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NR10

Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade
Básico
Unidade 03

103
ÍNDICE

Aula 01 – Combustão ............................................................................................................................ 105


Combustível ....................................................................................................................................... 106
Comburente....................................................................................................................................... 109
Calor................................................................................................................................................... 109
Reação em Cadeia ............................................................................................................................. 111
Aula 02 – Incêndio e Métodos de Extinção .......................................................................................... 113
Aula 01 – Tipos de Extintores ............................................................................................................... 119
Manuseando Extintores com Carga d’água ....................................................................................... 121
Manuseando Extintores com Carga de Espuma ................................................................................ 123
Manuseando Extintores com Carga de Gás Carbônico ..................................................................... 125
Manuseando Extintores com Carga de Pó Químico Seco.................................................................. 126

Material Complementar ....................................................................................................................... 129

Glossário................................................................................................................................................ 137

Teste seus Conhecimentos ................................................................................................................... 139

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Unidade 03

Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio

Aula 01

COMBUSTÃO

- Nesta aula, estudaremos a combustão e que fatores determinam um ambiente favorável para que

ela ocorra.

O fogo é uma reação química de oxidação que se processa rapidamente, com desprendimento
de energia na forma de luz e calor.

Para que ocorra essa reação


química, é preciso que haja no
mínimo dois reagentes que, a
partir da existência de uma
circunstância favorável, poderão
combinar-se: combustível,
comburente e fonte de calor.

Nas próximas telas, vamos estudar detalhadamente cada um desses elementos.

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COMBUSTÍVEL

- Geralmente a palavra combustível nos lembra, especificamente, material inflamável do tipo

gasolina, querosene etc.

Dependendo da temperatura a que estiver submetido, cada material libera maior ou menor
quantidade de vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio poderão se
queimar. São os chamados pontos de inflamabilidade do material.

Os pontos de inflamabilidade do material são o Ponto de Fulgor, Ponto de Combustão e


Ponto de Ignição. Abaixo, apresentamos as características de cada um.

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Ponto de Fulgor

É a temperatura mínima necessária para que um combustível comece a desprender vapores que, ao
entrarem em contato com alguma fonte externa de calor, incendeiam. Essas chamas não se
sustentam por não existirem vapores suficientes.

Por exemplo: ao aquecemos pedaços de madeira dentro de um tubo de vidro de laboratório, a uma
certa temperatura a madeira desprenderá vapor de água, que não pega fogo.

Ao aumentarmos a temperatura, num certo ponto começarão a sair gases pela boca do tubo. Se
aproximarmos um fósforo aceso, esses gases transformam-se em chamas. Por aí, nota-se que um
combustível sólido (a madeira) numa certa temperatura desprende gases que se misturam ao oxigênio
(comburente), se inflamam em contato com a chama do fósforo aceso, mas o fogo não se mantém
porque os gases são insuficientes, formam-se em pequena quantidade.

O fenômeno observado nos indica o Ponto de Fulgor da madeira (combustível sólido), que é de 150°C
(cento e cinquenta graus centígrados).

O ponto de fulgor é diferente para cada combustível. Para a gasolina, ele é de -42°C (menos quarenta
e dois graus centígrados), para o asfalto é de 204°C (duzentos e quatro graus centígrados).

Ponto de Combustão

Na experiência da madeira, se o aquecimento prosseguir, os gases continuarão a sair pelo tubo e, ao


entrarem em contato com o calor da chama do fósforo aceso, vão se incendiar e manter-se acesos.

Como agora a queima não para, foi atingido o Ponto de Combustão, isto é, a temperatura mínima em
que esse comsbutível sólido, a madeira, sendo aquecido, desprende gases que em contato com fonte
externa de calor incendeiam, mantendo-se as chamas.

No ponto de combustão, portanto, acontece um fato diferente, ou seja, as chamas continuam.

