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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS AMBIENTAIS E


BIOLÓGICAS
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS
AMBIENTAIS

RAFANELE FLÁVIA DE OLIVEIRA PEREIRA

RELATÓRIO; SOBRE A SAIDA DE CAMPO EM ITATIM-BAHIA

Itatim,BA
2023

RAFANELE FLÁVIA DE OLIVEIRA PEREIRA

RELATÓRIO; SOBRE A SAÍDA DE CAMPO EM ITATIM-BAHIA

Trabalho apresentado á Universidade Federal do Recôncavo

Da Bahia como parte dos requisitos para aprovação no

Componente curricular GCCA832- Leitura de Ambientes 1 sob

A orientação dos docentes: Isabel Cristina Moraes e Gustavo

Luís Schacht
Itatim-BA
2023

Relatório sobre a saída de campo no município de Itatim BA que ocorreu no dia


22\09\2023
RESUMO
O município de itatim está localizado no estado da Bahia, a sua vegetação
predominante é a caatinga em virtude de seu clima semiárido. Esse bioma brasileiro
é conhecido por sua adaptação à escassez de água, apresentando arvores espinhosas,
plantas resistentes à seca e entre outras características.
É conhecida também por suas formações geológicas de inselbergs, que atraem vários
visitantes por sua paisagem natural ou estudantes de geologia, podendo encontrar
várias pinturas rupestre nessa formação rochosa.
É evidente a riqueza da fauna e flora que habita na cidade de itatim, temos como
exemplos a variedade de aves e mamíferos.
INTRODUÇAO
O município de Itatim, no princípio, foi colonizado por índios cariris e sabujás, os
quais foram expulsos pelos bandeirantes que passaram a viver na região, e também,
por negros escravizados fugidos das fazendas dos coronéis que aqui formaram
quilombos.

A cidade de itatim fica localizado em uma região brasileira conhecida como


semiárido, que está situado no estado da Bahia tem sua vista apontada pela existência
concreta de inselbergs e sua vegetação que está relacionada a caatinga.

O bioma Caatinga, formado pelo clima, plantas, animais e solo específicos, é mais
conhecido pela sua vegetação que leva o mesmo nome, predominantemente
constituída por florestas secas e de porte arbustivo (Lopes, 2007), a vegetação
predominante na vasta região semiárido do nordeste brasileiro é conhecido como
caatinga.

O município é considerado um ponto turístico já que as pessoas nas férias vão fazer
cicloturismo, trilha e entre outros e também é procurado por estudantes universitários
para o estudo da sua vegetação, relevo e as pinturas rupestre.
O trabalho de campo que foi produzido dia 22\09 teve como objetivo aprofundar
nossos conhecimentos visto em sala de aula com os docentes responsáveis e os
seminários que foram apresentados com o intuito de repassar as informações obtidas
por cada equipe para que facilitasse e esclarecesse a nossa saída de campo.

A saída obteve duas paradas, a primeira foi a ponta aguda é uma formação rochosa
em um nível bem alto e podemos considerar uma paisagem natural já que não
possuiu nenhuma interferência humana e a segunda foi a pintura rupestre onde
pudemos analisar vários desenhos em tons alaranjado e vermelho, como a pintura de
uma mão e outros desenhos que chama atenção de quem está vendo.

DESENVOLVIMENTO

Logo no início do campo podemos notar a presença dos inselbergs, Inselberg é o


termo usado para definir montanhas pré-cambrianas, geralmente monolíticas, de
gnaisse e granito que emergem subitamente do plano que as cerca, o qual foi
introduzido em 1900 pelo geólogo alemão Bornhardt (Krieger et al., 2003; Oumorou
& Lejoly, 2003; Porembski et al., 2000), chama a atenção pelo seu tamanho e
estrutura, na subida da primeira parada que está localizada na coordenada latitude .
S 12 42’59” e longitude. O 39 39’57” às 11;05 da manhã, o desenvolvimento de
inselbergs foi impulsionado pela diaclase local, estratificação e erosão, é notável
também a sua pastagem, poucos lagos e uma vista incrível que é a continuação da
serra da jiboia, observei que algumas das suas vegetações nasce no meio da rocha se
adaptando ao clima seco e suas folhas são finas ou até mesmo inexistentes.

A serra da jiboia é uma formação geológica, renomada por suas paisagens naturais
impressionantes e sua importância ambiental , essa serra é uma parte integrante da
região da Caatinga , conhecida pela
vegetação que é característica do sertão
nordestino.

