda eram frequentes e, por isso, Carlos
Magno decide iniciar a expansão territorial de seus domínios, avançando mais a cada ano e
tornando a situação dos francos cada vez mais unificada e confortável por mais 30 anos de
poder. Por outro lado, na Roma, a situação se complicava na medida em que os romanos
ficavam cada vez mais insatisfeitos com o Papa Leão III e passavam a realizar tentativas de tirá-
lo do poder, envolvendo inclusive um atentado. Após o atentado contra o Papa, o mesmo
busca a proteção de Carlos Magno que atende seu pedido e, ainda, se dirige a Roma causando
uma discussão sobre o atentado e, de certa forma, amenizando a situação. Com essa
intervenção de Carlos Magno, ele foi coroado como imperador pelo Papa Leão III, marcando a
retomada do Império Romano e aproximando a Igreja do poder. Sendo assim, com sua
coroação e evidente expansão territorial, Carlos Magno, o pai da Europa, decide focar na
administração de seu vasto território até o dia em que morre por uma prolongada doença,
herdando o trono para seu filho, Luís. Com a morte de seu pai, Luís assume o trono do vasto
território conquistado por Carlos Magno, porém não conquista nada além do território
romano-germânico que, tempos depois, é fragmentado e dividido, por meio do Tratado de
Verdun, entre seus três filhos.

Dessa forma, com a fragmentação do vasto território conquistado por Carlos Magno, houve o
enfraquecimento do poder real e, consequentemente, as extensões territoriais passaram a ser
invadidas e atacadas por diversos povos. Portanto, sem uma unificação, com a
descentralização do poder e o enfraquecimento do Império, abriu-se espaço para novas
organizações sociais, políticas e econômicas, novas formas de exercer o poder na região,
levando, logo, ao surgimento e a conseguinte ascensão do feudalismo, um modo de
organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural
era o servo do grande proprietário de terras, o senhor feudal.

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