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Saussure for beginners – W.

Terrence Gordon – Resumo

 Os alunos de Saussure compilaram as notas que tinham das suas aulas e escreveram o
livro Curso de Linguística Geral em 1916;
 Saussure é considerado o pai da linguística moderna;
 A linguística é uma ciência;
 Toda ciência precisa de um método de estudo e de um objeto de estudo;
 O objeto de estudo da linguística é a língua;
 Os métodos de estudos eram o sincrônico e diacrônico;
 A língua é natural (nós chamamos a mesa de mesa porque é assim) ou convencional
(nós chamamos a mesa de mesa porque decidimos chamá-la assim)? - Isso quem
pergunta é Platão
 Qual é a natureza do assunto em estudo linguístico? Qual é o objeto de estudo da
linguística?
 Essa foi a pergunta feita por Saussure que deu o pontapé inicial a seus estudos
linguísticos;
 Essa pergunta foi deixada de lado porque os linguistas estudavam a Linguística ou
Gramática Comparada; uma língua comparando-se com outras, ao invés de estudar a
língua em si;
 A língua era analisada por texto escritos, mas Saussure escolheu analisar a fala;
 Desse modo Saussure criou a dicotomia langue (língua) x parole (fala);
 Para Saussure a língua é composta por signos;
“Anything that tells us about something other than itself is a SIGN.” – W.T.G – Kindle –
posição 159
 NÃO CONFUNDA: Toda palavra é um signo linguístico, mas nem todo signo é uma
palavra; (não fazer essa analogia na prova)
“The linguistic sign does not link a name and a thing, but a concept and an acoustic image” –
W.T.G – Kindle – posição 201
 O signo é composto por duas partes: conceito e imagem acústica;
 O conceito também é chamado de significado, ou seja, o que aquele signo quer dizer;
 O significado é comum a todos, mesmo em línguas diferentes, uma mesa vai sem
sempre uma mesa;
 A imagem acústica é a forma que o signo tem, ela é chamada de significante, o
significante pode mudar conforme as línguas mudam, mas é ele que permite que
criemos uma imagem mental juntamente com um som mental que permite que
transformemos esse signo em fala;
 Assim, o signo é formado pela junção de significado + significante, e ele só é
completo com os dois juntos;
 Com a definição do signo linguístico, Saussure criou dois princípios para explicar
melhor essa definição;
1. O signo linguístico é arbitrário
2. O significante tem um aspecto linear
 Arbitrariedade do signo: arbitrariedade significa aquilo que é determinado pela
escolha, o que é arbitrário é a conexão do significante e significado, ou seja, o
significado tem que ser ligado a um significante, mas esse significante pode mudar de
língua para língua, o mar vai continuar sendo o mar, se chamarmos de M-A-R ou S-E-
A, o significante que vai se conectar com o significado depende do idioma em que ele
se encontra, cada idioma tem seus próprios signos, se o signo não fosse arbitrário só
existiria uma língua;
 IMPORTANTE: o signo não é arbitrário para os falantes, ou seja, o falante não pode
do nada começar a chamar a cadeira de babuíno, a cadeira é a cadeira e isso já é
determinado pela língua;
 Linearidade do significante: o significante é linear, ele ocorre como uma frase, um
depois do outro e não ao mesmo tempo, não se pode realizar dois sons ao mesmo
tempo, e nem dois significantes, é possível realizar vários significantes, mas eles são
produzidos um depois do outro como em uma linha;
“The big difference between the linearity od the SIGNIFIER and the arbitrariness of the
SIGN is that the first is like a chain, but the second is just one link.” – W.T.G – Kindle –
posição 266
 O signo linguístico é ao mesmo tempo imutável e mutável;
 Imutabilidade do signo: ele é imutável porque os falantes não podem sair por aí
mudando os signos que existem, como eu disse, a cadeira é a cadeira e não podemos
começar a chamar ela de babuíno;
 Língua é um fato social, uma instituição social, porque o indivíduo depende da
comunidade social em que se encontra para que a troca de conceitos seja feita;
Exemplo: se A fala inglês e B não, B pode entender os sons, mas não vai entender o
que significam, comunicação não é feita;
Exemplo 2: macaxeira significa mandioca, mas se B não sabe disso ele não vai
entender o que A quis dizer, qual informação quis passar;
 Por isso, a comunidade linguística e social em que o falante/indivíduo vive dita as
regras da comunicação;
 Mutabilidade do signo: ao mesmo tempo que o signo é imutável, ele pode ser
mudado sim, mas essa mudança tem que ocorrer de maneira natural e com a
concordância de toda aquela comunidade linguística, como por exemplo, vossa mercê
que se tornou você;
 Bom, como vimos, a ciência precisa de um método e de um objeto: o objeto de estudo
da linguística é a língua, já o método de estudo pode ser sincrônico ou diacrônico;
 O método sincrônico: é o estudo da língua em um período específico do tempo, ou
seja, vai estudar, observar e analisar os signos e objetos linguísticos em um
determinado período de tempo, observando seu estado, sem interferência de sua
evolução no tempo;
 O método diacrônico: é o estudo da língua através do tempo, em que se estudo um
objeto linguístico e como ele evoluiu durantes período de tempos mais largos;
Exemplos:
1. Estudo sincrônico: estudar que a palavra você é um pronome de tratamento de segunda
pessoa, mas com a conjugação verbal em terceira pessoa;
2. Estudo diacrônico: estudar que vossa mercê evoluiu para vosmecê que evoluiu para
você que evoluiu para cê...
