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Diego
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to/LabMat-FEI LabMat
FEI FCA
MATERIAIS METÁLICOS
Relatório Final
30 de outubro de 2001
Laboratório de Materiais
Departamento de Mecânica
Faculdade de Engenharia Industrial
Fundação de Ciências Aplicadas
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I . RESUMO
Uma das principais solicitações em materiais metálicos é conhecida como fadiga, sendo
deformação cíclica. O presente estudo está relacionado com um aço ABNT 1016
tratando de uma região de trabalho elástica, seria possível utilizar a equação de Basquin-
elasticidade de 228 GPa, limite de escoamento de 341 MPa, limite de resistência de 516
MPa, tensão real de ruptura de 946 MPa e alongamento total de 39,4 %. Em um aço de
baixo carbono espera-se dos dados uma aproximação da tensão real de ruptura com o
execução destes ensaios por controle da tensão aplicada. Deste modo, conclui-se que a
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II.OBJETIVO
Este projeto desenvolvido pela FEI sobre previsão de vida em fadiga em materiais
metálicos possuirá duas partes: sendo a primeira realizada de 12/00 até 11/01 com
enfoque em fadiga de alto ciclo (superior a 104 ); nessa condição o material somente
tendo sua amplitudes estipuladas para analisar a influência das variáveis de processo e
juntar dados que ajudarão a segunda fase, prevista com começo em dezembro de 2001 e
término em dezembro de 2002 com enfoque em fadiga de baixo ciclo (inferior a 104 );
todo esse trabalho servirá para a formação de um arquivo de dados sobre vida em
fadiga.
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III.1.Introdução
Um material, quando recebe carga aplicada variável no tempo, sofre um tipo especial de
cansaço, um estado que torna impossível suportar solicitação. Ela representa a causa de
cerâmicos, com exceção do vidro, são também susceptíveis à ruptura por fadiga[1] .
Alguns pioneiros nesse assunto estão relacionados abaixo e suas descobertas com
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O ensaio mais adequado para obter essas propriedades é o de tração, por ser um ensaio
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•Rigidez :
Quanto maior for o módulo de elasticidade (E) maior a rigidez. No regime elástico vale
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•Resistência Mecânica:
cargas que lhe são impostas durante sua utilização, sem deformar excessivamente ou
fraturar. É uma propriedade que se relaciona com dureza, para os metais[4] . σf : Limite de
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•Ductilidade :
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•Tenacidade:
volume, desde o início do ensaio de tração até a fratura. Uma maneira de se avaliar a
tenacidade consiste em considerar a área total sob a curva (σ - ε)[1] (figura 5).
materiais, sendo que o gráfico menor tem menos tenacidade que o maior.
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•Resiliência:
escoamento (figura 6) sendo indicado por Ur [4] . Pode ser estimado pela fórmula:
Ur = σle2 /(2*E)
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- σr = F/A
F = Carga instantânea.
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resistência tornando o gráfico diferente (como mostra a figura 8). A equação que
- σr = σ(1+ε)
- εr = ln(1+ε)
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se consegue definir[5] :
de tensão aplicado.
amplitude de tensões.
tensão aplicado.
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III.5.Fadiga em metais
cíclicos foram feitos por Wöhler em 1860, trabalhando com eixos de trens que estavam
ciclos para a ruptura[2] . A curva (S-N) básica é obtida quando a tensão média é zero; isto
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ligas de Ti, ligas de Mo, entre outras, onde existe um limite de tensão tal que, para
valores abaixo desse limite, o corpo – de – prova nunca sofrerá ruptura por fadiga. Esse
limite de tensão é conhecido como limite de fadiga (“endurance limit”, ou se); a curva
S-N, nesse ponto, toma a forma de um patamar horizontal. A linha pontilhada refere-se
a um exemplo do grupo dos não – ferrosos (ligas de alumínio e cobre, etc...) que não
ciclos de aplicação de carga[7] . Neste caso, σe é definido como a tensão para, p. ex.,
falha em 107 ciclos o que gera uma fadiga alto ciclo, onde o número de ciclos até a
fratura ultrapassa uma faixa de 104 a 105 ciclos, com tensão nominal atuante geralmente
elástica.
ciclo, com fratura ocorrendo em menos de 104 a 105 ciclos geralmente. Como podem ser
observadas, as tensões máximas na fadiga de baixo ciclo são maiores que nas de alto
ciclo, o que aumenta a importância dos efeitos não – lineares na curva (S-N).
