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962 – 1806 ↓
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Sacro Império Romano-Germânico
As fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico entre os anos de 962 a 1806, sobre as
fronteiras da Europa moderna
Continente Europa
Capital Nenhum especificado; sentado em Ratisbona 1594 - 1806.
Língua oficial Latim, alemão, italiano, Línguas germânicas ocidentais, Línguas românicas e
Línguas eslavas
ReligiãoCatolicismo romano;
Luteranismo
(oficialmente reconhecido desde a Paz de Augsburgo);
Calvinismo
(oficialmente reconhecido desde a Paz de Vestfália)
Governo Monarquia eletiva
Imperador
• 962 - 967 Otão I
• 1027–1039 Conrado II
• 1530–1556 Carlos V
• 1637–1657 Fernando III
• 1792–1806 Francisco II
Legislatura Reichstag
Período histórico Idade Média
• 2 de fevereiro de 962Otão I é coroado Rei da Itália
• 1034 Conrado II assume a coroa da Burgúndia
• 25 de setembro de 1555 Paz de Augsburgo
• 24 de outubro de 1648 Paz de Vestfália
• 6 de agosto de 1806 Dissolução
Precedido por Sucedido por
Blank.png Reino da Germânia
Blank.png Reino Itálico
Antiga Confederação Helvética Flag of Switzerland.svg
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos Prinsenvlag.svg
Confederação do Reno Blank.png
Império Austríaco Flag of the Habsburg Monarchy.svg
Primeiro Império Francês Flag of France.svg
Reino da Prússia Flag of the Kingdom of Prussia (1803-1892).svg
História da Alemanha
Brasão de Armas da Alemanha
Antiguidade
Germanos
Grande Migração
Idade Média
Frância oriental
Reino da Germânia
Sacro Império Romano-Germânico
Colonização do Leste
Seccionalismo
Formando uma nação
Confederação do Reno
Confederação Germânica
Revolução de 1848
Confederação da
Alemanha do Norte
Unificação Alemã
Império
Império Alemão
Primeira Guerra Mundial
República
República de Weimar
Alemanha Nazi
Governo Flensburg
Pós-Segunda Guerra Mundial
Expulsão dos alemães
Ocupação Aliada
Alemanha Oriental
Alemanha Ocidental
Reunificação da Alemanha
Alemanha moderna
República Federal da Alemanha
ver • editar
O Sacro Império Romano-Germânico (em alemão Heiliges Römisches Reich; em latim Sacrum
Romanum Imperium) foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média,
durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do
Imperador Romano. Embora Carlos Magno seja considerado o primeiro Imperador Romano do
Ocidente da era medieval, coroado em 25 de dezembro de 800, a linha contínua de
imperadores começou apenas com Otão I em 962. O último imperador foi Francisco II, que
abdicou e dissolveu o império em 1806 durante as Guerras Napoleônicas. A partir do século
XV, este Estado era conhecido oficialmente como o Sacro Império Romano da Nação
Germânica.[1]
A extensão territorial do império variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os
territórios dos modernos Estados da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo,
República Tcheca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polônia, França e Itália.
Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos,
principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios. Apesar de seu
nome, na maior parte da sua existência o Sacro Império Romano-Germânico não incluiu a
cidade de Roma em seus domínios, e recebeu este nome em homenagem às glórias e ao poder
que o Império Romano deteve em quase todo o continente europeu.
Os primeiros soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os carolíngios, depois
os Guideshi, novamente a dinastia carolíngia, depois os Saxões, posteriormente a dinastia
saliana, os Süpplingerburg, os Hohenstaufen, os Guelfos, os Wittelsbach, e por maior tempo,
desde 1273 até a dissolução do império em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas,
foram os Habsburgos.
Índice [esconder]
1 Nomenclatura
1.1 Um império "romano"?
2 Instituições
2.1 Rei dos Romanos
2.2 Patrimônio imperial
2.3 Reichstag
2.4 Cortes imperiais
2.5 Círculos imperiais
3 História
3.1 Dos Francos do Leste à Controvérsia da Investidura
3.2 Sob os Hohenstaufen
3.3 Crescimento territorial depois dos Staufen
3.4 Reforma imperial
3.5 Crise depois da Reforma
3.6 O longo declínio
3.7 Resquícios atuais
4 Análise
5 Impérios sucessores
6 Ver também
6.1 Instituições
6.2 História
6.3 Estados componentes
6.4 Outros
7 Notas
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
10.1 Mapas
Nomenclatura[editar | editar código-fonte]
O Sacro Império Romano-Germânico invocava o legado do Império Romano do Ocidente,
considerado como acabado com a abdicação de Rômulo Augusto em 476. Embora o papa Leão
III tenha coroado Carlos Magno como Imperator Augustus em 25 de dezembro de 800, e seu
filho, Luís I, o Piedoso, também tenha sido coroado como Imperador pelo Papa, o império e
toda sua estrutura não foram formalizados por décadas, devido principalmente à tendência
dos francos de dividir as heranças entre os filhos após a morte do rei. Isso é notável quando
Luís I coroou-se em 814, após a morte de seu pai, mas apenas em 816, o papa Estevão VI, que
sucedeu Leão III, foi a Reims e de novo coroou Luís. Com esse ato, o imperador fortaleceu o
papado, instituindo o papel essencial do papa nas coroações imperiais.[2] [3]
Terminologias contemporâneas para o império variaram muito durante os séculos. O termo
Império Romano foi usado em 1034 para denotar as terras sob o domínio de Conrado II, e
Império Sagrado em 1157. O uso do termo Imperador Romano para referir-se aos soberanos
da Europa Central começou com Otão II (imperador 973-983). Os imperadores de Carlos
Magno (imperador de 800 a 814) a Otão I (Imperador de 962-973) usavam simplesmente a
frase Imperator Augustus (ambos, sem a palavra "romano", eram os títulos preferidos em vez
de imperador romano). O termo preciso Sacro Império Romano (alemão: Heiliges Römisches
Reich; latim: Sacrum Romanum Imperium) data de 1254; a versão final Sacro Império Romano-
Germânico (alemão Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation) apareceu em 1512, depois de
diversas variações no fim do século XV.[notas 1]
Contemporâneos da época não sabiam ao certo como definir essa entidade. Na sua famosa
descripção de 1667, De statu imperii Germanici, publicada sob o codinome Severinus de
Monzambano, Samuel Pufendorf escreveu: "Nihil ergo aliud restat, quam ut dicamus
Germaniam esse irregulare aliquod corpus et monstro simile ...".
No seu Essai sur l'histoire generale et sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o filosofo
francês Voltaire descreveu o Sacro Império Romano como uma "aglomeração" que não é "nem
sagrada, nem romana, e nem um império".
Em Fausto I, numa cena escrita em 1775, o autor alemão Goethe era um dos bebedores no
Porão de Auerbach em Leipzig e perguntou "Nosso império romano e sagrado, jovens, o que o
mantém ainda unido?" Goethe tinha um longo, mas não muito favorável ensaio sobre suas
experiências como aprendiz no Reichskammergericht em seu trabalho autobiográfico Dichtung
und Wahrheit.
Um império "romano"?[editar | editar código-fonte]
De um ponto de vista jurídico o Império Romano, fundado por Augusto em 27 a.C. e dividido
por em duas "partes" após a morte de Teodósio I, em 395, havia sobrevivido somente na parte
oriental que, com a deposição do último imperador ocidental Rômulo Augusto, em 476, tinha
obtido também as insígnias da parte ocidental reunindo de um ponto de vista formal o Império
Romano.
A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III em 800 foi ato privado de perfil jurídico
legítimo: somente o imperador romano do Oriente (chamado "bizantino" mais tarde pelos
iluministas no século XVIII) seria digno de coroar um par seu na parte ocidental, razão pela
qual Constantinopla viu-se sempre com superioridade e suspeita aquele ato.
Este ato foi justificado, do ponto de vista formal, com dois expedientes:
O fato de que, na época, o Império Bizantino era governado por uma mulher, Irene de
Bizâncio, ilegítima aos olhos ocidentais, criava um vazio de poder que tornava possíveis
eventuais golpes de mão (de fato na época o Império Bizantino não tinha nenhuma
possibilidade de intervir diretamente na Europa ocidental);[4]
A questão que o papa se declarasse como direto herdeiro do Império Romano arrogando-se o
poder temporal graças ao documento (falso) da Doação de Constantino, com o qual
Constantino I teria cedido a soberania sobre a cidade de Roma (e seu território limítrofe) ao
papa Silvestre I; o documento, desmentido como falso já no século XV, foi redigido realmente
no século VIII, quando o papa, ameaçado pelo avanço dos lombardos, tinha que fazer valer a
própria autoridade. Naquela ocasião ele havia[5] feito outro ato análogo, entretanto
formalmente ilegítimo, com a coroação do rei dos francos Pepino o Breve, como
agradecimento pela ajuda recebida na luta com os lombardos.
Os imperadores romano-germânicos buscaram com muitos modos fazer-se aceitar pelos
bizantinos como seus pares: com relações diplomáticas, matrimônios políticos ou ameaças.
Algumas vezes porém não obtiveram os resultados esperados, porque de Constantinopla eram
sempre chamados como "rei dos germanos", jamais "imperador".
A pretensão de apresentar como herdeiro dos romanos, juridicamente discutível, teve alguns
inegáveis resultados positivos, como a recuperação do direito romano, a partir da metade do
século XII, que com as atividades da universidade, tornou-se presente no ocidente,
substituindo na parte as legislações germânicas, em vigor desde os tempos das invasões
bárbaras.
Instituições[editar | editar código-fonte]
A partir da Alta Idade Média em diante, o império estava sendo regido sob uma frágil
coexistência do império com a luta de duques locais para tirar o poder para longe dele. Com
uma grande extensão que encontrava outros reinados medievais como a França e a Inglaterra,
os imperadores eram incapazes de manter controle sobre as terras que oficialmente tinham.
Em vez disso, para assegurar sua própria posição e não ser deposto, os imperadores eram
forçados a dar mais e mais autonomia aos governantes locais: nobres e bispos. Esse processo
começou no século XI com a Controvérsia da Investidura e foi mais ou menos concluída em
1648 com a Paz de Vestfália. Diversos imperadores tentaram reverter essa dissolução da sua
autoridade, mas eram frustrados pelo papado e pelos príncipes do império.
Rei dos Romanos[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Rei dos Romanos
A coroa do Sacro Império Romano Germânico (segunda metade do século X), agora em
exposição no Schatzkammer de Viena
Os príncipes-eleitores
Depois da morte de Frederico II em 1250, nenhuma das dinastias nobres de produzir um rei
provaram serem capazes de tal, e os duques líderes elegeram diversos reis para a competição
a imperador. O período de 1246 (começando com a eleição de Henrique Raspe e Guilherme da
Holanda) até 1273, quando Rodolfo I de Habsburgo foi eleito rei, é geralmente referido como o
Interregno. Durante o interregno, muito do que restou da autoridade imperial foi perdido,
assim como os príncipes tiveram tempo de consolidar seus territórios e se tornar cada vez mais
independentes.
Em 1257, uma dupla eleição gerou uma conjuntura que garantiu um longo interregno.
Guilherme da Holanda tinha caído no ano anterior, e Conrado da Suábia tinha morrido três
anos antes. Primeiro, três eleitores (Eleitorado do Palatinado, Colônia e Mogúncia) (sendo a
maioria da persuasão de Guelfo) deram seu veredito para Ricardo da Cornualha que era o
sucessor de William da Holanda como rei. Depois de um tempo, um quarto eleitor, Boêmia,
aderiu a essa escolha. Entretanto, poucos meses depois, a Boêmia e os outros três eleitores
Tréveris, Brandemburgo e Saxônia votaram por Afonso X de Castela, este tendo como base o
partido de Gibelino. O Conselho agora tinha dois reis. Era permitido ao rei da Boêmia de
mudar o seu voto, ou a eleição estaria completa quando quatro eleitores escolhessem um rei?
Seriam os quatro eleitores juntos capazes de depor Ricardo alguns meses depois, se a eleição
tivesse sido válida?
As dificuldades em eleger um rei eventualmente levaram ao surgimento de um colégio fixo de
eleitores, o Kurfürsten, cuja composição e procedimentos foram estabelecidos na Bula
Dourada de 1356. Esse desenvolvimento provavelmente simboliza o surgimento da dualidade
entre Kaiser und Reich (imperador e reino), imperador e realeza, que não eram mais
consideradas a mesma coisa. Isso foi ainda mais exposto quando os reis pós-Staufen tentaram
sustentar seu poder. Antes, a força do império (e as finanças) era amplamente garantida pelas
próprias terras do império, o chamado Reichsgut que sempre pertenceu ao respectivo rei (e
incluía muitas cidades imperiais). Depois do século XIII, sua relevância perdeu força (muito
embora em algumas partes a situação continuou a mesma até o fim do império em 1806). Em
vez disso, o Reichsgut estava cada vez mais sob as mãos de duques locais, algumas vezes para
dar mais dinheiro ao império, mas mais freqüentemente, para recompensar a fidelidade deles
ou num esforço de civilizar alguns duques teimosos. A governança direta do Reichsgut não
fazia parte mais nem do desejo do rei nem dos duques.
Dinastia otoniana
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Otão II
Após suprimir uma rebelião na Lorena, surgiram dificuldades no sul da Alemanha,
provavelmente devido a Otão ter recusado dar o ducado da Suábia a Henrique II da Baviera.
Em 974 a mãe de Henrique, Judite, iniciou uma conspiração contra o imperador, a qual incluiu
Henrique, o bispo Abraão de Frisinga, duques da Boémia e Polônia, e vários membros do clero
e da nobreza que estavam descontentes com a política do imperador. Entretanto, o plano foi
descoberto e facilmente suprimido. No mesmo ano, as forças de Otão conseguiram acabar
com uma tentativa de Haroldo I da Dinamarca de se liberar do jugo alemão; no entanto, sua
expedição contra os Boêmios em 975 foi um fracasso parcial devido ao início de mais
problemas na Baviera. No ano seguinte ele restabeleceu a ordem uma segunda vez na Lorena
e forçou Henrique II a fugir de Ratisbona para a Boémia. A Baviera foi dada a seu parente Otão
I da Baviera. Em 977, o rei realizou mais uma expedição à Boêmia, onde o rei Boleslau II
prometeu voltar à sua aliança anterior. Miecislau I da Polónia também foi subjugado.
Após Otão acabar com uma tentativa de Henrique de recuperar a Baviera, o rei Lotário da
França invadiu a Lorena com um exército de 20 000 homens e ocupou a capital Aquisgrano por
cinco dias. Otão inicialmente fugiu para Colónia e então para a Saxónia. Sua mãe, de origem
francesa, ficou do lado de Lotário e se mudou para a Borgonha. Em setembro de 978, com 30
000 homens, Otão retaliou invadindo a França. Encontrou pouca resistência, mas doença nas
suas tropas o obrigou a levantar o cerco de Paris e na viagem de volta a retaguarda de seu
exército foi destruída e a os bens que carregava tomado pelos franceses. Uma expedição
contra os poloneses seguiu uma paz com a França: Lotário renunciou a Lorena (980), e, em
troca, Otão reconheceu os direitos do filho de Lotário, Luís V.
Itália[editar | editar código-fonte]
Otão sentiu-se então livre para viajar para a Itália. O governo da Alemanha foi deixado nas
mãos do arqui-chanceler Willigis e do duque Bernardo I da Saxónia. Ele foi acompanhado de
sua esposa, seu filho, Otto da Baviera, dos bispos de Worms, Metz e Merseburgo e de vários
outros condes e barões. Cruzando os alpes através do que hoje é a Suíça, ele se reconciliou
com sua mãe em Pavia e celebrou o Natal de 980 em Ravena.
O Papa Benedito VI, eleito por seu pai, havia sido emprisionado pelos romanos no Castelo de
Santo Ângelo, onde ele morreu em 974. Seu sucessor, Bonifácio VII fugiu para Constantinopla e
Benedito VII, bispo de Sutri, tornou-se papa. Precedido por Benedito, Otão entrou
cerimoniosamente em Roma na Páscoa de 981.
Dinastia saliana
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Salyan (Azerbaijão).
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A dinastia saliana foi uma dinastia na Baixa Idade Média de quatro reis germanos (1024 -
1125), também conhecida como a dinastia franca após a origem da família e o seu papel como
duques da Francônia. Todos estes reis foram também coroados sacro imperadores romano-
germânicos (1027-1125), cuja entidade, o termo 'dinastia sálica' refere-se também, como um
termo separado.
Após a morte do último saxão da dinastia otoniana, em 1024, o primeiro eleito da coroa Rei da
Germânia e, em seguida, três anos mais tarde, o eleita como sacro imperador romano-
germânico ambos passaram para o primeiro monarca da dinastia saliana na pessoa de Conrado
II, o único filho do conde Henrique de Speyer e Adelaide da Alsácia, os dois territórios na
Francônia. Ele foi eleito rei da Germânia em 1024 e coroado imperador em 26 de março de
1027.
Os quatro reis salianos da dinastia — Conrado II, Henrique III, Henrique IV e Henrique V —
governaram o Sacro Império Romano-Germânico de 1027 a 1125, e estabeleceram
firmemente a sua monarquia como uma grande potência europeia. A sua principal conquista
foi o desenvolvimento de um sistema administrativo permanente baseado numa classe de
funcionários públicos responsáveis perante a coroa.
Índice [esconder]
1 Origem
2 Governo no Sacro Império Romano-Germânico
3 Imperadores salianos
4 Referências
5 Ver também
Origem[editar | editar código-fonte]
A dinastia ancestral foi fundada por Werner de Worms e seu filho duque Conrado, o Vermelho
de Lorena, que morreu em 955. Conrado, o Vermelho foi casado com Liutgarda, filha do
imperador Otão I, seu filho foi Otão I da Caríntia (governou de 978 a 1004).
Os filhos do duque Oto foram: Bruno, que tornou-se Papa Gregório V; Conrado; e Henrique,
conde de Speyer. Henrique, foi o pai do primeiro imperador saliano Conrado II.
O Papa Leão IX tinha relações familiares com a dinastia, uma vez que seu avô Hugo III era
irmão de Adelaide, a avó de Henrique III.
Governo no Sacro Império Romano-Germânico[editar | editar código-fonte]
A principal razão para o sucesso dos primeiros salianos foi a sua aliança com a Igreja, uma
política iniciada por Otão I, que deu-lhes o apoio material de que precisavam para subjugar os
duques rebeldes. Com o tempo, porém, a Igreja chegou a lamentar esta estreita relação. As
relações foram rompidas em 1075, durante o que veio a ser conhecido como a Questão das
investiduras (ou Disputa das investiduras), uma luta na qual o papa reformista, Gregório VII,
exigiu que Henrique IV renunciasse seus direitos sobre a Igreja alemã. O papa também atacou
o conceito de monarquia por direito divino e ganhou o apoio de elementos significativos da
nobreza alemã interessados em limitar o absolutismo imperial. E ainda mais, o papa proibiu os
funcionários da Igreja, sob pena de excomunhão, de apoiar Henrique como haviam feito no
passado. Por fim, Henrique viajou para Canossa no norte da Itália em 1077 para fazer
penitência e receber a absolvição do papa. Contudo, ele retomou à prática de fazer
investiduras (nomeações de funcionários religiosos pelas autoridades civis) e organizou a
eleição de um antipapa.
