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LEI nº 6555 – LEI DO IPVA

CAPÍTULO II c) na data de sua aquisição para integrar a frota


DA INCIDÊNCIA destinada à locação neste Estado, em se tratando de
veículo novo.
Art. 2º O Imposto sobre a Propriedade de §1º Para os efeitos desta Lei, considera-se novo
Veículos Automotores incide sobre a propriedade de o veículo sem uso, até a sua saída, do estabelecimento
veículo automotor de qualquer espécie, sujeito ao revendedor ou fabricante, para o consumidor final.
registro, matrícula ou licenciamento neste Estado. § 2º O disposto no inciso VII deste artigo se
Parágrafo único. Para efeito desta lei, veículo aplica às empresas locadoras de veículos, qualquer que
automotor é qualquer veículo aéreo, terrestre, seja o seu domicílio, sem prejuízo da aplicação das
aquático ou anfíbio, dotado de força motriz própria, disposições dos incisos I a VI, no que couber.
ainda que complementar ou alternativa de fonte de § 3º Relativamente ao exercício de 2016, o fato
energia natural. gerador previsto no inciso II do caput ocorrerá no dia 1º
de fevereiro de 2016.
CAPÍTULO III Art. 3º-A. O imposto será devido no local do
DO FATO GERADOR domicílio ou da residência do proprietário do veículo
neste Estado.
Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: § 1º Considerar-se-á domicílio:
I - para veículo novo, inclusive montado em local I – se o proprietário for pessoa natural:
diverso do fabricante do chassi: a) a sua residência habitual; ou
a) na data de sua aquisição por consumidor final; b) se a residência habitual for incerta ou
b) na data da incorporação ao ativo permanente desconhecida, o centro habitual de sua atividade onde
de empresa fabricante ou revendedora; o veículo estiver sendo utilizado;
II - para veículo usado: no dia primeiro de janeiro II – se o proprietário for pessoa jurídica de
de cada exercício; direito privado:
III - quando se tratar de veículo não registrado e a) o estabelecimento situado no território deste
não licenciado em Alagoas: na data da aquisição, se não Estado, quanto aos veículos que a ele estiverem
houver comprovação do pagamento do IPVA em outra vinculados na data da ocorrência do fato gerador;
Unidade da Federação; b) o estabelecimento onde o veículo estiver
IV - tratando-se de veículo de procedência disponível para entrega ao locatário na data da
estrangeira, para efeito da primeira tributação: ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de
a) na data do desembaraço aduaneiro, quando locação avulsa;
importado por consumidor final; • equipara-se a estabelecimento da empresa
b) na data da aquisição por consumidor final, locadora neste Estado o lugar de situação dos veículos
quando importado por empresa revendedora; mantidos ou colocados à disposição para locação;
c) no momento da incorporação ao ativo c) o local do domicílio do locatário ao qual
permanente da empresa importadora revendedora, estiver vinculado o veículo na data da ocorrência do
quando importado por esta; fato gerador, na hipótese de locação de veículo para
V - no dia primeiro de janeiro do exercício da integrar a sua frota.
revogação ou anulação da não-incidência ou isenção, § 2º No caso de pessoa natural com múltiplas
quando o interessado deixar de preencher as condições residências, presume-se como domicílio tributário para
e os requisitos previstos nesta ou em outra lei que a fins de pagamento do IPVA:
conceder; I – o local onde, cumulativamente, possua
VI – no dia primeiro de janeiro do exercício do residência e exerça profissão;
restabelecimento da posse ou do direito de II – caso possua residência e exerça profissão em
propriedade do veículo, nos casos de furto ou roubo; mais de um local, o endereço constante da Declaração
VII – relativamente a veículo de propriedade de de Imposto de Renda.
empresa locadora: § 3º Na impossibilidade de se precisar o
a) no dia 1º de janeiro de cada ano, em se domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos
tratando de veículo usado e já registrado neste Estado; §§ 1º e 2º deste artigo, a autoridade administrativa
b) na data em que vier a ser locado ou colocado poderá fixá-lo tomando por base o endereço que vier a
à disposição para locação no território deste Estado, em ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de
se tratando de veículo usado e registrado em outro domicílio eleitoral e nos cadastros de empresa
Estado; e seguradora e concessionária de serviço público, dentre
outros.

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§ 4º No caso de pessoas jurídicas de direito que haja pagamento de tarifas ou preços pelos
privado, não sendo possível determinar a vinculação do usuários.
veículo na data da ocorrência do fato gerador, nos §2º A não-incidência a que se referem os incisos
termos do inciso II do § 1º deste artigo, presume-se III, IV, V e VI compreende somente os veículos
como domicílio o local do estabelecimento onde haja relacionados com as finalidades essenciais das
indícios de utilização do veículo com predominância entidades neles mencionadas.
sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa §3º Na utilização de veículos em desacordo com
jurídica. as finalidades essenciais das entidades, o fato gerador
§ 5º Presume-se domiciliado no Estado de ocorre no dia primeiro de janeiro do exercício da falta
Alagoas o proprietário cujo veículo estiver registrado de cumprimento da condição.
no órgão competente deste Estado. Art. 5º Ato normativo do Secretário Executivo
§ 6º Em se tratando de veículo de propriedade de Fazenda disciplinará os requisitos a serem
de empresa de arrendamento mercantil (leasing), o observados para o reconhecimento e concessão dos
imposto será devido no local do domicílio ou residência casos de não-incidência condicionada, quando couber.
do arrendatário, nos termos deste artigo.
Seção II
CAPÍTULO IV Das Isenções
DA NÃO-INCIDÊNCIA E DA ISENÇÃO
Art. 6º São isentos do IPVA os veículos
Seção I automotores:
Da Não-Incidência I - de propriedade de missões diplomáticas,
órgãos consulares e representações de organismos
Art. 4º O IPVA não incide sobre veículo internacionais, de caráter permanente, e de
automotor que integre o patrimônio: propriedade dos respectivos funcionários estrangeiros
I - da União, dos Estados, do Distrito Federal e indicados pelo Ministério das Relações Exteriores;
dos Municípios; II - fabricados para uso exclusivo na atividade
II - das autarquias e fundações instituídas e agrícola ou florestal;
mantidas pelo Poder público, no que se refere aos III - tipo automóvel, de fabricação nacional, com
veículos vinculados às suas finalidades essenciais ou às capacidade para até cinco ocupantes, incluído o
delas decorrentes; condutor, comprovadamente registrado ou licenciado
III - dos partidos políticos, inclusive suas na categoria aluguel, pertencente a profissional
fundações; autônomo habilitado, observada a legislação que
IV - das entidades sindicais dos trabalhadores; disciplina o transporte público de passageiros, desde
V - dos templos de qualquer culto; que, cumulativa e comprovadamente:
VI - das instituições de educação e assistência a) o profissional:
social, sem fins lucrativos, observados os seguintes 1. exerça, há pelo menos 1 ano, a atividade de
requisitos: condutor autônomo de passageiros, na categoria de
a) não distribuam qualquer parcela de seu aluguel (táxi);
patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 2. utilize o veículo na atividade de condutor
b) apliquem integralmente, no País, os seus autônomo de passageiros, na categoria de aluguel
recursos, na manutenção dos objetivos institucionais, (táxi);
previstos nos respectivos estatutos ou atos 3. tenha sua atividade de profissional autônomo
constitutivos; reconhecida pelo Município, nos termos de lei
c) mantenham escrituração de suas receitas e municipal que trate da permissão de serviço público de
despesas em livros revestidos de formalidades transporte de passageiro;
capazes de assegurar sua exatidão; 4. comprove inscrição no Instituto Nacional de
d) sejam reconhecidas de utilidade pública Seguridade Social (INSS);
através de lei federal, estadual ou municipal; b) sejam atendidas outras exigências previstas
e) apresentem comprovante de credenciamento em ato da Secretaria de Estado da Fazenda;
atualizado junto a conselho educacional ou de IV – tipo automóvel de passageiros, para uso por
assistência social de âmbito federal, estadual ou pessoa portadora de deficiência física, visual, mental
municipal, conforme couber. severa ou profunda, ou autista, observadas as
§1º A não-incidência prevista nos incisos I e II condições previstas em regulamento;
não se aplica aos veículos relacionados com a • deve o beneficiário comprovar a condição de
exploração de atividades econômicas regidas pelas portador de deficiência e preencher os requisitos para a
normas aplicáveis a empreendimentos privados ou em concessão do benefício, conforme dispuser ato normativo do
Secretário Executivo de Fazenda;