Na curva 11 que representa uma curva σmáx – N é importante notar que a amplitude de
tensão menor será o número de ciclos que ele suportará) essa figura é importante porque
mostra que a vida do componente não depende somente do material usado, e sim,
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Figura 10: Diagrama de Wöhler (curva S – N) onde σm =0, ou R= -1.A linha contínua
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Para aços, que é o caso deste estudo, o limite de fadiga está compreendido na faixa de
aproximação que a razão de fadiga, ou seja, a razão entre o limite de resistência à fadiga
Toda quebra de material tendo como solicitação uma carga cíclica começa com a
Entre os principais fatores para que ocorra a falha por fadiga nos materiais podem ser
trinca.
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considerados para o projeto de um material para situações com presença de trincas são:
a máxima tensão de trabalho que o material deverá suportar (σ) e o máximo tamanho de
Figura 13: À direita, uma figura que demonstra a distribuição de tensões de um material
com trinca. À esquerda, figura que mostra os parâmetros básicos da mecânica da fratura.
A teoria da mecânica da fratura foi estudada primeiramente, por volta de 1920, por A.
Griffith, que observou que uma trinca introduzida em um material submetido a uma
de material e ao tamanho da trinca. Ele relatou que uma trinca só propaga se a energia
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A figura 14 mostra o avanço gradativo de uma trinca de acordo com a tensão cíclica
mesma.
de ∆a a cada ciclo.
A trinca em fadiga avança de maneira cíclica, e a cada ciclo de tensão aparece uma
marca que apresenta-se curvada em relação à origem da falha, essa marca é chamada de
estria[1,7] .
A figura 15 a cima mostra a quebra por fadiga de uma mola que trabalhou durante 15
anos. Ela não rompeu por excesso de carga, mas sim, por micro trincas que foram
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Esses pequenos deslocamentos vão gerar intrusões, extrusões e protusões que são
ressaltos, valas e uma mistura dos dois respectivamente e todas as regiões afetadas por
material. Pelo fato dos grãos cristalinos que se encontram na superfície terem menor
se extrusões (zonas salientes) ou intrusões (zonas reentrantes), vide figura 17. Nessas
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superfície do material[5] .
A nucleação de trincas também pode ocorrer devido a outros fatores (Figura 18):
pontos de corrosão.
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inferior[1] .
característica clara da fratura frágil (figura 19), apesar do material às vezes ter
comportamento dúctil.
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Esta aparência é observada na maioria das rupturas por fadiga, considerando-se o fato
de que na quase totalidade dos casos, as tensões aplicadas são menores do que o limite
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Figura 20: Representação de um fratura por fadiga onde o material é aço, mostrando a
matemática que relaciona amplitude de tensão (σa) e a tensão média aplicada no ciclo de
tensões (σm ) com o número de ciclos até a fratura (Nf ) e as características do material: b
s a = (s f – s m)*(2Nf) b
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A equação de Morrow está relacionada com a região elástica do material, ignorando que
Morrow não pode ser usada sozinha, sendo complementada pela equação de Coffin e
Manson.
fadiga térmica, e propuseram que a amplitude de deformação plástica (∆εp/2) pode ser
escrita como[9] :
? ep/2 = ef*(2Nf) c
N f = nº de ciclos até a fratura.
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Deste modo, os ensaios de fadiga podem ser feitos com o controle da tensão e da
deformação. Porém para fadiga de baixo ciclo é melhor que se faça através do controle
material. A figura 21 define como fadiga de baixo ciclo comportamentos com valores
Figura 21: Curva amplitude de deformação em função do número de ciclos até a fratura,
Em fadiga de alto ciclo, aquela em que os ensaios são realizados na região elástica, não
deformação.
