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LEVANTAMENTOS TÉCNICOS
REVISÃO 0 2- FE VE RE IRO/ 20 13
APRESENTAÇÃO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DE OCUPAÇÃO ................................................... 4
DIAGNÓSTICO ............................................................................................................... 7
1.1 Legislação e dados básicos ................................................................................... 7
1.1.1. Localização .................................................................................................... 7
1.1.2. Assentamentos ............................................................................................. 10
1.1.3. Legislação .................................................................................................... 24
1.2 Diagnóstico Conclusivo / Urban Research ........................................................... 40
1.2.1. Cheios e Vazios............................................................................................ 40
1.2.2. Topografia .................................................................................................... 42
1.2.3. Áreas Vazias / Verdes .................................................................................. 47
1.2.4. Hidrografia .................................................................................................... 80
1.2.5. Uso Real (no local) ....................................................................................... 86
1.2.6. Mobilidade e Transporte Público .................................................................. 96
1.3. Conclusão da Análise do Perímetro Morro do S4................................................102
RELAÇÃO DE DESENHOS ........................................................................................ 111
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INTRODUÇÃO
Este primeiro volume do trabalho de Planejamento da Intervenção no Perímetro de
Ação Integrada Morro do S4 visa apresentar os dados coletados e sistematizados para
o item Levantamentos Técnicos constituindo-se, assim, em parte do Diagnóstico da
área.
Como forma de facilitar a descrição dos aspectos apresentados, este relatório foi
estruturado, com exceção do Histórico, a partir e na ordem dos itens descritos no
Termo de Referência:
1.1 Legislação e dados básicos
1.1.1 Localização
1.1.2 Assentamentos
1.1.3 Legislação
1.1.4 Caracterização propriedade
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HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DE OCUPAÇÃO
“No distrito de Capão Redondo, há 50 anos, no bairro da Vila Prel, a área era cheia de
mato, não havia iluminação, escola, saneamento, asfalto, e apenas um ônibus fazia o
transporte para Santo Amaro, centro residencial mais próximo”.¹
A primeira ocupação do Capão Redondo aconteceu nas imediações do Parque Santo
Dias, nas confluências das Avenidas Solidariedade e Marmeleira da Índia com a
Avenida Ellias Maas. A partir de 1915 foi construído ali um grande complexo de
represas que existiu até os anos 1960. Hoje, só é possível visualizar no local, a
COHAB Adventista, as duas avenidas acima citadas e o córrego Moenda, a céu aberto
e extremamente poluído. O bairro surgiu não muito distante de Guavirituba, atual M'Boi
Mirim, nas imediações da Represa Guarapiranga, onde, segundo depoimento oral de
antigos moradores do Jardim Ângela, gente que residia e trabalhava no centro da
capital paulista, se aventurava caçando, pescando e acampando na região
praticamente despovoada dos sertões de Santo Amaro, na segunda década do século
XX. A denominação “Capão” provém de caçadores que avistavam do alto de colinas
um descampado para a prática da caça, farta na região e o nome Capão Redondo
(mata circular), dos seus primeiros moradores, por existir no local um capão de
araucárias, bem redondo, com cerca de “cinquenta quilômetros” de circunferência.
A região da subprefeitura M’Boi Mirim, a partir da década de 60, foi lentamente
ocupada por migrantes de vários estados e do interior paulista que chegavam para
trabalhar nas fábricas que se instalaram em Santo Amaro até a grande explosão
demográfica do final desta mesma década, que torna a ocupação desordenada,
atingindo assim, áreas de risco e de preservação, como a região dos mananciais, por
exemplo. A história de M’Boi Mirim – Jardim Ângela e Jardim São Luís – está
diretamente ligada ao desenvolvimento de Santo Amaro, que primeiramente tornou-se
núcleo responsável pelo avanço do litoral para o interior, sendo, após São Bernardo da
Borda do Campo, a mais antiga fundação não litorânea do governo colonial português,
anterior à fundação de São Paulo, e depois, área de tropeiros que vinham com gado da
região rural de Itapecerica da Serra para matadouros de Santo Amaro. Era a última
etapa antes de atravessarem o Rio Pinheiros, de águas límpidas, com uma vista
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panorâmica privilegiada da cidade de São Paulo, em franca expansão industrial. M´Boi
Mirim, que na língua indígena significa rio das cobras pequenas, teve seu primeiro
processo de ocupação em 1607. Nessa época foram instalados à beira do rio
Pinheiros, próximo à aldeia indígena do M’Boi Mirim, o Engenho de Nossa Senhora da
Assunção de Ibirapuera e a primeira extração de minério de ferro da América do Sul. A
experiência com a extração de minério de ferro durou cerca de 20 anos. Depois disso a
área da antiga aldeia dos índios guaianases ficou praticamente esquecida por 200
anos, servindo apenas como ponto de passagem para os viajantes em direção ao
Embu e Itapecerica da Serra. Foi só em 1829 que se deu o segundo processo de
ocupação do M´Boi Mirim, com a chegada de um grupo de 129 imigrantes alemães,
trazidos para colonizar essas terras. Três anos depois, a região de Santo Amaro, que
incluía a antiga aldeia do M´Boi Mirim, foi elevada à categoria de município. Em pouco
tempo grande parte da batata, marmelada, farinha de mandioca, milho e carne
consumidos em São Paulo e também a madeira, areia e pedras utilizadas nas
construções eram produzidos no novo município. Foi isso que levou à inauguração da
primeira ligação de bondes movidos a vapor, da Cia. Carris de Ferro de Santo Amaro
(1886-1900), entre as duas cidades, em 1.886. No início do século 20, a The São Paulo
Tramway, Light & Power decidiu represar o rio Guarapiranga, afluente do Pinheiros,
para regularizar a vazão do Tietê nos meses de seca. O fato de existir transporte
regular nas proximidades colaborou com a escolha do local para a construção da
represa Guarapiranga. Pessoas eram atraídas para a região nos finais de semana para
praticar caça, pesca e esportes aquáticos. A área onde hoje fica o Jardim Ângela ficou
conhecida como a Riviera Paulista, devido à beleza das margens da represa. Já em
1924, a Estrada de Itapecerica margeia o bairro da Vila das Belezas, que constava
como núcleo implantado pelas famílias Gazzotti, Grassmann e tantas outras que se
avizinhavam ao bairro Jardim São Luiz. Por volta da década de 50, porém, quando a
região do M´Boi Mirim inicia um processo de ocupação muito mais intenso, começa o
desmembramento dos antigos sítios e chácaras em lotes e no auge do processo
industrial, diversas vilas começam a surgir na zona sul.
Nossa área de intervenção, Morro do S4, inserida nas subprefeituras Campo Limpo e
M’Boi Mirim, em parte dos distritos Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luiz,
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possui, atualmente, 33 núcleos de ocupação, entre favelas e assentamento irregulares.
Esta ocupação iniciou-se com o Jardim Imbé II, uma das 21 favelas hoje consolidadas,
na década de 60 e se intensificou entre os anos de 1970 e início de 1980.
Fontes: Prefeitura de São Paulo, Subprefeitura Campo Limpo, Subprefeitura do M'Boi Mirim.
1- Silva, Marco Antônio Teixeira, Dissertação de Mestrado: O ambiente Fluvial das Várzeas no Espaço da Metrópole: a Bacia
Pirajuçara na Metropolização de São Paulo.
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DIAGNÓSTICO
1.1 Legislação e dados básicos
1.1.1 Localização
Município, Zona, Subprefeituras, Distritos, Bairros e Bairros Vizinhos
O Perímetro de Ação Integrada especificado no Programa Renova SP, da Secretaria
Municipal de Habitação – SEHAB e denominado “Morro do S4”, localiza-se na Zona Sul
do Município de São Paulo e nas Regiões Administrativas – Subprefeituras – Campo
Limpo e M’Boi Mirim. Possui uma área de 3.878.495 m² e ocupa parte dos Distritos
Capão Redondo – SPCL e Jardins São Luís e Ângela – SPMB. (mapa 01a)
Os bairros descritos identificados no mapa não se constituem administrativamente.
A área está inserida na microbacia do córrego dos Freitas, sub-bacia do córrego Morro
do S, afluente do rio Pinheiros, que desempenha papel de destaque na
macrodrenagem de São Paulo por conta de ser tributário de um curso d´água
controlado por estruturas de grande relevância para o controle de cheias de toda a
bacia do Alto Tietê.
Faz limite com a área de proteção de manancial. O acesso desta área se dá pelas vias
Itapecerica e pela M’Boi Mirim, sendo a centralidade mais próxima o bairro de Santo
Amaro.
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Carlos Caldeira Filho, R. Orfeu da Conceição, R. Dr. Gabriel Costa, R. Roberto Romão
de Moraes, Est. de Itapecerica, R. Amâncio Pedro de Oliveira, R. Jacamar, R. Sta.
Archélia, R. Thereza Mouco de Oliveira, Av. Fim de Semana, R. Antônio Ramos Rosa,
Av. Cândido José Xavier, R. José Joaquim Gonçalves, meio de quadra à direita até a
R. Mercedes Nasser Sabbag, R. Mercedes Nasser Sabbag, R. Deocleciano Oliveira
Filho, R. Moacir Costa Rifano, R. Com. Antunes dos Santos, R. Claudio Milano, R. João
Campelo de Moraes, R. Rubens Ayrolla, Est. do M’Boi Mirim até o ponto inicial. (mapa
01b)
Os bairros que integram o PAI – Morro do S4 são: Jd. Oliveira, Vl. Prel, Vl. Brasil, Vl.
Maracanã, Jd. Germânia, Cid. Fim de Semana, Jd. Nova Germânia, Jd. Capelinha, Jd.
Lília, Jd. Jobar, Jd. Campo de Fora, Pq. Santo Antônio, Jd. Duprat, Jd. Guaporé, Jd.
Antonieta, Jd. Sandra, Pq. S. Antônio, Jd. Lídia, Pq. Claudia, Jd. Diomar, Jd. São Judas
Tadeu, Jd. Ester, Jd. Vaz de Lima, Jd. Três Estrelas, Jd. Vanda, Jd. Imbé, Vl. Guiomar,
Jd. Vera Cruz,Jd. Remo, Jd. Clarice, Jd. Antonieta, Jd. Mariane e Jd. Ibirapuera e os
bairros vizinhos, são: Pq. Cristina, Jd. São José, Jd. Analícia, Jd. Manoelo, Jd. Boa
Esperança, Jd. Gismar, Pq. Residencial Bandeirantes, Pq. Maria Helena, Cid.
Madureira, Jd. Avenida, Jd. Atlântico, Jd. São Vítor, Jd. Laranjal, Pq. Arariba, Vl.
Nova das Belezas, Vl. Das Belezas, Vl. Olga, Jd. Casa Blanca, Jd. Brasília, Cohab
Promorar São Luiz, Pq. Said Murad, Pq. Otero, Jd. Vale da Ribeira,Jd. Tomás, Vl.
União, Vl. Remo, Jd. Maria Alice, Vl. Dona Meta, Estância Tangará e Jd. Santa Zélia.
(mapa 01c)
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1.1.2 Assentamentos
Favelas, Loteamentos Irregulares, Núcleos Urbanizados e Empreendimentos
Habitacionais.
A área em questão esta na sub-bacia do córrego do Morro do S, e compreende a
microbacia do córrego Freitas. Foram identificados no Perímetro de Intervenção um
total de 35 assentamentos precários sendo que 23 são favelas (65,7%), 2 loteamentos
(5,7%), 7 núcleos urbanizados (20%) e 3 empreendimentos habitacionais (8,6%).
Quanto à distribuição dos domicílios, temos um total de 9.914 domicílios, sendo que
majoritariamente ocupados precariamente. São 7.664 em favelas (77,3%), 1.950 em
loteamentos irregulares (19,7%), 123 em núcleos urbanizados (1,2%) e 177 em
empreendimentos habitacionais (1,8%). Os assentamentos podem ser classificados em
3 tipologias:
Favelas em beira de córrego
Favelas sem condicionante ambiental (APP)
Assentamentos consolidados
Entre as tipologias encontradas predominam as favelas em beira de córrego. São 13
assentamentos (37,1% do total) com 6.444 domicílios, que representam 65% do total
de domicílios na área. É também nessa tipologia que estão as áreas com maior
densidade, uma média de 205 dom/ha.
A partir do cruzamento dos dados relativos ao meio físico é possível perceber que a
maior parte destes assentamentos estão localizados no fundo de vale, na planície de
inundação do córrego Freitas. Desta forma muitos assentamentos possuem áreas de
risco em seu interior. As favelas que apresentam áreas de risco de inundação são:
Jardim Capelinha / Nuno Roland, Jardim Campo de Fora / Santo Antônio, Jardim
Germânia e Vaz de Lima / Santo Dias / Jardim Lídia.
Predominam nessas áreas edificações em alvenaria, bastante consolidadas, com 2
pavimentos sendo que a ocorrência de edificações de 3 pavimentos também é
expressiva. Com relação à forma de ocupação dessas áreas encontramos duas
situações, a primeira quando os lotes estão voltados para o córrego utilizando-o como
via de acesso e a segunda quando os lotes são voltados para a rua, e o fundo para o
córrego. Essas edificações são construídas lindeiras ao leito, praticamente
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canalizando-o e deixando pouca ou nenhuma área permeável. Quanto mais próximas
do córrego apresentam maior precariedade, com problemas de infraestrutura, com
lançamento direto do esgoto doméstico, salubridade e acesso, por vielas estreitas.
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Para urbanização dessas áreas deverão ser considerados os seguintes percentuais de remoção:
Tabela Características dos assentamentos da Tipologia 1
área do número
nº fração densidade % de
Sub Prefeitura nome tipo assentamento APP domicilios para prioridade
domicílios ideal m² (dom/ha) reassentamento
(m²) reassentamento
Campo Limpo Jd. Campo de Fora II favela 13.226 236 X 56,04 178 20 48 1
M'Boi Mirim Jd. Fim de Semana favela 124.845 2080 X 60,02 167 15 312 4
M'Boi Mirim Jd. Fim de Semana II favela 2.455 50 X 49,10 204 15 8 4
M'Boi Mirim Jd. Fim de Semana III favela 4.541 80 X 56,76 176 10 8 4
sem
M'Boi Mirim Jd. Fim de Semana IV favela 569 14 X 40,64 246 sem informação sem informação
informação
Campo Limpo Jd. Germânia favela 11.674 160 X 72,96 137 30 48 1
M'Boi Mirim Jd. Maracanã favela 14.763 285 X 51,80 193 15 43 4
M'Boi Mirim Pq. S. Antônio V favela 3.329 60 X 55,48 180 10 6 3
M'Boi Mirim Pq. S. Antônio VI favela 28.234 500 X 56,47 177 55 275 3
Vaz de Lima/ Santo Dias/
Campo Limpo favela 73.548 1.050 X 70,05 143 30 315 2
Jd. Lídia
Jd. Campo de Fora/ Jd. S.
M'Boi Mirim favela titulada 49.282 1.276 X 38,62 259 50 638 1
Antônio
Jd. Capelinha/ Nuno
Campo Limpo favela titulada 9.802 189 X 51,86 193 15 29 1
Roland
M'Boi Mirim Jd. Imbé II favela titulada 31.466 464 X 67,81 147 50 232 2
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Córrego dos Freitas – Vaz de Lima
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Jardim Campo de Fora / Santo Antônio, viela à Rua Calil Jorge Calixto
A segunda tipologia é representada por favelas que não estão em beira de córrego, são
10 assentamentos (28,6 % do total) com 1.220 domicílios. São áreas que ainda não
estão totalmente urbanizadas, apresentando carência de infraestrutura e serviços
públicos, além de alta densidade de ocupação, que em média é de 173 domicílios por
hectare. Neste sentido, devem ser consideradas no cálculo do déficit as remoções para
desadensar áreas críticas melhorando os acessos e as condições de salubridade e
habitabilidade, além das remoções necessárias para implantação de infraestrutura.
Predominam nessas áreas edificações de até dois pavimentos, em alvenaria, na
maioria consolidadas, mas apresentando ainda edificações precárias. O acesso para
as casas dentro dos assentamentos se dá por meio de vielas irregulares.
Santo
Antonio IV
14
Jardim Santo Antônio IV
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Jardim Campo de Fora III
As favelas Jardim Capelinha / Nuno Roland, Jardim Campo de Fora / Santo Antônio,
Jardim Antonieta / Jardim Santo Antônio e Jardim Imbé II já são tituladas
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O grupo de assentamentos consolidados é composto por 2 loteamentos (5,7%) com
1.950 domicílios, 7 núcleos urbanizados (20%) com 123 domicílios e 3
empreendimentos habitacionais (8,6%) com 177 domicílios. Os 12 assentamentos
precários classificados nesta tipologia estão totalmente urbanizados e integrados à
malha urbana, não necessitando de nenhuma obra de urbanização ou remoção. Neste
caso, a única intervenção necessária se refere à regularização fundiária dos lotes. Nos
núcleos e loteamentos predominam edificações auto construídas em alvenaria,
consolidadas e com uma média de 2 pavimentos. A tipologia dos empreendimentos
habitacionais é de lotes e as edificações acompanham o padrão construtivo do bairro.
Sub nome tipo área do nº fração % de numero prioridade
Prefeitura assentam domi ideal reassentamen domicilios
ento cílios m² to para
(m²) reassentame
nto
Campo Calil Jorge núcleo 771 25 324 0 0 4
Limpo Calixto urbanizado
M'Boi Concerto núcleo 1.413 30 212 0 0 4
Mirim Italiano urbanizado
M'Boi Jd. Mariane núcleo 739 6 81 0 0 4
Mirim urbanizado
Campo Manoel Dias núcleo 1.095 28 256 0 0 4
Limpo Souza urbanizado
Campo Miguel Lopes núcleo 1.267 11 87 0 0 4
Limpo urbanizado
Campo Teodoro núcleo 1.304 15 115 0 0 4
Limpo Ardemans urbanizado
M'Boi Manoel núcleo 316 8 253 0 0 4
Mirim Negreiros urbanizado
M'Boi Remo loteamento 20.971 79 38 0 0 4
Mirim irregular
M'Boi S. Antônio loteamento 858.092 1.871 22 0 0 4
Mirim irregular
M'Boi Jd. S. Antônio empreendimen nda 99 sem sem 4
Mirim I to habitacional informação informação
M'Boi Jd. S. Antônio empreendimen 53 sem sem 4
Mirim II to habitacional informação informação
M'Boi Jd. S. Antônio empreendimen 25 sem sem 4
Mirim III to habitacional informação informação
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Loteamento Santo Antonio, Google street view 2012
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Núcleo Urbanizado Miguel Lopes, Google street view 2012
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Empreendimento Habitacional Santo Antônio, Google street view 2012
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Conforme dados obtidos pelos setores censitários a partir do censo 2010, existem
7.432 domicílios em 19 aglomerados subnormais. Ao sobrepor os setores censitários
ao mapa de assentamentos precários podemos observar que todos os aglomerados
correspondem às áreas demarcadas como favelas, mas não representam a totalidade
do universo, pois existem mais favelas demarcadas. Quanto ao número de domicílios,
o IBGE apresenta uma densidade maior que os dados do habisp, que para 23 áreas
contabiliza um total de 7.664 domicílios.
Definição
. Favelas
Núcleos habitacionais precários, com moradias autoconstruídas, formadas a partir da
ocupação de terrenos públicos ou particulares. Estão associados a problemas da posse
da terra, a elevados índices de precariedade ou à ausência de infraestrutura urbana,
serviços públicos e a população com baixos índices de renda. (Suzana Pasternak –
USP)
. Loteamentos Irregulares
Núcleos habitacionais em áreas com projeto e parcelamento aprovados, porém em
desacordo com as exigências físicas, jurídicas ou administrativas. As situações de
irregularidades podem ser:
- técnicas: são relativas ao cumprimento das diretrizes do parcelamento, uso e
ocupação sintetizados no ato de aprovação;
- físicas: são relativas á implantação do loteamento e às condições de dotação de infra
estrutura conforme a respectiva aprovação;
- jurídicas: são relativas à garantia do direito de propriedade, inerentes á forma de
aquisição, à destinação e à localização do terreno;
- administrativas: são relativas às condições de registro do parcelamento e ao seu
cadastro. Permitem o controle da ocupação do solo, da circulação e dos serviços
urbanos. (IPEA, 2002: 142)
21
. Núcleos Urbanizados
É um conceito relacionado a uma favela que já recebeu infraestrutura, mas ainda não
está regularizada juridicamente. (A Cidade Informal no Século 21 – XXI - Arquitetos
Anália Amorim, Ciro Pirondi, Ruben Otero)
. Empreendimentos Habitacionais
A habitação popular não deve ser entendida meramente como um produto e sim como
um processo, com uma dimensão física, mas também como resultado de um processo
complexo de produção com determinantes políticos, sociais, econômicos, jurídicos,
ecológicos, tecnológicos e deve ir além da unidade habitacional para cumprir suas
funções. É necessário que seja considerada de forma mais abrangente,
compreendendo: serviços urbanos - atividades desenvolvidas no âmbito urbano que
atendam às necessidades coletivas de abastecimento de água, coleta de esgotos,
distribuição de energia elétrica, transporte coletivo, etc.; infraestrutura urbana – redes
físicas de distribuição de água e coleta de esgotos, redes de drenagem, redes de
distribuição de energia elétrica, comunicações, sistema viário, etc.; equipamentos
sociais – edificações e instalações destinadas às atividades relacionadas com
educação, saúde, lazer, etc. (ABIKO, 1995)
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1.1.3. Legislação
Uso e Ocupação do Solo, Desenvolvimento Urbano e Rede Estrutural Hídrica
Ambiental.
O território do Município de São Paulo, conforme estabelecido no Plano Diretor
Estratégico – PDE, Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2002 está dividido em duas
Macrozonas complementares: a Macrozona de Proteção Ambiental e a Macrozona de
Estruturação e Qualificação Urbana.
O PAI – Morro do S4 situa-se na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, no
limite desta com a Macrozona de Proteção Ambiental.
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Macrozoneamento
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O PAI – Morro do S4 situa-se na Macroárea de Urbanização e Qualificação, ocupada
majoritariamente pela população de baixa renda, caracterizada por apresentar
infraestrutura básica incompleta, deficiência de equipamentos sociais e culturais,
comércio e serviços, forte concentração de favelas e loteamentos irregulares, baixas
taxas de emprego e uma reduzida oportunidade de desenvolvimento humano para os
moradores.
As Zonas de Usos estabelecidas nos PREs CL e MB, na área do PAI, são: Zona Mista
de Média Densidade – ZM-2, Zona Mista de Alta Densidade – ZM-3a, Zona de
Centralidade Polar – ZCP, Zona de Centralidade Linear ZCL, Zona de Centralidade
Linear de Proteção Ambiental – ZCLp e Zona Especial de Interesse Social – ZEIS.
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Nas Zonas centralidade linear – ZCL foram demarcadas nos lotes com frente para
trechos de vias e a classificação ZCLp - Zona de Centralidade Linear de Proteção
Ambiental – ZCLp são os lotes com frente para trechos de vias internos ou lindeiros à
Macrozona de Proteção Ambiental numa faixa de 40m (quarenta metros) medidos a
partir do alinhamento, destinados à atividades típicas de centros regionais,
caracterizados pela coexistência entre os usos não residenciais e a habitação, porém
com predominância de usos não residenciais compatíveis e toleráveis.
O gabarito permitido máximo é de 15m de altura máxima para as edificações e não
será exigido recuo mínimo de frente quando no mínimo 50% (cinqüenta por cento) da
face de quadra em que se situa o imóvel esteja ocupada por edificações no
alinhamento do logradouro, no levantamento aerofotográfico do Município de São
Paulo, de 2000. Este parâmetro também inclui as Zonas de Centralidade Polar.
As Zonas centralidade polar – ZCP foram demarcadas também em porções do território
da zona mista destinadas à localização de atividades típicas de áreas centrais ou de
subcentros regionais.
Todos os zoneamentos estão vinculados ao uso e ocupação, tendo parâmetros
diversificados para cada uso proposto. No caso das ZEIS, que também tem destinação
específica e normas próprias de uso e ocupação do solo e edilícias, elas estão
divididas em: ZEIS 1 que corresponde as favelas e os loteamentos precários e ZEIS 2
que indica as áreas vazias ou subutilizadas.
Segundo o PDE, a maior parte da área possui zoneamento misto, de alta densidade
na porção pertencente a Campo Limpo e de média densidade na porção pertencente a
Subprefeitura de M’ Boi Mirim.
O coeficiente de aproveitamento básico é de 1,0 e o máximo varia de 2 a 2,5 na área
do PAI – Morro do S4 conforme pode ser visto nos índices definidos por cada Zona:
a) para a ZM-2 – mínimo igual a 0,20, básico igual 1,00 e máximo até o limite de 2,00;
b) para as ZM-3a, ZCP-a e ZCL-a – mínimo igual a 0,20, básico igual a 1,00 e máximo
até o limite de 2,50;
c) para as ZEIS 1 e ZEIS 2 – mínimo igual a 0,20, básico igual a 1,00 e máximo até o
limite de 2,50.
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Conforme inciso I do artigo 142 da lei nº 13.430/2002 – PDE, nas ZEIS 1 e ZEIS 2, a
concessão do direito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico até o
limite do coeficiente de aproveitamento máximo de 2,5 será gratuita, tanto para a
produção de HIS e HMP quanto para os demais usos, inclusive HMP, nos imóveis em
que for exigida a destinação de 80% (oitenta por cento) do total de área construída
computável a ser edificada para HIS e HMP, conforme inciso II do artigo 138 desta lei.
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ZEIS
Na categoria de ZEIS existem na área de estudo dois tipos: ZEIS 1 e ZEIS 2. Conforme
estabelecido no PDE de 2004, as ZEIS 1 são áreas ocupadas por população de baixa
renda, abrangendo favelas, loteamentos precários e empreendimentos habitacionais de
interesse social ou do mercado popular, em que haja interesse público expresso por
meio desta lei, ou dos planos regionais ou de lei especifica, em promover a
recuperação urbanística, a regularização fundiária, a produção e manutenção de
Habitações de Interesse Social – HIS, incluindo equipamentos sociais e culturais,
espaços públicos, serviço e comércio de caráter local. Como ZEIS 2 foram demarcadas
áreas com predominância de glebas ou terrenos não edificados ou subutilizados,
conforme estabelecido nesta lei, adequados à urbanização, onde haja interesse
público, expresso por meio desta lei, dos planos regionais ou de lei especifica, na
promoção de Habitação de Interesse Social - HIS ou do Mercado Popular – HMP,
incluindo equipamentos sociais e culturais, espaços públicos, serviços e comércio de
caráter local.
Os assentamentos precários encontrados na área foram demarcados como ZEIS 1 e
por isso apresentam condições legais para sua consolidação e regularização. Há
necessidade de adequação de alguns polígonos, e inserção de outros, ainda não
incluídos como ZEIS 1, como as favelas Jardim Fim de Semana e Jardim Fim de
Semana IV, Parque Santo Antônio VI, Jardim Lilia, Jardim Duprat e Jardim Imbé I.
Outras áreas como Jardim Capelinha, Jardim Campo de Fora/Santo Antonio, Jardim
Germânica, Jardim Campo de Fora II, Jardim Imbé II embora estejam demarcadas
como ZEIS I, estão situadas dentro da área de preservação permanente do Córrego.
Nestes casos, mesmo que amparadas pela Lei federal no 11.977, de 7 de julho de
2009, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e que permite a
regularização fundiária de interesse social em APP - Áreas de Preservação
Permanente, para que sejam consolidadas, será necessário elaborar um estudo mais
aprofundado no âmbito da sub-bacia e verificar a viabilidade da permanência destas
famílias nestas áreas, sem riscos de vida para a população e sem comprometer o
sistema de drenagem na sub bacia.
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Como ZEIS 2 temos no perímetro de estudo apenas uma área demarcada. Trata-se de
um terreno vazio com aproximadamente 965 mil m2. Este terreno é muito importante
para viabilizar o reassentamento de famílias que deverão ser removidas das áreas
frágeis e de risco, evitando o deslocamento destas famílias para áreas distantes de seu
local de moradia atual.
Existe também uma área subutilizada que está demarcada como ZEIS 1 com área de
aproximadamente 22 mil m2 e que deveria ser demarcada como ZEIS 2, dando
coerência ao conceito definido pela legislação.
32
(AIU’s). A AIU é um perímetro delimitado no território onde podem ser estabelecidos
parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados e onde podem ser aplicados
instrumentos urbanísticos tais como a transferência do direito de construir com
regras específicas, destinadas à viabilização da implantação do Parque Linear e
consequente recuperação do fundo de vale.
No entanto, o instrumento em conceito, tem como elemento estruturador a rede hídrica,
com objetivos muito mais amplos do que aqueles que poderão ser atingidos por meio
da implantação dos Parques Lineares, que pode ser encarado como um instrumento
para recuperar e conservar os fundos de vale. Eles podem desempenhar funções
urbanas importantes, seja como área verde e/ou equipamento público.
No total do município são 48 Parques Lineares que também são AIU e que permitem
então uma ação conjunta entre poder público e iniciativa privada para a implantação do
Parque Linear. O Parque Linear têm características diferenciadas de um parque
convencional por estar associado à Rede Hídrica. Nesse sentido, deve-se sempre
buscar a implantação de espaços visando dar uma continuidade a caminhos verdes e à
cobertura vegetal e arborização ao longo do curso hídrico, combinando espaços onde a
zona equipada pode ter maior área, se assemelhando a um parque nuclear
convencional, e espaços onde a faixa é mais estreita, limitando-se a áreas de
preservação da mata ciliar e caminhos verdes, quando possível. A continuidade no
tratamento da paisagem ao longo do curso hídrico visa não apenas a recuperação
ambiental, que pode não ser possível em toda a margem e planície aluvial, mas
também a valorização dos cursos d’água como elemento estrutural.
É importante verificar se neste caso especifico, a AIU Caminho Verde, localizada no
ribeirão Morro do “S”, no trecho paralelo à Avenida Carlos Caldeira Filho é somente, a
implantação de um caminho verde ao longo do Córrego dos Freitas, dentro do PAI ou
se, se pretende uma intervenção mais estrutural de recuperação do leito d´água
existente.
