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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia
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Prof. D.Sc. Nelio Figueiredo


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Ementa
1. Introdução
1.1. Conhecimento Hidroviário
1.2. Embarcações

2. Definição de Parâmetros de Projetos Hidroviários


2.1. Tratamento, consistência e previsão de variáveis hidro meteorológicas
2.2. Aplicação de distribuições de probabilidades em projetos hidroviários
2.3. Permanência de variáveis hidro meteorológicas
2.4. Definição de lâminas d’água de referência
2.5. Níveis de referência de rios para períodos de recorrência em anos úmidos e secos
2.6. Caracterização de vias navegáveis
2.7. Definição de parâmetros geométricos e planimétricos de vias navegáveis
2.8. Obras hidroviárias em corrente livre e de transposição de desnível

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Ementa
3. Obras Hidroviárias
3.1 Definição de comboio tipo de projeto
3.2 Caracterização de vias navegáveis da região amazônica
3.3 Projeto geométrico e planialtimétrico de hidrovias
3.4 Projeto de dragagem e derrocamento
3.5 Fundamentos da hidrodinâmica de canais abertos
3.6 Obras de estabilização de rios e canais
3.7 Obras de transposição de desníveis
3.8 Controle das inundações através de obras de retificação de rios
3.9 Impactos ambientais de obras hidroviárias

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1. Introdução

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1. Introdução

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Introdução

Conhecimento Projeto de
Hidroviário Embarcações

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Conhecimento Hidroviário

Características da Via

Restrições
Conhecimento
Hidroviário
Características das Obras

Impactos Ambientais

Segurança

Investimento

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Características da Via

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Características da Via

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Restrições

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Restrições

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Restrições

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Restrições
AMPLITUDE DOS NÍVEIS D'ÁGUA

85,00
84,09 84,30

81,27 81,08
80,41 80,31
80,00

77,41 77,51
COTAS (m)

76,53 76,46
75,57
75,00 74,75 75,08
73,97 73,79 73,58
72,55 72,84 72,63 72,77
72,16
71,62
71,29
70,74
70,00 70,11 70,13
69,25 69,16
68,70 68,92
68,51
67,73
67,30
66,73 66,49 66,48

65,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
MÁXIMOS MAXIMORO 81,27 84,09 84,30 81,08 80,41 76,46 75,08 73,79 72,63 72,77 73,58 80,31
MÉDIOS 74,75 76,53 77,41 77,51 75,57 72,84 71,29 70,11 69,16 68,92 70,13 72,16
MÍNIMOS MINIMORO 69,25 71,62 72,55 73,97 70,74 68,70 67,30 66,73 66,49 66,48 67,73 68,51
MESES

MÁXIMOS MAXIMORO MÉDIOS MÍNIMOS MINIMORO

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Restrições
CURVA DE PERMANÊNCIA PARA PROFUNDIDADE MÍNIMA DE 4,00 m EM
APROXIMADAMENTE 75 % DO TEMPO, VOLUME DE DERROCAMENTO DE 691.469,86 m³

12,00

10,98 10,86

10,00 9,87

8,43
PROFUNDIDADE (m)

8,00
7,72

6,35
6,00
5,23 5,12

4,00 3,89
3,65
3,30
3,00

2,00

0,00
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00%
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE PROFUNDIDADES IGUAIS OU MAIORES

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Nível de Nível de
Referência Água

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Restrições
Previsão de Níveis de Água Mensais - Barra do São Manoel
Nível de Referência - 50% (180 dias) Tr = 10 anos
920 Previsões do Modelo

877

835
791

818
706

716

658
Níveis de Água(cm)

614

525
482
511

409

402
388

341
307

334

321
205
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
Nr - 50% ano seco Tr=10
anos Previsão Níveis de Água (1,0,0) (1,1,1)
Previsão abaixo do Nr

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Restrições

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Características das Obras

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Características das Obras

Previsão Dragagem ou Derrocamento

Previsão Dragagem ou Derrocamento

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Característica das Obras

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Características das Obras

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Características das Obras

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Características das Obras

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Características das Obras

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Características das Obras

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Características das Obras

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Conhecimento Hidroviário

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Conhecimento Hidroviário

Calado

Embarcações Boca
Projeto de

Comprimento

Propulsão

Manobrabilidade

Segurança

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Projeto de Embarcações

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Manobrabilidade

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Fatores Relacionados à Propulsão

