REFORMA TRABALHISTA:

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

PARTE I
INTRODUÇÃO....................................................................................... 3

1. A IMPORTÂNCIA DA REFORMA TRABALHISTA....................... 4

2. JORNADA DE TRABALHO.............................................................. 7

3. FÉRIAS .............................................................................................17

4. REMUNERAÇÃO.............................................................................19

5. TERCEIRIZAÇÃO .......................................................................... 22

CONCLUSÃO ....................................................................................... 24

SOBRE A VB ....................................................................................... 17

Introdução
A reforma trabalhista entra em vigor em
novembro de 2017 e com as mudanças que serão
feitas na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) surgiram inúmeras dúvidas.
O tema gerou diversas polêmicas e discussões
a respeito dos direitos mantidos e modificados,
tendo em vista os impactos que causarão nas
relações empregatícias no país.
3
Essas mudanças terão reflexos no orçamento
da empresa, sendo necessário o conhecimento
das normas e a adequação do setor de Recursos
Humanos.
Por isso, preparamos um guia básico para
você ficar por dentro dos principais pontos
dessa reforma, explicando as mudanças na
jornada de trabalho, férias, remuneração e
terceirização trabalhista.
Continue a leitura deste e-book e saiba mais!
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1. A importância
da reforma
trabalhista
A proposta da reforma trabalhista (Projeto de
Lei 6787) foi apresentada pelo governo em
dezembro de 2016 com a finalidade de atualizar
as relações de emprego no Brasil e assegurar os
direitos dos trabalhadores de acordo com o novo
cenário do mercado de trabalho.

O texto original da CLT é de 1943, ou seja, já tem

mais de 70 anos. Apesar de ter passado por
outras alterações e atualizações, muitas regras
ainda estavam desatualizadas em relação ao
mercado de trabalho.
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As relações empregatícias
evoluíram e as normas
devem progredir junto para
acompanhar as demandas
dos trabalhadores e a
capacidade dos empregadores
e da própria economia, para
que essa relação não fique
defasada legalmente.
INTRODUÇÃO

Um exemplo é a regulação do home
office, modalidade de trabalho
bastante recente e, portanto, sem
regulação específica da legislação.
Por isso, visando modernizar as
relações de trabalho, a reforma
trabalhista foi aprovada e publicada
em 14 de julho de 2017, tornando-se a
Lei n.º 13.467.
As novas regras alteram
principalmente a CLT, modificando,
revogando e incluindo artigos, mas
também alterou dispositivos das
seguintes leis:
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» 6.019/1974, que trata dos trabalhos
temporários e terceirização;
» 8.036/1990, que trata do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS);
» 8.212/1991, que trata da organização
da Seguridade social.
Foram mais de cem alterações na
legislação, que entrarão em vigor a
partir de 11 novembro de 2017.
Abordaremos as principais nos
próximos capítulos.
1. A IMPORTÂNCIA DA REFORMA TRABALHISTA
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2. Jornada
de trabalho
A jornada de trabalho sofreu
alterações em diversos aspectos.
Formas de jornada aceitas, horas
extras e intervalos foram pontos que
sofreram modificações.

Abordaremos essas mudanças nos

próximos tópicos, acompanhe:

2. JORNADA DE TRABALHO
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JORNADA EM TEMPO PARCIAL

Essa jornada se caracteriza quando a sua

COMO ERA
duração é igual ou inferior a 25 horas semanais,
sendo o salário e as férias calculados de forma
proporcional em relação aos trabalhadores » Máximo de 25 » Não pode haver
integrais ou o salário mínimo, vedadas as horas horas semanais. horas extras.
extras, sob pena de nulidade do regime.

Com a reforma, essa jornada poderá ser de

COMO FICOU
30 horas semanais, sem horas extras, ou de 26
horas semanais, podendo o empregado realizar
até 6 horas extras. O que dará mais opções ao » Jornada de até 30 horas semanais, sem
empregador e liberdade ao empregado, que possibilidade de horas extras, ou de 26 horas
semanais podendo fazer até 6 horas extras.
receberá proporcionalmente ao seu tempo de
trabalho e terá uma jornada melhor regulada.