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V – de uso terrestre, fabricados até 31 de §3º A falta de atendimento às condições e
dezembro de 2000; requisitos exigidos para comprovação e fruição dos
VI - tipo embarcações e aeronaves, com trinta benefícios implicará a revogação ou anulação destes,
ou mais anos de fabricação; sujeitando-se o contribuinte ou responsável ao
VII – furtados, roubados ou sinistrados com recolhimento do imposto com os acréscimos
perda total, a partir do mês seguinte ao da: tributários, quando couber.
a) ocorrência do furto ou roubo até o mês §4º O disposto no §3º aplica-se, também, na
anterior ao de devolução do veículo ao proprietário; e hipótese de desvio da finalidade do veículo
b) efetiva baixa de circulação do veículo beneficiário.
sinistrado junto ao órgão de trânsito. §5º O requerimento de isenção deve ser
• o disposto fica condicionado à comprovação do formalizado antes do prazo previsto para o vencimento
registro do fato no sistema de Registro Nacional de Veículos do imposto, observando-se que:
Automotores – RENAVAM, no prazo e forma estabelecidos I - será dispensada a análise de pedidos
pelo CONTRAN; apresentados fora do prazo, exceto se o sujeito passivo
VIII - de propriedade ou posse de turistas comprovar não haver dado causa ao seu
estrangeiros, portadores de "Certificados Internacionais descumprimento; e
de Circular e Conduzir", pelos prazos estabelecidos II - fica vedada a restituição dos valores já
nesses Certificados, mas nunca superior a um ano, recolhidos, exceto no caso de a autoridade
desde que o país de origem adote tratamento recíproco administrativa reconhecer o direito à isenção,
relativamente aos veículos do Brasil; conforme inciso I.
IX - tipo motocicleta e motoneta, de fabricação §10. Ato normativo do Secretário Executivo de
nacional, com potência de até duzentas cilindradas, de Fazenda disciplinará os requisitos a serem observados
propriedade de pessoas físicas e destinadas ao uso para o reconhecimento e concessão dos casos de
exclusivo em atividade agrícola, desde que o isenção condicionada, quando couber.
beneficiário apresente certidão emitida por órgão § 11. São isentos do pagamento de Taxa de
competente que comprove sua condição de pequeno Fiscalização e Serviços Diversos os pedidos de
proprietário, produtor rural ou assentado em áreas reconhecimento de não-incidência e concessão de
destinadas à reforma agrária, nos termos de ato isenção feitos por intermédio de sistema eletrônico de
normativo do Secretário Executivo de Fazenda; processamento de dados, consoante dispuser ato da
XI – apreendidos e levados a leilão pelo Poder Secretaria de Estado da Fazenda.
Público do Estado de Alagoas, a partir do mês seguinte § 12. A isenção somente será concedida àquele
ao de sua apreensão até o mês anterior ao da que não possuir débito com a Fazenda Pública Estadual.
arrematação; Art. 6º-A. Poderá ser dispensado o pagamento
XII – de duas rodas, comprovadamente do imposto relativo ao veículo de propriedade de
registrados ou licenciados na categoria aluguel, empresa locadora:
pertencentes a profissional autônomo habilitado, I – a partir do mês seguinte ao da transferência
observada a legislação que disciplina o transporte para operação do veículo em outro Estado, em caráter
público de passageiros, limitada a isenção a um veículo não esporádico, desde que seja comprovado o
por proprietário, atendidas as disposições das alíneas pagamento proporcional aos meses restantes do ano
do inciso III do caput deste artigo; civil em favor do Estado de destino, se assim estiver
XIII – comprovadamente registrados ou previsto na legislação do referido Estado; e
licenciados na categoria aluguel, utilizados no serviço II – quando, na hipótese prevista na alínea b do
complementar de transporte rodoviário intermunicipal inciso VII do art. 3º, tratar-se de veículo destinado
de passageiros, limitada a isenção a um veículo por à locação avulsa, e a permanência neste Estado seja
proprietário, desde que: temporária, conforme disposição regulamentar.
a) com outorga de permissão estadual para Parágrafo único. O imposto pago será restituído
exploração do respectivo serviço; e proporcionalmente em relação ao período em que
b) atendidas outras exigências previstas em ato se configurar a hipótese prevista no inciso I.
da Secretaria de Estado da Fazenda.
XIV – tipo ciclomotores ou ciclo-elétricos, se de CAPÍTULO V
cilindrada não superior a 50 cm³. DA BASE DE CÁLCULO
§ 1º A isenção prevista nos incisos III, IV e IX
aplica-se, exclusivamente, a um único veículo próprio Art. 7º A base de cálculo do imposto é:
ou com arrendamento mercantil, desde que o I - quando se tratar da primeira aquisição, por
interessado não possua mais de um veículo registrado consumidor final, o valor do veículo:
em seu nome, excluindo-se motocicleta, observada a) correspondente ao preço de venda a
disciplina da Secretaria de Estado da Fazenda. consumidor constante de tabela sugerida pelo

