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SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
2.2 Alienação
Alienação é toda transferência da propriedade de um bem sob a forma de
venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura, cessão ou concessão
de domínio. As leis administrativas geralmente indicam quais as alienações que
dependem de licitação e as que a dispensam (MEIRELLES, 2010).
Em regra, toda venda de bens públicos está sujeita a licitação, sendo
inexigível essa formalidade, em alguns casos, em razão do objeto ou das pessoas a
que se destina. “Os bens públicos, em princípio, são inalienáveis, e só perderão
essa peculiaridade nos casos e formas que a lei prescrever” (Código Civil, art. 100).
O que a lei civil quer dizer é que os bens públicos são inalienáveis enquanto
destinados ao uso comum do povo ou a fins administrativos específicos, isto é,
enquanto guardarem afetação pública. É evidente que uma praça ou um edifício
público não podem ser alienados enquanto tiverem essa destinação, mas poderão
ser vendidos, doados ou permutados desde que desafetados previamente, por lei,
de sua destinação originária.
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O STF, Pleno, em acórdão relatado pelo eminente Min. Carlos Velloso, suspendeu, liminarmente,
em relação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, parte dos dispositivos da Lei nº 8.666, de 1993
(art. 17, I, “b”, II, “b”, e § 1º, In: RDA 200/193.
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de direito real de uso de imóveis com dispensa de licitação quando o uso se destinar
a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização
do imóvel.
Segundo o art. 17, I, “f”, da Lei 8.666, de 1993, com a redação da Lei nº
11.481, de 2007, dispensa-se licitação para a alienação gratuita ou onerosa,
aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis residenciais construídos; destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de
programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social,
desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública.
O art. 17, I, “h”, inserido pela Lei nº 11.481, de 2007, refere-se à dispensa de
licitação para a alienação onerosa ou gratuita, aforamento, concessão de direito real
de uso, locação ou permissão de imóveis de uso comercial de âmbito local com área
de até 250m2 e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública.
A Lei nº 11.952, de 2009, dispensa licitação para alienação e concessão de
direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na
Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 módulos fiscais ou
1.500ha, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais (art. 17,
I, “i”, da Lei nº 8.666, de 1993). A supracitada lei também modificou a redação do
inciso II do § 2º do art. 17 da Lei 8.666, de 1993, que agora prevê a dispensa de
licitação e de autorização legislativa na concessão de título de propriedade ou direito
real de uso de imóvel para pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou
ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de
cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na
Amazônia Legal, superior a 1 módulo fiscal e limitada a 15 módulos fiscais, desde
que não exceda 1.500ha e observados os condicionamentos impostos pelos §§ 2º-A,
1-I1I, e 2º-B, I-IV, do art. 17 da Lei de Licitações (MEIRELLES, 2010).
A lei dispõe, com muito acerto, que na concorrência para a venda de bens
imóveis a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia
nunca inferior a 5% do valor da avaliação (art. 18).
Observe-se com atenção o art. 26 da Lei nº 8.666, de 1993, com a redação
da Lei nº 11.107, de 2005, que condiciona a eficácia das dispensas previstas nos §§
2.4 Locações
A locação ou arrendamento de bens para a Administração é o mesmo
contrato definido no Código Civil, em que uma das partes (o locador) se obriga a
ceder à outra (o locatário), por tempo indeterminado ou não, o uso e gozo de coisa
não fungível, mediante certa retribuição (art. 565).
A Lei nº 8.666, de 1993, inclui expressamente as locações entre os contratos
que devem ser necessariamente precedidos de licitação (art. 2º). Realmente, as
locações de coisas para a Administração, principalmente de equipamentos, podem e
devem sujeitar-se a licitação, só dispensável ou inexigível nos casos previstos na lei
(arts. 24 e 25), por se consubstanciarem em contratos tão onerosos como os demais
que o Poder Público realiza para a consecução dos serviços administrativos a seu
cargo. Na omissão da lei, a modalidade de licitação resultará do enquadramento do
contrato na faixa de valor correspondente a compras, que é a que mais se adapta à
locação, que poderá ser simples ou com opção de compra (leasing).
Quanto às locações de bens imóveis para a Administração, a própria lei
torna inexigível a licitação, quando destinados ao serviço público, “cujas
necessidades de instalação ou localização condicionem a sua escolha” (art. 24, X).
