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CIENCIA Y ENFERMERIA XXI (2): 99-111, 2015 ISSN 0717-2079

EFEITO DA INTERVENÇÃO CLOWN NO PADRÃO DE DEPRESSÃO DE


IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

EFFECT OF CLOWN INTERVENTIONS ON DEPRESSION LEVELS


AMONG THE GERIATRIC LONG-TERM CARE INSTITUTIONS

EFECTO DE LA INTERVENCIÓN DEL PAYASO EN LOS NIVELES DE


DEPRESIÓN EN ANCIANOS EN UNA INSTITUCIÓN LARGA ESTANCIA

Wrgelles Godinho Bordone Pires *


Juliana Dias Reis Pessalacia **
Luciana Regina Ferreira da Mata ***
Tatiane Prette Kuznier ****
Gylce Eloisa Cabreira Panitz *****

RESUMO

Objetivo: Verificar os efeitos da intervenção clown no padrão de depressão em idosos institucionalizados. Ma-
terial e método: Estudo quantitativo experimental, realizado numa instituição de longa permanência de Di-
vinópolis, Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se a Escala de Depressão Geriátrica, Yesavage (GDS-15), aplicada em
dois momentos, em dois grupos: intervenção (n=14) e controle (n=10). As intervenções foram visitas onde
acadêmicos vestidos de palhaço realizaram atividades lúdicas. A comparação estatística da efetividade das in-
tervenções foi realizada através do método JT. Resultados: Os resultados no primeiro momento demonstraram
que no grupo controle 40% apresentavam depressão e após as atividades 50% apresentavam tal quadro. Já no
grupo experimental não foram observadas mudanças quanto ao número de indivíduos com transtorno depres-
sivo antes e após as intervenções. Pode-se inferir que a terapia do humor foi benéfica do ponto de vista da não
progressão da depressão entre os idosos institucionalizados. Conclusão: Tornam-se necessários novos estudos a
cerca da efetividade da animação clown para melhora dos traços de depressão em idosos.

Palavras chave: Terapia do Riso, depressão, idosos, instituição de longa permanência para idosos.

*
Acadêmico do 9º período do Curso de Graduação em Medicina. Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ).
Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. Bolsista do PIBIC/CNPq/UFSJ, Edital Nº 002/2012/PROPE. E-mail: wrgelles@gmail.com
**
Enfermeira. Pós-Doutora em Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP). Professora
Adjunta IV da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil. E-mail:
juliana@pessalacia.com.br. Endereço para correspondência: Av. Capitão Olinto Mancini, 4440, Parque das Mangueiras, Três
Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil. CEP: 79611-001.
***
Enfermeira. Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Professora Adjunta I da Universidade
Federal de São João del Rei (UFSJ). Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. E-mail: luregbh@yahoo.com.br
***
Enfermeira. Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Professora Adjunta I da Universidade
Federal de São João del Rei (UFSJ). Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. E-mail: luregbh@yahoo.com.br
****
Enfermeira. Mestre pela Universidade Federal do Paraná. Professora Assistente III da Universidade Federal de São João
del Rei (UFSJ). Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. E-mail: tati_prette@yahoo.com.br
*****
Enfermeira. Doutora pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professora Adjunta I da Universidade Federal
de São João del Rei (UFSJ). Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. E-mail: gylce_cruz@yahoo.com.br

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ABSTRACT

Objective: To evaluate the effects of clown interventions on depression levels along the institutionalized elderly.
Method: Quantitative study with an experimental approach, performed in institution geriatric long term Divi-
nópolis, Minas Gerais, Brazil. The Geriatric Depression Scale was used in the reduced version of Yesavage (GDS-
15) applied at two points and two elderly groups, having an intervention group (n = 14) and the other control
(n = 10). The intervention consisted of visits, where academic gowns clown performed activities in clown mode.
The statistical comparison of the effectiveness of interventions was performed using the JT method. Results:
Of the 24 elderly participants, 14 (63.6%) were female and 10 (36.4%) were male. The application of the scale
in the first time demonstrated that in the control group 40% had depression and after activities 50% had such
a framework. You experimental group no changes were observed in the number of individuals with depressive
disorder before and after the interventions. Thus, it can be inferred that therapy was beneficial humor point
of view of non-progression of depression among institutionalized elderly. Conclusion: Become necessary new
studies about the effectiveness of clown animation for improvement of traits of depression in institutionalized
elderly.

Key words: Laughter therapy, depression, elderly, geriatric long-term care institutions.  