As nascentes estão presentes no perímetro e, provavelmente estão deslocadas e
descaracterizadas quanto a sua função ambiental. É necessário, na etapa de projeto
urbano realizar um levantamento destas áreas para buscar soluções de projetos para a
33
recuperação das mesmas que fossem mais estruturais e não pontuais. Os leitos de
água estão ocupados por moradias precárias.
Na faixa lindeira a Estrada de Itapecerica existe uma AIU – área de intervenção urbana.
Pretende-se com este zoneamento a readequação urbana no entorno de toda a
extensão da linha do metrô (150m) e expansão e consolidação da rede hídrica
ambiental da região e a faixa lindeira à estrada de Itapecerica.
Nessa região o objetivo é a readequação urbana no entorno de toda extensão da linha
do Metrô Capão Redondo – Largo 13, entre as estações João Dias, passando por Vila
das Belezas, Campo Limpo, até atingir o terminal Capelinha, onde será implantado o
Centro Educacional de Curso Técnico e Superior
Instrumentos Urbanísticos
Não está previsto para o perímetro nenhum outro tipo de instrumentos urbanístico, uma
vez que não há muitos terrenos vazios e subutilizados não haveria necessidade de
Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória. No entanto, o instrumento de
preempção, poderia ser aplicado em terrenos com área maior que mil metros
quadrados para suprir a carência de equipamentos públicos na área do entorno
imediato ou até mesmo para acompanhar a valorização imobiliária que possivelmente
ocorrerá após a execução das obras de urbanização.
A demarcação de preempção na ZEIS 2 existente e na que está sendo proposta nesta
etapa também poderia ajudar no processo de urbanização. O levantamento de dividas
das áreas demarcadas como ZEIS 2 de propriedade privada também podem facilitar
um processo de ação em pagamento ou mesmo de desapropriação.
34
DESCRIÇÃO DOS PERÍMETROS
35
No território da subprefeitura M’Boi Mirim:
MB ZM-2/01
Inicia-se na confluência da Av. Com. Sant'Anna com a divisa entre a subprefeitura
Campo Limpo e a subprefeitura M’Boi Mirim, segue pela divisa entre a subprefeitura
Campo Limpo e a subprefeitura M’Boi Mirim, Est. de Itapecerica, R. Baldomero
Carqueja, Av. Carlos Caldeira Filho, R. Orfeu da Conceição, R. Dr. Gabriel Costa, R.
Roberto Romão de Moraes, Est. de Itapecerica, R. Amâncio Pedro de Oliveira, R.
Jacamar, R. Sta. Archélia, R. Thereza Mouco de Oliveira, Avenida Fim de
Semana, Rua Antônio Ramos Rosa, Av. Cândido José Xavier, R. José Joaquim
Gonçalves, meio de quadra à direita até a R. Mercedes Nasser Sabbag, R. Mercedes
Nasser Sabbag, R. Deocleciano Oliveira Filho, R. Moacir Costa Rifano, R. Com.
Antunes dos Santos, R. Claudio Milano, R. João Campelo de Moraes, R. Rubens
Ayrolla, Est. do M’Boi Mirim, Av. Com. Sant'Anna até o ponto inicial.
MB ZCL-p/04
Est. do M’Boi Mirim , da R. Rubens Ayrolla à Av. Com. Sant'Anna.
MB ZCL-p/05
Av. Com. Sant'Anna da Est. do M’Boi Mirim à Av. Wilhelm Friedrich Ladwig.
ZEIS 1-W114
Inicia-se na R. Tarsila Monteiro no ponto 1, segmento 1-2 (divisa das quadras, 4 do
setor 166 da Planta Genérica de Valores com a quadra 100 do setor 122 da Planta
Genérica de Valores), R. Macajuba, R. Assangui, segmento 3-4 (divisa do lote 10 com
os lotes 9 e 29 da quadra 101 do setor 122 da Planta Genérica de Valores), R. Filipe
Neri Teixeira, R. Thereza Muoco de Oliveira, Av. Fim de Semana, R. Yoshimara
Minamoto, Av. Jacobus Baldi, R. Tarsila Monteiro até o ponto inicial.
ZEIS 1-W117
Inicia-se na confluência da Av. Fim de Semana com a R. Antônio Ramos Rosa,
R. Antônio Ramos Rosa, R. Canuto Luís do Nascimento, R. Tarsila Monteiro, R. da
Vila, R. Yoshimara Minamoto, segmentos 1-2-3-4-5 (divisa dos lotes 8 e 23 com os
lotes 50, 19, 18, 2 e 35 da quadra 126 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), R.
Yoshimara Minamoto, R. Daniel Auber, segmentos 6-7-8-9 (divisa dos lotes 22, 21, 20,
19 e 18 com os lotes 23, 24, 43 e 17 da quadra 129 do setor 165 da Planta Genérica de
36
Valores), R. Yoshimara Minamoto, segmento 10-11 (divisa dos lotes 15 e 5 com os
lotes 14 e 28 da quadra 129 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), R. Sagrado
Coração de Jesus, Av. Fim de Semana até o ponto inicial.
ZEIS 1-W119
Inicia-se na R. Apolônio de Tiana no ponto 1, altura do número 615, segmento 1-2
(divisa do E.L. com o lote 23 da quadra 267 do setor 165 da Planta Genérica de
Valores), segmento 2-3 (divisa do E.L. com os lotes 29, 28, 81 e 80 da quadra 267 do
setor 165 da Planta Genérica de Valores), segmento 3-4 (divisa do E.L. com o lote 84
da quadra 267 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), segmento 4-5 (divisa do
E.L. com os lotes 71 a 63 da quadra 267 do setor 165 da Planta Genérica de Valores),
segmento 5-6 (divisa do E.L. com o lote 24 da quadra 267 do setor 165 da Planta
Genérica de Valores), R. Apolônio de Tiana até o ponto inicial.
ZEIS 1-W120
Inicia-se na confluência da R. Antônio Ramos Rosa com a R. Holda Botto Malanconi,
R. Holda Botto Malanconi, R. Lucio Apuleid, segmento 12-13 (divisa do E.L com os
lotes 48 e 24 da quadra 398 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), R. Oratório
de Natal, segmento 14-15 (divisa entre E.L e lote 47 da quadra 398 do setor 165 da
Planta Genérica de Valores), segmento 15-16 (divisa entre lotes 25 e 40 com os lotes
41, 44, 45, 46 e 47 da quadra 398 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), R.
Antônio Ramos Rosa até o ponto inicial.
ZEIS 1-W125
Inicia-se na confluência da Av. Nuno Marques Pereira com Rua s/n CODLOG N05895,
Rua s/n CODLOG N05895, R. Vicente Carducho, segmento 1-2 (divisa do E.L. com o
lote 49 da quadra 249 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), segmento 2-3
(divisa da quadra 221 com a quadra 249 do setor 166 da Planta Genérica de Valores),
segmento 3-4 (divisa do lote 18 com o lote 14 da quadra 221 do setor 166 da Planta
Genérica de Valores), R. Domingos Antônio de Moraes, segmento 5-6 (divisa do lote 18
com o lote 19 da quadra 221 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), R. Tomé
Domingos, R. Vitor Baltard, R. Ludovice, segmento 7-8 (divisa do lote 14 com o lote s/n
da quadra 239 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), R. Simon Bening, Rua s/n
37
CODLOG N06731, R. Jacques Le Mercier, Rua s/n CODLOG N06730, Av. Nuno
Marques Pereira até o ponto inicial.
e nos territórios das duas subprefeituras (CL/MB):
ZEIS 1-W118
Inicia-se na confluência da R. Dr. Reinaldo Schwindt Furlanetto com a R. Chucri Lotaif,
Rua Chucri Lotaif, Rua s/n CODLOG N09384, R. Domenico Di Bartolo, R. Simão
Santiago, R. Nuno Roland, segmento 1-2 (divisa do E.L. com a quadra 17 do setor 166
da Planta Genérica de Valores), R. Conrad Faber, Rua s/n CODLOG N09383,
R. Canuto Luís do Nascimento, R. Antônio Bauschert, segmento 3-4 (ponto 3,
coordenadas: X=321.125,56; Y=7.382.614,01; ponto 4, coordenadas: X=321.139,15;
Y=7.382.653,82), segmento 4-5 (limite da quadra 8 do setor 166 da Planta Genérica de
Valores), segmento 5-6 (divisa da quadra 8 do setor 166 com a quadra 121 do setor
165 da Planta Genérica de Valores), R. Holda Botto Malanconi, Rua s/n CODLOG
N09372, R. Juana Samary, segmento 7-8 (divisa do E.L. com a quadra 311 do setor
165 da Planta Genérica de Valores), R. Delias de Souza Reis, R. Everaldo Vieira
Lopes, R. Raimundo Franklin de Melo, R. América Latina, Av. Candido Jose Xavier, R.