2. JORNADA DE TRABALHO
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JORNADA 12X36

A jornada de trabalho 12x36 é aquela em que

o colaborador trabalha por 12 horas seguidas
de 36 horas ininterruptas de descanso. Essa
COMO ERA
jornada é aplicada somente em atividades assim
regulamentadas. Contudo, com a reforma, esse
regime poderá ser adotado mediante acordo » Só poderia ser feita com previsão em
individual ou coletivo, ou convenção coletiva de convenção coletiva de trabalho.

trabalho, sem restrição de atividade.

COMO FICOU
Nesses casos, o intervalo da intrajornada de 1
hora poderá ser mantido ou indenizado pelo
empregador. Ainda, a remuneração pactuada » Pode ser pactuado mediante acordo
abrangerá os pagamentos a título de descanso individual ou coletivo.
semanal remunerado (DSR), descanso em
feriados, e serão considerados compensados os
feriados e prorrogações de trabalho noturno.

2. JORNADA DE TRABALHO
 10

HORAS EXTRAS » práticas religiosas;

As horas extras são aquelas pagas aos funcionários » descanso;

quando ultrapassam a jornada habitual de trabalho.
Atualmente, aplica-se a previsão do Tribunal Superior » lazer;
do Trabalho: durante determinados períodos, o
empregado estaria à disposição do empregador » estudo;
e, portanto, poderia configurar hora extra se
ultrapassada a jornada diária, como nos casos de » alimentação;
troca de uniforme, higiene pessoal e alimentação.
» atividades de relacionamento
De acordo com o art. 4º, §2º da reforma, não social;
poderá ser computado como hora extra o tempo
em que o funcionário permanecer na empresa » higiene pessoal;
por escolha própria para buscar proteção pessoal,
por insegurança nas vias públicas ou más » troca de roupa ou uniforme, quando
condições climáticas, ou para exercer atividades não houver obrigatoriedade de
particulares como: realizar a troca na empresa.

2. JORNADA DE TRABALHO
 11

Para lidar com esses casos e garantir o bem-estar

dos funcionários, que influencia positivamente a
produtividade, a empresa pode oferecer alternativas
ao empregado.

Por exemplo, é possível criar áreas de convivência

para que, nos casos de necessidade de estadia no
trabalho após bater o ponto, o empregado tenha
alternativas para ocupar seu tempo, sem ter a
sensação de que está preso ou injustiçado pelo não
pagamento de horas extras.

Ainda, o tempo despendido no trajeto para o trabalho

e retorno, quando não há transporte público ou o
local é de difícil acesso, com o transporte oferecido
pela empresa — as horas in itinere —, deixarão de
ser computadas na jornada de trabalho, exceto se
houver previsão expressa em norma coletiva.

2. JORNADA DE TRABALHO

AUTORIZAÇÃO PARA HORAS EXTRAS
Em algumas situações, é exigida autorização das
autoridades competentes para que o empregado
pudesse fazer horas extras.
COMO ERA
» Tempo em que o empregado permanecia na
empresa era considerado à disposição do
empregador e poderia gerar o pagamento de
horas extras.
» Horas in itinere eram computadas na jornada
de trabalho.
» Era necessário obter autorização para
prestação de horas extras em condições
insalubres ou mais de 2 em um dia.
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Era o caso do trabalho em condição insalubre ou nos
casos situações em que era necessário prestar mais de
2 horas extras — situação vedada pela legislação. Com
a reforma, a autorização é dispensada.
COMO FICOU
» Tempo em que o empregado permanecer
na empresa para proteção pessoal, práticas
religiosas, descanso, alimentação etc., não
serão consideradas horas a disposição do
empregador.
» As horas in itinere não serão computadas na
jornada de trabalho.
» Não é mais necessário obter autorização para
horas extras.
2. JORNADA DE TRABALHO
 13