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fabricante, acrescido do valor do frete, do IPI e dos §3º O contribuinte que não concordar com o
acessórios colocados no veículo pelo estabelecimento valor da base de cálculo poderá apresentar impugnação
responsável pelo pagamento do imposto; ou fundamentada, até quinze dias posteriores à data do
b) se for maior que o previsto na alínea anterior, lançamento, sendo dispensada a análise de pedidos
constante no documento fiscal de aquisição, incluindo apresentados fora do prazo ou em desacordo com o
os valores dos opcionais e acessórios, e demais disposto na legislação tributária.
despesas relativas à operação; §4º Na impossibilidade da aplicação da base de
II - o somatório dos valores constantes nos cálculo prevista neste artigo, deve-se adotar o valor:
documentos fiscais de aquisição, relativos a partes, I - resultante da média aritmética dos valores de
peças e serviços prestados, quando se tratar de veículo veículo similar, constantes na tabela discriminativa ou,
montado em local diverso do fabricante do chassi, por se não couber, os praticados no mercado, observando-
encomenda de consumidor final ou para incorporação se a marca, modelo e ano de fabricação do veículo;
ao ativo permanente de empresa fabricante ou II - arbitrado pela autoridade administrativa, na
revendedora; inviabilidade da aplicação do disposto no inciso I,
III - quando se tratar de veículo importado do conforme ato normativo do Secretário Executivo da
exterior, por consumidor final, o valor constante no Fazenda.
documento de importação do veículo, acrescido dos §5º A Secretaria Executiva de Fazenda poderá
valores dos tributos incidentes e de qualquer despesa adotar os valores venais constantes em tabela que
decorrente da importação, ainda que não pagos pelo venha a ser aprovada através de convênio ou protocolo
importador, não podendo ser inferior ao utilizado como firmado entre as Unidades da Federação.
base de cálculo do ICMS; §6º Não se incluem na base de cálculo os custos
IV - o valor do custo de fabricação ou aquisição financeiros referentes à venda a prazo ou financiada.
constante no documento relativo a operação, quando §7º O valor da base de cálculo não pode ser
se tratar de incorporação de veículo ao ativo inferior ao valor médio do mercado, observado os
permanente do fabricante ou do revendedor; valores constantes na tabela discriminativa prevista no
V - o somatório dos valores, constantes nos inciso VI.
documentos fiscais de aquisição, de partes e peças, §8º Para os efeitos deste artigo, e observada a
incluídos os serviços prestados, quando se tratar de sequência disposta, na definição do valor médio do
veículo montado pelo próprio consumidor, ou por mercado devem ser observados os preços praticados
conta e ordem deste; nos seguintes mercados consumidores:
VI - o valor médio de mercado, previsto na I - Estado de Alagoas;
tabela discriminativa constante em ato normativo do II - Região Nordeste; e
Secretário Executivo de Fazenda, quando se tratar de III - território nacional.
veículo usado e observando-se: §9º É irrelevante para a determinação da base
a) o preço usualmente praticado no mercado; de cálculo o estado de conservação do veículo
b) os preços médios aferidos por publicações individualmente considerado.
nacionais especializadas;
c) em relação ao veículo aéreo: o fabricante, o CAPÍTULO VI
modelo, o ano de fabricação e o peso de decolagem; DAS ALÍQUOTAS
d) em relação ao veículo aquático: a potência do
motor, o comprimento, o tipo de casco e o ano de Art. 8º As alíquotas do imposto são:
fabricação; I – 1% para ônibus, micro-ônibus, caminhão,
e) em relação ao veículo terrestre: a marca, o cavalo mecânico, aeronave e embarcação;
modelo, a potência, a espécie, o combustível e o ano • entende-se por caminhão o veículo rodoviário com
de fabricação. capacidade de carga igual ou superior a 3.500 kg;
§ 1º A tabela discriminativa do valor médio de II – para motocicleta, motoneta, ciclomotor,
mercado, prevista no inciso VI deste artigo, indicará o triciclo, quadriciclo e similares:
valor da base de cálculo em moeda corrente apurado, a) 2,0% se de cilindrada não superior a 150 cm³;
preferencialmente, nos meses de setembro e outubro, b) 2,75% se de cilindrada superior a 150 cm³,
devendo ser publicada até o último dia do exercício de mas não superior a 400 cm³; e
apuração, para vigência e aplicação no exercício c) 3,25% se de cilindrada superior a 400 cm³.
seguinte. III – 2% para veículo especificado para funcionar
§2º Caso a tabela discriminativa não seja com eletricidade;
publicada no prazo estabelecido no § 1º, o imposto será IV – para veículo automóvel de passageiro, de
cobrado com base nos valores previstos na tabela carga ou misto:
anterior. a) 2,75% se de potência não superior a 80 HP;