Profundidades reduzidas

Curvas com raios inferiores a 5L


Embarcações
Projeto de

Velocidades elevadas de correntes

Obras de arte ao longo da via

Condições meteorológicas

Cruzamentos e tráfego

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Manobrabilidade

Relação potência x delocamento

Tipo e arranjo dos propulsores


Embarcações
Projeto de

Arranjo e eficiência dos lemes

Perícia e treinamento dos pilotos

Posição do centro de giro

Exposição a esforços externos (ventos)

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1.0
Sistema Geodésico de
Referência e Projeções
Cartográficas

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Sistema Geodésico de Referência
• Como representar a Terra esférica, se os mapas são planos?
• Como se localizar em qualquer ponto do planeta?

✓ Adotar uma superfície esférica de referência (Datum)


✓ Relação matemática permite transformar a superf. esférica de referência para
torná-la plana
✓ Estabelecer um sistema de coordenadas plano.

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A Forma da Terra

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A Forma da Terra

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Superfície Geodésicas

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Ondulação Geoidal

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Datum Vertical de Imbituba, SC

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Solistícios e Equinócios

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Ondulação Geoidal

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Ondulação Geoidal

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A Forma da Terra
• Ainda não foi conseguida uma definição matemática da forma da Terra
✓ Geóide: vocábulo que significa tudo aquilo que representa a
Terra. Considerado como a superfície de nível de altitude igual
a zero e coincidente com o nível médio dos mares; referência
para as altitudes
✓ Superfície Topográfica: superfície do terreno com seus vales,
fundo do mar e montanhas sobre a qual as medidas são
executadas
✓ Elipsóide de revolução: superfície matemática adotada como
referência para o cálculo de posições, distâncias, direções e
outros elementos geométricos da mensuração

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Estudo das Marés – Fases da Lua

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Estudo das Marés – Fases da Lua

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Estudo das Marés – Relação Maré x Posição da Lua

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Estudo das Marés – Relação Maré x Posição da Lua

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Estudo das Marés – Afélio e Periélio (Terra x Sol)

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Estudo das Marés – Perigeu e Apogeu (Lua x Terra)

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Estudo das Marés – Fases da Lua

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Estudo das Marés – Conceitos Básicos de Maré
Marés de sizígia e marés de quadratura
As forças de atração da Lua e do Sol se somam duas vezes em cada lunação (intervalo de
tempo entre duas conjunções ou oposições da Lua, cujo valor, em dias médios, é
29,530588 dias). Isso ocorre por ocasião da Lua Nova e da Lua Cheia, produzindo marés de
sizígia (ou de águas vivas), com preamares (PM) muito altas e baixa-mares (BM) muito
baixas.
As forças de atração do Sol e da Lua se opõem duas vezes em cada lunação, por ocasião do
quarto crescente e do quarto minguante da Lua, produzindo marés de quadratura (ou de
águas mortas), com preamares mais baixas e baixa-mares mais altas.

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Estudo das Marés – Conceitos Básicos de Maré

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Estudo das Marés – Conceitos Básicos de Maré
Alguns conceitos relacionados com marés
O movimento rítmico do nível das águas é uma função periódica do tempo e pode ser
representado segundo dois eixos ortogonais, onde o eixo vertical indicará a altura da maré
(h) e o eixo horizontal o instante em que ocorre aquela altura (t), como mostrado na Figura
seguinte. A partir desta figura pode-se definir os elementos das marés:

•Preamar (PM): maior altura que alcançam as águas em uma oscilação; igual a ℎ𝑃𝑀 e
acontece nos instantes 𝑡𝑐 e 𝑡𝑖.
•Baixa-mar (BM): menor altura que alcançam as águas em uma oscilação; igual a ℎ𝐵𝑀 e
ocorre no instante 𝑡𝑒.

