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Discentes: Giselle Nascimento Lima;

Jeiza Régis Vieira Silva;


Maria Clara Nunes Moura;
Milena Queiroz Sales;
Samara Nascimento Oliveira;
Steffani Suzarte Rodrigues da Cruz;
Victor Peixoto Santos;
Vitor Emanuel Leal Portela.
Docente: Ma. Lisdeili Nobre

DIREITO AMBIENTAL
ATIVIDADE PROCESSUAL: ESTRUTURA DE PROJEITO DE LEI
ETAPA 02

Jequié-BA
2021
MANEJO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS - SACOLAS PLÁSTICAS

Os resíduos sólidos, popularmente conhecidos como lixo urbano, podem ser definidos
como materiais e substâncias descartáveis ou não, consequentes das atividades humanas. É
importante salientar que os rejeitos são diferentes dos resíduos sólidos como já previamente
definido acima, sendo assim, os rejeitos pertencem ao grupo não reciclável, pois se trata de um
material de aproveitamento esgotado, o que resta é a destinação desse resíduo em aterros
sanitários licenciados ou a incineração, como previsto na Lei n 12.305/10, a qual regulariza a
forma como o país lida com os resíduos.
A partir do momento que o resíduo é gerado, ele poderá tomar inúmeros trajetos, sendo
possível a reciclagem, a incineração, a estimulação da decomposição da matéria e outros.
Tendo uma destinação apropriada de resíduos que abrangem vários processos que vão da
reutilização até a disposição final de rejeitos.
Dados afirmam que 80% de todos os plásticos, são utilizados uma única vez e depois
descartados ou viram sacolas para adicionar o lixo doméstico, sabendo que as sacolas plásticas
são produzidas através do petróleo e gás natural o seu descarte inadequado causa grandes
consequências ao meio ambiente, pois seus recursos não são renováveis e seu tempo de
decomposição leva 450 anos. Este tipo de material tem sido o grande vilão ao meio ambiente,
causador de poluição, nas áreas urbanas causa o entupimento de bueiros nas épocas de chuvas
locomovendo-se para as matas onde estão localizados os rios e os oceanos, afetando os animais
que habitam naquela localidade.
Tendo conhecimento de quão prejudicial é o descarte inadequado, a prefeitura de
Americana – São Paulo elaborou projeto de lei na qual proíbe o uso de sacolas plásticas à base
de polietileno ou de derivados de petróleo pelo comércio local. O assunto chegou ao
conhecimento do Superior Tribunal Federal, que julgou o Recurso Extraordinário 729.731/SP,
afirmando que o município de Americana possuía legitimidade para criar legislação sobre o
meio ambiente daquela determinada localidade, pois quando se trata de assunto local o artigo
24, VI em concordância com o artigo 30, II da Constituição Federal, garantem que:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao


Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da


natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;

Art. 30. Compete aos Municípios:

II - suplementar a legislação federal e a


estadual no que couber;

Desta forma, o entendimento do Ministro Relator Dias Toffoli, foi de dar provimento
ao recurso, interposto pelo Presidente da Câmara Municipal, contra o acordão do Tribunal de
Justiça de São Paulo, que havia considerado inconstitucional a criação da lei municipal, sendo
assim a lei criada para gestão dos resíduos sólidos naquela cidade está de acordo com as normas
legislativas vigentes.
Iniciativas como a do município de Americana são incomuns no território brasileiro,
pois a população não tem a cultura de evitar ou reutilizar o uso das sacolas plásticas. Os
princípios da precaução e prevenção foram desenvolvidos dentro do regime jurídico da
responsabilidade civil ambiental, já que por diversas vezes a restauração do ambiente
danificado se torna irreversível, resultando na extinção de espécies da fauna e flora. D esta
forma vemos o quão importante é o acesso à informação para que a população se conscientize
do que deve ser feito e da importância de cuidar do meio ambiente em que vivemos.
A Lei n 6.938/81 de Política Nacional do Meio Ambiente discorre a respeito do assunto
no art. 4, V dispondo o seguinte texto:
Art. 4º. A Política Nacional do Meio Ambiente
visará:

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio


ambiente, à divulgação de dados e informações
ambientais e à formação de uma consciência
pública sobre a necessidade de preservação da
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

Do mesmo modo a Lei n 12.527/11 art. 9, I e II, reforçam a respeito da mesma temática
na qual lemos in verbis:
Art. 9º. O acesso a informações públicas será
assegurado mediante:

I - criação de serviço de informações ao cidadão,


nos órgãos e entidades do poder público, em local
com condições apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a


informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos nas


suas respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos de


acesso a informações; e

II - realização de audiências ou consultas públicas,


incentivo à participação popular ou a outras
formas de divulgação.

Diante do que foi abordado o cidadão que está devidamente informado sobre a realidade
da problemática local e geral do meio ambiente do qual vive e pertence, tem a capacidade de
participar e atuar de modo mais eficiente no processo político ambiental, utilizando-se assim
do princípio da participação pública.
Sabemos o quanto é importante à criação de projeto de leis e a participação da sociedade
na preservação do meio ambiente, é através dessa junção que podemos preservar a natureza e
ajudar a melhorar a qualidade de vida. Dessa forma, se faz necessário que a população se
conscientize quanto ao uso exagerado de sacolas plásticas e faça o descarte adequado dos
resíduos. Além da população, o poder público tem o papel fundamental, no que se refere à
preservação do meio ambiente, é necessário que seja ensinado dentro das escolas, à forma
correta de uso e descarte de sacolas plásticas.
Cerca de 1 (um) milhão e meio de sacolas plásticas são distribuídas por hora, se
evitarmos o uso das sacolas plásticas e substituirmos por sacolas ecológicas, sacolas de pano
ou caixas, será um grande avanço. Além disso, podemos reutilizar as sacolas plásticas através
da reciclagem, que por consequência irá diminuir o impacto ambiental e através da confecção
e vendas dos produtos reciclados, contribuir para o crescimento econômico do país.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://portalresiduossolidos.com/destinacao-final-ambientalmente-adequada-de-residuos-
solidos/
Agência Senado
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/939800740/agravo-de-instrumento-cv-ai-
10352170032689001-januaria
Curso de direito ambiental / Ingo Wolfgang Sarlet, Tiago Fensterseifer. – Rio de Janeiro:
Forense, 2020.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm

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