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b) 3% se de potência superior a 80 HP, mas não IV - o servidor que autorizar ou efetuar o
superior a 160 HP; registro, licenciamento, inscrição, matrícula, inspeção,
c) 3,25% se de potência superior a 160 HP; e vistoria ou transferência de veículo, de qualquer
d) 1,5% para veículos que utilizem gás natural ou espécie, sem o pagamento, com o pagamento a
veículos híbridos que possuem mais de um motor de menor, ou sem o reconhecimento da não-incidência ou
propulsão, usando cada um seu tipo de energia para isenção do imposto, devidamente comprovados;
funcionamento sendo que a fonte energética de um V - o despachante documentalista que tenha
dos motores seja energia elétrica. promovido os despachos de registro ou licenciamento
V – 3,25% para os demais veículos não do veículo, sem o pagamento do imposto ou com
discriminados nos incisos anteriores. pagamento a menor do que o devido;
§ 2º Para a definição dos veículos será VI - o adquirente, em relação ao imposto cujo
observada a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - fato gerador seja anterior ao tempo de sua aquisição;
Sistema Harmonizado (NBM/SH) ou, na sua falta e VII - o leiloeiro, no caso de veículo objeto de
alternativamente, as normas técnicas dos respectivos leilão;
fabricantes, da Associação Brasileira de Normas VIII - qualquer pessoa que adulterar ou falsificar
Técnicas (ABNT) e constantes no Código de Trânsito documentos e dados com o fim de suprimir ou reduzir
Brasileiro e legislação complementar. o valor do imposto;
§ 3º Para veículos de propriedade de pessoa IX - os curadores, em relação aos veículos dos
jurídica com atividade exclusiva de locação, ou que seus curatelados;
estejam em sua posse em virtude de contrato formal de X – a pessoa jurídica de direito privado, bem
arrendamento mercantil ou de alienação fiduciária, a como o sócio, diretor, gerente ou administrador, que
alíquota será de 1%, desde que sejam atendidos os tomarem em locação veículo para uso neste Estado, em
requisitos estabelecidos em Decreto do Poder relação aos fatos geradores ocorridos nos exercícios em
Executivo. que o veículo estiver sob locação;
§ 4º O enquadramento na faixa de potência do XI – o agente público responsável pela
veículo, para a fixação da alíquota do imposto, nos contratação de locação de veículo, para uso neste
termos deste artigo, observará: Estado por pessoa jurídica de direito público, em
I – para os veículos movidos a gasolina e álcool, relação aos fatos geradores ocorridos nos exercícios em
a referência de potência é o combustível gasolina; que o veículo estiver sob locação; e
II – para os veículos movidos a gasolina, álcool e XII – o sócio, diretor, gerente, administrador ou
GNV, a referência de potência é o combustível gasolina; responsável pela empresa locadora, em relação aos
III – para os veículos movidos a diesel, a veículos locados ou colocados à disposição para locação
referência de potência é o combustível diesel. neste Estado.
§1º A solidariedade estabelecida neste artigo:
CAPÍTULO VII I - não comporta benefício de ordem;
DA SUJEIÇÃO PASSIVA II - aplica-se às obrigações acessórias, no que
couber.
Seção I §2º O disposto neste artigo não se aplica no caso
Do Contribuinte de veículo vendido em leilão promovido pelo poder
público.
Art. 9º Contribuinte do imposto é a pessoa § 3º Para eximir-se da responsabilidade prevista
natural ou jurídica proprietária de veículo automotor. nos incisos X e XI deste artigo, a pessoa jurídica ou o
Parágrafo único. No caso de arrendamento agente público deverá exigir comprovação de regular
mercantil, contribuinte é a empresa arrendadora. pagamento do imposto devido a este Estado,
relativamente aos veículos objetos da locação.
Seção II
Do Responsável Solidário Seção III
Das Obrigações do Sujeito Passivo
Art. 10. São solidariamente responsáveis pelo
cumprimento da obrigação principal: Art. 11. São obrigações do contribuinte ou
I - o devedor fiduciário, em relação ao veículo responsável:
automotor adquirido com alienação fiduciária em I - pagar o imposto devido no prazo fixado na
garantia; legislação;
II - o arrendatário, em relação ao veículo II - facilitar a ação fiscal, franqueando o acesso a
automotor, objeto de arrendamento mercantil; seus estabelecimentos, livros e documentos
III - o possuidor do veículo automotor a qualquer necessários ao desempenho funcional da autoridade
título; competente;

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III - prestar, quando solicitado, informações de omitida a data, a intimação considera-se feita na data
interesse da fiscalização; em que for devolvido o comprovante de recebimento
IV - cumprir as disposições previstas em atos ao órgão fazendário encarregado da intimação;
normativos expedidos pela Secretaria Executiva de b) validamente efetuada quando for:
Fazenda. 1. entregue no domicílio fiscal do contribuinte
Parágrafo único. O disposto nos incisos II, III e IV ou responsável;
aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes 2. devolvida por desatualização do domicílio
ou não, inclusive às que gozem de não-incidência ou fiscal do contribuinte ou responsável.
isenção do imposto. II - efetivada, para os efeitos do inciso II do § 2º:
a) no primeiro dia útil posterior ao da data de
CAPÍTULO VIII sua publicação no Diário Oficial do Estado, quando o
DO LANÇAMENTO sujeito passivo ou interessado for domiciliado na
capital do Estado; ou
Art. 12. O imposto, devido anualmente, será b) no décimo quinto dia posterior ao da data de
lançado de ofício ou ficará sujeito à homologação. sua publicação no Diário Oficial do Estado, quando
§1º O lançamento de ofício será cientificado ao o sujeito passivo ou interessado for domiciliado no
contribuinte por meio de: interior do Estado.
I - Auto de Lançamento do IPVA, relativamente §4º A Secretaria Executiva de Fazenda
ao imposto não vencido, no qual conste, no encaminhará ao domicílio fiscal do sujeito passivo:
mínimo: I - o documento de arrecadação (DAR), para
a) a identificação do sujeito passivo; recolhimento do crédito tributário, caso em que poderá
b) a identificação do veículo; constituir um documento único, conjugado com o Auto
c) o valor da base de cálculo e da alíquota; de Lançamento;
d) o valor do imposto devido; II - cópia da Notificação de Débito do IPVA, na
e) a data para recolhimento do imposto; qual conste a data de sua publicação no Diário Oficial
f) a intimação para cumprimento ou do Estado.
impugnação da exigência, no prazo de até quinze dias §5º A homologação do lançamento ocorrerá nos
do lançamento do imposto, observado o disposto no § casos em que o contribuinte ou responsável:
3º do art. 7º; I - não receba, em seu domicílio fiscal, o Auto de
g) a indicação do órgão e da autoridade Lançamento até o prazo de vencimento do imposto,
administrativa que o emitiu; desde que tenha efetuado o pagamento devido;
II - Notificação de Débito do IPVA, relativamente II - efetue o pagamento devido, relativamente
ao imposto vencido e não pago ou não parcelado, ou aos veículos adquiridos no decorrer do exercício de
pago a menor, decorrente de emissão de Auto de referência do imposto;
Lançamento ou sujeito à homologação, na qual conste, III - esteja obrigado, pela legislação, a declarar e
no mínimo: recolher antecipadamente o imposto,
a) os dados discriminados nas alíneas do inciso I; independentemente do lançamento de ofício da
b) o dispositivo infringido e a penalidade autoridade competente.
aplicável; §6º Na hipótese do sujeito passivo recolher o
III - Auto de Infração, nos casos de dolo, fraude valor do imposto a menor, nos casos de lançamento
ou simulação, que caracterize a falta ou redução sujeito à homologação, a Secretaria Executiva de
do pagamento do imposto, aplicando-se o previsto no Fazenda emitirá Notificação de Débito com o valor do
inciso II do art. 39; imposto não recolhido, acrescido de multa, juros e
§2º A intimação será feita: atualização monetária, conforme couber.
I - relativamente ao Auto de Lançamento, Art. 13. O lançamento por meio de Auto de
mediante remessa por via postal ou qualquer outro Infração seguirá o mesmo tratamento dispensado, pela
meio ou via, com aviso de recebimento - AR ou com legislação tributária, aos demais tributos de
prova de entrega, no endereço do sujeito passivo ou competência do Estado, observando-se:
interessado, de cópia do instrumento; I - no que tange à intimação, o disposto nos §§
II - relativamente à Notificação de Débito, por 2º e 3º do art. 12;
publicação no Diário Oficial do Estado, posteriormente II - no que tange ao julgamento, o disposto nos
ao decurso do prazo previsto para pagamento ou arts. 47 e 48.
vencimento do imposto. Art. 14. A Notificação de Débito supre a
§3º A intimação considera-se: lavratura de Auto de Infração, e deverá ser adotada
I - para os efeitos do inciso I do § 2º: obrigatoriamente, uma vez constatada a ocorrência,
a) efetivada na data do recebimento no observando-se o seguinte:
domicílio fiscal do sujeito passivo, sendo que, se for

