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Carla Reginaldo

Celeste Joao Mazive

Delcio Suario Lourenco Macie

Francina Ernesto Mareleco

Narciso Armando Mandlhate

Renalda Rodrigues Massingue

Xavier Adolfo Sitoe

A GUERRA DA COREIA 1950-1953, O CONFLITO ARABE-ISRAELENCE

Licenciatura em ensino de História com habilitações em Geografia

Universidade Save

Massinga

2022
Carla Reginaldo

Celeste Joao Mazive

Delcio Suario Lourenco Macie

Francina Ernesto Mareleco

Narciso Armando Mandlhate

Renalda Rodrigues Massingue

Xavier Adolfo Sitoe

A GUERRA DA COREIA 1950-1953, O CONFLITO ARABE-ISRAELENCE

Trabalho que surge na cadeira de Estudos


Asiaticos Contemporaneos, a ser
apresentado no departamento de letras e
ciências sociais com efeito avaliativo.

Docente: Msc: Samuel Bauque

Universidade Save

Massinga

2022
Índice
Introdução ............................................................................................................................... 4

Objectivos ............................................................................................................................... 4

Geral ........................................................................................................................................ 4

Especificos .............................................................................................................................. 4

Metodologia ............................................................................................................................ 4

CAPÍTULO I: ......................................................................................................................... 5

GUERRA DA COREIA (1950-1953) .................................................................................... 5

Antecedentes ........................................................................................................................... 5

Principais causas da Guerra da Coreia .................................................................................... 6

Guerra entre as Coreias ........................................................................................................... 6

Fases da guerra........................................................................................................................ 7

Consequências da Guerra da Coreia ....................................................................................... 8

CAPÍTULO II: ........................................................................................................................ 9

Guerras árabe-israelenses ....................................................................................................... 9

Origem histórica dos conflitos árabe-israelenses .................................................................... 9

Criação do Estado de Israel .................................................................................................. 10

Guerras árabe-israelenses ..................................................................................................... 10

Guerra de Suez (1956) .......................................................................................................... 11

Guerra dos Seis Dias (1967) ................................................................................................. 12

Guerra de Yom Kippur (1973).............................................................................................. 12

Conclusão.............................................................................................................................. 13

Referências Bibliográficas .................................................................................................... 14


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Introdução
O trabalho surge no âmbito da cadeira de estudos Asiáticos Contemporâneos com o foco de
debruçar sobre a guerra da coreia 1950-1953, e o conflito arabe-israelence. A Guerra da
Coreia pode ser cronologicamente entendida nas seguintes fases: a) A ofensiva norte-coreana,
a contraofensiva da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e seus aliados, Grã-Bretanha,
Austrália, Nova Zelândia e outros sob a bandeira da ONU e a ofensiva chinesa (1950); b)
Combates no paralelo 38 e impasse (1951-1953) e c) o final com o armistício em 1953. Foi o
primeiro conflito significativo da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.

Objectivos

Geral
 Compreender a guerra da coreia 1950-1953, e o conflito arabe-israelence.

Especificos
 Contextualizar a guerra da coreia 1950-1953, e do conflito arabe-israelence
 Descrever as causas da guerra da coreia 1950-1953, e do conflito arabe-israelence
 Analisar as consequencias da guerra da coreia 1950-1953, e o conflito arabe-israelence

Metodologia
Para elaboração deste trabalho recorreu-se a selecção e colecção de obras literárias,
consultas das mesmas e análise de conteúdos, e por fim a compilação de informações
recolhidas em documento final ou em trabalho final.
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CAPÍTULO I:

GUERRA DA COREIA (1950-1953)


Contextualização

No presente capítulo serão arrolados assuntos ligados a guerra da coreia desde os seus
antecedentes, as causas que levaram a eclosão do conflito, as fases do decurso do mesmo e
por fim os seus impactos.