Ponto de Ignição

Continuando o aquecimento da madeira, os gases naturalmente continuarão a se desprender. Num


certo ponto, ao saírem do tubo e entrar em contato com o oxigênio (comburente), eles pegarão fogo
sem necessidade da chama do fósforo. Ocorre, então, outro fato novo. Não há mais necessidade da
fonte externa de calor. Os gases desprendidos do combustível, só pelo contato com o comburente,
pegam fogo e, evidentemente, se mantêm em chamas.

Foi atingido o Ponto de Ignição, que é a temperatura mínima em que gases desprendidos de um
combustível se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar. O éter atinge sua temperatura de
ignição a 180°C (cento e oitenta graus centígrados) e o enxofre a 232°C (duzentos e trinta e dois
graus centígrados).

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- Podemos concluir, então, que uma susbtância só queima quando atinge pelo menos o ponto de
combustão.

- Quando ela alcança a temperatura de ignição, bastará que seus gases entrem em contato com
o oxigênio para pegar fogo, não havendo necessidade de chama ou outra fonte de calor para
provocar o fogo.

Cada tipo de corpo também arde com maior ou menor intensidade. Os corpos densos ou
resistentes apresentam combustão moderada, que é sustentada por elementos desprendidos
do próprio meio. Os de pouca resistência, como os inflamáveis, queimam facilmente e de
modo espetacular, com grandes chamas. Já a queima dos explosivos, ou altamente
inflamáveis, produz grande volume de gás e a combustão os consome instantaneamente.
Existem ainda aqueles que são muito resistentes e os que se inflamam espontaneamente se
expotos ao ar na temperatura ambiente.

Dependendo da temperatura a que estiver submetido, cada material libera maior ou menor
quantidade de vapores.

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COMBURENTE

- Comburente é a substancia que tem a propriedade química de sustentar a combustão dos


outros corpos, facilitando a aceleração do processo, mas que não queima, isto é, é incapaz de
receber a chama.

- O comburente por excelência é o oxigênio, corpo gasoso e incombustível que se encontra na


composição do ar atmosférico na proporção aproximada de 21% em volume.

Para que haja combustão é necessário que o oxigênio contido no ar atmosférico esteja na
concentração mínima de 13%. Abaixo dessa concentração, até atingir o limite mínimo de 6%,
não haverá mais chama e a combustão se manifestará de maneira lenta.

CALOR

- As fontes de calor (ou fonte de ignição) em um ambiente podem ser as mais variadas: a
chama de um fósforo, a brasa de um cigarro aceso, uma lâmpada, a chama de um maçarico etc.

- Você sabia que o calor é gerado pela transformação de outras formas de energia?

O calor é uma forma de energia térmica e é responsável pelo início da combustão. O calor
pode concentrar-se numa determinada área ou propagar-se por condução, convecção e
radiação ou irradiação. Entender como o calor se propaga é uma forma importante tanto de
se proteger quanto de combater incêndios. Fique atento!

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REAÇÃO EM CADEIA

Observando mais atentamente o fogo, nota-se que depois de iniciado, ele passa a alimentar a
si próprio. A explicação para isso está na teoria da reação em cadeia, que é o mecanismo
que garante a manutenção do fogo.

A reação formada durante a combustão propicia a formação de radicais livres, responsáveis


pela transferência de energia à molécula ainda intacta, provocando assim, a propagação do
fogo por meio de uma reação em cadeia.

Os quatro elementos essenciais da combustão constituem o Quadrado (tetraedro) do Fogo.


Se retirarmos um dos lados desse quadrado, o fogo se apaga.

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- Agora você já conhece os fatores que tornam um ambiente favorável para a ocorrência de

incêndios. Nas próximas aulas, você conhecerá os recursos utilizados para sua extinção.

- No entanto, a prevenção ainda é a melhor maneira de garantir a sua segurança e a de seus

colegas de trabalho. Dê uma passada pela biblioteca e veja algumas dicas úteis para evitar

incêndios. Afinal de contas, prevenir sempre é melhor do que remediar.