RESUMEN

Objetivo: Evaluar los efectos de las intervenciones de payasos en los niveles de depresión en los ancianos ins-
titucionalizados. Material y método: Estudio de abordaje cuantitativo experimental, realizado en institución
geriátrica de larga estancia en Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. La Escala de Depresión Geriátrica se utilizó en
la versión abreviada de la Yesavage (GDS-15), aplicada en dos momentos y en dos grupos de edad avanzada,
con un grupo de intervención (n = 14) y control (n = 10). La intervención consistió en visitas de académicos
vestidos de payasos, en las cuales se llevaron a cabo actividades lúdicas. La comparación estadística de la eficacia
se realizó a través del método de JT. Resultados: De los 24 ancianos, 14 (63,6%) fueron mujeres y 10 (36,4%)
eran hombres. La aplicación de la escala, en un primer momento, mostró que en el grupo control, el 40% pre-
sentaban depresión y después de las actividades, el 50% presentaban dicho cuadro. En el grupo experimental
no hubo cambios en el número de individuos con trastorno depresivo antes y después de las intervenciones. Se
puede inferir que la terapia del humor fue beneficiosa desde el punto de vista de la progresión de la depresión
entre ancianos institucionalizados. Conclusión: Se necesitan nuevos estudios con respecto a la efectividad de
las intervenciones con payasos para la mejora de los rasgos de la depresión en los ancianos institucionalizados.

Palabras clave: Terapia de la risa, depresión, ancianos, institución geriátrica de larga estancia.

Fecha recepción: 27/08/14 Fecha aceptación: 04/06/15

INTRODUÇÃO divulgou que a expectativa de vida da popu-


lação brasileira no ano de 2010 foi de 73,5
anos, o que corresponde a um aumento de
Dados epidemiológicos do Instituto Brasi- 11 anos deste índice nas últimas três décadas
leiro de Geografia e Estatística (IBGE) em (2).
dezembro de 2010, demonstram que as pes- Com o envelhecimento populacional
soas com 65 anos ou mais correspondiam a questionamentos quanto a escassez de recur-
4,8% da população brasileira em 1991, 5,9% sos humanos no cuidado ao idoso tornam-se
em 2000 e 7,4% em 2010 (1). O IBGE ainda relevantes, o que resulta em uma crescente

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demanda para a institucionalização nesta têm efeitos benéficos para a saúde após in-
população. Neste contexto, as Instituições de vestigar as modulações neuroimunológicas
Longa Permanência para Idosos (ILPI) as- durante e após a participação de pacientes
sumem a responsabilidade de cuidar quan- em programas associados ao riso (6).
do o idoso perde seus vínculos com sua rede A terapia do riso encontra-se classificada
social, dando suporte ou assistindo suas ne- nas terapias alternativas ou complementares
cessidades com a finalidade de melhorar sua em saúde e inclui um conjunto de técnicas
saúde e a qualidade de vida (3). e intervenções terapêuticas destinadas a re-
Entretanto, o cotidiano destas instituições alizar experiências de riso que resultem em
no Brasil, é marcado por rotinas repletas de melhora das condições de saúde, tanto físicas
regras e horários determinados, sem mui- como emocionais (7). O riso é composto por
ta flexibilidade, estando muito distantes de três componentes principais: motor, cogni-
caracterizar um ambiente familiar. Tal pers- tivo e afetivo; envolvem múltiplos circui-
pectiva acaba por enfatizar a exclusão e o tos corticais e subcorticais, sistema límbico,
isolamento social, dificultando a comunica- áreas especiais (visual, auditiva e olfativa) e
ção interpessoal no contexto comunitário e o eixo hipotálamo hipófise, que quando es-
limitando a vida social e afetiva dos idosos timulados pela ação de rir, liberam endorfi-
residentes (3). nas, encefalinas e neurotransmissores como
Como o ambiente institucional é marcado a serotonina e a dopamina, responsáveis por
por mudanças no cotidiano do idoso, o mes- efeitos psicológicos e físicos associados ao
mo, vivencia um processo marcado por sen- riso (8).
timentos de solidão e exclusão familiar, além Um estudo ressaltou a importância da re-
de vivenciar as alterações fisiológicas e pato- alização de pesquisas voltadas para a investi-
lógicas decorrentes do processo de envelhe- gação das bases científicas dos efeitos benéfi-
cimento. Assim, torna-se relevante a preven- cos do humor e do riso para a saúde huma-
ção e a promoção em saúde mental, visando na. O mesmo estudo apontou que o riso e a
melhorias na qualidade de vida do idoso (4). alegria podem contrariar algumas respostas
No Brasil, um estudo realizado junto à biológicas clássicas associadas ao estresse até
população idosa, estimou em 26% a propor- mesmo por um período considerável de tem-
ção de idosos com sintomas clinicamente po após as sessões de terapia do riso. Ainda
significativos de depressão (2). A literatura destacou que o cuidado integral é um desafio
aponta que a depressão acarreta prejuízos à para a Medicina devendo-se buscar o bem
qualidade de vida dos indivíduos, isto é, na estar do paciente e considerar as terapias al-
percepção do indivíduo sobre a sua posição ternativas no processo de tratamento (9).
na vida, no contexto da cultura e dos siste- Dentre as terapias voltadas para o riso,
mas de valores (5). Neste sentido, ressalta-se destaca-se a ‘arte clown’, conforme proposto
a importância da modificação ambiental em neste estudo. Um reconhecido médico norte-
ILPIs, no sentido de proporcionar aos ido- americano propôs a arte da palhaçaria para
sos residentes momentos de socialização, de a promoção da saúde. Ele fundou o famoso
exposição de sentimentos e de descontração, Instituto Gesundheit, onde a práxis é baseada
visando à redução dos índices de depressão e na lógica da ‘humorização’. Sua equipe pro-
a promoção da qualidade de vida. move saúde na direção da integralidade hu-
Assim, destaca-se a relevância da terapia mana, usando ferramentas como a gentileza,
do riso, enquanto recurso terapêutico para a a brincadeira, o encontro, o diálogo e o riso,
melhora da condição emocional e de saúde, rumo à alegria. O palhaço tem a capacida-
premissa sustentada neste estudo. Uma pes- de de inverter o sentido das representações,
quisa demonstrou que o riso e o bom humor é um ser que estremece as barreiras entre os