A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia do Norte.
Ocorreu entre os anos de 1950 e 1953. Teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre
Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo). Foi o primeiro conflito armado
da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo, pois houve um risco iminente de uma
guerra nuclear em função do envolvimento directo entre as duas potências militares da época.
(Albuquerque, 2007)

A Guerra da Coreia foi um conflito que aconteceu na Península da Coreia entre os


anos (1950-1953) entre os diferentes governos que haviam sido formados na Coreia do Norte
e na Coreia do Sul. Esse conflito foi um dos mais mortais de todo o século XX, causando um
total de cerca de 2,5 milhões de vítimas. Também contribuiu para agravar a divisão existente
entre as duas Coreias. Idem

Antecedentes

A guerra que se iniciou em 1950 foi resultado directo da divisão que existia na
península e que havia sido imposta por Estados Unidos e União Soviética ao final da Segunda
Guerra Mundial. Esse conflito reflectiu a tensão que existia por causa da bipolarização do
mundo no contexto da Guerra Fria. A Península da Coreia era alvo desde o começo do século
XX da interferência estrangeira, sobretudo dos japoneses, que haviam anexado a península ao
seu território em 1910. A ocupação da Coreia pelo Japão foi ratificada pela assinatura
do Acordo de Anexação Coreia-Japão. Esse acordo deu início à ocupação da Coreia por
cidadãos japoneses. (Cunha, 1999)

A ocupação da Coreia materializou-se a partir da formação de colónias japonesas no


território coreano. Os japoneses tomavam as terras produtivas até então ocupadas pelos
coreanos e passavam os coreanos a prestar trabalhos forçados (e muitos eram enviados ao
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Japão exactamente para cumprir essa finalidade). Além disso, a ocupação japonesa ficou
marcada por diversos crimes sexuais cometidos contra coreanas. Por causa da violência da
ocupação japonesa, os coreanos aliaram-se ao esforço de guerra dos americanos contra os
japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. O grande sonho dos coreanos ao expulsar os
invasores japoneses era o de garantir a independência da Coreia, porém, o que os coreanos
não esperavam é que as potências da guerra tinham outros interesses para a península.
Durante a Conferência de Potsdam, realizada em Julho de 1945, americanos e soviéticos
determinaram que a Península da Coreia seria dividida em duas zonas de influência.
O Paralelo 38 seria o marco divisor. A parte norte foi entregue à influência soviética, e a parte
sul foi entregue à influência americana. (Dall'acqua, 1950)

Principais causas da Guerra da Coreia

Cunha (1999), Divisão ocorrida na Coreia, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Após a rendição e retirada das tropas japonesas, o norte passou a ser aliado dos soviéticos
(socialista), enquanto o sul ficou sob a influência norte-americana (capitalista). Esta divisão
gerou conflitos entre as duas Coreias. Após diversas tentativas de derrubar o governo sul-
coreano, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de Junho de 1950. As tropas norte-
coreanas conquistaram Seul (capital da Coreia do Sul).

Guerra entre as Coreias

Para Albuquerque (2007) A divisão da Coreia estabeleceu que as potências


estrangeiras ocupariam militarmente a região durante um período e contribuiriam para a
formação de governos alinhados a sua esfera de influência. Com isso, foram
estabelecidos Kim Il-sung e Syngman Rhee como governantes da Coreia do Norte e Coreia do
Sul, respectivamente. Os dois governos estabelecidos nas diferentes Coreias alimentavam
para si a esperança de conduzir a reunificação da Coreia sob a sua liderança. Na Coreia do
Norte, Kim Il-sung manteve extenso contacto com os soviéticos, o que lhe garantiu um apoio
económico e militar. No caso da Coreia do Sul, o governo passou a perseguir activamente
todo e qualquer movimento popular que tivesse ligação com o comunismo.