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Aula 02

INCÊNDIO E MÉTODOS DE EXTINÇÃO

- Incêndio é todo tipo de fogo, tanto o que simplesmente se manifesta como o que ameaça

destruir alguma coisa e, não sendo contido, se propaga e envolve tudo quanto possa devorar.

Outra propriedade que diferencia o incêndio de outro fogo qualquer é a ameaça presente na
sua propagação, no calor que se mistura com o ar, na fumaça sufocante que expele, na
crepitação e até no próprio clarão que emite.

Causas mais comuns de incêndio

Os incêndios surgem e se desenvolvem, lenta ou repentinamente, em função dos elementos


que mudam conforme a quantidade e a qualidade dos combustíveis e o ambiente que
encontram. As causas mais comuns de incêndio estão listados abaixo:

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114
115
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- Como vimos, podem ser várias as causas de um incêndio. Saber identificar a origem de cada

um e classificá-lo corretamente é o ponto básico para uma extinção de fogo eficaz.

Classes de Incêndio e Métodos de Extinção

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- Todos os integrantes de uma Brigada de Incêndio precisam saber identificar incêndios para
escolher o tipo de extintor adequado para sua extinção.

- Não deixe de consultar a biblioteca, lá você encontrará mais informações sobre brigadas de
incêndio e inspeções oficiais.

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Aula 03

TIPOS DE EXTINTORES

Saber identificar incêndios é fator decisivo para a escolha do agente extintor adequado para
sua extinção.

Existe uma variedade muito grande de agentes extintores e eles podem ser encontrados nos
estados sólido, líquido e gasoso. Neste curso, serão citados apenas os mais comuns, aqueles
que, possivelmente, você terá que utilizar em caso de incêndios. São eles:

Água

Espuma

Gás carbônico (CO2)

Pó Químico Seco (PQS)

O que são Extintores de Incêndio e como deve ser sua Manutenção

Os extintores de incêndio são vasilhames fabricados com dispositivos que possibilitam a aplicação do
agente extintor sobre os focos de incêndio. E normalmente, recebem o nome do agente extintor que
eles contêm.

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Manutenção de Extintores de Incêndio

A manutenção do extintor tem como finalidade manter suas condições originais de operação após sua
utilização ou quando solicitada por uma inspeção.

Durante a manutenção, o extintor é descarregado, desmontado, sofre reparos ou substituição de


peças, pintura, marcação e recarga. Em alguns casos, também deve ser realizado o teste hidrostático.

- As normas também determinam que o extintor deve ser recarregado no intervalo máximo
de um ano quando não usado, ou quando houver uma variação de 10% em seu peso.

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- Não se esqueça, realizar a manutenção preventiva nos extintores além de mantê-los em
perfeito funcionamento, evita surpresas desagradáveis numa emergência.

- Além dos extintores há outros recursos no combate a incêndios, tais como, hidrantes e
chuveiros automáticos. Acesse a biblioteca e obtenha mais informações sobre eles.

MANUSEANDO EXTINTORES COM CARGA D’ÁGUA

- Preste bastante atenção às diferenças entre um e outro.

- Durante uma situação de emergência, o fator emocional conta bastante e estar familiarizado

com os detalhes o ajudará a não cometer erros.

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Como Operar o Extintor

- Apesar do extintor abaixo não ser mais fabricado, ele ainda é encontrado em algumas

empresas. Portanto, fique atento ao seu manuseio:

Acesse o ambiente on-line do curso para assistir a um vídeo demonstrativo sobre como
utilizar o extintor para incêndios classe A.

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MANUSEANDO EXTINTORES COM CARGA DE ESPUMA

- No extintor de espuma química (que não existe mais no mercado, conforme a informação

acima), uma vez acionado, o jato disparava automaticamente e só cessava quando a carga era

esgotada.

- Já a denominação "espuma mecânica" do extintor a base de LGE continua a ser utilizada, pois

o termo "mecânica" está ligado ao fato do jato do extintor poder ser controlado por meio do

gatilho existente nele. Ao pressionar os dois gatilhos o agente extintor é expelido, ao soltar o

gatilho a ação é interrompida.

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Como Operar o Extintor

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MANUSEANDO EXTINTORES COM CARGA DE GÁS CARBÔNICO

Como Operar o Extintor

Acesse o ambiente on-line do curso para assistir a um vídeo demonstrativo sobre como
utilizar o extintor para incêndios classe B e C.

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MANUSEANDO EXTINTORES COM CARGA DE PÓ QUÍMICO SECO

- Você poderá encontrar dois tipos de extintores de PQS: os pressurizados e aqueles com

cilindro de gás externo.

- Já existe no mercado um extintor de pó químico (fosfato monoamônico) que pode ser

utilizado nas classes A, B e C e sua instalação nos veículos já é obrigatória desde janeiro de

2005.

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Como Operar o Extintor

Acesse o ambiente on-line do curso para assistir a um vídeo demonstrativo sobre como
utilizar o extintor para incêndios classe B.

127
Material Complementar

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Material Complementar

Aula 01 – Combustão (Calor)

Efeitos do Calor

O calor é uma forma de energia que produz efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em
consequência do aumento da intensidade do calor, os corpos apresentam sucessivas
modificações, inicialmente físicas e depois químicas.

Ao aquecermos um pedaço de ferro, por exemplo, primeiro este tem sua temperatura
aumentada e, depois, o seu volume. Mantido o processo de aquecimento, o ferro muda de
cor, perde a forma até atingir o seu ponto de fusão e se transforma de sólido em líquido. Se
continuar a ser aquecido, transforma-se em gás e queima em contato com o oxigênio,
transformando-se em outra substância.

Estes são os principais efeitos do calor nos corpos:

1. Elevação da Temperatura
Esse fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons condutores
de calor, como os metais, e mais vagarosamente nos corpos tidos como maus condutores de
calor, como o amianto. Por ser mal condutor de calor, o amianto é utilizado na confecção de
materiais de combate a incêndio, como roupas, capas e luvas de proteção ao calor (o amianto
vem sendo substituído por outros materiais, uma vez que as descobertas mais recentes
mostram que ele pode ter propriedades cancerígenas).

O conhecimento sobre a condutibilidade de calor dos diversos materiais é muito útil na


prevenção de incêndio. Aprendemos que materiais combustíveis nunca devem permanecer
em contato com corpos bons condutores, sujeitos a uma fonte de aquecimento.

2. Mudança do Estado Físico da Matéria


Com o aumento do calor os corpos tendem a mudar seu estado físico: alguns sólidos
transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se transformam em gases (gaseificação) e
há sólidos que se transformam diretamente em gases (sublimação).

Isso ocorre devido ao fato do calor fazer com que o espaço entre as moléculas aumente e
estas, ao separar-se, mudam o estado físico da matéria. Tomemos como exemplo o gelo.
Nele, as moléculas vibram pouco e estão bem juntas. Com o aumento da temperatura, elas
adquirem velocidade e maior espaçamento, transformando um sólido (gelo) em um líquido
(água).

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3. Mudança do Estado Químico da Matéria
Mudança química é aquela em que ocorre a transformação de uma substância em outra. A
madeira, quando aquecida, não libera gás de moléculas de madeira e sim outros gases,
diferentes em sua composição, das moléculas originais de madeira.

Essas moléculas são menores e mais simples, por isso têm grande capacidade de combinar-
se com outras moléculas, como as de oxigênio. Também podem produzir gases venenosos e
explosões.

4. Efeitos Fisiológicos do Calor


O calor é a causa direta de queimaduras e de outras formas de danos pessoais. Entre os
danos causados pelo calor estão a desidratação, insolação, fadiga, problemas no aparelho
respiratório, além de queimaduras que, nos casos mais graves, podem levar à morte.

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Aula 02 – Incêndio e Métodos de Extinção

Recomendações Gerais para Prevenção de Incêndio

Para a prevenção de incêndio todo cuidado é pouco e a adoção de algumas medidas, mesmo
óbvias, podem fazer toda a diferença. Leia os cuidados que listamos abaixo e procure adotá-
los em sua empresa, em casa e também disseminá-los entre seus colegas de trabalho e
familiares. Afinal, sempre é melhor prevenir do que remediar.

a) Mantenha as instalações elétricas em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contato e
curto-circuito. Não use benjamins, instalações improvisadas para uso demorado, fios e
tomadas em mau estado, fios passando por debaixo de tapetes, fios estendidos em locais
de passagem de pessoas, etc. Nunca substitua fusíveis ou disjuntores por ligações
diretas com arames e moedas. Somente mande efetuar reparos, reformas e modificações
em instalações elétricas por profissionais especializados.

b) Desligue aparelhos elétricos após utilizá-los. Muitos incêndios se originam de ferros


elétricos esquecidos ligados. Ao desligar uma tomada, puxar pelo conector e não pelo fio.

c) Não atire a esmo pontas de cigarro e palitos de fósforos acessos, e nem os deposite em
cestos de lixo para papéis. Cada pessoa deve habituar-se a apagar cigarros e fósforos
antes de jogá-los.

d) Recolha o lixo de cestas para papel separadamente do lixo dos cinzeiros. Coloque água
na parte inferior dos cinzeiros de chão feitos de plástico e com aberturas laterais para
papéis e copos de café.

e) Obedeça a proibições de não fumar nos seguintes locais, mesmo que não haja avisos
nesse sentido: elevadores, casas de comércio, ônibus, cinemas, depósitos de materiais
combustíveis, postos de gasolina, oficinas de pintura, oficinas de usinagem, sala de
computadores e outros locais de maior risco de incêndios e explosões. Também não
fume na cama, pois você pode adormecer e o cigarro iniciar um incêndio.

f) Não deixe lâmpadas, aquecedores, velas acesas e outras fontes de calor perto de
cortinas, papéis e outros materiais combustíveis. Nas áreas de estocagem, o topo da
pilha de material combustível deve estar afastado no mínimo 1m (um metro) das
lâmpadas.

g) Não acumule detritos e materiais em locais inadequados como porões, sótãos, áreas de
circulação, casas de máquinas etc. Sucata combustível deve ser descartada sem
demora. Guarde estopas e panos sujos de óleo, graxa ou tinta em latas fechadas e sem
furos antes de jogá-los fora, para evitar ignição espontânea.

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h) Não use incineradores para queimar lixo, pois apresenta um perigo a mais para incêndios
e aumenta a poluição ambiental.

i) Evite acúmulo de pó em ambientes mal ventilados devido aos riscos de explosões.

j) Solicite manutenção adequada a equipamentos, como lubrificação, revisão periódica etc.

k) Não faça uso excessivo de materiais de fácil combustão para compor ambientes, como:
tapetes e cortinas de tecido sintético, revestimento de madeira ou cortiça nas paredes,
paredes divisórias de papelão ou madeira, teto falso de papelão etc.

l) Tenha cuidado com baterias de chumbo-ácido, como as utilizadas nos automóveis, pois
liberam hidrogênio (gás explosivo) ao funcionar. Não fume em locais onde elas estejam
funcionando ou sendo recarregadas. Ao lidar com elas, mantenha o rosto afastado das
tampas e verifique, de tempos em tempos, se os orifícios das tampas estão desentupidos.

m) Não cubra os aparelhos de televisão com panos, pois podem tampar os orifícios de
ventilação e nem os posicione com sua tampa traseira muito próxima de paredes ou
móvel, a fim de permitir adequada dissipação de calor. Também evite colocar copos com
líquido em cima desses aparelhos para evitar que derramamento acidental cause curto-
circuito e consequente incêndio.

n) Operações de chama aberta e/ou desprendimento de fagulhas, como soldagem e corte a


maçarico feito com equipamentos portáteis fora de locais previstos para essa finalidade,
requerem cuidado especial: permissão prévia por escrito, separação de outras áreas com
anteparos resistentes ao fogo, distância de combustíveis e inflamáveis etc.

o) Nas empresas, mantenha sempre uma brigada contra incêndio treinada e zele pela
manutenção e conservação dos equipamentos de combate.

Elementos que Requerem Cuidados Especiais

Inflamáveis e Produtos Químicos Perigosos

a) Mantenha recipientes para inflamáveis (álcool, éter, acetona, querosene etc.) longe de
fontes de calor, chamas ou faíscas. Quando não estiverem em uso, guarde-os tampados
e, ao utilizá-los, não fume e procure manuseá-los somente em local bem ventilado.

b) Não use inflamáveis para fins de limpeza de ambientes e não jogue-os em ralos.

c) Não dissolva cera com gasolina. Ao encerar um cômodo, abra portas e janelas para
ventilá-lo.

d) Troque imediatamente de roupa se esta for atingida por respingos de inflamáveis.

e) Não estoque combustível dentro de lojas e utilize vasilhames apropriados para o


transporte.

f) Evite o máximo possível o uso de fogareiros à gás, à álcool ou à gasolina nos locais de
trabalho.
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g) Evite ao máximo o uso de inflamáveis dentro dos escritórios, fábricas, depósitos,
procurando substituí-los por líquidos combustíveis ou, de preferência, não combustíveis.
Se não for possível evitar seu emprego, mantenha nos locais de uso o necessário para
apenas um dia de trabalho.

h) Coloque nos recipientes de substâncias perigosas (ácidos, corrosivos, inflamáveis,


tóxicos etc.) um rótulo de advertência com o nome do conteúdo e as precauções
necessárias. Recipientes vazios desses materiais devem ficar tampados e devem ser
transportados internamente em carrinhos apropriados.

i) Mantenha separadas as substâncias perigosas que reagem violentamente entre si e


observe outros cuidados para armazená-las, conforme cada caso.

Gases Comprimidos

a) Manuseie botijões de gás com cuidado, evitando que caiam e sofram pancadas. Guarde-
os em locais limpos, bem ventilados, livres de óleo e graxas, protegidos contra chuva, sol
e outras fontes de calor. Botijões de gás doméstico devem ficar fora da cozinha (não junto
do fogão) conectados em tubulações metálicas. Cilindros de gases industriais devem ficar
em posição vertical e firmemente atados para não caírem.

b) Mantenha as instalações de gás em bom estado de conservação para evitar vazamentos.


Para verificar vazamentos use água e sabão, não fósforos. Se constatar vazamento em
um cilindro de gás, leve-o para um local seguro.

c) Se um cômodo apresentar cheiro forte de gás, abra todas as portas e janelas para
ventilá-lo e não ligue nem desligue interruptores de luz ou ventiladores. Também não
acenda fósforos.

d) Acenda a chama piloto dos aparelhos de gás antes de ligá-los. Ao acender o forno do
fogão, primeiro risque o fósforo e depois, abra o gás.

e) Tenha cuidado com isqueiros a gás que têm um fluido combustível liquefeito sob pressão.
Não guarde-os perto de fontes de calor, não leve-os a locais onde haja calor ou onde
possa haver atividades que gerem desprendimento de faíscas, como soldagem, esmeris,
trabalhos de eletricidade, trabalhos com fornos e fogões etc. Não perfure-os, não jogue-
os no incinerador e não carregue-os em viagens de avião.

f) Não fume ao usar aerossóis e nem perfure-os.

g) Evite que o óleo ou graxa entrem em contato com oxigênio comprimido, pois isso pode
provocar uma explosão.

h) Guarde cilindros de gases industriais cheios separados dos vazios.

