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RECURSO DE CONTESTACÃO
ITABUNA 2020
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE
DIREITO DA __ VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E DE
DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE ITABUNA – BAHIA
RECURSO DE CONTESTACÃO
Em face da TIM CELULAR S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob nº 04.206.050/0044-10, com sede na Av. Tancredo Neves, nº 148, Caminho das
Árvores, Salvador – BA, CEP: 41.820-130, pelas razões de fato e de direito que passa
a aduzir e no final requer:
PRELIMINARMENTE
DOS FATOS
Dando continuidade.
E assim perdurou por dois meses de insistência, tendo sido solicitado 24/08/2020, e
apenas em outubro do mesmo ano foi finalmente enviado os documentos requeridos,
sendo está a cronologia completa:
24 de agosto de 2020: a partir desta data a atendente da demandada cobra os
documentos para análise da ocorrência, mas não recebe os comprovantes antes da
demandante entrar com ação judicial.
2 de outubro de 2020: sem envio dos documentos necessários para análise da
ocorrência. Fica claro, portanto, que o sr. Marcelo assumiu o risco por ter pago o valor
cobrado indevido pela demandada.
24 de outubro de 2020: o Requerente entrou em contato pela segunda vez com o
SAC (protocolo 2020111868816) e, ao falar com a atendente “Elisabeth”, que por sua
vez o solicitou novamente os documentos, esta informou um novo prazo de 05 (cinco)
dias úteis para o retorno com a resposta sobre como iria proceder na solução do
problema.
13 de novembro de 2020: a demandada recebe um último e-mail com comprovação
de pagamento da cobrança indevida do sr. Marcelo, dois meses e 19 dias após a
primeira ligação.
15 de novembro de 2020: O sr. Marcelo de Freitas ingressa com uma ação na justiça
ao perceber que por não encaminhar dentro do prazo os documentos solicitados não
conseguiria reaver o valor pago, mesmo assim teria o direito de restituição do valor
por ação judicial.
17 de novembro do ano corrente a demandada foi citada para oferecer resposta a
citação de uma ação de indenização por danos morais e materiais em que a parte
autora alega falha na prestação de serviço
Conforme acima exposto, ao receber os comprovantes do pagamento, a demandada
logo percebeu que algumas informações passadas pelo demandante no início da
transação estavam equivocadas, sendo a principal discordância em relação ao
pagamento do valor a maior, que possuía gastos em torno de R$ 418,54
(quatrocentos e dezoito reais e cinquenta e quatro centavos), entretanto não era de
sua titularidade, sendo enviada por engano ao seu endereço de e-mail.
Após estudar a situação, e para que o demandante não perdesse o dinheiro já pago,
haja vista assinou o contrato de prestação de serviços de boa-fé, a demandada
sugeriu que após o recebimento da documentação solicitada aguardasse o prazo de
5 (cinco) dias para realizar o estorno do pagamento para o sr. Marcelo de Freitas,
porém tal ideia foi negada pelo demandante, que equivocadamente se sentiu
enganado.
Instar salutar Douto Magistrado que o que possivelmente ocorreu foi uma inversão de
valores por parte do demandante, que se sentiu prejudicado por atos que foram, ou
seriam, realizados apenas para o seu bem.
Cumpre lembrar também que o demandante repetida vezes alega em exordial que
informou que aguardou por 60 dias para retornar à ligação, camuflando o fato de que
não encaminhou os documentos solicitados para que a análise pudesse assim ser
realizada e tendo como resolvido o problema.
O que ao contrário do que transcrito em petição inicial foi respeitado pela demandada,
posto que existe uma cláusula contratual (Cláusula terceira, parágrafo segundo, item
E, às fls-55 dos autos) que fornece o prazo de até 5(cinco) dias úteis, depois do
relatório de ocorrências seja aberto e anexado documentação comprobatória, tal
prazo este findo no caso concreto em 18 de novembro de 2020, e que foi devidamente
informados acerca de tal condição, haja vista possui sua rubrica logo abaixo da
referida cláusula.
Foi justamente esse prazo contratual que gerou toda a preocupação em regularizar
de pronto a situação do demandante, posto que por mais que a análise seja rápida, o
procedimento interno que concede o estorno pode demorar alguns dias a depender
da ocasião e se não resolvesse o mais rápido possível, poderia vir a prejudicar o
demandante.
Voltando a dizer, que toda insistência em entrega de documentos se deu apenas pelo
comportamento inerte do demandante, que demorou a enviá-los, bem como sua
imprudência, pois mesmo seria o maior beneficiado com a solução do problema.
Observando que não teria mais condições de tentar ajudar ao demandante, já que
este mostrou uma postura demasiadamente intransigente, a demandada enviou as
documentações por ele fornecida ao setor responsável, que, como já esperado,
estudou o que lhe foi entregue e concluiu que seria liberado o estorno do valor pago
a maior para o demandante, conforme mostra-se em declaração anexada aos autos
em audiência.
Neste sentido ao contrário do que foi alegado em exordial, não existiu nenhuma
atitude de má-fé nos serviços da demandada, sendo esta empresa de grande
responsabilidade, sentindo que sua imagem ficou bastante deturpada por ter suas
ações realizadas no intuito de beneficiar o demandante, ser vista como enganosa. O
prejudicando com seus respectivos clientes.
DO DIREITO
Nesta mesma obra, o ilustre Rui Stocco cita a definição do Professor José Aguiar
Dias:
A culpa é a falta de diligência na observância da norma de
conduta, isto é, o desprezo, por parte do agente, do esforço
necessário para observá-la, com resultado não objetivado,
mas previsível, desde que o agente se detivesse na
consideração das consequências eventuais das suas atitudes.
(ob. cit., p. 55).
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
DOS REQUERIMENTOS
Advogados: