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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS

CRISTINA BALDUINO DE SOUZA


GLEICIELLY DOS SANTOS VIEIRA
ROSIMAR JESUS DA SILVA

GESTÃO ESCOLAR:
PERSPECTIVAS DE UMA GESTÃO PARTICIPATIVA

GOIÂNIA-GOIÁS
2019/2
CRISTINA BALDUINO DE SOUZA
1
GLEICIELLY DOS SANTOS VIEIRA
ROSIMAR JESUS DA SILVA

GESTÃO ESCOLAR:
PERSPECTIVAS DE UMA GESTÃO PARTICIPATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como


requisito para nota da disciplina de TCC, necessária
para a graduação do curso de Pedagogia da Faculdade
Unida de Campinas – FacUnicamps.

Orientação do Prof. Dr. Israel Serique dos Santos.

GOIÂNIA- GOIÁS

2019/02

2
FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS – FacUNICAMPS
Recredenciada pela Portaria MEC nº262 de 18/04/2016

GESTÃO ESCOLAR:
PERSPECTIVAS DE UMA GESTÃO PARTICIPATIVA

SCHOOL MANAGEMENT:
PROSPECTS OF PARTICIPATORY MANAGEMENT

CRISTINA BALDUINO DE SOUZA1


GLEICIELLY DOS SANTOS VIEIRA2
ROSIMAR JESUS DA SILVA3
ISRAEL SERIQUE DOS SANTOS4

RESUMO
O presente artigo disserta sobre Gestão escolar, Perspectivas de uma gestão participativa, tendo como objetivo
explanar o contexto onde evidencia a importância desse modelo de gestão na atualidade. A metodologia utilizada
foi a pesquisa bibliográfica pela qual se fez a leitura de estudos que abordam o assunto, a discussão de grupo e o
desenvolvimento dissertativo do tema em questão. A partir da pesquisa realizada foi possível compreender e
refletir sobre a concepção de gestão participativa no contexto escolar, permeando as evidências de conhecimento
necessário a pratica da gestão democrática e participativa. Conclui-se que em face das novas demandas que a
escola enfrenta, no contexto de uma sociedade que se democratiza e se transforma, a gestão escolar implica
numa tomada de posição dos pais, professores, funcionários, estudantes e de toda a comunidade escolar, pois a
função social da escola é melhorar através das parcerias os resultados do ensino, consolidando o compromisso
com a comunidade e com a qualidade de ensino dos discentes que esperam dessa escola aprenderem cada vez
mais e transformar cidadãos críticos e conscientes de que sua atuação na sociedade é de suma importância para o
êxito da humanidade que se preocupa com um futuro melhor.

Palavras-chave: gestão, democrática, comunidade.

ABSTRACT

1Graduanda do curso de pedagogia da Faculdade Unida de Campinas - Facunicamps. E-mail:


cristinah_souza@hotmail.com
2Graduanda do curso de pedagogia da Faculdade Unida de Campinas - Facunicamps. E-mail: gleicielly57
@gmail.com
3Graduanda do curso de pedagogia da Faculdade Unida de Campinas - Facunicamps. E-mail:
roolsemar@gmail.com
4 Doutorado em ciências da religião, licenciado em pedagogia e matemática, bacharel em teologia e
complementação pedagógica em história. E-mail: israelserique@gmail.com.
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This paper discusses School Management, Perspectives of Participatory Management, aiming to explain the
context in which the importance of this management model is evident today. The methodology used was the
bibliographic research through which was read the studies that address the subject, the group discussion and
the dissertative development of the theme in question. From this research it was possible to understand and
reflect on the conception of participative management in the school context, permeating the evidences of
knowledge necessary to the practice of democratic and participative management. It is concluded that in the
face of the new demands that the school faces, in the context of a democratizing and changing society, school
management implies a position of parents, teachers, staff, students and the whole school community, because
The social function of the school is to improve the teaching results through partnerships, consolidating the
commitment to the community and the quality of education of the students who expect this school to learn more
and to transform critical citizens aware that their performance in society is of great importance for the success
of humanity concerned with a better future.
Keywords: Management. Democratic. Community.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como tema a gestão participativa, enfocando sua contribuição na
reflexão de como um gestor deve proceder no âmbito de uma gestão democrática. Ele aborda
os conhecimentos e as atitudes necessárias a um gestor que se preocupa com a participação
dos servidores, dos alunos e da comunidade dentro de sua administração.
Os objetivos propostos para o desenvolvimento dessa pesquisa são: refletir sobre a
concepção de gestão participativa no contexto escolar, visando a investigar a efetiva
participação dos servidores na tomada das decisões no ambiente educacional; compreender a
importância de uma boa administração escolar dentro do contexto social, cultural e científico
de uma comunidade, e identificar os fatores que são necessários para o desenvolvimento da
gestão escolar democrática e participativa.
Atualmente, a palavra gestor vem ganhando destaque dentro da instituição escolar,
devido ao seu valor decorrente da vigência administrativa que, quando bem sucedida, traz
resultados significativos dentro do projeto educacional. Nesta perspectiva, fizemos,
teoricamente, uma análise procedimental das atuações necessárias e pertinentes à atualidade,
almejando o pleno desenvolvimento dos educandos inseridos dentro deste espaço vital ao
desenvolvimento pleno da cidadania.
As escolas estão sendo progressivamente responsabilizadas pelos resultados que
produzem e questionadas pelos problemas centralizados. Diante disso, surgem as seguintes
questões: como podem solucionar problemas vigentes à educação dentro da instituição
escolar; qual a responsabilidade do gestor e qual a perspectiva de uma gestão participativa que
solucione problemas, e como trazer à escola uma administração qualificada e empreendedora
dentro do âmbito escolar. No âmbito direcionador que rege as diretrizes de uma gestão
4
participativa, conhecer os desafios e ter ciência da liderança necessária já é um passo
determinante para alcançar a excelência na gestão. Parte, daí, a busca por aprimoramento
profissional em diversos ramos administrativos, a fim de buscar soluções adequadas em cada
situação que possa acometer atuações na gestão da escola.
Esta pesquisa é relevante para o campo da educação, à medida que se propõe a
entender como a administração escolar é realizada. É importante entender os entraves que a
gestão escolar participativa possui, bem como seus maiores desafios, visando sempre a uma
boa administração que atenda a escola como um todo. A gestão participativa é uma forma de
gestão que também concentra as divisões de trabalho e contribui para detectar as possíveis
falhas nos processos administrativos, para então se buscar alternativas de melhoria com
resultados satisfatórios, tanto para a qualidade do serviço como para a satisfação deste
servidor, para os alunos e a comunidade como um todo.
Para o desenvolvimento desse trabalho, optou-se pela pesquisa bibliográfica, que tem
o intuito de buscar embasamentos teóricos na temática em questão, através da leitura de vários
artigos científicos, revistas eletrônicas e livros de autores que tratam sobre este tema. A
pesquisa do presente estudo é descritiva por tentar descrever as relevâncias da perspectiva da
gestão participativa dentro do âmbito educacional, assim como os desafios enfrentados e os
eixos a serem analisados para o bom andamento da gestão.
Essa temática já foi desenvolvida por outros autores, entre eles: Lück (2009); Libâneo
(2008); Souza (2006) e outros. Lück fala sobre os desafios da liderança nas escolas, pois
somente uma escola bem dirigida obtém bons resultados. Libâneo disserta sobre as
concepções de organização e gestão escolar, e Souza enfatiza as disfunções que acarretam
perda e comprometem a eficácia e a efetividade da gestão.
Cabe destacar aqui a forma com que esse artigo está organizado. O capítulo 1 trata das
considerações inicias sobre a gestão escolar, na qual se discute seu conceito. No capítulo 2,
sobre o gestor e a gestão participativa, buscando evidenciar a condução do gestor dentro de
sua prática de gestão. No capítulo 3, se discorrem sobre a gestão participativa e as demandas
na escola, que articulam a importância da coletividade dentro de todas as ações de gestão. Por
fim, concluímos acerca de toda a pesquisa, informando sobre a importância relevante desse
trabalho dentro da perspectiva de uma gestão eficiente na sociedade atual.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A GESTÃO ESCOLAR