A luta do monarca com o papado resultou em uma guerra que devastou o Sacro Império
Romano-Germânico de 1077 até a Concordata de Worms em 1122. Este acordo estabeleceu
que o papa era para nomear altos funcionários da Igreja, mas deu ao rei germânico o direito de
vetar a escolha do papa. O controle imperial da Itália foi perdido por um tempo, e a coroa
imperial tornou-se dependente do apoio político de facções aristocráticas concorrentes. O
feudalismo tornou-se também mais difundido uma vez que homens livres procuraram
proteção ao jurarem fidelidade a um senhor feudal. Esses poderosos governantes locais, dessa
forma adquiriram extensos territórios e grandes comitivas militares, assumiram a
administração de seus territórios e organizaram-no em torno de um aumento do número de
castelos. Os mais poderosos desses governantes locais passaram a ser chamados de príncipes,
em vez de duques.
Segundo as leis do sistema feudal do Sacro Império Romano-Germânico, o rei não tinha
direitos sobre os vassalos dos outros príncipes, apenas sobre aqueles que viviam no território
de sua família. Sem o apoio dos anteriormente vassalos independentes e enfraquecidos pela
crescente hostilidade da Igreja, a monarquia perdeu sua proeminência. Assim, a Questão das
investiduras fortaleceu o poder local no Sacro Império Romano-Germânico, em contraste com
o que estava acontecendo na França e na Inglaterra, onde o crescimento de um poder real
centralizado estava a caminho. A Questão das investiduras teve um efeito adicional. A longa
luta entre o imperador e o papa prejudicou a vida intelectual do Sacro Império Romano-
Germânico, neste período longamente confinada aos monastérios, e o império não conduziu,
nem acompanhou, a evolução observada na França e na Itália. Por exemplo, nenhuma
universidade foi fundada no Sacro Império Romano-Germânico até o século XIV.
O primeiro rei da Casa de Hohenstaufen, Conrado III, era neto do imperador saliano Henrique
IV. (A herdeira dos territórios da família saliana era Inês, filha de Henrique IV e irmã de
Henrique V: seu primeiro casamento produziu a real e imperial dinastia Hohenstaufen e seu
segundo casamento os ducais potentados Babenberg do Arquiducado da Áustria, que foi muito
elevado devido a essas ligações Privilegium Minus.)
Imperadores salianos[editar | editar código-fonte]
Conrado II 1024-1039, imperador 1027
Henrique III 1039-1056, imperador 1046
Henrique IV 1056-1106 imperador 1084
Henrique V 1106-1125, imperador 1111
Suas datas de reinado como imperadores são confundidas com a questão da eleição e
subsequente coroação.
Francos sálios
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Anel com sinete de Childerico I, rei dos francos sálios de 457 a 481. Inscrição CHILDERICI REGIS
("de Childerico o rei"). Encontrado em sua tumba em Tournai, agora no Monnaie de Paris.
Os francos sálios eram um subgrupo dos antigos francos que originalmente vivia ao norte das
fronteiras do Império Romano, na área costeira acima do Reno no norte dos atuais Países
Baixos, onde hoje ainda há uma região chamada Salland.
Os reis merovíngios, responsáveis pela conquista da Gália, eram de ascendência sália.
Do século III em diante, os francos sálios aparecem nos registros históricos como um povo
guerreiro germânico e piratas, assim como laeti (aliados dos romanos). Eles foram a primeira
tribo germânica vinda de fora das fronteiras que se estabeleceu permanentemente em terra
romana.
Os sálios adotaram completamente a identidade franca e cessaram de aparecer com seu nome
original a partir do do século V, quando eles transformaram-se em os francos por
excelência.[1] Isto ocorreu muito tempo antes que os francos ripuários fossem mencionados
pela primeira vez. A Lex Ripuaria, que se originou por volta de 630 nos arredores de Colônia,
tem sido descrita como um desenvolvimento posterior das leis francas conhecidas a partir da
Lex Salica. Ao contrário da opinião popular, não havia divisão dos francos entre sálios e
ripuários.[2]
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 Cultura
2.1 Mitologia e religião
3 História
4 Localização
5 Ver também
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ligações externas e fontes de consulta
Etimologia[editar | editar código-fonte]
A partir do início do século VII, o nome francos sálios (ou salii em latim) é usado em contraste
aos francos ripuários. Salii deve ser derivado do nome da região medieval alagadiça de Sall zee,
próxima ao Zuiderzee, ou do Issel, antes chamado Hisloa ou Hisla e de forma mais antiga de
Sala,[3] indicando esta região como a residência original dos sálios. Até hoje esta região é
chamada Salland. O nome pode eventualmente ser uma referência ao sal e, por extensão, ao
mar, referindo-se a localização costeira.[4]
Cultura[editar | editar código-fonte]
A língua dos francos sálios, a língua frâncica, pertence à família dos dialetos baixos francônios
(além de ser ancestral da mesma).
Os francos sálios são um dos povos fundadores da antiga cultura e da sociedade neerlandesa
(junto com, por exemplo, frísios, batavos e saxões). De acordo com pesquisadores modernos
como Robinson, sua língua evoluiu do francônio para o neerlandês. Após se estabelecer dentro
do território romano, eles desenvolveram uma sociedade organizada que cultivava a terra e
que não oferecia qualquer ameaça aos seus vizinhos romanos.
As tribos sálias constituíam uma confederação livre, que se ergueu unida para negociar com a
autoridade romana. Cada tribo era composta de grupos familiares estendidos, reunidos em
volta de uma família em particular, vista como especialmente renomada e nobre. A
importância de tal ligação familiar era deixada clara na Lei Sálica, que decretava que um
indivíduo não tinha direito a proteção caso ele não pertencesse a uma família.
Mitologia e religião[editar | editar código-fonte]
A mitologia antiga e a religião eram pagãs e germânicas nas suas naturezas. Suas crenças
politeístas floresceram entre os francos sálios até a conversão de Clóvis ao Cristianismo. Após
isso, o paganismo foi encolhendo lentamente.
História[editar | editar código-fonte]
A proximidade original dos francos sálios ao mar é confirmada nos primeiros registros
históricos.
Por volta de 286, o comandante militar romano Caráusio foi encarregado de defender o litoral
do estreito de Dover contra piratas saxões e francos.[5] Isto mudou quando os saxões os
conduziram para o sul dentro de território romano.
Entre outros, sua história é confirmada por Amiano Marcelino e Zósimo, que descreveram suas
migrações em direção ao sul dos Países Baixos e da Bélgica. Eles inicialmente cruzaram o Reno
durante as revoltas romanas e subsequente penetração germânica em 260 d.C. Quando a paz
retornou, o imperador romano Constâncio Cloro permitiu que os sálios se estabelecessem em
297 entre os batavos, onde eles logo dominaram a ilha batava no delta do Reno. Não se sabe
se este povo foi obrigado a servir o exército romano como os batavos antes deles ou se para
eles foi determinado outro território próximo ao mar Negro, porque assim as origens dos
francos marítimos, cuja história fora escrita durante o reinado do imperador Probo (276-282),
não são claras.
A história fala sobre um grande grupo que decidiu tomar alguns barcos romanos e retornar
com eles da Europa oriental - alcançando seus lares no estuário do Reno sem grandes perdas
passando pela Grécia, Sicília e Gibraltar, embora não sem causar desordem.[6]
Os francos pararam de ser associados com o mar quando outras tribos germânicas,
provavelmente saxões, os empurrou para o sul.
Os sálios receberam proteção dos romanos e em troca foram recrutados por Constâncio Galo -
junto com os outros habitantes da ilha batava. Todavia, isto não evitou o ataque das tribos
germânicas ao norte, especialmente dos chamavos. O subsequente estabelecimento "ousado"
dos sálios dentro de território romano em Toxandria (entre os rios Mosa e Escalda nos Países
Baixos e Bélgica) foi rejeitado pelo futuro imperador romano Juliano, o Apóstata, que os
atacou. Os sálios renderam-se a ele em 358, aceitando os termos romanos.[7]
Uma família sália em especial surge na história franca no começo do século V, no momento
apropriado para se tornar em merovíngios - reis sálios da dinastia merovíngia - assim
chamados a partir do nome do mítico Meroveu, pai de Childerico, cujo nascimento foi
atribuído a elementos sobrenaturais.
Da década de 420 em diante, liderados por um certo Clódio, eles expandiram seu território ao
Somme no norte da França. Eles formaram um reino naquela área com a cidade belga de
Tournai se tornando o centro de seus domínios.
Este reino foi estendido depois por Childerico I e especialmente por Clóvis I, que conquistou o
controle da Gália Romana, ou seja, da futura França, nome proveniente dos francos.
Em 451, Flávio Aécio, governante de facto do Império Romano do Ocidente, convocou seus
aliados germânicos ao solo romano para ajudá-lo a combater uma invasão dos hunos de Átila.
Os francos sálios responderam ao chamamento e lutaram juntos na batalha dos Campos
Cataláunicos, numa aliança temporária com romanos e visigodos, que realmente acabou com a
ameaça huna à Europa ocidental.
Clóvis, rei dos francos sálios, tornou-se o governante absoluto de um reino germânico de
população mista romano-germânica em 486. Ele consolidou seu governo com vitórias sobre os
galo-romanos e sobre todas as outras tribos francas e estabeleceu sua capital em Paris. Após
ter vencido os visigodos e os alamanos, seus filhos empurraram os visigodos para a Península
Ibérica e dominaram os burgúndios, alamanos e turíngios.
Após 250 anos desta dinastia, marcada por lutas destrutivas mutuamente, um declínio gradual
ocorreu. A posição na sociedade dos merovíngios foi tomada pelos carolíngios, que também
vieram de uma região ao norte, próxima do rio Maas, no que agora é a Bélgica e o sul dos
Países Baixos.
Na Gália, uma fusão das sociedades romana e germânica estava ocorrendo. Durante o período
do domínio merovíngio, os francos relutantemente começaram a adotar o cristianismo, a
partir do batismo de Clóvis I em 496, um evento que inaugurou a aliança entre o reino franco e
a Igreja Católica Romana. Diferente dos godos e lombardos, que adotaram o arianismo, os
sálios adotaram o cristianismo católico logo no início; eles tinham um relacionamento íntimo
com sua hierarquia eclesiástica, súbitos e territórios conquistados.
A divisão do reino franco entre os quatro filhos de Clóvis em 511 foi um precedente que
influenciaria a história franca por mais de quatro séculos. Até então a Lei Sálica estabelecera o
direito exclusivo à sucessão aos descendentes masculinos. Todavia, este princípio revelou-se
como um exercício de interpretação, ao invés da simples implementação de um novo modelo
de sucessão. Nenhum traço de uma prática estabelecida de divisão territorial pode de fato ser
descoberta entre os povos germânicos a não ser entre os francos.
No século IX, se não antes, a divisão entre francos sálios e ripuários tinha na prática se tornado
virtualmente inexistente, mas continuou por algum tempo a ter implicações no sistema legal
pelo qual uma pessoa poderia ser processada. O adjetivo sálio como aplicado ao povo franco é
a origem do nome da Lei Sálica.
Localização[editar | editar código-fonte]
Quando os romanos chegaram, várias tribos foram localizados na região dos Países Baixos, que
residiam nas partes habitáveis mais altas, especialmente no leste e sul. Essas tribos não
deixaram registros escritos. Todas as informações conhecidas sobre elas durante este período
pré-romano é baseada no que os romanos, mais tarde, escreveram sobre as mesmas.
Lei sálica
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(Redirecionado de Lei Sálica)
Lei sálicas
Lex Salica
Lei sálica, cópia manuscrita em pergaminho do século VIII. Biblioteca Nacional da França, Paris
Lei sálica, cópia manuscrita em pergaminho do século VIII.
Biblioteca Nacional da França, Paris
Criado século V
Signatários Clóvis I
Propósito Inicialmente, aspectos da vida em sociedade no reino dos francos
A lei sálica (em latim: Lex Salica) é o código legal datado do reinado de Clóvis I no século V
utilizado nas reformas legais introduzidas por Carlos Magno. As leis sálicas regulavam todos os
aspectos da vida em sociedade desde crime, impostos, calúnia, estabelecendo indenizações e
punições. O sentido da expressão "lei sálica", porém, modificou-se a partir de sua criação.
Na Alta Idade Média, refere-se ao código elaborado entre o início do século IV e o século V
para os francos sálios - que constituíam uma das duas confederações francas e que habitavam
as margens do rio Issel, originalmente chamado Isala - dos quais Clóvis foi o primeiro rei. Esse
código, redigido em latim, com importantes empréstimos do direito romano,[1] estabelecia,
entre outras, as regras a serem seguidas por aqueles povos em matéria de herança.
Muitos séculos depois de Clóvis, já no século XIV, um artigo do código sálico foi desenterrado,
isolado do seu contexto e usado pelos juristas a serviço da dinastia capetiana dos Valois para
justificar a exclusão das mulheres da sucessão ao trono francês.
Para a evicção das mulheres do poder com base nessa lei, também teriam contribuído certos
erros de grafia, algumas mentiras e também omissões da história, que foram estudados pela
historiadora Éliane Viennot[2] . Viennot mostra também que essa exclusão feminina suscita
resistências e conflitos desde o século XIII.
De todo modo, no fim do Medievo e na Idade Moderna, a expressão lei sálica passa a designar
as regras de sucessão do trono da França - regras que posteriormente foram imitadas por
outras monarquias europeias.
Assim, é preciso não confundir lei sálica e sucessão agnatícia ou primogenitura masculina,
embora a lei sálica tenha sido utilizada para consagrar a primogenitura masculina, eliminando
assim as mulheres (inclusive as filhas dos soberanos) da ordem de sucessão.
Índice [esconder]
1 A lei sálica na França
2 A lei sálica no Reino Unido
3 A lei sálica em Portugal
4 A lei sálica na Espanha
5 Referências
A lei sálica na França[editar | editar código-fonte]
No século XIV, as leis sálicas estavam já em desuso por centenas de anos de reformas legais e a
evolução da sociedade européia. No entanto, a crise de sucessão que surgiu na França após a
morte de Carlos IV, fez ressuscitar uma disposição da lei sálica, que não era a mais importante
na época em que foi publicada, nomeadamente o papel das mulheres no direito sucessório.
A lei sálica estipulava que nenhuma mulher poderia herdar propriedades imóveis e que todas
as terras deveriam ser transmitidas aos membros masculinos da sua família. Mesmo quando
estava em vigor, esta norma raramente fora aplicada de forma consistente, e houve casos,
durante o reinado de Chilperico I, em que foram feitas exceções. A razão para o purismo
adoptado em França em 1328 estava relacionada com a luta pelo trono, que implicaria uma
mudança dinástica. Eduardo III de Inglaterra era o parente mais próximo de Carlos IV, mas por
linhagem feminina e, se subisse ao trono, a França perderia a independência. Assim, a
aplicação rigorosa da lei sálica tornou Filipe de Valois rei de França e salvaguardou a
independência do país. A partir de então, ficou definitivamente excluída a possibilidade de o
trono francês ser ocupado por uma mulher ou por um descendente do rei pela linha feminina.
A lei sálica no Reino Unido[editar | editar código-fonte]
Um caso em que a lei sálica foi aplicada foi na sucessão do rei Guilherme IV do Reino Unido,
também rei de Hanôver. A sua sobrinha Vitória sucedeu-o no Reino Unido, mas não pôde ser
rainha de Hanôver porque a lei sálica vigorava naquele Estado europeu.
Em outubro de 2011, a Commonwealth revogou a discriminação na linha de sucessão ao trono
britânico.[3] Foi igualmente levantada a proibição do monarca se casar com uma pessoa
pertencente à Igreja Católica Romana.[3]
A lei sálica em Portugal[editar | editar código-fonte]
Essa lei foi contrariada pela primeira vez com sucesso no Reino de Portugal, pelo jurista José
Ricalde Pereira de Castro, em 1777, na eleição de D. Maria I para rainha com direito de
governar o seu país em pleno. Mais tarde viria a suceder o mesmo no reinado da rainha D.
Maria II, fundadora da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.
A lei sálica na Espanha[editar | editar código-fonte]
Na Espanha, o rei Filipe V, ao subir ao trono após a Guerra de Sucessão Espanhola, fez
promulgar a lei sálica às Cortes de Castela, em 1713: segundo as condições da nova lei, as
mulheres somente poderiam herdar o trono no caso de não haver herdeiros varões na linha
principal (filhos) nem na linha lateral (irmãos e sobrinhos).
O rei Carlos IV da Espanha fez aprovar às Cortes em 1789 uma disposição para derrogar a lei
sálica, restaurando as normas estabelecidas pelo código das Siete Partidas. Contudo, a
Pragmática Sanção real não chegou a ser publicada até que o seu filho Fernando VII da
Espanha a promulgou em 1830, desencadeando o conflito dinástico do Carlismo.
Conrado II
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Conrado II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Konrad II.jpg
Conrado II
Governo
Vida
Nascimento 990
Speyer, Alemanha
Morte 4 de junho de 1039 (49 anos)
Utrecht, Países Baixos
Sepultamento Catedral de Speyer
Filho(s) Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico; Matilde da Francónia
Pai Henrique de Speyer
Mãe Adelaide da Alsácia
Conrado II (Konrad II, em alemão) (990 - Utrecht, 4 de junho de 1039), filho do conde Henrique
de Speyer[1] e Adelaide da Alsácia, foi eleito rei em 1024 e coroado Sacro Imperador Romano
em 26 de março de 1027, sendo o primeiro imperador da dinastia saliana.
Seu reinado demonstrou que a monarquia germânica se havia tornado uma instituição viável e
a sobrevivência desta não mais dependia de contratos entre o monarca e a nobreza composta
de senhores de terras.
Sobrinho do Papa Gregório V, sendo que o Papa e o Pai eram irmãos.
Índice [esconder]
1 Relações familiares
2 Ver também
3 Bibliografia
4 Referências
Relações familiares[editar | editar código-fonte]
Foi filho de Henrique de Speyer também denominada como Henrique de Francónia (971 - c.
995) [1] e de Adelaide da Alsácia, também denominada como Adeleide de Metz (? - 1037), filha
de Eberardo IV de Nordgau e de Eadiva.
Casou em 1016 com Gisela da Suábia (11 de Novembro de 999 - Suábia 14 de Fevereiro de
1042) filha de Hermano II da Suábia[2] , duque da Suábia e de Gerberga de Borgonha, de quem
teve:
Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico (29 de outubro de 1017 — 5 de outubro de
1056), casado por duas vezes, a primeira com com Gunnhilde de Inglaterra e a segunda com
Inês de Poitou.