A ocupação militar da Coreia do Norte pelos soviéticos foi encerrada em 1948, e a da


Coreia do Sul, em 1949. A tensão existente entre as duas Coreias intensificou-se após o
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fracasso das eleições em 1948. No caso da Coreia do Norte, acções começaram a ser tomadas
no sentido de promover a invasão da Coreia do Sul. Idem

Segundo Cunha, (1999) A intenção de invadir a Coreia do Sul foi manifestada pelo
governante norte-coreano Kim Il-sung, que queria unificar a península sob seu controle. Para
que isso fosse possível, procurou convencer Josef Stalin a apoiar os norte-coreanos. O
governante soviético, a princípio, ficou receoso, pois temia que a acção contra a Coreia do Sul
levasse a um confronto directo contra os EUA. Stalin convenceu-se a apoiar os norte-
coreanos, pois temia que os chineses ganhassem influência na região caso os soviéticos se
recusassem a cooperar. Os soviéticos também se convenceram porque os norte-coreanos
afirmavam que a invasão da Coreia do Sul seria realizada de maneira rápida e eficiente e não
permitiria uma reacção dos EUA. Os soviéticos forneceram, principalmente, auxílio em
suprimentos e armas aos norte-coreanos. Uma vez garantido o auxílio soviético, os norte-
coreanos iniciaram os preparativos para a invasão da Coreia do Sul. A invasão aconteceu de
fato a partir do dia 25 de Junho de 1950, quando as tropas norte-coreanas ultrapassaram a
fronteira estabelecida no Paralelo 38.

Uma vez iniciada a invasão da Coreia do Sul pelas tropas norte-coreanas, a reacção
internacional foi quase imediata. No dia 27 de Junho de 1950, foi divulgada a Resolução
83 do Conselho de Segurança da ONU, na qual foi aprovada a intervenção estrangeira no
conflito que estava sendo travado na Coreia. A intervenção estrangeira mobilizou,
principalmente, forças americanas. (Idem)

Fases da guerra

Segundo Albuquerque (2007) A Guerra da Coreia apresentou três fases distintas:

 A primeira fase desse conflito ocorreu entre Junho e Setembro de 1950, quando o
predomínio das forças foi exercido pelos norte-coreanos, que conseguiram encurralar
as tropas sul-coreanas em um estreito espaço de terra conhecido como Perímetro de
Pusan.
 A segunda fase ocorreu entre Setembro e Outubro de 1950 e foi caracterizada pelo
predomínio das forças sul-coreanas e das tropas americanas. A interferência americana
no conflito iniciou-se após a Batalha de Pusan, que garantiu a defesa desse perímetro.
A partir do desembarque de tropas americanas em Inchon, os exércitos norte-coreanos
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foram obrigados a recuar. O recuo das tropas norte-coreanas levou as forças aliadas a
ultrapassar a fronteira do Paralelo 38 e encurralar as forças norte-coreanas no norte da
Península. A possibilidade de derrota dos norte-coreanos resultou no envio de tropas
pela China. A interferência chinesa nesse conflito ocorreu pelo temor do governo
chinês de que uma vitória dos americanos levasse a uma invasão do território chinês.
 A terceira e maior fase da guerra iniciou-se quando os chineses entraram no conflito
em Outubro de 1950. A entrada dos chineses permitiu que as forças se colocassem em
situação de equilíbrio. Os norte-coreanos conseguiram empurrar os aliados para as
proximidades do Paralelo 38 e, nos anos seguintes, a guerra foi travada sem grandes
alterações de cenário, chegando a guerra das trincheiras como houve na primeira
guerra mundial. A longa extensão, a quantidade de mortos e a indefinição do cenário
resultaram em negociações por um armistício em Panmunjom. Uma trégua foi
assinada em 27 de Julho de 1953. Essa trégua deu fim ao conflito, apesar de as duas
nações nunca terem assinado um acordo de paz que colocasse um fim oficial na
guerra. Passados mais de 60 anos desde a guerra, a relação entre as Coreias ainda é
bastante tensa.