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I - não será instaurado o processo contencioso, § 1º Sobre o valor do imposto a ser recolhido
ainda que lavrado o pertinente Auto de Infração, o qual integralmente em cota única, no prazo de vencimento,
será obrigatoriamente cancelado, devendo ser emitida será concedido desconto de 10%, conforme dispuser
a respectiva Notificação de Débito; Decreto do Poder Executivo.
II - compete ao Secretário Adjunto da Receita §2º O pagamento da cota única do imposto
Estadual cancelar o Auto de Infração lavrado e emitir a deverá ser efetuado no prazo de dez dias, contados:
Notificação de Débito, nos termos do inciso I. I - da data de saída aposta na nota fiscal ou do
Parágrafo único. A Notificação de Débito: documento que represente a aquisição da propriedade
I - será emitida, retificada ou anulada de ofício: de veículo novo;
a) pelo Secretário Adjunto da Receita Estadual, II - da data da revogação ou anulação da não-
no caso previsto no inciso II do "caput"; incidência ou isenção, acrescido de multa, juros e
b) pelo Diretor de Fiscalização, nos demais atualização, conforme couber;
casos. III - da data do desembaraço aduaneiro.
II - atenderá, quanto à configuração, ao previsto §3º O imposto é vinculado ao veículo, devendo
em ato do Secretário Executivo de Fazenda. o comprovante de seu pagamento, feito nesta ou em
Art. 15. Publicada a Notificação de Débito, outra unidade da Federação, ser transferido ao novo
deverá o sujeito passivo, no prazo de 30 dias contados proprietário, respeitada a relação entre o fato gerador
da data da referida publicação: e a alienação.
I - efetuar o recolhimento do imposto acrescido Art. 18. O imposto será pago na proporção de
de multa e juros moratórios, inclusive atualização um doze avos do valor devido anualmente, incluído
monetária, se couber; o mês da ocorrência do evento, de acordo com os
II - comprovar sua quitação; ou meses restantes para o término do ano civil ou
III - solicitar, mediante a apresentação de com os meses em que o veículo esteve na posse ou
elementos comprobatórios, a retificação de dados, propriedade, inclusive nas seguintes situações:
inclusive relativos à propriedade, marca, modelo e ano I - incorporação de veículo ao ativo permanente
de fabricação do veículo. do fabricante, do revendedor ou do importador
§1º Aplicam-se unicamente os acréscimos revendedor;
moratórios, relativos ao pagamento espontâneo, aos II - revogação ou anulação da não-incidência ou
recolhimentos efetuados no prazo assinalado no isenção, exceto se decorrer de dolo, fraude ou
"caput". simulação;
§2º Inocorrendo, no prazo de 30 dias, contados IV - na isenção parcial prevista nos incisos VII e
da publicação da Notificação de Débito, o pagamento XI do art. 6º desta Lei;
do crédito tributário, o início de pagamento mediante V - aquisição de veículo novo por adquirente
parcelamento regular, a comprovação de quitação ou a consumidor final; ou
retificação de dados, será o débito inscrito na Dívida VI - importação de veículo por consumidor final.
Ativa do Estado, acrescido da multa prevista no inciso I Art. 19. O licenciamento anual do veículo usado
do art. 39, dos juros e atualização monetária, conforme e o registro e licenciamento do veículo novo, pelo órgão
couber, afastada a espontaneidade referida no § 1º. competente, somente será efetuado com a
§3º A Notificação de Débito poderá ser comprovação do pagamento do valor total do imposto
retificada pelo órgão competente, após a inscrição do em cota única ou parcelado, conforme dispuser
crédito tributário na Dívida Ativa, inclusive nos casos Decreto do Poder Executivo.
em que a retificação importe alteração no valor do Art. 20. O imposto, quando não pago no prazo
saldo a pagar. de seu vencimento, ficará sujeito ao acréscimo de
Art. 16. Os débitos constantes de Notificação, multa e juros, estabelecidos nesta Lei, e atualização
observado o disposto no § 2º do art. 15, caracterizam monetária, conforme couber.
reconhecimento da obrigação tributária e produzem Art. 21. Fica vedada a transferência, para outra
efeito de decisão final em processo adm. fiscal. unidade da Federação, da propriedade de veículo que
possua débito fiscal, inclusive objeto de parcelamento
CAPÍTULO IX não quitado.
DO PAGAMENTO Art. 22. Nenhum veículo será transferido ou
licenciado, pelos órgãos competentes, sem a
Seção I comprovação do pagamento ou do reconhecimento da
Das Disposições Gerais não-incidência ou isenção de imposto já vencido.
Parágrafo único. O disposto no "caput" aplica-se
Art. 17 O pagamento anual do imposto poderá igualmente aos casos de renovação, averbação,
ser feito em cota única ou em até seis parcelas mensais fornecimento de prontuário, emissão de certificados e
e sucessivas, conforme Decreto do Poder Executivo.