A locação ou arrendamento de bens públicos a particulares, como
impropriamente alude o Decreto-lei federal 9.760, de 5.9.1946 (arts. 95 a 98), não é
contrato civil ou comercial, mas, sim, concessão remunerada de uso, instituto típico
do direito administrativo, lamentavelmente desconhecido do legislador da União.
Essa imprópria “locação” é estudada no item seguinte, em que tratamos das
concessões em geral (MEIRELLES, 2010).
razões administrativas para essa exigência, uma vez que tais contratos,
normalmente, são onerosos e de longa duração, o que justifica a publicidade e o
formalismo da concorrência, embora a Constituição da República se refira
genericamente a licitação para a prestação de serviços públicos sob o regime de
concessão (art. 175).
A concessão pode ser de serviço, de obra ou de uso de bem público, todas
elas consubstanciadas em contrato administrativo, bilateral, comutativo, remunerado
e realizado intuitu personae.
Pelo contrato de concessão, a Administração delega a execução e a
exploração remunerada de serviço ou de obra pública ou de utilidade pública, ou
cede o uso de um bem público, ao particular contratante para que o explore ou o
utilize pelo prazo e nas condições regulamentares e contratuais.
A concessão de serviço público está contemplada na Constituição Federal
(art. 175), tendo a União editado a Lei nº 8.987, de 13.2.1995, dispondo sobre a
matéria, com base no art. 22, XXVII, do texto constitucional.
Apesar de suas falhas e omissões, essa lei veio preencher uma lacuna em
nosso sistema jurídico, visto que o instituto das concessões se ressentia da
sistematização da matéria, apoiando-se quase que inteiramente nos ensinamentos
doutrinários e jurisprudenciais existentes. Após a sua edição não subsistem mais
dúvidas doutrinárias acerca da natureza contratual da concessão. Posteriormente,
nova lei federal foi promulgada, modificando alguns aspectos da norma anterior e
regulando as concessões e permissões dos serviços de energia elétrica, de
competência federal (Lei nº 9.074, de 7.7.1995).
Cabe também fazer referência à Lei federal nº 9.468, de 27.5.1998, que
introduziu algumas modificações nas leis anteriores, notadamente nos critérios de
julgamento da licitação que antecede a outorga da concessão.
A Lei nº 8.987, de 1995, é lei nacional, que se aplica indistintamente a todas
as entidades estatais – União, Estados Distrito Federal e Municípios –, tanto assim
que o parágrafo único do seu art. 1º dispõe que tais entidades deverão adaptar sua
legislação a essa norma, tendo em vista o atendimento das peculiaridades de seus
serviços (AZEVEDO; ALENCAR, 1998).
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O STF já assentou que a prescrição do princípio da licitação não importa legitimação de qualquer
empresa para realizar o serviço livremente, sem concessão do Poder Público (RTJ 117/233).
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pelo público, sem o qual seria impossível a utilização da própria obra. Exemplo disso
são a Ponte Rio-Niterói e as rodovias que vêm sendo concedidas. Acresce, mais,
que não há concessão (de obra ou de serviço) sem que haja cobrança de tarifa, ao
menos como sua remuneração básica. Ora, para que isto ocorra é indispensável a
prestação do serviço que torne a obra utilizável.
O art. 1º da Lei nº 8.987, de 1995, menciona a concessão de obra pública,
mas depois não a define, nem lhe faz referência no restante do texto.
Como dito por HELY LOPES MEIRELLES (2010), dificilmente, hoje, haveria
uma obra pública que pudesse ser explorada por terceiro, mediante cobrança de
tarifas, sem que fosse acompanhada dos respectivos serviços de manutenção e
operação. Mas, teoricamente, a lei prevê a hipótese de exploração da obra, embora
na prática tal exploração seja inviável sem os serviços que permitam a sua
utilização.
O que a Lei de Parcerias Público-Privadas trouxe de novo para o tema é a
autorização para a celebração de contratos de concessão em que o pagamento
pelos serviços prestados, subjacentes à realização de uma obra, sejam arcados pelo
Poder Público contratante, permitindo, assim, a existência de contrato de concessão
sem a figura do usuário final pagador de tarifas.
A concessão de uso de bem público, também denominada cessão de uso do
domínio público, destina-se a outorgar ao concessionário a faculdade de explorar um
bem da Administração, segundo a sua específica destinação, tal como um hotel, um
restaurante, um logradouro turístico ou uma área de mercado pertencente ao Poder
Público concedente.
O que caracteriza a concessão de uso e a distingue dos outros institutos
afins – autorização e permissão de uso – é o traspasse contratual da utilização de
um bem público para que o concessionário o explore consoante sua destinação
originária e nas condições regulamentadas pela Administração, embora não se
exclua o caráter lucrativo da atividade.
Na concessão de uso, como, aliás, em toda concessão, predomina o
interesse público sobre o particular, e por isso mesmo é facultada à Administração a
alteração unilateral do contrato, e até mesmo sua rescisão pela própria
Administração, nos moldes dos demais ajustes administrativos.
3
TJSP, RT 220/273; 318/172; 511/116; TASP, RT 209/352, 240/408.
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objetivos de longo prazo e às ações para alcançá-los que afetam a empresa como
um todo (ZENONE, 2007).
recursos recebidos entre os subscritores; se não for o caso, o saldo não colocado é
cancelado. No caso de primeira distribuição de cotas do fundo, no entanto, se o
valor mínimo não for alcançado, além do rateio, será necessário fazer a liquidação
do fundo.
g) Condições mais flexíveis para os FIIs destinados exclusivamente a
investidores qualificados como a utilização de títulos e valores mobiliários na
integralização das cotas do Fundo, desde que com um claro estabelecimento de
critérios para tanto; a dispensa de elaboração de prospecto, de anúncio de início e
encerramento de distribuição e de elaboração de laudo de avaliação para
integralização de cotas em bens e direitos; e a possibilidade de existência de cotas
com direitos ou características especiais quanto à ordem de preferência no
pagamento dos rendimentos periódicos, no reembolso de seu valor ou no
pagamento do saldo de liquidação do fundo.
h) Flexibilização do controle de atos relativos ao funcionamento dos FIIs pela
CVM, sendo que atos como alteração do regulamento, por exemplo, não mais
necessitam de autorização prévia da CVM.
i) Possibilidade de divulgação de informações relativas ao FII por meio
eletrônico para a CVM e para os cotistas, desde que com expressa anuência destes,
e também para o público em geral, a fim de facilitar e tornar mais ágil a comunicação
(OLIVEIRA et al., 2010).
impressões sobre os produtos, os pontos que podem ser melhorados mesmo que
sejam excelentes e aqueles onde o concorrente irá fortalecer-se ao produzir um
produto que foque diretamente os pontos fracos do seu produto, tentar entender o
cliente é um exercício diário, que exige preparo e dedicação, então deve-se deixar
sempre aberto um canal para que a comunicação seja eficaz e eficiente.
2º ‘C’ – Conveniência: o cliente sempre irá procurar um ponto de Distribuição do
produto que lhe convenha, pode ser o mais próximo de sua residência, o caminho
para o trabalho, o de mais fácil acesso, o que possua o melhor atendimento, etc., é
muito importante que o profissional de Marketing saiba onde, como e quando
distribuir seus produtos, um produto que não está nas lojas não pode ser vendido e
um serviço em que não há pessoa disponível também, é necessário saber qual é a
capacidade de produção, estimar muito bem o segmento ou nicho de mercado que
se pretende atingir, não deixando com que os produtos sobrem ou faltem. Afinal,
após várias pessoas reclamarem que não encontraram já é tarde e ele foi para a
concorrência, pois hoje é vital que a distribuição seja um dos melhores meios para
conquistar clientes. Toda a Logística envolvida pode dar o diferencial que o cliente
procura e na falta do concorrente, é o seu produto que será vendido, pois é o mais
conveniente para o cliente naquele momento.
3º ‘C’ – Comunicação: não adianta produzir, distribuir sem comunicar, o cliente
deve estar ciente da existência do seu produto, da facilidade de acesso que terá ao
buscar a compra e que não faltará em suas futuras compras. O cliente pode ler um
jornal, revista, Internet, receber um e-mail, uma mala direta, pode-se usar o
telemarketing etc., mas o cliente deve saber que o produto ou serviço existe, quais
são as características, onde encontrar, qual o diferencial do produto, as vantagens
de comprar desta empresa, o preço que irá pagar para ter um produto novo no
mercado ou similar ao da concorrência, etc., mas além de comunicar, deve-se deixar
que o produto atenda as expectativas do cliente e seja fruto de compras futuras.
4º ‘C’ – Custo: o cliente não irá pagar muito mais do que sua percepção de valor
poderá sugerir, o que para a empresa é o preço, para o cliente é o custo, o valor que
terá de desembolsar para que adquira o produto ou serviço. Assim, para que tudo
saia perfeitamente é vital que o profissional de Marketing faça pesquisas relevantes,
saiba quanto o cliente pagaria para adquirir o produto X, quais os benefícios que ele
aplicação desses modelos, deve-se fazer uso de variáveis que dizem respeito aos
imóveis, e que por sua vez, caracterizam o terreno. Para isso, deve-se levar em
consideração as características de cada imóvel, pois é a partir dessas informações
que se consegue estimar o valor do mesmo.
As características que um imóvel pode apresentar são muitas, desde físicas,
como dimensões, topografia e tipo de solo; também podem ser levantadas
informações a respeito da sua utilização e muitas outras. Mas ao levantar essas
informações, é importante saber se essas têm alguma influência no valor do imóvel.
Em seu texto, a NBR 14653-2 (2004) descreve as possíveis características
que podem ser investigadas para uma avaliação imobiliária de terrenos. São elas:
• relevo, solo, subsolo e ocupação;
• acessos, serviços e melhoramentos públicos;
• utilização atual e potencial, legal e econômica;
• classificação do imóvel;
• área, testada e profundidade.
Outras variáveis que podem exercer influências no valor final de um imóvel
não edificado são as seguintes:
• localização;
• dimensões e forma;
• aspectos físicos (topografia, pedologia, várias frentes, recuos);
• equipamentos urbanos (água, luz, esgotos, pavimentação, transporte coletivo,
etc.) (MÖLLER, 1995).
A variável localização espacial também é de extrema importância, pois tem
grande influência no valor do imóvel, tanto que “o preço dos imóveis modifica-se
substancialmente de acordo com sua localização, enquanto que o custo de
construção é praticamente o mesmo em todas as regiões de uma cidade”
(GONZALEZ; FORMOSO, 1994). A partir disso, pode-se concluir que o valor do
terreno está totalmente relacionado com a sua localização e, sendo assim, o valor
depende das características da região em que o imóvel se encontra.
Além da variável localização, devem ser levantadas também mais variáveis
que caracterizam o imóvel como um todo. Outro ponto importante a ser analisado diz
respeito à criação das zonas homogêneas. Pelas metodologias convencionais,
uma cultura de milho temos que avaliar qual o custo para a sua formação e qual o
lucro esperado (SOBREIRO, 2010).
Também é necessário considerar qual é o “aproveitamento eficiente” desta
terra. Por exemplo, o produtor pode estar criando rebanhos, quando na realidade
teria mais benefícios se cultivasse determinada cultura. Dentro da análise da
produtividade da terra também devem ser observados a posição (aclive, declive) do
terreno, áreas de pastagem, a erosão devido ao uso indevido da terra também são
itens que devem ser analisados. A hidrografia do local também é essencial para
composição de seu valor. Condições mínimas de saneamento básico e rede elétrica
são fatores que aumentam o valor do imóvel.
Outro item importante é a localização do imóvel rural e suas condições de
via de acesso. Nem sempre um imóvel próximo à rodovia possui um valor maior. Por
exemplo, para produtores de ovelhas, o ideal é um imóvel situado longe da rodovia.
Assim como os outros casos, ao mesmo tempo é importante avaliar a
construção do imóvel e se há outras instalações que agreguem valor, por exemplo:
curral, barracões para guardar máquinas agrícolas, terreiros, estábulos, entre outros
(SOBREIRO, 2010).
As normas da ABNT NBR 14653-1 e ABNT NBR 14653-3 consolidam os
conceitos, métodos e procedimentos gerais para os serviços técnicos de avaliação
de imóveis rurais.
Vale guardar...
Fator de situação: fator de homogeneização que expressa simultaneamente a
influência sobre o valor do imóvel rural decorrente de sua localização e
condições das vias de acesso.
Funcionalidade de benfeitoria: grau de adequação ou atualidade tecnológica
de uma benfeitoria em função da sua viabilidade econômica no imóvel e na
região.
Imóvel rural: imóvel com vocação para exploração animal ou vegetal,
qualquer que seja a sua localização.
Situação do imóvel: compreende a localização em relação a um centro de
referência e o tipo de acesso, do ponto de vista legal e de trafegabilidade.
paciência e perseverança;
lealdade e sinceridade;
organização e método de trabalho;
paixão pela profissão de vendas e espírito de sacrifício;
capacidade de negociação;
conhecimento profundo de toda a técnica da venda relacional e dos produtos
imobiliários.
Essas qualidades são importantes por vários motivos, mas principalmente
porque pode ser a partir delas que o cliente irá formar o seu conceito do vendedor,
podendo ser positiva ou negativa. O seu comportamento influenciará na aceitação
de suas propostas pelo comprador.