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As respostas são mais complexas para carregamento cíclico que produz deformação
ciclicamente[10] .
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A característica mais importante de um laço de histerese é que ele não mostra tensão
(Figura 25), havendo um aumento (Figura 26) ou diminuição (Figura 27) da resistência
(Figura 28), havendo um aumento (Figura 29) ou diminuição (Figura 30) da tensão.
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Tensões Constantes
Figura 25: Comportamento de um material que está sujeito a uma amplitude de tensão
constante[10] .
Figura 26: Um material que sofre um esforço cíclico com amplitude de tensão
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Figura 27: Um material que sofre um esforço cíclico com amplitude de tensão
Deformação Constantes
deformação constante[10] .
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Figura 29: Um material que sofre um esforço cíclico com amplitude de deformação
Figura 30: Um material que sofre um esforço cíclico com amplitude de deformação
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Em fadiga de baixo ciclo ensaiada com amplitude de deformação constante nota-se, que
(Figura 31). No entanto após a estabilização temos a amplitude de tensão com resposta
deformação[2] .
saturação em estado estacionário. Pode-se obter tais curvas da seguinte maneira: uma
série de amostras (do mesmo material e nas mesmas condições iniciais) pode ser
ensaiada ciclicamente aos vários limites de deformação até que os respectivos laços de
por ajuste de uma curva através dos picos dos vários laços superimpostos (Figura 32)[10] .
A curva cíclica de tensão-deformação que pode ser comparada diretamente com a curva
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Figura 32: Mostra uma comparação de curvas cíclicas e tração no mesmo gráfico[10] .
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Encruamento
Amolecimento
Misto
Coincidente
IV.MATERIAIS E METODOS
O material utilizado será um aço ABNT 1016 recozido que foi adquirido pela faculdade
C Si Mn Bal.
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ductilidade, ajustar o tamanho dos grãos, enfim, eliminar qualquer efeito dos
O método que será aplicado nessa primeira fase, onde a fadiga é de alto ciclo, consiste
A equação de Basquin-Morrow poderia ser usada pois a fadiga seria realizada na região
ensaio de tração onde teremos com dados fundamentais a rigidez, a resistência mecânica
s máx s mín sa sm
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V.RESULTADOS EXPERIMENTAIS
limite de escoamento de 341 MPa, limite de resistência de 516 MPa, tensão real de
No ensaio de fadiga de alto ciclo foram especificamente obtidos dois gráficos sendo um
relacionando a tensão por número de ciclos e outro a deformação por número de clicos.
Figura 34: Gráfico (tensão - número de ciclos) de um ensaio de fadiga de alto ciclo com
um aço 1016 recozido realizado em uma máquina universal de ensaios MTS servo-
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Figura 35: Gráfico (deformação - número de ciclos) de um ensaio de fadiga de alto ciclo
com um aço 1016 recozido realizado em uma máquina universal de ensaios MTS servo-
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fadiga de alto ciclo com o controle da tensão, laços de histereses na curva tensão-
deformação não poderão ocorrer pois indicarão que o material sofreu amolecimento ou
Os resultados obtidos nos ensaios mostram, que no decorrer do ensaio a deformação foi
foi tanta que o material alongou até chegar ao comprimento máximo que o equipamento
decorrer dos ciclos mais um pico negativo foi ocasionado devido a uma parada no
comportamento.
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VII.CONCLUSÃO
> O aço em estudo não pode ser ensaiado em fadiga de alto ciclo com o controle da
VIII.BIBLIOGRAFIA
1. GARCIA, A.; SPIM, J.A.; SANTOS, C.A. Ensaios dos Materiais. LTC : Rio de
Janeiro/RJ 2000 1.ed. cap. 8.
10. Meyers, M. A. Princípios de metalurgia mecânica São Paulo : Edgar Blücher 1982
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