1.1 Conceito de Gestão Escolar

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A gestão está presente em todas as empresas e instituições públicas e particulares,
sendo atualmente fundamental e necessária no setor de educação. A gestão escolar engloba as
incumbências que as unidades escolares possuem, tais como: elaborar e executar a proposta
pedagógica e administrar o pessoal e os recursos materiais e financeiros. Neste sentido, Lück
(2009) afirma que:
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação
destinada a realizar o planejamento, a organização, a liderança, a orientação, a
mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos necessários
à efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção da aprendizagem e
formação dos alunos (LÜCK, 2009, p. 23).

Portanto, a partir do pensamento dessa autora, a gestão escolar deve ser vista como o
processo contínuo e permanente de promover a organização, mobilização e execução das
ações necessárias para manter e aprimorar uma instituição de ensino. A gestão é o fator que
articula os trabalhos dos diferentes setores da instituição, garantindo que todos funcionem
bem.
O profissional de gestão escolar é aquele que lidera e supervisiona esses trabalhos.
Para isso é importante que ele tenha uma visão ampla da instituição em que está. Esse
profissional precisa ter noções de administração financeira, acadêmica e pedagógica, além da
consciência da missão da escola ou do curso. Com uma gestão adequada, tudo deve convergir
para o objetivo maior da instituição de ensino: formar cidadãos capazes e independentes.
Segundo Libâneo (2008, p. 101), “a gestão é a atividade pela qual são mobilizados
meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os
aspectos gerenciais e técnico-administrativos”.
Para Souza (2006):

A gestão escolar pode ser compreendida como um processo político, de disputa de


poder, explicitamente ou não, através da qual as pessoas agem sobre ela pautam-se
predominantemente pelos seus próprios olhares e interesses acerca de todos os
passos desse processo, com vistas a garantir que as suas formas de compreender a
instituição e os seus objetivos prevaleçam sobre os dos demais sujeitos, ao ponto dos
demais sujeitos a agirem como eles pretendem (SOUZA, 2006, p. 57).

Sendo assim, podemos dizer que gestão tem por característica ser uma atividade de
liderança, na qual se propõe a desenvolver tarefas que envolvem aspectos gerenciais, técnicos
e administrativos.

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Por fim, Lück (2009, p. 22) afirma que gestão é o ato de gerir a dinâmica cultural da
escola, afinada com as diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de
seu projeto político-pedagógico. A autora, ainda, é compromissada com os princípios da
democracia e os métodos que organizam e craem condições para um ambiente educacional
autônomo de participação, compartilhamento e autocontrole.
Além disso, a gestão escolar tem como objetivo propiciar aos estabelecimentos
escolares uma administração eficiente, sendo fundamental no processo de democratização da
escola, englobando tanto os aspectos pedagógicos como o aspecto burocrático. Deste modo é
importante que a gestão educacional esteja pautada em aspectos democráticos e participativos,
sendo que esta construção coletiva de objetivos resulta na melhoria da instituição, enquanto
local de formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a sociedade.

1.2 As Esferas da Gestão Escolar

1.2.1 Gestão administrativa

A gestão administrativa é a parte burocrática da escola, a ciência social que estuda e


sistematiza as práticas usadas para administrar. O gestor terá que olhar toda a estrutura
envolvida, as condições e a organização física. É preciso investigar se há necessidade de
melhorias, e o gestor tem que ter o objetivo de estabelecer metas, planejá-las e alcançá-las.
Para Libâneo (2004, p. 101), as escolas são organizações nas quais os homens interagem para
promover a formação humana de seus semelhantes. Para que as escolas realmente funcionem,
faz-se necessário que o gestor tenha a capacidade de tomar decisões e de assumir o controle
delas, ocorrendo, então, a gestão.
Nessa esfera da gestão escolar, o gestor deve ter um bom planejamento, e isto é
essencial para uma gestão administrativa eficiente, precisando-se traçar objetivos e ter pessoas
com quem possa contar. É importante que esse gestor acompanhe e avalie todo processo
administrativo e, se houver necessidade, fazer um projeto de intervenção, traçar novas metas e
fazer novos planejamentos.
Nesse processo, ter uma boa comunicação é essencial para haver uma gestão de
excelência. A gestão administrativa não é uma tarefa simples, mas pode ser mais fácil com a
ajuda de uma boa equipe que tem a clara percepção para quais propósitos educacionais o
gestor escolar está conduzindo sua equipe.
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A gestão administrativa escolar faz o gerenciamento de processos, recursos e pessoas.
O gestor escolar é responsável por verificar os recursos financeiros, como estes estão sendo
utilizados e para o que estão sendo utilizados. Ele, também, cuida da manutenção da escola,
dos recursos que os professores têm e se ela está em bom estado para ser usada. Essa área
deve estar interligada com as demais para que ocorra um bom funcionamento da escola. A
gestão administrativa escolar deve fornecer ferramentas que auxiliem a melhoria do
desenvolvimento das atividades administrativas da escola. A tecnologia é uma dessas
ferramentas que o gestor tem a seu favor, devendo ser usada com o objetivo de facilitar e
aperfeiçoar processos financeiros, estatísticos etc.
Gestão é a atividade que põe em ação o sistema organizacional. Para Souza (2006, p.
57), “a gestão escolar pode ser compreendida como um processo político, de disputa de poder
voltado para compreensão e manutenção da instituição escolar.” A partir daí podemos dizer
que gestão tem por característica ser uma atividade de liderança, a qual se propõe a
desenvolver tarefas que envolvam aspectos gerenciais, técnicos e administrativos. Nesta
direção, Mendes (2009, p. 96) destaca que: “[...] vontade política da administração, na
implementação da política da gestão constitui um elemento fundamental para o sucesso das
ações propostas dentro de sua gestão”.

1.2.2 Gestão pedagógica

A gestão participativa reúne os profissionais para planejar e discutir objetivos


específicos e os métodos de ensino e aprendizagem do aluno. A definição da abordagem da
prática deve levar em consideração os objetivos estabelecidos e o perfil dos alunos com os
quais se trabalhará. Os conteúdos curriculares são elaborados, e as metas para o ano são
traçadas de acordo com as que são planejadas.
A gestão pedagógica deve fazer o acompanhamento e a avaliação do rendimento do
que foi planejado anteriormente. Dentro das estratégias, dos objetivos e das metas, verifica-se
se é possível alcançar bons resultados e entender os motivos que levaram a um não
aproveitamento. É por meio da gestão pedagógica que se definem quais são os parâmetros de
ensino-aprendizagem que a escola adotará, através de materiais e treinamento de professores
que permitirão atingir seus objetivos.
O principal responsável pela gestão pedagógica é o coordenador pedagógico, que
deve preparar o corpo docente para as atividades a serem realizadas, assim como mensurar os
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resultados do desempenho de professores e alunos da escola. A gestão escolar e a gestão
pedagógica devem estar em sintonia para que o ambiente escolar seja o mais propício possível
para a aprendizagem dos alunos.
A gestão pedagógica é o pilar mais importante, pois ela atua diretamente na aquisição
de conhecimentos, na formação e no desenvolvimento de competências e habilidades dos
alunos, sendo responsável pela organização e pelo planejamento da proposta política e
pedagógica de ensino da escola. Para cumprir seus objetivos, a gestão pedagógica engloba
quatro áreas: gestão de currículo, gestão da ação docente, gestão do patrimônio e gestão de
resultados. Relacionada à gestão pedagógica, a gestão do currículo é responsável por
estabelecer as diretrizes do currículo da escola.
Segundo Lück (2009, p. 100), “O currículo é válido e significativo na medida em que
promove oportunidades efetivas que orientam os alunos a aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e a aprender a ser de forma integrada dentro e fora da instituição
escolar e na pratica do dia a dia na sociedade”.
Já a gestão da ação docente é responsável por motivar a participação dos professores
no cumprimento dos objetivos educacionais. O papel do docente na educação passou e passa
por transformação. A ação docente visa à educação das competências e também das
sensibilidades, e a eficácia do processo educacional se dá à medida que se atende ambas as
necessidades.
Por fim, Lück (2009) afirma:

Embora na sala de aula o professor deva ser a autoridade máxima e ter autonomia
pedagógica, seu trabalho é aberto à observação e sua autonomia se assenta sobre o
seu dever e responsabilidade de fazer um bom trabalho com todos os alunos,
cabendo ao diretor orientá-lo nesse trabalho, a fim de garantir que o aluno tenha um
ensino de qualidade, e para que isso seja possível todo o corpo da escola deve estar
envolvido, os gestores devem fazer com que isso não fique somente no papel, mas
deve garantir que seja eficaz. Ser um gestor é pensar além dos problemas
burocráticos, ser um gestor também é ser um educador e também deve assegurar os
direitos dos alunos serem educados e serem cuidados da melhor forma possível
(LÜCK, 2009, p. 101).

O papel do diretor dentro da escola é essencial, principalmente quando envolve a


gestão pedagógica. Ele é considerado o responsável por levar o campo pedagógico rumo ao
sucesso e, para tanto, deve receber o apoio do coordenador pedagógico, que ajudará na
elaboração e aplicação de projetos e planos.
Já a gestão da ação docente é responsável por motivar a participação dos professores
no cumprimento dos objetivos educacionais. O papel do docente na educação passou e passa
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por transformações, portanto, a ação docente visa à aquisição de novas competências e
sensibilidades, com vistas à eficácia no processo educacional.
A gestão do patrimônio é responsável por determinar as tecnologias e os equipamentos
necessários para atingir os objetivos educacionais e o cumprimento do currículo estabelecido.
Para o bom gerenciamento do patrimônio escolar é preciso que o gestor trabalhe na
perspectiva de integrar estas duas vertentes, necessariamente complementares: o patrimônio
material e o patrimônio imaterial. Só faz sentido existir o prédio se a instituição nele abrigada
desempenha com clareza seu papel na comunidade ao longo de sua existência, cumprindo sua
função social.
A gestão democrática também resulta numa gestão de resultados, pois é responsável
por avaliar o desenvolvimento dos professores e dos alunos. Dentro desta perspectiva, a sala
de aula é o lugar onde se promove experiências, no sentido de orientar e dar um norte para os
alunos e para a melhoria do desenvolvimento cognitivo Tanto o gestor como o professor
devem observar o desempenho dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Lück (2009),

[...] embora na sala de aula o professor deva ser a autoridade máxima e ter
autonomia pedagógica, seu trabalho é aberto à observação e sua autonomia se
assenta sobre o seu dever e responsabilidade de fazer um bom trabalho com todos os
alunos, cabendo ao diretor orientá-lo nesse trabalho (LÜCK, 2009, p. 101).

O planejamento escolar é o ponto mais importante da gestão escolar, que definirá os


objetivos pedagógicos da equipe. O coordenador pedagógico é responsável pela elaboração
desse planejamento, e ele deve compartilhar com o corpo docente e com os professores, para
amadurecer esse planejamento. A gestão escolar atua estabelecendo diretrizes para que seus
professores possam planejar as suas aulas de acordo com o plano político-pedagógico da
escola.
Por fim, a função do gestor é garantir que o aluno tenha um ensino de qualidade, e,
para que isso seja possível, todo o corpo técnico da escola deve estar envolvido. Os gestores
devem fazer com que isso não fique somente no papel, mas devem garantir que seja eficaz.
Ser um gestor é pensar além dos problemas burocráticos e assegurar os direitos dos alunos de
serem educados da melhor forma possível.

1.2.3 Gestão de recursos humanos

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Para Ribeiro (2006, p. 01), “A área de Recursos Humanos tem como objetivo principal
administrar as relações da organização com as pessoas que a compõem, consideradas, hoje em
dia, parceiras do negócio, e não mais meros recursos empresariais”. A gestão de recursos
humanos baseia-se nos estudos de como uma empresa gerencia e organiza as pessoas que a
compõe. O gestor qualificado tem que entender não só de educação, mas também de
administração de recursos humanos e materiais, políticas de administração, tendo em vista
que esta é uma área bem heterogênea nas relações interpessoais. Cada um já traz sua própria
carga de experiências pessoais e profissionais.
O RH é o departamento que faz com que a instituição esteja regulamentada junto aos
órgãos trabalhistas, como ao Ministério do Trabalho, de acordo com a constituição federal. A
parte burocrática é a admissão, a compensação e o desligamento do funcionário. Entretanto, o
RH funciona também como gestão de pessoas e deve ser o elo entre o trabalhador e os seus
superiores e um mediador de conflitos internos e externos da instituição/funcionários.
Segundo Ribeiro (2006):

Os recursos humanos expõem algumas funções e características essenciais para um


líder, são elas [...] avaliar, prever, orientar, delegar, construir equipes, promover
qualidade, autoconhecimento, conhecimento do trabalho, da organização, do
negócio e do mundo; [...] e ser consciente, cuidadoso, honesto e justo, econômico,
perceptivo, preparado, seguro do que faz resguardado e ágil. Portanto para realizar
uma gestão escolar de forma adequada, profissional e bem sucedida é
imprescindível que o gestor seja de múltiplas facetas, pois são inúmeras as áreas
que demandam atenção especial dos gestores e coordenadores de instituições
escolares, sendo que a capacidade de olhar, organizar e atuar em todas elas é o que
definira o seu sucesso como gestor (RIBEIRO, 2006, p. 20).

Todas essas características são esperadas de um líder de gestão, mas, como é um cargo
ocupado por um ser humano, pode, portanto, haver falhas. Por isso, o gestor precisa de uma
equipe de apoio preparada e com o mesmo propósito para ajudá-lo a gerir a instituição. Essa
troca de saberes gera experiências e aprendizados.
Sabemos que o relacionamento pode ser uma das partes mais sensíveis do processo de
gestão escolar. Por isso é extremamente importante que o gestor: dê atenção extra para todos
os funcionários que integram a equipe da sua instituição de ensino; seja compreensível e
elabore formas de interação que sejam benéficas para a sua escola e para a sua equipe;
programe metas e crie estratégias de crescimento que estipulem o bom desempenho do
funcionário; seja compreensível, para que este desempenhe um trabalho de maior qualidade,

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no qual o bem maior é o aluno e seu aprendizado, depois o crescimento da instituição, que
será inevitável diante de uma boa gestão administrativa.

1.3 Gestão democrática

Gestão democrática é aquela que envolve a participação de toda a comunidade no


âmbito escolar, no qual as decisões são coletivas, pois o interesse de mudanças e melhorias é
de um todo, como dos gestores, professores, familiares, funcionários, alunos e das instâncias
colegiadas. Assim, todos podem opinar ativamente nas decisões e ações da escola.
Para Penin (2001, p. 17), “[...] a escola representa a instituição que a humanidade criou
para socializar o saber sistematizado. Assim sua função social varia, relacionando- se aos
mais diferentes momentos da história, as culturas, conforme a região e povos que compõem a
comunidade escolar.” As constantes mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas no
mundo requerem que a escola atenda a essas novas exigências. Desta maneira, uma escola
bem organizada é aquela que atende as novas exigências políticas e socioculturais, lutando
contra a exclusão social, na qual todos podem ter uma participação ativa nesse processo.
Esse modelo de gestão requer um planejamento pedagógico participativo, no qual a
escola fica aberta e acessível ao diálogo e a novos projetos que visam a uma mudança
significativa no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Essas novas
mudanças e transformações da educação exigem novas medidas que vão muito além de uma
gestão meramente burocrática. Ela deve ser democrática e pautada em vínculos da escola com
a comunidade e com um currículo voltado para a realidade daquele local, com propostas
pedagógicas que atendam as necessidades dos estudantes.
Já que a escola é uma instituição voltada para a comunidade, nada mais justo que esta
esteja presente nas suas decisões de melhorias, num interesse comum, onde todos os agentes,
são autores diretos ou indiretos neste processo de gestão democrática da educação. Neste
contexto, é necessário que o gestor que desenvolve esse modelo de gestão seja inovador,
reflexivo, participativo e negociador, com a visão voltada para o futuro. Somente com essa
prática participativa, voltada para todos, sairemos do modelo tradicional, no qual um só
administrava.
Destarte, o gestor é o grande responsável por desenvolver projetos que atendam as
necessidades da escola, como uso de recursos, prioridades de aquisição, tomada de decisões,
priorizando sempre a melhoria e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Em muitas
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escolas, esse modelo tem revolucionado os aspectos administrativos, pedagógicos, relacionais
e o processo de aprendizado.
Segundo Krawzyk (1999, p. 118-119), “[...] este novo modelo de gestão escolar faz
questão de propor a construção de instituições autônomas com capacidade de tomar decisões,
elaborar projetos vinculados às necessidades e aos interesses da comunidade”. Esta prática
visa ao uso adequado dos recursos materiais e a escolher as estratégias que permitam chegar
aos resultados educacionais desejados e que, em seguida, serão avaliados pelas autoridades
centrais.
Para Libâneo (2005, p. 332), “[...] o gestor escolar tem de se conscientizar de que ele,
sozinho, não pode administrar todos os problemas da escola.” O caminho é a
descentralização, isto é, o compartilhamento de responsabilidades com alunos, pais,
professores e funcionários. Isso se chama gestão democrática, e todos os atores envolvidos no
processo participam das decisões.
Assim, tratam-se as decisões coletivamente e participativamente, colocando-as em
práticas. Para isso, a escola deve estar bem coordenada e administrada. Não queremos
dizer com isso que o sucesso da escola reside unicamente na pessoa do gestor ou em uma
estrutura administrativa autocrática na qual ele centraliza todas as decisões. Ao contrário,
entende-se o papel do gestor como líder cooperativo, de alguém que consegue aglutinar as
aspirações, os desejos e as expectativas da comunidade escolar, articulando a adesão e a
participação de todos os segmentos da escola na gestão, em um projeto comum. “O diretor
não pode ater-se apenas às questões administrativas. Como dirigente, cabe-lhe ter uma visão
de conjunto e uma atuação que apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos,
administrativos, financeiros e culturais” (LIBÂNEO, 2005, p. 332).
Dessa forma, para a construção de uma gestão democrática efetiva é importante que o
gestor crie uma porta aberta para o diálogo com a comunidade, para que todos possam
colaborar e despertar o interesse participativo de todos. Trazer uma nova realidade de
administração, de acordo com o interesse local, para que o aluno possa sentir desejo de estar
na escola é dar voz ao coletivo, para se alcançar novos patamares e crescer como instituição.
Assim, todos ganham com um ambiente escolar harmonizado e um ensino de qualidade.
Muitos ainda são os problemas a serem enfrentados. Há muitas mudanças a serem
feitas, paradigmas a serem quebrados e projetos a serem elaborados, que visam ao interesse e
à participação de todos, pais, alunos, mestres, coordenadores, administradores, levando-os a
um interesse comum.
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Portanto, se, para Penin (2001, p. 17), “a escola é a instituição que se criou para
construir um saber sistematizado”, para Krawzyk (1999, p. 118-119), “elas estão cada vez
mais autônomas e capacitadas para tomar suas próprias decisões voltadas para o interesse da
comunidade”. Ainda para Libâneo (2005, p. 332), “o gestor é o grande responsável por essa
descentralização de poder”.

2 O GESTOR E A GESTÃO PARTICIPATIVA

Na gestão participativa, a comunidade faz parte das decisões dentro da instituição


escolar, lembrando, sempre, que não faz uma gestão democrática sem a participativa. Libâneo
(2004) afirma que:

a escola é o lugar de aprender a desenvolver capacidades intelectuais, sociais,


afetivas, éticas por meio de canais de participação, e assim deixa de ser um lugar
separado da realidade do aluno e passa a conquistar o status de uma comunidade
educativa que interage com a sociedade (LIBÂNEO, 2004, p. 102).

O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que: apoia o estabelecimento das
prioridades; avalia e participa na elaboração de programas de ensino e de programas de
desenvolvimento e capacitação de funcionários; incentiva sua equipe a descobrir o que é
necessário para dar um passo à frente; auxilia os profissionais a melhor compreender a
realidade educacional em que atuam; coopera na solução de problemas pedagógicos; estimula
os docentes a debaterem em grupo e a refletirem sobre sua prática pedagógica; experimenta
novas possibilidades, bem como enfatiza os resultados alcançados pelos alunos.

2.1 O Gestor e Sua Prática Profissional

A gestão escolar engloba todas as atividades da instituição. Ela é responsável, através


de seu gestor, por garantir a organização e o desenvolvimento da gestão da escola,
materializando planos e projetos elaborados por esta. A instituição escolar é formada na sua
estrutura por pessoas e, para que ela seja uma instituição integradora, é necessário que o
gestor, o corpo docente e discente trabalhem em harmonia. Ou seja, tenham objetivos comuns
que, no caso da escola, busca por uma educação de qualidade para todos.
Para Libâneo (2012, p. 10-11),” as escolas são organizações educativas que têm tarefas
sociais e éticas peculiares, com um caráter profundamente democrático”. Neste contexto, o
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gestor, como agente de mudança, necessita trabalhar constantemente para desenvolver a
capacidade de autorrenovação interna de seu pessoal e de sua organização como um todo.
Para atingir seus objetivos, ele precisa de meios operacional, tecnológico, cultural e
organizacional, projetos de gestão e de tomada de decisões e avaliação para que possa analisar
os resultados que contribuem para o processo formativo e o aperfeiçoamento da gestão.
A instituição escolar depende de seus profissionais. Estes devem exercer o papel de
líderes talentosos e preparados, para aplicar seus conhecimentos e proporcionar ao educando
conhecimento reflexivo em relação à realidade atual.
A qualidade da educação é de interesse tanto da equipe escolar como dos pais e, por
isso, faz-se necessário uma relação mais próxima entre a escola e as famílias. Quando o gestor
e sua equipe perguntam, registram e divulgam as necessidades e aspirações da comunidade
escolar, há uma maior possibilidade de se atingir o principal objetivo da educação: formar
cidadãos não apenas com conteúdos teóricos, mas também críticos e com capacidade de fazer
escolhas conscientes.
De acordo com Libâneo (2005), a gestão democrática participativa valoriza a
participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, apostando na
construção coletiva dos objetivos e do funcionamento da escola através do diálogo, do
consenso. Para que haja uma verdadeira gestão democrática, o diretor deve ter ideais
participativas. Ele deve comunicar, esclarecer, perguntar e delegar responsabilidades entre
todos os que participam da comunidade escolar. Os participantes desta comunidade precisam
entender sua responsabilidade no grupo, pois, em um modelo participativo, as decisões
atingem a todos.

2.2 Cultivando uma Cultura Organizacional Colaborativa

Segundo Chiavenato (2003, p. 122), a liderança “é essencial em todas as funções da


Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as
pessoas, isto é, liderar”. As atitudes de todo ser humano sofrem influência do cotidiano em
que vive, das percepções familiares, do círculo de amizades, das tecnologias às quais tem
acesso, da empresa em que atua, entre outras formas de intervenção.
Dentro do contexto escolar, quando desenvolvida a cultura organizacional
colaborativa, as pessoas são influenciadas pela cultura da organização. Ribeiro (2006, p. 29)
enfatiza que a “[...] cultura organizacional [...] são os valores, crenças e atitudes da empresa
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que os empregados compartilham”. Diante da perspectiva de gestão organizacional, promove-
se uma diretriz que estimule um comportamento e uma mentalidade de seus membros
peculiares aos interesses do exercício da cidadania em sua integralidade, com práticas das
representações simbólicas, que dão sentido ao funcionamento empresarial para os
funcionários. Isso faz com que eles repitam atividades e rituais que deixam visíveis certos
aspectos da cultura organizacional.
A cultura é resultante da vida em sociedade, na qual o indivíduo está inserido. Por
meio das vivências sociais, cada organização terá uma cultura organizacional que abrange
resquícios de suas diversidades de normas, crenças, regras e relações que ocorrem em cada
uma delas.
Percebe-se que as diferenças culturais e individuais exercem forte influência na cultura
da organização, pois as crenças e os valores estabelecidos pelos funcionários são informais e
possuem valor simbólico, criando subculturas dentro da cultura maior da organização.
Para Chiavenato (2010, p. 29), a cultura organizacional deixou de privilegiar as
tradições antigas e passou a se concentrar no presente, fazendo com que o conservantismo e a
manutenção do status quo cedessem lugar à inovação, à mudança de hábitos e de maneiras de
pensar e agir.
Assim, percebe-se que a equipe de trabalho, dentro da instituição escolar, deve
compartilhar da cultura da empresa para que esta implante estratégias bem-sucedidas e
mudanças sobre os aspectos culturais de uma organização que seja resultante da coletividade
de influências culturais. É necessário, ainda, carregar as perspectivas filosóficas da própria
instituição, para que haja um engajamento dos ideais estabelecidos a serem compartilhados
com a sociedade.

3 A GESTÃO PARTICIPATIVA E AS DEMANDAS NA ESCOLA

A gestão democrática se caracteriza pela colaboração de todos os seus agentes, em


todos os setores da escola e da comunidade. Estes participam efetivamente do processo de
gestão através da elaboração de projetos pedagógicos ou de outras formas de participação, o
que envolve não somente profissionais da educação, mas também a comunidade e os alunos.
As ações compartilhadas e descentralizadas do poder nas tomadas de decisões já são passos
importantes na gestão participativa.

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[...] a democratização da gestão e a educação com qualidade social implicam a
garantia do direito à educação a todos, por meio de políticas, programas e ações
articulados para a melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das
escolas, privilegiando a construção da qualidade social inerente ao processo
educativo (MALHEIROS, 2008, p. 14).

Isso evidencia que a gestão participativa dá maiores garantias do melhor


desenvolvimento educacional dos discentes, pois o engajamento coletivo fortalece as
perspectivas de uma administração mais articulada e democrática. Essa gestão também
articula os diferentes agentes institucionais da sociedade civil e garante ampla mobilização e
participação democrática e participativa nas tomadas de decisões, assegurando mais
representatividade e participação de todos os interessados em construir uma gestão
participativa.

3.1 A Relevância da Gestão Participativa no Processo de Ensino-Aprendizagem

De acordo com a UNICEF, a gestão democrática nas escolas é um dos caminhos mais
importantes para se alcançar a qualidade na educação e, quanto mais a família, os estudantes,
professores, diretores e toda a comunidade participam das atividades e decisões da escola,
mais chances a criança tem de aprender. Quando este processo não acontece, a escola perde
uma oportunidade de crescimento com base na reflexão coletiva.

[...] a participação em qualquer processo democrático acontece por caminhos que se


constroem no próprio ato de caminhar. Portanto, é fundamental que a direção
propicie ações objetivando encontrar os meios necessários para implantar um
processo de participação efetiva sem esperar que as mudanças ocorram
aleatoriamente, porque o desenvolvimento do processo democrático pressupõe sua
construção no cotidiano escolar, tendo como cerne a reflexão contínua dos
obstáculos e das potencialidades apresentadas (COLARES, 2003, p. 129-130).

Para a gestão democrática funcionar corretamente, o diretor, os professores,


funcionários, alunos e a comunidade precisam ter o mesmo ideal, ou seja, o aperfeiçoamento
do processo de ensino-aprendizagem. Neste contexto, todos os atores da educação estarão
comprometidos com ações planejadas, tendo como parâmetro o mesmo planejamento
educacional.
A gestão democrática e participativa na escola se respalda em uma convivência de
diálogo entre todos os que integram a escola, com a finalidade de oferecer um
desenvolvimento pleno do indivíduo e também realizar mudanças necessárias para que os
alunos adquiram, com competência, o conhecimento. Na gestão democrática, escola e
17
comunidade estarão unidas em torno de um objetivo comum, que envolve a aprendizagem e o
bem-estar do aluno.
O resultado é um ciclo de ideias que coletivamente tem os mesmos interesses: a
qualidade de desenvolvimento cognitivo, social, cultural e científico de todos os discentes.
Entende-se, portanto, que os resultados positivos de uma administração de qualidade ética,
financeira e humanizada ocorrem na participação da comunidade nos espaços educativos.
Coletivamente, esta contribui para o desenvolvimento da gestão institucional, visando
também à transformação da sociedade. Deste modo, serão inseridos procedimentos, ações e
experiências que despertem o desejo de exercer a cidadania em sua totalidade, pois a
qualidade de ensino, com a participação de toda a comunidade escolar − isto é, alunos, pais,
professores e todos os funcionários da escola −, é também um exercício de cidadania.

3.2 A Relação Professor-Aluno e a Gestão Participativa

Uma gestão democrática requer uma educação libertadora que forme sujeitos críticos
e, portanto, transformadores de suas realidades por uma sociedade justa e, principalmente,
inclusiva. A escola, sob uma política de fazer valer direitos e deveres, oportuniza o exercício
de cidadania.
O professor como mediador dessa construção deve ajudar a construir valores para a
formação de uma sociedade humanista, enquanto que o diretor escolar deve ser um líder com
ampla perspectiva do futuro. Este precisa estar a par não somente do que está acontecendo em
sua instituição, mas da educação como um todo e, principalmente, da sociedade de uma
maneira geral. Seu olhar tem que estar atento às novas expectativas mundiais e voltado à
busca empreendedora de novas metodologias que levem os alunos a compreenderem seu
papel frente às transformações de suas ações.
Dessa forma, o diretor precisa trabalhar com professores que saibam gerar conexão
entre as disciplinas de suas áreas e sejam capazes de promover atividades que deem aos
alunos a oportunidade de exercer sua cidadania na íntegra.
De acordo com Vasconcellos (2007), o professor possui um papel muito importante,
pois “trabalha” com novos indivíduos. Estes estão em formação e dotados de conhecimento,
por isso é necessário que o professor assuma o papel de transformador da realidade em que
está inserido, visto que o conhecimento modifica as pessoas e situações.

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O professor e o aluno ocupam na escola atual posições diferentes daquelas de anos
atrás, sendo o professor “sujeito histórico de transformação” (VASCONCELLOS, 2007, p.
72). Essa “transformação da realidade não vai se dar de forma espontânea, automaticamente”
(VASCONCELLOS, 2007, p. 28). Ou seja, eles são responsáveis por transformações que
ocorrem em seu meio.
Diante de tais afirmações e evidenciando-se o papel e a importância do professor no
espaço educacional, percebeu-se o quanto o professor pode interferir na motivação dos alunos
e impactar a sala de forma positiva, democrática e participativa. O potencial de um professor
mediador e transformador de ideais, que se engaja em trabalhos dentro da gestão participativa,
não só conquista a admiração de seus alunos, como se torna o espelho atitudinal. Isso leva
muitos a buscarem participar e atuar dentro das decisões na gestão participativa.
A participação dos professores na gestão participativa tende a fortalecer a interação
com os alunos, porque, desde a elaboração de planejamentos à execução das atividades
necessárias, essas ações podem ser planejadas coletivamente, formalizando a transparência.
Desta maneira, garantem-se uma alavancagem na qualidade social da educação e um processo
de tomada de decisões a partir da participação de todos, visando a um propósito comum, que é
a qualidade de ensino.
Libâneo (2004, p. 14) deixa claro que “é no exercício do trabalho que, de fato, o
professor produz sua profissionalidade”. De fato, é na pratica que o professor consegue
impactar seus alunos com vivências, metodologias, experiências e diálogos, levando-os a
refletir o quanto é prazeroso desenvolver ações empreendedoras dentro da escola e o quanto
sua participação na tomada de decisões é importante.
Somente quando os docentes e discentes expressam suas valiosas contribuições,
opinando e sugerindo pistas acerca do trabalho pedagógico mais eficiente que a escola realiza,
envoltos às suas classes, poderão dizer que existe nela uma autonomia. Esta é fruto de uma
democracia participativa, pois lhe é então atribuída a responsabilidade e o controle sobre o
trabalho que executa, identificando, aí, o valor do professor.

3.3 A Participação da Família na Gestão Participativa

A participação da família na escola é fundamental para o bom andamento do processo


de aprendizagem dos discentes. Ela tem a tarefa de manter o bem-estar psicológico de cada

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um de seus enlaces familiares, buscando sempre nova estabilidade nas relações sociais dentro
e fora do convívio familiar. Conforme Libâneo (2001),

Participação significa a atuação dos profissionais da educação e dos usuários (alunos


e pais), na gestão da escola há dois sentidos de participação articulados entre si. Há
participação como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, dos
alunos, constituindo-se como prática formativa, como elementos pedagógicos,
metodológicos e curriculares. Há a participação como processo organizacional em
que os profissionais e usuários da escola compartilham, institucionalmente, certos
processos de tomadas de decisão (LIBÂNEO, 2001, p. 139).

A escola deve buscar meios de mostrar aos pais que a família tem, sim, o papel de
ajudar a escola a despertar no aluno o interesse em querer aprender. Os interesses comuns, a
educação escolar e as ações coletivas entre a escola e a família, só trazem grandes benefícios
aos discentes, pois a aproximação da família fortalece os laços entre a comunidade. Destarte,
todos se engajam na valorização da educação como um todo.
A família é a instituição que primeiro se preocupa com a educação, pois é dela que se
origina a base pedagógica do ato de aprender e da ação educativa. É inicialmente, na família,
que ocorre a vivência social e é nela também que se cultivam o amor, os cuidados e as regras
do que se pode e não se pode fazer, desde a primeira infância.
Nesse sentido, o processo de educação escolar auxilia e se alia ao processo de
educação iniciado no seio da família. É assim que, juntas, escola e família garantem uma
oportunidade de prática educativa que, de fato, promova ensino e bons resultados na formação
de cidadãos.
Ao incluir o núcleo familiar no processo de desenvolvimento escolar, os pais e
responsáveis ficam muito mais atentos ao desempenho e ao comportamento de seus filhos em
sala de aula. Os alunos tornam-se mais engajados e participativos tanto nas atividades em
classe quanto nos projetos da escola e, com isso, só pode haver o aprimoramento da gestão da
escola.
Os gestores têm maior facilidade para a tomada de decisões importantes quando há o
apoio da comunidade. Suas responsabilidades são divididas de maneira proporcional, de
forma que o peso das medidas necessárias é de comum acordo entre todos. Ao se partilhar as
tarefas, as pressões também são divididas e amenizadas, melhorando o ambiente de trabalho e
dando-se autonomia e confiabilidade para os membros da comunidade escolar participarem do
aprimoramento de sua escola.
Para Libâneo (2008, p. 126), “A gestão participativa é a forma de exercício
democrático de gestão e um direito de cidadania, mas implica também deveres e
20
responsabilidades”. Neste aspecto, quando a família é a provedora e responsável pelo
discente, promove a tomada de decisões, permitindo ou não que o seu filho participe das
atividades escolares, sejam elas de teor educativo ou social. Mais que isso, a família vivencia
com o aluno os momentos de desenvolvimento dos trabalhos, o que fortalece o vínculo
familiar, valoriza o esforço do aluno e engradece a instituição como formadora da cidadania.
Se, por um lado, a gestão democrática é uma atividade coletiva, implicando a
participação e os objetivos comuns, por outro depende também de capacidades,
responsabilidades individuais e de uma ação coordenada e controlada que não pode prescindir
da presença da família no seio escolar.
Dias (1998, p. 280) enfatiza que “a escola tem [...] a preocupação de conquistar o
apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma atuação eficaz”. Libâneo (2008, p.
138) assegura que a participação da família da gestão “possibilita à população o conhecimento
e a avaliação dos serviços oferecidos e a intervenção organizada da vida da escola”.
Proporcionar a integração e a articulação entre a escola e a comunidade, na qual o
aluno se encontra inserido, é uma oportunidade que a família tem de participar da vida do seu
filho e colaborar com suas vivências. Assim, partilha conhecimentos, atenção, carinho e
formação da cidadania, o que constitui um fator de fundamental importância para o adequado
funcionamento da escola, bem como da qualidade de ensino e da formação de um indivíduo
como um todo.

3.4 A Gestão Participativa e a Solução de Problemas

O produto da educação é o ser humano e, prepará-lo para a vida em sociedade, é a


principal função. O papel da escola deveria estar voltado à humanização, ao convívio em
grupo, à atuação, à participação, entre outros aspectos com os quais interaja o indivíduo
socialmente, tornando-se fundamentais. O diretor escolar precisa ter a capacidade de elaborar
um planejamento efetivo. Ele deve saber como selecionar os colaboradores e professores que
mais se enquadram no perfil da instituição, quais materiais didáticos são mais adequados ao
ensino dos alunos e, é claro, estar ciente dos objetivos da aprendizagem e do ensino.
A gestão deve estabelecer uma relação escola-comunidade-professor-aluno de troca,
de ajuda, com sensibilidade e engajamento, pois haverá muitos desafios a serem superados. O
planejamento deve, então, ser amplamente integrado aos variados departamentos da