Consequências da Guerra da Coreia

De acordo com historiadores, quase cinco milhões de pessoas morreram na guerra e


mais da metade eram civis. A guerra teve consequências gigantes tanto na Coreia do Norte
quanto na Coreia do Sul, sendo que boa parte do conflito ocorreu ao redor da zona
desmilitarizada, uma região de 5km de largura que divide as duas Coreias de leste a oeste e
que foi estabelecida durante o armistício. Desde 1953, existe tensões entre ambos os
governos. A Coreia do Sul conta com a presença de mais de 20.000 soldados estadunidenses
na zona desmilitarizada e se transformou numa potência económica e tecnológica regional.
Já a Coreia do Norte tornou-se num dos países mais isolados do mundo. Mesmo com o fim da
Guerra Fria, o Norte permanece em estado de guerra, fortemente mobilizado com um dos
maiores exércitos do mundo e o recente desenvolvimento de armas nucleares e o Sul com
centenas de milhares de tropas estadunidenses em seu solo. No caso das Coreias, a Guerra
Fria parece não ter terminado e permanence. (Albuquerque, 2007).
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CAPÍTULO II:

Guerras árabe-israelenses

Para Camargo (2013), As guerras árabe-israelenses foram os conflitos travados entre


Israel e as nações árabes ao longo do século XX. Esses conflitos iniciaram-se a partir da
criação do Estado de Israel em 1948 e foram motivados pelo controle da Palestina. Ao todo,
foram disputados quatro conflitos entre israelenses e as nações árabes.

Origem histórica dos conflitos árabe-israelenses

A origem dos conflitos entre árabes e Israelenses está directamente relacionada com o
surgimento do sionismo no final do século XIX. O sionismo teve origem oficialmente em
1896, a partir de um livro publicado por um jornalista húngaro que se chamava Theodor
Herzl. Esse livro chamava-se O Estado Judeu e defendia a ideia da criação de um Estado para
os judeus. O sionismo surgiu no auge dos nacionalismos europeus do final do século XIX e
foi uma resposta ao anti-semitismo (ódio e aversão aos judeus) que ganhava força na Europa,
especialmente no leste europeu. A partir daí, formou-se uma série de organizações sionistas,
que passaram a defender politicamente a formação desse Estado judeu, e começou-se a
investigar a possibilidade de que esse Estado surgisse na Palestina. (Camargo, 2013)

Segundo Camargo (2013) no começo do século XX, a Palestina era maioritariamente


ocupada por árabes e muçulmanos. Dos 644 mil habitantes, somente 56 mil eram judeus.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os ingleses haviam prometido a criação de um Estado
judeu para os sionistas em 1917 a partir da Declaração de Balfour. O grande porém é que os
ingleses também haviam feito a mesma promessa para os palestinos durante os anos da
guerra. Os ingleses precisavam do apoio dos árabes na luta contra os otomanos. Depois da
guerra, a ideia de formação de um Estado judeu na Palestina foi apoiada pela Liga das
Nações, o que gerou insatisfação e reforçou o nacionalismo árabe. Durante a década de 1930,
uma série de factores reforçou a imigração de judeus para a Palestina. As organizações
sionistas, por exemplo, estavam contando com apoio dos britânicos no estabelecimento de
núcleos de colonização de judeus na Palestina. Além disso, a crise de 1929 havia fortalecido
os movimentos fascistas na Europa e registou-se um crescimento acentuado do anti-
semitismo. À medida que a presença judaica na Palestina aumentava, a rivalidade com os
árabes também crescia. Isso gerou duas respostas:
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1ª) Revoltas organizadas pelos movimentos nacionalistas dos árabes palestinos;

2ª) Formação de milícias de extrema-direita entre os judeus, que atacavam localidades


habitadas pelos árabes.

Depois da Segunda Guerra Mundial e por causa do Holocausto na Europa, a presença


dos judeus na Palestina aumentou consideravelmente. Em 1945, os judeus eram 808 mil de
1,97 milhão de habitantes da Palestina|2|. Nesse momento também houve o fim do domínio
britânico sobre a Palestina. A resolução da disputa entre árabes e judeus foi entregue para a
ONU. (Camargo, 2013)