Matilde da Francónia c. (1010 - 1034) casada com Henrique I de França (Reims, 4 de Maio de
1008 — Vitry-aux-Loges, 4 de Agosto de 1060) [3] .
Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico
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Henrique III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Heinrich III. (HRR) Miniatur.jpg
Henrique III , em miniatura de 1040
Governo
Reinado 1039 — 1056
Antecessor(a) Conrado II
Sucessor(a) Henrique IV
Dinastia saliana
Vida
Nascimento 28 de outubro de 1017
Morte 5 de outubro de 1056 (38 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer, Speyer, Alemanha
Filho(s) Henrique IV
Pai Conrado II
Mãe Gisela da Suábia
Henrique III (Heinrich III., em alemão) (28 de outubro de 1017 — 5 de outubro de 1056),
chamado o Negro, pertencia à dinastia saliana (ou francônia) dos sacro imperadores romanos.
Tornou-se rei da Germânia após a morte do pai, Conrado II, em 4 de junho de 1039. Foi
coroado imperador pelo Papa Clemente II em 1046.
Seu reinado foi marcado pela tentativa de reformar a Igreja e por seu uso de investiduras
laicas para atingir objetivos políticos e religiosos. Sua política continuou sob seu filho e
sucessor, Henrique IV, e levou ao conflito conhecido como a questão das Investiduras.
Relações familiares[editar | editar código-fonte]
Foi filho de Conrado II da Germânia (990 - Utrecht, 4 de junho de 1039) e da 1.ª esposa deste,
Gisela da Suábia (11 de Novembro de 999 - Suábia 14 de Fevereiro de 1042) filha de Hermano
II da Suábia[1] , duque da Suábia e de Gerberga de Borgonha
Casou-se pela primeira vez em 1036 com Gunhilda da Dinamarca (depois chamada
Cunegunda), filha do rei Canuto II da Dinamarca e de Ema da Normandia, com quem teve:
Beatriz (1037 - 13 de julho de 1061), abadessa da Colegiada de Quedlimburgo e da Abadia de
Gandersheim.
Com a morte de Gunhilda apenas dois anos depois do casamento, Henrique casou-se segunda
vez com Inês da Aquitânia (1023 - 14 de dezembro de 1077), em 1043, filha do Duque
Guilherme V da Aquitânia. Tiveram:
Adelaide II
Gisela
Matilde da Germânia, casada com Rodolfo da Suábia
Henrique IV, Sacro Imperador Romano
Conrado II, duque da Baviera
Judite da Suábia casada com Ladislau I da Polónia (1040 - 4 de junho de 1102)
Henrique IV (imperador)
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Henrique IV
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich IV.jpg
Henrique IV
Governo
Reinado 1084 – 1105
Vida
Nascimento 11 de novembro de 1050
Goslar, Alemanha
Morte 7 de agosto de 1106 (55 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer
Pai Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Inês da Aquitânia
Henrique IV (Goslar, 11 de novembro de 1050 — Liége, 7 de agosto de 1106) foi rei da
Germânia desde 1056 e imperador do Sacro Império Romano-Germânico no período de 1084 a
1105. Foi o terceiro imperador da dinastia saliana.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Henrique e a luta pela investidura
2.1 Ida a Canossa para pedido de perdão ao papa Gregório VII
3 Vida familiar de Henrique IV
4 Ver também
5 Referências
6 Ligações externas
Biografia[editar | editar código-fonte]
Henrique foi o primogênito do imperador Henrique III e da sua segunda esposa Agnes de
Poitou e provavelmente nasceu palácio real de Goslar. Só foi batizado na Páscoa do ano
seguinte, de modo que o abade Hugo de Cluny pudesse ser um dos seus padrinhos mas,
mesmo antes desta cerimônia, durante o Natal, o seu pai exigiu que os nobres presentes à
consoada prometessem fidelidade a seu filho. Três anos mais tarde, ainda ansioso de
assegurar a sucessão, Henrique III convocou uma assembleia de nobres para elegerem o jovem
Henrique como seu sucessor e, a 7 de julho de 1054, fez com que ele fosse coroado rei da
Germânia pelo arcebispo Hermano de Colónia. Desta maneira, quando Henrique III morreu
repentinamente em 1056, a ascensão do seu filho de 6 anos não teve oposição, ficando sua
mãe, a imperatriz Agnes como regente.
Henrique e a luta pela investidura[editar | editar código-fonte]
O reinado de Henrique IV foi marcado por esforços para consolidar o poder do império mas, na
realidade, foi uma difícil tentativa de manter a lealdade dos nobres e o apoio do papa, que
Henrique pôs em causa quando, em 1075, insistiu no direito de um príncipe secular presidir à
investidura dos príncipes da igreja, especialmente os bispos, o que desencadeou o conflito
conhecido como a Controvérsia da investidura. Como consequência, o papa Gregório VII
excomungou (penalidade da Igreja católica que consiste em excluir alguém da totalidade ou de
parte dos bens espirituais comuns aos fiéis), Henrique no dia 22 de fevereiro de 1076.[1]
Ida a Canossa para pedido de perdão ao papa Gregório VII[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Penitência de Canossa
Quando por essa altura, o papa Gregório VII se encaminhava para uma dieta em Augsburgo,
soube que Henrique andava ao seu alcance e refugiou-se no castelo de Canossa (perto de
Régio da Emília), que pertencia a Matilda, condessa de Toscana. A intenção de Henrique,
contudo, era apenas de cumprir a penitência requerida para levantar a sua excomunhão, de
modo a poder continuar como rei. Ele ficou três dias, de 25 a 27 de janeiro de 1077, fora das
portas de Canossa, na neve, suplicando ao papa para anular a sentença. O papa levantou a
excomunhão, debaixo de certas condições, mas que Henrique rapidamente violou. Abdicou ao
trono em 1105.
Nos últimos anos da sua vida, Henrique IV enfrentou rebeliões por parte do seu filho mais
velho e a esposa dele. Morreu em Liège em 1106 e foi enterrado junto a seu pai, em Speyer.
Vida familiar de Henrique IV[editar | editar código-fonte]
Henrique IV
Em 21 de setembro de 1066 Henrique casou-se com Berta de Maurienne também conhecida
por Berta de Saboia (Maurienne, Saboia, França, 21 de setembro de 1091 - 27 de dezembro de
1086), filha de Otão I de Saboia e de Adelaide de Susa.
Em 1068, tentou divorciar-se dela, mas sem o conseguir. Berta faleceu no dia 27 de dezembro
de 1086 e foi enterrada na catedral de Speyer. Tiveram os seguintes filhos:
Inês da Alemanha (nascida em 1072 ou 1073 - 24 de setembro de 1143), que casou por duas
vezes, a primeira com Frederico I da Suábia, duque da Suábia e a segunda com Leopoldo III da
Áustria.
Conrado dos Romanos (12 de fevereiro de 1074 - 27 de julho de 1101) casado com Constança
de Altavila. Sucedeu seu pai no condado e foi Rei dos Romanos.
Adelaide, morta na infância.
Henrique, morto na infância;
Henrique V da Germânia (1081 - 23 de maio de 1125), que se tornou no sucessor, com os
títulos, primeiro de Henrique V da Germânia e, mais tarde, de imperador do Sacro Império
Romano-Germânico, casou com Matilde de Inglaterra (7 de fevereiro de 1102 - 10 de
setembro de 1169), filha do rei Henrique I de Inglaterra (1068 - 1 de dezembro de 1135) e de
Santa Matilde (1080 - 1 de maio de 1118).
Em 14 de agosto de 1089 Henrique IV casou-se com Eupraxia de Kiev (1071 - 20 de julho de
1109), filha de Vsevolod I de Kiev, príncipe de Kiev e de Maria Monomach, que adotou o nome
"Adelaide" quando foi coroada. Em 1094, Adelaide participou numa rebelião contra o seu
marido, acusando-o de mantê-la prisioneira, de forçá-la a participar em orgias e de pretender
fazer uma missa negra sobre o seu corpo desnudo.
Henrique V (imperador do Sacro Império Romano-Germânico)
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Henrique V
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich V.jpg
Henrique V
Governo
Vida
Nascimento 11 de agosto de 1086
Goslar, Alemanha
Morte 23 de maio de 1125 (38 anos)
Utrecht, Países Baixos
Sepultamento Catedral de Speyer
Pai Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Berta de Saboia
Henrique V (em alemão Heinrich V) (1081 - 23 de maio de 1125) foi imperador do Sacro
Império Romano-Germânico. Forçou a abdicação em 1105 de seu pai, Henrique IV, e obteve a
sua eleição como rei, sendo coroado Imperador em 1111. Foi o quarto e último governante da
dinastia saliana.
Henrique IV e Henrique V.
Apesar do apoio inicial do papa à sua coroação, Henrique continuou com a Questão das
Investiduras, começada por seu pai, opondo-se à insistência do Papa em controlar todas as
investiduras eclesiásticas na Germânia. Henrique invadiu a Itália duas vezes. A primeira, em
1110 designou o antipapa Silvestre IV para a chefia de Roma e a segunda, em 1116, atribuiu o
cargo a Gregório VIII, ambos contrários ao papa Pascoal II e seu partido dos guelfos. Mas, com
a eleição do novo papa pelos seus opositores terminou por celebrar a Concordata de Worms
(1122), um compromisso pelo qual o papa investiria os bispos nos cargos eclesiásticos e o
Imperador lhes concederia os direitos seculares.
Em 1114, em Mogúncia, casou-se com Matilde, filha de Henrique I de Inglaterra. Não tiveram
filhos, terminando assim a dinastia saliana.
Lotário II
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Lotário II
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Lothaire III.jpg
Representação póstuma de Lotário III.
Governo
Reinado 4 de junho de 1133 - 4 de dezembro de 1137
Consorte Ricarda de Northeim
Antecessor(a) Henrique V
Sucessor(a) Conrado III
Casa Real Suplimburgo
Título(s) Duque da Saxônia, Rei dos Romanos
Vida
Nascimento junho de 1075
Morte 4 de dezembro de 1137 (62 anos)
Breitenwang, Tirol
Filho(s) Gertrudes
Pai Gerardo de Suplingemburgo
Mãe Edviges de Formbach
Lotário II (junho de 1075 – 4 de dezembro de 1137), foi duque da Saxônia (1106), rei da
Germânia (1125) e Sacro Imperador Romano de 1133 a 1137.
Índice [esconder]
1 Ascendência
2 Duque da Saxônia
3 Eleição ao trono da Germânia
4 A questão dos papas rivais e a sagração como imperador
5 Casamento e descendência
6 Ver também
7 Ligações externas
Ascendência[editar | editar código-fonte]
Era filho de Gerardo de Suplingemburgo, e de Edviges de Formbach. Gerardo pertencia à alta
nobreza da Saxônia e à oposição ao imperador Henrique IV. Ele morreu em batalha,
combatendo o exército real, na mesma época do nascimento de seu filho. Cinco anos depois,
Edviges casou novamente, com Teodorico II da Lorena. Tinha uma irmã mais velha, Ida, que
casou com Siegardo X de Tengling, e, pelo segundo casamento de sua mãe, dois meios-irmãos
mais novos, Simão I da Lorena, e Gertrudes de Lorena, esposa de Florêncio II da Holanda.
Duque da Saxônia[editar | editar código-fonte]
Quando o duque Magno da Saxônia morreu sem descendentes varões, em 1106, Henrique V, o
último da dinastia sália de imperadores do Sacro Império, elegeu Lotário ao ducado da
Saxônia. Sua eleição foi designada para limitar a influência crescente dos dois candidatos
óbvios Henrique, o Negro, da dinastia de Guelfo, e Otão de Ballenstedt, da dinastia ascaniana,
ambos genros do duque Magno. Todavia, o tiro saiu pela culatra, pois Lotário criou uma força
nova poderosa na política saxã.
Ele expandiu sua autoridade através de herança e de conquista. De sua avó materna, Lotário
herdou o importante condado de Haldensleben, nordeste de Harz, e de sua sogra, as terras de
Brunsvique. Ele estendeu a autoridade ducal à área fronteiriça da Nordalbíngia, com o auxílio
em particular de Adolfo de Schaumburgo, a quem ele enfeudou, em 1111, com o Holstein-
Stormarn ao norte e ao leste de Hamburgo.
Em poucos anos, Lotário transformara-se efetivamente no líder de uma nação saxônica,
infligindo uma derrota severa ao exército imperial, em 1115, em Welfesholz, próximo a
Mansfeld. Posteriormente, demonstrou autonomia do controle imperial ao conferir, em 1123,
a Marca da Lusácia a Alberto I de Brandemburgo, e a Marca de Meissen a Conrado de Wettin.
Lotário ascendeu a uma proeminência tal que era um candidato suficientemente crível para
suceder como rei da Germânia após a morte do imperador Henrique V, em 1125. Após sua
eleição como rei, Lotário reteve o ducado da Saxônia, que se tornou o núcleo do reino.
Eleição ao trono da Germânia[editar | editar código-fonte]
À morte de Henrique V, emergiram quatro candidatos ao trono da Germânia:
Frederico II da Suábia;
Carlos I de Flandres (apoiado por Frederico de Colônia)
Leopoldo III da Áustria
Lotário de Suplingemburgo, duque da Saxônia
Então, em 25 de agosto de 1115, Lotário foi eleito rei, em grande parte, através das manobras
de Adalberto de Mainz. A eleição de Lotário como rei refletia o poder crescente da nobreza
que demonstrava sua liberdade para escolher um candidato desligado da dinastia anterior. Ele
foi coroado, em 13 de setembro daquele ano, em Aquisgrão.
A numeração dos governantes germanos segue uma seqüência cujo início está no Império
Carolíngio e no Reino dos Francos Orientais. Lotário é assim visto como sucessor do imperador
Lotário I (que governou entre 843 e 855) e do rei Lotário II da Lotaríngia (855-869), cuja maior
parte do reino foi absorvida pela Germânia. Entretanto, como Lotário II não foi imperador e
nem governou a Germânia propriamente, alguns historiadores não o contam na sequência
germana e logo consideram Lotário de Suplingemburgo como o segundo de seu nome e não o
terceiro.
A questão dos papas rivais e a sagração como imperador[editar | editar código-fonte]
Em 1130, Lotário se envolveu na disputa entre os papas rivais Anacleto II e Inocêncio II, na
esperança de assegurar um retorno ao direito pleno de investidura. Lotário tomou o partido de
Inocêncio II enquanto que Anacleto II tinha o apoio de Rogério II da Sicília.
Em agosto de 1132, Lotário se encarregou de uma expedição à Itália pelo propósito duplo de
derrubar Anacleto e de ser coroado imperador por Inocêncio. A coroação tomou lugar enfim
em Latrão, em 4 de junho de 1133, estando Anacleto e seus partidários no seguro controle da
Basílica de São Pedro. Todavia, de outra maneira, a expedição tornou-se abortiva. Ele deu a
Inocêncio a posse das terras anteriormente pertencentes a Matilde da Toscana, em troca de
um usufruto sobre elas, e instalou seu genro, Henrique X da Baviera.
Após a expulsão de Inocêncio II de Roma por Rogério II da Sicília, em 1136, Lotário lançou uma
nova expedição à Itália, que também não se mostrou muito decisiva. Depois que o exército
imperial tomou Benevento e Bari, Rogério ofereceu negociações de paz, mas disputas
jurisdicionais entre o papa e o imperador, Lotário e seu exército retornaram para a Germânia.
Ele morreu durante a viagem, em Breitenwang, no Tirol, aos 62 anos. Seu corpo foi sepultado
em Königslutter, a leste de Brunsvique, na Baixa Saxônia.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Em 1100, Lotário casou com Ricarda de Northeim, a filha mais velha de Henrique I de
Northeim, e de Gertrudes de Brunsvique. O casal teve uma única filha, nascida após quinze
anos de união, durante as festas da Páscoa:
Gertrudes (18 de abril de 1115 - 18 de abril de 1143), casada, em 29 de maio de 1127, com
Henrique X da Baviera, para quem Lotário deu sua filha como recompensa pelo voto decisivo
em sua eleição como rei.
Pouco antes de morrer, Lotário, elegeu seu genro como seu sucessor no ducado da Saxônia,
mas ele não pôde prevalecer nisto contra Conrado de Hohenstaufen, irmão de seu
concorrente nas eleições, Frederico II da Suábia. Ele fora eleito anti-rei da Germânia por seus
partidários na Francônia e na Suábia, em dezembro de 1127, entretanto, foi finalmente
derrotado na Batalha de Mühlhausen, na Turíngia, em 1135.
Então, na eleição subsequente à morte de Lotário, Conrado derrotou Henrique e a era
Hohenstaufen de reis da Germânia e de imperadores começou.
Henrique morreu dois anos depois, provavelmente envenenado, combatendo Conrado. Seu
corpo foi sepultado junto ao de seu sogro. Ele e Gertrudes também tiveram um rebento, mas
um menino, nascido em 1129 chamado Henrique como o pai, cognominado o Leão, que viria a
recuperar sua herança tomada pelo novo rei.
Gertrudes casou novamente, em 1 de maio de 1142, com Henrique II, marquês da Áustria, e
morreu no parto de sua filha, Ricarda.
Ricarda de Northeim sobreviveu tanto a seu esposo quanto à filha e auxiliou seu neto a
recuperar a Saxônia, falecendo em 1141.
Dinastia de Hohenstaufen
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Conrado III, primeiro rei da dinastia Hohenstaufen no trono do Sacro Império Romano-
Germânico.
Frederico I da Germânia
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Disambig grey.svg Nota: Se procura o pirata também conhecido por Barbaruiva ou Barbarossa,
veja Capitão Khizr.
Frederico Barbarossa
Imperador do Sacro Império Romano
Die deutschen Kaiser Friedrich I.jpg
O imperador Frederico I, por Max Barack
Governo
Reinado 1155 – 1190
Antecessor(a) Lotário III
Sucessor(a) Henrique VI
Vida
Nascimento 1122
Morte 10 de junho de 1190 (68 anos)
Cilícia
Pai Frederico II da Suábia
Mãe Judite de Guelfo
Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 10 de junho de 1190) -
também conhecido por Frederico Barba-Ruiva, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o
Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva - foi imperador do Sacro
Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190), e, com nome de Frederico
III, duque da Suábia (1147-1152, 1167-1168). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen
(Staufen). O nome "Barbaroxa", forma aportuguesada do italiano "barbarossa" (isto é, barba
ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba
vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.
Índice [esconder]
1 Governo
2 Relações familiares
3 Curiosidades
4 Bibliografia
Governo[editar | editar código-fonte]
O Sacro Império Romano-Germânico conheceu um momento de beleza com Frederico I Barba-
Ruiva, que conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na
Europa ocidental. No século XIX, foi reconhecido como precursor da unidade do povo alemão.
Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147.
À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano
de 1152.
Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a
posição imperial tanto na Germânia como na península Itálica. Inicialmente pretendeu
pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o
imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.