Mercedes Nasser Sabbag, R. Maria Benedita Rodrigues, segmentos 9-10-11-12 (divisa
dos lotes 44 a 47 com os lotes 43, 75, 74, 62, 61, 54, 91, 90, 77 e 76 da quadra 322 do
setor 165 da Planta Genérica de Valores), R. Maria Benedita Rodrigues, R. Jorge de
Macedo Vieira, R. Prof. Horácio Quaglio, R. Eng. Roberto Barbetta, R. Abram Chaim
Pryzant, R. Quinta da Confraria, R. Deocleciano de Oliveira Filho, R. da Dança Cigana,
R. Concerto Italiano, segmento 13-14 (divisa do E.L. com o lote 23 da quadra 367 do
setor 165 da Planta Genérica de Valores), segmentos 14-15 (divisa do E.L. com o lote
58 da quadra 367 do setor 165 da Planta Genérica de Valores), segmentos 15-16
(divisa do lote 59 com o E.L., lotes 24, 44 e 45 da quadra 367 do setor 165 da Planta
Genérica de Valores), segmento 16-17 (divisa da quadra 367 com a quadra 222 do
setor 165 da Planta Genérica de Valores), segue pelo córrego de divisa da quadra 367
com a quadra 399 do setor 165 da Planta Genérica de Valores até o ponto 18, segue
pelo córrego de divisa do E.L. com a quadra 367 do setor 165 da Planta Genérica de
Valores, segmentos 19-20-21 (divisa do E.L. com a quadra 367 do setor 165 da Planta
Genérica de Valores), R. da Dança Cigana, segmento 22-23 (divisa dos lotes 21 e 22
38
com os lotes 20 e 23 da quadra 228 do setor 166 da Planta Genérica de Valores),
segmento 23-24 (divisa dos lotes 43 e 42 com os lotes 23 e 41 da quadra 227 do setor
166 da Planta Genérica de Valores), Rua Robert Adam, R. Agustin Esteve, R. Manuel
Alvarez, R. Iateca, segmento 25-26 (divisa da quadra 242 com a quadra 249 do setor
166 da Planta Genérica de Valores), segue pela divisa do E.L. com a quadra 249 do
setor 166 da Planta Genérica de Valores, ponto 27, R. Dois CODLOG 293709,
segmento 28-29 (Rua existente), R. Diogo Dias, Rua Duarte Coelho Pereira, Rua s/n
CODLOG N06998, R. Com. Antunes dos Santos, R. Manoel Afonso, R. Antônio Ribeiro
Pina, R. Cristovão de Figueiredo, R. Dr. Benedito Matarazzo, segmentos 30-31-32-33
(divisa do E.L. com a quadra 49 do setor 166), R. Domenico Fontana, R. Augustus
John, R. Dr. Benedito Matarazzo, R. Cerro Alegre, R. Roberto Sampaio Ferreira, R.
Theodomiro Garcia, R. José de Araújo Novaes, Av. Agostinho Rubin, R. Calil Jorge
Calixto, Rua s/n CODLOG NO9347, R. Rosa Honória de Jesus, R. Dr. José Serra
Ribeiro, R. B CODLOG 307513, R. Dr. Reinaldo Schwindt até o ponto inicial.
ZEIS 2-W018
Inicia-se na confluência da R. Coelho Bastos com a R. Joaquim do Rego Monteiro, R.
Joaquim do Rego Monteiro, segmento 1-2 (divisa da quadra 249 com a quadra 175 do
setor 166 da Planta Genérica de Valores), R. Celso Bueno, segmento 3-4 (divisa da
quadra 249 com a quadra 174 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), R. Cláudio
Milano, Rua s/n CODLOG N05896, segmento 5-6 (divisa da quadra 249 com a quadra
247 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), Rua s/n CODLOG N05895,
segmento 7-8 (divisa do lote 132 com os lotes 125 e 133 da quadra 249 do setor 166
da Planta Genérica de Valores), segue pela divisa do E.L. com os lotes 132 e 13 da
quadra 249 do setor 166 da Planta Genérica de Valores), segmento 9-10 (divisa da
quadra 249 com as quadras 242 e 243 do setor 166 da Planta Genérica de Valores),
segmento 10-11 (divisa da quadra 249 com a quadra 231 do setor 166 da Planta
Genérica de Valores), segmentos 11-12-13 (divisa da quadra 249 com a quadra 245 do
setor 166 da Planta Genérica de Valores), R. Com. Antunes dos Santos, segmentos
14-15-16 (divisa do lote 138 com o lote 139 da quadra 249 do setor 166 da Planta
Genérica de Valores) até o ponto inicial. (anexo 1 / mapa 03a)
39
1.2 Diagnóstico Conclusivo / Urban Research
1.2.1 Cheios e Vazios
A ocupação do bairro é mista predominando o uso residencial e nas vias estruturais do
bairro concentra-se o uso comercial mais intenso. Há poucas áreas verdes com uso
estruturado para lazer e um lote ainda industrial remanescente.
A ocupação habitacional do lote nas áreas dos assentamentos precários e de
loteamentos de baixa renda é de 90% com tipologias que variam de térreo a
edificações de 3 a 4 pavimentos. No tecido regular apesar da ocupação do lote ser em
média de 70% a tipologia é a mesma com melhor qualidade construtiva nas habitações
e com vias locais mais adequadas ao uso residencial.
No perímetro do PAI do Morro S4, do total do território ocupado, 79,6% tem uso
residencial, 6,57 % comercial, 2,58% tem uso misto, 3,21% tem uso industrial e 8% tem
uso institucional. Os assentamentos precários (favelas e loteamentos) ocupam 16,28%
do território com alta densidade e os 41,55% do território formal predominantemente
ocupado pela população de baixa renda apesar de ter densidades menores também
tem poucas áreas vazias.
40
Existem dois grandes vazios urbanos ou subutilizados demarcados como ZEIS 1 =
22.050 m² e ZEIS 2 = 965.600 m², que correspondem a apenas 2,95%.
Além das poucas áreas livres existentes, muitas delas associadas a equipamentos
urbanos públicos, ou seja, sem acesso franco a população local.
Do conjunto ocupado pelo uso misto e/ou habitação, existem dois conjuntos
habitacionais que ocupam parcialmente os lotes com densidade muito baixa e
diferenciada do restante do tecido urbano e com baixo aproveitamento do solo.
Além disso, há uma área de uso industrial que remanesce na área, com configuração
ainda de galpões, diferenciando-se tipologicamente da ocupação existente no território.
A densidade do distrito, assim como da área do PAI é baixa, sendo mais elevada nos
assentamentos precários, porém sem nenhuma qualidade urbana e/ou habitacional.
A ampliação da densidade, neste território, principalmente do uso residencial, é muito
importante, como prevê o Plano Local. No entanto, é necessária a adequação viária, de
infraestrutura urbana, de equipamento urbano e de transporte não somente para
melhoria da qualidade de vida nos assentamentos precários, mas no bairro como um
todo.
Nos assentamentos precários, as vielas estreitas e a alta ocupação do solo, sem
qualidade nas construções eleva a insalubridade urbana. Esta morfologia, somada as
altas declividades traz riscos de deslizamentos e a ocupação em áreas non aedificanti
provoca os riscos de inundação.
41
1.2.2. Topografia
Conforme podemos observar no mapa abaixo a maior parte das favelas situa-se nas
margens do Córrego dos Freitas. Parte desta ocupação se dá nas áreas de
preservação permanente, em sua planície de inundação. No trecho ao norte a planície
de inundação é bastante extensa e larga e está ocupada pelo Clube do Banco do Brasil
que por ser privado e cercado preserva sua área não ocupada permeável.
42
No trecho central do mapa abaixo, observamos a presença de alguns núcleos de favela
ocupando a planície de inundação do córrego, a exemplo do Parque Santo Antônio VI
e do Jardim Campo de Fora/ Santo Antônio. Nestas áreas estão localizados os pontos
de alagamento. Embora estejam sujeitas ao risco de alagamento as favelas localizadas
na planície de inundação estão totalmente consolidadas e densamente ocupadas.
Abaixo podemos observar o aspecto da planicie de inundação do Córrego dos Freitas,
ocupada integralmente.
Jardim Campo de Fora/ Santo Antônio – vista da Rua Calil Jorge Calixto
Jardim Campo de Fora/ Santo Antônio – vista da Rua Manuel Bordalo Pinheiro
43
No restante do trecho ao longo do córrego dos Freitas, ele segue encaixado na
topografia, com margens mais íngremes, parcialmente ocupadas por favelas. A alta
declividade das margens propicia a verticalização das favelas, onde se sobrepõem
unidades habitacionais, muitas vezes de forma precária e apresentando riscos para a
população. A ocupação precária de encostas resulta em riscos de deslizamento e
escorregamento, instabilidades geotécnicas originadas de cortes inadequados feitos
sobre o terreno natural.
Destacamos também algumas favelas que possuem altas declividades. O Parque
Santo Antonio IV visto ao fundo da imagem abaixo, está nessa situação. A
verticalização é observada na imagem, com unidades habitacionais sobrepostas, em
cinco ou mais pavimentos.
44
Jardim Fim de Semana – vista da Rua Estela Costa
A área denomida Três Estelas localizada em encosta bastante íngreme, também está
densamente ocupada e verticalizada.
45
Parque Santo Antônio IV – vista da Rua Maria Amélia Gouveia André
46
1.2.3. Áreas Vazias / Verdes
A região do Morro do S4 é densamente ocupada, e conforme podemos observar nos
mapas, restam poucas áreas desocupadas. Dentre as áreas vazias, classificamos
aquelas que são:
Áreas Verdes Públicas (praças, parques e ajardinamentos) – 23 áreas
Cemitérios – 1 área
Há diversos terrenos vazios (25) na região do Morro do S4, porém são áreas privadas,
que deverão ser ocupadas no futuro. Existem na área também 23 praças públicas, de
pequenas dimensões que possuem apenas arborização urbana. Faltam equipamentos
de lazer nas praças públicas desta região. A mais importante área de lazer da região é
o Clube do Banco do Brasil, mas que por ser privado tem acesso restrito a população.
Outra importante área verde e vazia contigua a área do PAI Morro do S4 é o Cemitério
São Luiz, que com grandes dimensões contribui para o equilíbrio da área densamente
ocupada que predomina. Identificamos a presença de 12 áreas semi-públicas que
possuem equipamentos sociais e são arborizadas.
A seguir apresentamos o registro fotográfico de cada área vazia e verde identificada no
mapa.
47
48
Áreas Verdes Públicas (praças, parques e ajardinamentos)
Nº mapa tipo
3 Praça pública
4 Praça pública
49
12 Praça pública
22 Praça pública
23 Praça pública
50
28 Área verde pública -
APP
32 Área pública
51
36 Área pública
48 Praça pública
49 Praça pública
52
52 Praça pública
53 Praça pública
54 Praça pública
53
55 Praça pública com
posto policial
56 Praça pública
59 Praça pública
54
60 Praça pública
61 Praça pública
68 Praça pública
55
41 Área campo de futebol
Nº mapa tipo
67 ocupação de área
verde pública
(confirmar)
56
Áreas Privadas Verdes e de Lazer
Nº mapa tipo
Propriedade do Banco
10
do Brasil
Área de lazer de um
13
condomínio fechado
57
2 Empreendimento
Rossi
43 Área verde de
condomínio particular
44 Área verde de
condomínio particular
58
Cemitério
Nº mapa tipo
59
Área Semi-Públicas – Equipamentos Públicos de Serviço
Nº mapa tipo
1 Escola - EMEF
Luiz Tenório de
Brito
27 Escola pública
30 Escola pública
60
34 Departamento
de polícia
37 Escola pública
38 Escola
particular
61
40 Escola
45 Escola pública
46 Equipamento de
saúde - UBS
62
47 Escola pública
51 Escola pública
58 Escola pública
63
Espaços livres – terrenos vazios privados
Nº mapa tipo
5 Terreno vazio
6 Terreno vazio
7 Terreno vazio
64
8 Terreno vazio
14 Terreno vazio
65
16 Terreno vazio
18 Terreno vazio
66
20 Terreno vazio
21 Terreno vazio
24 Terreno vazio
67
25 Terreno vazio
26 Terreno vazio
31 Terreno vazio
68
35 Terreno vazio
17 Terreno particular -
indústria
39 Terreno vazio
69
57 Terreno vazio
62 Terreno vazio
70
63 Terreno vazio
64 Terreno vazio
71
65 Terreno vazio
50 Terreno vazio
66 Terreno vazio
72
Áreas de Risco
73
Classificação das Áreas de Risco:
74
A classificação de Risco 21 (risco médio) descreve situações onde os processos de
instabilização encontram-se com potencial de desenvolvimento, implicando na
possibilidade de ocorrência de um menor número de vitimas fatais, caso haja a
instabilização, ou locais onde a declividade das encostas está compreendida entre 30%
a 45%, além da presença de moradias precárias e/ou não promovem adequada
contenção da encosta. Ainda está nesta categoria áreas onde a declividade da encosta
é superior a 60%, qualquer que seja o tipo de ocupação. Nestes locais a probabilidade
deve ser pequena de ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas
intensas e prolongadas.
O risco 2 foi identificado nas favelas Vaz de Lima/ Santo Diaz/ Jardim Lídia e
também Jardim Capelinha/ Nuno Roland.
1
Fonte: Cerri & Carvalho “Hierarquização de Situações de Risco em Favelas no Município de São Paulo” (1990)
75
Jardim Capelinha/ Nuno Roland
76
Jardim Imbé II
Jardim Imbé II
77
O Risco 4 (risco muito alto) descreve situações onde os processos destrutivos
encontram-se em adiantado estágio de desenvolvimento, necessitando de intervenções
urgentes para evitar a perda de vidas humanas, ou locais onde a declividade das
encostas é superior a 60% e as moradias executadas são precárias e/ou não
promovem adequada contenção da encosta.
Neste caso é elevada probabilidade de ocorrência de eventos destrutivos durante
episódios de chuvas intensas e prolongadas.
Os setores de risco muito alto compreendem a faixa lindeira ao Córrego dos Freitas em
praticamente toda a extensão inserida no trecho do PAI – Morro do S4. Nessa faixa
situam-se vários núcleos de favelas como: Jardim Campo de Fora/ Santo Antônio,
Jardim Germânia e Jardim Campo de Fora II.
78
Jardim Campo de Fora I
79
1.2.4. Hidrografia
O principal curso d’água que corta a área do PAI – Morro do S4 é o Córrego dos
Freitas. Em seu trecho que coincide com o Clube do Banco do Brasil, o córrego
encontra-se canalizado com canalização fechada, não visível. No restante de seu curso
segue naturalmente, mas muito poluído, recebendo todo o esgoto in natura, lançado
pelas favelas do entorno. Trata-se de um córrego bastante estreito cujas margens
estão densamente ocupadas em praticamente toda sua extensão.
Embora esteja extremamente contaminado pelos esgotos domésticos lançados, é
proposta da prefeitura transformá-lo em um caminho verde (conforme indicado no
mapa seguinte). Para tanto o saneamento de seu entorno será uma medida
fundamental e que certamente demandará a remoção de famílias que habitam suas
margens de forma precária.
Há pontos de alagamento ao longo deste córrego, o que pode ser comprovado com a
presença de palafitas em suas margens.
A área em questão possui também inúmeras nascentes. Muitas destas nascentes
foram aterradas e sobre elas instalaram-se moradias. É o caso que observamos nas
favelas: Jardim Fim de Semana (três nascentes), Fim de Semana III e Parque Santo
Antônio V. O alto índice de impermeabilização das cabeceiras contribuiu para as cheias
que ocorrem na parte mais baixa da área. Medidas de recuperação destas nascentes
deverão ser tomadas.
Dado o grau de consolidação das edificações existentes, sugerimos o aprofundamento
dos estudos relativos a dinâmica hidrológica da bacia no sentido de orientar para a
solução mais adequada de intervenção junto ao Córrego dos Freitas e também
dimensionar o efetivo número de remoções que deverão ocorrer nas favelas dessa
área.
Conforme destacamos nos demais textos é necessário observar que embora a faixa de
APP possa ser considerada com 15 metros, o mapa de topografia indica a existência
de uma extensa planície de inundação, mais larga do que a faixa de APP traçada. A
planície de inundação é a referencia mais adequada para a demarcação do limite da
área efetivamente sujeita a inundação, embora calculada para um longo período de
recorrência.
80
81
82
Córrego dos Freitas
GERMÂNIA
83
JARDIM LÍDIA
84
VAZ DE LIMA
85
1.2.5. Uso Real (no local)
A região do Morro do S4 é uma região de uso predominantemente residencial. Dados
coletados em campo indicam que 79,64% da área é ocupada por residências, 6,57%
por comércios e serviços, 2,58% pelo uso misto, 3,21% por indústrias e 8% por usos
institucionais. O mapa abaixo demonstra essa situação. Os usos não residenciais
concentram-se predominantemente nas principais vias de acesso da área quais sejam:
Rua Canuto Luís do Nascimento, Rua Antonio Ramos Rosa, Avenida Agostinho Rubin,
Rua Deoclesiano de Oliveira Filho, R. Cdor. Antunes dos Santos, Rua José Joaquim
Gonçalves e nas estradas de M’Boi e de Itapecerica. Na Av. Jacobus Baldi os usos não
residenciais predominantes são o uso industrial e institucional.
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Nas ruas oficiais do entorno das favelas, o comércio predomina, associado ao uso
residencial ou mesmo em terreno próprio. Podemos observar esta situação nas fotos
abaixo:
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Equipamentos Sociais
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Saúde
A área de estudo conta com um importante equipamento de saúde, o Hospital Regional de
Campo Limpo (HM Dr. Fernando Mauro Pires Da Rocha) que atende toda a região do Campo
Limpo. Há também na área quatro Unidades Básicas de Saúde localizadas no Parque Santo
Antonio, Jardim Coimbra, Parque Maria Helena e Jardim Lidia. Há também uma unidade de
Assistência Médica Ambulatorial no Jardim São Luiz.
Segue a relação completa dos equipamentos de saúde:
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UBS Jardim Lidia. Fonte: Google street view, em 22/08/2012
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UBS Parque Helena Maria. Fonte: Google street view, em 22/08/2012
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Educação
Em relação a educação podemos dizer que a área possui uma boa rede de
atendimento, que contempla desde a creche até o ensino fundamental. As creches tem
capacidade para atender um total de 497 crianças, distribuídas em quatro
equipamentos situados nos bairros Jardim Antonieta, Pq. Sto. Antônio, Jd. Imbé e Pq.
Maria Helena. As pré-escolas são duas, uma situada no Jardim Lídia e a outra no
Jardim Capelinha que juntas atendem 1.078 crianças entre 5 e 6 anos. O município
possui também na região quatro EMEFs responsáveis pelo atendimento de 4.247
alunos de 1º ao 9º ano do ensino fundamental. Estas escolas estão localizadas nos
bairros: Jardim Duprat, Vila Prel, Parque Santo Antonio e Jardim Casablanca.
Total 5822
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CEI Direta Três Estrelas. Fonte: Google street view, em 22/08/2012
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A rede estadual também possui diversos equipamentos no perímetro do PAI Morro do S4,
sendo quatro escolas estaduais, e duas APMs, situadas nos bairros Capão Redondo, Parque
Maria Helena, Jardim Campo de Fora, Parque Claudia, Jardim Germânia e Parque Santo
Antonio.
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1.2.6. Mobilidade e Transporte Público
O Sistema de transportes para a área é composto por linhas de ônibus de atendimento
local, que tem como destino os Terminais Intermodais e a centralidade mais próxima,
que é a região de Santo Amaro, onde se dá a conexão com a malha ferroviária do
município. Além do metrô (linha 5-lilás) que se localiza no limite da área e o terminal
intermetropolitano da EMTU, todo o sistema (metro-ônibus-trem) está interligado.
As principais vias estruturadoras de acesso para a área são a Estrada de Itapecerica e
a Estrada do M’boi Mirim. Dentro do perímetro do PAI outras vias, apresentadas no
mapa, fazem a estruturação local entre os bairros Vila Prel, Jardim Fim de Semana,
Jardim Capelinha, Jardim Campo de Fora, Parque Santo Antônio, Vaz de Lima, Três
Estrelas, Jardim São Luiz, Jardim Lídia entre outros. Por essas vias circulam as linhas
com destino para os Terminais Capelinha, João Dias, Santo Amaro e Guarapiranga.
Sendo que o principal e o mais próximo da área é o Terminal Intermodal Capelinha,
que está localizado na Estrada de Itapecerica e por ele é feita a conexão com a linha 5
lilás do metrô e com o Terminal Inter-metropolitano da EMTU. O principal destino tanto
das linhas de ônibus originadas deste terminal quanto da linha do metrô é a região de
Santo Amaro. A partir de Santo Amaro é possível a transferência e conexão da linha 5
lilás para a linha 9 Esmeralda da CPMT.
O acesso ao terminal intermodal é realizado pelas linhas de ônibus com origem nos
bairros como Vaz de Lima, Parque Santo Antônio, Jardim São Luiz, Três Estrelas,
Campo de Fora e Jardim Lídia, atendendo a todos os assentamentos e integrando-os
ao sistema de transportes do município.
Também é representativo os destinos a partir do Terminal Capelinha para o Centro da
Capital (Terminal Bandeira, Largo São Francisco e Praça Princesa Isabel); Zona Oeste
(Pinheiros), Zona Sul (estações do Metrô da linha Azul Jabaquara, Ana Rosa, Paraíso,
Conceição Itaim Bibi).
Na região não há ciclovias ou ciclo faixas e nem tampouco estrutura que comporte uso
da bicicleta como meio de transporte, como em toda São Paulo. As calçadas são
irregulares e em alguns pontos nem ao menos existem calçadas para os pedestres
circularem e eles ainda concorrem o uso com bicicletas e todo o mobiliário urbano,
devido a morfologia existente, descrita a seguir.
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Verifica-se no perímetro do PAI Morro do S4, que a estrutura viária, conformada pelo
estreito sistema viário decorrente da ocupação dos loteamentos de menor renda
(irregulares ou não) e os assentamentos precários, faz com que o acesso dos ônibus a
algumas áreas seja realizado por veículos de menor porte.
Além disso, o Clube do Banco do Brasil AABB e a área dos Conjuntos habitacionais
próximo ao loteamento Remo são extensas áreas na beira de córregos que formam
bolsões que dificultam a circulação entre os bairros e a transposição do córrego.
Também as Favelas Jardim Fim de Semana, Jardim Campo de Fora / Santo Antônio,
Jardim Germânia, Vaz de Lima /Santo Diaz /Jardim Lídia e Jardim Imbé II também
configuram uma barreira linear para a transposição dos córregos, que é feita apenas
através das vias estruturais, tanto de veículos quanto de pedestres e distam uma da
outra em média 700m. As vielas existentes não podem ser consideradas uma maneira
segura de fazer a transposição do córrego devido à sua precariedade.
O sistema de transporte da área é ainda precário nos horários da manhã e da tarde,
embora os modais estejam interligados. É importante lembrar que este dado é uma
decorrência da forma como ainda estão estruturadas as centralidades na cidade de
São Paulo. A concentração de postos de trabalho ainda está no eixo centro/sudoeste e,
subcentros como Santo Amaro, embora empreguem parcela da população moradora,
ainda provocam um deslocamento da periferia mais ao sul para esta região.
A construção de “circuitos curtos”, pode ser uma alternativa em um futuro distante a
partir da implementação das diretrizes do Plano Diretor Estratégico e dos Planos locais
com a implementação das zonas de centralidade linear e polar.
Os deslocamentos segundo a pesquisa OD – origem e destino têm como motivação
principal o trabalho, depois o estudo, por isso novas centralidades urbanas são
importantes para a dinâmica urbana e para a mobilidade.
Claramente, ao longo de décadas, existe uma diretriz de sistema de transporte publico
que optou pelo pneu e não pelo trilho. Atualmente, segundo dados da ANTP-
Associação Nacional de Transportes Públicos, 78% dos deslocamentos do município
são realizados por ônibus, 16% pelo metrô e apenas 6% por trem. Por estes dados
entende-se o papel do transporte público no planejamento urbano e o quanto ele
reforça a ocupação desigual no território.
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Um exemplo, dos recentes investimentos do metrô, é a linha amarela que leva até a
Vila Sonia. Criaram uma extensão considerável de linha, mas não implantaram
estações suficientes ao longo dela, obrigando as pessoas a usarem a integração sob
pneus e novamente sobrecarregar o sistema viário existente.
Portanto, há um debate que é estrutural sobre a política de mobilidade e transporte e a
região Sul é a que tem menor investimento, devido a proximidade da área de proteção
aos mananciais que até a poucas décadas, não se reconhecia o direito de permanência
destas famílias nesta porção da cidade.
Próximo ao local está instalado o Hospital Municipal Dr. Fernando M. P. da Rocha,
equipamento de porte regional, de fácil acesso. Já os equipamentos públicos de porte
local, localizados no perímetro, assim como os pontos de paradas de ônibus, próximo
às vias estruturadoras, são acessados principalmente a pé e também através das
linhas existentes de ônibus.
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. Futura linha 2 do monotrilho
Fonte: Metrô
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1.3. Conclusão da Análise do Perímetro Morro do S4
Nossa área de intervenção, Morro do S4, inserida nas subprefeituras Campo Limpo e
M’Boi Mirim, em parte dos distritos Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luiz,
possui, atualmente, 33 núcleos de ocupação, entre favelas e assentamento irregulares.
Esta ocupação iniciou-se com o Jardim Imbé II, uma das 21 favelas hoje consolidadas,
na década de 60 e se intensificou entre os anos de 1970 e início de 1980.
O Perímetro de Ação Integrada (PAI) especificado no Programa Renova SP,
denominado “Morro do S4”, localiza-se na Zona Sul do Município de São Paulo e nas
Regiões Administrativas – Subprefeituras – Campo Limpo e M’Boi Mirim. Possui uma
área de 3.878.495 m² e ocupa parte dos Distritos Capão Redondo – SPCL e Jardins
São Luís e Ângela – SPMB.
A área está inserida na microbacia do Córrego dos Freitas, sub-bacia do córrego Morro
do S, afluente do rio Pinheiros, que desempenha papel de destaque na
macrodrenagem de São Paulo por conta de ser tributário de um curso d´água
controlado por estruturas de grande relevância para o controle de cheias de toda a
bacia do Alto Tietê.
Faz limite com a área de proteção de manancial. O acesso desta área se dá pelas vias
Itapecerica e pela M’Boi Mirim, sendo a centralidade mais próxima o bairro de Santo
Amaro.
Foram identificados no Perímetro de Intervenção um total de 35 assentamentos
precários sendo que 23 são favelas (65,7%), 2 loteamentos (5,7%), 7 núcleos
urbanizados (20%) e 3 empreendimentos habitacionais (8,6%).
Quanto à distribuição dos domicílios, temos um total de 9.914 domicílios, sendo que
majoritariamente ocupados precariamente. A maior parte destes assentamentos estão
localizados no fundo de vale, na planície de inundação do Córrego dos Freitas. Desta
forma muitos assentamentos possuem áreas de risco em seu interior. As favelas que
apresentam áreas de risco de inundação são: Jardim Capelinha / Nuno Roland, Jardim
Campo de Fora / Santo Antônio, Jardim Germânia e Vaz de Lima / Santo Diaz / Jardim
Lídia.
102
Com relação à forma de ocupação dessas áreas encontramos duas situações, a
primeira quando os lotes estão voltados para o córrego utilizando-o como via de acesso
e a segunda quando os lotes são voltados para a rua, e o fundo para o córrego. Essas
edificações são construídas lindeiras ao leito, praticamente canalizando-o e deixando
pouca ou nenhuma área permeável. Quanto mais próximas do córrego apresentam
maior precariedade, com problemas de infraestrutura, com lançamento direto do esgoto
doméstico, salubridade e acesso, por vielas estreitas.
Sobre o tipo de ocupação verificado in loco, podemos constatar que a ocupação do
bairro é mista predominando o uso residencial e nas vias estruturais do bairro
concentra-se o uso comercial mais intenso. Há poucas áreas verdes com uso
estruturado para lazer.
A ocupação habitacional do lote nas áreas dos assentamentos precários e de
loteamentos de baixa renda é de 90% com tipologias que variam de térreo a
edificações de 3 a 4 pavimentos. No tecido regular apesar da ocupação do lote ser em
média de 70% a tipologia é a mesma com melhor qualidade construtiva nas habitações
e com vias locais mais adequadas ao uso residencial.
Do total do território ocupado, 79,6% tem uso residencial, 6,57 % comercial, 2,58% tem
uso misto, 3,21% tem uso industrial e 8% tem uso institucional. Os assentamentos
precários (favelas e loteamentos) ocupam 16,28% do território com alta densidade e os
41,55% do território formal predominantemente ocupado pela população de baixa
renda apesar de ter densidades menores também tem poucas áreas vazias.
A maior parte das favelas situa-se nas margens do Córrego dos Freitas. Parte desta
ocupação se dá nas áreas de preservação permanente, em sua planície de inundação.
No trecho ao norte a planície de inundação é bastante extensa e larga e está ocupada
pelo Clube do Banco do Brasil que por ser privado preserva sua área não ocupada
permeável.
No trecho central do Perímetro, observamos a presença de alguns núcleos de favela
ocupando a planície de inundação do córrego, a exemplo do Parque Santo Antônio VI e
do Jardim Campo de Fora/ Santo Antônio. Nestas áreas estão localizados os pontos de
alagamento. Embora estejam sujeitas ao risco de alagamento as favelas localizadas na
planície de inundação estão totalmente consolidadas e densamente ocupadas.
103
No restante do trecho ao longo do córrego dos Freitas, ele segue encaixado na
topografia, com margens mais íngremes, parcialmente ocupadas por favelas. A alta
declividade das margens propicia a verticalização das favelas, onde se sobrepõem
unidades habitacionais, muitas vezes de forma precária e apresentando riscos para a
população. A ocupação precária de encostas resulta em riscos de deslizamento e
escorregamento, instabilidades geotécnicas originadas de cortes inadequados feitos
sobre o terreno natural.
Destacamos também algumas favelas que possuem altas declividades. O Parque
Santo Antonio IV, a favela Jardim Fim de Semana apresenta as situções mais críticas
em se tratando das condições topográficas da área, agravadas pela existência de
inúmeras nascentes que foram sendo aterradas durante o processo de ocupação.
104
os principais eixos viários, quais sejam: Av. Agostinho Rubim e Av. Com. Antunes dos
Santos.
Dois outros eixos viários importantes e que fazem divisa com a referida área: as
Estradas de Itapecerica e do M’Boi Mirim foram demarcadas como Zona de
Centralidade Linear, cujo uso é misto com uso não residenciais compatíveis com os
habitacionais existentes e os índices de ocupação permitidos são os maiores,
buscando ampliar a densidade e criar uma centralidade.
A AIU (Área de Intervenção Urbana) Caminho Verde, localizada no ribeirão Morro do
“S”, no trecho paralelo à Avenida Carlos Caldeira Filho é a implantação de um caminho
verde ao longo do Córrego dos Freitas, dentro do PAI, é importante verificar se, se
pretende uma intervenção mais estrutural de recuperação do leito d´água existente..
Na faixa lindeira a Estrada de Itapecerica existe outra AIU. Pretende-se com este
zoneamento a readequação urbana no entorno de toda a extensão da linha do metrô
(150m) e expansão e consolidação da rede hídrica ambiental da região e a faixa
lindeira à estrada de Itapecerica.