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instituição, proporcionando a chance de que todos os profissionais envolvidos atuem de forma
ativa e expressem suas necessidades ou opiniões.
A participação, conforme Gadotti (1996), é um ponto crucial, sem o qual todas as
intenções caem por terra. Entretanto é necessário fortalecer a gestão, compartilhando ações,
pois a interação entre os participantes de um grupo de trabalho não é só “estar juntos”, trocar
ideias ou dividir tarefas do dia a dia, mas também enfrentar dificuldades e superar
divergências. Em suma, participação é a construção de algo que pertence a todos e tem
relação direta com a qualidade de vida de todos os envolvidos no processo. Conforme
Bordingnon e Gracindo (2004), a participação e o compromisso não se referem apenas à
comunidade interna, mas devem buscar alianças com a comunidade externa, a quem a escola
serve e pertence efetivamente, promovendo a cooperação interinstitucional.
A gestão participativa, de acordo com Lück (1998, p. 43), reconhece que “[...] a vida
organizacional contemporânea é altamente complexa, assim como seus problemas”. Não é
possível resolver sozinho os problemas e as questões relativas à escola, visto que a instituição
é um local de pensamento e, quanto mais coletivas, mais ricas se tornam suas ações
mediadoras. A gestão participativa também é uma ação mediada por pessoas que discutem e
tentam entrar em consensos específicos dentro das problemáticas envolvidas.
A abordagem participativa fundamenta-se no princípio de que, para a organização ter
sucesso, é necessário que os gestores busquem o conhecimento específico e a experiência dos
seus companheiros de trabalho, ouvindo o que toda a comunidade acha ser mais eficiente
dentro da sociedade na qual está inserida.
Paro (2001, p. 45) também enfatiza que “é necessário que todos se envolvam no
processo, assumindo o compromisso na busca de melhorias, nas soluções de problemas e
auxiliando na tomada de decisões”. O resultado virá com o esforço de todos que, engajados
dentro da gestão, visam à democracia nas decisões tomadas e vislumbram uma sociedade
mais igualitária. Nesta, os cidadãos farão suas escolhas a partir dos conhecimentos e das
experiências vivenciadas na escola. Estes são momentos de participação e de tomadas de
decisões que enriquecem as experiências de todos no diálogo e nas formas de compartilhar
vivências dentro da sociedade.
Compartilhar uma gestão, seja ela com seus inúmeros desafios a serem
desmistificados, é também atribuir e discutir os significados de uma sociedade que ainda não
está pronta, mas que busca a cada dia superar seus desafios e seguir sua história.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação é a base que fundamenta um país. Deste modo, os diretores, juntamente


com os professores e todos os profissionais envolvidos no sistema educacional, têm a
responsabilidade de formar indivíduos aptos a pensar de forma coletiva, favorecendo a
discussão de ideias que representem a sociedade como um todo.
Para tanto é importante promover debates e discussões de pensamentos entre
professores, alunos e colaboradores, ensinando o respeito às diferentes formas de pensamento
e ação. O diretor escolar precisa estabelecer a reflexão crítica sobre sua própria gestão,
proporcionando um ambiente de aprendizado em que a cidadania tenha liberdade para se
desenvolver.
O papel do gestor participativo é encontrar ferramentas que ofereçam recursos para
proporcionar um melhor aproveitamento dos alunos em sala de aula. Por isso, investe em um
sistema de gestão escolar que possibilite uma qualidade de desenvolvimento educacional de
qualidade e proporcione experiências de uma prática da cidadania, em sua integralidade, para
ações de uma sociedade atuante dentro e fora do espaço escolar.
Além disso, o gestor participativo deve observar se a solução encontrada para os
desafios presentes oferece recursos que facilitem a comunicação entre todos, inclusive meios
de melhorar e aproximar os pais da escola. Ao adotar uma solução completa, poderá agilizar
seus processos administrativos, bem como ter uma visão abrangente sobre a parte pedagógica
da escola e o relacionamento com os alunos e pais. Tudo isso se transforma em benefícios
para a escola, além de oferecer uma melhor qualidade de ensino aos alunos. Por conter
princípios inerentes à complexidade do ser humano e suas capacidades, poder melhor
estabelecer os cargos e a aceitação das competências necessárias para aplicabilidade da
Gestão Participativa. O gestor precisa ser competente , ser maleável nas questões relevantes
A coletividade e pensar no bem comum da comunidade como um todo levando em
consideração o núcleo da gestão que é a escola.
A gestão participativa já associa a comunidade à administração e, segundo Lück
(2008), encaminha-se uma gestão prática e democrática, na qual quem ganha é a sociedade.
As ações almejam a valorização escolar, oferecendo qualidade de ensino e desenvolvimento
pleno do cidadão, consciente de que somente ele pode transformar uma sociedade num
contexto mais justo e igualitário.

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O processo de gestão deve ser integrador, valorizando-se o entrosamento da
comunidade e da família, pois a família e a escola são ambientes de aprendizagem
fundamentais para o desenvolvimento global da pessoa. Quanto melhor for a integração entre
ambas, mais positivos e significativos serão os resultados na formação do sujeito.
O diretor-gestor, com visão de liderança democrática que trabalha, coopera, sugere o
que sabe fazer, participa das tarefas e diz “nós” para a avaliação dos efeitos positivos ou
negativos da instituição, é um líder da organização que aprende e que assume
responsabilidades. Além disso, possibilita autonomia, interage, participa e coordena a busca
de soluções e construções, objetivando um grupo motivado, cooperativo e que tenha vontade
de crescer.
Um gestor participativo consegue manter um elo das ligações interpessoais com
parceria. Ele não impõe sua verdade, mas constrói verdades com o grupo e tem o respaldo da
comunidade escolar, fazendo-a participar ativamente, trazendo-a cada vez mais para dentro da
escola e buscando estreitar sempre os laços de parceria e cumplicidade. Logo, a gestão deve
estabelecer uma relação escola-comunidade-professor-aluno de troca, de ajuda, com
sensibilidade e engajamento, pois, se as relações não forem assim, certamente os resultados
esperados por esta escola não serão de educação de qualidade e humanizada.

Gestão por competências é muito aceita ao se abordar o modelo de Gestão Participativa. A


gestão participativa pretende transformar as pessoas em parceiros, de modo que os mesmos
participem efetivamente dos processos decisórios como agentes modificadores e formadores
de opinião. Ela pressupõe envolvimento e busca incessante do consenso em torno de objetivos
estipulados e compartilhados. O gestor deve ter a habilidade de envolver toda equipe,
destacando a importância que todos têm nos processos da empresa. Deve incentivar e auxiliar
no desenvolvimento de competências essenciais para o melhor desempenho de sua equipe.
Para isso, deve ouvi-los, colher suas experiências e formar equipes multidisciplinares, capazes
de se autoliderarem e desejosas de contribuir, em um clima de confiança entre as partes. O
que muda, essencialmente, é a forma com que as coisas acontecem, é a promoção de um
melhor ambiente de trabalho e do estímulo em cada um dos colaboradores para que
verdadeiramente participem e contribuam para as decisões. A responsabilidade das vitórias e
das derrotas deve ser dividida por todos os participantes nos processos.

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