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Estudo das Marés – Conceitos Básicos de Maré
Alguns conceitos relacionados com marés
•Amplitude da maré: distância vertical entre uma PM e uma BM consecutivas,
igual a ℎ𝑃𝑀 - ℎ𝐵𝑀 .
•Enchente: intervalo de tempo durante o qual o nível do mar se eleva; duração da
enchente = 𝑡𝑖 − 𝑡𝑒.
•Vazante: intervalo de tempo durante o qual o nível do mar baixa; duração da
vazante = 𝑡𝑒 − 𝑡𝑐.
•Estofo da maré: período durante o qual o nível do mar fica praticamente estacionado;
pode ser estofo de enchente (𝑡𝑑 − 𝑡𝑏) ou de vazante (𝑡𝑔 − 𝑡𝑓 ).
•Ciclo da maré: período de tempo entre uma PM e a BM que se lhe segue.

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Estudo das Marés – Conceitos Básicos de Maré

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1.1
Tratamento, consistência e
previsão de variáveis hidro
meteorológicas

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Tratamento de dados e preenchimento de falhas
O objetivo de um posto de medição de chuvas é o de obter uma série ininterrupta de
precipitações ao longo dos anos. Em qualquer caso pode ocorrer a existência de períodos
sem informações ou com falhas nas observações, devido a problemas com os aparelhos de
registro ou com o operador do posto.

Preenchimento de falhas
Em alguns casos pode haver falha na leitura ou no arquivamento de dados pluviométricos,
resultando em falha de informação para alguns períodos. Em alguns casos é possível fazer o
preenchimento destas falhas, utilizando dados de postos pluviométricos da vizinhança. Este
tipo de preenchimento não substitui os dados originais, e somente pode ser aplicado para
dados em intervalo de tempo mensal ou anual.

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Preenchimento de falhas

Método da ponderação regional


É um método simplificado, de fácil aplicação, e normalmente utilizado para o
preenchimento de séries mensais ou anuais de precipitações. Para exemplificar o método,
considere um posto 𝑌, que apresenta as falhas a serem preenchidas. É necessário
selecionar pelo menos três postos da vizinhança que possuam no mínimo dez anos de
dados (𝑋1 , 𝑋2 𝑒 𝑋3 ). Para preencher as falhas do posto 𝑌, adota-se a equação a seguir:

onde 𝑃𝑌 é a precipitação do posto 𝑌 a ser estimada; 𝑃𝑋1 , 𝑃𝑋2 𝑒 𝑃𝑋3 são as precipitações
correspondentes ao mês (ou ano) que se deseja preencher nos três postos; 𝑃𝑀𝑦 é a
precipitação média do posto 𝑌; 𝑃𝑀𝑋1 , 𝑃𝑀𝑋2 𝑒 𝑃𝑀𝑋3 são as precipitações média.
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Preenchimento de falhas
Método da ponderação regional
Os postos vizinhos escolhidos devem estar em uma região climática semelhante ao posto a
ser preenchido. O preenchimento efetuado por esta metodologia é simples e apresenta
algumas limitações, quando cada valor é visto isoladamente. Para o preenchimento de
valores diários de precipitação não se deve utilizar esta metodologia, pois os resultados
podem ser muito ruins. Normalmente valores diários são de difícil preenchimento devido a
grande variação espacial e temporal da precipitação para os eventos de frequências médias
e pequenas.

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Preenchimento de falhas
Método da ponderação regional

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Preenchimento de falhas
Método da ponderação regional
O método da ponderação regional com base em regressões lineares, segundo Bertoni &
Tucci (2007), Alves et al. (2006) e Pruski et al. (2004), é um método que estabelece
regressões lineares entre os postos com dados a serem preenchidos 𝑃𝑚 e cada um dos
postos vizinhos 𝑃𝑖 . De cada uma das regressões lineares efetuadas, obtém-se o coeficiente
de correlação, sendo o preenchimento realizado com base na equação abaixo.

Onde, 𝑃𝑚 é a observação da estação base 𝑚; 𝑛 é o número de estações; 𝑃𝑖 é a


observação da estação 𝑖 e 𝑟𝑚𝑖2 é o coeficiente de correlação linear entre os postos
vizinhos, dado pela equação abaixo.