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sonhos e as realidades, desmascarando assim lidade de vida (13). Dessa forma, o presente
o opressor por meio do riso (6). estudo teve como objetivo verificar os efeitos
Por quase três décadas artistas profis- de intervenções clown nos níveis de depres-
sionais trabalham no contexto terapêutico são junto a idosos institucionalizados.
como palhaços e com diferentes denomina-
ções: médico palhaço, palhaço terapêutico,
palhaço do hospital, entre outros. Essas di- MATERIAL E MÉTODO
ferentes denominações principalmente enfa-
tizaram a terapia de palhaço ou clown thera-
py, que sempre teve como objetivo ajudar e Tratou-se de um estudo experimental, rea-
integrar esta intervenção com os pacientes, lizado em uma ILPI, associação filantrópica
e assemelhar o desempenho no trabalho dos católica, sem fins lucrativos, do interior de
médicos e enfermeiros, que proporcionam Minas Gerais, Brasil. A instituição abriga um
benefícios para os pacientes (10). total de 54 idosos.
Um estudo realizado através da imple- Foram incluídos no estudo todos os ido-
mentação de intervenções clown junto a jo- sos residentes na ILPI que atenderam aos
vens para avaliar como um ‘médico palhaço’ seguintes critérios de inclusão: ter 60 anos
afeta a percepção da dor durante a injeção ou mais, não apresentar comprometimento
de Corticóide Intra-Articular (IASI) em pa- cognitivo grave [avaliado pelo Mini Exame
cientes com artrite idiopática juvenil, usan- do Estado Mental (MEEM)] e aceitar parti-
do óxido nitroso para sedação consciente, cipar do estudo. Foram considerados como
demonstrou que a participação ativa de um critérios para descontinuidade dos parti-
‘médico palhaço’ durante a IASI diminui cipantes no estudo: participar menos que
ainda mais a dor, o estresse e induz a uma 80% das atividades, eventos estressores que
experiência agradável para o paciente (11). possam interferir profundamente no esta-
Outra pesquisa realizada junto a um grupo do emocional dos idosos, tais como: morte
de crianças e pais em ambiente hospitalar de pessoas próximas, incapacitação física ou
evidenciou que as atividades executadas por mental e hospitalização.
um ‘médico palhaço’ reduziram significativa- Antes de iniciar a coleta de dados jun-
mente a ansiedade pré-operatória das crian- to aos participantes, a presente pesquisa foi
ças e também de suas mães (12). aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
Assim, percebemos que têm sido descritos da Universidade Federal de São João Del Rei
na literatura, estudos voltados para a avalia- Campus centro-oeste Dona Lindu (Protoco-
ção dos efeitos da intervenção clown sobre lo No 89.438), conforme a resolução 196/96
a saúde mental principalmente de crianças. do Conselho Nacional de Saúde, vigente no
Entretanto, poucos estudos têm enfatizado período de aprovação do projeto.
os benefícios destas intervenções para a po- Trinta e dois idosos atendiam os critérios
pulação idosa. Pesquisadores da Universida- de inclusão para participar do trabalho, os
de de Ontório no Canadá ressaltam que as participantes foram distribuídos de forma
intervenções clown junto à população idosa randomizada, em um grupo experimental
são relativamentes novas, mas que pesqui- (n=16) e um grupo controle (n=16), mas
sas recentes têm sugerido que alguns idosos apenas 24 participaram efetivamente até o
que utilizam o humor como uma maneira término das intervenções (14 grupo experi-
de lidar com os desafios do envelhecimento mental e 10 grupo controle ). Isto aconteceu
podem ser mais propensos a viver mais, en- pelo fato de três deles terem falecido, dois
velhecer bem, e estar mais satisfeitos com sua terem sido transferidos da instituição e três
saúde física e experimentar uma melhor qua- não se encontravam na mesma no período