Certos clientes recusam-se a aceitar benefícios de algumas soluções
imobiliárias para habitação, não porque as mesmas não os tenham, mas porque o
vendedor não transferiu para o produto, a credibilidade e segurança que deveriam
estar presente nas suas afirmações anteriores à apresentação do produto – na
abordagem inicial.
Podemos dizer que essa conquista pessoal agrega valor à marca que é
você, lhe dá credibilidade perante o possível futuro comprador.
Dentre os meios de inspirar credibilidade ao cliente temos:
atenção redobrada à aparência, atitude e traços de personalidade para
conquistar credibilidade no primeiro contato;
identidade e credibilidade da empresa – a dimensão e a antiguidade no
mercado da mediação imobiliária, os resultados financeiros, os lucros da
empresa, a política negocial, a equipa e formação dos vendedores, a
qualificação e liderança da direção e chefia de vendas contribuirá para o
aumento da credibilidade junto dos clientes e na comunidade que serve;
recorrer sempre que possível, a testemunhos e referências da satisfação
sentida por outros clientes;
os elogios dos clientes – os possíveis clientes de um bem imobiliário
valorizam mais os fatos captados no mercado por outros clientes do que os
esforços promocionais da empresa mediadora;
6.1 Finanças
Estudar o valor do dinheiro em função do tempo é um dos principais
objetivos da matemática financeira, disciplina/ferramenta útil na análise de algumas
alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. A ideia básica
é simplificar a operação financeira a um Fluxo de Caixa e empregar alguns
procedimentos matemáticos.
Capital e juros são dois conceitos que caminham juntos quando se trata de
matemática financeira e mais adiante precisaremos deles para falarmos do
financiamento imobiliário/habitacional.
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira.
Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado.
Em língua inglesa, usa-se Present Value, indicado nas calculadoras financeiras pela
tecla PV.
Os Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma
atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo os regimes: simples
ou compostos, ou até mesmo, com algumas condições mistas.
Fluxo de Caixa é um gráfico contendo informações sobre Entradas e Saídas
de capital, realizadas em determinados períodos. O fluxo de caixa pode ser
apresentado na forma de uma linha horizontal (linha de tempo) com os valores
indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma tabela com estas mesmas
indicações.
A entrada de dinheiro para um caixa em um sistema bancário poderá ser
indicada por uma seta para baixo enquanto que o indivíduo que pagou a conta
deverá colocar uma seta para cima. A inversão das setas é uma coisa comum e
pode ser realizada sem problema.
E mais: trata-se de uma norma que ignora o cunho social que tem embasado
o sistema nos últimos 30 anos e institui um sistema completamente bancário e de
cunho especulativo (ANTOLINI, 2012).
Como expressamente contido na norma, revoga-se a limitação da taxa de
juros, entre outros benefícios, e passa-se a ter como limite legal a taxa de 12% ao
ano.
Art. 25. Nos financiamentos concedidos aos adquirentes da Casa Própria,
celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, a taxa de juros efetiva
será de no máximo 12% ano, observado o disposto no parágrafo único do art. 2 (Lei
nº 8.692/93).
Reiteradas discussões surgem acerca desta revogação, já que se trata de
uma norma complementar. Confirma-se, com edição da referida lei, o descaso com a
função social dos contratos regidos pelo SFH, caracterizando a busca incansável do
lucro pelos agentes financeiros, deixando em segundo plano a possibilidade de os
brasileiros adquirirem sua casa própria.
Se não bastasse a regulamentação de normas protecionistas, o Banco
Central permite a aplicação de taxa de livre mercado nos contratos regidos pelo
Sistema Financeiro da Habitação.
Verifica-se novamente o privilégio dos agentes financeiros em utilizar os
recursos destinados à habitação, visto que as limitações impostas pelos
ordenamentos jurídicos não sofrem controle algum, são imposições fictícias sobre o
sistema.
É o que se vê, por exemplo, na Circular nº 1.980/93 do Banco Central:
Art. 6º - O direcionamento dos recursos captados em depósito de poupança
pelas entidades integrantes do SBPE, observado o disposto no art. 9º, será o
seguinte:
I – 70% no mínimo, em financiamentos habitacionais, sendo:
a) 80% no mínimo, no âmbito do SFH;
b) recursos remanescentes, em operações à taxa de mercado;
II – 15% de encaixe obrigatório no Banco Central do Brasil;
III – 15%, no máximo, em disponibilidades financeiras e operações da faixa
livre.