Frederico I Barbarossa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).
Foi filho de Frederico II da Suábia, duque da Suábia (1090 - 1147) e de Judite de Baiern (1100 -
1132), filha de Henrique IX de Stolze "O negro", duque da Baviera e de Vulfilda da Saxônia.
Casou por duas vezes, a primeira em 1147 com Adelaide de Voburgo (1125 -?) de quem não
teve filhos e a segunda em 1156 com Beatriz I da Borgonha (1145 -1184), filha de Reinaldo III
da Borgonha (1093 - 1148) e de Ágata da Lorena (1122 - 1147) de quem teve:
Frederico V da Suábia, duque da Suábia (16 de julho de 1164 -?)
Henrique VI de Hohenstaufen (1165 - 1197), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico,
casou com Constança de Altavila, princesa da Sicília.
Conrado de Hohenstaufen, duque da Suábia, (1172 -?), casou com Berengária de Castela
(Segóvia, 1 de junho de 1180 - Las Huelgas, 8 de novembro de 1246), infanta de Castela e mais
tarde Rainha de Castela.
Otão I da Borgonha (1175 -?), conde palatino da Borgonha, casou com Margarida de Blois.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstauten, como também é referido, duque da Suábia, (1176 -
1208) casou com Irene Angelina (1180 - 1208), Rainha de Constantinopla, filha de Isaac II
Ângelo (1156 - 1204) e de Margarida Maria de Monteferrat.
Beatriz de Hohenstaufen, casou com Guilherme II de Thiers, conde de Châlon
Inês de Hohenstaufen
Curiosidades[editar | editar código-fonte]
No jogo Age of Empires II, existe uma campanha em homenagem a Barbarossa, contando
desde a fundação do Sacro Império Romano até a sua morte, além de ter dois capítulos sobre
a traição de Henrique, o Leão (Henrique Guelfo), sendo que o próprio Henrique, o Leão é o
narrador da campanha.
No livro Baudolino, de Umberto Eco, ele é um dos personagens principais, sendo pai adotivo
de Baudolino, personagem que dá nome à obra. No livro ele não morreu afogado, mas sim
assassinado e depois teve o seu corpo jogado no rio.
A popularidade de Barbarossa foi tão grande e tamanha que deu origem a um mito messiânico
na Alemanha, em que se acreditava que Frederico I não havia morrido e um dia voltaria para
salvá-la do caos. Influenciou também o mito do Sebastianismo em Portugal.
O plano de invasão da URSS por forças do Eixo no verão de 1941 foi chamada de Operação
Barbarossa em sua homenagem.
Henrique VI da Germânia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Henrique VI, Sacro Imperador Romano-Germânico)
Henrique VI
Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich VI.jpg
Henrique VI
Governo
Vida
Nascimento novembro de 1165
Nimegue, Países Baixos
Morte 28 de setembro de 1197 (31 anos)
Messina, Itália
Sepultamento Palermo, Itália
Pai Frederico I
Mãe Beatriz I da Borgonha
Henrique VI da Germânia ou Henrique VI de Hohenstaufen (Nimega, novembro de 1165 –
Messina, 28 de setembro de 1197), imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou
com Constança de Altavila, princesa da Sicília. Foi rei da Alemanha entre 1190 e 1197 e
imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1191 e 1197.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Relações familiares
3 Ver também
4 Notas e referências
5 Bibliografia
Biografia[editar | editar código-fonte]
Otão IV de Brunsvique
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(Redirecionado de Oto IV, Sacro Imperador Romano-Germânico)
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Otão IV
Sacro Imperador Romano-Germânico
Acontecimientos[editar]
A la muerte del emperador Federico II dio comienzo una etapa de luchas internas, revueltas
ante un poder inexistente. Para intentar conseguir un mantenimiento de la paz en el Sacro
Imperio Romano Germánico se comenzaron a formar ligas, aunque no se consiguió
plenamente. Se procedió a nombrar a un nuevo emperador, eligiendo los Güelfos a Ricardo de
Cornualles y los Gibelinos a Alfonso X de Castilla. Ricardo fue coronado en Aquisgrán mientras
que en Castilla se dio inicio el Fecho del Imperio, la aspiración de Alfonso X de Castilla para
conseguir el trono imperial. Se convocaron Cortes en Castilla para recaudar dinero que hiciera
posible al rey el luchar por el trono imperial, pero las Cortes Castellanas le denegaron el dinero
al considerar que la aspiración del rey castellano era algo personal. Por ello, Alfonso X no
acudió a Alemania y no pudo ser coronado. Sin embargo, Ricardo de Cornualles murió y se
eligió a Rodolfo de Habsburgo, un noble mediano. Alfonso X de Castilla renunció finalmente a
sus derechos al trono imperial en 1284, dejando el camino libre a Rodolfo, quien buscó
favorecer su patrimonio familiar para asegurar su dinastía.
Durante estos reinados siempre se siguió buscando la expansión hacia el este del Vístula,
conquistando emplazamientos polacos, prusos, estonios, letonios… Un hecho de gran
importancia fue que en este período tan inestable el norte de Italia se separó definitivamente
del Sacro Imperio Romano Germánico, siendo a partir de entonces los emperadores alemanes
nombrados de iure reyes de Italia, pero no de facto. En Italia hubo también luchas entre
Güelfos y Gibelinos, pero con una ideología política diferente a la alemana, siendo luchas entre
familias italianas.
Rodolfo I da Germânia
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Rodolfo I da Germânia
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Cenotáfio de Rodolfo na catedral de Speyer
Rei da Germânia
(formalmente Rei dos Romanos)
Reino 29 de setembro de 1273 - 15 de julho de 1291
Coroação 24 de outubro de 1273, na Catedral de Aachen
Predecessor (Ricardo da Cornualha)
Interregno
Sucessor Adolfo I de Nassau
Duque de Áustria e Estíria
Reinado 26 de agosto de 1278 - 1° de fevereiro de 1286
Predecessor Otacar II
Sucessor Meinardo II de Caríntia
Cônjuge Gertrudes de Hemburgo
Isabel da Borgonha, Rainha de Germânia
Nome completo
Rudolf von Habsburg
Casa Real Casa de Habsburgo
Pai Alberto IV de Habsburgo
Mãe Edviges de Ciburgo
Nascimento 1 de maio de 1218 (798 anos)
Morte 15 de julho de 1291 (73 anos)
Enterro Catedral de Speyer
Índice [ocultar]
1 Primeros años de vida
2 Ascenso al poder
3 Rey de Alemania
4 Muerte
5 Familia y descendencia
6 Bibliografía
7 Referencias
8 Enlaces externos
Primeros años de vida[editar]
Rodolfo nació en el Castillo de Limburgo cerca de Sasbach am Kaiserstuhl en la región de
Brisgovia. Hijo del conde Alberto IV de Habsburgo y de Eduviges, hija del conde Ulrico de
Kyburg. A la muerte de su padre en 1239, heredó grandes propiedades alrededor de la casa
solariega del Castillo de Habsburgo en la región de Argovia, en la actual Suiza, así como en
Alsacia. En 1245, Rodolfo se casó con Gertrudis de Hohenberg, hija del conde Burkhard III de
Hohenberg, convirtiéndose así en un importante vasallo en Suabia.
Ascenso al poder[editar]
El conflicto en Alemania durante el Gran Interregno, tras la caída de la dinastía de los
Hohenstaufen, proporcionó una oportunidad al conde Rodolfo para aumentar sus posesiones.
Su esposa era una heredera Hohenberg, y al morir su tío materno sin hijos, el conde Hartmann
IV de Kyburg en 1264, también se apoderó de sus valiosas propiedades. Varios
enfrentamientos llevados a cabo con éxito contra los obispos de Estrasburgo y Basilea
aumentaron aún más su riqueza y reputación, incluyendo los derechos a través de varias zonas
de la tierra que él adquirió a abades y otros.
Estas diversas fuentes de riqueza e influencia hicieron que Rodolfo fuera el más poderoso de
los príncipes y nobles en el suroeste de Alemania (donde el ducado de Suabia tribal se había
desintegrado, dejando espacio para que sus vasallos llegaran a ser muy independientes)
cuando, en el otoño de 1273, los príncipes-electores se reunieron para elegir un rey después
de que Ricardo de Cornualles hubiera muerto en Inglaterra en abril de 1272. La elección de
Rodolfo en Fráncfort el 1 de octubre de 1273, cuando tenía 55 años, se debió en gran parte a
los esfuerzos de su cuñado, el burgrave Hohenzollern Federico III de Núremberg. El apoyo que
recibió del duque Alberto II de Sajonia y del elector Palatino Luis II se debía al compromiso de
matrimonio con dos de las hijas de Rodolfo.
Rey de Alemania[editar]
Rodolfo fue coronado Rey de Romanos en la Catedral de Aquisgrán el 24 de octubre de 1273.
Para ganar la aprobación del Papa, Rodolfo renunció a todos los derechos imperiales en Roma,
el territorio papal, y Sicilia, y se comprometió a liderar una nueva cruzada. El papa Gregorio X,
a pesar de las protestas de Otakar II de Bohemia, no sólo reconoció a Rodolfo, sino que
convenció al rey Alfonso X de Castilla (otro nieto de Felipe de Suabia), que había sido elegido
como rival del rey alemán en 1257 para suceder al conde Guillermo II de Holanda, a hacer lo
mismo. Por lo tanto, Rodolfo superó a los dos herederos de la dinastía de los Hohenstaufen a
los que antes había servido tan lealmente.
En noviembre de 1274 se decidió por la Dieta Imperial en Núremberg que todos los Estados de
la corona incautados desde la muerte del emperador Federico II debían ser restaurados, y que
el rey Otakar II debía responder a la Dieta por no reconocer al nuevo rey. Otakar se negó a
comparecer o a devolver los ducados de Austria, Carintia, Estiria, con la Marca de Carniola, que
había reclamado a través de su primera esposa, una heredera Babenberg, y de la que él se
había apoderado mientras ellos disputaban con otro heredero Babenberg, el margrave
Herman VI de Baden. Rodolfo refutó la sucesión de Otakar al patrimonio Babenberg,
declarando que las provincias revirtieran a la Corona Imperial debido a la falta de herederos de
la línea masculina (una posición que, sin embargo, entraba en conflicto con las disposiciones
del Privilegium Minus de Austria). Otakar fue puesto bajo la proscripción imperial, y en junio
de 1276 se le declaró la guerra.
Habiendo persuadido al antiguo aliado de Otakar, el duque Enrique XIII de la Baja Baviera de
cambiar de bando, Rodolfo obligó al rey de Bohemia a ceder las cuatro provincias para el
control de la administración real en noviembre de 1276. Rodolfo entonces reinvistió a Otakar
con el Reino de Bohemia, prometiendo a una de sus hijas con el hijo de Otakar, Wenceslao II, e
hizo una entrada triunfal en Viena. Otakar, sin embargo, planteó cuestiones acerca de la
ejecución del tratado, hizo una alianza con algunos jefes Piastas de Polonia y se procuró el
apoyo de varios príncipes alemanes, incluyendo de nuevo a Enrique XIII de la Baja Baviera.
Para hacer frente a esta coalición, Rodolfo formó una alianza con el rey Ladislao IV de Hungría
y dio privilegios adicionales a los ciudadanos de Viena. El 26 de agosto de 1278, los ejércitos
rivales se encontraron en la Batalla de Marchfeld. Rodolfo reunió cerca de 20.000 soldados
que, sumados a los 18.000 aportados por Ladislao, consiguieron vencer a las tropas checas y
germánicas de Otakar, que murió en la batalla. La Marca de Moravia fue sometida y su
gobierno se encomendó a los representantes de Rodolfo, dejando a la viuda de Otakar,
Cunigunda de Eslavonia, la única provincia que rodea Praga, mientras que el joven Wenceslao
II fue nuevamente prometido a Judith, la hija menor de Rodolfo.
Rodolfo volvió a interesarse por las posesiones en Austria y las provincias adyacentes, que
pasaron al dominio real. Pasó varios años implantando su autoridad allí, pero encontró algunas
dificultades en el establecimiento de su familia como sucesores del imperio de esas provincias.
Por fin se superó la hostilidad de los príncipes. En diciembre de 1282, Rodolfo invistió en
Augsburgo a sus hijos, Alberto y Rodolfo II, con los ducados de Austria y Estiria y sentó las
bases del poder territorial de los Habsburgo en la Europa central. Además, hizo los doce años
de Rodolfo como duque de Suabia, una dignidad más que titular, como el ducado había estado
sin un gobernante real, tras la ejecución de Conradino de Hohenstaufen. El duque Alberto de
27 años de edad (casado desde 1274 con una hija del conde Meinhard II de Gorizia-Tirol (1238-
95) fue lo suficientemente capaz de mantener cierta influencia en el nuevo patrimonio.
En 1286 el rey Rodolfo invistió completamente en el ducado de Carintia, una de las provincias
conquistadas a Otakar, al suegro de Alberto, el conde Meinhard. Los Príncipes del Imperio no
permitieron a Rodolfo dar todo lo que se había recuperado de los dominios reales a sus
propios hijos, y sus aliados también necesitaban sus recompensas. Volviendo hacia el oeste, en
1281 obligó al conde Felipe I de Saboya a ceder parte de su territorio. A continuación, obligó a
los ciudadanos de Berna a pagar el tributo que habían estado negando, y en 1289 marchó
contra el sucesor del conde Felipe, Otón IV de Borgoña, obligándolo a rendir homenaje.
En 1281 murió su primera esposa. El 5 de febrero de 1284, se casó con Isabel de Borgoña, hija
del duque Hugo IV de Borgoña, vecino occidental del Imperio en el Reino de Francia.
Rodolfo no tuvo mucho éxito en el restablecimiento de la paz interna. Las órdenes fueron
efectivamente emitidas para el establecimiento de la paz en Baviera, Franconia y Suabia, y
después por todo el Imperio. Pero el rey no tenía el poder, los recursos o la determinación
para exigir su cumplimiento.
En 1291, trató de asegurar la elección de su hijo Alberto como rey alemán. Sin embargo, los
electores se negaron alegando incapacidad para soportar dos reyes, pero en realidad, tal vez,
recelosos del creciente poder de la Casa de Habsburgo. Tras la muerte de Rodolfo eligieron al
conde Adolfo de Nassau.
Muerte[editar]
Rodolfo murió en Espira el 15 de julio de 1291 y fue enterrado en la catedral de esta ciudad.
Aunque tuvo una numerosa familia, sólo le sobrevivió un hijo, Alberto, más tarde rey de
Alemania como Alberto I de Habsburgo. La mayoría de sus hijas también le sobrevivió, excepto
Catalina, que murió en 1282, y Hedwig, en 1285.
En la Divina Comedia, Dante encuentra a Rodolfo sentado fuera de las puertas del Purgatorio
con sus contemporáneos, y le regaña por <<haber descuidado lo que debería haber hecho>>.
Familia y descendencia[editar]
Rodolfo se casó dos veces. Primero en 1245 con Gertrudis de Hohenberg y luego con Isabel de
Borgoña, hija de Hugo IV. Todos los hijos lo fueron de su primer matrimonio.
Adolfo de Nassau
Adolfo de Nassau (c. 1248 ou c. 1255 - 1298) foi rei dos Romanos e rei da Germânia.
Era um dos quatro filhos de Adelaide de Katzenelnbogen e Walram II de Nassau, conde de
Nassau-Wiesbaden, de Nassau-Weilburgo e Nassau-Idstein, em 1276, uma das mais antigas e
prestigiadas famílias da Europa. Perto de 1271 casou com Imagina de Limburgo, filha de
Gerlier ou Gerlach I, Conde de Isemburgo.
Tornou-se Rei dos romanos de 6 de janeiro de 1292 a agosto de 1298 por influência de
Venceslau II da Boêmia. Representava a reação do particularismo alemão à ambição dos
Habsburgos. Sua política foi oposta à de seu antecessor Rodolfo I da Germânia ou de
Habsburgo, trazendo ao Império maior atenção sobre o Ocidente.
Aliado de Eduardo I da Inglaterra contra Filipe IV de França, o Belo que invadira o Franche-
Comté e o Brabante. Em 1294 Alberto (1240-1314), o desnaturado, conde da Turíngia e
marquês da Mísnia, vendeu-lhe suas terras, o que provocaria uma longa guerra de reconquista
efetuada por seus filhos. Morreu em 1298, na Batalha de Göllheim contra seu rival Alberto de
Habsburgo.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Gerlach ou Gerlier I (1288-1361), co-Conde de Nassau-Wiesbaden 1298-1324, Conde de
Nassau-Wiesbaden 1324, Conde de Nassau-Weilburgo 1298-1355, co-Conde de Nassau-
Weilburgo 1355 e Conde de Nassau-Idstein 1298.
Adolfo I (1307-1370), conde de Nassau-Wiesbaden, Conde de Nassau-Idstein em 1355, depois
da 2a partilha, 1361. É o tronco do Ramo Nassau-Idstein-Wiesbaden.
João I (1309-1371), Conde de Nassau-Weilburg em 1355 e tronco do Ramo Nassau-Weilburg-
Sarrebruck. Conde principesco em 1366.
Alberto I da Germânia
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Alberto I
Rei dos romanos
Governo
Reinado 24 de junho de 1298 –
1 de maio de 1308
Título(s) Duque da Áustria
Vida
Nascimento julho de 1255
Morte 1 de maio de 1308 (52 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer
Alberto I (julho de 1255 — 1 de maio de 1308) foi rei dos romanos e duque da Áustria, o filho
mais velho de Rodolfo I, conde de Habsburgo, e depois imperador do Sacro Império Romano, e
de Gertrudes de Hohenberg.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Em dezembro de 1282, Alberto foi investido com os com os ducados da Áustria, da Estíria, da
Carniola, e da Marca Vindica, os quais ele governaria junto com seu irmão Rodolfo II, até que
este ser obrigado a abdicar pelo Tratado de Rheinfelden, de 1 de junho de 1283. Impopular na
Áustria, reprimiu a revolta do inverno de 1287-1288 em Viena e a revolta de fevereiro de 1292
na Estíria.
Ao morrer Rodolfo I, em 1291, Alberto foi forçado a aceitar a eleição de Adolfo I de Nassau
como rei dos romanos, mas, com a deposição deste, em 24 de junho de 1298, foi eleito seu
sucessor. Adolfo se recusou a aceitar sua deposição e foi morto por Alberto na Batalha de
Göllheim, em 2 de julho de 1298.
Ele foi eleito rei dos romanos em Frankfurt, em 27 de julho, e foi coroado em Aix, em 24 de
agosto. O papa Bonifácio VIII se negou a reconhecê-lo até 1303, quando Alberto admitiu o
direito do papa de conceder a coroa imperial e prometeu que nenhum de seus filhos seria
eleito rei sem o consentimento papal.
Alberto reverteu a política anti-francesa de seu antecessor, consolidando uma aliança com a
França ao prometer seu filho Rodolfo à irmã de Filipe IV.