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quaisquer outros que impliquem alteração no registro, I - à razão de 1% relativamente ao mês de
na inscrição ou na matrícula do veículo. vencimento e 1% relativamente ao mês de pagamento;
Art. 23. O local, a forma e o prazo de pagamento, II - equivalente à taxa referencial do Sistema
respeitados os estabelecidos nesta Lei, serão dispostos Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, para
em ato normativo do Secretário Executivo de Fazenda. títulos federais, em se tratando dos meses
intermediários, para os quais se tenha como definida a
Seção II mencionada taxa.
Do Parcelamento do IPVA §1º Cada parcela a ser paga, posterior à
primeira, sofrerá mensalmente a incidência de juros de
Art. 24. Os débitos fiscais pendentes de mora, equivalentes ao somatório dos percentuais
pagamento após o vencimento do IPVA, inclusive os referentes à taxa do Sistema Especial de
inscritos em Dívida Ativa, ajuizados ou não, calculados Liquidação e de Custódia - SELIC, computados desde a
até a data da solicitação do parcelamento, serão pagos consolidação até o mês do pagamento.
em até 6 parcelas mensais e sucessivas, nos termos de §2º Os débitos parcelados não sofrerão
Decreto do Poder Executivo, podendo ser parcelado incidência de multa de mora por atraso no pagamento
com desconto. de
§1º O valor mínimo de cada parcela não poderá parcelas, sem prejuízo da incidência da multa de mora
ser inferior a R$ 50,00. por ocasião da consolidação do débito a ser
§2º As parcelas vencerão no último dia útil de parcelado.
cada mês. Art. 26. O pedido de parcelamento deverá
§3º Entende-se por débito fiscal do IPVA a conter:
consolidação, mantida a individualização de cada I - os dados do requerente;
componente, resultante da soma do valor: II - os dados do veículo;
I - originário do imposto; III - a confissão irretratável do débito;
II - originário da multa; IV - o número de parcelas;
III - dos juros de mora; e V - a relação discriminativa do débito fiscal por
IV - da atualização monetária. exercício;
§ 4º Os acréscimos tributários, compreendendo VI - o comprovante do pagamento da parcela
multa e juros, e a atualização monetária, para efeito inicial;
de consolidação do débito, serão calculados até o mês VII - a assinatura do requerente ou de seu
do pagamento da parcela inicial. mandatário, sendo indispensável, nesse último caso, a
§5º Para efeito de parcelamento, os débitos anexação da procuração que o autorize;
fiscais poderão ser agrupados por exercícios, VIII - o Termo de Acordo para pagamento
independentemente da data de ocorrência do fato parcelado, na forma prevista em ato normativo do
gerador, da data de vencimento da obrigação tributária Secretário Executivo de Fazenda, devidamente
ou do lançamento tributário, excetuados os inscritos preenchido e assinado pelo requerente ou seu
em Dívida Ativa, que formarão agrupamento representante legal.
específico. Art. 27. O parcelamento não será concedido,
§6º O pedido de parcelamento importa após o recebimento da denúncia pelo juiz, para débitos
confissão irretratável do débito, desistência ou fiscais relacionados a atos qualificados em lei como
renúncia à defesa e a recursos administrativos ou crime ou contravenção e para aqueles que, mesmo sem
judiciais interpostos. essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
§7º O atraso no pagamento de qualquer parcela, simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
por período superior a sessenta dias, implicará o benefício daquele.
cancelamento do parcelamento, considerando-se Art. 28. É competente para autorizar o
vencidas todas as parcelas vincendas. parcelamento:
§8º Cancelado o parcelamento, o saldo do I - o Secretário Adjunto da Receita Estadual; ou
débito fiscal será inscrito em Dívida Ativa ou acarretará II - o titular da Procuradoria da Fazenda
a substituição da certidão, para início ou Estadual, em relação aos débitos inscritos na Dívida
prosseguimento da cobrança executiva, conforme Ativa.
couber. §1º O Secretário Executivo de Fazenda poderá
§ 9º A eficácia do parcelamento dependerá do instituir comissão com atribuições de examinar os
pagamento tempestivo da parcela inicial. pedidos de parcelamento, opinando pelo deferimento
Art. 25. Na consolidação do débito a ser ou indeferimento desse pedido.
parcelado, haverá incidência de juros aplicados sobre §2º Não cabe recurso do despacho que indeferir
seu valor atualizado, até o mês de pagamento da o pedido de parcelamento.
primeira parcela, obedecido o seguinte:

