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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Departamento de Geografia
Disciplina: DG0701 – Introdução à Geografia Física
Docente: Jana Maruska Buuda da Matta
Discente: Alan Almeida, Alinne Lopes, Danilo Oliveira, Mailan Lima

RELATÓRIO DE AULA DE CAMPO ENTRE VITORIA DA CONQUISTA-


BA E MUCUGÊ-BA.

Com saída do centro de Vitoria da Conquista - BA, em direção a Mucugê –


BA, pôde-se observar paisagens exuberantes que expressam em suas formas, as
modificações por elas sofridas ao longo dos tempos, bem como, estas fazem com que se
tenha uma melhor compreensão em relação a formação do atual relevo, assim como a
relação entre os elementos constituintes no espaço geográfico em que estão inseridos.
Com objetivo de observar a paisagem buscando assim compreender seus
aspectos físicos com sua formação pautada ao longo dos séculos, formação do relevo e
transformações por motivos naturais. Durante o percurso a explicação sobre as
paisagens características de cada região, fortaleceu o elo entre as questões relacionadas
ao quesito social e econômico, com os aspectos físicos. A aula de campo em questão,
também teve como objetivo, além de analisar as peculiaridades do ambiente natural,
analisar o fato de que a ação exercida pelo homem ao longo do tempo também se faz
presente e por sua vez modificou algumas características em relação ao meio ambiente,
tendo em vista que esta ação se fez necessário para a sobrevivência humana.

1ª parada:
Lagoa das Bateias

A Lagoa da Bateias que está situada na Zona Oeste da Cidade, após sofrer
inúmeras intervenções e adaptações ainda hoje carece de melhorias e revitalização. Hoje
é notório que a ação antrópica responde por grande parte da degradação que a lagoa
vem sofrendo. Ao darmos uma volta na referida lagoa, notamos a quantidade de
construções e consequente despejo de esgoto na mesma.
Em concomitância à ação humana, politicas publicas precisam voltar à tona com
a finalidade de conscientização da população que ali reside, que frequentam ou até
mesmo passam por ali. Afinal, cabe a nós cidadãos ter consciência das ações
executadas, evitando assim a contaminação. Em suma, nota-se que há um abandono
pelo poder público.

2ª Parada:
Serra dos Pombos.
Local caracterizado pela presença do basalto (rocha ígnea vulcânica, composta
especialmente de Plagioclásio). O basalto característico dessa região tem por sua vez a
finalidade de servir como pavimentação de ruas.
A Serra dos pombos se localiza na BA-262, trecho entre os municípios de Vitória da
Conquista – BA e Anagé – BA.
Serra dos Pombos

Logo a baixo pode-se observar um monumento ilustrativo remanescente da 2ª


guerra mundial, sendo que este representa a inauguração do asfalto da referida rodovia
ainda no ano de 1978 comandado pelo governador Roberto Santos.
Monumento representativo.

3° Parada:
Barragem de Anagé.

Na segunda parada observa-se a Barragem de Anagé, segunda maior barragem


da região da Bahia sendo está localizada no município de Anagé. Ela represa o rio
Gavião, cantando inclusive por Elomar Figuera, se localizando ainda a mais ou menos
50 km de Vitória da Conquista – BA.
O local se caracteriza pela pratica da piscicultura e o relevo é considerado por
ser relevo de vale. O Rio gavião é um curso de água afluente do Rio de Contas no
Estado da Bahia, sendo que este nasce em Jacaraci, passando ainda por vários
municípios da região.
Barragem de Anagé.

4ª Parada:
Morro do Ouro – Barra da Estiva.

Local da terceira parada, onde observa - se as imensas e deslumbrantes


formações rochosas. O Morro faz parte do município da Barra da Estiva – BA,
localizada na Chapada Diamantina, sendo que este Morro faz também parte da Serra do
Cocal.

FOTO MORRO DO OURO


5ª Parada (Almoço):
Ituaçu - BA

Um dos municípios do estado da Bahia, Ituaçu está situada na Serra Geral e sua
população conforme informações levantadas pelo IBGE de 2018 eram de
aproximadamente 18 889 habitantes.
De início Ituaçu era habitada por índios, sendo os Maracás e tapajós ainda as
margens do Rio de Contas. A região foi explorada a partir de 1720, e o distrito citado
com a denominação de Brejo grande.
Ituaçu - BA

6ª Parada:
Gruta da Mangabeira ou Gruta de Ituaçu.

A Gruta da Mangabeira é considerada um importante cenário do ecoturismo na


Bahia sendo que esta também é considerada um ponto essencial aos seguidores católicos
que buscam a gruta com fé e devoção, a gruta também é chamada pelos “romeiros” de
Gruta do Sagrado coração de Jesus, e se localiza na Cidade de Ituaçu – BA.
O local foi tombado pelo instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Ipham) no ano de 1962. Em relação a sua constituição pode-se dizer que a gruta
apresenta uma iluminação cênica e possui ainda 3,2 km de extensão.
Geologicamente pode-se observar a formação de Estalactites no interior da
gruta, sendo essas formações rochosas sedimentares que por sua vez se originaram no
teto dessa gruta crescendo de baixio para cima.
Entrada da gruta.

Interior da gruta.
Estalactites no interior da gruta.

7ª Parada:
Mucugê – BA.

“Mucugê“ é um dos municípios do Estado da Bahia e sua localização fica a


latitude 13º00’19” sul e longitude 41º22’15” oeste estando ainda a uma altitude média de
983 metros e sua população é de aproximadamente 9 957 habitantes, tendo em vista que
essa apuração foi feita ainda em 2017 pelo IBGE, e sua área é de 2.482 km².
Em relação à economia local, pode-se dizer que Mucugê vive das atividades
relacionadas ao turismo em virtude de suas paisagens deslumbrantes como suas
montanhas magníficas, cachoeiras, comidas típicas dentre muitos outros, porem em
outrora Mucugê serviu de base comercial aos garimpeiros que buscavam por diamante ali
próximo.

8ª Parada:
Cemitério Bizantino

As construções são do começo do século 19, quando surtos de cólera e varíola


atingiram o lugar. Com as epidemias, era necessário um lugar distante da cidade para
enterrar os mortos. Já a influência bizantina veio dos compradores de diamantes de
origem turca que viviam aqui. Estes dois fatores foram determinantes na construção e
localização do cemitério. O império proibia o sepultamento em igrejas e por causa das
doenças contagiosas foi escolhido um local afastado da população, leitos de rios e
aquíferos. Mas, apesar de afastado, ele é de fácil acesso, fica na encosta de um morro à
frente da cidade e ao lado da rodovia.
9ª Parada:
Museu do Garimpo, Mucugê – BA

Ainda por volta dos anos de 1960 a maior fonte de renda da região da chapada
era voltada à extração e comercialização do diamante, daí vêm o nome da região:
Chapada Diamantina. Com o passar dos anos o comercio do diamante declinou sendo
que a exploração do diamante foi proibida na região.
Na Cidade de Mucugê está localizada o chamado Museu do Garimpo, onde se
pode encontrar diversificadas informações em relação ao período da extração do
diamante. Também se podem encontrar objetos utilizados na época do garimpo como
roupas antigas, objetos usados para lapidar as pedras dentre muitos outros. O próprio
museu do garimpo era uma toca de servia de base para os garimpeiros se alojarem ao
irem em busca das pedras preciosas.

10ª Parada:
Projeto Sempre Viva

O museu da sempre viva localizado no parque municipal de preservação Mucugê


Ba, região da Chapada Diamantina é uma das 14 unidades de conservação e proteção da
biodiversidade da região que tem uma área de 100 mil km² equivalente a 20% do
território baiano, essas unidades de conservação tem o objetivo principal preservar a
fauna e flora e seus recursos hídricos.
A primeira atividade econômica da região de Mucugê foi a extração de
diamante, que nos tempos de gloria da extração a população do município chegou a
mais de 25 mil habitantes com a decaída dos preços do minério e com as descobertas de
jazidas na África, ocorreu uma grande evasão populacional do município obrigando os
remanescentes viver em condições de vida bem precárias vivendo de plantas e da caça
de animais silvestres.
O Parque Municipal de Mucugê foi criado em 17 de maio de 1999 para abrigar o
Projeto Sempre Viva, que tem como objetivo a preservação de ecossistemas de domínio
rupestre. Em especial, de uma variedade de sempre-viva endêmica de Mucugê
(singonanthus Mucugensis Giulietti) que se encontrava ameaçada de extinção.
Com o alto valor da sempre viva no mercado internacional atraiu habitantes
novamente para o município, que inconsequentemente começou a ameaçar a vida da
planta. Já não bastasse as queimadas que ocorre devido ao clima seco da região a
colheita era feita antes da sua época de polimerização impedindo a reprodução da planta
levando a sérios ricos de extinção.

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