Depósitos

A distribuição dos diversos setores da edificação é elemento de vital importância na proteção


contra incêndios. São diversas as situações em que um simples acerto de layout pode evitar a
instalação de um incêndio ou impedir a sua propagação.
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Dividir o depósito em diversas dependências com lastros é uma medida eficaz, que pode
limitar a propagação de um incêndio. A ocupação dessas dependências deve ser feita de
acordo com o risco de cada mercadoria, variando desde mercadorias combustíveis (papel,
tecido etc.) em embalagens combustíveis (plásticos, papel etc.) até mercadorias
incombustíveis (refrigerantes, metais etc.) em embalagens incombustíveis (vidro, metal etc.).
Além dessa medida, devem ser colocadas em depósito próprio, isoladas do depósito principal,
as seguintes mercadorias:

• inflamáveis (álcool, gasolina, solvente);


• corrosivas (soda cáustica, solução de bateria etc);
• de queima violenta ou que produzem grande volume de fumaça (borracha, plástico, cera,
cortiça);
• explosivas (aerossóis, cilindros de gás, etc.).

O aproveitamento da luz e da ventilação natural, além de ser economicamente mais


interessante, representa um risco menor em termos de incêndio. Porém, podem sujeitar o
local à ocorrência de outros eventos. Embora eles sejam menos comuns, não podem ser
subestimados nesse caso:

- Evite a incidência direta dos raios solares sobre as mercadorias, isto é, a iluminação
natural deve ser indireta.
- As aberturas de iluminação e ventilação devem situar-se fora do alcance de outros riscos,
isto é, devem estar a uma altura e disposição tal que não deixem a mercadoria vulnerável
a riscos como palitos de fósforos, fagulhas, bitucas de cigarros.

Em certas cidades, a legislação municipal já instituiu leis proibindo fumar no interior das lojas.
A proibição do fumo em determinados locais, onde existe maior perigo, embora possa ser
uma medida de eficiência razoável, muitas vezes não é suficiente para a eliminação do
perigo. Uma solução completa para o problema deveria combinar dois elementos: a proibição
de fumar em locais perigosos e a permissão para fumar em locais apropriados. Este local
poderia ser próximo ao refeitório ou à área de lazer dos funcionários e, em hipótese alguma,
nas imediações de acesso a depósitos.

A disposição física das prateleiras e estantes no depósito deve obedecer ao princípio não só
do melhor aproveitamento do espaço, mas também ao da segurança e conforto. É de vital
importância que, em uma situação de emergência, entre as prateleiras existam largos
corredores que possam permitir tanto a saída de grande número de pessoas, como o acesso
de grandes equipamentos para o combate de um incêndio.

Nem as prateleiras, nem as mercadorias nelas armazenadas, devem ultrapassar a cota das
luminárias e tampouco situar-se diretamente sob elas. As luminárias devem ficar apenas
sobre os espaços dos corredores de trânsito.

Quando não for possível a fixação das prateleiras, as áreas por elas ocupadas devem ser
demarcadas no piso, evitando que sejam retiradas do local onde devem permanecer. As
prateleiras devem ser, sempre que possível, de material incombustível. Deve-se observar
também que a disposição das prateleiras deve ser tal que não permita a formação de locais
de difícil acesso ou pouca visibilidade.

134
Em relação ao lixo em depósitos, o principal problema associado a ele e ao risco de incêndio
está em dois fatores: a mistura de componentes variados em sua composição e a sua
manutenção no interior da edificação.

Já as mercadorias a serem desenvolvidas apresentam outro tipo de risco. A mercadoria a ser


desenvolvida, por se apresentar fora de suas condições de comercialização, não deve ser
deixada no interior do depósito, pois representam perigo. Algumas chegam até mesmo a
explodir (aerossol, inflamáveis etc.). Em vista disto, deve ser previsto um local próprio para a
estocagem dessas mercadorias, fora dos limites do depósito e com boas condições de
ventilação.

135
Glossário

136
Glossário

Agente Extintor – Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere em sua
reação química, provocando a descontinuidade de um ou mais elementos formadores,
alterando as condições para que ele exista.

Inspeção - A inspeção consiste em exame realizado no extintor para determinar se ainda


permanece com suas condições originais de operação em relação ao selo de vedação,
pressão no manômetro, peso, suportes, mangueiras, gatilho e etiqueta.

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Teste seus Conhecimentos

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Teste seus Conhecimentos
UNIDADE 3

AULA 01

Exercício 01
Leia a informação abaixo e clique na alternativa correta.
Reação química de oxidação que se processa rapidamente, com desprendimento de energia
na forma de luz e calor.
( ) Radiação
( ) Fogo
( ) Energia Mecânica
( ) Reação em Cadeia

Exercício 02
Relacione as informações. Para isso, arraste o box da direita até a sua definição na esquerda.

Temperatura mínima em que gases desprendidos de um Ponto de Ignição


combustível se inflamam pelo simples contato com o
oxigênio do ar.

Temperatura mínima necessária para o combustível Ponto de Fulgor


desprender vapores que, em contato com fontes de calor,
se incendeiam.

Temperatura mínima em que o combustível, sendo Ponto de Combustão


aquecido, desprende gases que em contato com o calor
se incendeiam, mantendo as chamas.

Exercício 03
Leia as afirmações e responda se é verdadeira ou falsa.
A condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula por
contato direto ou através de um meio condutor de calor.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

A transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço é
denominada de convecção.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
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Convecção é a transferência de calor pelo movimento de subida de massas de gases ou de
líquidos dentro de si próprios.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

AULA 02

Exercício 01
Relacione as informações. Para isso, arraste o box da direita até a sua definição na esquerda.

Fogo em materiais pirofóricos (zircônio, alumínio em pó, potássio, Classe D


magnésio, selênio etc).

Fogo em material combustível sólido (papel, madeira, tecidos, fibras Classe A


etc.). Os materiais dessa classe queimam na superfície e
profundidade e deixam cinzas, brasas e outros resíduos.

Fogo em equipamentos elétricos energizados, ou seja, ligados Classe C


(motores, transformadores etc.).

Fogo em gases e líquidos derivados de petróleo ou líquidos Classe B


inflamáveis como gasolina, tinta, óleos, solventes etc. Os materiais
dessa classe queimam apenas na superfície e não deixam resíduos.

Exercício 02
Leia as afirmações e responda se é verdadeira ou falsa.
O combate a incêndios por meio de resfriamento é indicado para aqueles cujo combustível
seja por exemplo papel, madeira, tecidos, fibras etc.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Para combate de fogo em gases e líquidos derivados de petróleo ou líquidos inflamáveis


como gasolina, tinta, óleos, solventes etc., recomenda-se a extinção pelo método de
abafamento ou por extinção química.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Para extinção de fogos classe C é recomendado o uso de abafamento por meio de espuma.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

140
AULA 03

Exercício 01
Leia as afirmações e responda se é verdadeira ou falsa.
Como meio de extinção de incêndio em um depósito de papéis, deve ser usado um extintor
que tenha como carga a água. Neste caso, o mais apropriado é o de classe A.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Para combate de fogo em gases e líquidos derivados de petróleo ou líquidos inflamáveis


recomenda-se a extinção pelo método de abafamento ou por extinção química. Neste caso o
mais indicado é o uso do extintor de classe B.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Para extinção de fogos em aparelhos eletrônicos é recomendado o uso de abafamento por


meio de espuma. Portanto, devemos usar o extintor classe B.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Para fogos com origem em materiais pirofóricos deve ser usado o extintor classe D.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

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