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da segunda coleta de dados, por estarem par- pessoal treinado e capacitado para a aplica-
ticipando de atividades externas à instituição. ção da EDG-15.
O grupo controle foi avaliado por um pe- Os dados da aplicação da EDG, antes e
ríodo de seis meses, não sendo submetido às após as atividades clown, foram analisados
intervenções clown, mas podendo ser partici- pelo Método JT. Trata-se de um método uti-
pantes de atividades lúdicas de rotina ofere- lizado com o propósito de avaliar interven-
cidas pela instituição. O grupo experimental ções, buscando evidências empíricas de sua
foi avaliado por um período de seis meses, eficácia e efetividade. Este método ficou co-
sendo submetido às intervenções clown. nhecido por método JT em alusão às iniciais
A intervenção clown foi fundamentada na de seus autores (15). O método JT avalia a
implementação de atividades lúdicas e tea- confiabilidade da mudança comparativa-
trais por acadêmicos, os quais se vestiram de mente antes e após a intervenção, indicando
palhaços, com personagens característicos, dessa forma se a mudança é confiável através
maquilagem e utensílios, em sessões de duas do Índice de Mudança Confiável (IMC) e se
horas, uma vez por semana. Trata-se de gru- é clinicamente relevante através do ponto de
pos de seis acadêmicos dos cursos de Medi- corte para significância clínica.
cina, Enfermagem, Farmácia ou Bioquímica O IMC foi calculado segundo a fórmula
de uma universidade pública, participantes apresentada abaixo, baseado nos valores pré
de um projeto de extensão institucional de- e pós-intervenção de cada indivíduo partici-
nominado ‘Divinos Palhaços’. pante do trabalho e no valor do erro padrão
Antes e após a aplicação das interven- da diferença.
ções, isto é, no primeiro e no sexto mês de
intervenção, foram avaliados os sintomas IMC= Vpós - Vpré / EPdif
depressivos dos sujeitos participantes (gru-
po experimental) e não participantes (gru- Vpós é o valor pós-teste; Vpré é o valor pré-
po controle) através da aplicação da Escala teste; EPdif é o erro padrão da diferença.
de Depressão Geriátrica (EDG) ou Geriatric
Depression Scale (GDS). Tal instrumento é o O erro padrão da diferença foi calculado
mais frequentemente utilizado para a detec- da seguinte forma:
ção de sintomas depressivos na população de
idosos e monitoramento da gravidade dos EPdif= DPa x √2 x √1-c
sintomas, ao longo do tempo, sendo já vali-
dado no Brasil (14). DPa é o desvio padrão pré-intervenção e
Todos os indivíduos participantes da pes- c é o índice de confiabilidade de Cronbach.
quisa responderam a EDG-15, antes e após Segundo o modelo idealizado pelos auto-
a aplicação das intervenções. Ela é composta res (15, 16), mudanças (Vpós – Vpré) maiores a
por 15 questões nas quais a resposta pode ser 1,96 x EPdif foram ditas como positivas confi-
afirmativa ou negativa, sendo que o resulta- áveis e mudanças (Vpós – Vpré) menores a 1,96
do maior que cinco pontos denotam o diag- x EPdif foram ditas como negativas confiáveis.
nóstico de depressão e com resultados me- Para o cálculo do intervalo de confiança
nor ou igual a cinco a pessoa não apresenta para a significância clínica os autores (15, 16)
transtornos depressivos. Tal escala apresenta propuseram a seguinte maneira de calcular o
medidas válidas e confiáveis para a detecção erro padrão da medida:
da depressão no idoso, com perguntas fáceis
de serem entendidas, sendo que na bibliogra- PCsc ± 1,96x ( DP/√n )
fia pesquisada o alfa de Cronbach é 0,81. A
aplicação do instrumento foi realizada por PCsc é o ponto de corte calculado; DP é o

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desvio padrão antes da intervenção na popu- no primeiro momento revelou que no gru-
lação clínica e n é o número de indivíduos po controle havia antes das intervenções seis
participantes. (6; 30%) idosos sem o status de depressão e
Os dados da EDG também foram analisa- quatro (4; 40%) com o quadro depressivo,
dos no programa estatístico Statistical Packa- sendo que três (3; 30%) com depressão leve e
ge for the Social Sciences (SPSS). Nele foi re- um (1; 10%) com depressão severa. Já para o
alizado o teste não paramétrico de Friedman grupo que iria receber a intervenção, antes da
para detectar se houve diferenças com as in- intervenção havia oito (8; 57,1%) indivíduos
tervenções propostas pelo trabalho, além das que não apresentavam o quadro depressivo e
características descritivas da amostra. seis (6; 42,9%) apresentavam tal quadro, des-
ses, quatro (4; 66,7%) com depressão leve e
dois (2; 33,3%) com depressão severa.
RESULTADOS No segundo momento de aplicação da
EDG, isto é, após a intervenção clown, obser-
vou-se que no grupo controle havia quatro
O grupo controle foi composto por 10 par- (4; 40%) indivíduos sem o quadro de de-
ticipantes, sendo cinco (5; 50%) homens e pressão, cinco (5; 50%) com depressão leve e
cinco (5; 50%) mulheres. Sete (7; 70%) eram um (1; 10%) com depressão severa. Já para o
solteiros, dois (2; 20%) casados e um (1; grupo que recebeu a intervenção os resulta-
10%) viúvo. Dos 10 indivíduos, sete (7; 70%) dos foram os mesmos da primeira aplicação
eram acamados e três (3; 30%) não eram. A da EDG.
religião de todos os indivíduos de tal grupo O IMC, que representa a confiabilidade
era a católica. A idade média foi de 75,64 e das mudanças observadas do período antes
o desvio padrão de 8,85. Os dados quanto das intervenções para o período após as in-
ao tempo de institucionalização mostraram tervenções, é apresentado a seguir do Gráfico
uma média de 22,79 meses com desvio pa- 1 para o grupo controle e Gráfico 2 para o
drão de 25,56. Os valores do MEEM apon- grupo intervenção. Em tais Gráficos observa-
taram uma média de 21,57 e desvio padrão se a bissetriz que separa acima as mudanças
de 6,41. positivas e abaixo as mudanças negativas.
O grupo composto pelos idosos que par- Entre as diagonais superior e inferior a bisse-
ticiparam das intervenções consistiu em 14 triz é considerada como área incerta em que
participantes, sendo cinco (5; 35,7%) ho- mostram alterações pequenas, podendo ser
mens e nove (9; 64,3%) mulheres. Quatro fruto de erro de medida. Os valores de média
(4; 28,6%) eram solteiros, quatro (4; 28,6%) e desvio padrão utilizados para gerar o inter-
separados e seis (6; 42,8%) viúvos. Dos 14 valo de confiança foi determinado a partir
indivíduos, um (1; 7,1%) era acamado e do conjunto de participantes do seu respec-
treze (13; 92,9%) não eram. Quanto à reli- tivo grupo, ou controle ou intervenção. Nes-
gião, doze (12; 85,8%) eram católicos, um (1; sa análise o indivíduo é comparado com ele
7,1%) evangélico e um (1; 7,1%) espírita. A mesmo utilizando o intervalo de confiança
idade média foi de 76,04 e o desvio padrão dos participantes do seu grupo.
de 9,42. Os dados quanto ao tempo de ins- Observa-se do Gráfico 1, que houve no
titucionalização mostraram uma média de grupo controle mudança positiva confiável,
30,83 meses com desvio padrão de 21,39. Os ou seja, acima do intervalo de confiança, para
valores do MEEM revelaram uma média de os indivíduos S7 e S2 e mudanças não confiá-
20,08 e desvio padrão de 6,08. veis para o restante dos indivíduos. Portanto,
Os resultados quanto a aplicação da EDG dois indivíduos que não participaram das in-

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Gráfico 1. Confiabilidade da mudança do estado ou não de depressão


no grupo controle.

tervenções clown pioraram seguramente no para o restante dos indivíduos. Dessa forma,
que diz respeito ao status depressivo. Já do tem-se que 1 indivíduo apresentou melhora
Gráfico 2, pode-se observar que a intervenção confiável com as intervenções e outro indi-
proporcionou mudança positiva confiável víduo apresentou piora confiável acerca do
para o indivíduo S8, mudança negativa con- estado depressivo.
fiável para o S12 e mudanças não confiáveis

Gráfico 2. Confiabilidade da mudança do estado ou não de depressão


no grupo intervenção.

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A significância clínica é apresentada do uma área incerta podendo, dessa forma, ha-
Gráfico 3, para o grupo controle e do Gráfico ver erros de medida, devendo ser avaliados os
4, para o grupo intervenção. Nas Gráficos 3 e indivíduos fora dessa faixa. A linha vertical
4 observam-se linhas azuis, uma horizontal e central indica que indivíduos a direita dessa
uma vertical, usadas para separar valores ava- linha já estavam incluídos na população fun-
liados num primeiro momento, muito altos cional e os que se encontravam a esquerda se
ou muito baixos. A linha horizontal central é enquadravam na população disfuncional. As
tida como Ponto de Corte para significância linhas verticais à direita e à esquerda repre-
clínica. Se o indivíduo ficar acima dessa linha sentam áreas de incerteza.
têm-se que o indivíduo aumentou seu score Ao observar do Gráficos 3 e 4, constata-
para o estado depressivo e se estiver abaixo se que apesar das mudanças confiáveis tanto
quer dizer que não houve mudança quanto ao positivas quanto negativas, elas não foram
estado depressivo. A linha horizontal situada significantes do ponto de vista clínico.
acima e abaixo do Ponto de Corte abrange

Gráfico 3. Significância clínica do estado ou não de depressão no grupo controle.

Ao realizar a análise através do teste Fried- Apesar das mudanças no status de de-
man, tem-se que a média da pontuação total pressão entre os indivíduos do grupo con-
da EDG aplicada antes no grupo controle foi trole e intervenção não serem significantes
de 1,4 (p>0,05) e a média do mesmo grupo na do ponto de vista clínico, vale ressaltar que,
segunda aplicação foi de 1,6 (p>0,05). Para o comparando-se as mudanças confiáveis en-
grupo que participou da intervenção tem-se tre indivíduos dos dois grupos, observa-se
que a média da pontuação total da EDG apli- que 2 indivíduos que não participaram das
cada antes foi de 1,46 (p>0,05) e a média na intervenções (grupo controle) apresentaram
segunda aplicação foi de 1,54 (p>0,05). Des- piora confiável nos níveis de depressão, en-
sa forma, as mudanças não apresentam nível quanto que 1 indivíduo que participou das
de significância importante. intervenções apresentou melhora confiável.

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Efeito da intervenção clown no padrão de depressão de idosos em instituição de... / W. Bordone, J. Dias, L. Ferreira, T. Prette, G. Cabreira

Gráfico 4. Significância clínica do estado ou não de depressão no grupo intervenção.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO depressivo no segundo momento de aplica-