Em 1306, ele assegurou a coroa da Boêmia para seu filho Rodolfo, mas tentou em vão impor
seus direitos na Turíngia, em 1307.
Sua ação em abolir todos os pedágios no Reno desde 1250 levou à formação de uma liga
contra ele liderada pelos arcebispos renanos e pelo conde palatino do Reno; todavia, auxiliado
pelas cidades, ele logo esmagou o levante.
Apesar de severo, tinha um aguçado senso de justiça quando seus interesses não estavam
envolvidos, e poucos dos reis da Germânia possuíram uma inteligência tão prática. Ele
estimulava as cidades e, não satisfeito em emitir proclamações contra a guerra privada,
formou alianças com príncipes para reforçar seus decretos. Os servos, cujos erros raramente
atraíam atenção numa época indiferente aos clamores da humanidade comum, encontraram
um aliado neste monarca severo, assim como os judeus.
Ele estava a caminho de suprimir uma revolta na Suábia quando foi assassinado, próximo a
Brugg, por seu sobrinho João, que se sentia defraudado de sua herança pelo tio. Seu corpo foi
sepultado no Convento Cisterciano de Wettingen, e, em 1309, foi transferido para a Catedral
de Speyer.
No local onde morreu, sua esposa e sua filha Inês ergueram o mosteiro de Königsfelden.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Em 1274, Alberto casou com Isabel de Gorizia-Tirol, filha de Mainardo IV, conde de Gorizia e
do Tirol, e de Isabel da Baviera, com quem teve doze filhos:
Ana (c. 1280 - 19 de março de 1327), casada primeiro com Hermano II de Brandemburgo, em
outubro de 1295, e segundo com Henrique VI, duque de Wroclaw, em 1310
Inês (18 de maio de 1281 - 10 de junho de 1364), casada com André III da Hungria, em 13 de
fevereiro de 1296
Rodolfo (1282 - 4 de julho de 1307), duque da Áustria e da Estíria e rei da Boêmia
Isabel (m. 13 de maio de 1353), casada com Frederico, futuro duque da Lorena, em 6 de agosto
de 1306
Frederico (1289 - 13 de janeiro de 1330), sucedeu ao irmão como duque da Áustria e da Estíria
e posteriormente eleito rei dos romanos
Leopoldo (4 de agosto de 1290 - 28 de fevereiro de 1326), duque da Áustria e da Estíria junto
com Frederico
Catarina (outubro de 1295 - 18 de janeiro de 1323), casada com Carlos da Sicília, duque de
Calábria, em 1316
Alberto (12 de dezembro de 1298 - 20 de julho de 1358), posteriormente, duque da Áustria, da
Estíria, da Caríntia, de Carniola e do Tirol Meridional
Henrique (1299 - 3 de fevereiro de 1327), casado, em outubro de 1314, com Isabel de
Virneburgo, filha de Ruperto II, conde de Virneburgo
Mainardo (*1300), que morreu jovem
Otão (23 de julho de 1301 - 26 de fevereiro de 1339), duque da Áustria, da Estíria, da Caríntia,
de Carniola e do Tirol Meridional junto com Alberto
Judite (m. 5 de março de 1329), com Luís VI, conde Oettingen, em 26 de abril de 1319
Henrique VII (imperador do Sacro Império Romano-Germânico)
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Henrique VII
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich VII.jpg
Henrique VII
Governo
Casa Real Casa de Luxemburgo
Vida
Nascimento 1275 (741 anos)
Valenciennes
Morte 24 de agosto de 1313 (38 anos)
Buonconvento
Sepultamento Campo dei Miracoli
Filho(s) João, o Cego
Maria do Luxemburgo
Beatriz de Luxemburgo
Pai Henrique VI do Luxemburgo
Mãe Beatriz d'Avesnes
Henrique VII (c. 1275 – 24 de agosto de 1313) foi Rei da Germânia (ou Rex Romanorum) a
partir de 1308 e Sacro Imperador Romano-Germânico a partir de 1312. Ele foi o primeiro
imperador da Casa de Luxemburgo. Durante seu breve mandato ele revigorou a causa imperial
na Itálica e inspirou elogios de Dino Compagni e Dante Alighieri.
Ele era filho do Conde Henrique VI do Luxemburgo e Beatriz de Avesnes. Seu filho, João de
Luxemburgo, foi eleito rei Boêmia em 1310. Em 15 de agosto de 1309, Henrique VII anunciou
sua intenção de viajar a Roma e esperava que suas tropas estivessem prontas em 1º de
outubro de 1310. Ele então viajou para Roma para ser coroado imperador, título vago desde a
morte de Frederico II. Sua coroação foi em 29 de junho de 1312.
Biografía[editar]
Wenceslao era hijo del emperador germánico Carlos IV de Luxemburgo y su tercera esposa
Ana de Swidnica. Wenceslao casó en primeras nupcias con Juana de Baviera, el 29 de
septiembre de 1370, y tras su muerte, en segundas nupcias con Sofía de Baviera el 2 de mayo
de 1389. No obtante, no tuvo descendencia.
Hasta 1389 convocó frecuentes Dietas imperiales, pero a pesar de todo no pudo impedir las
continuas guerras entre las ligas de ciudades y los príncipes, que condujeron al Imperio a la
anarquía. El 2 de agosto de 1389, en la dieta en Eger (actual Cheb), se acordó una paz general.
A partir de 1389 abandonó Alemania y se retiró a Praga, por lo que los príncipes del Imperio
solicitaron el nombramiento de un Reichsverweser (vicario imperial) para Alemania, una
petición que fue rechazada por Wenceslao. Esto propició que empezara a fraguarse la idea en
los príncipes alemanes de deponer al rey. En 1395, el ascenso de Gian Galeazzo Visconti,
vicario imperial en Milán, al estatus de duque fue considerado como un desmembramiento del
Imperio e hizo posible que los electores actuaran como los defensores del la integridad del
Reich contra el rey derrochador.
En 1396 regresó a Alemania para atender las quejas de los príncipes, y pronto nombró regente
a su hermano Segismundo de Hungría antes de partir a Francia para intentar resolver el cisma
papal. Sin embargo, esto no impidió que los electores proclamaran en septiembre de 1399 su
intención de deponerle. Ahora el problema radicaba en encontrar un sucesor.
Wenceslao murió de un ataque del corazón durante una caza en los bosques próximos a su
castillo Nový Hrádek cerca de Kunratice (actualmente un distrito de Praga), dejando el país en
una profunda crisis política.
Roberto del Sacro Imperio Romano Germánico
Roberto con su esposa Isabel de Nuremberg.
Roberto y su esposa Isabel de Nuremberg, detalle de su tumba en la iglesia del Espíritu Santo,
Heidelberg.
Índice [ocultar]
1 Biografía
2 Matrimonio e hijos
3 Referencias
4 Bibliografía
Biografía[editar]
Roberto era hijo del Elector Roberto II del Palatinado y su esposa Beatriz de Aragón-Sicilia.
Varias fuentes mencionan Amberg como el lugar de nacimiento del príncipe. El sacerdote
dominico y cronista religioso John Meyer (1422-1482)1 por otra parte, proporciona el
Monasterio Liebenau en Worms. Allí, vivía su abuela viuda Irmengard de Oettingen (esposa de
Adolfo el honesto) como monja y la madre de Roberto, Beatriz de Aragón-Sicilia, a menudo se
quedaba con ella. Aquí en Worms también fue hasta los 7 años educado por su abuela.
En 1374 se casó con Isabel de Núremberg (1358-1411), desde 1385 hasta 1386 emprendió un
Viaje en Prusia.2 Junto con el Arzobispo de Maguncia, Juan II de Nassau, Roberto se puso a la
cabeza de los cuatro príncipes-electores que se reunió en la Fortaleza de Lahneck en
Oberlahnstein el 20 de agosto 1400 y declararon depuesto al rey Wenceslao de Luxemburgo.
Al día siguiente, los mismos cuatro electores se reunieron en Rhens a votar por Roberto como
el próximo rey de Alemania, por lo tanto la mayoría del colegio incluyendo el propio voto del
Elector Palatino. La ciudad de Fráncfort del Meno había sido cancelada para ser el lugar de
elección debido al rechazo a su candidatura. La elección fue seguida de la coronación de
Roberto en Colonia por el arzobispo Federico III de Saarwerden el 6 de enero de 1401.
Al carecer de una sólida base de poder en el Imperio, su gobierno permaneció impugnada por
la poderosa Casa de Luxemburgo, aunque el propio Wenceslao no tomó ninguna acción para
recuperar su título. Después que Roberto había ganado cierto reconocimiento en el sur de
Alemania, hizo una expedición al reino de Italia, donde esperaba recibir la corona imperial y
aplastar el imperio de Gian Galeazzo Visconti en el próspero Ducado de Milán. En el otoño de
1401 cruzó los Alpes, pero sus tropas, controladas antes de Brescia, se dispersaron y en 1402
Roberto, demasiado pobre para continuar la campaña, tuvo que regresar a Alemania.
La noticia de este fracaso aumenta el desorden en Alemania, pero el rey se encontró con un
cierto éxito en sus esfuerzos por restaurar la paz. Se ganó el apoyo de Inglaterra, por el
matrimonio de su hijo Luis con Blanca, la hija del rey Enrique IV en 1401 y en octubre de 1403
fue reconocido por el Papa Bonifacio IX. Sin embargo, fue sólo la indolencia de Wenceslao que
impedía su derrocamiento, y después de los intentos de ampliar su alodio habían causado
conflictos con varios estados dirigido por el arzobispo de Maguncia en 1406, Roberto se vio
obligado a hacer ciertas concesiones. La pelea se complicó por el cisma papal, pero el rey
estaba empezando a hacer algunos avances cuando murió en su castillo de Landskrone cerca
de Oppenheim en 18 de mayo 1410 y fue enterrado en la iglesia del Espíritu Santo en
Heidelberg. Sus logros le valieron el apellido clemens. Le sucedió como conde palatino por su
hijo Luis III.
Matrimonio e hijos[editar]
El contrajo matrimonio en Amberg, el 27 de junio de 1374 con Isabel de Núremberg, hija de
Burgrave Federico V de Hohenzollern y de Isabel de Meissen. Ellos tuvieron los siguientes hijos:
Durante su reinado fijó el centro de su imperio en la corte húngara de Buda (actual Budapest),
desde donde gobernó en sus últimos años a Bohemia y al Sacro Imperio Romano Germánico.
Fue enterrado en Nagyvárad (ahora llamada Oradea, en Rumania) junto a la tumba del rey San
Ladislao I de Hungría.
Índice [ocultar]
1 Biografía
1.1 Segismundo, margrave de Brandeburgo
1.2 Segismundo, rey de Hungría
1.2.1 Ascenso al trono húngaro
1.3 El rey húngaro contra los turcos invasores
1.4 Segismundo, rey cruzado
1.5 Emperador del Sacro Imperio Romano Germánico
2 Importancia de sus reinados
3 Referencias
4 Bibliografía
5 Enlaces externos
Biografía[editar]
Segismundo, margrave de Brandeburgo[editar]
Era el segundo hijo del emperador Carlos IV y nació en Núremberg. Fue margrave de
Brandeburgo en 1378 a los 10 años de edad, al suceder a su padre, hasta 1388 cuando
renunció a favor de su primo Jobst de Moravia. Después de la muerte de éste, en 1411,
Segismundo volvió a convertirse en margrave de Brandeburgo hasta 1415, cuando obsequió
con el territorio de esta marca a Federico I de Núremberg, dando lugar a que la familia de los
Hohenzollern pasase a ser la más importante de Alemania.
Primero ascendió sola al trono la joven reina María, aconsejada y protegida por su madre
Isabel de Bosnia, la viuda de Luis I. Sin embargo, Carlos II de Hungría, un pariente lejano de los
Anjou de Nápoles, fue llamado al reino por una facción de la nobleza húngara y fue coronado
como rey húngaro. Su reinado duró muy poco y, luego de que fuera asesinado por fieles de las
reinas Isabel y María, estalló una guerra civil en el reino húngaro, la cual fue apaciguada por
Segismundo dando enormes extensiones de territorio y puestos de gobierno a los nobles
descontentos. En este momento el reino se convirtió finalmente en la nación con grandes
latifundios que seguirá existiendo casi por más de medio milenio. El matrimonio de
Segismundo con la reina María I de Hungría, hija del fallecido Luis I de Hungría, aseguró su
estabilidad en el trono, y pronto hizo renunciar a su esposa a los derechos reales,
desplazándola a un segundo plano alrededor de 1388. Una de las condiciones para mantener
el trono era que Segismundo debería estar siempre rodeado de nobles húngaros y todos los
cargos públicos deberían ser ocupados por húngaros, lo que sucedió de esta manera. El rey ya
de por sí se sentía más cómodo entre los húngaros que entre la gente germánica, y cada vez
que tenía oportunidad hacía gala de su dominio del idioma y vestía ropas reales húngaras.
Posteriormente, en 1392, Segismundo condujo una victoriosa campaña contra los turcos en
territorio húngaro, repeliéndolos hacia regiones serbias del sur, y en 1395 luchó contra ellos en
Valaquia y Moldavia. Por otra parte, la reina María falleció en 1395 al caer de su caballo
durante una cacería, dejando viudo al rey Segismundo, y de esta forma se concentró el poder
húngaro absoluto en el monarca. Segismundo hizo llevar el cuerpo de su fallecida esposa hasta
la ciudad de Gran Varadino, donde fue enterrada junto a la tumba del rey San Ladislao I de
Hungría, cuyo culto contaba con gran importancia en el reino, pues era el ejemplo del
caballero, rey y santo ideal. Segismundo ya desde pequeño había adoptado el culto a San
Ladislao (muy popular en la corte del rey Luis I) y en muchas ocasiones realizó donaciones al
monasterio, así como se ocupó de que varias estatuas fuesen erigidas en honor al santo rey
caballero húngaro.
La amenaza turca continuó avanzando, por lo cual el monarca húngaro decidió llamar a una
guerra cruzada, a la cual asistieron tropas francesas y se reunieron cerca de la actual Bulgaria.
Juan de Kanizsa, el arzobispo de Estrigonia, Nicolás Garai el Joven y muchos otros leales a
Segismundo avanzaron con sus ejércitos en 1396 hasta Nicópolis. Sin embargo, una apresurada
movida sobre la base de las estrategias del duque Juan I de Borgoña resultó en la derrota final
de los ejércitos cristianos frente a los otomanos del sultán Beyazid I en la Batalla de Nicópolis
(quedando registrado según muchos cronistas, por la imprudencia de los franceses que no
quisieron escuchar las sugerencias del rey húngaro). Segismundo consiguió escapar gracias a la
asistencia de uno de sus comandantes, el noble polaco Stibor de Stiboricz, quien era
igualmente amigo personal del monarca y voivoda de Transilvania. Al poco tiempo, una facción
de los nobles húngaros aún descontentos, y ahora frustrados por la derrota de Nicópolis, se
alzaron nuevamente contra Segismundo en 1401, arrestándolo y llevándolo luego al castillo de
Siklós. Ahí se formará la Liga de Siklós, donde Nicolás Garai el Joven y Armando II de Celje
liberarán al rey, asegurándole a él la corona y ellos recibiendo gran poder del monarca. Estos
dos nobles también conseguirán emparentarse con el rey Segismundo, comprometiendo en
matrimonio al monarca húngaro con Bárbara de Celje, hija de Armando, y a Nicolás Garai el
Joven con Ana de Celje.
En 1403, una nueva facción llamó al reino a Ladislao I de Nápoles, intentando sustituir a
Segismundo, pues éste era miembro de la Casa de Anjou, hijo del rey Carlos II de Hungría que
había sido asesinado en 1386 y estaba emparentado con el rey Luis I de Hungría. Ladislao de
Nápoles fue coronado ilegítimamente en los territorios húngaros del sur, pero pronto se
marchó temiendo la ira de Segismundo, y sin haber gobernado o siendo reconocido por los
historiadores húngaros como rey. Segismundo continuó en el poder durante los próximos
cuarenta años sin ninguna clase de obstáculo sucesorio.
Entre sus aliados más cercanos se hallaba el joven florentino Filippo de Ozora, quien
manejando hábilmente los números y cuentas pronto ascendió al grupo de los nobles más
poderosos del reino húngaro, destacándose también como un comandante militar eficiente.
Para crear una liga fuerte donde los monarcas vasallos de Hungría mostrasen su compromiso
en la lucha contra los turcos, Segismundo fundó la Orden del Dragón en 1408, y
posteriormente en 1409 y 1410 se enfrentó a la Orden Teutónica germánica. Tras la muerte
del rey Roberto del Sacro Imperio Romano Germánico (quien nunca había sido nombrado
emperador), Segismundo fue elegido en 1411 rey de Romanos, momento a partir del cual
luchó hasta 1413 contra Venecia. En 1419 murió el rey checo Wenceslao de Luxemburgo, y su
hermano menor, Segismundo de Hungría, heredó su trono. En 1424 se terminan las
remodelaciones en el palacio en Buda de Segismundo, su Sede real. Pero los otomanos no le
darán oportunidad de descansar, pues en 1427 atacaron y ocuparon la fortaleza de Galambóc
a orillas del Danubio al suroeste de Hungría.
A partir de 1430 el noble húngaro Juan Hunyadi (padre del futuro rey Matías Corvino de
Hungría) pasó a servir a Segismundo, convirtiéndose en caballero de su corte desde 1433 y
acompañándole inseparablemente en sus próximas batallas contra los protestantes husitas en
Bohemia. Igualmente viajó al Concilio de Basilea junto al rey húngaro, y posteriormente
cuando éste fue elegido emperador germánico, el noble húngaro estuvo presente en la
coronación de Segismundo (tras la muerte del monarca, Juan Hunyadi continuó apoyando al
nuevo rey Alberto de Hungría, yerno del fallecido rey).
Habiendo tenido ya a edad avanzada solamente una hija, Isabel de Luxemburgo, Segismundo
decidió resolver el problema sucesorio, nombrando heredero a Alberto de Habsburgo, quien
había tomado como esposa a la joven princesa húngara en 1421.
Segismundo de Hungría. Ilustración del Códice de la Crónica húngara de Juan Thuróczy. Siglo
XV.
Contrajo un segundo matrimonio en 1406 con Bárbara de Celje. Dos años más tarde fundó la
enigmática Orden del Dragón, cuyo objetivo era «defender la Santa Cruz y luchar contra los
enemigos de la Cristiandad», aunque más bien sirvió para que Segismundo se mantuviese en el
poder. A esta orden pertenecieron, entre otros nobles, el príncipe Vlad III de Valaquia (actual
Rumanía), del cual posteriormente surgiría el personaje de Bram Stoker, Drácula.
Durante los años de reinado de Segismundo como emperador germánico, las decisiones
políticas concernientes al Imperio se tomaron desde Hungría. Ante los otros príncipes
germánicos hostiles, el propio Segismundo habría dicho incluso en 1429: "Que si les place,
escojan para ellos mismos un nuevo rey, para mí será suficiente con Hungría. Ahí habría pan
para mí hasta el día de mi muerte."