Nessa região o objetivo é a readequação urbana no entorno de toda extensão da linha
do Metrô Capão Redondo – Largo 13, entre as estações João Dias, passando por Vila
das Belezas, Campo Limpo, até atingir o terminal Capelinha, onde será implantado o
Centro Educacional de Curso Técnico e Superior.
Regime Fundiário, Áreas Subutilizadas :Os assentamentos precários encontrados
na área foram demarcados como ZEIS 1 e por isso apresentam condições legais para
sua consolidação e regularização. Há necessidade de adequação de alguns polígonos,
e inserção de outros, ainda não incluídos como ZEIS 1, como as favelas J Jardim Fim
de Semana e Fim de Semana IV, Parque Santo Antônio VI, Jardim Lilia, Jardim Duprat
e Jardim Imbé I.
Outras áreas como Jardim Capelinha, Jardim Campo de Fora/Santo Antonio, Jardim
Germânica, Jardim Campo de Fora II, Jardim Imbé II embora estejam demarcadas
como ZEIS I, estão situadas dentro da área de preservação permanente do Córrego.
Nestes casos, mesmo que amparadas pela Lei federal no 11.977, de 7 de julho de
2009, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e que permite a
regularização fundiária de interesse social em APP - Áreas de Preservação
105
Permanente, para que sejam consolidadas, será necessário elaborar um estudo mais
aprofundado no âmbito da sub-bacia e verificar a viabilidade da permanência destas
famílias nestas áreas, sem riscos de vida para a população e sem comprometer o
sistema de drenagem na sub bacia.
Como ZEIS 2 temos no perímetro de estudo apenas uma área demarcada. Trata-se de
um terreno vazio com aproximadamente 965 mil m2. Este terreno é muito importante
para viabilizar o reassentamento de famílias que deverão ser removidas das áreas
frágeis e de risco, evitando o deslocamento destas famílias para áreas distantes de seu
local de moradia atual.
Existe também uma área subutilizada que está demarcada como ZEIS 1 com área de
aproximadamente 22 mil m2 e que deveria ser demarcada como ZEIS 2, dando
coerência ao conceito definido pela legislação.
Há diversos terrenos vazios, porém são áreas privadas, que deverão ser ocupadas no
futuro. Existem na área também 23 praças públicas, de pequenas dimensões que
possuem apenas arborização urbana. Faltam equipamentos de lazer nas praças
públicas desta região. A mais importante área de lazer da região é o Clube do Banco
do Brasil, mas que por ser privado tem acesso restrito a população. Outra importante
área verde e vazia contigua a área do PAI Morro do S4 é o Cemitério São Luiz, que
com grandes dimensões contribui para o equilíbrio da área densamente ocupada que
predomina, também identificamos a presença de equipamentos sociais com áreas
arborizadas, dos quais contabilizamos como áreas verdes de acesso restrito.
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nas áreas de inundação.
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A área em questão possui também inúmeras nascentes. Muitas destas nascentes
foram aterradas e sobre elas instalaram-se moradias. É o caso que observamos nas
favelas: Jardim Fim de Semana (três nascentes), Fim de Semana III e Parque Santo
Antônio V. O alto índice de impermeabilização das cabeceiras contribuiu para as cheias
que ocorrem na parte mais baixa da área.
Conforme destacamos nos demais textos é necessário observar que embora a faixa de
APP possa ser considerada com 15 metros, o mapa de topografia indica a existência
de uma extensa planície de inundação, mais larga do que a faixa de APP traçada. A
planície de inundação é a referencia mais adequada para a demarcação do limite da
área efetivamente sujeita a inundação, embora calculada para um longo período de
recorrência.
Além das AIUs, esta previsto dentro da 3ª fase do Projeto Tietê da SABESP, a
implantação de Coletor Tronco ao longo do córrego dos Freitas, com implicação direta
no Programa Córrego Limpo também da SABESP.
Equipamentos : Sobre os Equipamentos de Serviço presentes no PAI, constatou-se
que área de estudo conta com um importante equipamento de saúde, o Hospital
Regional de Campo Limpo (HM Dr. Fernando Mauro Pires Da Rocha) que atende toda
a região do Campo Limpo. Há também na área quatro Unidades Básicas de Saúde.
Em relação a educação podemos dizer que a área possui uma boa rede de
atendimento, que contempla desde a creche até o ensino fundamental. Além da rede
de Escolas Municipais e Estaduais, há também algumas escolas particulares na
área.
Muitos desses equipamentos se encontram nas proximidades dos assentamentos,
quando não no seu perímetro direto ou mesmo dentro dos assentamentos. O acesso a
estes equipamentos se dá por ruas locais, exceto no caso daqueles equipamentos de
âmbito regional como é o caso do Hospital Municipal.
Existe no entorno próximo a Fábrica de Cultura, equipamento público de Cultura e
Educação, no entanto nenhum outro equipamento de cultura e lazer na área foi
encontrado, exceto o clube do Banco do Brasil, de acesso restrito.
Mobilidade: O Sistema de transportes para a área é composto por linhas de ônibus de
atendimento local, que tem como destino os Terminais Intermodais e a centralidade
108
mais próxima, que é a região de Santo Amaro, onde se dá a conexão com a malha
ferroviária do município. Além do metrô (linha 5-lilás) que se localiza no limite da área e
o terminal Inter-metropolitano da EMTU, todo o sistema (metro-ônibus-trem) está
interligado.
As principais vias estruturadoras de acesso para a área são a Estrada de Itapecerica e
a Estrada do M’boi Mirim. Outras vias fazem a estruturação local por onde circulam as
linhas com destino aos Terminais Capelinha, João Dias, Santo Amaro e Guarapiranga.
Sendo que o principal e o mais próximo da área é o Terminal Intermodal Capelinha,
que está localizado na Estrada de Itapecerica e por ele é feita a conexão com a linha 5
lilás do metrô e com o Terminal Inter-metropolitano da EMTU. O principal destino tanto
das linhas de ônibus originadas deste terminal quanto da linha do metrô é a região de
Santo Amaro. A partir de Santo Amaro é possível a transferência e conexão da linha 5
lilás para a linha 9 Esmeralda da CPMT.
Também é representativo os destinos a partir do Terminal Capelinha para o Centro da
Capital (Terminal Bandeira, Largo São Francisco e Praça Princesa Isabel); Zona Oeste
(Pinheiros), Zona Sul (estações do Metrô da linha Azul Jabaquara, Ana Rosa, Paraíso,
Conceição Itaim Bibi).
Na região não há ciclovias ou ciclo faixas e nem tampouco estrutura que comporte uso
da bicicleta como meio de transporte, como em toda São Paulo. As calçadas são
irregulares e em alguns pontos nem ao menos existem calçadas para os pedestres
circularem e eles ainda concorrem o uso com bicicletas e todo o mobiliário urbano,
devido a morfologia existente.
Verifica-se no perímetro do PAI Morro do S4, que a estrutura viária, conformada pelo
estreito sistema viário decorrente da ocupação dos loteamentos de menor renda
(irregulares ou não) e os assentamentos precários, faz com que o acesso dos ônibus a
algumas áreas seja realizado por veículos de menor porte.
Além disso, o Clube do Banco do Brasil AABB e a área dos Conjuntos habitacionais
próximo ao loteamento Remo são extensas áreas na beira de córregos que formam
bolsões que dificultam a circulação entre os bairros e a transposição do córrego.
Também as Favelas Jardim Fim de Semana, Jardim Campo de Fora / Santo Antônio,
Jardim Germânia, Vaz de Lima /Santo Diaz /Jardim Lídia e Jardim Imbé II também
109
configuram uma barreira linear para a transposição dos córregos, que é feita apenas
através das vias estruturais, tanto de veículos quanto de pedestres e distam uma da
outra em média 700m. As vielas existentes não podem ser consideradas uma maneira
segura de fazer a transposição do córrego devido à sua precariedade.
O sistema de transporte da área é ainda precário nos horários da manhã e da tarde,
embora os modais estejam interligados. O Hospital Municipal Dr. Fernando M. P. da
Rocha, equipamento de porte regional, tem fácil acesso, pela Estrada de Itapecerica, já
os equipamentos públicos de porte local, localizados no perímetro, assim como os
pontos de paradas de ônibus, próximo às vias estruturadoras, são acessados
principalmente a pé e também através das linhas existentes de ônibus.
Estado de Conservação: Em relação ao Padrão construtivo identificado na área,
percebe-se uma precariedade construtiva e má conservação das edificações, tanto nos
assentamentos irregulares sujeitos a alagamentos, quanto no tecido regular das ruas
oficiais, com exceção de algumas pequenas regiões mais próximas a Estrada de
Itapecerica. O restante do Perímetro – Morro do S4 mantém seu aspecto construtivo
bastante insatisfatório.
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RELAÇÃO DE DESENHOS
ASSUNTO FOLHA ESCALA REV.
MAPA LOCALIZAÇÃO (ANEXO) 01 S ESC 1
MAPA DE ASSENTAMENTOS (ANEXO) 02 S ESC. 1
MAPA DE LEGISLAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E
03 1:5.000 1
DESENVOLVIMENTO URBANO
MAPA REDE ESTRUTURAL HÍDRICA AMBIENTAL 04 1:5.000 1
MAPA DENSIDADE E OCUPAÇÃO DO SOLO 05 1:5.000 1
MAPA ESTADO DE CONSERVAÇÃO 06 1:5000 1
TOPOGRAFIA - CORTES A, B, C, D, E e ESTUDO VOLUMÉTRICO
07 S ESC. 1
DO RELEVO
TOPOGRAFIA E HIDROGRAFIA 08 1:5.000 1
MAPA ÁREAS VERDES 09 1:5.000 1
MAPAS ÁREAS VERDES E VAZIAS E ÁREAS DE RISCO 10 1:5.000 1
MAPA HIDROGRAFIA 11 1:5.000 1
MAPA USO REAL 12 1:5.000 1
MAPA MOBILIDADE 13 1:5.000 1
MAPA TRANSPORTE PÚBLICO 14 1:5.000 1
MAPA ANÁLISE DA MOBILIDADE E TRANSP. PÚBLICO 15 1:5.000 1
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