Criação do Estado de Israel

Com a questão da Palestina entregue à ONU, a criação do Estado de Israel foi levada à
votação em uma Assembleia Geral realizada em Novembro de 1947. Na Assembleia, decidiu-
se por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções pela criação do Estado de Israel. Além
disso, determinou-se que a Palestina seria dividida entre judeus e árabes, ficando 53% do
território para os judeus e 45% para os palestinos. A cidade de Jerusalém foi colocada sob
controle internacional. A solução encontrada pela ONU não foi aceita pelas nações árabes, o
que aumentou a tensão existente na região. Nesse contexto, registaram-se ataques de milícias
israelenses contra civis árabes. Quando houve a proclamação do Estado de Israel, em 14 de
maio de 1948, uma guerra iniciou-se. A primeira de muitas. (Ferreira, 2015)

Guerras árabe-israelenses

Segundo Ferreira (2015) Essa primeira guerra iniciada após a proclamação do Estado
de Israel ficou conhecida como Primeira Guerra Árabe-israelense. Esse conflito estendeu-
se até janeiro de 1949 e iniciou-se quando forças do Egito, Síria, Transjordânia (atual
Jordânia), Líbano, Iraque, além de forças palestinas, organizaram um ataque contra Israel. O
ataque dos árabes iniciou-se com bombardeios sobre Tel Aviv, capital de Israel, além de
terem sido organizados ataques terrestres dos exércitos árabes. Havia, no entanto, uma grande
diferença no treinamento entre as duas forças. O melhor preparo das forças israelenses deu-
lhes vantagem nesse conflito. A guerra só foi encerrada em 9 de Janeiro de 1949, quando as
nações árabes assinaram um armistício com Israel, que saiu como grande vencedor dessa
guerra. Ao final da Primeira Guerra Árabe-israelense, o território de Israel aumentou em cerca
de 1/3, e os israelenses passaram a dominar cerca de 79% do território da Palestina.
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A grande consequência dessa guerra foi colhida pelos palestinos: além das perdas
territoriais, a guerra forçou mais de 700 mil palestinos a se refugiar fora dos territórios que
haviam sido conquistados por Israel. Isso ficou conhecido pelos palestinos como “nakba”,
que, do árabe, significa “tragédia”. O Estado de Israel até hoje não permite o retorno desses
refugiados para os antigos territórios. (idem)

Após esse conflito, outras guerras foram travadas entre árabes e israelenses ao longo
do século, sendo elas:

Guerra de Suez (1956)

Para De Jesus (2006) Depois da primeira guerra, a relação entre Israel e os países
árabes seguiu bastante tensa. Na década de 1950, o Egipto era governado por Gamal Abdel
Nasser e possuía um governo extremamente nacionalista. Em 1956, o governo egípcio
anunciou a nacionalização do Canal de Suez (liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho), o
que desagradou aos governos francês e britânico, que possuíam interesses económicos no
canal. Assim, uma aliança da França e do Reino Unido com Israel foi realizada, e os três
países juntos organizaram um plano para atacar as forças egípcias. Isso ocorreu em 29 de
Outubro de 1956, quando a Península do Sinai foi atacada pelas tropas dos três países,
iniciando a Guerra de Suez.

Os israelenses acabaram ocupando a Faixa de Gaza e o Sinai, o que enfureceu Estados


Unidos e União Soviética, pois ambos viram seus interesses prejudicados com a intervenção
de israelenses, franceses e britânicos. A URSS ameaçou atacar Israel, e os EUA ameaçaram
forçar a expulsão de Israel da ONU. Pressionado, Israel cedeu e abandonou a região em 9 de
Novembro. Passados onze anos da Guerra de Suez, a relação entre árabes e israelenses ainda
era tensa. Nesse contexto, surgiram grupos de resistência palestina: a Organização para a
Libertação da Palestina (OLP) e o Al Fatah. Essa última agia por meio de tácticas de guerrilha
e promovia ataques contra Israel a partir de suas bases instaladas na Síria. Em virtude do
apoio do governo sírio ao Al Fatah, Israel respondeu com um ataque contra seis aviões sírios.
Os seis aviões foram derrubados por Israel enquanto faziam voo nos arredores de Damasco. O
ataque israelense enfureceu diversas nações árabes, que pressionaram o Egipto a tomar
alguma acção contra Israel. Assim, o Egipto deu início a acções militares contra Israel e foi
acompanhado por Jordânia e Síria. Os egípcios enviaram tropas para o Sinai e expulsaram as
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tropas da ONU que estavam na região desde a guerra de 1956. Além disso, bloquearam o
estreito de Tiran, impedindo a passagem das embarcações israelenses. (Idem)