Segismundo falleció en Znaim, el 9 de diciembre de 1437, y según sus designios fue enterrado
en la ciudad de Gran Varadino, junto a la tumba del rey San Ladislao I de Hungría. Tras su
fallecimiento, le sucedieron en el trono - como lo había previsto - su hija Isabel de Luxemburgo
(1409-1442), casada con el rey Alberto de Hungría.
Alberto II de Habsburgo
Alberto II de Habsburgo (Albrecht, em alemão; Albert, em húngaro) (Viena, 10 de agosto de
1397 — Neszmély, perto de Esztergom, 27 de outubro de 1439) foi rei da Germânia (1438-
1439, formalmente "rei dos romanos"), rei da Hungria (1437-1439, como Alberto I), rei da
Boêmia (1437-1439, como Alberto I) e duque da Áustria (1404-1439, como Alberto V). Casou-
se com Isabel, filha e herdeira do imperador Sigismundo, que o designou como seu sucessor.
Eleito imperador, não chegou a ser coroado pelo papa em Roma, como exigia o costume, e
portanto não envergava o título imperial, mas apenas o de rei dos romanos.
rederico III de Habsburgo
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Frederico III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Hans Burgkmair d. Ä. 005.jpg
Frederico III de Habsburgo
Governo
Título(s) Duque da Estíria, Caríntia, Carniola, Ferrette e Tirol, Landgrave da Alta Alsácia,
Duque da Áustria, Conde de Habsburgo
Vida
Nascimento 21 de setembro de 1415
Morte 19 de agosto de 1493 (77 anos)
Pai Ernesto I da Áustria
Assinatura Assinatura de Frederico III
Frederico III de Habsburgo, Frederico V da Áustria ou Frederico do Tirol (21 de setembro de
1415 — 19 de agosto de 1493), apelidado o do Lábio Grosso, foi Sacro Imperador Romano-
Germânico.
Família[editar | editar código-fonte]
Era o terceiro filho de Ernesto I, o Leão (1377–1424), Duque de Carniola e duque da Áustria em
1406 e Duque da Estíria ou Steiermark e Duque da Caríntia em 1411. Conde de Habsburgo, do
Tirol, de Ferrete, de Kyburg, Landgrave da Alta Alsácia, Arquiduque em 1414. Ernesto I casou-
se em 1392 com Margarida, enviuvando em 1410; era filha de de Bogislas V, Duque da
Pomerânia. Casou-se então em fevereiro de 1412 com Zimburga, também chamada
Gymburge, Cymbarka, Cymburge ou Cimburgis de Masóvia, nascida em Varsóvia, mais ou
menos em 1394 e morta em 1492. Era filha de Ziemovit IV Piast, Duque da Masóvia, e lhe deu
nove filhos.
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Morto o pai, vivia na corte do tio e guardião Frederico IV, Conde do Tirol. Governou em 1424
com seu irmão Alberto a Estíria e a Caríntia, sozinho depois da morte do irmão, em 1463.
Ao morrer em 1439 o imperador Alberto II, foi eleito Rei dos Romanos como Frederico III. Foi
coroado em Frankfurt em 2 de fevereiro de 1440 e em Aachen ou Aix-la-Chapelle em 17 de
junho de 1442.
Sendo o membro mais velho da casa de Habsburgo, era guardião do conde Sigismundo do Tirol
e desde 1440 também guardião de Ladislau (1440-1457), filho póstumo de Alberto II, herdeiro
da Boêmia, Hungria e Áustria.
Em 1445, um tratado secreto com o Papa Eugénio IV, que se transformou na Concordata de
Viena de 1448 foi assinada com o Papa Nicolau V.
Imperador coroado em Roma em 19 de março de 1452 pelo Papa Nicolau V - sendo o último
imperador ali coroado. O título imperial dava prestígio, pois a função imperial ainda estava
ligada a toda uma mitologia, certo messianismo: o mito do último imperador, que esmagaria
os muçulmanos, reuniria os povos e retomaria Jerusalém. Os mitos se mantinham dada a
divisão da cristandade e à expansão otomana: Viena foi sitiada em 1529 e em 1583. Em 1486,
opôs-se em vão à coroação do filho como rei dos romanos e se retirou para Linz, dedicando-se
à botânica, alquimia, astronomia. Foi governante incapaz, indolente, apesar de suas excelentes
qualidades pessoais. Reuniu todas as terras dos Habsburgo em 1490.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Casou-se em Roma em 16 de março de 1452 com a infanta D. Leonor de Portugal (nascida em
Torres Vedras em 8 de setembro de 1436 e falecida em Viena em 3 de setembro de 1467 ou
1476, filha do rei D. Duarte.
Teve cinco filhos:
Cristóvão (1455–1456)
Helena (1460–1461)
Cunegunda (Wiener Neustadt 16 de março de 1465–morta em 6 de agosto de 1520 Munique).
Casada em 1487 com Alberto IV de Wittelsbach (1447-1508) o Sábio, Duque da Baviera.
João 1466–1467).
Maximiliano I da Germânia (1459–1519) ou de Habsburgo, Arquiduque da Austria, co-regente
com o pai em 1486; Rei dos Romanos em 1486, Imperador em 1493, Landgrave da Alsácia.
Maximiliano I de Habsburgo
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Maximiliano I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Albrecht Dürer - Portrait of Maximilian I - Google Art Project.jpg
Maximiliano I, pintura de Albrecht Dürer, no Kunsthistorisches Museum
Governo
Reinado 1508-1519
Consorte Maria, Duquesa da Borgonha
Ana, Duquesa da Bretanha
Branca Maria Sforza
Título(s) Conde de Habsburgo, Arquiduque da Áustria,
Duque de Carniola, Duque da Caríntia, Duque da Estíria, Conde de Ferrete, Landegrave da Alta
Alsácia (1493), Conde do Tirol (1496), Rei dos Romanos 1486-1508.
Vida
Nascimento 22 de março de 1459
Wiener Neustadt
Morte 12 de janeiro de 1519 (59 anos)
Wels
Pai Frederico III de Habsburgo
Mãe Leonor de Portugal
Maximiliano I de Habsburgo (Wiener Neustadt, 22 de março de 1459 - Wels, 12 de janeiro de
1519) foi Sacro Imperador Romano de 1508 (de facto, a partir de 1493) até à sua morte.[1]
Maximiliano era filho do imperador Frederico III do Sacro Império Romano e da imperatriz D.
Leonor de Portugal[2] . Possuía também os títulos de conde do Tirol, duque da Estíria, senhor
da Suíça, duque da Caríntia e senhor da Suábia, por isso, ao conseguir ser eleito imperador do
Sacro Império, tornou-se o mais poderoso dos príncipes alemães desde Frederico II.
Casou-se em 1477 com sua prima materna a duquesa Maria de Borgonha (1457-1482) filha de
Carlos, o Temerário[3] . Enviuvando, Maximiliano lutou contra a França que queria anexar o
território borgonhês (o que de fato conseguiu). Reuniu um conselho de príncipes alemães,
para obter ajuda e se coroar rei da Itália, o que não veio a ocorrer[4] .
Em 1508, após reinar sobre o Sacro-Império por quinze anos sem o título, e com o
consentimento do Papa Júlio II, ele acaba com a necessidade de se cumprir a tradição do
Sacro-Imperador ser coroado pelo Papa para receber o título, bastando assim, somente a sua
eleição como tal[5] .
Foi sucedido no império por seu neto Carlos V de Habsburgo
Casamentos e posteridade[editar | editar código-fonte]
Maximiliano comprometeu-se em 1490 com Ana, Duquesa da Bretanha (1476-1514), mas o
casamento foi anulado em 1491 e Ana casou com o rei Carlos VIII de França, o Afável. Casou-se
ainda uma terceira vez em 1494 com Branca Maria Sforza (1472-1510), filha do Duque de
Milão Gian Galeazzo Sforza.
Filhos:
Margarida de Habsburgo, de Áustria ou de Saboia (n. 1480), que casou com:
Carlos VIII de França (anulado);
Infante João de Aragão (1478-1497), Príncipe das Astúrias
Felisberto II de Saboia (1480-1504), Duque de Saboia
Francisco (n. e m. 1481)
Filipe I de Castela (1478-1506), Rei de Espanha pelo casamento com a rainha Joana de Castela;
foi o pai de Carlos I de Espanha.
Ilegítimos:
Cornélio de Áustria (n.1507), filho de uma senhora de Salzburgo.
Jorge da Áustria (m. 1557).
Leopoldo de Áustria (1515-1557).
Carlos I de Espanha
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Carlos V & I
O jovem Maximilano.
Filho de Ana da Boêmia e Fernando I de Habsburgo, que o precedeu como imperador do Sacro
Império. Seu primo Rei Filipe II da Espanha, como filho de Carlos V, teria normalmente acesso
ao trono imperial, mas Maximiliano foi eleito em virtude de um acordo celebrado em 1553.
Maximiliano era considerado inteligente, tolerante e culto. Era patrono de artes e ciências e
decidiu transformar Viena em um grande centro intelectual[1] .
Políticas religiosas[editar | editar código-fonte]
Maximiliano, que se denominava "nem católico, nem protestante, mas cristão", embaraçava a
família por seus amplos conhecimentos sobre a religião dos protestantes. Como imperador,
assegurou liberdade aos luteranos e deplorava a intolerância espanhola e francesa.
Considerado por alguns como católico[2] , e por outros como protestante[3] . A sua declarada
simpatia pelos Luteranos[1] e pelos protestantes em geral[4] , fez com que, em 1562, ele fosse
obrigado a jurar viver e morrer na fé católica.
As políticas de Maximiliano sobre a neutralidade religiosa e a paz no Império dava aos católicos
e protestantes um espaço comum de liberdade de culto após as primeiras lutas da Reforma[1]
.
Apesar de decepcionar os príncipes protestantes alemães por sua recusa em investir nos
bispados administrados por protestante com seus feudos imperiais, Maximiliano concedeu
liberdade de culto à nobreza protestante, enquanto trabalhava para a reforma na Igreja
Católica Romana. Entre as suas propostas de reforma, estava uma que dava o direito aos
padres para se casarem, proposta que foi recusada por causa da oposição espanhola[1] .
Títulos[editar | editar código-fonte]
Arquiduque da Áustria, Duque de Carniola, Duque da Caríntia, Duque de Landgrave da Alta
Alsácia, Duque da Baixa Alsácia, Rei da Boêmia, Rei da Hungria e da Croácia e Imperador do
Sacro Império.
Maximiliano II também era membro da Ordem do Tosão de Ouro e da Ordem da Jarreteira.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Rodolfo II, retratado por Giuseppe Arcimboldo, como o deus romano Vertumnus
Rodolfo II foi um dos mais excêntricos monarcas europeus de todos os tempos. Colecionava
anões e possuía um regimento de gigantes em seu exército. Era rodeado por astrólogos e
fascinado por jogos, códigos e música. Rodolfo fazia parte dos nobres de seu período
orientados pelas ciências ocultas. Patrono da alquimia, financiou a impressão de literatura
alquimista. Além disso, seu gosto pelo excêntrico o fez um dos principais protetores e mecenas
de Giuseppe Arcimboldo pintor considerado por certos críticos um dos precursores ou
inspiradores do surrealismo, umas das principais vanguardas europeias do século XX. Uma das
principais obras do artista é justamente o retrato de Rodolfo II como o deus romano
Vertumnus pintado provavelmente entre 1590 e 1591 feito com vários tipos de frutas,
legumes, cereais e outros vegetais.
Deixou apenas uma filha bastarda, Carlota (morta em Malines em 1662) marquesa da Áustria,
que casou com Francisco Tomás (1589-1629 Besançon), príncipe de Cantecroix, da casa da
Borgonha-Ivrea.
Matias da Germânia
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Mateus
Sacro Imperador Romano-Germânico
Lucas van Valckenborch 003.jpg
Governo
Antecessor(a) Rodolfo II
Sucessor(a) Fernando II
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Boêmia
Vida
Nascimento 31 de julho de 1527
Viena
Morte 20 de março de 1619 (62 anos)
Viena
Mateus I da Germânia (em alemão: Matthias von Habsburg) (Viena, 24 de fevereiro de 1557-
Viena, 20 de março de 1619), filho de Maximiliano II e da infanta Maria de Habsburgo, filha de
Carlos V. Irmão e sucessor de Rodolfo II, foi Arquiduque de Áustria, Duque de Carniola, da
Caríntia, da Estiria, Conde do Tirol, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia, foi rei da Hungria de
1608 e da Boêmia de 1611 até 1619 e finalmente foi eleito Imperador do Sacro Império em
1611 pela incapacidade mental de seu irmão, assumindo assim o título imperial até a morte
deste, em 13 de junho de 1612.
Casou em 1611 com sua prima Ana do Tirol (nascida em Innsbruck em 4 de outubro de 1585 e
morta em 15 de dezembro de 1618 em Viena), filha do Arquiduque Fernando I, Conde do Tirol,
e de sua segunda esposa Ana Catarina de Gonzaga; Ana foi a fundadora da Igreja dos
capuchinhos no mausoléu dos Habsburgos, em Viena. Sem posteridade, Mateus foi sucedido
como imperador por seu primo Fernando II da Germânia (1619-1637) filho do arquiduque
Carlos da Estiria.
Fernando II de Habsburgo
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Fernando II
Imperador romano-germânico
Kaiser Ferdinand II. 1614.jpg
Fernando II
Governo
Reinado 1619- 1637
Antecessor(a) Matias I
Sucessor(a) Fernando III
Dinastia Habsburgo
Título(s) Rei da Boêmia, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 9 de julho de 1578
Graz
Morte 15 de fevereiro de 1637 (58 anos)
Viena
Fernando II de Habsburgo, (Graz, 9 de julho de 1578 – Viena, 15 de fevereiro de 1637) foi
imperador do Sacro Império Romano-Germânico de 1619 a 1637.
A totalidade do seu reinado desenrolou-se durante a guerra dos Trinta Anos, conflito que ele
contribuiu para deflagrar.
Outros títulos: Arquiduque da Áustria, (1617-1619 e novamente de 1620-1637), Duque da
Estíria de 1590-1637 e rei da Hungria de 1618-1625. Conde do Tirol 1632-1637; Rei da Boémia
1617-1619 e de 1620-1637; Rei da Hungria e Croácia 1619-1619 e de 1621-1637. Foi ainda
duque de Carniola, da Caríntia, landgrave da Alta e da Baixa Alsácia em 1619.
Sexto filho de Carlos II, arquiduque da Áustria, (1540-1590) e Maria Ana da Baviera (1551-
1608). Em 1615, foi escolhido como sucessor do imperador Matias (que morreria em 1619) no
reino eletivo da Hungria e Boêmia e como imperador, tendo os arquiduques mais velhos
renunciado aos seus direitos, e depois de ter ele comprado os direitos de Filipe III
prometendo-lhes a Alsácia. Os protestantes checos, entretanto, elegeram Frederico V, Eleitor
Palatino do Reno, e a luta entre os rivais iniciou a Guerra dos Trinta Anos.
Teve educação rígida pelos jesuítas da Universidade de Ingolstadt, na Baviera.
Governo[editar | editar código-fonte]
Católico fervoroso, seu reconhecimento como rei da Boêmia e a supressão do protestantismo
foram responsáveis pelos primeiros conflitos da Guerra dos 30 anos. Considerado o príncipe-
modelo da Contrarreforma.
Apoiado pelo exército da Santa Liga católica e campeão da Contrarreforma em seus Estados,
cujos nacionais tiveram que escolher entre a conversão e o exílio, e posteriormente no
império, onde quis restabelecer a autoridade imperial derrotando o protestantismo e
restabelecendo a unidade religiosa como católica.
Foi derrotado em Praga (Defenestração de Praga) e Frederico V, chefe da união protestante,
foi eleito em seu lugar Rei da Boêmia em agosto 1619.
Os checos, esmagados na Montanha Branca, perderam suas liberdades e sofreram repressão
severa. Em 8 de novembro de 1620 um exército de mercenários venceu os protestantes da
Boêmia, revoltados contra o Imperador, que atentava a sua liberdade de consciência. O conde
valão Jean de Tilly era comandante dos exércitos imperiais que liquidaram os adversários em
apenas duas horas numa colina nos arredores de Praga, chamada Montanha Branca ou, em
checo, Hila Bora. Após a batalha, o imperador exerceu feroz represália contra os súditos
protestantes na Boêmia. Em 21 de junho de 1621, dezenas de insurgentes foram decapitados
em Praga. Expulsa, a nobreza checa foi substituída por pequenos aristocratas católicos de
sangue alemão. A universidade foi entregue aos jesuítas e a germanófilos. Uma nova
constituição ligou a Boêmia aos demais Estados hereditários da família Habsburgo. Foi o final
da autonomia do reino, de população majoritariamente eslava, encravado no coração do
império germânico, onde teve sempre papel cultural e político importante. Mas foi também o
início de uma guerra entre protestantes e católicos que se espalhou pelo norte da Alemanha e
durou três dezenas de anos: a Guerra dos Trinta Anos. O resultado foi a diminuição da
população da Alemanha, reduzida à metade, e a ruína por dois séculos do seu poder político.
As tropas do duque da Baviera, católico, ocuparam o Alto Palatinado de 1621-3. Fernando III
atribuiu o Eleitorado do Palatinato ao duque da Baviera, Maximiliano, em 1623 e triunfou na
Dinamarca (com seu general Albrecht von Wallenstein) de 1625 a 1629. A conselho de
Wallenstein, tentou impor o Édito da Restituição, eleger seu filho como Rei dos Romanos.
Fracassou, dada a resistência dos príncipes alemães (católicos e protestantes) apoiados por
Richelieu.
A intervenção sueca, a diplomacia de Richelieu, a entrada da França e da Espanha na guerra,
em 1635, transformaram a luta em conflito internacional. Fernando não pode terminar
vitorioso e morreu sem ver o fim do conflito.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Em 23 de abril de 1600 casou-se com Maria Ana de Wittelsbach ou da Baviera (nascida em
Munique em 8 de dezembro de 1574 e morta em 8 de março de 1616 em Graz), filha de
Guilherme V o Pio Duque da Baviera. Tiveram sete filhos.
Casou em segundas núpcias em 4 de fevereiro de 1622 com Leonor Gonzaga (nascida em
Mântua em 23 de setembro de 1598 e morta em 27 de junho de 1655 em Viena), filha de
Vicente I Gonzaga, duque de Mântua, e de Leonor de Médici, princesa da Toscana.
Filhos:
Cristina (nascida e morta em 1601)
Carlos (nascido e morto em 1603)
João (nascido em 1605 e morto em 1619)
Cecília Renata (nascida em Graz, 16 de julho de 1611 e morta em Vilnius em 24 de março de
1644). Rainha da Polônia, pois em 1637 casou com Ladislau IV Vasa (1595-1648), rei da
Polônia; casou-se para obter apoio da Austria contra a Suécia. Enviuvando, ele ainda casou
com Maria Luísa Gonzaga.