Prazo Até 360 meses (30 anos) até 360 meses (30 anos)
1
Limite do R$ 450.000,00
sem limites
Financiamento
1
Valor máximo do R$ 500.000,00 sem limites
imóvel
omnes. O princípio da relatividade dos contratos vem sendo superado pelo princípio
da função social dos contratos. Se, por um lado, segundo o princípio da relatividade,
o contrato só produz efeitos entre as partes, por outro, o princípio da função social
do contrato realça os efeitos que o contrato produz além da esfera jurídica das
partes.
O princípio da boa fé objetiva (Código Civil, art. 422) determina que este
padrão médio de probidade, de ética, seja o padrão de conduta a reger o
comportamento dos contratantes entre si. Também é considerado como limitador da
autonomia privada das partes contratantes e é regra de interpretação e de
integração dos contratos. A boa-fé objetiva pretende impelir os contratantes a uma
conduta em concordância com os ideais de honestidade e lealdade,
independentemente de dolo ou culpa na conduta do agente.
O princípio da obrigatoriedade significa dizer que, uma vez formado, o
contrato não poderá ser modificado unilateralmente. Este princípio segue a
“fiscalização” da teoria da onerosidade excessiva e da teoria da imprevisão, as quais
tornam nulas as cláusulas que criarem excessiva onerosidade para o consumidor,
independentemente de estar ela presente desde a formação do contrato ou de surgir
supervenientemente. Tais teorias motivam a modificação dessas cláusulas, quando
um fato imprevisível e extraordinário altera a base objetiva do contrato,
desequilibrando as prestações das partes contratantes, respectivamente.
O princípio da autonomia privada será regido pela lei, a ordem pública, a
moral pelos bons costumes, determinando as fronteiras da liberdade contratual.
Cabe inserir o comentário de CLÁUDIA LIMA MARQUES (1992) sobre a concepção
moderna de contrato:
temporária de capital de alguém por outra pessoa, não constituem juro os custos e
quaisquer despesas ou encargos, que incorridos pelas partes, quer onerando o
contrato, ou de qualquer outra forma incidindo sobre a operação. Somente a
contrapartida do uso do capital, seus frutos, significarão juro.
c) Real – o contrato real é aquele que se perfaz com a tradição de seu objeto,
não sendo suficiente sua proposta e aceitação.
A doutrina criou certa discussão sobre o tema, pois alguns entendem que os
contratos representam a formalização do acordo de vontades, bastando essa para a
vinculação das partes, sem, obrigatoriamente, a necessidade de entrega da coisa
(ANTOLINI, 2012).
No entanto, o Código Civil exclui qualquer dúvida sobre o tema, exigindo a
tradição da coisa para efetivação do contrato.
Neste sentido, DARCY BESSONE (1987, p. 106) esclarece que se a
classificação em exame se prende ao modo de formação do contrato, os chamados
contratos reais são tão consensuais quanto quaisquer outros, desde que a entrega,
ou o recebimento, constitui simples execução de obrigação assumida em
consequência do acordo de vontades. A entrega do bem seria o primeiro momento
da execução do contrato de mútuo, consistindo na obrigação do mutuante entregar a
coisa.
do saldo residual. É possível constatar sua inclusão nos contratos assinados até
1987; a partir daí, sua presença nos contratos foi diminuindo gradualmente, sendo
finalmente extinto em 1993, através da Lei nº 8.692/93.
Normalmente, os índices que reajustam as parcelas são os mesmos que
reajustam seus acessórios. Atualmente, o índice usado para atualização das
prestações é a Taxa Referencial – TR, entretanto, em outros tempos já foram
usados a Unidade Padrão de Capital – UPC, Salário Mínimo e Plano do
Equivalência Salarial (ANTOLINI, 2012).
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
http://www.revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/diferencas-entre-o-sfh-
sistema-financeiro-de-habit/
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reflexos financeiros e econômicos. Curitiba: Juruá, 2004.
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Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
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atualização de plantas de valor: um estudo de viabilidade. In: CONGRESSO DE
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Quartier Latin, 2006.
HINDLE, T. Como conduzir negociações. 2 ed. São Paulo: Publifolha, 1999. (Série
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(2007). Disponível em: http://www.blogtecnisa.com.br/mercado/com-credito-mais-
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KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação
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LUIZ FILHO, Wilmer Santo. Marketing Estratégico: Estudo de caso. Itajubá: UNIFEI,
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