BANCO DE HORAS

O banco de horas — compensação das horas extras

COMO ERA
com folga — também sofreu alterações. Atualmente, a
instituição do banco de horas só é possível mediante
norma coletiva, limitada a duas horas extras diárias, » Só poderia ser realizado por acordo ou
convenção coletiva.
devendo ser compensadas no prazo de 12 meses.
» A compensação deveria ocorrer em, no
máximo, um ano.
Com a reforma, o banco de horas poderá ser
estabelecido por acordo individual escrito, desde que
a compensação ocorra em até seis meses. Ainda,
COMO FICOU
poderá haver acordo de compensação de jornada
tácito ou escrito, desde que a compensação seja feita
» Poderá ser pactuado por acordo individual
no mesmo mês. escrito, com compensação em no máximo
6 meses. Também poderá ser acordado de
Desse modo, empregado e empregador terão mais forma escrita ou tácita para compensação
autonomia para instituir e controlar o banco de horas, no mesmo mês.
podendo decidir a melhor forma de compensação.

2. JORNADA DE TRABALHO

INTERVALO INTRAJORNADA
De acordo com a CLT, nas jornadas de
trabalho de 6 ou mais horas, o empregado
tem direito a um intervalo de no mínimo
1 hora.
Esse intervalo não poderia ser reduzido sem
autorização do Ministério do Trabalho e,
quando suprimido, o empregado teria direito
a tê-lo integralmente remunerado como
hora extra, e o pagamento era considerado
verba salarial, integrando o cálculo de outras
verbas trabalhistas, como férias, 13º e FGTS.
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Após a reforma, quando suprimido, o
empregado terá direito a receber apenas
o período faltante, com acréscimo de 50%
da hora normal.
A verba será considerada indenizatória,
não impactando nas demais verbas.
Também será possível a redução desse
tempo para, no mínimo, meia hora, desde
que formalizado em acordo individual ou
convenção coletiva de trabalho.
2. JORNADA DE TRABALHO
 15

COMO ERA

»» Nas jornadas com mais de 6 horas o

empregado tem direito a, no mínimo, 1 hora
de descanso.
»» Caso seja suprimido, a empresa deve pagar
a hora cheia como extra, e não apenas o
período suprimido.

COMO FICOU

»» Nas jornadas acima de 6 horas o empregado

tem direito a 1 hora de descanso, que poderá
ser reduzido para 30 minutos por meio de
negociação entre empregado e empregador.
»» Caso seja suprimido, o empregador pagará
apenas o período de intervalo não concedido.

2. JORNADA DE TRABALHO
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TRABALHO INTERMITENTE

A reforma trabalhista também inovou

COMO ERA
regulamentando novas formas de contratação:
o trabalho intermitente e o home office.
» Não havia previsão legal.
A jornada de trabalho intermitente é aquela em
que ocorrem interrupções, ou seja, a prestação de
COMO FICOU
serviço pode ser feita em dias alternados ou apenas
por algumas horas semanais, situação em que o
» O empregador poderá contratar o
empregado será convocado pelo empregador com até empregado com uma jornada de
três dias de antecedência, podendo recusar o trabalho. trabalho intermitente.

Nesses casos, a remuneração é feita por hora,

devendo ser considerado como base o salário Essa mudança permite que a empresa crie
mínimo ou a remuneração de outro empregado mais vagas de trabalho formais, dando mais
regular da empresa, da mesma forma como oportunidades para os trabalhadores que
ocorre na jornada em tempo parcial. buscam uma rotina mais flexível.

2. JORNADA DE TRABALHO
A VB é uma organização presente no mercado há mais de
20 anos, sendo referência nacional em soluções para vale-
transporte. Faz parte do grupo multinacional FleetCor, líder
mundial em meios de pagamentos especializados.

A VB oferece uma solução completa em benefícios para

colaboradores, o que inclui vale-transporte, cartão refeição,
cartão alimentação, cartão combustível e plano
odontológico. Seu objetivo é proporcionar a mais alta
qualidade de comercialização e logística de benefícios
para organizações em todo o país.