ção da EDG era maior que no primeiro. As-
sim, apesar dos resultados das intervenções
A medicina moderna está cada vez mais inte- clown não terem sido significantes do pon-
ressada em alternativas complementares que to de vista clínico, sugere-se a realização de
gerem benefícios preventivos ou terapêuti- novos estudos com o objetivo de verificar os
cos na assistência ao cliente. Um estudo (17) benefícios destas intervenções no sentido de
apontou os benefícios da terapia do humor impedir a progressão da depressão entre os
e do riso para pacientes em centros de reabi- idosos institucionalizados, visto que, o tem-
litação cardíaca, outro (18) demonstrou que po de institucionalização é sugerido em al-
tal terapia repercutiu em melhoras clínicas guns estudos como fator de risco associado à
em pacientes com Doença Pulmonar Obs- depressão (20).
trutiva Crônica (DPOC) e, ainda, outro es- Um estudo experimental desenvolvido
tudo (19) demonstrou que filmes de humor por pesquisadores da Universidade de Ho-
podem proporcionar melhoras na percepção nam na Korea com o objetivo de verificar os
da dor. efeitos da terapia do riso na redução dos ní-
Sendo assim, o presente trabalho buscou veis de depressão, qualidade de vida, capaci-
verificar os efeitos terapêuticos da terapia do dade de resistência e de respostas imunitárias
riso, por meio das intervenções clown, na re- em sobreviventes de cancro de mama, tam-
dução da depressão em idosos institucionali- bém não evidenciou diferenças significativas
zados. Os resultados apresentados mostram entre os grupos controle e experimental para
que para o grupo que participou da interven- a depressão. Entretanto, o estudo citado de-
ção não houve mudanças quanto à quantida- monstrou que a terapia do riso é eficaz em
de de indivíduos com estado depressivo antes aumentar a qualidade de vida e a resiliência
e após a terapia. Entretanto, no grupo con- na citada população (21).
trole o número de indivíduos com o quadro Um estudo randomizado controlado,

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realizado junto a 72 idosos em um centro com a depressão, pois fatores como solidão,
comunitário da em Shiraz, sudoeste do Irã, perda da estabilidade financeira, perda da
encontrou uma correlação estatisticamen- posição social, incapacidade física, entre ou-
te significativa entre o programa de terapia tros, pode levar a um quadro depressivo. As-
do riso e a melhora do estado geral de saú- sim, tais fatores não podem ser controlados,
de, identificando melhora nos sintomas so- dificultando a mensuração da terapia (26,
máticos, insônia e ansiedade. No entanto, no 27).
referido estudo, também não houve corre- Estudo semelhante a este, realizado na
lação estatisticamente significativa entre te- Alemanha, em que palhaços animavam uma
rapia do riso e a depressão (22). Entretanto, instituição de idosos, sugeriu a melhora do
outro estudo, desenvolvido por pesquisado- estado de humor nesta população. Entretan-
res da Universidade Nacional Kyungpook, to, o mesmo estudo apontou o fato de ter tra-
Daegu, Coréia, com o objetivo de avaliar os balhado com uma população reduzida, como
impactos da terapia do riso nos níveis de se- uma limitação do estudo. No referido estu-
rotonina e qualidade de vida em mulheres de do, o grupo intervenção era composto por 52
meia-idade, teve como resultados o aumento idosos e o controle por 38 (28). Neste sen-
serotonina nos grupos experimentais após a tido, consideramos que a população abor-
10ª intervenção, sendo este aumento maior dada na presente pesquisa também pode ser
no grupo de mulheres com depressão grave. considerada reduzida, por se tratar de grupos
O estudo também apresentou como resulta- menores do que o estudo citado. Assim, su-
dos a diminuição dos níveis de depressão em gere-se que sejam realizados estudos a partir
todos os grupos, após a quinta intervenção e de populações maiores, dada a dificuldade de
a maior queda foi observada no grupo com manutenção dos sujeitos nos grupos contro-
depressão grave (23). le e intervenção, devido a fatores como inter-
Apesar dos resultados deste estudo não nação, morte ou desistência.
terem evidenciado diferenças clínicas, cabe Outro estudo demonstrou efeitos posi-
considerar as dificuldades de se realizar es- tivos na depressão geriátrica com o uso da
tudos de intervenção controlados para a terapia do riso. No entanto, os autores res-
depressão, visto que tal transtorno tem ori- saltaram que resultados melhores poderiam
gem multifatorial. Alguns autores sugerem ter sido alcançados caso algumas limitações
que fatores como isolamento social, viuvez, fossem sanadas. Limitações essas foram: o
e a falta de uma pessoa confidente parecem abandono do estudo por parte dos idosos,
estar associados à maior ocorrência de de- tamanho pequeno da amostra e o tempo de
pressão. A internação na ILPI pode propiciar terapia, visto que em tal estudo a terapia foi
a ocorrência dos fatores mencionados ante- realizada em apenas um mês. Dessa forma,
riormente e que não podem ser controlados as limitações desse estudo japonês e do pre-
metodologicamente, mas que, entretanto, sente estudo entram em consonância, o que
podem interferir nos resultados da terapia reforça mais uma vez que novos estudos que
proposta (24, 25). controlem algumas dessas limitações sejam
Além de fatores ocasionais, há de se con- realizados. Os autores ainda descrevem que
siderar também, os próprios fatores intrínse- a terapia do humor apresenta algumas van-
cos à população idosa como dificultadores na tagens como não ter limitação de espaço e
realização de estudos de intervenção psíqui- tempo, ser de baixo custo além de sua pra-
cos nesta população. Alguns autores sugerem ticidade, incentivando mais uma vez novos
que a própria idade avançada relaciona-se estudos (29).