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Preenchimento de falhas
Método da ponderação regional

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Preenchimento de falhas
Método da ponderação regional

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Preenchimento de falhas

Método da regressão linear


É um método simplificado, que utiliza uma regressão linear simples ou múltipla para gerar
informação no período com falha.
Na regressão linear simples, as precipitações do posto com falhas (𝑌) e de um posto vizinho
(𝑋) são correlacionadas. As estimativas dos dois parâmetros da equação podem ser obtidas
graficamente ou através do critério de mínimos quadrados.
Para o ajuste da regressão linear simples, correlaciona-se o posto com falhas (Y) com outro
vizinho (𝑋). A correlação produz uma equação, cujos parâmetros podem ser estimados por
métodos como o de mínimos quadrados, ou graficamente através da plotagem cartesiana
dos pares de valores (𝑋, 𝑌), traçando-se a reta que melhor representa os pares de pontos.
Uma vez definida a equação semelhante à apresentada abaixo, as falhas podem ser
preenchidas.
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Preenchimento de falhas

Método da regressão linear


Na regressão linear múltipla as informações pluviométricas do posto 𝑌 são correlacionadas
com as correspondentes observações de vários postos vizinhos através de equações como
a apresentada abaixo:

onde: 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒, … são os coeficientes a serem estimados a partir dos dados disponíveis.

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Análise de consistência de dados pluviométricos

A análise de consistência de dados pluviométricos é um conjunto de procedimentos que é


aplicado aos dados para verificar se são coerentes e se estão isentos de desvios
sistemáticos e erros diversos. A análise de consistência completa inclui um grande número
de métodos, e apenas uma breve introdução é apresentada neste texto.

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Análise de consistência de dados pluviométricos

Método Dupla-massa
Um dos métodos mais conhecidos para a análise de consistência dos dados de precipitação
é o Método da Dupla-Massa, desenvolvido pelo Geological Survey (USA). A principal
finalidade da aplicação do método é identificar se ocorreram mudanças no comportamento
da precipitação ao longo do tempo, ou mesmo no local de observação.

O Método da Dupla-Massa é baseado no princípio que o gráfico de uma quantidade


acumulada, plotada contra outra quantidade acumulada, durante o mesmo período, deve
ser uma linha reta, sempre que as quantidades sejam proporcionais. A declividade da reta
ajustada nesse processo representa então, a constante de proporcionalidade.

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Análise de consistência de dados pluviométricos
Método Dupla-massa
Esse método consiste em construir uma dupla acumulativa, na qual são relacionados os
totais anuais de todos os pontos da região, considerada homogênea, sob o ponto de vista
meteorológico.
Procedimento:
1) Calcula-se a média aritmética dos totais precipitados em cada ano em todos os pontos e
acumula-se essa média.
2) Grafam-se os valores acumulados da média dos pontos contra os totais acumulados de
cada um deles.

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Análise de consistência de dados pluviométricos
Método Dupla-massa
Se os valores do posto a consistir são proporcionais aos observados na base de
comparação, os pontos devem alinhar-se segundo uma reta de declividade única.
Entretanto, a presença de erros sistemáticos, a mudança nas condições de observação ou a
existência de uma causa física real, como alterações climáticas decorrentes de ações
antrópicas, podem promover a mudança de declividade da reta original. É importante que
as observações sejam corrigidas para uma mesma base de observações, para que os dados
possam ser considerados homogêneos ou consistentes.
A escolha da maneira como os dados devem ser corrigidos, ou seja, os mais antigos para a
condição atual ou os mais atuais para a condição antiga, depende as razões que
promoveram a mudança de tendência (declividade). Assim, se os erros puderem ser
atribuídos ao período mais recente, a correção deve ser efetuada para conservar a
tendência antiga.
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Método Dupla-massa
Se os valores do posto a consistir são proporcionais aos observados na base de
comparação, os pontos devem alinhar-se segundo uma reta de declividade única.
Entretanto, a presença de erros sistemáticos, a mudança nas condições de observação ou a
existência de uma causa física real, como alterações climáticas decorrentes de ações
antrópicas, podem promover a mudança de declividade da reta original. É importante que
as observações sejam corrigidas para uma mesma base de observações, para que os dados
possam ser considerados homogêneos ou consistentes.
A escolha da maneira como os dados devem ser corrigidos, ou seja, os mais antigos para a
condição atual ou os mais atuais para a condição antiga, depende as razões que
promoveram a mudança de tendência (declividade). Assim, se os erros puderem ser
atribuídos ao período mais recente, a correção deve ser efetuada para conservar a
tendência antiga.
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