Guerra dos Seis Dias (1967)

A partir do dia 5 de Junho de 1967, o exército de Israel deu início à Guerra dos Seis
Dias ao organizar um ataque como resposta aos árabes. Foram conduzidos ataques aéreos e
terrestres de maneira fulminante. No prazo de seis dias, os israelenses haviam conquistado
uma série de territórios. No dia 10, foi assinado um armistício, e a guerra teve fim. Como
consequência dessa guerra, Israel conquistou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, Península do
Sinai e Colinas de Golã. Foram realizadas negociações posteriores para discutir a devolução
dos territórios ocupados por Israel, mas a intransigência das nações árabes fez com que as
negociações fossem um fracasso. Alguns desses territórios estão ocupados por Israel até hoje.
(De Jesus, 2006)

Guerra de Yom Kippur (1973)

O último conflito aconteceu sete anos depois, em 1973, e ficou conhecido como
Guerra de Yom Kippur. Essa guerra iniciou-se a partir de um ataque surpresa conduzido por
egípcios e sírios contra Israel no dia 6 de Outubro de 1973, no Sinai e em Golã. Esse ataque
foi uma tentativa das duas nações de recuperar os territórios que haviam perdido durante a
Guerra dos Seis Dias. A Guerra de Yom Kippur apresentou diferentes fases: na primeira,
houve vantagem das forças árabes; na segunda fase, as forças israelenses impuseram-se. A
guerra estendeu-se até o dia 22 de Outubro, quando, por mediação dos EUA e da URSS, uma
trégua foi assinada. O objectivo das duas nações árabes de recuperar seus territórios, no
entanto, não foi alcançado. (De Jesus, 2006)
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Conclusão
Findo o trabalho conclui-se que a Guerra da coreia teria inculcado o surgimento da Terceira
Guerra mundial pois a postura de MacArthur também já não estava agradando o presidente
estadunidense. Há meses os seus comandos o irritavam, afinal, MacArthur concordava com o
uso de armas nucleares naquela guerra. Em Março de 1951, MacArthur fez uma declaração
pública a China provocando-os, alegando que caso não negociassem o fim da guerra, o
Comando da ONU não se importaria em fazer uma visita às terras chinesas e que isto
possivelmente levaria o regime chinês ao colapso. Com esta conduta, Truman substituiu o
General Douglas MacArthur pelo General Matthew Ridgway, que estava comandando o
Oitavo Exército, e sua mudança causou certo tumulto entre os soldados. Em 10 de julho, após
meses dificultosos de negociações, as partes chegam a um acordo, assinando um cessar-fogo
em 27 de julho de 1953 em Panmunjom, sendo o General Nam Il representando do Norte e o
General Harrison representante do Comando da ONU aliados do lado sul da península.
Tratava-se um armistício assinado sem vitória, nem para o Sul e nem para o Norte.
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Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE, Alexandre Black (2007). Coreia do Sul e Taiwan: Uma história


comparada do pós-guerra. Niterói.
CAMARGO, Cláudio, Guerras Árabe-israelenses (2013). In.: MAGNOLI, Demétrio (org.).
História das Guerras. São Paulo: Contexto.

CUNHA, André Moreira (1997). O milagre asiático: avanços e recuosna explicação


ortodoxa. Editora, Ensaios FEE, Porto Alegre.
DALL'ACQUA, Fernando (1991). Crescimento e estabilização na Coreia do Sul, 1950-86.
Rio de Janeiro.
DE JESUS, Jorge Miguel Cardoso Ribeiro (2006). Desenvolvimento económico no Leste e no
Sudeste Asiático, na segunda metade do século XX. Editora, Ensaios FEE, Porto
Alegre.
FERREIRA, Lucas Rueda (2015). Uma análise histórico-comparativa sobre Estados
Desenvolvimentistas asiáticos. Rio de Janeiro.

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