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Efeito da intervenção clown no padrão de depressão de idosos em instituição de... / W. Bordone, J. Dias, L. Ferreira, T. Prette, G. Cabreira

Em termos de qualidade de vida dos pa- o quadro depressivo no segundo momento


cientes, um estudo (30) investigou o impacto foi maior que no primeiro. Embora os resul-
da terapia do humor na qualidade de vida em tados deste estudo não tenham evidenciado
indivíduos idosos com doença de Alzheimer diferenças clínicas, compete ressaltar as difi-
ou com depressão. Os resultados foram ani- culdades em desenvolver pesquisas de inter-
madores visto que os autores constataram venção controladas para a depressão, a qual
que a terapia melhorou a qualidade de vida pode ser originada por múltiplos fatores, os
dos pacientes com depressão, mostrando quais não podem ser controlados metodo-
mais uma vez os benefícios de tal modalida- logicamente, mas que podem interferir nos
de terapêutica. resultados da terapia proposta, como men-
Assim, apesar deste estudo não ter pro- cionado anteriormente. Situações comuns
porcionado evidências clínicas de alteração na velhice como solidão, isolamento social,
do estado depressivo em idosos instituciona- institucionalização, capacidade física dimi-
lizados após as intervenções clown, devemos nuída, entre outros, predispõem os idosos
ressaltar a importância humanitária da ani- à depressão, o que contribui para a dificul-
mação em ILPI (31). Tais locais inicialmen- dade na mensuração do efeito das interven-
te podem ser vistos como propiciadores de ções na população em estudo. Apesar destas
fragilidade social e mental ao inserir o indi- limitações, pode-se constatar a importância
víduo em um contexto diferente de sua re- da intervenção proposta, na medida em que
alidade. Mesmo assim, mudanças subjetivas a terapia do humor ou terapia clown cons-
foram observadas com frequência em relatos titui-se uma alternativa lúdica para idosos
de funcionários e dos próprios idosos com institucionalizados, proporcionando alegria,
os funcionários e que foram repassados para descontração, ao mesmo tempo em que au-
os atores do estudo. As frases mais ouvidas xilia na manutenção da saúde e qualidade de
foram: os palhaços são ótimos, perguntam vida. Todavia, uma vez que na literatura não
quando eles voltam, queremos brincar com foram encontrados estudos que comprovem
eles, entre outras constatações. Portanto, no- a efetividade desta terapia na redução dos ín-
vos trabalhos com animações em instituições dices de depressão na população idosa, são
para idosos devem ser encorajados. necessários mais estudos sobre esta temática,
Com o passar dos anos os idosos institu- que incluam maior número de participan-
cionalizados tendem a desenvolver depres- tes, maior tempo de duração das animações
são ou piorar seu estado depressivo, por di- e maior tempo de acompanhamento desses
versos fatores. Assim, essa alta prevalência idosos.
de depressão leva a buscar alternativas para
melhorar o humor desses indivíduos e ten- Agradecimentos: Apoio da Pró-Reito-
tar também reverter o quadro depressivo. O ria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPE)/
presente trabalho demonstrou, por meio das UFSJ e da diretoria do Campus Centro-Oeste
intervenções clown, os efeitos terapêuticos da Dona Lindu, para a realização deste trabalho.
terapia do riso na diminuição da depressão Também agradecemos ao Conselho Nacional
em idosos institucionalizados. Os resultados de Desenvolvimento Científico e Tecnológi-
evidenciaram que o grupo que participou co (CNPQ) pelo financiamento do trabalho
da intervenção não apresentou mudanças realizado. Também agradecemos aos demais
quanto ao número de indivíduos com esta- alunos e docentes participantes do grupo Di-
do depressivo antes e após a terapia. Todavia, vinos Palhaços.
no grupo controle o número de idosos com

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CIENCIA Y ENFERMERIA XXI (2), 2015

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