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Seção III devidamente preenchido e assinado pelo requerente
Do Parcelamento de Taxas de Fiscalização e Serviços ou seu representante legal.
Diversos e Multas por Infração ao Código de Trânsito Art. 31. O parcelamento não será concedido,
Brasileiro Lavradas por Órgãos Executivos Estaduais após o recebimento da denúncia pelo juiz, para débitos
de Trânsito relacionados a atos qualificados em lei como crime ou
contravenção e para aqueles que, mesmo sem essa
Art. 29. Os débitos relativos a Taxa de qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
Fiscalização e Serviços Diversos e as multas de trânsito simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
lavradas por órgãos executivos estaduais de trânsito, benefício daquele.
inclusive os inscritos em Dívida Ativa, ajuizados ou não, Art. 32. É competente para autorizar o
calculados até a data da solicitação do parcelamento, parcelamento:
serão pagos em até seis parcelas, mensais e sucessivas, I - o Diretor Geral do Departamento Estadual de
nos termos de Decreto do Poder Executivo. Trânsito; e
§1º O valor mínimo de cada parcela não poderá II - o Titular da Procuradoria da Fazenda
ser inferior a R$ 50,00. Estadual, em relação aos débitos inscritos na Dívida
§2º As parcelas vencerão no último dia útil de Ativa.
cada mês. §1º O Diretor Geral do Departamento Estadual
§3º Entende-se por débito fiscal relativo a Taxa de Trânsito poderá instituir comissão com atribuições
de Fiscalização e Serviços Diversos e multas de trânsito de examinar os pedidos de parcelamento, opinando
por infração ao Código de Trânsito Brasileiro a pelo deferimento ou indeferimento desse pedido.
consolidação, mantida a individualização de cada §2º Não cabe recurso do despacho que indeferir
componente, resultante da soma do valor: o pedido de parcelamento.
I - originário das Taxas de Fiscalização e Serviços Art. 33. Aplica-se ao parcelamento previsto
Diversos; nesta seção o disposto nos arts. 24 a 28, no que couber.
II - originário das multas de trânsito por infração
ao Código de Trânsito Brasileiro; CAPÍTULO X
III - dos juros de mora; DA RESTITUIÇÃO
IV - da atualização monetária.
§4º O pedido de parcelamento importa Art. 34. Serão restituídas, no todo ou em parte,
confissão irretratável do débito, desistência ou as quantias pagas indevidamente, relativas ao imposto
renúncia à defesa e a recursos administrativos ou ou penalidade, nos seguintes casos:
judiciais interpostos. I - cobrança ou pagamento espontâneo de
§5º O atraso no pagamento de qualquer parcela, quantia indevida ou maior que a devida em face da
por período superior a sessenta dias, implicará o legislação tributária aplicável ou de natureza ou
cancelamento do parcelamento, considerando-se circunstância do fato gerador efetivamente ocorrido;
vencidas todas as parcelas vincendas. II - erro na identificação do sujeito passivo, na
§6º Cancelado o parcelamento, o saldo do determinação da alíquota aplicável, no cálculo do
débito fiscal será inscrito em Dívida Ativa ou acarretará montante do débito ou na elaboração ou conferência
a substituição da certidão, para início ou de qualquer documento relativo ao imposto;
prosseguimento da cobrança executiva, conforme III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de
couber. decisão condenatória; e
Art. 30. O pedido de parcelamento deverá IV - quando ocorrer erro de fato.
conter: §1º A restituição total ou parcial do imposto
I - os dados do requerente; deve ser acompanhada da devolução, na mesma
II - os dados do veículo; proporção, dos valores das multas, juros e atualização
III - a confissão irretratável do débito; monetária, conforme couber, pagos a maior ou
IV - o número de parcelas; indevidamente.
V - a relação discriminativa do débito fiscal por §2º A restituição dependerá de petição dirigida
exercício; ao Secretário Adjunto da Receita Estadual, observada a
VI - o comprovante do pagamento da parcela legislação tributária, no tocante a sua tramitação e
inicial; efetivação.
VII - a assinatura do requerente ou de seu §3º O direito de pleitear a restituição extingue-
mandatário, sendo indispensável, nesse último caso, a se com o decurso do prazo de 5 anos, contados:
anexação da procuração que o autorize; e I - da data do recolhimento da quantia paga
VIII - o Termo de Acordo para pagamento indevidamente; e
parcelado, na forma prevista em ato normativo do II - da data em que se tornar definitiva a decisão
Diretor Geral do Departamento Estadual de Trânsito, administrativa ou passar em julgado a decisão judicial

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que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido §2º Os órgãos responsáveis pela matrícula,
a decisão condenatória. inscrição ou registro de veículos aéreos, aquáticos ou
Art. 35. Na hipótese de sinistro com perda total, terrestres devem fornecer à SEFAZ os dados cadastrais
roubo ou furto que caracterize a isenção prevista relativos aos veículos e seus respectivos proprietários e
no inciso VII do art. 6º desta Lei, deverá ser observado possuidores, a qualquer título, observado o disposto no
o seguinte: parágrafo único do art. 36.
I – o imposto pago será restituído ou §3º No caso de transferência de propriedade de
compensado proporcionalmente ao período isento; e veículo automotor, o proprietário que estiver
II – a restituição ou compensação será efetuada efetuando a transferência deverá comunicar o fato ao
a partir do exercício subsequente ao da ocorrência órgão responsável pela matrícula, inscrição ou registro
da isenção. do veículo.
§4º A falta de comunicação, prevista no § 3º,
CAPÍTULO XI implica a responsabilidade subsidiária do alienante pelo
DA FISCALIZAÇÃO pagamento do imposto.

Art. 36. A fiscalização e a arrecadação do CAPÍTULO XIII


imposto competem, originariamente, à Secretaria DAS PENALIDADES E ACRÉSCIMOS
Executiva de Fazenda - SEFAZ.
Parágrafo único. A SEFAZ poderá firmar Art. 39. Os descumprimentos às disposições
convênios com órgãos públicos federais, estaduais e desta Lei ficam sujeitos às seguintes penalidades:
municipais, objetivando: I - pagamento do imposto devido após o prazo
I - a arrecadação e fiscalização conjunta ou de vencimento previsto na legislação, ressalvado o caso
integrada do imposto; de denúncia espontânea:
II - a permuta de informações, registros, MULTA - 20% do valor do imposto devido;
licenciamentos e cadastramentos de veículos e seus II - falta de pagamento total ou parcial do
condutores; imposto devido, quando ocorrer dolo, fraude ou
III - o acesso a banco de dados, relativamente à simulação, pelo sujeito passivo ou por terceiro:
arrecadação e fiscalização do imposto. MULTA - 5% do valor venal do veículo;
Art. 37. A fiscalização será efetuada, inclusive: III - falta de comunicação da recuperação do
I - nas vias públicas do Estado de Alagoas; veículo:
II - nos órgãos encarregados do licenciamento, MULTA - 5% do valor do imposto devido.
registro ou controle de veículos aquáticos, aeroviários IV - não prestar informações ou esclarecimentos
e terrestres; de interesse da fiscalização tributária, quando
III - nos veículos em trânsito, conduzidos por intimado:
seus proprietários ou terceiros; MULTA - equivalente a 20 vezes a Unidade
IV - nas empresas: Padrão Fiscal de Alagoas (UPFAL) por intimação não
a) fabricantes e de comércio, inclusive de peças atendida;
e acessórios de veículos; V - Embaraçar, desacatar, dificultar ou impedir,
b) de reparo, conserto, desmancho ou exposição por qualquer meio, a ação de servidor fiscal no
de veículos; exercício da fiscalização do tributo:
V - nas concessionárias autorizadas e agências MULTA – equivalente a 30 vezes a UPFAL.
revendedoras de veículos; e Art. 40. Considerar-se-á espontânea a denúncia
VI - nos cartórios. apresentada antes do início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização relacionados
CAPÍTULO XII com a infração, ficando o contribuinte sujeito, além da
DO CADASTRO incidência de juros de mora, conforme couber, aos
seguintes acréscimos moratórios, nos casos de falta de
Art. 38. A Secretaria Executiva de Fazenda recolhimento do imposto:
poderá instituir, isolada ou conjuntamente, com outro I - 0,2% do valor do imposto, por dia, se o débito
órgão público de âmbito federal, estadual ou municipal, for recolhido dentro de trinta dias, contados do
o cadastro de contribuintes proprietários e término do prazo para recolhimento tempestivo;
responsáveis do IPVA. II - 9% do valor do imposto, se o débito for
§1º O cadastro de veículos será mantido recolhido depois de trinta dias e até sessenta dias,
atualizado: contados do término do prazo para recolhimento
I - pelo DETRAN, tratando-se de veículos tempestivo;
rodoviários; e
II - pela SEFAZ, tratando-se dos demais veículos.