Leopoldo Guilherme (nascido em Graz 6 de janeiro de 1614 e morto em Viena em 20 de
novembro de 1662), que foi Bispo de Passau, Bispo de Magdeburgo, de Bremen, de
Estrasburgo e de Breslau. Sebastião de Rostock, de nascimento modesto, foi vigário-geral e
administrador da diocese de Breslau durante seu bispado de 1565 a 1662 e o do arquiduque
Carlos José (1663-64), pois nenhum deles viveu no território de Breslau, e os sucedeu como
bispo.
João Carlos (nascido em Graz, 1 de novembro de 1605 e morto em Graz, 26 de dezembro de
1619).
Maria Ana (nascida em Graz em 13 de janeiro de 1610 e morta em Munique em 25 de
setembro de 1665 ). Kurfurstin da Baviera pois casou em 1635 com Maximiliano I de
Wittelsbach (?-1651) grande eleitor da Baviera.
seu terceiro filho e sucessor, Fernando III (nasceu em Graz, 13 de julho de 1608 e morreu em
Viena em 2 de abril de 1657).
Fernando III da Germânia
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Fernando III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Frans Luycx 002.jpg
Fernando III
Governo
Reinado 1619- 1637
Antecessor(a) Fernando II
Sucessor(a) Leopoldo I
Dinastia Habsburgo
Título(s) Rei da Boêmia, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 13 de julho de 1608
Graz
Morte 2 de abril de 1657 (48 anos)
Viena
Fernando III da Germânia (Graz, 13 de julho de 1608 – Viena, 2 de abril de 1657) foi
arquiduque austríaco da Casa dos Habsburgo e de 15 de fevereiro de 1637 até a sua morte em
1657, Sacro Imperador Romano-Germânico.
Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Infância e juventude
1.2 Comandante-em-chefe
1.3 Imperador
2 A personalidade
3 Família
4 Ver também
5 Ligações externas
Vida[editar | editar código-fonte]
Infância e juventude[editar | editar código-fonte]
Fernando III foi o terceiro filho de Fernando II e Maria Ana da Baviera. Educado pelos jesuítas
em Ingolstadt, foi bom músico, letrado notável. Johann Jakob von Dhaun, cavaleiro da Ordem
dos Hospitalários, exerceu também grande influência na educação do príncipe.
Arquiduque da Áustria, em dezembro de 1625 foi corado, em 8 de dezembro de 1626, Rei da
Hungria e Croácia e em 21 de novembro de 1627, Rei da Boêmia. Depois disso, ele requereu o
comando supremo das tropas imperiais e a participação nas campanhas de Albrecht von
Wallenstein, unindo-se aos inimigos de Wallenstein e contribuindo para a sua destituição.
Comandante-em-chefe[editar | editar código-fonte]
Depois da morte de Wallenstein ele se tornou, em 2 de maio de 1634, comandante-em-chefe e
com o apoio dos generais Matthias Gallas e Octavio Piccolomini, tomou Donauwörth e
Ratisbona, venceu em setembro de 1634 a Batalha de Nördlingen e expulsou os suecos do sul
da Alemanha. Devido às suas conquistas ele adquiriu também influência política. Líder do
partido pacifista da corte, ele ajudou a negociar a Paz de Praga com os Estados protestantes,
especialmente com a Saxônia em 1635. Mais tarde seguiu as estratégias de guerra de seu
irmão, o Arquiduque Leopoldo Guilherme.
Imperador[editar | editar código-fonte]
Em 30 de dezembro de 1636 ele se tornou Rei dos Romanos, em 15 de fevereiro de 1637,
depois da morte de seu pai, Sacro Imperador Romano-Germânico. Herdando a situação criada
pela Guerra dos Trinta Anos, ele buscou incansavelmente estabelecer negociações de paz, que
foram iniciadas em 1644, mas só foram concluídas em 1648 com a Paz de Vestfália (Tratado de
Münster com a França e Tratado de Osnabrück com a Suécia). A firme recusa de Fernando em
permitir a liberdade de culto em seus territórios e a retomada da expulsão dos rebeldes
(Contrarreforma), contribuíram enormemente para o atraso da conquista dos acordos de paz.
Depois de Fernando ter conseguido que a Reichstag em Ratisbona elegesse seu filho, Fernando
IV, Rei dos Romanos, em 1653, apesar deste morrer antes dele em 9 de julho de 1654 e de ter
estabelecido uma aliança com os poloneses contra os suecos, ele morreu em 2 de abril de
1657.
A personalidade[editar | editar código-fonte]
Fernando tinha uma grande e imponente personalidade, igualmente religioso, porém menos
fanático e nacionalista que seu pai, ao mesmo tempo um protetor das artes e das ciências,
bom músico e compositor. Wolfgang Ebner publicou em 1648, em Praga, uma de suas árias
com 36 variações; uma canção para quatro vozes, Melothesia Caesarea, a primeira parte de
sua música sacra Masurgie, e uma simples canção para coral sobre o salmo Miserere foram
publicados no jornal de Leipzig Allgemeinen musikalischen Zeitung, em 1826.
Família[editar | editar código-fonte]
Em 20 de fevereiro de 1631 Fernando III casou com sua prima, a infanta Maria Ana de Espanha
(Madri, 18 de agosto de 1606 – Linz, 13 de maio de 1646), filha mais nova de Filipe III e de
Margarida da Áustria (1584-1611), Rainha e Regente da Espanha (1665-75). Tiveram seis filhos:
Fernando IV da Hungria apelidado Nando (Viena, 8 de setembro de 1633 – Viena, 9 de julho de
1654) Rei da Boêmia (1646), da Hungria e Croácia (1647), Rei dos Romanos (1653). Sem
posteridade.
Mariana da Áustria (Viena, 23 de dezembro de 1634 – Madri, 16 de maio de 1696). Rainha da
Espanha, de Nápoles, da Sicília, dos Países Baixos, Rainha titular de Jerusalém pois se casou em
1649 com seu tio materno viúvo, Filipe IV de Espanha (1605-1665). Foi Regente de seu filho
1665-75 Carlos II de Espanha, último rei da Casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha,
Nápoles e Sicília.
Filipe Augusto, Arquiduque da Áustria (1637 – 1639).
Maximiliano Tomás, Arquiduque da Áustria (1638 – 1639).
Leopoldo I da Germânia (Viena, 9 de junho de 1640 – Viena, 5 de maio de 1705). Arquiduque
da Áustria em 1658.
Maria da Áustria (1646).
Enviuvando Fernando III casou, em 1648, com sua prima Maria Leopoldina (Innsbruck, 6 de
abril de 1632 – Viena, 7 de julho de 1649), Arquiduquesa da Áustria. Ela era a filha mais nova
do arquiduque Leopoldo V da Áustria, conde do Tirol e de Cláudia de Médici. Deste casamento
tiveram um único filho:
Carlos José da Áustria (Viena, 7 de agosto de 1649 – Linz, 27 de julho de 1664). Ele foi bispo de
Passau, de Olomouc, de Breslau e grão-mestre dos Cavaleiros Teutônicos de 1662 até sua
morte.
Em 1651, Fernando III casou com Leonor Gonzaga, princesa de Mântua (Mântua, 18 de
novembro de 1630 – Viena, 6 de dezembro de 1686), filha de Carlos de Gonzaga-Nevers,
Duque de Rethel e de Mayenne. Deste casamento nasceram quatro filhos:
Teresa Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (1652 – 1653).
Leonor Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (Ratisbona, 21 de maio de 1653 – Viena, 17 de
dezembro de 1697). Foi Rainha da Polônia pois casou em 1670 com Michał Korybut
Wiśniowiecki (31 de julho de 1640 – 10 de novembro de 1673), Rei da Polônia e depois com
Carlos V da Lorena (1643-1690).
Maria Ana Josefa, Arquiduquesa da Áustria (Viena, 20 de dezembro de 1654 – Viena, 4 de abril
de 1689). Condessa do Palatinado-Neuburgo porque casou em 1678 com João de Wittelsbach-
Duas-Pontes, Eleitor Palatino do Reno.
Fernando José, Arquiduque da Áustria (1657 – 1658).
eopoldo I da Áustria
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Leopoldo I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Kaiser-Leopold1.jpg
Leopoldo I
Governo
Reinado 1658 — 1705
Antecessor(a) Fernando III
Sucessor(a) José I
Dinastia Habsburgo
Título(s) Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 9 de junho de 1640
Viena
Morte 5 de maio de 1705 (64 anos)
Viena
Pai Fernando III da Germânia
Mãe Maria Ana de Espanha
Leopoldo I da Áustria, também chamado de Leopoldo de Habsburgo (Viena, 9 de junho de
1640 - 5 de maio de 1705) foi o segundo filho do imperador Fernando III, e de sua esposa
Maria Ana, infanta da Espanha, filha de Filipe III de Espanha.
Da dinastia de Habsburgo, foi o 38.º imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Destinado à carreira religiosa, com a morte do irmão mais velho Fernando IV, herdeiro do
trono da Áustria, foi coroado rei da Hungria em 1655, aos 15 anos. Em 1656, rei da Boêmia e,
em 1658, com 18 anos, após a morte do pai, proclamado rei da Áustria. Reinou 47 anos e
casou-se três vezes. Em julho de 1658, foi eleito imperador do Sacro Império Romano-
Germânico em Frankfurt, um ano depois da morte do pai.
Títulos: Duque de Carniola, da Caríntia, da Estíria, Conde do Tirol, 1657. Arquiduque Leopoldo
VIII da Áustria em 1658.
Aliado da Polônia contra o rei Carlos X da Suécia, combateu o Império Otomano. Assinou o
Tratado de Nimegue com a França em 1679, integrou a Grande Aliança contra Luís XIV em
1689. Entrou com seus exércitos na Guerra da Sucessão da Espanha em apoio ao filho, o
Arquiduque Carlos, que pretendia o trono como Carlos III da Espanha contra o Duque de
Anjou, afinal Filipe V de Espanha.
Lutou contra o expansionismo francês de Luís XIV, para quem perdeu, em 1697, o território de
Estrasburgo pelo Tratado de Rijswijk ou Ryswick. Rechaçou os turcos otomanos, que chegaram
a sitiar Viena, capital da Áustria em 1683, graças principalmente ao talento militar do príncipe
Eugénio de Sabóia. Em 1699, através do Tratado de Karlowitz, tirou a Hungria do domínio
turco-otomano.
Reprimiu com rigor a revolta da nobreza húngara, na grande maioria calvinistas e contrários à
hegemonia dos Habsburgos, que ameaçavam iniciar a contra-reforma na Áustria.
Protetor das artes, transformou Viena em um importante centro artístico e cultural. No final
da vida, envolveu-se na guerra da sucessão de Carlos II da Espanha, na tentativa de colocar seu
filho Carlos de Habsburgo no trono espanhol, lugar que foi ocupado por Filipe V.
Morreu em Viena em 1705 tendo entrado para a história como o grande imperador austríaco
que estendeu e consolidou as fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico e levou a
Áustria a se tornar potencia européia.
Casamentos e posteridade[editar | editar código-fonte]
em 12 de dezembro de 1666 casou com Margarida Teresa de Habsburgo, infanta de Espanha
nascida em Madrid em 12 de julho de 1651 e morta em 12 de março de 1673 em Viena, 2ª
filha de Filipe IV, rei de Espanha, e de Mariana de Áustria, a irmã de Carlos II.
Filhos:
1 - Fernando Venceslau, arquiduque da Áustria (1667-1668).
2 - Maria Antónia Josefa, arquiduquesa da Áustria (Viena, 18 de Janeiro 1669 - 24 de Dezembro
1692), casou com Maximiliano II Maria Manuel de Wittelsbach (1662-1726), Eleitor da Baviera.
3 - João Leopoldo, arquiduque da Áustria (1670).
4 - Maria Ana, arquiduquesa da Áustria (1672).
Em 1673 casou com Cláudia Felicitas (1653-1676) da Áustria-Innsbruck ou Áustria-Tirol, filha
do Arquiduque Fernando Carlos do Tirol (1630-1665).
Filhos:
5 - Ana Maria, arquiduquesa da Áustria (1674).
6 - Maria Josefa, arquiduquesa da Áustria (1675-1676).
Em 14 de dezembro de 1676 aos 36 anos casou com a condessa Leonor Madalena de
Neuburgo, nascida em Dusseldorf em 6 de janeiro de 1655 e morta em 19 de janeiro de 1720
em Viena. Princesa palatina de Neuburgo-Wittelsburg ou condessa palatina de Neuburgo, do
Palatinado-Neuburgo. Era filha de Filipe Guilherme de Neuburgo-Wittelsburgo, Eleitor do
Palatinado ou Palatino do Reno e Isabel Amália de Hesse-Darmstadt, irmã de Maria Ana de
Neuburgo (1667-1740), a 2ª esposa do rei da Espanha Carlos II e de Maria Sofia de Neuburgo,
esposa do rei Pedro II de Portugal. Mulher de família famosa pela fecundidade, terá dez filhos,
entre os quais os futuros José I, Carlos VI e Maria Ana Josefa.
Filhos:
7 - José I da Áustria, imperador da Alemanha (Viena, 26 de Julho 1678 - Viena, 17 de Abril de
1711). Arquiduque da Áustria, Rei da Hungria e Croácia (1687), eleito Rei dos romanos 1690,
sucedeu ao pai como Imperador do Sacro Império Romano e da Boémia, em 1705.
8 - Cristina, arquiduquesa da Áustria (1679).
9 - Maria Isabel de Áustria, (Linz, 13 de Dezembro 1680 - Mariemont, 26 de Agosto 1741),
governadora ou Stattholder dos Países Baixos;
10 - Leopoldo José (1682-1684), Arquiduque da Áustria
11 - Maria Ana, arquiduquesa da Áustria (Viena, 7 de Setembro 1683 - Lisboa, 14 de Agosto
1754). Casada em 1708 com João V, rei de Portugal.
12 - Maria Teresa, arquiduquesa da Áustria (1684-1696).
13 - Carlos VI da Áustria, imperador da Alemanha; (1685-1740). Último Habsburgo em linha
direta.
14 - Maria Josefa , arquiduquesa da Áustria (1687-1703).
15 - Maria Madalena , arquiduquesa da Áustria (Viena, 26 de Março 1689 - Viena, 1 de Maio
1743). Diretora da Ordem das Damas da Cruz Estrelada.
16 - Maria Margarida, arquiduquesa da Áustria. (1690-1691).
José I, Sacro Imperador Romano-Germânico
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José I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Joseph I, Holy Roman Emperor.jpg
José I
Governo
Reinado 1705 — 1711
Antecessor(a) Leopoldo I
Sucessor(a) Carlos VI da Germânia
Dinastia Habsburgo
Título(s) Arquiduque da Áustria, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 26 de julho de 1678
Viena
Morte 17 de abril de 1711 (32 anos)
Viena
Pai Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Leonor Madalena de Neuburgo
José I, Imperador do Sacro Império Romano Germânico. José I foi filho do imperador Leopoldo
I da Germânia, nasceu em Viena em 26 de julho de 1678 e morreu em 17 de abril de 1711 em
Viena. Arquiduque da Áustria, foi rei da Hungria e da Croácia em 1687, eleito rei dos romanos
em 1690.
Sucedeu ao pai como imperador e como Rei da Boêmia em 1705, recebendo os títulos de
Duque de Carniola, da Caríntia, da Estíria, conde do Tirol em 1705, e mais tarde, em 1708,
Duque de Mântua.
Enquanto era imperador, o príncipe Eugênio derrotou Luís XIV. Derrubou muitas medidas
autoritárias do pai, mas se mostrou hostil aos jesuítas, de quem o pai recebera influência. Bom
autor de composições musicais.
Foi sucedido por seu irmão Carlos VI da Germânia.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Em 1699, casou com Guilhermina Amália de Brunsvique-Luneburgo (nascida em Luneburgo 21
de abril de 1673 e morta em 10 de abril de 1742 em Viena), filha de João Frederico, Duque de
Brunswick-Luneburgo, tendo três filhas.
1 - Maria Josefa, nascida em Viena em 8 de dezembro de 1699 e morta em Dresden em 17 de
novembro de 1757 ). Rainha da Polônia, Eleitora de Saxe porque em 1719 casou-se com
Frederico Augusto II (III) (?-1763) Eleitor de Saxe e Rei da Polônia.
2 - Leopoldo José, que nasceu em 1700 e viveu apenas um ano.
3 - Maria Amália de Áustria, nascida em Viena em 22 de outubro de 1701 e morta em 11 de
dezembro de 1756 em Munique. Eleitora da Baviera porque casou em 1722 com Carlos Alberto
I de Wittelsbach, eleitor e duque da Baviera desde 1726, imperador Carlos VII da Germânia, da
dinastia de Wittelsbach, nascido em Bruxelas em 6 de agosto de 1697 e morto em 20 de
janeiro de 1745 em Munique, o qual sucedeu a seu pai em 22 de fevereiro de 1726 e foi rei da
Boêmia em 1741.
Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico
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VI de França.
Carlos VI
Sacro Imperador Romano-Germânico
Johann Gottfried Auerbach 002.JPG
Governo
Reinado 12 de outubro de 1711 -
20 de outubro de 1740
Consorte Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbüttel
Dinastia Habsburgo
Título(s)
Rei dos Romanos, Rei da Germânia
Rei da Hungria, da Croácia e da Boêmia
Arquiduque da Áustria
Duque de Parma e Piacenza (1735-1740)
Rei de Nápoles e da Sicília (1713-1738)
Rei da Sardenha(1713-1720)
Vida
Nascimento 1º de outubro de 1685
Viena
Morte 20 de outubro de 1740
Viena
Sepultamento Cripta Imperial de Viena
Pai Leopoldo I da Germânia
Mãe Leonor Madalena do Palatinado-Neuburgo
Carlos de Habsburgo, em em alemão: Karl von Habsburg, (Viena, 1º de outubro de 1685 -
Viena, 20 de outubro de 1740), foi imperador romano-germânico de 1711 a 1740, como Carlos
VI. No mesmo período, também rei da Hungria, como Carlos III. Seu reinado foi marcado por
querelas de sucessão entre as dinastias europeias, e os membros da sua própria dinastia
entrariam em conflito generalizado.
Carlos era o segundo filho de Leopoldo I da Germânia e de sua terceira esposa, Leonor
Madalena do Palatinado-Neuburgo. Chegou a assumir o trono de Aragão e Castela, como
Carlos III, tendo sido coroado em Madrid, mas abandonou a pretensão, ao assumir o trono
austríaco. Não consta na lista de reis espanhóis, pois Filipe, duque de Anjou, finalmente obteve
o trono como Filipe V de Espanha.