Na região de Itatim existe uma zona de transição entre dois importantes segmentos
crustais do estado da Bahia, o bloco Jequié e o bloco Itabuna-Salvador-Curaçá,
quando se fala de bloco se referi ao um conjunto de rocha relativamente grande como
Itabuna-Salvador-Curaçá, no entanto é um bloco gigantesco de rocha que teve uma
origem associada a todo esses blocos.
Então a cidade de Itatim fica na zona de impacto entre eles, digamos assim, na zona
de impacto, a zona de sobreposição, os blocos mais densos descem e os menos
densos ficam em cima, e o que acontece é que nessa parte de impacto Jequié, os
maciços são mais densos e antigos e começam a sofrer um processo de soerguimento,
como no caso da Serra da Jiboia, que está diretamente relacionado a esse impacto,
existe uma zona de transição entre os maciços e é aqui que discutiremos. Quando
essas rochas entram em contato umas com as outras, elas criam reflexos.

A zona de transição é onde observaremos reflexos de rochas se tocando, e aqui


poderemos analisar e ver o surgimento de montanhas insulares, que são reflexos de
áreas de subversão material em fusão e fusão. Depois de regressar à superfície, existe
uma zona de transição em toda a área, onde podemos encontrar uma série de
montanhas insulares. No entanto, é onde ocorre a zona de choque.

Toda a área plana de itatim faz parte do complexo caraíba, é um conjunto de rocha
metamórfica de média e alto grau, pertence ao bloco Itabuna-Salvador-Curaçá.

As plantas da caatinga pelo fato delas possuir pouquíssima água no solo, o calor é
muito forte evapotranspira mas do quer elas absorvem da precipitação, elas tem o seu
processo de adaptação, é o papel ecológico da planta.

Na vegetação no município de itatim é possível reparar a grande quantidade de


cactos, pode ser uma estratégia já que tais plantas possui uma grande reserva de água
que lhe permitem sobreviver em ambientes áridos ou pode servir como fonte de água
ou alimento para os animas que habita nesse local.

No bioma caatinga as plantas possuem a sua folhagem menores do que em áreas de


mata com mais chuvas que consequentemente tem a sua folhagem maior por receber
mais fonte de água.
Cactos
Na segunda parada foi nas pinturas rupestre são imagens desenhadas ou pintadas nas
pedras, foram criada por povos indígenas, é uma arte pré-histórica, para a sua
realização era utilizado elementos naturais como argila, carvão vegetal ou sangue de
animal, aplicado pelo seus próprios dedos ou pincel artesanais. O estudo dessas
pinturas rupestres ajuda os arqueólogo e antropólogos a entenderem melhor a
evolução da arte, da cultura e da tecnologia ao longo do tempo.

Há relatos de que essas pinturas rupestres têm quatro mil anos, era quando a
comunidade buscava refúgio nas cavernas localizadas na parte inferior dos
inselbergs. Devido a esse fato várias dessas cavernas exibem pinturas com núcleos
distintos, o que levanta a questão de se cada caverna possuía sua própria
representação.

Cada grupo étnico, por ser analfabeto, expressava sua cultura através de desenhos
variados, para eles essas pinturas funcionavam como uma espécie de fotografia,
capturando animais, cenas de caça e episódios de guerra da região.

IMAGEM
Foi observado que nas proximidades da pintura rupestre ocorre uma atividade de
destruição, a mineradora está realizando uma extração material de granito, é usado na
pavimentação, contribuindo para a economia do município.

As empresas de mineração usam dinamite para a primeira explosão e depois


removem blocos maiores de pedra, que são quebrados manualmente em blocos
menores. Infelizmente, esta atividade já resultou na destruição de paredes contendo
pinturas rupestres, sendo uma perda significativa de património, cultural e histórico.

A pecuária está presente também próximo a esse local, é possível observar isso pela
presença de gado que transita nessa região, evidenciada pela quantidade significativa
de fezes no local.
Após nossa visita as pinturas rupestres, encontramos uma formação geológica que
segue uma trajetória irregular, apresentando tantos trechos retos quanto curvas não
uniformes, se trata de um processo erosivo, quando não há um crescimento de
vegetação próximo um ao outro para diminuir o impacto da agua, a chuva desce com
grande velocidade, escavando o terreno de forma significativa. Sem a presença da
vegetação para conter a água, esta flui com ímpeto, criando sulcos e aprofundando-se
a cada chuva subsequentemente.
https://www.scielo.org.mx/scielo.php?pid=S1405-27682014000100003&script=sci_arttext

https://www.itatim.ba.gov.br/Handler.ashx?f=f&query=2467e91f-6763-4fb8-8448-
1f570e057863.pdf

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