“SYNCHRONIC ANALYSIS must be confined to one point of view in order to show the
whole language system. By contrast, a DIACHRONIC ANALYSIS traces the evolution of
language, looking not at the whole system but at individual elements of it at different times.”
– W.T.G. – Kindle posição 329
“SYNCHRONIC LINGUISTICS deals with logical and psychological relations that link
coexisting terms in a system; DIACHRONIC LINGUISTICS deals with terms that replace
one another as a system evolves, but which do not form a system themselves.” – W.T.G –
Kindle – posição 355
 Saussure afirma que o Sistema da língua é tão concreto quanto o da fala, e que os
signos linguísticos são objetos reais;
 É a conexão entre o significante e o significado que faz com que o signo seja
concreto;
 A língua é composta por unidades linguísticas: essas são os “cortes” que fazemos na
cadeia de sons, assim, podemos dar uma significação aquela forma
Exemplo: We can’t air it out / We can tear it out – é muito fácil ver essa diferença quando
está escrita, mas não tão fácil quando escutamos um som, por isso, somente quando
separamos um som do outro e damos uma significação para cada som que formamos uma
unidade linguística, ou seja, é nossa mente, nosso conhecimento de mundo e da nossa própria
língua (ou outra língua) que faz com que nós entendamos o que o outro falante está dizendo,
por que nós “cortamos” a cadeia fônica;
 NÃO CONFUNDA: as unidades linguísticas não são palavras, elas podem ser
maiores ou menores que uma palavra, como “manga-s” e “não há de que”;
*AQUI W.T.G toma os signos como unidades linguísticas;
 Saussure que a língua é um sistema baseado completamente em oposições entre as
unidades concretas;
 Para entender o que são essas unidades concretas é preciso entender a natureza de
identidade e valor;
 Identidade linguística: a identidade linguística é o que nos permite reconhecer aquela
unidade mesmo que a entonação/sotaque/enunciação seja diferente;
Exemplo: Did you / Did ya / Didja – reconhecemos o you como signo em todas as unidades
apesar das variações da pronúncia;
 A identidade sincrônica é separável do valor sincrônico:
Exemplo: em um jogo de xadrez o que dá valor à peça do cavalo não é sua forma, mas sim o
modo como ela se comporta em relação ao jogo e as outras peças, se você não achar o cavalo
e substitui-lo por uma pedra, ele vai ter o mesmo valor contanto que se comporte do mesmo
modo que o cavalo;
“The function of language is not to create a sound medium for the expression of thought but
to mediate between thought and sound, so that the link between the will result in mutually
determined units.” – W.T.G – Kindle – posição 437
 O som e pensamento são tão inseparáveis quando dois lados de um papel;
 O valor linguístico só ocorre em função das relações entre os signos;
 Dois tipos de significação:
1. Pertence ao signo sozinho, analisado individualmente;
2. O outro se forma do contraste entre os signos;
 Esse segundo é o valor linguístico, o significado do signo quando contrastado a outros
signos;
“Sounds and ideas are like the bread and the money. If you are a baker, there is no point in
exchanging your bread with another baker. If you are hungry, there is no point in exchanging
your money for somebody else’s. If you have an idea to get across, you can’t do it with
another idea. Ideas have to be exchanged for sounds, and sounds have to be exchange for
ideas, if speakers are to communicate MEANING” – W.T.G – Kindle – posição 463
 Saussure explica dois aspectos do valor linguístico: o conceitual e o material
 Aspecto conceitual: O valor de um signo se dá quando ele é contrastado com outro em
relação ao seu significado e significante, aquele signo especifico só tem o valor
daquele signo especifico porque ele significa o que ele significa e tem o significante
que ele tem, por exemplo, lake, só tem valor porque ele significa lakei e não significa
ocean, creek river, e não tem o significante de fake, bake, take;
 Valor material:
“O linguista afirma que não é o som que importa, mas as diferenças que permitem distinguir
um termo do outro. No caso do aspecto material, o valor está presente pela oposição negativa
e relativa dos fonemas.” – R.S.V.Rodrigues - SAUSSURE E A DEFINIÇÃO DA LÍNGUA
COMO OBJETO DE ESTUDOS - pág 11
 Algumas línguas permitem que essa produção seja mais livre e outras não;
Exemplo: caro e carro tem sons diferentes e significados diferentes;
“Quando a alteração na produção pode afetar o valor do termo, a língua não permitirá sua
produção indiscriminada.” – R.S.V.Rodrigues - SAUSSURE E A DEFINIÇÃO DA LÍNGUA
COMO OBJETO DE ESTUDOS - pág 11
 Formas linguísticas = significante: não consistem em sons, pois os sons são
produzidos pela fala;
“Minimal pair (like did you, did ya) show us how linguistic forms function to give meaning
by contrasting with each other.” – W.T.G – Kindle – posição 480
“A LINGUISTIC FORM has no substance, no presence, no positive qualities to give it
substance or presence. It consists of the differences that separate it from all other forms. The
language SYSTEM requires only differences.” – W.T.G – Kindle – posição 483
 As variações na pronúncia (sotaque/entonação) não afetam a comunicação;
 O conceito e a imagem acústica têm valor negativo, enquanto que como signos
comparados uns com os outros e com essas restrições fonéticas, são positivos;
 Por isso que o signo só é considerado com valor quando comparado a outros, porque
ele só tem valor POSITIVO com essa oposição;
 Relações lineares: são signos complexos, com sequencias lineares de 2 ou mais
componentes: mouse-trap (2), mouse-traps (3), the mouse-traps (4), set the mouse-
traps (5);
 Relações não lineares: são associações de forma ou significado ou os dois, que os
falantes automaticamente fazem pra qualquer signo: mouse/mice; mouse/rat;
mouse/house; trap/trapping/trappes;
 As relações lineares pertencem à língua e não à fala;
 Relações lineares fixas: aquelas que não podem mudar, que são fixas na língua e só
tem significado daquele jeito, como expressões idiomáticas: have a cold – não posso
falar have a hot, have a warm;
 Relações lineares livres: são aquelas que podem ser mudadas, tem o mesmo padrão,
mas algumas unidades podem ser substituídas: hot day, cold day, warm day;
*LEMBRAR LITERALMENTE DE ASSOCIAÇÕES DE PALAVRAS, EU FALO
VERDE, A PESSOA FALA GRAMA OU ÁRVORE;
 As associações entre os signos são feitas pela base do significante (lake, bake, fake)
ou significado (lake, ocean, river);
 Essas associações (grupos de palavras) pertencem à língua e não à fala;
 As relações lineares e associações interagem porque elas formam um padrão:
uncover lembra unbend, unscramble, ou recover, discover;
 A relação linear do signo pode ser o un-cover, que significa não (des em português):
descobrir, desdobrar, desembaralhar, e as associações são as semelhanças entre as as
palavras, porque elas começam com un ou terminam com ver;
 Essa relação do uncover em si mesmo é chamada de relação linear interna, ou seja, o
signo pode ter essa relação com si mesmo (interna) ou com outros signos (externa);
 Um signo complexo com uma relação linear interna não é completamente arbitrário:
ele é motivado: ou seja, a relação entre dois signos que formam um (bird + cage =
bird-cage, twenty + one = twenty-one) não é determinado pela escolha, ele surge pela
junção de sois signos simples;
 A relação motivada seria “proposital” pelos falantes;
 Quando o signo é motivado, não arbitrário, ele pertence a um grupo de palavras
associadas: pode ter um padrão se significante ou de significado;
“The principles that Saussure calls LINGUISTIC VALUE and OPPOSITION distinguish
signs from each other; LINEAR REATION in the SIGN and ASSOCIATIONS among
SIGNS bind them together. It is this binding together that limits the arbitrariness of the
LIGUISTIC SIGN – – the principle with which Saussure opened his teaching” – W.T.G –
Kindle – posição 553
 Quando a arbitrariedade é limitada o signo é motivado;
 Signos simples e imotivados: um, dois, três;
 Signos complexos e motivados: vinte-um, vinte-dois, vinte-três;
 A associação entre os signos e as relações lineares nos signos formam a base do
sistema gramatical: automaticamente o falante sabe que existe uma diferença na
associação entre teach/teaches/teaching e teaching/making/trying;
 Existem associações de signficado: teaching/education/instuction – e de significante:
teach/teaching ou making/teaching
 É com a associação de palavras que formamos a base dos grupos gramaticais:
substantivo, objeto, verbo, mas isso são abstrações;
 Uma abstração apresenta a qualidade de algo, mas não é aquela coisa em si mesma, é
o oposto de um objeto concreto;
Exemplo: a ordem das palavras é uma abstração, mas não pode existir ordem de palavras
sem as palavras (objetos concretos) – A leoa persegue o lobo – o lobo persegue a leoa –
ordem diferente = significado diferente (latim não é assim, mas não acho que o Saussure
estava pensando no latim, e sim nas línguas modernas)
“Meaning and grammatical function exist only with the help of specific forms” – W.T.G –
Kindle - posição 579
PS: antes de continuar o resumo do W.T.G vou resumir sintagma e paradigma aqui porque ele
não fala sobre isso;
 São eixos de organização da língua;
 Paradigma: eixo vertical das escolhas dos falantes para expressar suas ideias;
 Sintagma: eixo horizontal, a combinação das escolhas da frase;
Exemplo 1: guarda roupa cheio de roupas, as roupas disponíveis são as escolhas do eixo
paradigmático, e a combinação de duas ou mais peças é o eixo sintagmático;
Exemplo 2: Se quero falar que o dia de hoje está bonito eu posso falar “Hoje o dia está
lindo/bonito/gostoso”: os adjetivos são as escolhas, eixo paradigmático, e a combinação
(junção) dessa frase, é o eixo sintagmático
CONTINUANDO...
 Linguística diacrônica: a visão diacrônica só é possível por causa da mutabilidade
do signo;
 Rastrear e estudar a evolução dos sons é trabalho da diacronia;
 As mudanças fonéticas são completamente regulares: mouse, house, louse, eram
pronunciadas no inglês antigo como hoose, moose, loose, e do mesmo modo que uma
foi afetada as outras também foram, assim como s do latim que virou r;
 As mudanças fonéticas são condicionas pelo contexto: mesmo que sejam regulares as
mudanças fonéticas não afetam TODAS as palavras da língua, em algumas posições
o s do latim continua s;
 Ou seja, as mudanças fonéticas são regulares porque elas têm um sentido, elas
acontecem com varias outras palavras, mas não todas, e o modo como elas vao ocorrer
vai ser natural da língua e não por escolha do falante;
 Mudanças fonéticas podem ser imediadas ou mediadas
 Imeadiadas: mudam de um som pra outra em um pulo: A para Z
 Mediadas: mudam de um som para outro gradualmente: A se torna G que se torna M
que se torna Z
 Existem vários fatores que podem causar uma mudança fonética: raça, geografia, lei
do mínimo esforço, históricas, sociais, políticas;
 Raça: 2 ou mais povos entram em contato;
 Geografia: o povo falante muda sua posição geográfica e isso pode influenciar na
fonética da língua;
 Lei no mínimo esforço: o falante vai tentar diminuir os sons ou produzir sons mais
fáceis, mas não se pode sabe o que é um som mais fácil para aquela comunidade
linguística;
 Históricas: causas históricas podem mudar a fonética de uma língua quando muito
impactantes;
 Socias: as classes sociais produzem sons diferentes de acordo com seu nível social
(escolaridade, politizamento, conhecimento de outras línguas, etc)
 Políticas: instabilidade ou estabilidade politica causam diferentes influencia na língua;
“Saussure offer two cautions in this regard. 1) Political stability and political instability exert
different types of influence on language – – the former in a positive way by allowing external
factors such as royal court, a school, an academy, or literature to affect the language; the latter
in a negative way by diminishing or eliminating such external factor and allowing language to
develop freely. 2) While grammar, being linked to thought, is susceptible to changes in
periods of upheaval, there is no evidence that such periods favor an increase rate of
POHONETIC CHANGE. Conversely, even stable periods of history show language
undergoing PHONETIC CHENGE” – W.T.G. – Kindle – posição 635
 Mais uma causa de mudança fonética pode ser pela presença de um povo nativo cuja
língua foi substituída pela dos recém-chegados, a língua nativa exerce influência sobre
a outra;
 Mas isso também pode ser ligado a questões de influência racial e geografia, não é
uma coisa provada;
 A ultima noção que Saussure dá não é uma explicação, mas sim uma analogia, assim
como as mudanças na moda, não é possível saber como ela se dá, só é possível saber
que depende da imitação;
 As mudanças fonéticas não têm limites: isso ocorre por causa da arbitrariedade do
signo, o quão longe um processo fonético vai chegar é imprevisível, porque o
significante e o significo podem mudar indefinidamente e o signo ainda continuaria
funcionando como signo;
 Uma mudança fonética afeta todas as partes da fala igualmente; não importa o grupo
gramatical, todos os signos estão sujeitos à mudança fonética;
 As mudanças fonéticas alteram fatos sincrônicos: palavras como bitter/bite,
doctor/docile, vacante/vacation, vem da mesma raiz latina, mas as mudanças fonéticas
foram tão grandes que elas não soam mais associadas como palavras de um mesmo
grupo, nem pelo significante, nem pelo significado;
“We are looking at example here of DIACHRONIC CHANGE, but the results show the effect
of such changes on LINGUISTIC VALUE, which is a SYNCHRONIC feature of language” –
W.T.G – Kindle – posição 676
 A Mudança fonética pode ocorrer sem o significado ser perdido;
 A estrutura interna de palavras complexas pode desaparecer como resultado de
mudança fonética: neahgebur = near + dweller = neighbor
“Since they are no longer COMPLEX SIGN, as they were in Old English, they have also lost
their MOTIVATION” – W.T.G – Kindle – posição 690
 Saussure fala que não existem dobramentos fonéticos, em nenhum caso uma palavra
se transformou em duas outras com a mudança fonética, mas Gordon diz que isso está
errado e dá alguns exemplos;
 Alguns linguistas pensam que a diacronia e sincronia devem ser estudadas juntas,
mas se assim o fizermos, não vamos entender a história da língua e nem como ela
ocorre;
 O processo de analogia contrabalança as mudanças fonéticas:
 A analogia linguística pressupõe um padrão, que é regularmente imitado;
 Uma forma analógica é construída pelo modelo de uma ou mais formas de acordo
com uma regra especifica, ou seja, os falantes vao escolher formas linguísticas por
analogia a outras, por exemplo, o plural de cow era kine, mas também podia ser cows,
por analogia, o que faz mais sentido é cows, porque o plural do inglês é marcado pelo
acréscimo de s, então a palavra kine simplesmente foi deixando de ser usada, não
houve uma mudança fonética em que kine virou cows, cows só foi escolhida porque é
uma forma analógica que segue o padrão do acréscimo de s para indicar plural;
 Outro exemplo é a pronuncia de laughter que mesmo que muito parecida com as
palavras daughter e slaughter tem pronuncia diferentes, laughter tem a pronúncia que
tem por analogia a pronúncia de laugh, isso não é uma mudança fonética porque se
não todos os gh teriam que mudar o som para f;
 O processo de analogia é de substituição e não de mudança fonética;
 Analogia é uma força criativa na língua;
 Para a analogia ser feita os falantes tem que entender e estar conscientes das relações
entre as formas linguísticas; o significado aqui é levado em conta
 A mudança fonética ocorre independente do significado
“ANALOGY is part of how language works. That makes it part of language as a
SYSTEM. That makes it part of SYNCHRONIC LNGUISTICS. But ANALOGY gives
results that must be studies as part of DIACHRONIC analysis” – W.T.G – Kindle –
posição 760
 Analogia é o motor da
evolução da linguagem: por
exemplo, crianças que não
sabem as formas “corretas”
das palavras vão testar
várias formas por analogia,
como gived ao invés de
gave, quando essa “teste” é
aceito pela comunidade
linguística existe uma nova
forma, assim, as formas
podem ser criadas pelos
falantes por analogia,
novamente: analogia não é
mudança fonética;
“For Saussure, the process of ANALOGY begins with the interaction of FORM and
MEANING. The general tendency of ANALOGY is to replace older, irregular forms by
regular ones to create COMPLEX SIGNS made up of recognizable parts that can be found in
other complex signs” – W.T.G – Kindle – posição 770
 Esse tipo de criação analógica torna os signos de arbitrários para motivados;
 Ele pode ser feito POR CAUSA da arbitrariedade, mas o resultado final é o signo
imotivado;
 Analogia é uma força maior na evolução da língua do que a mudança fonética: a
analogia é conservativa, ela substitui termos e maneira regular e estabiliza os signos
linguísticos unificando-os nos mesmos grupos de associações que vimos
anteriormente;
 É mais difícil que um significante mude quando ele faz parte de um signo que é
próximo do outro, e pertença a grupos gramaticais próximos: cow/cows, sheep/sheeps,
a chance de cows se tornar outra palavra é pequena, porque ele parece com cow, e com
sheeps;
 A analogia ao mesmo tempo que permite que os signos mudem, também previne isso,
é um paradoxo, por isso ela é mais forte que a mudança fonética;
 Tanto a analogia quanto a etimologia popular operam através do significado: na
analogia a forma antiga tem que ser esquecida para outra tomar o lugar dela, na
etimologia lembrar as formas antigas é que importa;
 Aglutinação: quando palavras separadas quando usadas em combinação se tornaram
uma palavra só: boquiaberta, planalto;
 Aglutinação não é analogia;
 Aglutinação contrasta com a analogia;
 Saussure termina seus estudos diacrônicos lembrando o objeto da diacronia: estudar
os signos através do tempo e diferenciando que a língua mais velha que a outra é
aquela mais perto da forma original;
 Isso também remete ao fato de que não se pode sabe exatamente quando um signo foi
criado e qual sua forma mais antiga, somente pode se saber qual a forma mais antiga
que temos conhecimento;
 Assim ele relembra que o único e verdadeiro da linguística é a língua estuda em si
mesma e por si mesma;

SAUSSURE AT A GLANCE
1. The definition of language (the language system):

2. Comparisons Saussure
makes to help us
understand language and
linguistics:

 A Symponhy: Language is
like a symphony. The reality
of language as a system of
expression is separate from
the use people make of it,
just as the reality of a
symphony is independent of
its performance by
musicians.
 A Dictionary: Language is like a dictionary whose contents are stored in the minds of
speakers. (It is important to remember that not just words are stored in speakers' minds
but everything they need to know--rules for word formation, grammar, etc.--to be able
to communicate.)
 Plant Life: Just as the internal structure of a plant is altered by external factors such as
soil and climate, grammatical structure depends on external factors of linguistic
change.
 Faces and Photographs: Language users attach so much more importance to the
written word than to the spoken word that it is as if one believed that you could know
a person better from looking at her photograph than at her face.
 A Life Belt: This attachment to written language is so strong that taking it away is like
depriving a beginning swimmer of his life belt.
 A Tapestry: The oppositions between sound-images in the language system are like
the visual oppositions between threads of different color in a tapestry.

3. How Saussure describes the concept of linguistic value:

4. Writing and Linguistic Signs:


 Ideographic Writing: In this system, of which Chinese is an example, the linguistic
sign is represented by a unique symbol which is completely different from all the other
symbols of the writing system. It is not related to the sounds of the sign. (If you know
Chinese and you see the character for “cat,” you get the idea, but the shape of the
 Phonetic Writing: In this system, of which English is an example, the linguistic sign
is represented by a symbol (sequence of letters) which is not completely different from
other symbols, because the same letters are used in different combinations for other
words. It is related to the sounds of the sign. It is a link to the sounds of the sign and
through them indirectly linked to the idea it stands for.

5. Saussure’s dualities (in order of presentation):

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