Educado por Anton Florian de Liechtenstein, foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos
espanhóis, ramo em extinção. Carlos II da Espanha fez seu herdeiro o duque de Anjou, que
subiu ao trono espanhol como Filipe V, violando o contrato. A guerra pela coroa levou à Guerra
da Sucessão Espanhola, nos anos finais do século XVII.
Carlos chegou a Portugal, como arquiduque pretendente ao trono espanhol, em março de
1704. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à Espanha. Havia entretanto
desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde 1674, D.
Pedro II de Portugal não convocara mais as Cortes Gerais - instituição que outrora
representara a nação perante o rei -, uma consequência do absolutismo. O pretendente veio
na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe
d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na Beira e no
Alentejo. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma
segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares
neerlandeses, comandados pelo barão Fagel, e ingleses chefiados pelo Conde de Galloway.[1]
Como seu irmão, o imperador José I da Germânia morrera subitamente, Carlos retorna à
Áustria, assume o trono austríaco e, em 1711, é eleito imperador romano-germânico em
Frankfurt.
Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão.
Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de Viena o
cerimonial espanhol (Spanisches Hofzeremoniell) e mandou construir a famosa Escola
Espanhola de Equitação. Além do mais, construiu em seu reinado o Reichskanzlei ("chancelaria
do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler.
Muitos dos prédios barrocos atualmente existentes em Viena foram construídos em seu
reinado.
Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de Johann Joseph Fux, de modo que
compunha e tocava cravo e piano e por vezes se animou a reger a orquestra real.
Tendo apenas duas filhas (do casamento com Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbüttel) e
não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a Pragmática Sanção em 1713, pela qual
declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o
trono paterno. Entretanto, quando morreu, teve lugar a Guerra da Sucessão Austríaca. Por fim,
a Pragmática Sanção predominou, e sua filha Maria Teresa o sucedeu como Rainha da Hungria
e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o
Sacro Império Romano, o qual foi assumido Carlos VII.
Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco III, duque da Lorena, foi
eleito Sacro Imperador como Francisco I, assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.
Carlos Alberto da Baviera
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Carlos VII
Sacro Imperador Romano-Germânico
Charles VII.jpg
Carlos VII
Governo
Antecessor(a) Carlos VI
Sucessor(a) Francisco I
Dinastia Wittelsbach
Título(s) Rei da Polônia, Rei da Boêmia
Vida
Nascimento 6 de agosto de 1697
Bruxelas
Morte 20 de janeiro de 1745 (47 anos)
Munique
Carlos Alberto da Baviera ou Carlos VII da Germânia foi imperador do Sacro Império Romano-
Germânico. Carlos Alberto I pertencia à família Wittelsbach, há séculos no poder como duques
e depois eleitores da Baviera. Nasceu em Bruxelas em 6 de agosto de 1697 e morreu em
Munique em 20 de janeiro de 1745. Filho do eleitor Maximiliano Emanuel e de sua segunda
esposa Teresa Cunigunda Sobieska, filha de João III Sobieski, Rei da Polônia (1624-1696) e de
Maria Casimira Luísa de La Grange d'Arquien. Duque da Baviera, sucedeu ao pai em 26 de
fevereiro de 1726 e foi rei da Boêmia em 1741.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Tendo o pai tomado o partido de Luís XIV na Guerra da Sucessão Espanhola, a Baviera foi
ocupada por tropas estrangeiras. Ele e seu irmão Clemente (futuro arcebispo de Colônia)
foram levados para Viena prisioneiros, educados pelos jesuítas como condes de Wittelsbach.
Quando o pai foi restaurado ao eleitores, foi solto. Em 1717, liderou o contingente bávaro que
serviu no exército imperial do Príncipe Eugênio contra os turcos e teria se distinguido em
Belgrado. O tio da esposa, imperador Carlos VI da Germânia, arquiduque da Áustria, insistiu
que a Casa da Baviera reconhecesse a Pragmática Sanção, que estabelecia sua filha Maria
Teresa como herdeira dos domínios dos Habsburgos. O que foi por ele feito, embora com
reservas mentais e protestos secretos, pois os eleitores da Baviera tinham direito às posses
dos Habsburgos por testamento de Fernando I em 1564.
Quando, em 20 de outubro de 1740 morreu Carlos VI, entrou em liga contra Maria Teresa,
apoiado pelos franceses e foi eleito imperador em oposição ao marido de Maria Teresa,
Francisco de Lorena, Grão-Duque da Toscana, em 24 de janeiro de 1742, sendo coroado em
Frankfurt-am-Main em 12 de fevereiro de 1742. Com exército negligenciado, incapaz de
resistir às tropas austríacas, enquanto era coroado, seus domínios hereditários na Baviera
eram invadidos…
Durante esta Guerra da Sucessão Austríaca se tornou títere nas mãos da coalizão antiaustríaca.
Em 1743, reentrou na capital, Munique, para fugir dela logo depois. Foi restaurado por
Frederico, o Grande, da Prússia em outubro 1744, mas morreu exausto. Foi sucedido como
imperador por Francisco I , que inaugurou a casa de Habsburgo-Lorena.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Casou em 25 de setembro de 1722 com Maria Amélia de Habsburgo (Viena, 22 de outubro de
1701-Munique, 11 de dezembro de 1756), filha do imperador José I.
Nome Retrato Nascimento Morte Notas
Maximiliana Maria Coat of Arms of Charles VII Albert, Holy Roman Emperor.svg 1723
Morreu na infância.
Maria Antónia Walpurgis
Eleitora da Saxónia Maria Antonia Walpurgis von Sachsen.jpg 18 de julho de 1724
23 de abril de 1780 Casada em 1747 com seu primo Frederico Cristiano, Príncipe-
Eleitor da Saxónia, tiveram filhos.
Teresa Benedita Maria Theresa Benedikta of Bavaria.jpg 06 de dezembro de 1725
29 de março de 1743 Morreu jovem e solteira.
Maximiliano III
Eleitor da Baviera Desmarees workshop Maximilian III of Bavaria.jpg 28 de março de
1727 30 de dezembro de 1777 Casado em 1747 com seu prima Maria Ana Sofia da
Saxónia, no tiveram filhos.
José Luís Coat of Arms of Charles VII Albert, Holy Roman Emperor.svg 25 de agosto de
1728 2 de dezembro de 1733 Morreu na infância.
Maria Ana Josefa
Marquesa de Baden-Baden Maria Anna Josepha of Bavaria, Margravine of Baden-
Baden.jpg 7 de agosto de 1734 7 de maio de 1776 Casada em 1755 com Luís I da
Baden-Baden, não tiveram filhos.
Maria Josefa
Rainha-Consorte da Germânia e Imperatriz-Consorte do Sacro Império Romano-Germânico
Maria Josepha von Bayern.jpg 30 de março de 1739 28 de maio de 1767 Casada
em 1765 com José II, Sacro Imperador Romano-Germânico, no tiveram filhos.
Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico
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Francisco I
Francisco com a sua esposa, Maria Teresa e o seu filho mais velho José, futuro sacro-
imperador da Áustria.
Francisco e Maria Teresa casaram-se a 14 de Fevereiro de 1736 na igreja augustina de Viena. O
tratado secreto assinado entre o sacro-imperador e Francisco foi assinado a 4 de Maio de
1736. Em Janeiro de 1737, as tropas espanholas deixaram a Toscana e foram substituídas por
6.000 soldados austríacos.[4] A 24 de Janeiro de 1737, Francisco recebeu oficialmente o grão-
ducado da Toscana das mãos do seu sogro. Até essa altura, Maria Teresa tinha sido duquesa
de Lorena.
João Gastão de Medici, que morreu a 9 de Julho de 1737, era primo em segundo grau de
Francisco. Em Junho de 1737, Francisco viajou até à Hungria para enfrentar novamente os
turcos. Em Outubro de 1738 regressou a Viena. A 17 de Dezembro de 1738, o casal viajou para
sul, acompanhados do irmão de Francisco, Carlos, numa visita a Florença que durou três
meses. Chegaram a 20 de Janeiro de 1739.
Em 1744, o irmão de Francisco casou-se com a irmã mais nova de Maria Teresa, a
arquiduquesa Maria Ana da Áustria. Em 1744, Carlos foi nomeado governante dos Países
Baixos Austríacos, uma posição que ocupou até à sua morte em 1765.
Reinado[editar | editar código-fonte]
No Tratado de Füssen, assinado a 13 de Setembro de 1745, Maria Teresa garantiu a sucessão
de Francisco ao sacro-imperador Carlos VII e nomeou-o co-regente dos seus domínios.
Francisco não se importou de deixar a governação à sua esposa que estava bem qualificada
para o cargo. O sacro-imperador era conhecido pelo seu bom senso e por um talento natural
para os negócios, tendo prestado uma grande ajuda a Maria Teresa na complicada tarefa de
governar nos domínios autríacos, mas não participava activamente em questões políticas. No
entanto, a sua esposa encarregou-o dos assuntos financeiros e Francisco geriu-os bem até à
sua morte.[5] No final da Guerra dos Sete Anos, a Áustria encontrava-se profundamente
endividada e perto da bancarrota, mas, na década de 1780, já se encontrava numa situação
financeira melhor do que a de França ou Inglaterra. Francisco interessava-se muito pelas
ciências naturais e pertencia à Maçonaria.
Francisco era também conhecido pelo seu gosto por mulheres e teve muitos casos amorosos
pouco discretos, sendo o mais conhecido com Maria Wilhelmina von Neipperg, trinta anos
mais nova do que ele. Este caso amoroso foi muito comentado em cartas e diários de
visitantes da corte austríaca da época e até dos seus filhos.[6]
O sacro-imperador morreu subitamente quando regressava de um espectáculo de ópera em
Innsbruck a 18 de Agosto de 1765. Foi enterrado no sepúlcro número 55 da Cripta Imperial em
Viena.
Maria Teresa e Francisco tiveram dezesseis filhos - a sua filha mais nova, foi a rainha Maria
Antonieta de França. Francisco foi sucedido oficialmente pelo seu filho mais velho, o sacro-
imperador José II, mas foi a sua esposa que continuou a exercer efectivamente o poder no
império. Outro dos seus filhos viria também a tornar-se no imperador Leopoldo II.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Maria Isabel da Áustria (5 de Fevereiro de 1737 - 6 de Junho de 1740), morreu aos três anos de
idade.
Maria Ana da Áustria (6 de Outubro de 1738 - 19 de Novembro de 1789), morreu solteira e
sem descendência.
Maria Carolina da Áustria (12 de Janeiro de 1740 - 25 de Janeiro de 1741), morreu com poucos
meses de idade, provavelmente de varíola.
José II, Sacro Imperador Romano-Germânico (13 de Março de 1741 - 20 de Fevereiro de 1790),
casou-se primeiro com a princesa Isabel de Parma; com descendência. Casou-se depois com a
princesa Maria Josefa da Baviera; sem descendência.
Maria Cristina da Áustria (13 de Maio de 1742 - 24 de Junho de 1798), casou-se com o príncipe
Alberto, duque de Teschen; com descendência.
Maria Isabel da Áustria (13 de Agosto de 1743 - 22 de Setembro de 1808), morreu solteira e
sem descendência.
Carlos José da Áustria (1 de Fevereiro de 1745 - 18 de Janeiro de 1761), morreu aos quinze
anos de idade de varíola.
Maria Amália da Áustria (26 de Fevereiro de 1746 - 9 de Junho de 1804), casou-se com
Fernando, duque de Parma; com descendência.
Leopoldo II, Sacro Imperador Romano-Germânico (5 de Maio de 1747 - 1 de Março de 1792),
casou-se com a infanta Maria Luísa de Espanha; com descendência.
Maria Carolina da Áustria (nascida e morta a 17 de Setembro de 1748), morreu poucas horas
depois de ser baptizada.
Maria Joana da Áustria (4 de Fevereiro de 1750 - 23 de Dezembro de 1762), morreu de varíola,
sem descendência.
Maria Josefa da Áustria (19 de Março de 1751 - 15 de Outubro de 1767), morreu de varíola:
sem descendência.
Maria Carolina da Áustria (13 de Agosto de 1752 - 7 de Setembro de 1814), casou-se com o rei
Fernando I das Duas Sicílias; com descendência.
Fernando da Áustria, duque de Breisgau (1 de Junho de 1754 - 24 de Dezembro de 1806),
casou-se com Maria Beatrice d'Este, herdeira de Breisgau e Modena; com descendência.
Maria Antonieta (2 de Novembro de 1755 - 16 de Outubro de 1793), casou-se com o rei Luís
XVI de França; com descendência.
Maximiliano Francisco da Áustria (8 de Dezembro de 1756 - 27 de Julho de 1801), bispo-eleitor
de Colónia.
José II, Sacro Imperador Romano-Germânico
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José II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Kaiser Joseph II by Georg Decker.png
Governo
Reinado 18 de agosto de 1765 a
20 de fevereiro de 1790
Consorte Isabel de Parma
Maria Josefa da Baviera
Antecessor(a) Francisco I
Herdeiro Leopoldo II
Casa Real Habsburgo-Lorena
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Croácia, Rei da Boêmia, Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 13 de março de 1741
Morte 20 de fevereiro de 1790 (48 anos)
Pai Francisco I
Mãe Maria Teresa I
José II (Viena, 13 de março de 1741 - 20 de fevereiro de 1790) foi imperador do Sacro Império
Romano-Germânico entre 1765 e 1790. Deteve ainda os títulos de rei da Boémia e da Hungria
e de Arquiduque da Áustria (1780-1790). Filho mais velho de Francisco I e de Maria Teresa. A
sua acção governativa valeu-lhe o título de "déspota esclarecido". Foi amigo dos
Enciclopedistas e dos Fisiocratas.
Em 1760, casou-se com Isabel de Parma que faleceu três anos depois. Sua mãe obrigou-o a
casar-se com Maria Josefa da Baviera, que morreu em 1767, sem dar um filho a José.
Com a morte do pai, em 1765, recebeu o título de imperador, mas só exerceu plenamente o
poder depois da morte de sua mãe em 1780, tendo praticado com ela a co-regência. Durante o
período da co-regência dedicou-se a viajar pelos estados austríacos e pelo estrangeiro.
Entre as primeiras reformas que empreendeu encontra-se a centralização administrativa do
império através da supressão dos órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos
poderes.
Na economia, José II praticou políticas próximas do colbertismo. Procedeu-se a uma cadastro
das terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as indústrias, sobretudo na
Boémia.
Através do Édito de Tolerância de 1781 concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos,
embora os protestantes não obtivessem todos os direitos. Os judeus deixaram de ser
obrigados de trazer sinais distintivos nas roupas e puderam frequentar as universidades.
Apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesitou em colocar a Igreja sob sua autoridade,
exercendo uma política religiosa autónoma de Roma que ficou conhecida por "josefismo".
Suprimiu as ordens contemplativas e vendeu os bens destas em proveito das obras
assistenciais (1781), fez com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e
instituiu seminários estatais. Limitou o culto das relíquias, os feriados e as peregrinações.
Na área social, José II aboliu a servidão (Novembro de 1781) e a tortura (1785). Fundou novos
hospitais, asilos e orfanatos. A educação passou a ser encarada como responsabilidade do
Estado, tendo sido decretado em 1773 o ensino primário obrigatório.
No campo da diplomacia fez uma aliança com Catarina II da Rússia contra os Turcos, mas José
fracassou nos intentos de os derrotar.
O alemão tornou-se língua obrigatória no império em 1784.[1]
As suas reformas viriam a provocar descontentamento entre os nobres da Hungria e entre o
clero, pelo que José teve que recuar em alguns aspectos. A orientação centralizadora que
imprimiu ao Estado provocou a revolta dos Países Baixos Austríacos. O seu sucessor, o seu
irmão Leopoldo II, viria mesmo a abandonar muitas dessas reformas.
Leopoldo II de Habsburgo-Lorena
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Leopoldo II
Sacro-Imperador Romano Germânico
Leopold II emperor.jpg
Leopoldo II
Governo
Reinado 30 de setembro de 1790 a
1 de março de 1792
Consorte Maria Luísa da Espanha
Antecessor(a) José II
Herdeiro Francisco II
Casa Real Habsburgo-Lorena
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Croácia, Rei da Boêmia, Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 5 de maio de 1747
Morte 1 de março de 1792 (44 anos)
Pai Francisco I
Mãe Maria Teresa I
Leopoldo II de Habsburgo-Lorena (em alemão Peter Leopold Joseph) (Viena, 5 de maio de 1747
- Viena, 1 de março de 1792), foi imperador do Sacro Império Romano Germânico. Era filho de
Francisco I e de Maria Teresa da Áustria. Sucedeu a seu irmão, José II.
Durante seu breve reinado, conseguiu sufocar rebeliões nos territórios húngaros e belgas,
firmou a Paz de Sistova em 1791 acordado com os turcos e fez um acordo (Declaração de
Pillnitz) com Frederico Guilherme II da Prússia, numa aliança contra os franceses
revolucionários, dado que a rainha Maria Antonieta era sua irmã. Casou-se com Maria Luísa da
Espanha, filha de Carlos III de Espanha.
Índice [esconder]
1 Outros títulos
2 Descendência
3 Ancestrais
4 Ver também
5 Ligações externas
Outros títulos[editar | editar código-fonte]
Foi também Rei da Hungria, Rei da Boêmia e Grão-Duque da Toscana.
Descendência[editar | editar código-fonte]
De seu matrimônio com Maria Luísa de Espanha (1745), tiveram 16 filhos, dos quais 14
nasceram vivos e chegaram à vida adulta.
Maria Teresa (1767 - 1827). Arquiduquesa da Áustria. Casada com Antônio, Rei da Saxônia.
Francisco (1768 – 1835), chegaria a ser imperador da Áustria.
Fernando (1769 – 1824). Arquiduque da Áustria e Grão-Duque da Toscana.
Carlos (1771 – 1847). Arquiduque da Áustria e Duque de Teschen (1822 - 1847).
Alberto (1773 - 1774)
Maximiliano (1774 - 1778)
José (1776 – 1847). Arquiduque da Áustria.
Maria Clementina (1777 – 1801). Arquiduquesa da Áustria, contraiu matrimônio com Francisco
I, Rei das Duas Sicílias.
Antonio Victor (1779 - 1835). Arquiduque da Áustria, brevemente Arcebispo-Eleitor de Colônia
e depois grande mestre da Ordem Teutônica
Maria Amália (1780 - 1798). Arquiduquesa da Áustria.
João (1782 – 1859). Arquiduque da Áustria
Rainier (1783 – 1853). Arquiduque da Áustria e vice-rei do Reino Lombardo-Vêneto (1818 -
1853). Casado com Isabel de Saboia.
Luís (1784 - 1864). Arquiduque da Áustria.
Rudolfo (1788 – 1831). Arquiduque da Áustria, cardeal-arcebispo de Olomouc, protetor de
Schüler e de Beethoven.
Alexandre Leopoldo
Foi sucedido por seu filho Francisco II, o último imperador do Sacro Império Romano-
Germânico e o primeiro do Império Austríaco, (Francisco I).
Francisco I da Áustria
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Francisco II & I