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III - 15% do valor do imposto, se o débito for I - Notificação de Débito, nos termos previstos
recolhido depois de sessenta dias, contados do término no inciso II, do art. 12, e observado o disposto nos arts.
do prazo para o recolhimento tempestivo. 14 a 16;
Parágrafo único. Relativamente ao débito II - Auto de Infração, nos termos previstos no
espontaneamente denunciado, o contribuinte terá o inciso III, do art. 12, respeitado, quanto ao julgamento,
prazo de até 5 dias úteis, contados da protocolização da o disposto nos arts. 47 e 48.
denúncia, para quitá-lo ou para requerer o
parcelamento, sob pena de, findo este prazo, ser Seção I
emitida Notificação de Débito. Da Intimação do Auto de Lançamento
Art. 41. A denúncia espontânea exclui a
aplicação de multa por infração relativa à obrigação Art. 45. A intimação do sujeito passivo, por meio
tributária a que corresponda a falta confessada, desde de Auto de Lançamento, considera-se efetuada na data
que acompanhada, se for o caso, do pagamento do do seu recebimento no endereço tributário do
imposto e acréscimos moratórios. intimado, sendo que, se for omitida a data, a intimação
Art. 42. Os débitos de qualquer natureza, para considera-se feita na data em que for devolvido o
com a Fazenda Estadual, não recolhidos até a data comprovante de recebimento ao órgão fazendário
do respectivo vencimento, inclusive aqueles objeto de encarregado da intimação.
parcelamento, serão acrescidos, na via administrativa
ou judicial, de juros de mora incidentes sobre o valor Seção II
atualizado do débito, obedecido o seguinte: Da Impugnação
I - à razão de 1% relativamente ao mês de
vencimento e 1% relativamente ao mês de pagamento; Art. 46. Na cobrança, por meio de Auto de
II - equivalente à taxa referencial do Sistema Lançamento, cabe ao sujeito passivo impugnar o valor
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, para do imposto exigido dentro do prazo de até quinze dias
títulos federais, em se tratando dos meses posteriores ao do lançamento, respeitado o disposto no
intermediários, para os quais se tenha como definida a § 3º do art. 7º, e observando-se que a impugnação:
mencionada taxa. I - será protocolizada em repartição fiscal;
Parágrafo único. Os acréscimos moratórios de II - conterá as razões e argumentos de defesa do
que trata este artigo, sem prejuízo das penalidades sujeito passivo que, desde logo, juntará as provas que
cabíveis em cada caso, aplicam-se tanto aos créditos tiver;
tributários recolhidos espontaneamente quanto aos III - instaura a fase litigiosa do processo;
constituídos mediante lançamento de ofício. IV - apresentada tempestivamente supre
eventual omissão ou defeito da intimação.
CAPÍTULO XIV
DA REPARTIÇÃO DO IMPOSTO ARRECADADO Seção III
Do Julgamento
Art. 43. O imposto efetivamente arrecadado
será repartido da seguinte forma: Art. 47. Apresentada a impugnação, o processo
I - 50% para o Estado de Alagoas; será encaminhado para a Coordenadoria de
II - 50% para o município onde o veículo for Julgamento que decidirá, no prazo de vinte dias.
licenciado. Parágrafo único. Caso não seja apresentado o
§1º O repasse do imposto será feito na forma e pedido de revisão, nos termos previstos no art. 48, a
prazo estabelecidos na legislação tributária, inclusive decisão será considerada definitiva no âmbito
no caso de ser efetuado por estabelecimento bancário administrativo.
ou instituição financeira. Art. 48. Da decisão prevista no art. 47 caberá,
§2º A SEFAZ deve estornar o valor repassado como único recurso, pedido de revisão dirigido ao
indevidamente ao município, quando houver titular da Coordenadoria de Julgamento, a ser
restituição do imposto ao sujeito passivo. interposto no prazo de dez dias, devendo a decisão,
relativa ao recurso, ser prolatada dentro do prazo de
CAPÍTULO XV vinte dias.
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Parágrafo único. A decisão do titular da
Coordenadoria de julgamento será considerada
Art. 44. Na instauração, preparo, instrução, e definitiva no âmbito administrativo.
tramitação do processo administrativo fiscal do IPVA
serão observadas, quando couber, as disposições
vigentes na legislação tributária estadual, quanto ao
lançamento efetuado por meio de:

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Seção IV
Da Diligência

Art. 49. A autoridade administrativa, a


requerimento do sujeito passivo ou de ofício, poderá
determinar a realização de diligências ou requisitar
documentos ou informações que forem considerados
úteis ao esclarecimento das questões discutidas no
processo.
Parágrafo único. Durante o prazo de realização
da diligência, que será de até trinta dias, fica
suspensa a contagem dos prazos previstos nos arts. 47
e 48.

Seção V
Da Vista dos Autos

Art. 50. É assegurado ao sujeito passivo o direito


de vista dos autos no órgão fazendário onde o processo
tramitar, sendo permitido o fornecimento de cópias
autenticadas ou certidões, por solicitação do
interessado, devendo o servidor lavrar termo com
indicação das peças fornecidas, independentemente do
pagamento de taxa.

Seção VI
Da Parte do Crédito Tributário não Impugnado

Art. 51. Se o sujeito passivo concordar apenas


parcialmente com a exigência ou com a decisão de
primeira instância poderá impugnar ou interpor
recurso, conforme couber, apenas em relação à parcela
do crédito tributário contestado, devendo efetuar o
pagamento da parte não contestada.

CAPÍTULO XVII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 55. O Secretário Executivo de Fazenda


poderá estabelecer valor mínimo para efeito de
inscrição do débito do IPVA na Dívida Ativa.
Art. 56. O comprovante de pagamento do
imposto deve ser apresentado à fiscalização, quando
solicitado.
Art. 57-A. Ato do Secretário de Estado da
Fazenda poderá prorrogar a certidão de
reconhecimento de não-incidência ou de concessão de
isenção, independentemente de pedido do
interessado.

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